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EXERCICIOS PRÁTICOS

1.Face à elevada taxa de imigração para o nosso país, a Assembleia da República


aprovou um decreto nos termos do qual os estrangeiros residentes em Portugal não
gozam dos direitos reconhecidos ao cidadão português.
Remetido ao Presidente da República para promulgação em 01 de Maio de 2013, este
decidiu enviar o diploma ao Tribunal Constitucional em 15 de Maio de 2013. O Tribunal
Constitucional pronunciou-se pela inconstitucionalidade daquela norma.
O Presidente da República decidiu mesmo assim promulgar o diploma, em 05 de Junho
de 2013, tendo o mesmo sido publicado dias depois (Decreto-Lei 88/2013 de 19 de
Junho).

Aprecie as atuações do Presidente da República.

2.A Assembleia da República aprovou um projeto de lei que permite a inclusão nos
contratos de trabalho da proibição de inscrição dos trabalhadores em associações
sindicais. Após promulgação, veio a lei a ser publicada em Diário da República (Lei
99/2013 de 1 de Abril), com inicio de vigência no dia seguinte ao da sua publicação.
Meses mais tarde, Natércio, trabalhador da “ABC”, foi despedido, após procedimento
disciplinar, por se ter inscrito no Sindicato.
Revoltado, Jerónimo opôs-se judicialmente ao despedimento, e no processo suscitou a
questão da inconstitucionalidade das normas constantes da Lei 99/2013.
O tribunal não lhe deu razão, decidindo no sentido da não inconstitucionalidade, pelo
que Jerónimo pretende interpor recurso para o Tribunal Constitucional.
a) Aprecie eventuais inconstitucionalidades da lei aprovada pela Assembleia da
República.
b) Pode Jerónimo recorrer para o Tribunal Constitucional?
3.Aprecie, sob o ponto de vista jurídico-constitucional, os seguintes atos normativos,
realçando eventuais inconstitucionalidade e a forma de fiscalização da
constitucionalidade adequada:
c) Um decreto remetido ao Presidente da República para ser promulgado
como lei, que determina a exigência de 5% dos votos do total nacional para
a atribuição de um mandato parlamentar.
d) Um diploma da Assembleia da República, já publicado, que estabelece que
a fundação de jornais depende de autorização administrativa.
e) Um decreto-lei publicado sem promulgação.
f) Uma lei que aboliu a dispensa para amamentação no caso de mães
solteiras, e cuja inconstitucionalidade Mariana, mãe solteira de Filipe,
suscitou no processo judicial que a opões ao seu empregador.
g) Um decreto-lei relativo ao regime do segredo de Estado, cuja
constitucionalidade o Procurador-Geral da República contesta.

4.O Ministério Público pretende recorrer para o Tribunal Constitucional da decisão do


Tribunal de primeira instância que recusou a aplicação da Lei 1/2005 de 13 de
Setembro, com fundamento na sua inconstitucionalidade. Aquela lei proibia a
constituição de associações de caráter lúdico ou recreativo. A questão da
constitucionalidade havia sido suscitada no processo por Helena Dinis, cozinheira
numa cantina, e indiciada por ter constituído uma associação de convívio para todos os
funcionários.
a) Aprecie a legitimidade e fundamento do Ministério Público para tal recurso,
referindo-se à forma de fiscalização descrita no enunciado.
b) Se o Tribunal Constitucional vier a julgar aquela lei inconstitucional, quais
os efeitos dessa decisão? Descreva-os.

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