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Direito Administrativo
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Sumário
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1. Atos administrativos
1.1. Elementos (competência e motivo)
Todo ato administrativo possui cinco elementos, elencados no art. 2º, da Lei n° 4.717/65
(Lei de ação popular): competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
a) Competência: é definida em lei ou atos administrativo gerais, bem como, em algumas
situações decorrem de previsão na Constituição Federal e não pode ser alterado por vontade
das partes ou do administrador público.
Marçal Justen Filho, ao tratar da matéria, define que “competência administrativa é a
atribuição normativa da legitimação para a prática de um ato administrativo”.
Inicialmente o ato deve ser praticado por um agente público, amplamente considerado.
Isso significa que não se restringe aos servidores públicos a atuação em nome do Estado, mas a
todo e qualquer agente, conceituados como toda e qualquer pessoa que atue em nome do Estado,
a qualquer título e, ainda que sem remuneração, por prazo determinado ou com vínculo de
natureza permanente.
Neste sentido, são considerados agentes, para fins de edição de atos administrativos, os
agentes políticos, quais sejam os detentores de mandatos eletivos, os secretários e ministros de
Estado, além dos membros da magistratura e do Ministério Público.
Os atos também podem ser praticados por particulares em colaboração com o poder
público, assim considerados os que exercem função estatal, sem vínculo previamente definido,
como ocorre com jurados e mesários, por exemplo.
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Para alguns doutrinadores, a congruência entre os motivos que deram ensejo à prática do
ato e seu resultado recebe o nome de causa do ato administrativo, configurando-se pressuposto
de validade da conduta.
Móvel não se confunde com motivo, por ser a real intenção do agente público quando
pratica a conduta estatal. A definição do móvel que precipitou a prática do ato administrativo
somente será relevante diante de atos administrativos discricionários.
Motivo e motivação: não se deve confundir motivo, enquanto elemento formativo dos
atos administrativos, com a motivação.
A motivação representa somente a exposição dos motivos do ato. Motivação integra a
“formalização do ato”, é feita pela autoridade administrativa competente para a sua prática. Se
houver motivação, mas os motivos forem falsos ou não corresponderem com a lei. O ato é
viciado, por ilegalidade no elemento motivo. Por outro lado, se a situação fática for verdadeira e
tiver correspondência legal, mas a motivação não foi realizada. Trata-se de ato com vício no
elemento forma.
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Ainda no mesmo sentido, o art. 21, do mesmo diploma legal, regulamenta que a decisão
que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato,
ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências.
O referido diploma legal foi regulamentado pelo Decreto n° 9.830/19 que reforça a
necessidade de demonstração das consequências práticas da decisão administrativa. No que
tange às decisões que invalidarem atos e contrato administrativos, deverão indicar, de modo
expresso, as suas consequências jurídicas e administrativas, limitada aos fatos e fundamentos
de mérito e jurídicos que se espera do decisor no exercício diligente de sua atuação.
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Confere maior celeridade à atuação administrativa, uma vez que, após a prática do ato,
esse estará apto a produzir efeitos automaticamente, como se válido fosse, até que se declare
sua ilegalidade por decisão administrativa ou judicial.
c) Imperatividade: imposição de obrigações, pela Administração Pública, independente
da vontade do particular.
Atenção: os atos que definem direitos e vantagens não são imperativos.
Enquanto não declarada a ilegalidade do ato praticado, o particular deve cumprir as regras
nele expostas.
d) Exigibilidade: não sendo cumprida a obrigação imposta pelo ato administrativo, o
poder público terá que, valendo-se de meios indiretos de coação, executar indiretamente o ato
desrespeitado.
Atenção: não dispensa o respeito ao devido processo legal.
Súmula 312 do STJ. No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, são
necessárias as notificações da autuação e da aplicação da pena decorrente da infração.
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2. Desapropriação
2.1. Aspectos gerais
A desapropriação ocorre quando determinado ente público determina a retirada de bem
privado do seu proprietário, para que esse faça parte do patrimônio público, sempre embasado
nas necessidades coletivas, mediante o pagamento de indenização, previamente definida, de
forma justa ao proprietário.
Trata-se, esta modalidade de intervenção do Estado na propriedade privada, de uma
situação excepcional que, é também uma forma originária de aquisição de propriedade.
No que concerne, ao caso do pagamento da indenização a particular não proprietário, este
fato não enseja em nulidade, podendo o proprietário requerer o pagamento da mesma, sem o
retorno do bem ao seu domínio. Ademais, qualquer direito real, que recaía sobre o bem, fica sub-
rogado no valor da indenização.
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Ainda, não se admite a desapropriação de pessoas, sejam elas físicas ou jurídicas, tal
como “as margens dos rios navegáveis são domínio público, insuscetíveis de expropriação e,
por isso mesmo, excluídas de indenização” também não são desapropriáveis em consonância
com o disposto na Súmula 479 do STF.
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Sobre esta indenização justa, ainda, é importante informar que somente serão
indenizadas as melhorias feitas até a data da declaração de utilidade pública ou interesse social,
com exceção das benfeitorias úteis e necessárias, pagas ainda que executadas após esta data.
De outro giro, o Superior Tribunal de Justiça já se posicionou no sentindo de que, em caso
de divergência entre a área registrada e a área real do imóvel, a indenização será calculada
somente sobre o espaço constante no registro.
Os danos extraordinários, causados em decorrência da desapropriação, também poderão
ser indenizados no curso do mesmo processo em decorrência da responsabilidade civil do
Estado.
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A desapropriação especial urbana ocorrerá nos casos em que não for cumprida a função
social da propriedade prevista no citado Plano Diretor da cidade, após a imposição gradativa e
sucessivas de determinadas restrições. São elas:
a) Parcelamento ou edificação compulsória, sendo que a notificação deverá ser averbada
no Cartório de Registro de Imóveis e realizada por funcionário do órgão competente do Poder
Público Municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa jurídica, a quem
tenha poderes de gerência geral ou administração, ou, por edital, somente quando for frustrada,
por três vezes, a tentativa de notificação pessoal.
Nestes casos, o proprietário deverá efetivar o parcelamento, a edificação ou a utilização
compulsória do terreno. Notificado, o proprietário terá 1 (um) ano para apresentar o projeto,
protocolando-o no órgão competente, e, contados da apresentação do projeto, terá 2 (dois) anos
para começar as obras do empreendimento com vistas a conferir função social à propriedade
(§4º do art. 5º da Lei nº 10.257/01). Estes prazos não serão interrompidos em caso de
transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, sendo que o novo proprietário se sub-
roga em todas as obrigações definidas no ato administrativo.
b) Não sendo suficiente a medida anterior para garantir a função social da propriedade, o
poder público municipal poderá determinar a aplicação de imposto sobre a propriedade predial
e territorial urbana progressivo no tempo, mediante a majoração da alíquota, pelo prazo de
cinco anos consecutivos, limitada a 15%. Trata-se de coação e sanção impostas pelo poder
público em razão da inércia em face da notificação.
A maioria da doutrina entende, que o limite aqui é temporal para a progressividade do
tributo, conforme art. 7º, §2º, da Lei nº 10.257/01 e que de um ano para o outro só se pode
acrescentar na alíquota o máximo de 100% do valor anterior.
Ademais, trata-se de medida coercitiva e sancionatória que neste tipo de desapropriação
reveste o tributo com uma roupagem extrafiscal.
Neste caso, a indenização justa refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado
o montante incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde se
localiza e não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.
Por fim, após ocorrida a desapropriação, o Município deverá aproveitar o imóvel no prazo
máximo de cinco anos, diretamente pelo Poder Público ou por meio de alienação ou concessão
a terceiros.
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Frise-se que Lei Complementar poderá autorizar os estados a legislar sobre questões
específicas.
b) Competência declaratória: a atribuição para declarar a utilidade ou necessidade
pública e o interesse social dos bens privados para fins de desapropriação será, concorrente, de
todos os entes federativos.
c) Competência executiva: trata-se de competência incondicionada e é atribuída,
inicialmente, ao ente federativo que declarou sendo admitida a sua delegação para entes da
Administração Indireta, para concessionárias de serviços públicos e, até mesmo, para consórcios
públicos, firmados nos moldes da Lei nº 11.107/05.
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declaratório. Ultrapassado o referido prazo, ocorre a perda dos efeitos do ato declaratório em
razão do decurso do tempo sem que seja efetivada a desapropriação, não se admitindo que o
poder público promova a execução desse.
A caducidade é contada a partir da data da expedição do decreto, conforme art. 10 do
Decreto-Lei 3.365/41 e o seu prazo varia de acordo com a natureza da declaração expropriatória
sendo de cinco anos na declaração de utilidade ou necessidade pública e de dois anos na
declaração de interesse social.
Já a fase executória ocorre quando o Estado paga o valor da indenização, previamente
fixado, efetivando a imissão do poder público na posse do bem. Pode ocorrer
administrativamente (quando ocorre acordo entre o Poder Público o proprietário) não
necessitando de homologação judicial. Ademais, pode ocorrer judicialmente (quando não há
acordo em relação ao quantum indenizatório ou se o ente expropriante não souber quem ostenta
a qualidade de proprietário do bem) através da Ação de Desapropriação.
A) revogar os atos administrativos que contenham vícios insanáveis, ainda que com base em valores
jurídicos abstratos.
B) convalidar os atos administrativos que apresentem vícios sanáveis, mesmo que acarretem lesão ao
interesse público.
C) desconsiderar as circunstâncias jurídicas e administrativas que houvessem imposto, limitado ou
condicionado a conduta do agente nas decisões sobre a regularidade de ato administrativo.
D) indicar, de modo expresso, as consequências jurídicas e administrativas da invalidação de ato
administrativo.
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Ao buscar assistência jurídica junto a conhecido escritório de advocacia, foi manejada em favor de Luciano
ação de
A) indenização por retrocessão, por abuso de poder da municipalidade, que gera direito à justa e imediata
indenização, exigível quando do trânsito em julgado da ação.
B) indenização por desapropriação indireta, que visa à justa e posterior indenização, a ser paga por meio
de precatório.
C) reintegração de posse por tredestinação ilícita, por desvio de finalidade, que visa à justa e posterior
indenização, a ser paga por meio de precatório.
D) interdito proibitório por desvio de finalidade, que gera direito à justa e imediata indenização, exigível
quando do trânsito em julgado da ação.
Particulares que
prestam serviço Administração direta Administração indireta
público
União Autarquias
Permissionárias
Estados Fundações públicas
Concessionárias
Distrito Federal Sociedade de economia
Autorizatários mista
Municípios
Empresa pública
Órgãos
Associação pública
Descentralização
Ato unilateral (no caso de
autorização) e contrato Desconcentração Descentralização
administrativo (no caso Criação e extinção de
de concessão e Criada ou autorizada
órgão ocorre por lei; por lei;
permissão);
Não tem personalidade Tem personalidade
Tem personalidade jurídica própria.
jurídica própria. jurídica própria;
Sofre controle
finalístico.
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Autarquia e Fundação
Por lei específica
Pública de Direito Público
Atenção: como já foi cobrado diversas vezes pela banca, é muito importante o estudo da
lei das Estatais, dos consórcios públicos e das principais características das Agências
Reguladoras, então vou indicar alguns artigos para leitura de tema de casa:
• Lei 13.303/2016: artigos 3º, 4º e 5º;
• Lei 9.986/2000: artigos 4º, 6º, 8º, 8º-A, 8º-B, e 9º;
• Lei 13.848/19: artigos 3º, 7º, 8º, 9º e 34 da Lei 13.848/19;
• Lei 11.107/2005: artigos 1º, 2º, 4º, 6º, 8º e 11.
A) O acordo de cooperação poderia ter por objeto a delegação de competência normativa da Agência
Alfa.
B) A execução da fiscalização do objeto da delegação pela Agência Beta, por ser estadual, não precisa
observar as normas federais pertinentes.
C) A execução de competência delegada pelo acordo de cooperação à Agência Beta independe do
acompanhamento e da avaliação pela Agência Alfa.
D) A Agência Alfa, havendo delegação de competência, permanecerá como instância superior e recursal
das decisões tomadas no exercício da competência delegada à Agência Beta.
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Culpa exclusiva
Caso fortuito Força maior da vítima (se a
Excludentes vítima concorre
(imprevisível) (natureza) com o dano, o
ônus é repartido)
A) O Estado poderia ser civilmente responsabilizado pela morte de Tânia, pois tinha o dever de evitar a
fuga de Geraldo, mas não pelo óbito de Mateus, em razão de fato exclusivo da vítima, tendo em conta a
adoção da teoria do risco administrativo.
B) Ambas as mortes acima descritas seriam passíveis de configurar a responsabilização civil do Estado,
nos termos da Constituição, que adota expressamente a teoria do risco integral, nas situações
relacionadas à segurança pública.
C) Nenhum dos óbitos narrados pode caracterizar a responsabilização civil do Estado, na medida em que
nas hipóteses de omissão do Estado deve ficar caracterizado o elemento culpa, imprescindível no âmbito
da teoria do risco administrativo.
D) O Estado poderia ser civilmente responsabilizado pela morte de Mateus, pois tinha o dever de proteger
a incolumidade física de pessoa sob sua custódia, mas não pelo óbito de Tânia, na medida em que não
há nexo de causalidade entre a fuga de Geraldo e o evento danoso.
5. Improbidade administrativa
O ato de improbidade é conduta DOLOSA e ilegal cometida por um agente público, o
qual deve ser responsabilizado com sancionamento adequado à gravidade do fato. Se a conduta
foi praticada junto com o particular, a ação civil pública de improbidade administrativa deve ser
ajuizada contra o agente público e o particular (art. 2º e 3º da Lei 8.429/92). Cuidado, segundo
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o entendimento do STJ, a ação de improbidade não poderá ser ajuizada somente contra o
particular.
Tanto o Ministério Público (art. 17, da Lei 8.429/92), quanto a pessoa jurídica lesada
(entendimento do STF) são legitimados para propor a ação que visa a responsabilização
daqueles que cometem atos ímprobos. A ação de improbidade não impede a responsabilização
do agente em outras esferas (administrativa e penal).
Veja na tabela abaixo, resumidamente, quais são os atos improbos e suas respectivas
sanções (artigos 9º, 10, 11 e 12, da Lei 8.429/92):
*Para todos verem: quadro/tabela.
Atos de improbidade e
sancionamento
- Perda dos bens ou valores - Perda dos bens ou valores - Pagamento de multa civil de
acrescidos ilicitamente ao acrescidos ilicitamente ao até 24 vezes o valorda
patrimônio; patrimônio; remuneração percebida pelo
agente;
- Perda da função pública; -Perda da função pública;
- Proibição de contratar com o
- Suspensão dos direitospolíticos - Suspensão dos direitos poder público ou de receber
até 14 anos; políticos até 12 anos; benefícios ou incentivosfiscais
ou creditícios, direta ou
- Pagamento de multa civil - Pagamento de multa civil indiretamente, ainda que por
equivalente ao valor do equivalente ao valor do dano; intermédio de pessoa jurídica
acréscimo patrimonial; da qual seja sócio majoritário,
- Proibição de contratar com o pelo prazo não superior a 4
- Proibição de contratar com o poder público ou de receber anos.
poder público ou de receber benefícios ou incentivos
benefícios ou incentivos fiscaisou fiscaisou creditícios, direta ou
creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
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As sanções previstas no artigo 12 somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado da
sentença condenatória.
Prescrição: tema sensível e que sofreu diversas alterações com as Lei nº 14.230/2021.
Se antes o prazo de prescrição era (basicamente) de cinco anos, agora o prazo é de 8 anos para
prescrição. O objetivo da prescrição é dar estabilidade às relações jurídicas.
Nos parágrafos do artigo 23 da LIA há previsões de suspensão e interrupção de prazo
prescricional. Uma novidade na nova redação da LIA é que, agora, haverá possibilidade da
chamada prescrição intercorrente no prazo de 4 anos, ou seja, prescrição que ocorre no decorrer
do processo judicial: “§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia da
interrupção, pela metade do prazo previsto no caput deste artigo”.
Atenção: o artigo 16 trata sobre a possibilidade de indisponibilidade de bens, não deixe
de estudar esse artigo, pois o assunto está em alta. Assim como o acordo de não persecussão
cível, conforme o artigo 17-B!
A) É cabível a execução provisória da penalidade de perda da função pública, com seu imediato
afastamento do cargo.
B) Poderia ser aplicada a penalidade de suspensão de direitos políticos por prazo superior a quinze anos,
em razão da presença de dolo específico.
C) O Juízo de primeiro grau não poderia cumular as penalidades de suspensão dos direitos políticos e de
proibição de contratar com a Administração, sob pena de bis in idem.
D) O Juízo de primeiro grau poderia cumular a determinação de ressarcimento integral ao erário com a
aplicação da penalidade de multa equivalente ao valor do acréscimo patrimonial.
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Atos eivados de
Poder-dever Anular
vício/ilegais
Administração
Atos legais, por
Pode Revogar conveniência ou
oportunidade
No controle externo realizado pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas,
tenha cuidado com o artigo 71 da Constituição Federação, especificamente com inciso III:
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório.
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A) A conduta do TCU foi irregular, na medida em que a aposentadoria de Túlio é ato administrativo
simples, que não deveria ter sido submetido a registro perante a Corte de Contas.
B) O exercício da autotutela, para fins de anular a aposentadoria de Túlio, não está fulminado pela
decadência, diante de sua má-fé.
C) O registro da aposentadoria de Túlio foi irregular, pois dependia da garantia da ampla defesa e
contraditório perante o TCU.
D) A anulação da aposentadoria não é mais viável, considerando que transcorrido o prazo prescricional
de cinco anos para o exercício da pretensão.
7. Bens públicos
7.1. Classificação
*Para todos verem: esquema.
Essas classificações estão no artigo 99, do Código Civil, aliás, nos seus estudos vale a
leitura do artigo 98 ao 103 do CC!
7.2. Características
Inalienabilidade: significa que bens públicos não podem ser vendidos livremente, mas
essa regra não é absoluta! Os bens de uso especial e os bens de uso comum são inalienáveis
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8. Agentes públicos
*Para todos verem: esquema.
+ bombeiros militares
Cargo Público
Agentes Servidores públicos (estatutários) Lei
administrativos n° 8.112/90
Cargo em
Comissão
Art. 2o da Lei 8.112/90. Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida
em cargo público.
Art. 3o da Lei 8.112/90. Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
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Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei
complementar, assegurada ampla defesa.
Apenas para
servidor efetivo
Função de
confiança
Chefia, direção e
assessoramento
Cargo
Concurso Estabilidade
Servidores efetivo
públicos
(Estatutários) Livre nomeação SEM
Lei nº 8.112/90 e exoneração estabilidade
Cargo em
comissão
Chefia, direção e
assessoramento
A) Não é possível a criação de um cargo em comissão de professora, visto que tais cargos destinam-se
apenas às funções de direção, chefia e assessoramento.
B) É adequada a criação de um cargo em comissão para que Maria prolongue suas atividades como
professora na entidade administrativa, diante do justificado interesse público.
C) Maria tem estabilidade porque exerceu a função de professora por mais de três anos consecutivos,
tornando desnecessária a criação de um cargo em comissão para que ela continue como professora na
entidade autárquica.
D) Não é necessária a criação de um cargo em comissão para que Maria permaneça exercendo a função
de professora, porque a contratação temporária pode ser prorrogada por tempo indeterminado.
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9. Concurso público
Importante o destaque a outros artigos aplicáveis aos concursos públicos: o artigo 5º, §2º,
da Lei nº 8.112, e a Lei nº 12.990/2014 dispõem sobre as reservas de vagas em concursos
públicos, disciplinando as porcentagens de vagas destinadas a pessoas com deficiência, em
atribuições compatíveis, e a pessoas negras.
Súmula importante:
Súmula 683 do STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima
em face do art. 7º, XXX, da CF/88, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.
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Concurso
Nomeação
Posse
Exercício
Estabilidade
Sobre esse tema, cabe referir uma súmula super importante sobre o momento, no qual
pode ser exigida a comprovação dos requisitos para o exercício do cargo público:
Súmula 266 do STJ: O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser
exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.
Art. 37, § 13 da CF: O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado para
exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer
nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para o
cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem.
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Recondução:
Adapta quando
Readaptação sofre limitação
Ilegalidade -
Reintegração demissão legal
Volta - aposentado
Reversão volta ao cargo
Tá disponível? Vou
Aproveitamento aproveitar
disponibilidade
Antiguidade e
Promoção merecimento,
mesma carreira
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A) A invalidação do ato demissional de Maria não poderá importar na sua reintegração ao cargo anterior,
considerando que está ocupado por Alfredo.
B) Maria, em razão de ter adquirido a estabilidade, independentemente da existência e necessidade do
cargo que ocupava, deverá ser posta em disponibilidade.
C) Maria deverá ser readaptada em cargo superior ao que ocupava anteriormente, diante da ilicitude de
seu ato demissional.
D) Em decorrência da invalidade do ato demissional, Maria deve ser reintegrada ao cargo que ocupava e
Alfredo deverá ser reconduzido para o cargo de origem.
Processo Administrativo
Sindicância Disciplinar
(Art. 145, Lei 8.112)
(Art. 146, Lei 8.112)
Demissão;
Aplicação de penalidade de
advertência ou suspensão de até
30 dias; Cassação de aposentadoria ou
disponibilidade;
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Art. 78, CTN. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interessepúblico concernente à segurança, à higiene, à
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Características/ atributos:
*Para todos verem: esquema.
Discricionariedade
• Oportunidade/conveniência ao aplicar
Auto-executoriedade
• Execução direta de suas decisões
Coercibilidade
• Imposição das medidas
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10) FGV – 2019 - OAB – Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase
Após comprar um terreno, Roberto iniciou a construção de sua casa, sem prévia licença, avançando para
além dos limites de sua propriedade e ocupando parcialmente a via pública, inclusive com possibilidade
de desabamento de parte da obra e risco à integridade dos pedestres. No regular exercício da fiscalização
da ocupação do solo urbano, o poder público municipal, observadas as formalidades legais, valendo-se
da prerrogativa de direito público que, calcada na lei, autoriza-o a restringir o uso e o gozo da liberdade e
da propriedade privada em favor do interesse da coletividade, determinou que Roberto demolisse a parte
irregular da obra. O poder administrativo que fundamentou a determinação do Município é o poder:
Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas
jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.
(Não possui natureza penal).
Art. 3º. A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de
seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou
partícipe do ato ilícito.
Responsabilidades:
a) Objetiva (não há necessidade de comprovar dolo ou culpa) - para a Pessoa Jurídica.
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11) FGV – 2021 - OAB – Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase
A sociedade empresária Espertinha praticou atos de corrupção contra determinada organização pública
internacional, mediante oferecimento de suborno para a obtenção de vantagens indevidas. Em razão
disso, a Controladoria Geral da União (CGU) instaurou procedimento administrativo para apurar a
responsabilização administrativa de tal sociedade. Considerando o disposto na Lei nº 12.846/13 (Lei
Anticorrupção), assinale a afirmativa correta.
1. Agente de contratação
A necessidade de agentes de contrato existe porque a autoridade máxima do órgão não
realiza o procedimento licitatório, apesar de ser responsável pela elaboração do edital e
exposição de motivos da contratação. Logo, normalmente, quem procede à licitação é um
servidor público especialmente designado por essa autoridade, responsável pela realização dos
trâmites do procedimento.
A legislação anterior previa a necessidade de uma comissão de licitação que, no
regramento atual não é necessária, em regra, sendo suficiente a designação do agente de
contratação.
Ficará a cargo do agente de contratação, portanto, a condução de todo o procedimento
licitatório.
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Ele será auxiliado por equipe de apoio e responderá individualmente pelos atos que
praticar, salvo quando induzido a erro pela atuação da equipe.
Atenção: em se tratando de licitação na modalidade pregão, o agente de contratação será
designado pregoeiro.
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Ademais, o poder público deve ter um orçamento, definindo o valor máximo que está
disposto a pagar pela aquisição do bem ou serviço ou pela execução da obra a ser contratada
(art. 18, IV, da Lei 14.133/21).
Despesas de caráter continuado: são hipóteses em que os gastos com o contrato a ser
celebrado devam ultrapassar um exercício financeiro, devendo haver contemplação do produto
ou serviço nas metas estipuladas na lei do Plano Plurianual (no art. 165 da Constituição Federal
e no art. 165, da Lei 14.133/21).
Em casos de contratação para execução de obras, a lei exige ainda a realização de um
projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para que os interessados em
participar da licitação tenham amplo conhecimento (art. 6º, XXV, da Lei 14.133/21).
A lei prevê pessoa jurídica poderá participar de licitação em consórcio, salvo vedação
expressa e justificada no próprio edital. Nesses casos, para que seja lícita a participação em
consórcio, devem ser observados os requisitos previstos na legislação.
O art. 21, da Lei 14.133/21 prevê a possibilidade de convocação de audiência pública,
com antecedência mínima de 8 (oito) dias úteis, que poderá ser realizada presencialmente ou a
distância – por meio eletrônico - com disponibilização prévia de informações pertinentes,
inclusive de estudo técnico preliminar, elementos do edital de licitação e outros, permitindo a
manifestação de todos os interessados.
Também, é possível que a Administração submeta a licitação a consulta pública. Neste
caso, não haverá uma audiência com a participação dos interessados, mas serão
disponibilizados a eles o acesso aos elementos da futura contratação, permitindo que enviem
sugestões em prazo fixado.
O edital ainda poderá contemplar matriz de alocação de riscos entre o contratante e o
contratado, estabelecendo as responsabilidades de cada uma das partes do acordo, assim como
buscando encontrar e estipular medidas que reduzam as possibilidades de desequilíbrio
financeiro ao longo da relação contratual.
Orçamento da Administração Pública: o poder público deverá, na fase interna,
apresentar o valor estimado da contratação, compatível com os valores praticados pelo mercado,
considerados os preços constantes de bancos de dados públicos e as quantidades a serem
contratadas, observadas a potencial economia de escala e as peculiaridades do local de
execução do objeto.
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Além disso, ainda nesta fase interna, o Poder Público elabora a minuta do edital de
licitação que será encaminhado ao órgão de consultoria jurídica para aprovação.
O edital é o instrumento convocatório das licitações na modalidade concorrência e
configura uma convocação a todos os interessados em contratar com a Administração Pública,
desde que atendam às exigências nele contidas.
O edital pode prever margem de preferência para aquisição de:
a) bens manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas
brasileiras;
b) bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis, conforme regulamento.
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Verifique-se que o procedimento licitatório geral se desenvolve com a fase externa tendo
início com a divulgação do edital. Posteriormente, serão abertos os envelopes de propostas e
será feita a seleção da proposta vencedora. Somente após o julgamento das propostas, o poder
público irá proceder à habilitação do licitante vencedor.
Todavia, mediante justificativa do ente estatal, as fases podem ser invertidas por
determinação do edital, quando, então, serão habilitados os licitantes e, somente depois, será
feita a classificação das propostas.
Ademais, as licitações serão realizadas preferencialmente sob a forma eletrônica,
admitida a utilização da forma presencial, desde que motivada, devendo a sessão pública ser
registrada em ata e gravada mediante utilização de recursos tecnológicos de áudio e vídeo e,
em casos de licitação por meio eletrônico, o ente público pode exigir que os atos dos licitantes
também sejam praticados nesse formato.
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1.1.5. Julgamento
A primeira etapa da atividade do julgamento consiste na avaliação da regularidade formal
e material das propostas. Os envelopes das propostas dos licitantes serão abertos em sessão
pública e os interessados têm que verificar se os envelopes não foram violados, pois, caso haja
violação, há nulidade do procedimento e a licitação deverá ser anulada.
Na fase de classificação, serão aplicados os critérios de julgamento que foram
previamente estipulados no instrumento convocatório.
1.1.6. Habilitação
Concluído o julgamento, o agente de contratação passará ao recebimento do envelope
de documentação do licitante vencedor. Nessa fase, então, a Administração Pública deve
proceder à abertura do envelope que contém as documentações do licitante classificado em
primeiro lugar, com a finalidade de analisar se está apto e idôneo a contratar com o Poder Público.
A habilitação poderá ser realizada por processo eletrônico de comunicação a distância, nos
termos dispostos em regulamento.
Essa fase é também conhecida como fase de qualificação, quando devem ser analisados
os requisitos e documentos pessoais dos licitantes. É a fase de análise da documentação dos
licitantes a fim de verificar se têm idoneidade para contratar com o Poder Público.
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É importante frisar que o edital não pode estabelecer critérios não previstos em lei, mais
especificamente no art. 62, da Lei 14.133/21, evitando assim restringir a licitação de forma
desarrazoada. Para cumprimento desses requisitos, basta que se realize a apresentação de
documentos enumerados pela própria lei, que podem ser originais ou cópias do cartório
competente. Vejamos um elenco legal dos requisitos de habilitação.
A – Habilitação jurídica: para parte da doutrina, essa exigência, assim como a exigência
de regularidade fiscal e respeito ao art. 7º, XXXIII, da CF são inconstitucionais, por estarem
previstos em lei, sem que haja disposição similar no art. 37, XXI, da Carta Magna, ensejando
burocratização indevida da licitação. Porém, este entendimento não prevalece, por se tratar de
posição minoritária.
A habilitação jurídica visa a demonstrar a capacidade de o licitante exercer direitos e
assumir obrigações, e a documentação a ser apresentada por ele limita-se à comprovação de
existência jurídica da pessoa e, quando cabível, de autorização para o exercício da atividade a
ser contratada.
B – Qualificação técnica: trata-se de demonstração de que a empresa tem condições
técnicas de cumprir o contrato celebrado em conformidade com as exigências de qualidade e
celeridade impostas pela Administração Pública.
C – Qualificação econômico-financeira: é a demonstração de idoneidade financeira da
entidade a ser contratada. Considerando-se que, como regra, o Poder Público não realiza o
pagamento antes da disponibilização do objeto do contrato, a empresa deve ter qualificação para
arcar com todos os custos da contratação.
D – Regularidade fiscal, social e trabalhista: configura demonstração de que a entidade
que pretende participar da licitação não possui débitos em atraso com a Fazenda Pública ou com
a justiça do trabalho e que não viola disposições constitucionais que vedam a exploração de
trabalho infantil.
Microempresas e empresas de pequeno porte: a LC 123/06 estabelece que essas
empresas poderão participar da licitação ainda que não tenham regularidade fiscal e
trabalhista. Ao final da licitação, se forem declaradas vencedoras, terão o prazo de 5 (cinco)
dias úteis, prorrogável por igual período, cujo termo inicial corresponderá ao momento em que
o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogável por igual período, a critério da
Administração Pública, para a regularização da documentação, pagamento ou parcelamento
do débito e emissão de eventuais certidões negativas ou positivas com efeito de certidão
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negativa, ou seja, para fazer o saneamento do débito. Essa regra está disposta nos arts. 42 e
43 da referida lei complementar, alterados, inclusive pela LC 155/16.
Divulgada a decisão final acerca da habilitação e inabilitação de licitantes, o prazo para
que os interessados interponham recurso com a intenção de modificar o quanto decidido é de 3
(três) dias úteis, a contar da lavratura da ata, conforme disposto expressamente no art. 165 da
Lei 14.133/21.
Lavrada a ata de habilitação do licitante, será aberto o prazo para a interposição de
recurso administrativo. Se o recurso disser respeito à fase anterior (de julgamento das
propostas), a intenção de recorrer já foi apresentada aos autos, sob pena de preclusão, e o
interessado deverá apresentar as razões recursais.
Os atos da Administração praticados no bojo do procedimento licitatório podem ser
impugnados por meio de recurso ou através de pedido de reconsideração.
O recurso deve ser interposto no prazo de 3 (três) dias úteis, contado da data de
intimação ou de lavratura da ata, em face do julgamento das propostas, do ato de habilitação ou
inabilitação de licitante, ou ainda do ato que determine a anulação ou revogação da licitação
A lei estabelece o cabimento de pedido de reconsideração, também no prazo de 3 (três)
dias úteis, contado da data de intimação, relativamente a ato do qual não caiba recurso
hierárquico.
Encerramento: concluídas as fases de julgamento e habilitação, e exauridos os recursos
administrativos, está encerrado o trabalho do agente de contratação, que encaminhará o
procedimento à autoridade do órgão para verificação e encerramento do feito. Assim, o processo
será enviado à autoridade superior, a quem compete verificar os atos anteriores praticados pelo
agente de contratação ou comissão de contratação, analisando sua adequação às normas legais
e princípios constitucionais pertinentes.
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A) o Município deve contratar a única empresa que cumpriu todos os requisitos do edital, pois não há
ilegalidade na licitação promovida pelo Município.
B) o Município deve contratar a única empresa que cumpriu todos os requisitos do edital, pois o Poder
Público pode estabelecer cláusulas no edital de licitação que não tenham previsão legal e que não sejam
indispensáveis à execução do contrato.
C) a pretexto de habilitar os licitantes, o Município XYZ escolheu a empresa que queria contratar, violando
o Princípio da Competitividade previsto no caput, do art. 5º, da Lei 14.133/21.
D) apesar do Município não poder efetivar a contratação da empresa que cumpriu todos os requisitos do
edital, não se verifica fraude na licitação, pois havia o intuito de garantir a eficiência na execução da obra.
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A) Deverá ajuizar ação contra o Estado Beta, que responderá objetivamente pelos danos causados, na
medida que Ana Carolina não poderá compor o polo passivo da ação.
B) Poderá optar por ajuizar a ação em face de Ana Carolina ou do Estado Beta, na medida que ambos
são objetivamente responsáveis pelo ocorrido.
C) Poderá ajuizar ação exclusivamente contra Ana Carolina, que responde subjetivamente pelo exercício
de sua prática profissional.
D) Não poderá ajuizar ação contra Ana Carolina, pois o Estado Beta deve responder pelos danos que
seus agentes, nesta qualidade, causem a terceiros, mediante demonstração de dolo e culpa.
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não persecução cível! No passado ele já foi vedado pela Lei de Improbidade Administrativa, mas
agora é possível, desde que atendido os requisitos do artigo 17-B da LIA.
Como esse conteúdo tem caído com muita frequência nas provas de concursos da FGV
e foi objeto da 2ª fase em administrativo, existe a forte possibilidade dele ser objeto da 1ª fase!
Vamos estudá-lo por partes:
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4. Serviços públicos
4.1. Formas de delegação de serviço público
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Cabe intervenção;
Concessão
(Por contrato
+ exigência
de licitação - Contraprestação pública + tarifa cobrada
concorrência/ Patrocinada
do usuário;
diálogo Parceria
competitivo) Público
Privada Contraprestação apenas pública;
Administrativa
Serviço em que a Administração é
usuária direta ou indireta.
Especial
Lei nº 11.079
Aplicação subsidiária da Lei nº 8.987/95;
Art. 6º, Lei nº 8.987. Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço
adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas
normas pertinentes e no respectivo contrato.
§ 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade,
eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade
das tarifas.
§ 3° Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em
situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade
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Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a
adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais,
regulamentares e legais pertinentes.
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a
designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Art. 33. Declarada a intervenção, o poder concedente deverá, no prazo de trinta dias,
instaurar procedimento administrativo para comprovar as causas determinantes da medida
e apurar responsabilidades, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 1o Se ficar comprovado que a intervenção não observou os pressupostos legais e
regulamentares será declarada sua nulidade, devendo o serviço ser imediatamente
devolvido à concessionária, sem prejuízo de seu direito à indenização.
§ 2o O procedimento administrativo a que se refere o caput deste artigo deverá ser
concluído no prazo de até cento e oitenta dias, sob pena de considerar-se inválida a
intervenção.
Art. 34. Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a administração do serviço
será devolvida à concessionária, precedida de prestação de contas pelo interventor, que
responderá pelos atos praticados durante a sua gestão.
A) Caberá a declaração de caducidade da concessão, por se tratar de uma violação contratual evidente,
a ser declarada em ação judicial.
B) Não há remédio previsto legalmente para a rescisão contratual quando a Administração Pública
descumpre o contrato, em face do interesse público.
C) Caberá a rescisão por iniciativa da concessionária mediante ação judicial, contudo, a mesma não
poderá interromper a prestação do serviço até o trânsito em julgado da decisão.
D) Apenas caberá a rescisão contratual se o poder concedente deixar de cumprir com mais de uma
exigência contratual, não sendo suficiente o não pagamento da contraprestação.
Art. 37, XVI, CF. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões
regulamentadas;
Art. 37, XVII, CF. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.
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decide realizar novo concurso público para outro cargo técnico do Instituto Nacional do Seguro Social.
Por possuir compatibilidade de horários, Bruna procura você para informar-se se poderá acumular ambos
os cargos públicos, de forma lícita, sendo correto afirmar que:
A) Por possuir compatibilidade de horários, Bruna faz jus a acumulação remunerada de cargos públicos,
não havendo vedação legal em seu caso.
B) Se Bruna acumular referidos cargos públicos, precisará observar o teto remuneratório existente, sendo
o mesmo válido para a soma das remunerações de ambos os cargos.
C) Bruna não poderá acumular os cargos públicos referidos, ainda que haja compatibilidade de horários,
pois não se encontram dentro das exceções constitucionais autorizadas.
D) Bruna apenas poderia acumular os cargos se fossem dois cargos de profissões regulamentadas da
saúde, não havendo mais nenhuma hipótese de acumulação legal de cargos admitida pela Constituição
Federal.
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8–D 9–D 10 – D 11 – B 12 – C 13 – A 14 – B
15 – C 16 – C
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