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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da ___ Vara da Fazenda Pública

do Foro de Taboão da Serra - Estado de São Paulo.

Instituição Religiosa "Igreja da Paz", pessoa jurídica de direito privado, inscrita no


CNPJ sob o número [CNPJ da instituição religiosa], com sede na Rua das Flores, nº
XX, Bairro Centro, CEP XXXXX-XXX, Taboão da Serra - SP, por seu representante
legal, [nome do representante], brasileiro, [estado civil], [profissão], portador do RG
nº XXXXXXXX e do CPF nº XXX.XXX.XXX-XX, com endereço profissional na Rua
das Palmeiras, nº XX, Bairro Centro, CEP XXXXX-XXX, Taboão da Serra - SP, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor a presente

AÇÃO ANULATÓRIA DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO

em face do Município de Taboão da Serra, pessoa jurídica de direito público interno,


com sede na Praça Miguel Ortega, nº XX, Bairro Centro, CEP XXXXX-XXX, Taboão
da Serra - SP, pelos fundamentos de fato e de direito a seguir articulados :

I - DOS FATOS

A Igreja da Paz, aqui representada, é uma instituição religiosa sem fins lucrativos,
que tem por finalidade específica o exercício de atividades religiosas, assistenciais e
de caridade, conforme previsto no seu estatuto social, devidamente registrado nos
órgãos competentes.

O imóvel objeto de lançamento tributário é de propriedade da Igreja da Paz,


destinado exclusivamente ao desenvolvimento de suas atividades institucionais, tais
como cultos religiosos, eventos comunitários e assistência social.

No entanto, o Município de Taboão da Serra realizou o lançamento tributário


referente ao Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) sobre o referido imóvel,
alegando que o mesmo não se enquadra nos requisitos de imunidade tributária
previstos na Constituição Federal.
A Igreja da Paz, por sua vez, entende que o lançamento tributário realizado pelo
Município é ilegal e inconstitucional, pois viola o princípio da imunidade tributária
recíproca, previsto no artigo 150, inciso VI, alínea “b”, da Constituição Federal.

II - DOS FUNDAMENTOS

O artigo 150, inciso VI, alínea “b”, da Constituição Federal dispõe que é vedado aos
Municípios instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos templos de
qualquer culto. Tal norma consagra o princípio da imunidade tributária recíproca em
favor das instituições religiosas, garantindo-lhes a não incidência de tributos sobre o
seu patrimônio, renda ou serviços.

A imunidade tributária recíproca visa garantir a liberdade religiosa e a separação


entre o Estado e as instituições religiosas, garantindo-lhes autonomia para o
exercício de suas atividades essenciais à conquista de seus fins institucionais.

No caso em tela, o imóvel objeto de lançamento tributário é utilizado exclusivamente


pela Igreja da Paz para o desenvolvimento de suas atividades religiosas,
assistenciais e de caridade, não possuindo exclusivamente fins lucrativos. Dessa
forma, encontram-se plenamente enquadrados nos requisitos para a concessão da
imunidade tributária prevista na Constituição Federal.

Ademais, cumpre ressaltar que a pátria é impor no sentido de confiança a imunidade


tributária dos templos de qualquer culto, mesmo que parte do imóvel seja destinada
a atividades comerciais ou de negociação, desde que a renda obtida seja
integralmente revertida para a consecução dos objetivos institucionais da entidade
religiosa.

III - DO PEDIDO

Diante do exposto, requer a Igreja da Paz:


a) A concessão da tutela de urgência, inaudita altera parte, para determinar a
suspensão imediata da exigibilidade do crédito tributário referente ao IPTU lançado
sobre o imóvel da instituição religiosa;

b) A citação do Município de Taboão da Serra, na pessoa do seu representante


legal, para, querendo, apresentar resposta no prazo legal;

c) A produção de todos os meios de prova com direito admitido, especialmente a


documental e a pericial, a fim de comprovar o exercício regular das atividades
religiosas, assistenciais e de caridade pela Igreja da Paz no imóvel objeto de
lançamento tributário;

d) A procedência da presente ação, com a declaração de nulidade do lançamento


tributário referente ao IPTU realizado pelo Município de Taboão da Serra sobre o
imóvel da instituição religiosa, em razão da aplicação da imunidade tributária
prevista no artigo 150, inciso VI, cláusula " b”, da Constituição Federal;

e) A notificação do Município de Taboão da Serra ao pagamento dos custos


processuais e honorários advocatícios, nos termos da legislação vigente.

Dá-se à causa o valor de R$, para fins fiscais e de alçada.

Termos em que,

Pede adiamento.

[Local], [Dados].

[Assinatura do Advogado]

[Nome do Advogado]

OAB/UF

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