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ATOS ADMINISTRATIVOS
ELEMENTOS OU REQUISITOS DE VALIDADE DO ATO
Os atos administrativos possuem CINCO ELEMENTOS também conhecidos como
requisitos de validade, pois o ato praticado em desacordo com o que a lei estabeleça para cada
requisito será, em regra, UM ATO NULO. São eles: (mnemônico: COMFIFORMOOB)

 COM PETÊNCIA: elemento vinculado

 FI NALIDADE: elemento vinculado

 FOR MA: elemento vinculado

 MO TIVO: elemento que pode ser vinculado OU Discricionário

 OB JETO: elemento que pode ser vinculado OU Discricionário

COMPETÊNCIA (QUEM FAZ?)


É o poder atribuído ao agente da administração delimitando suas atribuições para
praticar o ato administrativo. Por exemplo, a Código de Processo Penal em seu artigo 17 afirma
que o titular do inquérito policial é o delegado de polícia, então se um oficial de cartório tentar
baixar uma portaria para iniciar o inquérito policial teremos um ato viciado na competência,
justamente pela falta de atribuição legal. Lembrando que é um elemento vinculado.

OBS! A professora Maria Silvia Zanella Di Pietro chama de SUJEITO COMPETENTE.


 CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA
 IRRENUNCIÁVEL: Lei 9784 Art.11- A competência é irrenunciável e se exerce
pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de
delegação e avocação legalmente admitidos.

O QUE SERIA DELEGAÇÃO? Resposta: nada mais é do que uma divisão de parte
da competência originária com outro órgão de igual hierarquia ou inferior. (não
exige hierarquia)

O QUE SERIA AVOCAÇÃO? Resposta: não mais é do que um chamamento de


atribuição de órgão inferior por um órgão superior. (exige sempre hierarquia)

OBS! NÃO PODEM SER OBJETO DE DELEGAÇÃO: (mnemônico: EDEMA)


E dição de atos de caráter normativo;
DE cisão de recursos administrativos;
MA térias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.

 IMODIFICÁVEL: como a competência é instituída pela lei, o administrador não


poderá por sua simples vontade tentar modificá-la.

MUDE SUA VIDA!


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 IMPRESCRITÍVEL: ainda que o agente público passe um bom tempo sem usar de
sua competência, não perderá a titularidade de sua competência.

 IMPRORROGÁVEL: em processos judiciais quando a competência é relativa


(territorial e em razão do valor da causa) e as partes não questionam a atuação do
juiz incompetente naquele respectivo processo teremos o instituto da prorrogação
da competência, aqui nos procedimentos administrativos isso não, ou seja, não se
transfere a um agente incompetente pelo simples fato de não ter havido
contestações.

FINALIDADE (PARA QUE?)


É o resultado que se quer alcançar com a prática do ato e está ligada intrinsecamente o
interesse público. Enquanto motivo antecede o ato, a finalidade o sucede, ou seja, está ligado a
ideia de futuro.
Para tentar simplificar farei uma pequena analogia, pense em você que está se preparando
para seu concurso público. Pode-se dizer que você já passou na prova? De fato, ainda não, pois
a própria prova ainda não chegou e passar nela é sua FINALIDADE! É a mesma coisa com o ato
administrativo, quando a Administração Pública praticar um ato, o mesmo tem que ter uma
finalidade pública.
Uma informação imprescindível é saber que a finalidade do ato possui o chamado EFEITO
MEDIATO.

FORMA (COMO?)
É o modo de exteriorização do ato, é a maneira como a administração se manifesta. Mais
uma vez farei uma analogia. Imagine que você encontrou o amor de sua vida, mas você não se
expressa, não declara seus sentimentos. Pergunto, como é que essa pessoa vai saber que
descobrir seu amor? Você precisa externar isso de alguma FORMA!
É EXATAMENTE o que ocorre com o ato administrativo e, em regra, eles deverão observar
a FORMA ESCRITA, admitindo-se excepcionalmente:
 ATOS GESTUAIS;

 VERBAIS OU;

 EXPEDIDOS VISUALMENTE POR MÁQUINAS. (semáforos, especialmente em casos


de urgência e transitoriedade da manifestação)

MOTIVO (O PORQUÊ)
É o pressuposto de fato e de direito que SERVE DE FUNDAMENTO para o ato
administrativo, É O PORQUÊ, a razão da prática do ato.
 De Fato: corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de
características que levam a administração pública a praticar o ato.

MUDE SUA VIDA!


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 De Direito: é o dispositivo legal em que se baseia o ato.

Lembre-se da música do grande Tim Maia que diz:


“...Me dê MOTIVO pra ir embora
Estou vendo a hora de te perder...”

Quando a administração pública praticar um ato administrativo, não pode praticar do


nada, sem fundamento. Pense no ato de demissão que é um ato punitivo, para que o mesmo
possa ser exarado, o servidor tem que dar um MOTIVO para que a própria administração possa
praticá-lo, se o fizer sem um motivo teremos um ato viciado por inexistência de motivo.

CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR

MOTIVO é diferente de MOTIVAÇÃO.

MOTIVO é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento para


o ato administrativo. Enquanto a MOTIVAÇÃO (justificativa) é a exposição dos
motivos, ela exige que a Administração Pública indique, apresente os fundamentos
de fato e de direito de suas decisões.

OBJETO (O QUE?)
É o conteúdo do ato, ou seja, é o efeito jurídico IMEDIATO que o ato produz. A ordem por
ele determinada, ou o resultado prático pretendido ao se expedi-lo.
Lembre-se que todo ato administrativo é uma espécie de ato jurídico, então o mesmo
precisa produzir efeito jurídico, ou seja, quando por sua prática nascer, modificar, alterar
extinguir um determinado direito.
Esse determinado efeito jurídico é o que a doutrina denomina de OBJETO ou CONTEÚDO
do ato.
Ex: em um decreto de desapropriação o objeto é a própria desapropriação, em uma
nomeação de concurso o objeto é a própria nomeação.

MUDE SUA VIDA!


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