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Vicios do ato administrativos

Os vícios do ato administrativo são defeitos que comprometem a sua


validade e podem levar à sua anulação ou nulidade. Os principais vícios
do ato administrativo são os seguintes:

1. Vício de competência: ocorre quando o agente público pratica o


ato sem ter a competência necessária para tal. Por exemplo, um
servidor público que não tem poder para nomear ou exonerar um
funcionário e o faz mesmo assim.

2. Vício de forma: ocorre quando o ato não é praticado de acordo


com as formalidades exigidas por lei. Por exemplo, a ausência de
publicação ou notificação do ato, ou a sua falta de assinatura.

3. Vício de finalidade: ocorre quando o ato é praticado com objetivo


diferente daquele para o qual ele foi criado. Por exemplo, se um ato
de desapropriação de uma área é praticado com o objetivo de
beneficiar um particular.

4. Vício de motivo: ocorre quando o ato é praticado com base em


motivo falso ou inexistente. Por exemplo, se um servidor público
exige um documento que não é necessário para a realização de um
serviço público.

5. Vício de objeto: ocorre quando o objeto do ato é ilegal, impossível


ou imoral. Por exemplo, se um ato é praticado para permitir a
realização de uma atividade ilegal.

Cabe destacar que a identificação de um vício no ato administrativo não


implica automaticamente na sua anulação ou nulidade. É preciso que o
vício seja suficientemente grave e que cause prejuízo para os interessados
ou para a administração pública para que o ato seja considerado inválido.
Além disso, a anulação ou nulidade do ato deve ser feita por meio de
procedimento administrativo ou judicial adequado, respeitando o direito
ao contraditório e à ampla defesa dos interessados.
Diferença entre validade e efetividade dos atos administrativos

A validade e a efetividade são duas dimensões distintas dos atos


administrativos.

A validade está relacionada à conformidade do ato com as normas legais


e constitucionais, ou seja, se o ato foi praticado de acordo com as regras
previstas na legislação. É a dimensão que avalia se o ato é legítimo, e está
relacionada aos vícios que podem afetar a validade do ato, como a falta
de competência, o vício de forma, o vício de finalidade, o vício de motivo,
entre outros.

Já a efetividade está relacionada à produção de efeitos práticos pelo ato,


ou seja, se ele realmente é capaz de produzir os resultados pretendidos. É
a dimensão que avalia se o ato é eficaz, e está relacionada à sua
capacidade de produzir efeitos jurídicos concretos. Por exemplo, um ato
que determina a interdição de um estabelecimento comercial somente
será efetivo se efetivamente impedir o seu funcionamento.

Assim, enquanto a validade avalia a legalidade e a legitimidade do ato, a


efetividade avalia a capacidade do ato de produzir efeitos concretos. É
possível que um ato seja válido, mas não seja efetivo, como no exemplo
do ato que determina a interdição de um estabelecimento comercial, mas
que não é efetivamente cumprido. Da mesma forma, um ato pode ser
efetivo, mas não ser válido, como no exemplo do ato que é praticado
com base em uma norma inconstitucional.

diferença entre anulabilidade e nulidade

Anulabilidade e nulidade são dois tipos de invalidade dos atos


administrativos, mas possuem algumas diferenças.

A anulabilidade ocorre quando um ato administrativo é válido, mas possui


algum vício que o torna passível de ser anulado. A anulação é um ato
administrativo que tem por objetivo retirar do mundo jurídico os efeitos
produzidos pelo ato anulável. É como se o ato nunca tivesse existido, e
seus efeitos são eliminados a partir do momento da anulação. Porém, é
importante destacar que a anulação do ato só pode ser feita por meio de
um processo administrativo ou judicial, e deve respeitar o direito ao
contraditório e à ampla defesa dos interessados.
Já a nulidade ocorre quando um ato administrativo é inválido desde a sua
origem, ou seja, não produz qualquer efeito jurídico. A nulidade decorre
da ausência de um requisito essencial para a validade do ato, como a falta
de competência do agente público, a inexistência de motivação ou a
violação de normas constitucionais ou legais. A nulidade pode ser
declarada a qualquer tempo e por qualquer autoridade, sem que haja a
necessidade de um processo administrativo ou judicial específico para
isso. Além disso, a nulidade pode ser alegada por qualquer pessoa, ainda
que não seja parte interessada no ato.

Em resumo, a anulabilidade é um defeito que torna o ato passível de


anulação, enquanto a nulidade é um defeito que torna o ato totalmente
inválido, sem qualquer efeito jurídico. A anulação é um ato que retira os
efeitos produzidos pelo ato anulável, enquanto a nulidade é declarada
sem a necessidade de um processo específico e tem como efeito a
inexistência do ato.

diferença entre anulação e revogação

Anulação e revogação são duas formas diferentes de extinguir um ato


administrativo.

A anulação ocorre quando um ato administrativo é declarado inválido por


um órgão competente, seja por vício de legalidade ou de mérito. A
anulação tem efeito retroativo, ou seja, considera-se que o ato nunca
existiu juridicamente. Por isso, a anulação é utilizada para corrigir um vício
de legalidade ou ilegalidade do ato.

Já a revogação é a retirada voluntária do ato pela própria administração


pública, sem que haja qualquer vício ou ilegalidade. A revogação pode
ocorrer por razões de conveniência e oportunidade, como mudanças de
políticas públicas, por exemplo. A revogação tem efeito futuro, ou seja, o
ato produziu efeitos jurídicos enquanto esteve vigente, mas a partir da
revogação, deixa de produzir efeitos.

Em resumo, a anulação é utilizada para corrigir um vício de legalidade ou


ilegalidade do ato, enquanto a revogação é utilizada para retirar um ato
válido, mas que deixou de ser conveniente ou oportuno para a
administração pública.
Procedimento administrativo de um concurso publico

O procedimento administrativo de um concurso público é um processo


complexo que envolve diversas etapas, desde a publicação do edital até a
homologação do resultado final. A seguir, descrevo de forma resumida as
principais etapas desse processo:

1. Publicação do edital: É o documento que contém todas as


informações sobre o concurso, como as vagas oferecidas, os
requisitos para a inscrição, as fases do concurso, as datas de
realização das provas, entre outras informações relevantes.

2. Inscrição dos candidatos: É o momento em que os interessados em


participar do concurso se inscrevem, geralmente pela internet,
mediante o pagamento de uma taxa.

3. Realização das provas: Etapa em que os candidatos são avaliados


por meio de provas objetivas, discursivas, de títulos, entre outras,
conforme previsto no edital.

4. Divulgação dos resultados: Após a correção das provas, os


resultados são divulgados para conhecimento dos candidatos e da
sociedade em geral.

5. Recursos: É permitido aos candidatos que se sintam prejudicados


por algum aspecto do concurso apresentar recursos
administrativos, que devem ser analisados pela comissão
responsável pelo certame.

6. Homologação do resultado final: Após a análise dos recursos e a


conclusão de todas as etapas, é realizada a homologação do
resultado final do concurso, tornando-se público o nome dos
candidatos aprovados.

7. Nomeação e posse: Os candidatos aprovados e classificados são


nomeados para os cargos em que concorreram e devem tomar
posse conforme as regras estabelecidas pelo órgão público.

É importante destacar que todo o processo deve seguir os princípios da


legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, previstos
na Constituição Federal, e que a administração pública deve garantir o
direito ao contraditório e à ampla defesa dos candidatos em todas as
fases do concurso.

Atos de Gravame

Os atos de gravame são aqueles que impõem alguma limitação ou


restrição sobre determinado bem, como um imóvel ou um veículo, por
exemplo. Essas restrições podem ser impostas por diversas razões, como
garantia de pagamento de dívidas, restrições ambientais, penhoras
judiciais, entre outras.

Alguns exemplos de atos de gravame são a hipoteca, a penhora, a


indisponibilidade, a alienação fiduciária, o usufruto, a servidão e o
embargo.

A hipoteca, por exemplo, é um gravame que impõe ao proprietário do


imóvel uma garantia de pagamento de uma dívida, geralmente contraída
com um banco ou instituição financeira. A propriedade do imóvel
permanece com o devedor, mas ele fica obrigado a pagar a dívida e, caso
não cumpra com as obrigações, o imóvel poderá ser executado para
pagamento da dívida.

A penhora, por sua vez, é um gravame que recai sobre um bem para
garantir o pagamento de uma dívida ou obrigação. Quando um bem é
penhorado, ele fica retido em poder da justiça até que a dívida seja
quitada ou a obrigação seja cumprida.

É importante destacar que, em geral, os atos de gravame devem ser


registrados em cartório, para que tenham validade e possam ser
oponíveis a terceiros.

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