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DIREITO ADMINISTRATIVO

Processo Administrativo - Lei 9.784/99 IV


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PROCESSO ADMINISTRATIVO - LEI 9.784/99 IV

INSTRUÇÃO

Também chamada de inquérito, é nessa etapa que se averigua e se comprova os fatos,


as provas são analisadas, ocorre as consultas públicas e se realiza o relatório final. Percebe-
-se que a fase de instrução não se encerra com a decisão, que ocorre apenas no julgamento.
A fase de instrução é a de produção de provas, quando se ouvirão testemunhas, se
necessário, haverá perícias, acareação, também se necessários, buscando como essência
o que se conhece como verdade real. Nessa etapa, o processo “toma corpo”, ocorrendo
uma apuração:
As atividades de instrução destinadas a averiguar e comprovar os dados necessários à
tomada de decisão realizam-se de ofício ou mediante impulsão do órgão responsável pelo
processo, sem prejuízo do direito dos interessados de propor atuações probatórias (art. 27).
Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar provi-
dências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.
Por exemplo, imaginando que um particular diga haver um risco de desmoronamento e,
para tanto, é necessário fechar uma rodovia que concerne a área de uma fazenda particular.
Fecha-se rapidamente a rodovia, de maneira cautelar, sem escutar o proprietário da fazenda,
pelo caso de risco iminente.
Os artigos que dispõem acerca da instrução são os art. 26 em diante, contudo, não
é necessário se aprofundar nessa etapa, pois não há uma grande incidência desse tema
em provas.

JULGAMENTO

Trata-se de um dever que a administração tem. A Administração Pública é obrigada a


emitir decisão quando for competente. O prazo, para tanto, é de 30 dias, podendo haver pror-
rogação de mais 30 dias. Além disso, cabe mandado de segurança caso a administração se
omita, lembrando que, no direito administrativo, o silêncio é um mero fato, não sendo com-
preendido como deferimento ou indeferimento automaticamente.
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O art. 50 estabelece que esse dever está acompanhado da necessidade de motivação: a


fundamentação, a demonstração, a exposição, a indicação por escrito dos motivos, ou seja,
é a indicação (motivação) dos fatos e fundamentos jurídicos (motivos).

ATENÇÃO
Deve-se atentar aos sinônimos inseridos entre parênteses para que não haja confusão en-
tre eles: neste contexto, indicação é sinônimo de motivação, enquanto fatos e fundamentos
jurídicos são sinônimos de motivos.

A motivação deve ser explícita, clara e congruente, e se admite a motivação aliunde.


Esta, também conhecida como motivação per relationem, funciona da seguinte maneira: no
caso de dois requerimentos, deferidos ou não, serem apresentados à administração, tendo
ela descrito sua motivação para a decisão tomada para o primeiro caso, e o segundo caso
sendo idêntico ao primeiro, a administração não necessita fundamentar de maneira especí-
fica ante o segundo requerimento, podendo recorrer à motivação do primeiro caso.
Ou seja, a motivação aliunde é a que faz parte de um processo, mas é tomada como refe-
rência para outro processo, sendo assim uma motivação por relação.
A regra geral é no sentido de que os atos devem ser motivados (tanto os vinculados
quanto os discricionários). Mas essa regra não é absoluta, pois alguns atos dispensam moti-
vação (p.ex.: exoneração ad nutum de cargo em comissão). Já os atos disciplinares sempre
deverão ser motivados.
Deve-se atentar que em casos de limitação de direitos se deve haver fundamentação. Em
situações benéficas, não haverá tal necessidade. O art. 50 dispõe uma lista de situações nas
quais se exige fundamentação.
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Decisão coordenada (arts. 49-A a 49-G)

Trata-se de uma novidade da Lei 9.784 de que a decisão não mais será obrigatoriamente
tomada por uma única autoridade, podendo ocorrer a decisão coordenada.
Essa decisão ocorre quando ela é de interesse de mais de um órgão e todos eles devem
se manifestar. É também designada por ato complexo, quando as autoridades precisam
conjugar suas autoridades para a criação do ato.
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No âmbito da Administração Pública federal, as decisões administrativas que exijam a


participação de 3 (três) ou mais setores, órgãos ou entidades poderão ser tomadas mediante
decisão coordenada, sempre que
I – for justificável pela relevância da matéria; e
II – houver discordância que prejudique a celeridade do processo administrativo decisório.
Percebe-se que não é uma decisão obrigatória;
Para os fins desta Lei, considera-se decisão coordenada a instância de natureza inte-
rinstitucional ou intersetorial que atua de forma compartilhada com a finalidade de simplificar
o processo administrativo mediante participação concomitante de todas as autoridades e
agentes decisórios e dos responsáveis pela instrução técnico-jurídica, observada a natureza
do objeto e a compatibilidade do procedimento e de sua formalização com a legislação perti-
nente. ▪ Não se aplica a decisão coordenada aos processos administrativos:
I – de licitação;
II – relacionados ao poder sancionador; ou
III – em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distintos
Logo, a decisão coordenada existe por uma questão de eficiência, para haver uma cele-
ridade na decisão conjunta dos órgãos envolvidos.

DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/CEBRASPE/2021/TJ-RJ/Técnico Judiciário) Segundo a Lei n.º 9.784/1999,
depois de concluída a instrução no processo administrativo, a administração tem o de-
ver de decidir em até
a. 30 dias, improrrogáveis.
b. 45 dias, improrrogáveis.
c. 60 dias, prorrogáveis por igual período.
d. 30 dias, prorrogáveis por igual período.
e. 45 dias, prorrogáveis por igual período.

2. (CESPE/CEBRASPE/2022/FUB/Técnico de Tecnologia da Informação) Acerca da


Lei n.º 8.429/1992, que dispõe sobre a prática de atos de improbidade administrativa, e
da Lei n.º 9.784/1999, que trata do processo administrativo, julgue o item seguinte.
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Não é permitida a aplicação da decisão coordenada no âmbito do processo adminis-


trativo quando este tratar de licitações e quando estiverem envolvidas autoridades de
poderes distintos.

COMENTÁRIO
Quando se trata de licitações, a decisão coordenada não é permitida.

3. (FGV/2021/IMBEL/Analista Especializado/Analista Administrativo) Segundo a Lei


n. 9.784/99, em algumas ocasiões específicas, os atos administrativos deverão ser mo-
tivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos. Sobre as ocasiões em
que esses atos deverão ser motivados, analise as afirmativas a seguir. I. Quando de-
cidam recursos administrativos. II. Quando impõem ou agravam deveres. III. Quando
aplicam jurisprudência firmada sobre a questão. Está correto o que se afirma em
a. I, somente.
b. II, somente.
c. I e II, somente.
d. I e III, somente.
e. II e III, somente.

COMENTÁRIO
Acerca da motivação, deve-se consultar o art. 50.
A decisão de um recurso administrativo pode afetar direitos, logo, deve haver motivação.
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4. (CESPE/CEBRASPE/2022/FUB/Administrador) Com base na Lei n.º 8.429/1992, que


dispõe sobre a prática de atos de improbidade administrativa, e na Lei n.º 9.784/1999,
que trata do processo administrativo, julgue o próximo item.
No âmbito do processo administrativo, a motivação deve ser explícita, clara e congruen-
te, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de decisões
anteriores, as quais serão parte integrante do ato

Recursos

Caberá RECURSO quanto à análise do mérito e das razões de legalidade;


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É dirigido à autoridade que decidiu para que ela possa reconsiderar (retratação). Caso
não reconsidere em 05 dias, haverá a remessa à autoridade superior. Isso significa que, à
diferença de outras normas que se dirige o recurso à autoridade superior, dirige-se o recurso
a autoridade decisora.
Em comparação com a Lei 8.112, dispõe-se que primeira se deve entrar com um pedido
de reconsideração para, posteriormente, entrar com recurso dirigido à autoridade superior.
No caso da Lei 9.784, há apenas o recurso dirigido à autoridade que decidiu, esta analisará,
reconsiderando em favor ou em desfavor, em até 5 dias, caso contrário ela mesma remeterá
à autoridade superior.
O recurso correrá, via de regra, por no máximo 03 instâncias. Logo, há situações em que
esse número pode se limitar a menos que 3.
Prazo para interposição: 10 dias, via de regra, contados da divulgação. Existem também
lei específicas que podem diminuir o número de dias.
Não tem efeito suspensivo, via de regra. Por exemplo, decidindo-se que se deve deso-
cupar uma área, mesmo com um recurso, a obrigação ante a decisão se mantêm, deve-se
desocupar a área. Contudo, quando em virtude de possível prejuízo, poderá ser dado efeito
suspensivo.
Quando o processo se finaliza, ainda é possível a entrada de pedido de revisão, desde
que surjam fatos novos. A revisão é como uma forma de uma reabertura.

ATENÇÃO
Da revisão não cabe reformatio in pejus, ou seja, agravar a decisão, enquanto dos recursos
é possível o agravamento da situação. Por exemplo, ao recorrer de uma multa, não é veda-
do que durante o recurso o valor da multa aumente. Por outro lado, terminado um processo
e entrado com o pedido de revisão ante fatos novos, não poderá agravar a decisão.
20m

DIRETO DO CONCURSO
5. (CESPE/CEBRASPE/2021/SEFAZ-AL/Auditor Fiscal de Finanças e Controle de
Arrecadação da Fazenda Estadual) João, servidor público estável da SEFAZ, por
negligência deixou de realizar cobrança de ICMS de determinada empresa. Messias,
chefe de João, tendo tomado conhecimento do fato, resolveu instaurar processo admi-
nistrativo, ao final do qual foi aplicada pena de suspensão a João. Inconformado com a
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punição, João interpôs recurso administrativo, visando reverter a decisão. Após análise
do recurso, a instância superior decidiu revogar a punição, por motivo de ilegalidade.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Segundo a Lei n.º 9.784/1999, o recurso de João deve ser direcionado à autoridade
hierarquicamente superior a Messias.

COMENTÁRIO
O recurso é direcionado a quem decidiu.

6. (CESPE/CEBRASPE/2021/AL/CE/Técnico Legislativo) No processo administrativo, o


recurso administrativo
a. deve, quando recebido pelo órgão competente, ser decidido em até dez dias, salvo
lei diversa.
b. demanda depósito recursal prévio para ser conhecido.
c. impede a Administração de rever o ato ilegal quando esse recurso não é conhecido.
d. submete-se a no máximo duas instâncias administrativas, salvo lei diversa.
e. destina-se a combater razões de legalidade e de mérito das decisões administrativas.

COMENTÁRIO
O prazo de decisão de recurso é de 30 dias, podendo haver a prorrogação de mais 30 dias.
Não demanda depósito recursal, ou seja, pode-se entrar com recurso mesmo sem a ga-
rantia dos bens.
O recurso vale para reconsiderar tanto legalidade quanto mérito.
O máximo de instâncias pelas quais o recurso pode correr são 3.

7. (FCC/2022/TRT/9ª REGIÃO (PR)/Analista Judiciário/Área Administrativa/Conta-


bilidade) A propósito do trâmite dos processos administrativos, a Lei n. 9.784/1999
dispõe que
a. os processos sempre devem ser iniciados por impulso oficial, por força do princípio
da oficialidade.
b. em caso de risco iminente, a Administração poderá motivadamente adotar providên-
cias acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.
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c. havendo desistência ou renúncia do interessado, deve a Administração extinguir


o processo.
d. uma vez concluído o processo administrativo, fica impedida a Administração de des-
fazer o ato dele resultante, por força do princípio da coisa julgada.
e. concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo
improrrogável de trinta dias para decidir.

COMENTÁRIO
O processo pode iniciar por parte do interessado.
Mesmo que haja desistência ou renúncia, a administração pode prosseguir com o processo.
No direito administrativo a regra é não haver coisa julgada como regra geral.

EXTINÇÃO

O interessado poderá desistir no todo ou em parte do objeto do processo, ou então abrir


mão (renunciar) a direitos disponíveis.
Desistir não é o mesmo que renunciar. Desistir trata-se do desejo de descontinuação
do processo, sendo possível, posteriormente, a entrada com o processo novamente. Quando
se renuncia, abre-se mão do processo, não sendo permitida a reentrada com o processo
posteriormente.
A desistência ou renúncia de um interessado não se estende aos demais. Ou seja, o pro-
cesso continua.
A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso, não prejudica o prossegui-
mento do processo, se a Administração considerar que o interesse público assim o exige.
Mesmo que o pedido de desistência ou o de renúncia seja feito, o processo continuará.
Quando ocorrer o exaurimento da finalidade do processo ou o esgotamento do objeto, o
processo será extinto.
25m

Anulação, Revogação e Convalidação

Art. 53.. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
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Este assunto é de altíssimo grau de ocorrência em provas. O art. 53 associa a anula-


ção ao vício de legalidade do processo, enquanto a revogação aos motivos de conveniência
ou oportunidade. Logo, a revogação não se trata da ilegalidade do processo, mas da conve-
niência do processo.

A revogação sempre se tratará de um ato válido. Revoga-se um ato que está produzindo
continuamente seus efeitos e se deseja que ele não continue mais. Contudo, o que ocorreu
posteriormente à revogação, não se altera.
Por outro lado, a anulação considera o vigente antes da anulação inválido, logo, deve ser
anulado. A revogação não retroage, ex nunc.

Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos fa-
voráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé.
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção
do primeiro pagamento.
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que
importe impugnação à validade do ato.

Ou seja, há prazo apenas para a anulação de 5 anos, salvo os casos comprovados de


má-fé, não havendo, nesses casos, prazo.
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Não cabe ao Judiciário a revogação na função jurisdicional, mas, na função administra-


tiva, sim, sendo, neste caso, não judiciário, mas administração pública.

Convalidação

Trata-se da manutenção do ato, uma espécie de “conserto” do ato”.

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo
a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.

Não é possível convalidar tudo, o ato é limitado. Um ato com um vício, defeito, sendo
ele absoluto (ato nulo), é necessário anular este ato. No caso de um vício relativo, ou seja,
um ato anulável, é possível anular o ato ou convalidá-lo. Logo, a anulação possui a mesma
origem que a convalidação, contudo, ocorrem em situações diferentes. Só é possível conva-
lidar quando o defeito for relativo, anulável, que só ocorrerá quando houver vício na forma
ou na competência, um vício de “foco”. Outros tipos de vício não permitem a convalidação.
Ainda assim, não ocorre em qualquer forma e competência. Por exemplo, a competência
exclusiva não é passível de convalidação, assim como a forma essencial.

Prazos

Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da
contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
35m § 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia
em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento
não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.

Deve-se atentar para o fato de que a contagem corre em dias corridos, não em dias úteis.

Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se
suspendem.
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Disposições Finais

Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos ad-
ministrativos em que figure como parte ou interessado:
I – pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;
II – pessoa portadora de deficiência, física ou mental;
III – (VETADO)
IV – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (os-
teíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra
doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha
sido contraída após o início do processo.
§ 1º A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá
requerê-lo à autoridade administrativa competente, que determinará as providências a serem
cumpridas.
§ 2º Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de
tramitação prioritária.

DIRETO DO CONCURSO
8. (CESPE/CEBRASPE/2022/PC/PB/Delegado de Polícia Civil) Suponha que cada um
dos seguintes servidores públicos figure como parte interessada em processo admi-
nistrativo protocolado junto à administração pública: Leonardo, com 60 anos de idade,
não relata qualquer problema de saúde; Luciano, com 50 anos de idade, apresenta
diagnóstico de cardiopatia leve; Sílvio, com 40 anos de idade, comprova ser portador
de deficiência física. Nessa situação, haverá prioridade na tramitação
a. do processo administrativo de Luciano, apenas.
b. dos processos administrativos dos três interessados.
c. dos processos administrativos de Leonardo e Sílvio.
d. dos processos administrativos de Luciano e Sílvio.
e. do processo administrativo de Leonardo, apenas.
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GABARITO
1. d
2. C
3. c
4. C
5. E
6. e
7. b
8. c

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Vandre Borges de Amorim.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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