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ATOS ADMINISTRATIVOS

10 DICAS
DICA 1
Atos administrativos são espécies de atos da administração.
São atos da administração:
•Atos privados: conforme estudado, por diversas vezes o Estado atua usando
sua posição de supremacia e, com isso, pode impor condutas e restrições aos
particulares. Entretanto, em algumas situações o administrador atuará em
posição de igualdade com o particular e será regido pelo regime privado.
Podemos citar o caso das locações, compras e vendas, doações e permutas.
•Atos materiais: assemelham-se muito mais a um fato do que propriamente a
um ato, pois são condutas de mera execução, sem expressar manifestações de
vontade. Exemplos: demolição de uma construção irregular, apreensão de
mercadorias fruto de contrabando, execução de uma cirurgia em um hospital
público.
•Atos políticos: também denominados atos de governo, são aqueles que
decorrem diretamente da própria Constituição e possuem ampla
discricionariedade. Nesse caso, não se está exercendo a função administrativa,
pois a atuação é baseada na função política do Estado. Como exemplo, podemos
mencionar a possibilidade de o Presidente da República sancionar ou vetar leis.
•Atos administrativos: são expedidos no exercício da função administrativa, em
caráter infralegal (abaixo da lei), sob o regime de direito público, com todas as
prerrogativas e restrições decorrentes deste (falaremos do conceito de forma
aprofundada no próximo tópico).
Fonte: Cláudia, CAMPOS, A. Direito Administrativo Facilitado. Disponível em:
Grupo GEN, Grupo GEN, 2018, pág. 248.
DICA 2
Conceito: De maneira simples, podemos definir os atos administrativos como uma
manifestação de vontade expedida de maneira infralegal e no exercício da função
administrativa, podendo ser produzido pela Administração Pública ou por seus
delegatários com a finalidade de complementar a lei e atingir alguma finalidade
pública, gozando de prerrogativas e restrições advindas da adoção do regime público.
Cláudia, CAMPOS, A. Direito Administrativo Facilitado. Disponível em: Grupo GEN,
Grupo GEN, 2018, pág. 249. Nesse sentido a autora faz o seguinte esquema:

DICA 3
Os atos administrativos podem ser:
Vinculados: não há discricionariedade por parte do administrador, portanto ele não
pode escolher qual alternativa mais conveniente para a Administração.
Discricionários: há uma margem de escolha pelo administrador, porém tal
discricionariedade deve pautar-se na proporcionalidade e razoabilidade, além de
respeitar os princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse público.

DICA 4
São requisitos do Ato Administrativo:

• COMpetência.
• FInalidade;
• FORma;
• Motivo;
• OBjeto

DICA 5
São atributos dos Atos Administrativos:

• Presunção de legitimidade;
• Autoexecutoriedade;
• Tipicidade;
• Imperatividade.

Dica 6
Para a corrente clássica e majoritária para concursos, são atos administrativos:
VINCULADOS DISCRICIONÁRIOS
Competência Objeto
Forma Motivo
Finalidade

DICA 7
É possível delegar e/ou avocar competência?
"em regra, a competência administrativa pode ser transferida temporariamente
mediante delegação ou avocação. Porém, são indelegáveis: competências exclusivas,
a edição de atos normativos e a decisão de recursos (art. 13 da Lei n. 9.784/99)."
(Mazza, 2023, p.589).
DICA 8
a) Ato perfeito + válido + eficaz: nesse caso, o ato administrativo completou seu ciclo
de formação, respeitando todos os requisitos legais, e está apto a produzir seus efeitos.
b) Ato perfeito + inválido + eficaz: em virtude do atributo da presunção de legitimidade,
um ato administrativo, ainda que inválido, produz efeitos como se válido fosse, até que
exista a comprovação de sua irregularidade. Assim, um ato poderá ser perfeito
(completou seu ciclo de formação), eficaz (apto a produzir efeitos) e inválido. Podemos
citar, como exemplo, o caso de uma pessoa que é nomeada para determinado cargo
público mediante a realização de fraude no concurso. Observe que, enquanto não for
descoberta a ilicitude, a nomeação produzirá os seus efeitos normalmente. Com isso,
teremos um ato perfeito, inválido e eficaz.
c) Ato perfeito + válido + ineficaz: é o ato que completou todo seu ciclo de formação,
respeitou o ordenamento jurídico, porém ainda não está apto a produzir efeitos em
virtude da submissão de condições ou termos. Nesse caso, dizemos que o ato é
pendente. Podemos citar, por exemplo, o caso de autorização expedida para a
celebração de um casamento em praça pública. Esse ato é perfeito e válido, entretanto,
só produzirá efeitos no dia marcado para a celebração do matrimônio.
d) Ato perfeito + inválido + ineficaz: nesse caso, apesar de o ato ter encerrado o seu
ciclo de formação, possui irregularidades e não está apto a produzir efeitos ou por estar
sujeito a alguma condição/termo ou em virtude da comprovação da irregularidade.
Fonte: Cláudia, CAMPOS, A. Direito Administrativo Facilitado. Disponível em: Grupo
GEN, Grupo GEN, 2018, pág. 288.
DICA 9
Revogação x anulação dos atos administrativos:
Revoga-se atos válidos, porém que não são mais convenientes e oportunos (efeitos ex
nunc):
Cláudia, CAMPOS, A. Direito Administrativo Facilitado. Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2018, pág. 294-298.

Anula-se atos inválidos (efeitos ex tunc):

Cláudia, CAMPOS, A. Direito Administrativo Facilitado. Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2018, pág. 294-298.

Nesse sentido:

Cláudia, CAMPOS, A. Direito Administrativo Facilitado. Disponível em: Grupo GEN, Grupo GEN, 2018, pág. 294-298.

DICA 10
Controle judicial sobre o mérito do Ato Administrativo:
"Embora a concepção tradicional não admita revisão judicial sobre o mérito dos atos
administrativos discricionários, observa-se uma tendência à aceitação do controle
exercido pelo Poder Judiciário sobre a discricionariedade especialmente quanto a três
aspectos fundamentais: a) razoabilidade/proporcionalidade da decisão; b) teoria dos
motivos determinantes: se o ato atendeu aos pressupostos fáticos ensejadores da sua
prática; c) ausência de desvio de finalidade: se o ato foi praticado visando atender ao
interesse público geral. Importante frisar que ao Poder Judiciário não cabe substituir o
administrador público. Assim, quando da anulação do ato discricionário, o juiz não
deve resolver como o interesse público será atendido no caso concreto, mas devolver
a questão ao administrador competente para que este adote nova decisão" (Mazza,
2023, p.586).

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