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Tempos de Pandemia é o Direito constitucional de ir e vir

O direito de ir e vir está expresso na CF/88, no artigo 5º, inciso XV: “É livre a locomoção no
território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele
entrar, permanecer ou sair com seus 

Todo cidadão tem direito de se  locomover livremente nas ruas, nas praças, nos lugares
públicos, sem temor de serem privados de locomoçã

Entretanto, nenhum direito fundamental pode ser considerado absoluto, posto que
pode ser objeto de limitação, devendo ser analisado à luz da proporcionalidade, que
estabelece que as medidas tomadas devem estar respaldadas pela adequação,
necessidade e análise do custo-benefício, ou seja, os benefícios devem estar
presentes em maior escala.
Assim, diante da pandemia da COVID-19, vislumbram-se que medidas restritivas
como a limitação do acesso e da circulação de pessoas têm sido tomadas a fim de
evitar a propagação do vírus, oportunidade em que se observa a atuação conjunta
entre os entes federativos

A lei 13.979/20 dispõe sobre as medidas que poderão ser adotadas para


enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Para fins da lei impera-se
I - isolamento: separação de pessoas doentes ou contaminadas, ou de bagagens,
meios de transporte, mercadorias ou encomendas postais afetadas, de outros, de
maneira a evitar a contaminação ou a propagação do coronavírus; e II - quarentena:
restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas de contaminação das
pessoas que não estejam doentes, ou de bagagens, contêineres, animais, meios de
transporte ou mercadorias suspeitos de contaminação, de maneira a evitar a possível
contaminação ou a propagação do coronavírus.

restrição excepcional e temporária de entrada e saída do País, conforme


recomendação técnica e fundamentada da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa), por rodovias, portos ou aeroportos; h) requisição de bens e
serviços de pessoas naturais e jurídicas, hipótese em que será garantido o
pagamento posterior de indenização justa; e/ou h) autorização excepcional e
temporária para a importação de produtos sujeitos à vigilância sanitária sem
registro na Anvisa.
Essas medidas e a lei tem caráter proteger a coletividade e está sim amparada
pela CF em seu artigo 1º, III, que inclusive, é cláusula pétrea constitucional (art.
60, §4º, IV da CF)
A lei ordinária em questão terá duração até o estado de emergência
internacional pelo coronavírus responsável pelo surto de 2019 terminar, ou
seja, a partir da Organização Nacional da Saúde assim determinar e seus
efeitos englobam toda a sociedade com execução imediata e apoio estatal do
Ministério da Saúde.

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