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MINISTÉRIO PÚBLICO NO

ÂMBITO PROCESSUAL CIVIL


• O MINISTÉRIO PÚBLICO é uma instituição que tem como função definida pela Constituição Federal a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Art. 1º - O Ministério Público, instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, é


responsável, perante o Judiciário, pela defesa da ordem jurídica e dos interesses indisponíveis da
sociedade, pela fiel observância da Constituição e das leis, e será organizado, nos Estados, de acordo
com as normas gerais desta Lei Complementar.

Art. 2º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a autonomia


funcional.

Art. 3º - São funções institucionais do Ministério Público:


I - velar pela observância da Constituição e das leis, e promover-lhes a execução;
II - promover a ação penal pública;
III - promover a ação civil pública, nos termos da lei.
O Direito Processual Civil

É o ramo do Direito Público que reúne princípios e normas que regulamentam os


procedimentos jurisdicionais, tendo como objetivo administrar as relações civis, o
que exclui as áreas criminal e trabalhista. O processo civil se divide em duas partes
mais relevantes, a primeira sendo pelo conhecimento, que é quando o processo é
instaurado com a finalidade de se conquistar a efetivação de um direito; e a
segunda é pelo processo de execução, que é quando o direito já obteve seu
reconhecimento, entretanto ainda se procura a consolidação física dele. A evolução
do processo civil aconteceu quando o direito processual passou a ser matéria de
competência legislativa do Estado e da União, pela constituição de 1891, o que deu
abertura ao direito processual da União. Só com a Constituição de 1934 é que a
União ganhou competência privativa para poder legislar sobre processo civil.
QUANDO O MINISTÉRIO PUBLICO ATUA NO PROCESSO CÍVIL?

Art. 176. O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos
interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis.

No processo civil, o Ministério Público poderá atuar como:


• Parte (ex: propondo uma Ação Civil Pública); ou
• Fiscal da ordem jurídica (custos legis). Diante disso, a responsabilidade o membro do Ministério Público
será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções
(art. 181 do CPC 2015). Sendo assim, o ministério público deverá atuar mesmo não sendo o autor:

Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da
ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
I- Interesse público ou social;
II - Interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do
Ministério Público.
QUAL É A NECESSIDADE A INTERVENÇÃO DO MINISTERIO PUBLICO?
A Lei n. 5.250, de 1967, de índole criminal, previa a intervenção obrigatória do Ministério
Público em todos os processos por abuso de liberdade de imprensa, ainda que privados
(Art. 40, § 2º), boa parte da doutrina e jurisprudência entendia necessária a atuação
ministerial também nesse procedimento. Já a Lei n. 13.188/2015, de natureza civil, não
contempla a intervenção ministerial na ação de rito especial do Direito de Resposta
disciplinado nos artigos 6º e seguinte. Assim, havendo interesse público ou social (CPC,
art. 178, I) ou interesse de incapaz (CPC, art. 178, II) na ação de Direito de Resposta é
necessária a intimação do Ministério Público para intervir como fiscal da ordem jurídica,
atuação de que cuidaremos neste trabalho.
Questões Direito Processual Civil
01 - Acerca da atuação do Ministério Púbico no âmbito do processo civil, assinale a alternativa correta:
A) O Ministério Público é parte legítima para pleitear a entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes federativos, salvo quando se tratar de feitos
contendo beneficiários individualizados.
B) Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo, além de poder
produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer. A lei processual civil também disciplina que o Ministério Público gozará do prazo de 10 (dez) dias úteis para
manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, não se aplicando, porém, esse prazo, quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o
“Parquet” .
C) O Ministério Público possui legitimidade para ajuizar a execução de título executivo extrajudicial decorrente de condenação proferida pelo Tribunal de Contas.
D) É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir. Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do
membro do MP, o juiz invalidará os atos praticados a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado. A nulidade só pode ser decretada após a intimação do “Parquet”, que se
manifestará sobre a existência ou a inexistência de prejuízo.
Questão 02 - No processo civil, o reconhecimento da incompetência absoluta:
A)Depende de alegação da parte, que será na contestação ou na primeira oportunidade que tiver para se manifestar nos autos do processo.
B) Deve ocorrer de ofício nas ações reais imobiliárias sempre que não for observada a regra do foro do local da coisa.
C) Pode ocorrer de ofício em qualquer espécie de demanda, desde que alegada pela parte.
D) Pode ocorrer a qualquer tempo e grau de jurisdição ordinária.
E) Acarreta a nulidade dos atos decisórios praticados até então no processo.
Questão 03 - Sobre as nulidades no processo civil, é correto afirmar que:
A)caso o Ministério Público não seja intimado a acompanhar o feito em que deva intervir, caberá ao juiz decretar a nulidade de ofício, independentemente da manifestação do órgão
ministerial e da demonstração de prejuízo;
B) mesmo que possa decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz deve pronunciar a nulidade, mandando repetir o ato ou suprir-lhe;
C) em relação às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, não há preclusão, mesmo que a parte deixe de alegá-las na primeira oportunidade que lhe couber falar nos autos;
D) quando a lei prescrever determinada forma, o juiz não poderá considerar válido o ato se, realizado de outro modo, alcançar a finalidade.
Questão 04 - Quando ordenada por juiz incompetente, a citação válida:
A)somente produz efeitos se o processo versar sobre direitos disponíveis.
B) não produz efeito.
C) não torna litigiosa a coisa, mas constitui em mora o devedor.
D) torna litigiosa a coisa, mas não constitui em mora o devedor.
E) induz litispendência.
Questão 05 - De acordo com o Código de Processo Civil, o erro de forma do processo acarreta a anulação:
A) de todos os atos do processo, desde o despacho inicial.
B) de todos os atos do processo, desde o ajuizamento da ação.
C) dos atos do juiz, mas jamais das partes.
D) dos atos que não possam ser aproveitados, apenas.
E) dos atos das partes, mas jamais do juiz.
OBRIGADO!
INTEGRANTES
KARINA GONÇALVES
EDUARDA RODRIGUES
JOÃO VICTOR IZIDORO
GIOVANNY AFONSO
LUAN CRUZ
LARISSA LISBOA
MARIA CLARA
IAN ALMEIDA
KASSIO

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