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Direito administrativo

- Revisão -

Tema para estudo:

 Atos administrativos
 Licitações

Atos Administrativo

Conceito: Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ato


administrativo é a declaração do Estado ou de quem o represente,
que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob
o regime jurídico de direito público e sujeita ao controle pelo Poder
Público.

Para conceituar ato administrativo, faz-se necessário verificar o que


são fato jurídico estudados em teoria geral do direito.

Fato jurídico: é o elemento que dá origem aos direitos


subjetivos, acarretando o nascimento da relação jurídica.
Obs: direito subjetivo se caracteriza por ser um atributo da
pessoa. Este faz dos seus sujeitos titulares de poderes,
obrigações e faculdades estabelecidos pela lei. Em outras
palavras é o poder ou domínio da vontade do homem,
juridicamente protegida. É uma capacidade própria e de
competência de terceiros.

São os acontecimentos pelos quais as relações jurídicas nascem,


modificam-se e extinguem-se. O fato jurídico se divide em:
 Fato jurídico Stricto sensu – é o acontecimento que independe
da vontade humana e produz efeitos jurídicos
 Ato jurídico – depende da vontade humana e é dividido em ato
jurídico stricto sensu e negócio jurídico
 Ato jurídico stricto sensu – objetiva a mera realização da
vontade agente, com consequência jurídicas previstas em lei.
 Negocio jurídico é a manifestação de vontade, de uma ou
mais pessoas, que visa produzir um efeito jurídico. É uma
norma estabelecida pelas partes dentro dos limites legais;
 Ato administrativo – é a espécie de atoa jurídico. Pode-se
conceituá-lo como a manifestação unilateral de vontade da
administração pública, aptra a gerar efeitos jurídicos que tem
finalidade pública.

Características de Atos administrativos

 Manifestação de vontade. Exterioriza a vontade do agente


mediante uma ação ou omissão;
 Parte da administração pública. Diferente do atoa jurídico
comum, o ato administrativo, para ser validado e eficaz como
tal, deve nascer do exercício da função administrativa;
 Gera efeitos jurídicos;
 Finalidade pública;

Elementos
O ato administrativo apresenta, em sua substância, os seguintes
aspectos:

 Competência;
 Finalidade;
 Forma;
 Motivo;
 Objeto.

Competência – Poder atribuído ao agente para o desempenho


especifico de suas funções. A lei define a atribuição e fixa os limites.
A manifestação da vontade do agente deve ter fundamento na lei e
respeitar os limites por esta colocado;

Finalidade – A finalidade do ato está implícita ou explicita na lei. Os


atos serão nulos quando satisfizerem pretensões que não sejam de
interesse publico.

Forma – Revestimento do ato. Enquanto a vontade dos particulares


pode manifestar-se livremente, a administração exige forma legal.
Em regra, é escrita, excepcionalmente poderá ser tácita ou com
utilização de símbolos.
Motivo – Situação de fato que determina ou autoriza a realização do
ato administrativo. Tanto pode vir expresso em lei, como pode ser
deixado ao critério do administrador. O motivo deve se ligar a uma
razão de direitos.

Objeto – Conteúdo do ato. Todo ato administrativo produz um efeito


jurídico. Tem por objeto a criação, a modificação ou a comprovação
de situações concernentes a pessoas, coisas ou atividades sujeitas
à ação do poder público.

Atributos

Atributos segundo o dicionário como o que é peculiar de alguém ou


alguma coisa. Os atos administrativos tem como atributo:
Imperatividade, exigibilidade, autoexecuridade, presunção da
legalidade.
Atos administrativos vinculados e discricionários

O ato administrativo vinculado é aquele que contém todos os


seus elementos constitutivos vinculados à lei, não existindo dessa
forma qualquer subjetivismo ou valoração do administrador, mas
apenas a averiguação da conformidade do ato com a lei.
Estabelece um único comportamento possível a ser tomado pelo
administrador diante de casos concretos, sua atuação fica ligada
ao estabelecido pela lei para que seja válida a atividade
administrativa. Desatendido qualquer requisito, comprometida
estará a eficácia do ato praticado. Quando eivado de vícios o ato
vinculado pode ser anulado pela administração ou pelo judiciário.
Exemplo: Quando o administrador está frente a um fato praticado
por servidor público que merece punição, ele simplesmente tem
que punir, não há margem de liberdade nesse caso.

Em contrapartida, é discricionário o ato quando a lei confere


liberdade ao administrador para que ele proceda a avaliação da
conduta a ser adotada segundo critérios de conveniência e
oportunidade, mas nunca se afastando da finalidade do ato, o
interesse público. A valoração incidirá sobre dois elementos
constitutivos do ato administrativo o motivo e o objeto, autorizando
o administrador a escolher dentre as várias possibilidades que lhe
são conferidas aquela que melhor corresponda no caso concreto ao
desejo da lei. Da mesma forma que a lei confere ao administrador
público o ato discricionário é indispensável que também imponha
limites á sua liberdade de opção, portanto o administrador deverá
observar estritamente a lei quanto aos limites impostos. Atuar além
dos limites legais resulta na prática de um ato arbitrário, sempre
ilegítimo e inválido. Quando eivado de vícios o ato discricionário
vinculado pode ser anulado pela administração ou pelo judiciário, e
revogado pela administração.

Exemplos: Autorização para a realização de evento cultural em


praça pública. Poderá a autoridade, avaliando determinadas
condições do momento, fixar o limite máximo de horário para a
realização do evento, mesmo que o pedido tenha sido de um
período maior ou menor, fica a critério da administração, que
avaliará. Poderá dias depois, numa outra localidade, sob condições
diversas da anterior, autorizar a realização do mesmo evento, mas
durante um horário bem menor ou até mesmo maior, podendo
inclusive impedir a realização do evento.

Forma de Expressão dos atos administrativos

A manifestação da administração publica pode se dar de diversas


maneiras, tendo em vista o caso concreto. São classificados em
atos normativos, ordinários, negociais, enunciativos e
punitivos.
Extinção

A extinção dos atos administrativos pode ocorrer por manifestação


de vontade da Administração Pública, tendo em vista razões de
legalidade ou de mérito administrativo. De acordo com Rafael
Carvalho Rezende Oliveira, inserem-se nessa categoria: a
caducidade, a cassação, a anulação e a revogação.
- LICITAÇÃO –
Conceito:

PREVISÃO LEGAL: ART 37 CF / LEI N. 8666/93

A LICITAÇÃO É UM INSTRUMENTO UTILIZADO EM


CONTRATAÇOES PUBLICAS.
Por existirem diversas fases que caminham para o fim objetivado
pela administração, diz-se ser a licitação um procedimento
administrativo. Tal procedimento é inaugurado por edital ou carta
convite. O ato convocatório contém as condições básicas para a
participação dos interessados, vinculando a administração publica a
seu teor. A administração publica, ao analisar as propostas
apresentadas, deverá escolher a mais conveniente ao interesse
público sempre se pautando pelos princípios próprios da licitação.
Pode se destacar como elementos do conceito:

 Procedimento administrativo;
 Estabelecimento por ente público;
 Apresentado por edital ou carta-convite;
 Possibilita a participação de todos interessados;
 Apresenta condições estabelecidas previamente no
instrumento licitatório;
 É instrumento licitatório que vincula as partes;
 Tem decisão tomada pela proposta que melhor resguarde o
interesse público.

- Princípios

Princípios administrativos: expressos e reconhecidos.


Pincipios expressos – CF Art.37

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer


dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
- Princípios reconhecidos
O que são princípios reconhecidos?
Os princípios reconhecidos são a aceitação geral de regras de
proceder da Administração, amparadas pela doutrina e
jurisprudência.
Princípios reconhecidos
TIPOS DE LICITAÇÃO
MODALIDADES DE LICITAÇÃO
PROCEDIMENTOS LICITATÓRIO

Fim!!!

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