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INSTRUÇÃO
JULGAMENTO
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Processo Administrativo - Lei 9.784/99 IV
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ATENÇÃO
Deve-se atentar aos sinônimos inseridos entre parênteses para que não haja confusão en-
tre eles: neste contexto, indicação é sinônimo de motivação, enquanto fatos e fundamentos
jurídicos são sinônimos de motivos.
Trata-se de uma novidade da Lei 9.784 de que a decisão não mais será obrigatoriamente
tomada por uma única autoridade, podendo ocorrer a decisão coordenada.
Essa decisão ocorre quando ela é de interesse de mais de um órgão e todos eles devem
se manifestar. É também designada por ato complexo, quando as autoridades precisam
conjugar suas autoridades para a criação do ato.
ANOTAÇÕES
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DIRETO DO CONCURSO
1. (CESPE/CEBRASPE/2021/TJ-RJ/Técnico Judiciário) Segundo a Lei n.º 9.784/1999,
depois de concluída a instrução no processo administrativo, a administração tem o de-
ver de decidir em até
a. 30 dias, improrrogáveis.
b. 45 dias, improrrogáveis.
c. 60 dias, prorrogáveis por igual período.
d. 30 dias, prorrogáveis por igual período.
e. 45 dias, prorrogáveis por igual período.
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COMENTÁRIO
Quando se trata de licitações, a decisão coordenada não é permitida.
COMENTÁRIO
Acerca da motivação, deve-se consultar o art. 50.
A decisão de um recurso administrativo pode afetar direitos, logo, deve haver motivação.
15m
Recursos
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É dirigido à autoridade que decidiu para que ela possa reconsiderar (retratação). Caso
não reconsidere em 05 dias, haverá a remessa à autoridade superior. Isso significa que, à
diferença de outras normas que se dirige o recurso à autoridade superior, dirige-se o recurso
a autoridade decisora.
Em comparação com a Lei 8.112, dispõe-se que primeira se deve entrar com um pedido
de reconsideração para, posteriormente, entrar com recurso dirigido à autoridade superior.
No caso da Lei 9.784, há apenas o recurso dirigido à autoridade que decidiu, esta analisará,
reconsiderando em favor ou em desfavor, em até 5 dias, caso contrário ela mesma remeterá
à autoridade superior.
O recurso correrá, via de regra, por no máximo 03 instâncias. Logo, há situações em que
esse número pode se limitar a menos que 3.
Prazo para interposição: 10 dias, via de regra, contados da divulgação. Existem também
lei específicas que podem diminuir o número de dias.
Não tem efeito suspensivo, via de regra. Por exemplo, decidindo-se que se deve deso-
cupar uma área, mesmo com um recurso, a obrigação ante a decisão se mantêm, deve-se
desocupar a área. Contudo, quando em virtude de possível prejuízo, poderá ser dado efeito
suspensivo.
Quando o processo se finaliza, ainda é possível a entrada de pedido de revisão, desde
que surjam fatos novos. A revisão é como uma forma de uma reabertura.
ATENÇÃO
Da revisão não cabe reformatio in pejus, ou seja, agravar a decisão, enquanto dos recursos
é possível o agravamento da situação. Por exemplo, ao recorrer de uma multa, não é veda-
do que durante o recurso o valor da multa aumente. Por outro lado, terminado um processo
e entrado com o pedido de revisão ante fatos novos, não poderá agravar a decisão.
20m
DIRETO DO CONCURSO
5. (CESPE/CEBRASPE/2021/SEFAZ-AL/Auditor Fiscal de Finanças e Controle de
Arrecadação da Fazenda Estadual) João, servidor público estável da SEFAZ, por
negligência deixou de realizar cobrança de ICMS de determinada empresa. Messias,
chefe de João, tendo tomado conhecimento do fato, resolveu instaurar processo admi-
nistrativo, ao final do qual foi aplicada pena de suspensão a João. Inconformado com a
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punição, João interpôs recurso administrativo, visando reverter a decisão. Após análise
do recurso, a instância superior decidiu revogar a punição, por motivo de ilegalidade.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item.
Segundo a Lei n.º 9.784/1999, o recurso de João deve ser direcionado à autoridade
hierarquicamente superior a Messias.
COMENTÁRIO
O recurso é direcionado a quem decidiu.
COMENTÁRIO
O prazo de decisão de recurso é de 30 dias, podendo haver a prorrogação de mais 30 dias.
Não demanda depósito recursal, ou seja, pode-se entrar com recurso mesmo sem a ga-
rantia dos bens.
O recurso vale para reconsiderar tanto legalidade quanto mérito.
O máximo de instâncias pelas quais o recurso pode correr são 3.
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COMENTÁRIO
O processo pode iniciar por parte do interessado.
Mesmo que haja desistência ou renúncia, a administração pode prosseguir com o processo.
No direito administrativo a regra é não haver coisa julgada como regra geral.
EXTINÇÃO
Art. 53.. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e
pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
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A revogação sempre se tratará de um ato válido. Revoga-se um ato que está produzindo
continuamente seus efeitos e se deseja que ele não continue mais. Contudo, o que ocorreu
posteriormente à revogação, não se altera.
Por outro lado, a anulação considera o vigente antes da anulação inválido, logo, deve ser
anulado. A revogação não retroage, ex nunc.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos fa-
voráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados,
salvo comprovada má-fé.
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção
do primeiro pagamento.
§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que
importe impugnação à validade do ato.
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Convalidação
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo
a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria
Administração.
Não é possível convalidar tudo, o ato é limitado. Um ato com um vício, defeito, sendo
ele absoluto (ato nulo), é necessário anular este ato. No caso de um vício relativo, ou seja,
um ato anulável, é possível anular o ato ou convalidá-lo. Logo, a anulação possui a mesma
origem que a convalidação, contudo, ocorrem em situações diferentes. Só é possível conva-
lidar quando o defeito for relativo, anulável, que só ocorrerá quando houver vício na forma
ou na competência, um vício de “foco”. Outros tipos de vício não permitem a convalidação.
Ainda assim, não ocorre em qualquer forma e competência. Por exemplo, a competência
exclusiva não é passível de convalidação, assim como a forma essencial.
Prazos
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-se da
contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
35m § 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento cair em dia
em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora normal.
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do vencimento
não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como termo o último dia do mês.
Deve-se atentar para o fato de que a contagem corre em dias corridos, não em dias úteis.
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais não se
suspendem.
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Disposições Finais
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos ad-
ministrativos em que figure como parte ou interessado:
I – pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos;
II – pessoa portadora de deficiência, física ou mental;
III – (VETADO)
IV – pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna, hanseníase,
paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose
anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (os-
teíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra
doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha
sido contraída após o início do processo.
§ 1º A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição, deverá
requerê-lo à autoridade administrativa competente, que determinará as providências a serem
cumpridas.
§ 2º Deferida a prioridade, os autos receberão identificação própria que evidencie o regime de
tramitação prioritária.
DIRETO DO CONCURSO
8. (CESPE/CEBRASPE/2022/PC/PB/Delegado de Polícia Civil) Suponha que cada um
dos seguintes servidores públicos figure como parte interessada em processo admi-
nistrativo protocolado junto à administração pública: Leonardo, com 60 anos de idade,
não relata qualquer problema de saúde; Luciano, com 50 anos de idade, apresenta
diagnóstico de cardiopatia leve; Sílvio, com 40 anos de idade, comprova ser portador
de deficiência física. Nessa situação, haverá prioridade na tramitação
a. do processo administrativo de Luciano, apenas.
b. dos processos administrativos dos três interessados.
c. dos processos administrativos de Leonardo e Sílvio.
d. dos processos administrativos de Luciano e Sílvio.
e. do processo administrativo de Leonardo, apenas.
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GABARITO
1. d
2. C
3. c
4. C
5. E
6. e
7. b
8. c
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Vandre Borges de Amorim.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte-
údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura
exclusiva deste material.
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