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NO
João Alves
Procurador Formador
Díli, Maio de 2013
ÍNDICE
Fls
I- Introdução…...……................................................................................................4
A- A Constituição…………………………………………………………………......4
ABREVIATURAS
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I- Introdução
A) Na Constituição:
CAPÍTULO II
MINISTÉRIO PÚBLICO
Artigo 132.°
(Funções e estatuto)
NOTAS: em síntese, as funções do MP na área cível podem ser divididas em três grandes
grupos: representação ou intervenção principal, assistência ou intervenção acessória e
fiscalização ou defesa da legalidade.
Importa precisar qual o sentido em que o termo Estado aqui é utilizado, na acepção
lata, o Estado é uma comunidade que, em determinado território, prossegue com
independência e através de órgãos constituídos por sua vontade a realização de ideais e
interesses próprios (Estado-Colectividade). Numa acepção restrita, o Estado é a pessoa
colectiva pública que, no seio da comunidade acima referida, e para efeitos internos,
prossegue, sob a direcção do Governo, a actividade administrativa (Estado-Administração).
Em regra, quando a lei civil ou processual civil pretendem referir-se ao Estado-
Administração, utilizam o termo Estado. Já, porém, quando o Estatuto confere ao
Ministério Público competência para representar outros interesses, pessoais ou
patrimoniais, ou de defesa «do próprio ordenamento jurídico, actuando a dimensão ética
deste, sendo a consciência legal do Estado enquanto suporte jurídico da comunidade
integrante», se entende que o Ministério Público actua em representação do Estado-
Colectividade.
Quando actua em defesa de interesses que relevam do Estado-Colectividade,
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estando os mesmos subjectivados relativamente a pessoas conhecidas, o Ministério Público
litigará processualmente em representação directa das mesmas, como sucede, no âmbito da
defesa de incapazes e ausentes determinados e conhecidos, Trata-se da representação,
activa ou passiva a titulo de intervenção principal - autor ou réu, requerente ou requerido,
exequente ou executado.
Nas acções cíveis, em representação do Estado existe a possibilidade de constituição
de mandatário próprio ou nomeação de defensor público, sem prejuízo do MP continuar a
intervir acessoriamente no processo (art. 5°, n° 2 e 4 do Estatuto do MP-Lei 14/2005 de
16/9 e art. 23°, n° 1, do C. Civil).
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Exemplo: o pedido de anulação de aquisições de bens não necessários à prossecução
dos objectivos estatutários de associações e fundações (art. 12º, nº 2, al. b) do DL
5/2005 de 3/8).
Actuação de acordo com a legalidade significa que o MP só pode exercer as suas
funções de acordo com a lei.
Actuar com objectividade implica ser imparcial, nortear a sua actuação apenas por
critérios jurídico-racionais, com superação do subjectivismo individual.
Ser isento significa actuar com honestidade e boa-fé, tratar com igualdade todas as
partes envolvidas (sem discriminações de ordem política, social, religiosa, racial,
cultural, sexual ou outra), não se deixando influenciar por terceiros nem pelas suas
convicções pessoais no exercício da sua actividade profissional.
CAPÍTULO I
ESTRUTURA E FUNÇÕES
Artigo 1.°
Definição
Artigo 3.°
Competência
Artigo 5.°
Intervenção
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Ou, numa expressão constante de legislação antiga portuguesa, ser fiscal do cumprimento da lei. A defesa
da lei é inerente a todas as funções atribuídas ao MP, a «... sua autonomização como função do Ministério
Público significa a exigência de que, pelo menos em determinados âmbitos ... ainda que não deva intervir a
qualquer outro título – seja aberto o espaço para a promoção processual em puro favor da legalidade. Neste
âmbito têm o seu enquadramento as funções em matéria de fiscalização da constitucionalidade ...» (Jorge
Miranda e Rui Medeiros, Constituição da República anotada, comentário ao art. 219°).
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honestidade e boa-fé, tratar com igualdade todas as partes envolvidas, sem discriminações
de ordem política, social, religiosa, racial, cultural, sexual ou outra, não se deixando
influenciar por terceiros nem pelas suas convicções pessoais no exercício da sua actividade
profissional) e obediência às directivas e ordens previstas na lei (art. 132°, n° 3 da
Constituição).
Em aplicação destes princípios constitucionais, o Estatuto do MP (Lei 14/05 de
16/9), veio estabelecer no art. 3°, n° 1, as seguintes competências:
A) Representar e defender os interesses do Estado.
É o exercício da advocacia do Estado, consiste na representação, activa ou passiva a
titulo de intervenção principal - autor ou réu, requerente ou requerido, exequente ou
executado em tribunal. É uma representação orgânica que não pode ser afastada a não ser
nos casos expressamente previstos na lei (vide, art. 23° do Código de Processo Civil).
Ao intervir na composição extrajudicial de conflitos, a posição do MP resume-se ao
aconselhamento técnico-jurídico da entidade pública que representa, com base nos
elementos sobre o litígio de que disponha.
B) Assegurar a defesa dos incapazes, menores e ausentes.
Trata-se de tutelar, quer do lado activo, quer passivo, os interesses de pessoas a
quem o Estado, garante dos direitos dos cidadãos, deve protecção. Como exemplos, podem
citar-se as acções de interdição, adopção e inabilitação.
C) Participar na execução da política criminal definida pelos órgãos de soberania.
Não compete ao MP definir a política criminal, mas sim participar na sua execução.
Por “política criminal” deve entender-se toda a actividade estadual relativa ao
direito penal, incluindo a legislação e a justiça penal.
D) Exercer a acção penal.
É a principal função do MP. O Código de Processo Penal atribui ao MP o quase
monopólio (os poderes do lesado são condicionados ou subordinados face ao MP) da acção
penal. O exercício da acção penal passa sobretudo pela decisão sobre a dedução de
acusação.
E) Promover a execução das decisões dos tribunais para que tenha legitimidade.
Os tribunais não executam oficiosamente as suas decisões. Em virtude do princípio
do dispositivo, incumbe às partes assumir a iniciativa da lide e respectivos incidentes. São
exemplos desta competência: a execução de sentenças dos processos em que o MP é autor e
onde obteve uma sentença favorável e as execuções por custas.
F) Dirigir a investigação criminal, ainda quando realizada por outras entidades.
A investigação criminal pode ser efectuada directamente pelo MP ou, sem prejuízo
dos poderes de fiscalização, avocação e devolução, realizada sob delegação específica ou
genérica (vide, art. 227° do Código de Processo Penal). É nas autoridades judiciárias (Juiz e
MP) que existem os poderes jurídicos relativos a procedimentos em que os órgãos de
polícia criminal intervêm como auxiliares, é uma vinculação predominantemente
processual, embora com respeito por técnicas e questões operacionais das polícias.
G) Promover e realizar acções de prevenção criminal, nos termos da lei.
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A atribuição desta competência ao MP relaciona-se com uma concepção global de
combate ao crime e à promoção da segurança. Na verdade, não é possível separar, sob pena
de ineficácia, as funções e objectivos de prevenção e repressão.
H) Requerer a fiscalização da constitucionalidade dos actos normativos, nos termos
da lei.
Atento o teor do art. 126°, n° 1, al. a) da Constituição, deve entender-se estarem
sujeitas a fiscalização todas as normas, independentemente da sua natureza, forma, fonte ou
hierarquia.
Os tribunais não podem aplicar normas contrárias à Constituição ou aos princípios
nela consagrados (art. 120° da Constituição). O MP exerce uma função de detecção,
iniciativa e controlo nos processos, para tal, é notificado das decisões finais proferidas em
quaisquer causas, que possam suscitar a interposição de recursos obrigatórios por força da
lei (art. 214°, n° 1 do Código de Processo Civil).
Resulta do art. 164°, n° 2 da Constituição e do art. 110° da Lei 8/2002 de 20/9, que
a competência transitória do Supremo Tribunal de Justiça, até à instalação e início de
funções deste Tribunal, é exercida pela instância judicial máxima da organização judiciária
existente em Timor-Leste – o Tribunal de Recurso. Como não existem normas que regulem
a interposição de recursos de constitucionalidade, estamos perante uma lacuna e, não
existindo em Timor-Leste uma norma geral que regule a integração de lacunas na lei,
importa aplicar o princípio geral de direito da aplicação ao caso omisso de norma ou
princípios reguladores de caso análogo – o regime do Código de Processo Civil.
Em geral, a legitimidade activa do MP resulta da sua competência para a defesa da
legalidade democrática, em concreto a sua legitimidade activa está prevista: em processos
de fiscalização concreta da constitucionalidade resulta dos arts. 152° da Constituição e art.
214°, n° 1 do Código de Processo Civil, na fiscalização abstracta da constitucionalidade do
art. 150°, al. c) da Constituição e na inconstitucionalidade por omissão, do art. 151° da
Constituição.
E quando o MP não é autor do pedido de fiscalização da constitucionalidade
concreta, abstracta ou por omissão? Existe intervenção? Entendo que sim. A legitimidade
passiva resultará da sua competência para a defesa da legalidade democrática e das regras
gerais da intervenção do MP no Código de Processo Civil, pelo que, deve ser citado, sob
pena de nulidade consistente na falta de citação (art. 156°, al. b) e art. 23°, n° 1 do Código
de Processo Civil, art. 132°, n° 1 da Constituição e art. 1° da Lei 14/2005 de 16/9).
I) Fiscalizar a actividade processual dos órgãos de polícia criminal no decurso do
inquérito.
Esta competência resulta do princípio de dependência funcional que define a relação
existente entre os órgãos de polícia criminal e as autoridades judiciárias, bem como das
atribuições gerais de defesa da legalidade atribuídas ao MP.
J) Recorrer sempre que a decisão seja efeito de conluio das partes no sentido de
defraudar a lei ou tenha sido proferida com violação de lei expressa.
Com o objectivo de defesa da lei, na dupla vertente de afirmação do direito e da
igualdade dos cidadãos, o MP possui vários poderes de iniciativa e acção. Entre eles, o
recurso para uniformização da jurisprudência (art. 494° do Código de Processo Civil e art.
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321° do Código de Processo Penal), o recurso da decisão que seja efeito do conluio das
partes (art. 214°, n° 1 do Código de Processo Civil) e o recurso da decisão proferida com
violação de lei expressa.
K) Exercer as demais funções confiadas por lei.
Ao MP podem vir a ser atribuídas outras competências, ainda que por legislação
avulsa, desde que se respeite a reserva relativa de competência que a Constituição (art. 96°,
n° 1, al. c) reconhece ao Parlamento. Um exemplo recente de novas competências, no
Brasil e Portugal, respeita à defesa dos interesses difusos (defesa do ambiente e protecção
do consumidor). Também em Timor, o art. 63º do DL 26/2012, de 3/7, seguiu a mesma
tendência, ao dispor que, «Compete ao Ministério público a actuação junto dos tribunais
competentes para a defesa do ambiente, da aplicação e cumprimento da presente lei e
demais legislação ambiental».
É de notar que este dever de representação não abrange questões pessoais dos
cidadãos que integram os órgãos do Estado, por exemplo, se um Ministro for demandado
em tribunal por causa de um acidente com a sua viatura própria, a contestação da acção não
pode ser efectuada pelo MP.
Artigo 34.°
Instruções do Governo ao Ministério Público
NOTAS: o Ministério Público não é parte, representa uma parte, parte é o autor ou réu,
requerido ou requerente, exequente ou executado.
A disponibilidade e titularidade dos interesses do Estado pertencem à
Administração e, consequentemente, esta define o conteúdo, valor e amplitude da pretensão
a sustentar em juízo, daí que se compreenda esta faculdade de dar instruções específicas ao
MP (exemplo: o MP entende que, face à sentença proferida no processo n° ...., que não
deve ser intentado recurso pelos seguintes motivos ...... Porém, comunicada tal posição à
entidade pública que representamos, se ela entender que se deve recorrer, tem que ser
interposto recurso).
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No âmbito da composição extrajudicial de conflitos, a posição do MP resume-se ao
aconselhamento técnico-jurídico da entidade pública que representamos, ponderando, entre
outros, os seguintes elementos:
- Posição da entidade que representamos (autor/réu)
- Que prova possui a outra parte?
- Que prova possui a entidade que representamos?
- Tempo provável de resolução do litígio em tribunal.
- Consequências da demora na resolução do litígio (juros de mora, imagem do
Estado, etc).
- A probabilidade de vitória em tribunal. Face à prova de ambos, ao direito
aplicável e a jurisprudência existente em casos semelhantes, quais as
probabilidades de ganhar o litígio?
Artigo 37.°
Impedimentos
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Artigo 43.°
Exercício da advocacia
Artigo 16.°
Representação por curador especial ou provisório
NOTAS: incapaz é uma pessoa que sofre de incapacidade (de exercício), é o caso dos
menores, interditos e inabilitados.
Se o incapaz não tiver representante no momento em que a acção deva ser intentada
e existindo urgência na propositura (exemplo: fim do prazo de caducidade da acção, fim
do prazo de prescrição do direito de indemnização), deve requerer-se ao tribunal da
causa a nomeação de um curador provisório, cujas funções constam do n° 2.
Se a acção não for urgente, não tendo representante, deve requerer-se a nomeação
dele ao tribunal competente.
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Há lugar à nomeação de curador especial, por exemplo, se o citando estiver
impossibilitado de facto de receber a citação, devido a anomalia psíquica (abrange as
deficiências do intelecto, entendimento e discernimento, ou outro motivo grave (de
carácter permanente e duradouro), casos de cegueira, surdez-mudez, acidente, doença
(art. 19° e 201° do CPC).
Artigo 17.°
Desacordo entre pais na representação do menor
1. (...)
2. (...)
3. Ouvido o outro progenitor, quando só um deles tenha requerido, bem
como o Ministério Público, o juiz decide de acordo com o interesse do
menor, podendo atribuir a representação só a um dos pais, designar
curador especial ou conferir representação ao Ministério Público,
cabendo agravo da decisão, com efeito meramente devolutivo.
4. (...)
5. (...)
NOTAS: no caso de desacordo entre os pais na representação do menor, quer como autor
ou réu, existe a possibilidade do juiz atribuir a representação ao MP.
A lei não fornece uma noção de interesse do menor, trata-se de um conceito
indeterminado que terá ser concretizado, em conformidade com as orientações legais sobre
o conteúdo do poder paternal, designadamente as respeitantes à segurança e saúde do
menor, ao seu sustento e educação, ao seu desenvolvimento físico, intelectual e moral, à sua
instrução geral e profissional, à auscultação da sua opinião, de acordo com as sua idade e
maturidade, e à sua autonomização progressiva.
Cfr., quanto ao exercício do poder paternal, os arts. 1782º a 1794º do C. Civil.
Artigo 20.°
Defesa do ausente e incapaz pelo Ministério Público
Artigo 21.°
Representação dos incertos
1. Quando a acção seja proposta contra incertos, por não ter o autor
possibilidade de identificar os interessados directos em contradizer, são
aqueles representados pelo Ministério Público.
2. Quando o Ministério Público represente o autor, é nomeado defensor
público aos incertos.
3. A representação do Ministério Público ou do defensor público, só cessa
quando os citados como incertos se apresentem para intervir como réus e a
sua legitimidade se encontre devidamente reconhecida.
NOTAS: São incertos os interessados que, embora existam, não são conhecidos ou são de
difícil identificação.
A citação dos réus como incertos só se justifica quando o autor não tem
possibilidade de os determinar e identificar.
O autor só deve dirigir o procedimento judicial contra incertos quando não tenha
possibilidade de os identificar. Só pode dizer-se que não tem essa possibilidade quando
previamente desenvolveu diligências idóneas à pesquisa da sua identificação, o que importa
alegar na petição (Ex: questionados os vizinhos da casa sita na Rua ...., não foi possível
identificar o seu proprietário).
Não basta dizer numa petição que ignora se o falecido deixou descendentes ou se
deixou ascendentes vivos.
A citação dos réus como incertos só se justifica quando o Autor não tem
possibilidade de os determinar, não sendo lícito ao autor/requerente, para fugir a
dificuldades, requerer a citação, como incertos, de réus insuficientemente identificados.
Nos casos de mera dificuldade “subjectiva” do autor na identificação dos
interessados em contradizer, susceptível de ser ultrapassada com a cooperação do tribunal,
nos termos do art. 222º do CPC, deverá o tribunal determinar a realização das diligências
pertinentes para se conseguir a identificação de tais interessados.
O disposto no art. 21° do Código de Processo Civil não permite que se intente acção
contra incertos, sem que se alegue minimamente a razão do desconhecimento da identidade,
da profissão, da morada ou de qualquer outro elemento susceptível de permitir a
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identificação do ou dos demandados e sem se requerer a citação do MP. É insuficiente a
alegação de que se desconhece a identidade ou qualquer outro elemento identificador.
A intervenção do MP ocorre mesmo que haja também réus certos no processo e só
cessa quando todos se tenham tornado certos.
Artigo 22.°
Representação de ausentes e incapazes pelo Ministério Público
NOTAS: trata-se de uma intervenção no lado activo, sem restrição das matérias a que
respeita, tendo como limite a defesa dos interesses e direitos de ausentes ou incapazes.
Obviamente, pressupõe, ou que exista um contacto prévio com o MP ou que este
tenha feito diligências instrutórias com vista à obtenção de prova que permita sustentar uma
acção em juízo.
Esta intervenção do MP cessa em dois casos: se for constituído mandatário judicial
ou se o representante legal deduzir oposição (fundamentada) à intervenção do MP.
Artigo 23.°
Representação do Estado
2. Se a causa tiver por objecto bens ou direitos do Estado, mas que estejam
na administração ou fruição de entidades autónomas, podem estas
constituir advogado que intervenha no processo juntamente com o
Ministério Público, para o que serão notificadas, quando o Estado seja réu;
havendo divergência entre o Ministério Público e o advogado, prevalece a
orientação daquele.
NOTAS: o nº 1 tem que ser conjugado com o art. 5º do Estatuto do MP (Lei 14/2005, de
16/9).
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Este art. 23º, nº 1 completa o art. 5º do estatuto do MP, ao exigir que a «lei
especialmente permita o patrocínio por mandatário judicial».
O Estado pode designar mandatário que o represente em litígio, em substituição da
representação pelo Ministério Público (DL 16/2012, de 4/4/2012).
A designação do mandatário nomeado é feita por despacho fundamentado do
Primeiro-Ministro.
Pode ser nomeado, como mandatário em juízo, advogado privado habilitado ao
exercício da advocacia nos termos da Lei 11/2008, de 30/7.
Artigo 26.°
Suprimento da incapacidade judiciária e da irregularidade de representação
1. (...)
2. (...)
3. Se a irregularidade verificada consistir na preterição de algum dos pais,
tem-se como ratificado o processado anterior, quando o preterido,
devidamente notificado, nada disser dentro do prazo fixado; havendo
desacordo dos pais acerca da repetição da acção ou da renovação dos
actos, o juiz decidirá ouvidos ambos os progenitores e o Ministério Público.
4. (...)
Artigo 36.°
Constituição de advogado
1. (...)
2.Cessa a obrigatoriedade de constituição de advogado nos casos em que
a lei atribua a representação judiciária da parte ao Ministério Público ou
admita a representação por defensor público.
Artigo 74.°
Fixação definitiva do tribunal competente
NOTAS: o regime consagrado neste artigo respeita apenas aos casos de incompetência
absoluta (infracção das regras de competência em razão da matéria e da hierarquia e das
regras de competência internacional – art. 69° CPC).
A omissão de ouvir o MP configura vício de nulidade por influir no exame ou
decisão da causa (art. 163°, n° 1 CPC).
Artigo 82.°
Pedido de resolução do conflito
1. A decisão do conflito pode ser solicitada por qualquer das partes ou pelo
Ministério Público, mediante requerimento em que se especifiquem os
factos que o exprimem.
2. Ao requerimento, que é dirigido ao Presidente do Supremo Tribunal de
Justiça e apresentado na secretaria desse tribunal, juntar-se-ão os
documentos necessários e nele se indicarão as testemunhas.
NOTAS: o art. 81° CPC define o que é um conflito de competência. O que essencialmente
caracteriza e define um conflito positivo ou negativo de competência é a situação de
impasse ou paralisia processual que se formou devido à existência de duas ou mais decisões
incompatíveis, ou de sinal contrário.
Detectado o conflito, primeiro requer-se nos autos as certidões necessárias para
suscitar junto do Tribunal de Recurso a resolução do conflito (vide, peça processual n° 3).
Artigo 85.°
Produção de prova e termos posteriores
Artigo 90.°
Impedimento do Ministério Público e dos funcionários da secretaria
b) Quando seja parte da causa, por si ou como representante de outra pessoa, o seu
cônjuge ou algum seu parente ou afim, ou em linha recta ou no segundo grau da
linha colateral, ou quando alguma destas pessoas tenha na causa um interesse que
lhe permita figurar nela como parte principal;
g) Quando seja parte na causa pessoa que contra ele propôs acção civil para
indemnização de danos, ou que contra ele deduziu acusação penal, em
consequência de factos praticados no exercício das suas funções ou por causa
delas, ou quando seja parte o cônjuge dessa pessoa ou um parente dela ou afim, em
linha recta ou no segundo grau da linha colateral, desde que a acção ou a acusação
já tenha sido admitida;
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Artigo 120.°
Manutenção da ordem nos actos processuais
1. (...)
2. (...)
3. (...)
4. Sempre que seja retirada a palavra a advogado ou advogado estagiário,
é dado conhecimento circunstanciado do facto à Ordem dos Advogados,
para efeitos disciplinares; das faltas cometidas pelos magistrados do
Ministério Público é dado conhecimento ao respectivo superior hierárquico;
das faltas praticadas por defensor público é feita participação ao Ministério
da Justiça.
5. (...)
Artigo 125.°
Prazo para os actos dos magistrados
A violação dos prazos processuais poderá, em certos casos, ser condição suficiente,
mas não necessária, para se falar de funcionamento anormal da Administração da Justiça.
O reconhecimento do direito à indemnização dependerá de outros requisitos gerais
da responsabilidade civil extracontratual, nos quais se deverá incluir a exigência de um
dano, acompanhada da "irrazoabilidade" da dilação temporal.
São três os elementos que devem ser tomados na análise da violação do prazo
razoável de duração de um processo:
a) A complexidade do caso;
c) A conduta das autoridades judiciais (caso do não cumprimento dos prazos pelos
magistrados).
O não cumprimento dos prazos processuais, nos termos dos respectivos estatutos,
pode também ter consequências na classificação dos magistrados e na instauração de
processos disciplinares.
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Artigo 134.°
Confiança do processo
NOTAS: quando utilizada esta faculdade importa ter especial cuidado com a guarda do
processo (não o deixar no carro enquanto se vai às compras, etc), sob pena de posterior
responsabilidade disciplinar e, caso se perca, ser necessário instaurar uma acção para
reforma de autos (art. 808° CPC).
O princípio fundamental do Estado de direito democrático que rege em matéria de
actos judiciais é o princípio da publicidade (arts. 132º e 404º CPC e art. 131º da
Constituição). Trata-se de um princípio fundamental do Estado de direito democrático
porque sendo os Tribunais um órgão de soberania é claro que a publicidade dos actos de
processo se configura como uma forma de combater o arbítrio e assegurar a verdade e a
justiça das decisões judiciais, nomeadamente a possibilidade de um controlo popular dos
órgãos que, como os Tribunais, exercem poderes de soberania.
Cfr., art. 29º do regime jurídico da Advocacia (Lei 11/2008, de 27/7), relativamente
ao exame de processos, livros ou documentos.
Artigo 135.°
Falta de restituição do processo dentro do prazo
1. (...)
2. (...)
3. Se, decorrido o prazo previsto na última parte do número anterior, o
mandatário judicial ainda não tiver feito a entrega do processo, o Ministério
Público, ao qual é dado conhecimento do facto, promoverá contra ele
procedimento pelo crime de desobediência e fará apreender o processo.
4. (...)
Artigo 150.°
Processo de cumprimento da carta rogatória
a) Se a carta não estiver legalizada, salvo se houver sido recebida por via
diplomática ou se houver tratado, convenção ou acordo que dispense a legalização;
b) Se o acto for contrário à ordem pública timorense;
c) Se a execução da carta for atentatória da soberania ou da segurança do Estado;
d) Se o acto importar execução de decisão de tribunal estrangeiro sujeita a revisão e
que se não mostre revista e confirmada.
O regime do recurso de agravo está previsto nos arts. 467º a 486º do CPC.
Artigo 156.°
Anulação do processado posterior à petição
NOTAS: importa distinguir a falta absoluta de citação da nulidade da citação prevista nos
arts. 157° e 160° CPC.
A falta de citação é uma nulidade principal de conhecimento oficioso (art. 164°, n°
1 CPC), arguível em qualquer estado do processo (art. 166°, n° 1 CPC), desde que não
sanada (art. 166°, n° 2 e 158° CPC) e cognoscível até ao trânsito em julgado da sentença.
A falta de citação pode ainda ser fundamento para o recurso de revisão (art. 487°,
al. f) CPC) e para deduzir oposição à execução fundada em sentença (art. 693°, al. d) CPC).
Artigo 158.°
Suprimento da nulidade de falta de citação
NOTAS: a falta de citação deve ser arguida logo que intervenha no processo, isto é, no acto
que constitua a sua primeira intervenção, sendo que não intervém no processo enquanto não
praticar qualquer acto processual. A utilização da expressão «logo» significa de imediato,
pelo que, no próprio dia tem que dar entrada o requerimento a requerer a nulidade.
Se a secretaria já estiver fechada, até às 24 horas desse dia, existe a possibilidade de
envio por fax ou correio registado.
Vide, peça processual n° 1.
Artigo 162.°
Falta de vista ou exame ao Ministério Público como parte acessória
NOTAS: a intervenção do MP como parte acessória tem lugar nos casos previstos no art.
5° do Estatuto (Lei 14/2005 de 16/9).
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Esta nulidade não é de conhecimento oficioso, pelo que, tem que ser objecto de
reclamação pelo magistrado (art. 164°, n° 2 CPC) e pode ser arguida em qualquer estado do
processo (art. 166°, n° 2 CPC),
O regime da intervenção acessória do MP no CPC consta do art. 285° CPC.
Artigo 211.°
Notificação às partes
Artigo 214.°
Notificações ao Ministério Público
NOTAS: é esta notificação que permite que o MP tenha conhecimento de casos em que
tenha que recorrer por força da lei, casos previstos no art. 3°, n° 1, al. h) e j) do Estatuto
(Lei 14/2005 de 16/9):
h) Requerer a fiscalização da constitucionalidade dos actos normativos, nos termos
da lei;
j) Recorrer sempre que a decisão seja efeito de conluio das partes no sentido de
defraudar a lei ou tenha sido proferida com violação de lei expressa;
Enquanto não for feita a notificação, não corre o prazo para o MP intentar recurso.
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Artigo 235.°
Regime da suspensão
NOTAS: a suspensão da instância significa apenas que está parada a tramitação processual
do processo.
A expressão «actos que se destinem a evitar dano irreparável» deverá ser
interpretada e aplicada como significando acto integrado na tramitação de um processo que
a lei explicitamente configura e qualifica como "urgente", sem que deva ter lugar a concreta
alegação e demonstração da virtualidade do acto em questão para produzir um (concreto)
"dano irreparável".
Na base da qualificação legal de um processo como urgente está a ideia de que o
conjunto das diligências a realizar nele tem como fim ou função última a prevenção de um
dano que o legislador presumiu irreparável para uma das partes (Lopes do Rego,
Comentários ao Código de Processo Civil, 1999, pág.122).
Artigo 236.°
Como e quando cessa a suspensão
1. (…)
2. (…)
3. (…)
4. Pode também qualquer das partes requerer que seja notificado o
Ministério Público para promover, dentro do prazo que for designado, a
nomeação de novo representante ao incapaz, quando tenha falecido o
primitivo ou a sua impossibilidade se prolongue por mais de trinta dias. Se
ainda não houver representante nomeado quando o prazo findar, cessa a
suspensão, sendo o incapaz representado pelo Ministério Público.
DIVISÃO II
INTERVENÇÃO ACESSÓRIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
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Artigo 285.°
Como se processa
NOTAS: a falta de vista ou exame ao Ministério Público, quando a lei exija a sua
intervenção como parte acessória gera nulidade, cujo regime está previsto no art. 162°
CPC.
O MP tem que ser notificado para todos os actos e diligências, bem como de todas
as decisões proferidas no processo, nos mesmos termos em que o devam ser as partes na
causa, tendo legitimidade para recorrer quando o considere necessário à defesa do interesse
público ou dos interesses da parte assistida (n° 2), algo que, com grande frequência os Srs
funcionários não cumprem.
26
Ao conceito de parte principal contrapõe-se o de parte acessória.
Parte principal‚ aquele que pede em seu próprio nome a actuação de uma vontade de
lei e aquele frente ao qual ela é pedida.
Partes acessórias são os portadores de certos interesses conexos com os interesses
em causa e que a lei admite a impulsionarem o processo numa posição subordinada à das
partes principais.
Artigo 299.°
Como se processa
1. (…)
2. Findo o prazo dos éditos sem que os citados compareçam, a causa
segue com o Ministério Público, nos termos aplicáveis do artigo 20.º.
3. (…)
4. (…)
Artigo 366.º
Prazo para a contestação
NOTAS: É através da citação (art. 190º, nº 1 CPC), acto pelo qual se dá conhecimento ao
réu de que foi proposta contra ele determinada acção e se chama ao processo para se
defender, que se inicia a fase da contestação.
27
O réu pode tomar uma de duas atitudes fundamentais perante a petição inicial: opor-
se ao pedido do Autor ou não se opor a ele. A opção por uma destas condutas depende dos
factos indagados pelo advogado do Réu e das provas de que esta parte possa dispor,
havendo, naturalmente, que observar o dever de verdade que recai sobre essa parte (art.
662º, nº 2, al. a) e b) CPC) e o dever de não advogar contra a lei expressa e de não usar
meios ou expedientes ilegais que obriga o advogado (art. 40º, al. c) da Lei 11/2008 de 23/7
– Estatuto da Advocacia).
Caso o Réu não conteste a acção, entra em revelia. A revelia é absoluta quando, além
de não deduzir oposição, o Réu não constitui advogado nem intervém de qualquer forma no
processo e tem como consequência a confissão dos factos articulados pelo Autor (art. 363º
e 364º CPC).
A revelia relativa verifica-se quando o Réu constitui advogado, ou intervém de outro
modo, mas não apresenta contestação.
A ocorrência da revelia implica o encurtamento da acção, ao considerarem-se
confessados os factos, termina a fase dos articulados e não há lugar às fases de saneamento,
instrução e discussão da matéria de facto.
A defesa do Réu, em regra, é feita numa peça processual chamada contestação, em
certos casos, o Réu pode aproveitar a contestação para deduzir pedidos contra o Autor
(reconvenção – art. 379º CPC).
1º) Tem que ser efectuada uma citação (art. 190º, nº 1 CPC) do Magistrado do MP.
2
O PA é urgente sempre que existam prazos a cumprir, como é o caso da elaboração de
articulado de contestação.
3
Essa leitura vai permitir, posteriormente, quando receber informações resultantes das diligências
que efectuar, afirmar se são falsos/incorrectos ou se os desconhece.
4
Também, após obter informações sobre os factos, é efectuado o seu enquadramento jurídico - é
essa a lei aplicável, é outra, a interpretação é incorrecta, não existe lei, etc.
É matéria de direito as questões relativas à determinação das normas aplicáveis ao caso concreto,
à sua interpretação, determinação do seu valor, à sua legalidade e constitucionalidade, à
integração das lacunas da lei e à sua aplicação aos factos, bem como o apuramento dos efeitos
derivados dessa aplicação.
28
c) Pode ordenar a realização de diligências (inquirições, pedidos de
documentos, perícias, etc, à entidade que representa ou a terceiros),
Artigo 370.°
Ónus de impugnação
1. (…)
2. (…)
3. Se o réu declarar que não sabe se determinado facto é real, a declaração
equivale a confissão quando se trate de facto pessoal ou de que o réu deva
ter conhecimento e equivale a impugnação no caso contrário.
4. Não é aplicável aos incapazes, ausentes e incertos, quando
representados pelo Ministério Público ou por defensor público, o ónus de
impugnação, nem o preceituado no número anterior.
5. (...)
NOTAS: Perante a instauração de uma acção a defesa pode ser defesa directa (em
que o réu nega frontalmente, sem mais, a verificação dos factos) e uma defesa indirecta (em
que o réu, nomeadamente, confessando ou aceitando uma parte dos factos alegados, aponta
outros que são incompatíveis com a existência de factos invocados na petição).
Artigo 393.°
Forma da antecipação da prova
1. (…)
2. Quando se requeira a diligência antes de a acção ser proposta, há-de
indicar-se sucintamente o pedido e os fundamentos da demanda e
identificar-se a pessoa contra quem se pretende fazer uso da prova, afim de
ela ser notificada pessoalmente para os efeitos do artigo 504.º; se esta não
puder ser notificada, será notificado o Ministério Público, quando se trate de
incertos ou de ausentes, ou um defensor público nomeado pelo juiz,
quando se trate de ausentes em parte certa.
Artigo 398.°
Poderes do presidente
1. (…)
2. (…)
30
a) (...)
b) (...)
c) (...)
d) Exortar os advogados, o defensor público e o Ministério Público a
que abreviem os seus requerimentos e alegações, quando sejam
manifestamente excessivos, e a que se cinjam à matéria da causa, e
retirar-lhes a palavra quando não sejam atendidas as suas
exortações;
e )Significar aos advogados, ao defensor público e ao Ministério
Público a necessidade de esclarecerem pontos obscuros e
duvidosos;
NOTAS: conforme estipula o n° 1, a discussão deve ser útil e breve. Se o MP pautar a sua
actuação pela clareza e objectividade dos argumentos e tiver preparado o julgamento, nunca
incorrerá na hipótese da al. d).
No caso da al. e), ainda que o MP entenda não existirem pontos obscuros ou
duvidosos a esclarecer, é necessário compreender a diversidade humana, o que é claro para
António, pode não ser para o Carlos. Assim, deve o magistrado do MP efectuar um esforço
para corresponder à solicitação do juiz.
Em norma semelhante do CPC português (art. 650°), entende-se que as decisões
sobre a direcção e disciplina da audiência não admitem recurso porque são proferidas no
exercício legal de poderes discricionários.
Artigo 431.°
Perda do direito de recorrer e renúncia ao recurso
31
Artigo 441.°
Ónus de alegar e formular conclusões
NOTAS: o MP não está obrigado a cumprir o disposto nos n° 1 a 4, apenas nos casos em
que tenha que recorrer por força da lei, casos previstos no art. 3°, n° 1, al. h) e j) do Estatuto
(Lei 14/2005 de 16/9):
h) Requerer a fiscalização da constitucionalidade dos actos normativos, nos termos
da lei;
j) Recorrer sempre que a decisão seja efeito de conluio das partes no sentido de
defraudar a lei ou tenha sido proferida com violação de lei expressa;
32
Artigo 495.°
Questão preliminar
Artigo 496.°
Instrução do processo
Quanto à estrutura do parecer, após resumir o teor dos dois Acórdãos, concluir que
ocorre jurisprudência contraditória do Supremo sobre a mesma questão fundamental de
direito e no domínio da mesma legislação e concluir no sentido do conflito jurisprudencial
suscitado ser solucionado mediante a prolação de acórdão uniformizador de jurisprudência
nos seguintes termos, «,,,,,,,,,,,,,,».
Artigo 557.°
Prerrogativas de inquirição
Artigo 618.°
Instrução e julgamento
Artigo 633.°
Questão preliminar
35
Artigo 658.°
Custas no caso de confissão, desistência ou transacção
NOTAS: a transacção lavrada no processo, que põe termo ao litígio entre as partes,
constitui um contrato processual, consubstanciando um negócio jurídico efectivamente
celebrado pelas partes intervenientes na acção correspondente àquilo que estas quiseram e
conforme o conteúdo da declaração feita.
Artigo 678.°
Legitimidade do Ministério Público como exequente
NOTAS: esta norma geral atribui legitimidade ao MP para instaurar execução por
custas e multas aplicadas em qualquer processo.
Vide, relativamente à execução por custas, os arts. 69° a 76º do DL 16/2011, de
13/4 - Código das Custas Judiciais.
Ainda quanto a custas saliente-se a isenção de custas do Ministério Público e do
Estado (art. 2°, al. a) e c) do DL 16/2011.
36
Artigo 687.°
Requerimento executivo
Artigo 700.º
Bens absoluta ou totalmente impenhoráveis
NOTAS: a razão da impenhorabilidade total reside na presunção de que tais bens estão,
pela sua própria natureza, afectos exclusivamente a fins de utilidade pública. Só devem
considerar-se impenhoráveis os bens directamente utilizados no desempenho da sua
actividade, ou seja, os bens de todo indispensáveis ao seu normal funcionamento (Ex. o
carro de um Ministro, os computadores de uma Secretaria de Estado).
Este artigo reveste-se de importância porque pode implicar que, caso sejam
penhorados bens constantes da al. b), o MP apresente articulado de oposição à penhora,
com fundamento na sua inadmissibilidade (art. 710º, nº 1, al. a) CPC).
37
A oposição à penhora, como decorre da remissão constante do art. 711º, nº 2 do
CPC, assume a natureza de um incidente da instância, no caso, da instância executiva.
Artigo 701.º
Bens relativamente impenhoráveis
NOTAS: no caso previsto neste artigo, poderá haver penhora, se for uma execução para
pagamento de dívida com garantia real (consignação de rendimentos, penhor, hipoteca,
privilégios creditórios, direito de retenção, penhora e o arresto).
Por exemplo, um depósito bancário pode ser penhorado, já que as importâncias
monetárias, enquanto meio de pagamento, só indirectamente têm a ver com a actividade da
pessoa colectiva.
Apresentado articulado de oposição à penhora incumbe ao MP a alegação e prova
de estarem os bens afectos a fins de utilidade pública.
Artigo 743.º
Reclamação dos créditos
Artigo 778.º
Pagamento do preço e sanções
NOTAS: depositada uma parte do preço, será o restante depositado directamente pelo
arrematante em instituição de crédito, no prazo de 15 dias, sob pena de os bens irem
novamente à praça para serem arrematados por qualquer quantia, ficando o primeiro
arrematante responsável pela diferença do preço e pelas despesas a que der causa. Então, a
secretaria faz o cálculo do montante em dívida (diferença do preço e despesas), notifica o
MP e este requer, no próprio processo, a execução do arrematante.
Atento o teor do nº 4, o requerimento do MP será autuado por apenso à execução
principal.
39
Artigo 796.º
Representação do requerido
Artigo 807.º
Levantamento da interdição ou inabilitação
40
Artigo 843.º
Discussão e julgamento
Artigo 847.º
Legitimidade para requerer ou intervir no inventário
41
O inventário inicia-se com o requerimento (petição inicial), apresentado no tribunal
comum, cível de 1ª instância, em regra, o tribunal do último domicílio do falecido (art. 61º,
n 2 al. a) CPC).
B) A nomeação do cabeça-de-casal (art. 856º CPC).
Incumbe ao Juiz do processo a sua nomeação. A ordem de deferimento é a do art. 856º, n 1
CPC. O cabeça-de-casal pode ser substituído a todo o tempo, por acordo de todos os
interessados directos na partilha e do Ministério Público, nos inventários em que tenha
intervenção principal. No âmbito do processo incumbe-lhe arrolar e descrever os bens da
herança, fora do processo, administra os bens da herança.
C) Declarações do cabeça-de-casal (art. 858º CPC).
Após a sua nomeação, o cabeça-de-casal deverá prestar compromisso de honra de
desempenho das suas funções (acto pessoal) e prestar declarações (lavradas em auto de
declarações) que fazem fé em juízo até serem impugnadas por qualquer interessado.
Se não pôde apresentar a relação de bens e os documentos que devia, ser-lhe-à
estipulado prazo para o fazer.
Os bens que integram a herança a partilhar devem ser relacionados por verbas
numeradas e por uma certa ordem, estabelecida no art. 863º CPC.
D) Citações (se o processo prosseguir – art. 859º CPC).
- O MP quando a sucessão seja deferida a incapazes, ausentes, em parte incerta ou
pessoas colectivas.
- As pessoas com interesse directo na partilha (herdeiros).
- Os legatários, credores e donatários.
E) Exame do processo (art. 865º CPC).
Este exame destina-se a permitir que os advogados dos interessados e o MP digam o que se
lhes oferecer sobre a relação de bens ou a sua falta.
F) Conferência de interessados (art. 869º, nº 1 CPC).
A conferência de interessados é o órgão deliberativo no processo de inventário,
deliberando por unanimidade ou maioria, consoante os assuntos:
1- Composição dos quinhões (art. 870º, nº 1, al. a), b) e c) CPC).
2- Aprovação do passivo (art. 870º, nº 3 CPC).
3- Reclamação contra o valor atribuído aos bens (art. 870º, nº 4, al. a) CPC).
4- Questões cuja questão possa influir na partilha (art. 870º, nº 4, al. b) CPC).
5- Avaliação nos casos em que não é possível abrir licitações sobre certos bens da
herança (art. 878º, nº 4 CPC).
G) Licitações (art. 879º CPC).
A licitação é uma arrematação restrita aos herdeiros e meeiro do inventariado, cada
um dos interessados pode licitar em todos os bens e pelo preço que entender.
I) Forma à partilha (art. 889º CPC).
São ouvidos sobre a forma à partilha os advogados dos interessados e o MP, nos
termos do citado art. 889º CPC. Nos 10 dias seguintes será proferido despacho
determinativo do modo como deve ser organizada a partilha.
42
Artigo 856.º
Nomeação, substituição, escusa ou remoção do cabeça-de-casal
1. (...)
a) (...)
b) (...)
c) (...)
d) (...)
2. (...)
3. O cabeça-de-casal pode ser substituído a todo o tempo, por acordo de
todos os interessados directos na partilha e também do Ministério Público
quando tiver intervenção principal no inventário.
4. (...)
5. (...)
Artigo 859.º
Citação dos interessados
Artigo 861.º
Oposição e impugnações
43
2. A faculdade prevista no número anterior pode também ser exercida pela
cabeça-de-casal e pelo requerente do inventário, contando-se o prazo de
que dispõem da notificação do despacho que ordena as citações.
3. Quando houver herdeiros legitimários, os legatários e donatários são
admitidos a deduzir impugnação relativamente às questões que possam
afectar os seus direitos.
Artigo 865.º
Reclamação contra a relação de bens
Artigo 870.º
Assuntos a submeter à conferência de interessados
NOTAS: o acordo a que se refere o nº 1 deste artigo só pode ser obtido por unanimidade
dos interessados daí, a falta de algum interessado ou a insuficiência ou irregularidade de
representação, torna impossível o acordo e leva à abertura de licitações.
45
As reclamações relativas ao valor atribuído aos bens relacionados, devem, em
princípio, ser formuladas por escrito quando da notificação da apresentação da relação de
bens (art. 865º do CPC), embora possam ser feitas verbalmente na conferência de
interessados, nos termos do art. 878º do CPC.
Artigo 878.º
Reclamação contra o valor atribuído aos bens
NOTAS: se não existir acordo sobre a partilha, pode colocar-se em causa o valor de
qualquer bem relacionado. Trata-se de evitar que o valor base de partida para as licitações
esteja falseado (para mais ou para menos), permitindo aos interessados com capacidade
financeira ficarem com os bens, com base num valor não real dos bens da herança.
Artigo 888.º
Anulação da licitação
NOTAS: a licitação consiste na oferta por cada interessado de valores sucessivamente mais
elevados em bens da herança, para lhe serem adjudicados em partilha judicial.
A anulação da licitação pode decorrer de vícios da vontade dos licitantes ou de
vícios de natureza processual.
O MP terá dificuldade em aperceber-se do valor real dos bens, por não ter acesso a
informação, apenas poderá intervir através de informações que lhe sejam fornecidas, por
exemplo, pela família.
SUBSECÇÃO VI
DA PARTILHA
Artigo 889.º
Despacho sobre a forma da partilha
1. Cumprido o que fica disposto nos artigos anteriores, são ouvidos sobre a
forma da partilha os advogados dos interessados e o Ministério Público, nos
termos aplicáveis do artigo 865.º
2. Nos dez dias seguintes proferir-se-á despacho determinativo do modo
como deve ser organizada a partilha. Neste despacho são resolvidas todas
as questões que ainda o não tenham sido e que seja necessário decidir
para a organização do mapa da partilha, podendo mandar-se proceder à
produção da prova que se julgue necessária. Mas se houver questões de
facto que exijam larga instrução, serão os interessados remetidos nessa
parte para os meios comuns.
3. O despacho determinativo da forma da partilha só pode ser impugnada
na apelação interposta da sentença da partilha.
Artigo 895.º
Reclamações contra o mapa
47
2. Os interessados podem requerer qualquer rectificação ou reclamar
contra qualquer irregularidade e nomeadamente contra a desigualdade dos
lotes ou contra a falta de observância do despacho que determinou a
partilha. Em seguida dá-se vista ao Ministério Público para o mesmo fim,
se tiver intervenção principal no inventário.
3. As reclamações são decididas nos dez dias seguintes, podendo
convocar-se os interessados a uma conferência quando alguma
reclamação tiver por fundamento a desigualdade dos lotes.
4. No mapa far-se-ão as modificações impostas pela decisão das
reclamações. Se for necessário, organizar-se-á novo mapa.
NOTAS: se o escrivão tiver dificuldades em elaborar o mapa, deve expô-las ao Juiz antes
de terminar o prazo para o organizar, para que seja prorrogado e as dificuldades resolvidas.
No caso frequente em que o activo da herança a partilhar é inferior ao passivo, ou é
requerida a falência por algum credor ou deliberação de todos os interessados ou, nada
sendo requerido, o processo de inventário termina por inutilidade superveniente da lide
(inexistência de activo a partilhar).
48
II- EXEMPLOS DE PEÇAS PROCESSUAIS
Proc. n°………….
1°
No âmbito do processo acima identificado, o Ministério Público foi notificado
em ../.../2012 da douta sentença,
2°
Porém, o Ministério Público nunca teve qualquer intervenção no processo,
3°
Pelo que, na sua primeira intervenção no processo, o Ministério Público
argui a respectiva falta de citação (art. 156°, al. b) do Código de Processo Civil)
4°
Essa intervenção, como parte principal, deveria ter ocorrido, em
representação do Estado e na defesa da legalidade democrática e promoção do
cumprimento da lei, por força dos art. 132°, n° 1 da Constituição, art. 1° da Lei
14/2005 de 16/9 e art. 23°, n° 1 do Código de Processo Civil,
49
Pelo exposto, requer-se a declaração de nulidade
de todo o processado posterior à petição inicial,
nos termos do art.156°, al. b) do Código de
Processo Civil.
O Procurador da República
...............
50
2. Requerimento - arguição de nulidade por falta de vista (parte acessória).
Proc. nº ..........
Tribunal ….........
1º
2º
3º
O que devia ter acontecido, atenta a sua qualidade de parte acessória (art.
285º CPC).
4º
Pelo que, na sua primeira intervenção no processo o MP argui a respectiva
nulidade (art. 164°, n° e 166°, n° 2 CPC).
O Procurador da República
…………………………
51
3. Requerimento - resolução de conflito negativo de competência.
Proc. nº ...........
Tribunal ….........
1º
Nos autos à margem identificados dois tribunais consideram-se
incompetentes para conhecer a mesma questão.
2º
Uma vez transitadas ambas as decisões a declinarem a competência para
conhecerem a mesma questão, estaremos perante um conflito negativo de
competência que deverá ser decidido pelo Tribunal de Recurso (art. 82º, nº 2 do
CPC, art. 164°, n° 2 da Constituição e do art. 110° da Lei 8/2002 de 20/9 - a
competência transitória do Supremo Tribunal de Justiça, até à instalação e início
de funções deste Tribunal, é exercida pela instância judicial máxima da
organização judiciária existente em Timor-Leste, o Tribunal de Recurso).
3º
Em face do exposto, e uma vez que ambos os tribunais (tribunal de
................... e tribunal de ..................) declinaram a respectiva competência para
decidir sobre a mesma questão, requer-se a V.Exa. que, ocorrendo o transito em
julgado da decisão agora proferida, se digne ordenar que se extraia e nos seja
entregue certidão da petição inicial e dessa decisão a declinar a competência para
julgar a questão suscitada, com nota do respectivo trânsito em julgado, assim
como certidão da acção e da decisão proferida anteriormente pelo tribunal de
................, com nota do respectivo trânsito, a fim de, oportunamente, ser suscitado
o conflito negativo de competência.
O Procurador da República
……………….
52
4. Requerimento – pedido de confiança do processo.
Proc. nº ...........
Tribunal ……........
O Procurador da República
…………………
53
5. Petição inicial - acção especial de interdição.
Da isenção de custas
1º
O requerido nasceu no dia 11 de Novembro de 1957 - Doc. nº 1.
2º
O mesmo padece de esquizofrenia - Doc. nº 2.
3º
Tal doença determina a completa incapacidade do mesmo para governar a
sua pessoa e administrar os seus bens.
54
4º
Não conhece o dinheiro, não tendo portanto qualquer noção relativamente
ao valor económico das coisas,
5º
Recusa qualquer tipo de assistência médica,
6º
Não cuida da sua higiene, padecendo de várias doenças de pele,
7º
Vive de esmolas e dos restos de comida dos cafés,
8º
Não é, por isso, capaz de realizar sozinho tarefas associadas à sua própria
subsistência.
9º
O requerido encontra-se, em suma, de forma permanente e irreversível,
totalmente incapaz de cuidar de si e do seu património e, portanto, incapaz de
reger a sua pessoa e administrar os seus bens.
10º
Torna-se, assim, indispensável nomear alguém que cuide da sua pessoa e
dos seus bens e que legalmente o represente.
55
Para tanto se requer que, D. e A., V.Exª se digne
ordenar o cumprimento do art. 794º do CPC, seguindo-se os
demais termos até final.
O Procurador da República
………………………
56
6. Petição inicial. Acção especial de inabilitação.
Da isenção de custas
1º
O requerido nasceu no dia 10 de Novembro de 1970 - Doc. nº 1.
2º
O mesmo padece de atraso mental grave - Doc. nº 2.
3º
Tal doença determina a completa incapacidade do mesmo para governar a
sua pessoa e administrar os seus bens.
57
4º
Na verdade, o Requerido, atento o seu atraso mental não aprendeu a ler e
a escrever..
5º
Não sabe fazer contas nem apresenta qualquer forma de capacidade de
cálculo.
6º
Conhece o dinheiro mas não tem a noção do seu real valor, nem dos
gastos que efectua.
7º
O seu raciocínio mostra-se muito limitado a problemas imediatos com
respostas de sim ou não, gosta ou não gosta, quer ou não quer.
8º
Verifica-se no Requerido um problema na memória nas suas diversas
formas de expressão, que se traduz na deficiente capacidade de aquisição e
aprendizagem.
9º
Dadas as características da sua personalidade, e a sua baixa capacidade
intelectual, o Requerido necessita constantemente do apoio e orientação de um
adulto, para a prática de quaisquer actos relacionados com a sua pessoa e com o
seu património, tais como: Cuidados de saúde, movimentação da conta bancária,
resolução de assuntos burocráticos com entidades públicas e privadas,
pagamento do quarto e aquisição do passe social.
10º
Torna-se, assim, indispensável nomear-lhe alguém que a assista na prática
de tais actos, e a autorize a praticá-los quando tal se justificar.
58
Nestes termos, deve a presente acção ser julgada
procedente, por provada, decretando-se a inabilitação, por
anomalia psíquica do Requerido, com a extensão referida no
art. 9º.
Para tanto se requer que D. e A., Vª Exª se digne
ordenar o cumprimento do artº 945º do Código de Processo
Civil, seguindo-se os demais termos até final.
O Procurador da República
…………………
59
7. Petição inicial. Acção especial de inventário.
Exmº Senhor
Juiz de Direito do Tribunal.............................
1º
A ora inventariada faleceu no dia 7 de Março de 2008, no estado civil de
casada (Doc. 1).
2º
Sucederam-lhe o cônjuge e uma filha menor (Doc. 2).
3º
A herança é constituida por bens móveis e imóveis.
4º
O cargo de cabeça-de-casal incumbe (artº 856º, nº 1, al. a) do CPC) ao
cônjuge da falecida - Luís ................, residente em..................................
O Procurador da República
……………
60
8. Petição inicial. Acção especial de reforma de livro.
Da isenção de custas
1º
No Cartório Notarial de .......... existia o livro de notas nº ........, onde
estavam lavradas escrituras diversas efectuadas no ano de 2011 (Doc 1),
2º
Em concreto:
61
2- Gomes & Paiva Lda, escritura de cessão de quotas.
3º
Na sequência de um pedido de certidão de uma escritura constatou-se que
o livro desaparecera.
4º
Tal desaparecimento terá ocorrido em Janeiro de 2011,
5º
Na sequência de uma mudança de instalações do Cartório Notarial,
6º
Foram efectuadas buscas exaustivas para localizar o livro, sem quaisquer
resultados,
7º
No Cartório não existe possibilidade de recuperar as escrituras insertas no
livro nº ..........., uma vez que não existem cópias.
8º
O Estado tem interesse na reforma do livro desaparecido, uma vez que se
trata de instrumento público lavrado no âmbito da função notarial, que se
encontrava à sua guarda, através dos competentes órgãos,
62
9º
E do qual está obrigado, nos termos legais (art.138º e seguintes do DL
25/2009, de 26/8), a passar cópias, atestados e autenticações a qualquer
interessado que o requeira.
TESTEMUNHAS:
O Procurador da República
.....................
63
9. Providência cautelar de arresto.
I- Dos factos6
1º
Em ……/……/2013, o Ministério ….. abriu concurso para a venda de 10
carros em estado de sucata (doc. 1),
2º
O concurso foi ganho pela Requerida, que apresentou a proposta mais alta,
no valor de USD 10,000 (doc. 2),
3º
Para pagar, a Requerida emitiu e entregou no Ministério …… o cheque nº
0134567, sacado sobre o banco ANZ, no valor de USD 10.000, datado de
…../…./2013 (conforme cópia que se junta e se dá por reproduzida – doc. 3).
5
Regra geral da competência territorial dos procedimentos cautelares de arresto, art. 62º nº 1, al.
a) CPC - tribunal onde deva ser proposta a acção respectiva (lugar do cumprimento – obrigações
pecuniárias, domicílio que o credor tiver ao tempo do cumprimento – art. 708º C. Civil) ou no do
lugar onde os bens se encontrem ou, se houver bens em várias circunscrições, no de qualquer
destas.
6
Expor os factos que servem de fundamento à providência (art. 349º nº 1, al. d) CPC – é
obrigatória a exposição dos factos por artigos por imposição do art. 117º, nº 2 CPC).
64
4º
O Ministério ….. depositou o cheque na sua conta do banco BNU, o qual foi
devolvido, com um carimbo colocado no seu verso a dizer «falta de provisão»
(doc. 3),.
5º
Até à presente data a Requerida não pagou a quantia em divida, apesar
das insistências por escrito e pelo telefone,
6º
Entretanto, na última semana soube-se que a Requerida também não paga
a outros fornecedores, aos bancos e aos seus trabalhadores,
7º
E que, está a vender todos os seus bens,
8º
Os seus sócios gerentes saíram de Timor,
9º
As instalações da Requerida estão encerradas.
II- Do direito
10º
Determina o art. 329º, nº 1 do CPC que o «O credor que tenha justificado
receio de perder a garantia patrimonial do seu crédito pode requerer o arresto de
bens do devedor».
11º
São, assim, requisitos do procedimento cautelar de arresto:
12º
Face ao alegado nos arts. ….. a ….. deste requerimento, o crédito do
Estado é liquido e vencido.
65
13º
Atento o alegado nos arts. ….. a ….., existe justo receio de perda da
garantia patrimonial do requerente Estado, em virtude dos actos de dissipação e
ocultação do património da Requerida, da ausência dos gerentes do país, do
encerramento das instalações da Requerida, e do não pagamento dos seus
encargos e débitos a trabalhadores, fornecedores, bancos, financeiras, entre
outras.
Indica-se para ser fiel depositário dos bens: Alfredo dos Santos, com
domicílio profissional no Ministério ……., Díli.
1º- Carlos dos Santos, com domicílio profissional no Ministério ……., Díli.
O Procurador da República
…………..
7
Valor do crédito que se pretende garantir (art. 265º, nº 3, al. e) CPC).
66
10. Contestação. Requerimento para prorrogação do prazo.
Proc. n°.............
Pede deferimento
O Procurador da República
………………
67
11. Contestação - responsabilidade civil do Estado.
Proc. nº ...........
I- POR EXCEPÇÃO
1°
No tocante à responsabilidade civil resultante do exercício das funções do
Estado, permanece a inércia do legislador, pois não existe ainda qualquer diploma
regulando genericamente a matéria,
2°
Por ora, o decisor legislativo não atribui, normalizou ou densificou essa
matéria e não cabe aos tribunais substituir-se ao legislador,
3°
Em primeiro lugar, porque o exercício da faculdade de legislar obedece, em
cada momento histórico a legítimos critérios de oportunidade e de ponderação, só
assim se respeitando a liberdade constitutiva e conformadora do legislador,
também democraticamente legitimado,
4°
Depois, porque se se reconhecesse tal direito aos tribunais, consagrar-se-ia
a subversão da relação entre o poder legislativo e o judicial, onde este último
68
acabaria por ditar ao primeiro as opções a tomar em cada momento,
reconhecendo direitos aos particulares sem qualquer legitimidade democrática
para o fazer,
5°
Na realidade, apenas existe regulamentação específica de certos actos,
mas de carácter jurisdicional, geradores de responsabilidade civil do Estado:
No caso de condenações injustas (art. 31°, n° 6 da Constituição e art. 320°
do Código de Processo Penal).
No caso de detenção ou prisão preventiva ilegal (art. 351°, n° 1 do Código
de Processo Penal).
6°
O Autor fundamenta juridicamente a sua pretensão no art. 1367° do C. Civil
indonésio porém, a sua simples leitura permite constatar que se refere a casos
muito específicos de responsabilidade de pessoas singulares (“An individual...”) e
não de pessoas colectivas, como é o caso do Estado, sendo certo que, ao caso,
não é admissível a aplicação da analogia ou a interpretação extensiva.
7°
A consagração da responsabilidade do Estado por actos da suas funções,
em certos casos, significa concomitantemente a exclusão da mesma
responsabilidade nas hipóteses não visadas pelos textos (vide, neste sentido,
Gomes Canotilho, O Problema da Responsabilidade do Estado por Actos Lícitos,
pág. 228).
8°
Não sendo aplicáveis ao caso as normas que prevêem a responsabilidade
civil do Estado por actos jurisdicionais e inexistindo normas ordinárias às quais se
subsuma a pretensão do Autor, ela está, irremediavelmente condenada ao fra-
casso.
9°
Esta excepção peremptória obsta a que o tribunal conheça do mérito da
causa e conduz à absolvição do réu do pedido (art. 372°, n° 1 e 3 e art. 375° do
Código de Processo Civil),
69
Caso assim não se entenda, dir-se-á, por mera cautela e sem nada
conceder :
B) Da caducidade
10°
A presente acção deu entrada na secretaria judicial em 27/10/2008, data
em que a acção se considera proposta (art. 223°, n° 1 do Código de Processo
Civil),
11°
De acordo com o alegado no art. 1° da petição inicial, o Autor teve
conhecimento dos factos no próprio dia em que ocorreram - 11/3/2007,
12°
Ora, por força do art. 1380° do Código Civil indonésio, a presente acção de
responsabilidade civil por facto ilícito teria que ser proposta no prazo de 1 ano a
contar da prática dos factos – o que não aconteceu.
13°
Por outras palavras, aquando da instauração da presente acção, já havia,
há muito, caducado o direito de acção.
14°
Assim, a verificação da excepção da caducidade do direito de acção obsta
a que o tribunal conheça do mérito da causa e conduz à absolvição do réu do
pedido (art. 372°, n° 1 e 3 e art. 375° do Código de Processo Civil),
Se, porém, assim não se entender, dir-se-á, por mera cautela e sem
nada conceder:
70
II- POR IMPUGNAÇÃO
15°
O Estado desconhece se são, ou não, reais os factos articulados pelo Autor
nos artigos 1° a 19° da petição inicial,
16°
Que, por não serem pessoais, nem deles dever ter conhecimento, assim se
impugnam (art. 370º, nº 3 do CPC),
17°
Na verdade, apesar das diligências probatórias realizadas no inquérito
850/PDD/2007 da Procuradoria Distrital de Díli (de que o Autor juntou cópias), não
foi possível apurar quem foram os autores dos alegados factos, o que conduziu ao
arquivamento do inquérito,
18°
Assim, cumpriu o Estado o seu objectivo de zelar pelos princípios do
Estado de direito democrático (art. 6°, al. b) da Constituição, investigando, através
das entidades próprias, os factos participados,
19°
Porém, é um facto notório que, nem sempre as diligências probatórias
permitem descobrir o autor(res) do(s) facto(s) ilícito(s), o que depende de factores
externos à polícia ou ao Ministério Público, tais como, inexistência de
testemunhas, documentos etc, situações relativamente às quais o Estado não tem
qualquer domínio ou responsabilidade.
20°
O Autor juntou à petição inicial uma série de documentos, que aparentam
ser facturas, em língua não oficial (art. 104°, n° 1 do Código de Processo Civil), e
cujo teor e conteúdo expressamente se impugnam,
71
21°
Afigura-se manifestamente excessivo e desproporcionado, o montante
peticionado pelo Autor relativamente aos danos não patrimoniais que alega ter
sofrido.
22°
Na verdade, esse valor de USD 3000 não tem o mínimo de
correspondência com o nível de vida da generalidade da população timorense, e
exorbita, em muito, dos valores médios que a jurisprudência tem vindo a atribuir
aos danos morais:
a) Para uma justa e criteriosa ponderação do Tribunal, e tendo em
conta a igualdade de tratamento de todos os cidadãos perante a lei,
deve atender-se, na determinação do valor a atribuir, à
jurisprudência uniformemente aplicada em situações semelhantes.
72
1- Julgar-se procedente a excepção peremptória consistente na falta de
consagração legal da responsabilidade do Estado nesta matéria,
absolvendo-se o Estado do pedido.
Caso assim não se entenda,
Valor: o da acção.
Junta: 1 documento e duplicados legais.
O Procurador da República
…………..
73
12. Contestação – representação de menor.
Proc. nº…….
Exm. Sr. Dr. Juiz de Direito junto do
Tribunal Distrital de ………
1°
Relativamente à matéria de facto alegada pela autora, o MP não possui
elementos que permitam concluir sobre se a mesma corresponde à realidade (art.
370°, n° 3 e 4 do CPC),
2°
Após a prova produzida nos autos, o MP tomará uma posição concreta
sobre o pedido formulado pela Autora.
3°
No que respeita aos fundamentos de direito, entende o MP que
....................................................................................................................................
Valor: o da acção.
Junta: duplicados legais.
O Procurador da República
…………….
74
13. Contestação - arrendamento. Eficácia do caso julgado.
Proc. nº…….
I- QUESTÃO PRÉVIA
Custas
1º
A presente acção está sujeita ao pagamento de custas (art. 1º, nº 2 do DL
15/03 de 1/10), não beneficiando o requerente de qualquer isenção objectiva ou
subjectiva (art. 2º e 3º do DL 15/03 de 1/10). Assim, devem de imediato ser
passadas guias para pagamento.
2º
Atento o valor da acção, é obrigatória a constituição de advogado (art. 36º
do CPC),
3º
Porém, a petição inicial é subscrita pela Defensoria Pública, o que
certamente se deve a lapso,
75
4º
Já que não é credivel que a Defensoria Pública desconheça o seu próprio
Estatuto, constante do DL 38/2008 de 29/10,
5º
Que apenas permite a assistência jurídica aos mais necessitados (art. 1º, nº
1) e, quanto a pessoas colectivas, apenas às de direito privado sem fins lucrativos
(art. 5º, nº 2),
6º
Ora, a AAA Lda é uma sociedade comercial que visa o lucro e que, por Lei
(DL 38/2008 de 29/10), não pode ser representada pela Defensoria Pública.
7º
Pelo exposto, requer-se a notificação da AAA Lda para, em 10 dias
constituir advogado, sob cominação do Réu ser absolvido da instância (art. 37º do
CPC).
Acresce que:
8º
O interesse em agir respeita ao interesse no próprio processo, no recurso à
via judicial, à inevitabilidade do pedido de tutela jurisdicional apresentado em juízo,
9º
“A qualificação do interesse em agir como pressuposto processual assenta
na preocupação de evitar acções inúteis” (António M. Machado e Paulo Pimenta,
O Novo Processo Civil, Almedina, 2004, pág. 79),
10º
Se o CPC (art. 102º) proíbe a prática de actos inúteis, o que dizer de
acções inúteis?
76
11º
Ora, resulta da Lei 1/2003 de 24/12, art. 4º e 16º, bem como da planta do
terreno do cadastro predial nº ………… de 10/6/2003, que o Estado é o
proprietário do terreno e edifícios,
12º
Assim, é inútil que o Tribunal se pronuncie sobre algo que resulta
directamente da Lei e do registo,
13º
A falta de interesse em agir é um pressuposto processual inominado, uma
excepção dilatória atípica, que conduz à absolvição do Estado da instância (art.
372º, nº 1 e 2 e art. 373º, nº 1 do CPC).
14º
Conforma alega a Autora, já existiram 4 decisões do Tribunal Distrital de Dili
relativas ao terreno e edifícios do Bairro Colmera,
15º
Mas, nesses processos, foram partes a AAA Lda e a BBB Lda, e não o
Estado,
77
16º
O caso julgado forma-se apenas em relação às pessoas singulares ou
colectivas que intervieram como partes nos processos – art. 421º do CPC (eficácia
relativa do caso julgado material),
17º
Pelo que, não está o Estado vinculado a qualquer uma dessas decisões do
Tribunal, nomeadamente, arrestos, validade de quaisquer contratos celebrados
entre as partes, indemnizações, compensações, reconhecimento de direitos,
registos, por ser um terceiro que não interveio nos processos,
18º
A pretensão da AAA Lda constitui um claro lapso ou um manifesto
desconhecimento da eficácia do caso julgado das decisões judiciais (art. 421º do
CPC),
19º
A violação do caso julgado é uma excepção dilatória que conduz à
absolvição do Estado da instância (art. 372º, nº 1 e 2 e art. 373º, nº 1, al. h) do
CPC).
20º
A Autora esqueceu a Constituição, em concreto, o art. 123º (Categorias de
tribunais),
21º
Bem como, os art. 52º, nº 1 e 3, art. 426º, nº 1 e art. 428º, nº 2 do CPC,
22º
Isto é, atento o valor da acção, a decisão admite recurso para o Tribunal de
Recurso,
78
23º
O pedido é ilegal, pois tem na sua base e como efeito jurídico pretendido, a
alteração de regras relativas às alçadas e ao direito de recurso, constantes de
normas imperativas, que não podem ser alteradas pela vontade das partes,
24º
A ilegalidade do pedido é uma excepção peremptória (372º, nº 3 e art. 375º
do CPC) que implica a absolvição do pedido.
25º
Relativamente a custas, rege o art. 653º e seguintes do CPC e o DL
16/2011, de 13/4,
26º
São normas imperativas, que não podem ser alteradas por acordo, nem por
mera declaração de uma das partes,
27º
O pedido é ilegal, pois tem na sua base e como efeito jurídico pretendido, a
alteração de regras relativas a custas, constantes de normas imperativas, que não
podem ser alteradas pela vontade das partes,
28º
A ilegalidade do pedido é uma excepção peremptória (372º, nº 3 e art. 375º
do CPC) que implica a absolvição do pedido.
Acresce que:
79
29°
O Estado desconhece se são, ou não, reais os factos articulados pelo Autor
nos artigos 5°,6°, 28°, 30° e 31° da petição inicial,
30°
Que, por não serem pessoais, nem deles dever ter conhecimento, assim se
impugnam (art. 370º, nº 3 do CPC),
31°
O Autor juntou à petição inicial uma série de documentos, que aparentam
ser contratos, em língua não oficial (art. 104°, n° 1 do Código de Processo Civil), e
cujo teor e conteúdo expressamente se impugnam,
80
Prova testemunhal:
Valor: o da acção.
Junta: duplicados legais.
O Procurador da República
……..............
81
14. Reclamação da especificação e questionário.
Proc. nº…….
1º
O MP alegou no art. 3º da petição inicial que o Réu partiu um vidro do
Ministério ...... no dia ...../.....2013.
2º
Na sua contestação, o Réu não impugnou o facto alegado.
3º
Pelo que, se deve considerar o facto admitido por acordo (arts. 370º, nº 2 e
387º, nº 1 CPC).
4º
Pelo exposto, o facto que ora consta no art..... do questionário deve passar
para a especificação.
O Procurador da República
…………….
82
15. Recurso de agravo. Requerimento de interposição.
Proc. nº …..
Tribunal Distrital de ……….
O Procurador da República
………………….
83
16. Recurso de apelação. Requerimento de interposição.
Proc. nº …..
Tribunal Distrital de ……….
O Procurador da República
………………….
84
17. Recurso de apelação. Alegações.
Proc. nº …..
Tribunal Distrital de ……….
I- FUNDAMENTOS
85
751019 e 808586, conforme a Mª juiz deu como provado (art. 3º dos factos
provados ).
Os documentos de fls 6 e 7 são meras cópias de mapas informáticos não
assinados por qualquer dos litigantes, a sua falta de impugnação apenas significa
que eles ( simples fotocópias ) estão conforme ao original (art. 594º CPC).
É certo que o art. 580º CPC estabelece que a força probatória do
documento escrito a que falte algum dos requisitos exigido por lei, é livremente
apreciado pelo tribunal. Porém, a verdade é que tais mapas, que qualquer pessoa
podia elaborar, não são suficientes para alicerçarem a pretensão da A., pois os
mesmos podem perfeitamente não corresponderem à realidade creditória da A.
Na douta sentença o R. foi condenado por ter utilizado o serviço móvel
terrestre da A. e não ter procedido “ ao pagamento do preço desse serviço “. Mas
qual serviço? Conforme resulta do teor de fls 39 e é do conhecimento comum, a
utilização do telemóvel não importa só no pagamento de chamadas telefónicas,
mas também de outros serviços, atente-se ao teor do contrato (fls 39) - “
Transferência de chamadas”, “ taxa mensal “, “ facturação detalhada “, assinatura
cartão de acesso “ etc.
Venerandos Juízes, nada foi dado como provado quanto:
II- CONCLUSÕES
87
7- Pelo exposto, deverá a sentença ser revogada, e, em consequência, ser
a acção julgada improcedência.
O Procurador da República
…………..
88
18. Recurso de apelação. Contra alegações (a concordar com sentença).
Proc. nº…………
Tribunal Distrital de ………..
EXCELENTÍSSIMO PRESIDENTE DO
TRIBUNAL DE RECURSO
I- FUNDAMENTOS
- ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.
- ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.
II- CONCLUSÕES
2- ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.
3- ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,.
4- ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,..
5- O Mº. Juiz “a quo” aplicou correctamente a Lei, pelo exposto, deverá ser
mantida a douta decisão recorrida, considerando-se o presente recurso
improcedente.
O Procurador da República
………………….
90
19. Execução por custas.
Registo nº..................../...........
A . de ......................................
........Juízo
........Secção
BENS A PENHORAR:
Imóvel..............................................................................................................................
.............................................................................................................................................
…………………………………………………………………………………………….
Outros:..............................................................................................................................
.............................................................................................................................................
..............................................................................................................................
Depositário: requer-se que seja nomeado sob informação da secretaria (art. 713º, nº 1 do
CPC).
Requer-se ainda que, sendo caso disso, se dê cumprimento ao artº. 741º, nº1, al. a) do
CPC.
O Procurador da República
...............
92
20. Execução de sentença (com liquidação da obrigação).
Proc. nº .......
Exmº Senhor
Juiz de Direito do Tribunal ................
1º
Correu termos contra o executado o processo crime nº....... do Tribunal
Distrital de Díli, no âmbito do qual foi condenado por sentença de 1/2/2013, pela
prática de um crime de dano, na pena de multa de 55 dias, a 3 USD por dia. A
sentença transitou em julgado em ..../..../2013 (Doc. 1).
2º
Quanto ao pedido de indemnização cível formulado no processo crime,
decidiu-se na sentença condenar o executado a pagar ao Estado o valor do vidro
partido, em montante a liquidar em execução de sentença, acrescida de juros
legais (Doc. 1).
3º
O vidro partido do carro patrulha da PNTL custou 200 USD (Doc. 2),
4º
Os juros a contar da data da sentença (..../..../2013), à taxa legal, até à data
da entrada da presente execução contabilizam-se em .........USD.
93
5º
Liquida-se, assim, a obrigação exequenda no total de ..........USD.
O Procurador da República
.................
94
21. Oposição à penhora.
Proc. nº .....
1º
Na presente execução foram penhorados os 20 computadores existentes
no edifício do Ministério da ............, que integra o Governo,
2º
O Estado é a pessoa colectiva pública que, no seio da comunidade acima
referida, e para efeitos internos, prossegue, sob a direcção do Governo, a
actividade administrativa (Estado-Administração).
3º
Os computadores são utilizados no desempenho da actividade do Ministério
....... Sem eles, o Ministério não consegue funcionar, ou seja, são bens móveis de
todo indispensáveis ao seu normal funcionamento.
4º
Com a penhora dos computadores e consequente imobilização dos
mesmos, o Ministério encontra-se impedido de cumprir as suas funções, com
inevitáveis prejuízos para os cidadãos.
95
5º
A penhora dos computadores efectuada na presente execução é
inadmissível, por violar o art. 700º, al. b) do CPC.
Prova.
Testemunhal:
O Procurador da República
.............
96
22. Oposição à execução baseada em sentença.
Proc. nº……..
1º
A acção executiva foi instaurada em 5/2/2013,
2º
No entanto, no dia 27/12/2012, o Estado pagou através do cheque nº…….a
quantia em dívida e os respectivos juros,
3º
Assim, através do pagamento efectuado extinguiu-se a obrigação (art. 696º,
nº 1 C. Civil).
97
Prova.
Documental:
VALOR: o da execução.
JUNTA: Duplicados legais.
O Procurador da República
…………………..
98
23. Carta Rogatória recebida por via diplomática. Pedido de cumprimento.
Exmo. Senhor
Juiz de Direito do Tribunal Distrital de ……………,
Díli, …./……/2013
O Procurador da República
…………..
99
24. Alegações - revisão de sentença estrangeira.
Proc. n°......
100
III- Conclusão.
O Procurador da República
........................
101