Você está na página 1de 249

TRABALHO IES PLAY – PROCESSO DE Prof.

Thiago da Silva
CONHECIMENTO
TRABALHO IES PLAY – 1,0 PONTO - EXTRA

 O aluno deverá acessar o link:

 https://play.uninassau.edu.br/assistir/275eec6150878337a91500628357983b

 Após assistir o vídeo, o aluno deverá responder a pergunta abaixo, utilizando o


cabeçalho padrão para trabalhos.

 Após o protocolo da petição inicial, houve o indeferimento da exordial sem a


citação do Requerido. Poderá o juiz condenar o requerente ao pagamento de
honorários advocatícios de sucumbência? Sim ou Não? Justifique .
PROCESSO DE CONHECIMENTO Prof. Thiago da Silva
INTRODUÇÃO

 P ri m e i ra m e n te , n e c e s s i ta m o s e n te n d e r o q u e é o p ro c e s s o de c o n h e c i m e n to . Va m o s rev i s i ta r a l g u n s
c o n c e i to s b á s i c o s .

 O q ue é o p r o c e s s o ?

 P ro c e s s o é o i n s tr um e n to p a ra s e c o n s e g u i r a p re s ta ç ã o j u ri s d i c i o n a l , c o m u m a s u c e s s ã o d e a to s
p ro c e s s u a i s e s p e c í fic o s . É o m é to d o d e exe rc í c i o d a j u ri s d i ç ã o . P ro c e s s o é u m a re l a ç ã o j urí d i c a .

 A j u ri s d i ç ã o exe rc e - s e p ro c e s s u a l m e n te . M a s n ã o é q u a l q ue r p ro c e s s o q u e l e g i t i m a o exe rc í c i o da f un ç ã o
j u ri s d i c i o n a l . O u s e j a : n ã o b a s ta q u e te n h a h av i d o p ro c e s s o p a ra q u e o a to j uri s d i c i o n a l s e j a v á l i d o e j u s to .

 O q ue é p r o c e d i m e n to ?

 Já o p ro c e d i m e n to é a fo rm a p e l a q u a l o p ro c e s s o s e de s e nvo l ve , d e m o d o m a i s s i n g e l o o u m a i s c o m p l exo .
R i to o u p r o c e d i m e n to s ã o pa l av ra s s i n ô n i m a s , q ue s i g n i fic a m , n o c a m p o d o di re i to p ro c e s s u a l , a fo rm a de
e n c a de a r ( o r g a n i z a r ) o s a to s p ro c e s s u a i s . O p ro c e di m e n to c o m u m , e s ta b e l e c i do p e l o C ó d i g o de P ro c e s s o
C i v i l , s e r ve c o m o fo rm a to p a d rã o o u m o d e l o g e ra l de o rg a n i za ç ã o d o s a to s p ro c e s s u a i s .
ESPÉCIES DE PROCESSO

 Processo de Conhecimento : Previsto na Parte Especial – Livro I – “Do processo de


conhecimento e do cumprimento de sentença”;

 Processo de Execução: Previsto na Parte Especial – Livro II – “Do processo de


execução”;

 *Processo Cautelar: Estava previsto no Código de Processo Civil de 1973, no Livro III
– “Do processo cautelar”. Todavia, o processo cautelar, como instituto autônomo não
consta do Código de Processo Civil de 2015.

 Atenção: o fato de ter suprimido a autonomia do processo cautelar e não mais ter
repetido as hipóteses de cabimento em nada inter fere na tutela cautelar. Todas as
tutelas antes tipificadas (nominadas) no CPC/73 podem ser concedidas com base no
poder geral de cautela.
ESPÉCIES DE PROCESSO

 Processo de Conhecimento: O processo de conhecimento é o mais conhecido entre


os tipos de processos judiciais. É porque, essencialmente, é o tipo de processo
movido por uma parte motivada a buscar o reconhecimento de um direito. Para
isso, solicita ao Juiz que analise os fatos e aplique os dispositivos da lei pertinente
ao caso.

 Processo de Execução: O processo de execução tem como objetivo a satisfação de


um título executivo, não há execução sem título executivo, aquele que é assim
determinado por lei. Certeza, exigibilidade e liquidez são as três características do
título executivo, o título que não portar essas características, será a execução
extinta. A efetivação do crédito é premissa fundamental da execução.
PROCEDIMENTO / RITO

 O C ó d igo d e Proc esso C ivil de 2 015 , em seu ar t. 31 8 , abo liu a d ivisão d e ritos, não ex istindo mais a
d istinç ã o e nt re sumá r io e o rdinário .

 Restou a p ena s:

 P roc ed imento c o mu m: p revisto no ar tigo 31 8 e segu intes;

 Proc edim entos esp ec ia is: p revistos no s ar tigo s 5 3 9 ao 71 8 (ju risd iç ão c o ntenc io sa), no s ar tigo s 719 a 77 0
(ju risdiç ão vo lu ntá r ia) e, ainda, em legislaç ão espar sa.

 Le mbre- se qu e o p roc ed imento c o mu m é o mais ap lic ado p o r ser c o nsiderado o p roc ed imento p adrão e
p o d e ser a p lic a d o d e fo r ma sub sid iária ao s p roc ed imentos esp ec iais e tamb ém ao proc esso de exec u ç ão .

 C o mo id ent ific a r a d equ ad am ente o p roc ed imento d a minha p eç a?

 Ide ntif ic a r o p roc ed imento d e su a pe ç a é m uito simple s! Veja se a aç ão est á previst a no s p roc ed imentos
esp ec iais d o C PC o u em lei esp ec ífic a. C aso a sit uaç ão não seja so lu c io nável p o r um d o s p roc ed imentos d o
rito esp ec ia l, o rito ser á o c o mu m. Po r tanto, a d esc o b er ta d o rito se dá p o r exc lusão , par tindo d o espec ífic o
p ara o ger a l.
PAUSA PARA RELEMBRAR – JURISDIÇÃO CONTENCIOSA
/ JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
 S egund o o C PC , há d u as mo d alidade s d e p roc ed imentos esp ec iais, o s d e ju risd iç ão c o ntenc io sa e o s d e
ju risd iç ã o vo lu ntá ria .

 Jurisd iç ã o C o ntenc io sa :

 Proc edim entos qu e se re ferem à so lu ç ão de litígio s, pressu põ em a ex istênc ia d e lid es;

 O que é u ma lid e?

 Jurisd iç ã o Vo luntá ria :

 P ro c ed i m e n to s r e l a c i o n a d o s ap en a s à a d m i n i s t r a ç ã o j u d i c i a l d e i nte r e s s e s p r i va d o s n ã o l i t i g i o s o s ;

 N ão há p ro c e s s o n o s fe i to s d e j u r i s d i ç ã o vo l u n t á r i a , m as a p e n a s p ro c e d i m e n to s q u e c o ns t i t u e m a c o o r d e n a ç ã o
fo r m al d e a to s n ã o p ro c es s u a i s , o n d e o j u i z n ão exe r ce f u n ç ã o j u r i s d i c i o na l , m a s t ã o s ó a d m i n i s t r a t i va . É o qu e
o c o r r e c o m a s a l i e n a ç õ e s j u d i c i ai s , a s no m ea ç õ es d e t u to r es e c u r a d o r e s , o d i v ó r ci o e a p a r t i l h a c o ns e n s u a i s .

 Já no s p ro c e d i m e n to s e s p e c i a i s d e j u r i s d i ç ão c o nte n c i o s a h á u m c o m p l exo d e a t i v i d a d e s q u e c o n f i g u r a m a s
c h am a d a s a ç õ e s exe c u t i va s “ l a to s en s u ” ( aç õ es p o s s es s ó r i a s , d i v i s ó r i a s , d e m a r ca t ó r i a s , d e c o n s i g n a ç ã o e m
p ag am en to , d e d e s p e j o etc . ) . N e s s e s c as o s , o C ó d i g o p r ete n d e a d e q u a r o p ro c e d i m e n to à s p a r t i c u l a r i d a d e s e
PAUSA PARA RELEMBRAR – JURISDIÇÃO CONTENCIOSA
/ JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
FORMAÇÃO DO PROCESSO E PETIÇÃO INICIAL

 Formação do Processo;

 Petição Inicial;

 Petição Inicial e demanda;

 Requisitos da Petição Inicial;


DA FORMAÇÃO PROCESSUAL

 O processo resulta da materialização do direito abstrato de ação, o que se dá pela


propositura da ação por meio de protocolo da petição inicial perante o juízo para o
qual a peça seja endereçada.

 Obser ve que, a partir da propositura da ação, já existe uma relação jurídica


processual, ainda que apenas linear, formada entre autor e juiz.

 Com essa relação jurídica processual linear, podemos afirmar que o processo já
existe, até porque quando há prolação de sentença liminar, seja para indeferir a
petição inicial ou para julgar liminarmente improcedente o pedido do autor, o
processo é extinto por essa sentença.

 Só se pode extinguir aquilo que já existe. A existência do processo deve


necessariamente preceder à sua extinção.
DA FORMAÇÃO PROCESSUAL

 O processo, portanto, não precisa da citação para ser formado, não sendo correto o
entendimento no sentindo de que somente com a citação estar-se-á instaurado o
processo.

 Na realidade, o processo não se forma gradualmente, mas sim a relação jurídica


processual, que com a citação do réu deixa de ser linear e passa a ser tríplice.

 O Título I do Código de Processo Civil dispõe:

 “Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada,
todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no
art. 240 depois que for validamente citado”.
MOMENTO DA PROPOSITURA DA AÇÃO

 O artigo 263 do CPC/1973 previa que a propositura da ação se dava com a


distribuição em foros com mais de uma vara, sendo considerada proposta com
primeiro despacho do juiz em foros de vara única.

 Essa previsão trazia um sério problema no tocante à interrupção da prescrição,


porque se aplicado o dispositivo legal seria possível que o autor provocasse o Poder
Judiciário antes do vencimento do prazo prescricional, mas que a distribuição ou o
despacho do juiz ocorresse somente depois desse vencimento.

 Ou seja, era possível a hipótese de o autor exercer sua pretensão antes do


vencimento do prazo prescricional e ainda assim ter seu processo extinto com
fundamento na prescrição.
MOMENTO DA PROPOSITURA DA AÇÃO

 Como tal situação é extremamente injusta, contrariando inclusive a própria razão


de ser da prescrição, já que nesse caso a inércia não teria sido do titular do direito.

 Para resolver tal situação, surgiu o artigo 312 do CPC/15:

 “Art. 312. Considera-se proposta a ação quando a petição inicial for protocolada,
todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no
art. 240 depois que for validamente citado”.

 Falamos muito de prescrição, mas o que é prescrição? E o que é decadência?


REVISITANDO CONCEITOS – PRESCRIÇÃO E
DECADÊNCIA
 O que é p resc r iç ã o ?

 A prescrição é a ex tinção do direito à pretensão, isto é, o poder de exigir algo de alguém por meio de
um processo jurídico , c aso esse direito não tenha sido utilizado em determinado espaç o de tempo.
Pretensão é o poder de ex igir de outrem, de maneira coercitiva, o cumprimento de um deve r jurídic o.

 A r t. 1 8 9 . Vio lad o o d ire ito, nasc e p ara o t itu lar a p retensão , a qu al se ext ingu e, p ela p resc riç ão , no s prazo s
a que alu d e m o s ar ts. 2 0 5 e 2 0 6 . (Có digo C ivil – 2 0 0 2 ).

 A r t. 3 3 2 . N a s c au sa s que disp ensem a f ase inst ru tó ria, o juiz, ind ep endentemente d a c it aç ão d o réu ,
ju lgará limina r mente imp roc ed ente o ped id o qu e c o nt rariar:
 § 1 O ju iz ta mb ém p o d erá julgar liminarmente imp roc ed ente o p ed id o se verific ar, d esd e lo go , a o c o rrênc ia
d e d ec ad ênc ia o u d e p re sc riç ão .

 E a de c a d ê nc ia?

 A decadência é a perda de um direito potestativo pela inércia de seu titular. (Exemplo: Ar t. 1 .285. O
dono do prédio que não tive r acesso a via pública, nascente ou por to, pode, mediante pagamento de
indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, c ujo rumo será judicialmente fixado, se
necessário. – Código Civil -2002).
EFEITOS DA PROPOSITURA DA AÇÃO

 A propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240


depois que for validamente citado.

 Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz
litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o
disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil).

 Consequências da citação válida, após a propositura da ação:

 I-Induz litispendência;
 II-Torna litigiosa a coisa;
 III-Constitui em mora o devedor;
LITISPENDÊNCIA

 A d e m a n d a c o n s i d e r a - s e p r o p o s t a n a d a t a e m q u e a p e t i ç ã o i n i c i a l f o i p r o to c o l a d a ( a r t . 31 2 , C P C ) .

 A p a r t i r d e s t a d a t a , s u r g e a l i t i s p e n d ê n c i a ( a p e n d ê n c i a d a c a u s a ) : o p r o c e s s o ex i s t e e , p a r a o a u to r, to d o s o s e f e i to s d a í
decorrentes se produzem.

 O que é litispendência?

 Litispendência ocorre quando duas ações que possuem as mesmas partes, as mesmas causas e os mesmos pedidos são
a j u i z a d a s , f a z e n d o c o m q u e e x i s t a m d o i s p r o c e s s o s s i m u l t â n e o s s o b r e u m m e s m o t e m a . A l i t i s p e n d ê n c i a é o i n s t r u m e n to
que evita que causas idênticas – que possuem as mesmas par tes, causas e pedidos – sejam analisadas
simultaneamente.

 Quando se é percebido que dois processos com as mesmas par tes, as mesmas causas e os mesmos pedidos são
a j u i z a d o s , u m d e l e s é a n u l a d o s e m t e r s e u s m é r i to s j u l g a d o s , p o i s u m a p e s s o a n ã o p o d e s e r j u l g a d a d u a s v e z e s p o r u m
m e s m o f a to .

 P a r a o A u to r a l i t i s p e n d ê n c i a i n i c i a c o m a p r o p o s i t u r a d a a ç ã o e e n c e r r a c o m a ex t i n ç ã o d a a ç ã o . P a r a o r é u , n o e n t a n to ,
a litispendência somente produz e f e i to s a partir
d a s u a c i t a ç ã o ( a r t . 24 0 , c / c a r t . 31 2 , C P C ) .

 A R T. 3 37 C P C :
 § 3 º H á l i t i s p e n d ê n c i a q u a n d o s e r e p e te a ç ã o q u e e s t á e m c u r s o .
 § 4 º H á c o i s a j u l g a d a q u a n d o s e r e p e te a ç ã o q u e j á f o i d e c i d i d a p o r d e c i s ã o t r a n s i t a d a e m j u l g a d o .
COISA LITIGIOSA

 A citação válida fará que o direito ou bem que deu origem ao impasse torne-se litigioso. Mas
o que significa isto?

 A citação vincula o objeto discutido no processo ao seu resultado, ou seja, as par tes ficam
presas ao que for decidido em juízo quanto a seu litígio, aquele direito ou bem
buscado ficará vinculado ao resultado do processo.

 A citação, uma vez tornado o bem litigioso, obriga as par tes às restrições impostas pelo juiz.

 Isso de tornar litigiosa a coisa é um dos efeitos materiais da citação e não processual.

 Impor ta ressaltar, entretanto, que, para alguns doutrinadores, a citação tornará litigiosa a
coisa somente para o réu já que, para o autor , o litígio já havia se formado: ele já entrara em
litígio com réu quando da decisão de ajuizar ação.
EXEMPLO DE COISA LITIGIOSA

 A l i e n a d o o i m ó ve l l i t i g i o so a tr avé s d e c o n tra to o n e roso , p r oc e d e n d o - se à tra n sfe r ê n c i a d o d o m í n i o , p o sse o u


u s o d o m e s m o , h á q u e se d i sti n gu i r e n tre d u a s si tu a ç õ e s: a o c o rrê n c i a d e evi c ç ã o e a c i ê n c i a d o a d q u i r e n te
d a l i t i g i o s i d a d e d a c o i s a a d q u i ri d a . N a o c o rrê n c i a d a ev i c ç ã o , é a p l i c á ve l o c o m a n d o c o ge n te d o a r t . 1 . 107
d o C ó d i g o C i v i l . A s s i m , se so b r e o b e m a l i e n a d o p e n d i a l i tí g i o e d e ste n ã o ti n h a c o n h e c i m e n to o a d q u i re n te ,
n o m o m e n to d a c e l e b r a ç ã o d o c o n tra to, re sp o n d e r á p e l a evi c ç ã o o a l i e n a n te , i n d e p e n d e n te m e n te d e c u l p a ,
p o r s e r a g a r a n t i a c o n t ra a ev i c ç ã o d ev i d a p e l o a l i e n a n te e l e m e n to n a tu ra l d e tod o s o s c o n tra tos o n e roso s e
c o m u t a t i vo s. N e s se c a s o , m e sm o d e b o a - f é , e sta r á o a l i e n a n te su j e i to a re sp o n d e r p e l a ga ra n ti a d a ev i c ç ã o ,
s e d e l a n ã o h o u ve r s e d e so b ri g a d o e m c l á u su l a ex p r e ssa d o a j u ste .

 U m a ve z c o n s u m a d a a ev i c ç ã o , o a d q u i re n te te rá d i r e i to a re ave r o va l o r p a go p e l o b e m , m a i s p e rd a s e
d a n o s , s e g u n d o a p l i c a ç ã o d o a r t . 1 . 10 9 c / c 1 . 107 , p a r á g ra fo ú n i c o d o C . C .

 Po r o u t ro l a d o , s e o a l i e n a n te , m e d i a n te c l á u su l a q u e exc l u a a g a r a n ti a , i se n tou - se d o d eve r d e re sp o n d e r


p e l a ev i c ç ã o , te rá d i re i to o a d q u i r e n te , t ã o - so m e n te , a re ave r o p re ç o p a go p e l o b e m , se m p o ssi b i l i d a d e d e
p l e i te a r p e r d a s e d a n o s ( C C , a r t . 1 . 10 8 ) .

 Po r fim , s e , n o m o m e n to d a c e l e b ra ç ã o d o c o n tr a to, ti n h a o a d q u i re n te c i ê n c i a i n e q u í vo c a d a l i t i gi o si d a d e d a
c o i s a , n ã o te m d i re i to a re e m b o l so d o q u e h o u ve r e fe ti va m e n te p a go e , m u i to m e n o s, a d e m a n d a r p e rd a s e
d a n o s ( C C , a r t . 1 . 1 17 , I I ) .
CONSTITUIÇÃO DO DEVEDOR EM MORA

 O q u e s e r i a c o n s t i t u i r o d eve d o r e m m o r a?

 O ar ti g o 24 0 d o C ó d i g o d e P ro c e s s o C i v i l e s t ab e l e c e q u e a c i t aç ão c o n s t i t u i o d eve d o r e m m o r a , r e s s al va d o o
d i s p o s to n o s a r t i g o s 3 97 e 3 9 8 d o C ó d i g o C i v i l .

 A c o n s t i t u i ç ão d o d eve d o r e m m o r a é e fe i to m a te r i a l d a c i t aç ã o v ál i d a. S ua s c o n s e q uê n c i a s e n c o n t r am - s e
e l e n c a d as n o C ó d i g o .

 D e a c o r d o c o m o ar ti g o 3 97 , o d eve d o r s e r á c o n s t i t u í d o e m m o r a n a d at a d o ve n c i m e n to d a o b r i g a ç ão
p o s i t i va e l í q u i d a. Tr at a n d o - s e d e o b r i g a ç ão s e m te r m o c e r to , n ão s ó a c i t a ç ão m as t am b é m a i n te rp e l aç ão
j ud i c i a l o u ex t r aj u d i c i a l s e r ão ap t as a c o n s t i t u i r o d eve d o r e m m o r a.

 J á o ar t i g o 3 9 8 , ai n d a d o C ó d i g o C i v i l , d e i xa c l aro q u e , n as o b r i g aç õ e s o r i g i n ad as d e ato i l í c i to , o d eve d o r


s e r á c o n s t i t u í d o e m m o r a n o m o m e n to e m q u e p r at i c o u o a to . Ate n ç ã o ap e n as a o p o s i c i o n am e n to d o
S u p e r i o r Tr i b u n a l d e J u s t i ç a , q u e s e d á n o s e n t i d o d e q ue , ad v i n d o o a to i l í c i to d e c o n t r ato , a p e n as c o m a
c i t aç ã o é q u e o d eve d o r s e r á c o n s t i t u í d o e m m o r a.

 Re p i s a- s e q u e a c i t a ç ão ap e n a s c o n s t i t u i r á e m m o r a o d eve d o r s e e l e ai n d a n ã o o e s t i ve r.
PETIÇÃO INICIAL E DEMANDA

 O princípio da inércia da jurisdição impede que o juiz inicie um processo de ofício


devendo aguardar a manifestação da par te interessada, sendo extremamente excepcional
situação que fuja desta regra.

 A forma de materializar o interesse em buscar a tutela jurisdicional é a petição inicial,


conceituada pela melhor doutrina como peça escrita no vernáculo e assinada por patrono
devidamente constituído em que o autor formula demanda que virá a ser apreciada pelo
juiz, na busca de um provimento final que lhe conceda a tutela jurisdicional pretendida.

 A petição inicial tem duas funções:

 1- Provocar a instauração do processo;


 2-Identificar a demanda, decorrência natural da necessidade de menção às par tes, causa
de pedir e pedido.
EFEITOS PROCESSUAIS DA IDENTIFICAÇÃO DA
DEMANDA

a) Permite a aplicação do princípio da congruência, indicando os limites objetivos e


subjetivos da sentença;

b) Permite a verificação de eventual litispendência, coisa julgada ou conexão,


quando comparada a outras ações;

c) Fornece elementos para a fixação da competência;

d) Indica desde logo a ausência de alguma das condições da ação (Partes, causa de
pedir e pedido);

e) Pode vir a influenciar na determinação do procedimento.


LITISPENDÊNCIA, COISA JULGADA E CONEXÃO

 Litispendência: quando se repete a ação, que está em curso. São causas idênticas,
que tramitem no Judiciário ao mesmo tempo. (art. 337 do Código de Processo Civil);

 Conexão: Quando é comum ou a causa de pedir ou o pedido e havendo conexão, o


Juízo de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião
de ações propostas em separada, a fim de que sejam decididas de formas
simultâneas. ( Art. 55 do Código de Processo Civil);

 Coisa julgada: O conceito de coisa julgada está previsto no artigo 502 do Código de
Processo Civil, que a descreve como sendo uma autoridade que impede a
modificação ou discussão de decisão de mérito da qual não cabe mais recursos .
PETIÇÃO INICIAL E DEMANDA

 A relação entre petição inicial e demanda é a mesma que se estabelece


entre a forma e o seu conteúdo.

 Assim como o instrumento de um contrato não é o contrato, a petição inicial não é a


demanda.

 A demanda é um ato jurídico que requer forma especial. A petição inicial é a forma da
demanda, o seu instrumento. A demanda é o conteúdo da petição inicial.

 Forma é o meio pelo qual a vontade se expressa, se exterioriza. Ao tempo em que ser ve
para exteriorizar a vontade, a forma ser ve de prova para o ato jurídico.

 Para maior segurança, a lei às vezes impõe que determinados atos jurídicos se revistam de
determinada forma. A demanda é um deles . O estudo dos requisitos da petição inicial, não
passa de estudo dos requisitos formais do ato jurídico demanda.
PETIÇÃO INICIAL E DEMANDA

 A demanda tem a função de dar o tom para a atividade jurisdicional que não pode extrapolar
os seus limites (decidindo além [ ultra], aquém [citra] ou fora do que foi pedido [extra]).

 Pode-se dizer que a petição inicial é um projeto de sentença: contém aquilo que o demandante
almeja ser o conteúdo da decisão que vier a acolher o seu pedido.

 A petição inicial é considerada um ato solene, visto que é a peça que inicia o processo,
permitindo o seguimento do procedimento mediante citação do réu e gerando todos os efeitos
legais.

 Todavia, é necessário preencher requisitos estabelecidos pela lei, pois a ausência de qualquer
um deles poderá gerar uma nulidade sanável ou insanável.

 Se for uma nulidade sanável, temos a emenda da petição inicial;


 Se for uma nulidade insanável, temos o indeferimento da petição inicial;
REQUISITOS ESTRUTURAIS DA PETIÇÃO INICIAL

 O artigo legal que primordialmente trata dos requisitos estruturais da petição


inicial é o artigo 319 do Código de Processo Civil. O art. 106, I, do CPC também
indica outro requisito essencial para a regularidade da petição inicial: o endereço
do patrono que a subscreve.

 Importante esclarecer que a indicação do endereço em papel timbrado, nota de


rodapé, ou na procuração cumpre perfeitamente esta exigência formal.

 Há inclusive previsão expressa no art. 287, caput, do Novo CPC, no sentido de que
deve constar da procuração o endereço eletrônico e não eletrônico do advogado.
Nas excepcionais hipóteses de dispensa do advogado esse requisito não será
exigido.
SUPORTE LEGAL – ART. 319 DO CPC – REQUISITOS DA
PETIÇÃO INICIAL
 A r t . 31 9 . A p e t i ç ã o i n i c i a l i n d i c a r á :

 I - o juízo a que é dirigida;


 I I - o s n o m e s , o s p r e n o m e s , o es t a d o c i v i l , a ex i s t ê n c i a d e u n i ão e s t áve l , a p r o f is s ão , o n ú m e r o d e i n s c r i ç ão n o
C a d a s t r o d e Pe s s o a s F í s i c a s o u n o C a d a s t r o N a c i o n a l d a Pe s s o a J u r í d i c a, o e n d er eç o e l e t r ô n i c o , o d o m i c í l i o e
a r es i d ê n c i a d o a u to r e d o r é u ;
 I I I - o f ato e o s f u n d a m e n to s j u r í d i c o s d o p ed i d o ;
 I V - o p ed i d o c o m a s s u a s e s p ec i f ic a ç õ e s ;
 V - o va l o r d a c a u s a ;
 V I - a s p r ova s c o m q u e o a u to r p r e te n d e d e m o n s t r a r a ve r d ad e d o s f ato s al e g ad o s ;
 V I I - a o p ç ã o d o a u to r p e l a r e a l i z a ç ã o o u n ã o d e a u d i ê n c i a d e c o n c i l i aç ão o u d e m ed i a ç ão .

 § 1 º C a s o n ã o d i s p o n h a d a s i n fo r m a ç õ e s p r ev i s t a s n o i n c i s o I I , p o d e r á o au to r, n a p e t i ç ão i n i c i al , r e q u e r e r a o
j u i z d i l i g ê n c i a s n ec e s s á r i a s a s u a o b te n ç ã o .
 § 2 º A p e t i ç ã o i n i c i a l n ã o s e r á i n d e fe r i d a s e, a d e s p e i to d a f al t a d e i n fo r m aç õ e s a q u e s e r efe r e o i n c i s o I I , fo r
p o s s í ve l a c i t a ç ã o d o r é u .
 § 3 º A p e t i ç ã o i n i c i a l n ã o s e r á i n d e fe r i d a p e l o n ã o a te n d i m e n to ao d i s p o s to n o i n c i s o I I d e s te ar t i g o s e a
o b te n ç ã o d e t a i s i n fo r m a ç õ e s to r n a r i m p o s s í ve l o u exc e s s i va m e n te o n e r o s o o ac e s s o à j u s t i ç a.
SUPORTE LEGAL – ART. 106 E 287 DO CPC

 “Art. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:

 I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de


inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados
da qual participa, para o recebimento de intimações”;

 “Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os
endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico”.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL

 Podemos definir alguns requisitos para a petição inicial:

 Forma;
 Assinatura de quem possua capacidade postulatória;
 Indicação do juízo a que é dirigida a demanda;
 Qualificação das par tes;
 Causa de pedir: o fato e o fundamento jurídico do pedido;
 Argumentação Jurídica;
 Pedido;
 Atribuição de valor à causa;
 Indicação dos meios de prova com que o autor pretende demonstrar os fatos alegados;
 Opção pela realização ou não da audiência de conciliação ou mediação;
 Documentos indispensáveis à propositura da demanda;
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - FORMA

 A postulação inicial, como regra, deve ser escrita, datada e assinada.

 Admite-se a postulação oral:

 I-Nos Juizados Especiais Cíveis (Art. 14 da Lei n° 9.099/99);

 II-Pedido de concessão de medidas protetivas de urgência em favor da mulher que


se afirme vítima de violência doméstica ou familiar (Art. 12, Lei 11.340/2006);

 III-E no procedimento especial da ação de alimentos (Art. 3°, § 1º, Lei n.


5.478/1968).

 Todavia, a postulação oral sempre acaba por reduzir-se a termo escrito.


REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – ASSINATURA DE
QUEM POSSUA CAPACIDADE POSTULATÓRIA
 A petição inicial deve vir assinada por quem tenha capacidade postulatória,
normalmente o advogado regularmente inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil, o defensor público e o membro do Ministério Público.

 Há, no entanto, algumas hipóteses em que o leigo tem capacidade


postulatória:

 Ação de alimentos (art. 2º, da Lei n. 5.478/1968);


 Habeas Corpus;
 Juizados Especiais Cíveis, na primeira instância, em causas cujo valor não exceda
vinte salários mínimos;
 Pedido de concessão de medidas protetivas de urgência em favor da mulher que se
afirme vítima de violência doméstica ou familiar ( art. 27, Lei n. 11.340/2006).
DIFERENÇA ENTRE CAPACIDADE PROCESSUAL E
CAPACIDADE POSTULATÓRIA
 A capacidade processual (legitimatio ad processum) é a possibilidade de estar em
juízo sem a necessidade de estar acompanhada por assistente ou representante.
Quando a pessoa é plenamente capaz, esta qualidade trará capacidade processual.

 A capacidade postulatória é a possibilidade de praticar atos dentro do processo, ou


seja, a aptidão para intervir em juízo, representando as partes ou postulando a
defesa de direitos. Em regra, é conferida aos advogados inscritos na OAB, ao
Ministério Público e à Defensoria Pública.

 Há hipóteses em que as partes adquirem capacidade postulatória?


REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – ASSINATURA DE
QUEM POSSUA CAPACIDADE POSTULATÓRIA
 A petição deve conter a indicação do endereço, eletrônico e não eletrônico, do
advogado e deve vir acompanhada da procuração.

 Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os
endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico. (CPC).

 Endereço não eletrônico: local do escritório do advogado;

 Endereço eletrônico: e-mail do advogado;


REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - INDICAÇÃO DO JUÍZO
A QUE É DIRIGIDA A DEMANDA
 O autor tem de indicar o juízo (singular ou colegiado) perante o qual formula a sua
pretensão, observando as regras sobre competência (art. 319, I, CPC).

 “Art. 319. A petição inicial indicará:


 I - o juízo a que é dirigida; (CPC)”

 O que é competência?

 Competência é o conjunto de limites dentro dos quais cada órgão do judiciário pode
exercer legitimamente a função jurisdicional .

 (Previsão no art. 42 a 53 do Código de Processo Civil).


REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - INDICAÇÃO DO JUÍZO
A QUE É DIRIGIDA A DEMANDA
 O endereçamento far-se-á no cabeçalho da petição inicial. Devem ser obser vadas as designações
corretas:

 - Quando se tratar de Justiça Estadual, estaremos diante de Comarcas (unidade territorial da


Justiça dos Estados);

 - Quando se tratar de Justiça Federal, estaremos diante de Seções e Subseções (As seções
judiciárias constituem unidades territoriais que delimitam o exercício da jurisdição pelos Juízes
Federais. Impor tante lembrar ainda que a Justiça Federal é organizada, no interior dos Estados,
em unidades jurisdicionais chamadas de subseções);

 -Tratando de Justiça Federal, a qualificação do magistrado deverá ser: Juiz Federal da


Seção/Subseção Judiciária de XXXX;

 -Tratando de Justiça Estadual, a qualificação do magistrado deverá ser: Juiz de direito da


Comarca de XXXX.
REVISANDO - FORO: COMARCA, SEÇÃO E SUBSEÇÃO
JUDICIÁRIA
 Em sentido geral, o foro é a base territorial sobre o qual determinado órgão
judiciário exerce a sua competência. O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais
Superiores possuem foro sobre todo o território nacional. Os Tribunais de Justiça
possuem-no sobre os Estados em que estão instalados; e os Tribunais Regionais
Federais, nas regiões que lhes são afetas;

 As seções judiciárias constituem unidades territoriais que delimitam o exercício da


jurisdição pelos Juízes Federais. A Justiça Federal é organizada, no interior dos
Estados, em unidades jurisdicionais chamadas de subseções;

 A Justiça Comum dos Estados, por sua vez, é divida em unidades jurisdicionais
chamadas de “comarcas”. A comarca é, pois, a limitação territorial do exercício da
jurisdição pelos juízes togados dos Estados;
EXEMPLO DE INDICAÇÃO DO JUÍZO ESTADUAL
EXEMPLO DE INDICAÇÃO DO JUÍZO FEDERAL
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – QUALIFICAÇÃO DAS
PARTES
 O demandante apresentará a qualificação das partes (dele próprio e do réu).

 Hão de constar, na petição inicial, os nomes, prenomes, estado civil, a existência de


união estável, profissão, número no cadastro de pessoas físicas ou no cadastro
nacional de pessoas jurídicas, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do
autor e do réu (art. 319, II, CPC);

 O que se pretende, com tal requisito, é evitar o processamento de pessoas incertas,


bem como verificar a incidência de algumas normas que têm por suporte fático
algum desses qualificativos (litisconsórcio necessário de pessoas casadas, art. 73,
§ 1 º, do CPC ou domicílio necessário de funcionários públicos, art. 76 do Código
Civil, como exemplos);
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – QUALIFICAÇÃO DAS
PARTES
 Se o autor for um nascituro, deverá ser identificado como "nascituro de fulana de tal"
(nome da mãe).

 Quando se trata de pessoa jurídica, é fundamental que a petição inicial venha


acompanhada do estatuto/contrato social e da documentação que comprove a
regularidade da representação - notadamente para que se averigue se quem outorgou
a procuração ao advogado, em nome da pessoa jurídica, poderia fazê-lo.

 É possível demanda proposta contra pessoa incerta, quando se deve proceder a um


esboço de identificação, bem como será requerida a citação editalícia ( art. 256, I, do
CPC).

 Art. 256. A citação por edital será feita:


 I - quando desconhecido ou incerto o citando; (CPC)
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – QUALIFICAÇÃO DAS
PARTES
 Atenção para os parágrafos do artigo 319 do CPC:

 1º Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na
petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.

 § 2º A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a


que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.

 § 3º A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no


inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou
excessivamente oneroso o acesso à justiça.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – CAUSA DE PEDIR: O
FATO E O FUNDAMENTO JURÍDICO DO PEDIDO
 Além do pedido e dos sujeitos, deve a petição inicial conter a exposição dos fatos e dos
fundamentos jurídicos do pedido, que formam a denominada causa de pedir (ar t. 319, III,
CPC).

 A causa de pedir é o fato ou conjunto de fatos jurídicos e a relação jurídica, efeito daquele
fato jurídico, trazidos pelo demandante como fundamento do seu pedido.

 Tem o autor de, em sua petição inicial, expor todo o quadro fático necessário à obtenção do
efeito jurídico perseguido, bem como demonstrar de que forma os fatos narrados autorizam a
produção desse mesmo efeito.

 Adotou o nosso CPC a chamada teoria da substancialização da causa de pedir, que impõe ao
demandante o ônus de indicar, na petição inicial, qual o fato jurídico e qual a relação jurídica
dele decorrente que dão supor te ao seu pedido. Não basta a indicação da relação jurídica,
efeito do fato jurídico, sem que se indique qual o fato jurídico que lhe deu causa – que é o que
prega a teoria da individualização.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – CAUSA DE PEDIR: O
FATO E O FUNDAMENTO JURÍDICO DO PEDIDO
 O inciso III do art. 319 do CPC tradicionalmente é compreendido como referente à
causa de pedir. Para ser válida, a petição inicial deve conter a afirmação da causa
de pedir.

 O inciso III do art. 319 deve ser interpretado como a exigência da fundamentação
da postulação inicial, ou seja, a argumentação jurídica, o conjunto dos instrumentos
retóricos para convencimento do órgão julgador acerca da juridicidade do fato e da
correção dogmática da interpretação do Direito proposta pelo demandante.

 Petição inicial que se limite a afirmar a causa de pedir, sem trazer a argumentação
jurídica respectiva, é inepta.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – CAUSA DE PEDIR: O
FATO E O FUNDAMENTO JURÍDICO DO PEDIDO
 Não se deve confundir fundamento jurídico, com fundamentação legal, essa inclusive
dispensável;

 Assim, enunciado n. 281 do Fórum Permanente de Processualistas Civis: "A


indicação do dispositivo legal não é requisito da petição inicial e, uma vez existente,
não vincula o órgão julgador''.

 Fundamento jurídico é o embasamento que o ordenamento jurídico dá àquele fato


alegado, não sendo obrigatório o autor indicar o artigo, a lei em que está baseando o
seu pedido, pois o que importa para o juiz é o fato, “da mihi factum, dabo tibi ius”.

 É a justificativa para a propositura de uma ação, fundada no posicionamento


doutrinário e jurisprudencial, com todo o respaldo do direito.
MAPA MENTAL – ENTENDENDO O PEDIDO E A CAUSA
DE PEDIR
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – PEDIDO

 Toda petição inicial deve conter ao menos um pedido, com suas especificações (art.
319, IV, CPC).

 Petição sem pedido é petição inepta! Ou seja, petição sem pedido enseja em seu
indeferimento.

 Os detalhes sobre o pedido estão especificados na Seção II – Capítulo II do Livro I da


Par te Especial do CPC. (Arts. 322 a 329);

 Por ser um dos requisitos da petição inicial, conteúdo este apresentado no tópico
acima, o pedido deve estar em total consonância com o quanto foi previsto no CPC,
sob risco de indeferimento da petição inicial (ar t. 330, § 1º, incisos I, II e IV, CPC).

 Destacaremos os principais pontos do pedido, dentro dos ar tigos retromencionados.


CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O PEDIDO

 O pedido é a pretensão objetivada pelo autor. É o bem jurídico ao qual se busca a


proteção, ou seja, é o objeto final da ação e, consequentemente, guia a atuação
jurisdicional ao limitar os parâmetros da sentença a ser proferida.

 O pedido é um dos elementos da demanda e revela o que o autor veio buscar em


juízo.

 O pedido pode ter natureza:

Declaratória;
Constitutiva/Desconstitutiva;
Condenatória;
NATUREZAS DO PEDIDO

 O pedido declaratório é aquele em que se pretende o reconhecimento de forma


declarada de algo, como por exemplo o pedido para que seja reconhecida a
paternidade.

 O pedido constitutivo/desconstitutivo é aquele que pretende a criação, extinção ou


alteração de uma relação jurídica. Como exemplo tem-se a invalidação de uma
cláusula contratual.

 O pedido condenatório consiste na imputação de uma obrigação, pecuniária ou não,


ao réu, como por exemplo o pagamento de alimentos.
INTERPRETAÇÃO DO PEDIDO

 O CPC prevê situações em que, ainda que não esteja expresso no capítulo dos
pedidos, há pedidos implícitos que devem ser considerados, além da hipótese de
interpretação do pedido.

 No antigo Código de Processo Civil, o legislador vedava a interpretação ampliativa


do pedido, atendo-se ao pedido de forma restritiva.

 Em outras palavras, apenas o pedido expresso poderia ser considerado. No atual


CPC, o legislador inovou por entender que essa interpretação ampliativa do pedido
confere maior efetividade ao processo.
INTERPRETAÇÃO DO PEDIDO

 Nessa linha, o artigo 322, § 2º, CPC, dispõe que se deve interpretar o pedido em
consonância com os fatos e direito narrados na exordial e em atendimento ao
princípio da boa-fé.

 Em suma, implica em dizer que os pedidos não devem ser analisados de forma
isolada, mas sob o contexto da petição inicial.

 Art. 322. O pedido deve ser certo.

 § 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o


princípio da boa-fé.
PEDIDO IMPLÍCITO

 São exemplos de pedido implícito:

a) Os juros legais (art. 322, § 1 º, CPC; arts. 405 e 406 do Código Civil);
b) Ressarcimento das despesas processuais e dos honorários advocatícios (art. 322,
§ 1 º, CPC);
c) Correção monetária (art. 322, § 1 º, CPC; art. 404 do Código Civil);
d) Pedido relativo a obrigações com prestações periódicas, pois o autor está
desobrigado a pedir as prestações vincendas: o magistrado deve incluir, na
decisão, as prestações vincendas e não pagas (art. 323 do CPC).
SUPORTE LEGAL

 Art. 322. O pedido deve ser certo.


 § 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas
de sucumbência, inclusive os honorários advocatícios. (CPC)

 Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações
sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de
declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a
obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-
las. (CPC)
SUPORTE LEGAL

 Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão


pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da
pena convencional.

 Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.

 Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem
taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados
segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos
devidos à Fazenda Nacional.
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS

 É possível a cumulação de pedidos, inclusive a cumulação de um pedido


declaratório com um condenatório.

 Por exemplo:

 Declaração do reconhecimento da paternidade com a condenação em pagamento


de pensão alimentícia.
EXEMPLO DE CUMULAÇÃO DE PEDIDOS

 Um exemplo de pedido declaratório cumulado com pedido constitutivo e condenatório pode ser a
ação de reconhecimento de união estável com par tilha de bens.

 Nessa ação, o autor pode pedir, em primeiro lugar, o reconhecimento judicial da união estável que
manteve com o réu. Esse pedido tem caráter declaratório, pois busca apenas a declaração da
existência da união estável.

 Além disso, o autor pode pedir a par tilha dos bens adquiridos durante a união estável, o que
configura um pedido constitutivo, pois visa à criação de um novo direito (no caso, o direito à
meação dos bens).

 Por fim, o autor também pode pedir a condenação do réu ao pagamento de eventuais valores
correspondentes à sua meação, caso a par tilha seja deferida. Esse pedido tem caráter
condenatório, pois visa à imposição de uma obrigação ao réu.

 Assim, a ação de reconhecimento de união estável com par tilha de bens cumula três tipos de
pedido: declaratório (reconhecimento da união estável), constitutivo (par tilha dos bens) e
condenatório (pagamento da meação).
PEDIDO MEDIATO E IMEDIATO

 Existem duas subdivisões do pedido: o pedido mediato e o pedido imediato.

 O pedido imediato é aquele que, desde logo, diretamente se deseja; é o pedido


dirigido ao Poder Judiciário, no sentido de que outorgue a tutela jurisdicional
especificamente solicitada.

 Já o chamado pedido mediato representa o bem jurídico material (bem da vida)


subjacente ao pedido imediato. O pedido mediato, portanto, representa o que o
autor deseja (interesse do autor), em detrimento do interesse do réu e o imediato
“como” o autor deseja. O pedido mediato evidencia o objeto litigioso, ou a lide
(terminologia do Código), ou ainda, o mérito.

 O pedido imediato é a condenação no pagamento de um determinado valor.


REQUISITOS PARA ACUMULAÇÃO DE PEDIDOS

 Ar t. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários


pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.

 § 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:

 I - os pedidos sejam compatíveis entre si;


 II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
 III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.

 § 2º Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, será


admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem prejuízo do
emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos procedimentos
especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, que não forem
incompatíveis com as disposições sobre o procedimento comum.
AINDA SOBRE A CUMULAÇÃO DE PEDIDOS

 Nessa esteira, a compatibilidade entre os pedidos implica necessariamente que eles sejam
coexistentes no mundo jurídico, ou seja, que não se excluam nem se anulem (com exceção do
pedido alternativo que será analisado mais à frente).

 Podemos citar como exemplo uma ação revisional de aluguel cumulada com ação de despejo,
em que o autor busca a revisão do valor do aluguel e, ao mesmo tempo, quer despejar o
inquilino. Neste caso, ou o autor pretende a revisão do aluguel ou o despejo do inquilino: as
duas situações juntas não se mostram cabíveis.

 Caso os pedidos sejam incompatíveis, o juiz não deve indeferir a petição inicial de plano, mas
deve determinar a intimação do autor para que opte por um dos pedidos, em nome da economia
processual.

 Ainda, o juiz deve ser competente para apreciar todos os pedidos. Isso significa que um pedido
de competência estadual não pode ser cumulado com um pedido de competência federal. Ou,
ainda, um pedido cível não pode estar junto de um pedido criminal.
SÚMULA 170 DO STJ

 No entendimento da súmula 170/STJ quando o juízo for competente apenas para


apreciar alguns dos pedidos formulados, ele deverá decidir a causa no limite da sua
jurisdição, sem prejuízo do ajuizamento de uma nova ação, no juízo competente,
para apreciação dos demais pedidos.
CUMULAÇÃO DE PEDIDOS DE RITOS
INCOMPATÍVEIS/DIFERENTES
 Por fim, o fato de um procedimento ser compatível com os pedidos implica em dizer
que uma ação de rito especial somente pode conter pedidos pertinentes ao seu rito.

 Caso o autor busque cumulação de pedidos que possuem ritos incompatíveis, deve
optar pela ação de rito ordinário.

 Por exemplo: uma ação declaratória de paternidade não pode ser cumulada com
uma ação de despejo, na qual o autor pretende que seja declarada a paternidade do
réu e ao mesmo tempo que este também desocupe um imóvel que pertence ao
autor.
ESPÉCIES DE CUMULAÇÃO DE PEDIDOS

 Atendidos os requisitos da cumulação de pedidos, cumpre analisar as espécies de


cumulação, que são divididas em:

CUMULAÇÃO PRÓPRIA:

Simples;
Sucessiva;

CUMULAÇÃO IMPRÓPRIA:

Subsidiária/Eventual;
Alternativa.
CUMULAÇÃO PRÓPRIA: SIMPLES E SUCESSIVA

 Há cumulação própria de pedidos quando se formulam vários pedidos, pretendendo-


se o acolhimento simultâneo de todos eles. Esta cumulação própria pode ser
SIMPLES OU SUCESSIVA.

 O Código de Processo Civil expressamente autoriza o cúmulo de pedidos no art. 327.

 Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, de vários
pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.

 § 1º São requisitos de admissibilidade da cumulação que:


 I - os pedidos sejam compatíveis entre si;
 II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo;
 III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento.
CUMULAÇÃO PRÓPRIA: SIMPLES

 Ocorre a cumulação simples quando as pretensões não possuem entre si relação de


precedência lógica (pedido prejudicial ou preliminar), podendo ser analisadas uma
independentemente da outra.

 Não há necessidade de exame prévio de um dos pedidos, que são autônomos:


podem ser acolhidos, total ou parcialmente, ou rejeitados, sem que se perquira o
resultado do julgamento do outro.

 Exemplo: uma ação em que o autor busca a rescisão de um contrato de compra e


venda de imóvel e o pagamento de uma indenização por danos morais.
CUMULAÇÃO PRÓPRIA: SUCESSIVA

 Dá-se a cumulação sucessiva quando os exames dos pedidos guardam entre si um


vínculo de precedência lógica: o acolhimento de um pedido pressupõe o acolhimento
do anterior. O segundo pedido só será apreciado se o primeiro for acolhido.

 Essa dependência lógica pode ocorrer de duas formas:

 O primeiro pedido é prejudicial ao segundo: A investigação de paternidade e pedido


de alimentos pode ser um exemplo;

 O primeiro pedido é preliminar ao segundo: Uma ação de indenização por danos


morais e materiais em que o autor, além de requerer a condenação da parte ré ao
pagamento de uma indenização, também alega a existência de um vício de
consentimento no negócio jurídico que deu origem aos danos;
PEDIDO PREJUDICIAL X PEDIDO PRELIMINAR

 Prejudicial =/= Preliminar.

 Prejudicial: O não acolhimento do primeiro pedido implica julgamento e rejeição do


segundo;

 Preliminar: o não acolhimento do primeiro implicará a impossibilidade de exame do


segundo.
EXEMPLO DE CUMULAÇÃO SUCESSIVA POR PEDIDO
PRELIMINAR
 Um exemplo de cumulação sucessiva por pedido preliminar pode ser uma ação de
indenização por danos morais e materiais em que o autor, além de requerer a condenação
da par te ré ao pagamento de uma indenização, também alega a existência de um vício de
consentimento no negócio jurídico que deu origem aos danos.

 Nesse caso, o pedido preliminar seria a análise do vício de consentimento alegado pelo
autor, que poderia se configurar em um defeito na vontade da par te autora na hora de
firmar o negócio jurídico, como, por exemplo, a coação ou o erro. Se o juiz acolher o pedido
preliminar, poderá declarar a nulidade do negócio jurídico e, posteriormente, passar a
analisar o pedido de indenização por danos morais e materiais.

 Assim, temos uma cumulação sucessiva de pedidos, em que a análise do pedido preliminar
é necessária para a análise do mérito da causa. Caso o juiz entenda que não há vício de
consentimento no negócio jurídico, ele poderá rejeitar o pedido preliminar e passar
diretamente para a análise do mérito da ação.
CUMULAÇÃO IMPRÓPRIA: SUBSIDIÁRIA OU
ALTERNATIVA
 Cogita-se também a chamada cumulação imprópria de pedidos.

 Cuida-se de formulação de vários pedidos ao mesmo tempo, de modo que apenas


um deles seja atendido: chama-se, por isso, de cumulação imprópria o fenômeno,
exatamente porque tem o autor ciência de que apenas um dos pedidos formulados
poderá ser satisfeito: o acolhimento de um implica a impossibilidade do
acolhimento do outro;

 A base normativa para este tipo de postulação é o art. 326 do CPC;

 Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o
juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.
CUMULAÇÃO SUBSIDIÁRIA E ALTERNATIVA

 A cumulação subsidiária/eventual como seu próprio nome define, trata da formulação


de dois pedidos que podem ser incompatíveis entre si, ou seja, quando o autor
pleiteia um pedido principal e, na hipótese de indeferimento deste, um segundo
pedido é apresentado. Aqui o autor deixa uma ordem de preferência estabelecida.

 Exemplo: Autor busca a revisão de cláusulas contratuais e, na sua impossibilidade, a


anulação do contrato.

 Na cumulação alternativa, o autor apresenta dois ou mais pedidos, sem indicar qual
deles tem preferência.

 Exemplo: Neste caso, o autor pode pedir a revisão do aluguel ou requerer o despejo do
inquilino, se qualquer uma das opções lhe deixar satisfeito.
SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –
PEDIDO
 Ar t. 322. O pedido deve ser cer to.

 § 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção monetária e as verbas de


sucumbência, inclusive os honorários advocatícios.
 § 2º A interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e obser vará o
princípio da boa-fé.

 Por cer to, tem-se a ideia de expresso, claro e definido. O princípio da cer teza é um dos
princípios fundamentais do processo civil brasileiro, e significa que o pedido feito pelo
autor deve ser determinado e específico, de forma que o réu saiba exatamente o que está
sendo exigido dele e o juiz possa julgar a demanda de forma precisa e justa.

 Em resumo, o princípio da cer teza exige que o pedido seja claro, determinado e bem
fundamentado, para que o juiz possa analisar a pretensão do autor de forma precisa e
justa.
JUROS DE MORA/CORREÇÃO

 Você deve identificar se a relação entre as partes é contratual ou extracontratual.

 Atenção: Relação Contratual que diz respeito a dívida positiva e líquida  Juros e
correção da data do vencimento.

 Art. 397. O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, constitui


de pleno direito em mora o devedor.
 Parágrafo único. Não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação
judicial ou extrajudicial. (Código Civil)
JUROS DE MORA NA RELAÇÃO CONTRATUAL

 Os juros de mora na relação contratual fluem da citação, desde que a relação


contratual não trate de dívida positiva e líquida.

 Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial. (Código Civil)

 Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz
litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o
disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. (Código de
Processo Civil)

 Se relação for contratual e a dívida for positiva e líquida, ou seja, aquela na qual o
próprio contrato estabelece o valor da obrigação e a data de vencimento, tanto
juros quanto correção monetária fluirão da data do vencimento da obrigação. (art.
397 do código civil);
JUROS DE MORA NA RELAÇÃO EXTRACONTRATUAL

 Se a relação for extracontratual os juros fluem da data do evento ou desembolso


dos valores. (Art. 398 CPC, Súmula 54 do STJ)

 Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade


extracontratual  (Súmula 54 STJ);

 Art. 398. Nas obrigações provenientes de ato ilícito, considera-se o devedor em


mora, desde que o praticou. (Código de Processo Civil)
CORREÇÃO MONETÁRIA DA RELAÇÃO CONTRATUAL E
EXTRACONTRATUAL
 Se a relação for contratual a correção vai fluir do evento ou desembolso. (Art. 389
do CC/Súmula 43 do STJ).

 Se a relação for extracontratual também ocorre do evento ou desembolso. (Súmula


43 do STJ).

 Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais
juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos,
e honorários de advogado. (Código Civil)

 Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito a partir da data do efetivo
prejuízo. (Súmula 43 STJ)
JUROS E CORREÇÃO DECORRENTES DE DANO MORAL

 Juros de Mora:

 Relação Contratual  Citação;

 Relação Extracontratual  Evento;

 Correção Monetária:

 Fluirá sempre do arbitramento.

 Súmula 362 STJ  A correção monetária no caso de dano moral incide a partir da
data em que fixado o valor da indenização;
QUAL TAXA UTILIZADA?

 Ar t. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada,
ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor
para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.

 A taxa utilizada para pagamento de juros moratórios de impostos devidos à Fazenda Pública é
justamente a taxa SELIC, sendo que, por conta da redação do ar tigo 406 CC/2002 c/c a Lei Federal
n° 8.981/95, ar t. 84, inc. I c/c a Lei n° 9.095/95, ar t. 13, caput, dever-se-á aplicar, de igual
forma, referida taxa quando ausente a estipulação em contratos paritários, no que concerne aos
juros moratórios.

 Mas atenção: impor tante ressaltar a impossibilidade de cumulação entre taxa Selic e correção
monetária, conforme entendimento pacificando perante os Tribunais Superiores. Tal
impossibilidade é devida ante o fato de que quando há a estipulação da taxa Selic, já existe
embutida a correção monetária, por tanto, não podendo haver sua cumulação a posteriori, sob pena
de bis in idem.

TODAVIA ..
SISTEMA TJAM

 https://sistemas.tjam.jus.br/cmonetaria/index.php
SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –
PEDIDO
 Art. 323. Na ação que tiver por objeto cumprimento de obrigação em prestações
sucessivas, essas serão consideradas incluídas no pedido, independentemente de
declaração expressa do autor, e serão incluídas na condenação, enquanto durar a
obrigação, se o devedor, no curso do processo, deixar de pagá-las ou de consigná-las.

 Um exemplo de ação cujo objeto seja o cumprimento de obrigações em prestações


sucessivas é a ação de cobrança de aluguel. Nesse tipo de ação, o locador busca o
recebimento dos valores mensais do aluguel, que constituem obrigações em prestações
sucessivas, e que devem ser pagos pelo locatário a cada mês.

 O locador pode ingressar com a ação de cobrança de aluguel quando o locatário deixar de
pagar uma ou mais prestações sucessivas, e o objetivo da ação é obter o pagamento das
parcelas atrasadas, bem como das parcelas vincendas, ou seja, que ainda não venceram.
SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –
PEDIDO

 Art. 324. O pedido deve ser determinado.

 Pedido determinado é aquele delimitado em relação à qualidade e à quantidade.

 O pedido tem também de ser claro, inteligível. Pedido que tenha sido formulado
de maneira pouco clara implica inépcia da petição inicial.
SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –
PEDIDO
 § 1º É lícito, porém, formular pedido genérico:
 I - nas ações universais, se o autor não puder individuar os bens demandados;

 A ação universal tem como principal característica a abrangência de seu objeto,


que compreende todos os bens presentes e futuros do réu, independentemente de
sua natureza ou localização. Ela é cabível nos casos em que o autor pretende reaver
um patrimônio ou uma universalidade de bens que lhe pertence, mas que estão em
posse do réu ou de terceiros.

 Um exemplo de ação universal seria a ação de petição de herança, em que o autor


busca o reconhecimento de seu direito à herança de uma pessoa falecida. Nesse
caso, o objeto da demanda é todo o patrimônio deixado pelo falecido, e não apenas
um bem específico.
SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –
PEDIDO
 II - quando não for possível determinar, desde logo, as consequências do ato ou do fato;

 Suponha que um motorista provoque um acidente que resulte em danos a um veículo. Nesse
caso, o proprietário do veículo poderá ajuizar uma ação indenizatória contra o motorista,
buscando a reparação dos danos sofridos.

 No entanto, pode ser difícil determinar, desde logo, o valor exato dos danos materiais sofridos
pelo proprietário do veículo. Isso porque os danos podem variar de acordo com a extensão dos
estragos no veículo e com os custos dos reparos necessários. Além disso, podem surgir novos
danos ou prejuízos durante o processo de reparação, o que pode alterar o valor da indenização
devida.

 III - quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser
praticado pelo réu.

 § 2º O disposto neste ar tigo aplica-se à reconvenção.


SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –
PEDIDO
 Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor
puder cumprir a prestação de mais de um modo.

 Exemplo: Uma ação de cobrança em que o credor requer o pagamento de uma


dívida de R$ 10.000,00 (dez mil reais) e, alternativamente, o cumprimento da
obrigação de outra forma, como, por exemplo, a entrega de um imóvel ou de um
veículo em pagamento.

 Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo contrato, a escolha couber ao devedor, o
juiz lhe assegurará o direito de cumprir a prestação de um ou de outro modo, ainda
que o autor não tenha formulado pedido alternativo.
SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –
PEDIDO
 Art. 326. É lícito formular mais de um pedido em ordem subsidiária, a fim de que o
juiz conheça do posterior, quando não acolher o anterior.

 Exemplo: Uma ação de cobrança em que o autor alega que o réu lhe deve uma
determinada quantia em dinheiro, referente a uma dívida contraída. O pedido
principal é o pagamento integral da dívida, mas caso o juiz entenda que o réu não
possui recursos financeiros suficientes para quitá-la de uma só vez, o autor pode
apresentar um pedido subsidiário de pagamento parcelado.

 Parágrafo único. É lícito formular mais de um pedido, alternativamente, para que o


juiz acolha um deles.
SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –
PEDIDO
 Ar t. 328. Na obrigação indivisível com pluralidade de credores, aquele que não par ticipou do
processo receberá sua par te, deduzidas as despesas na proporção de seu crédito.

 Exemplo: Um exemplo de obrigação indivisível com pluralidade de credores pode ser uma situação
em que um imóvel é de propriedade de três irmãos em par tes iguais. Cada irmão possui 1/3 de
par ticipação no imóvel e, por tanto, todos são coproprietários.

 Suponha que um dos irmãos venda sua par te do imóvel para um comprador, sem o consentimento
dos demais proprietários. Nesse caso, os outros dois irmãos podem ingressar com uma ação para
anular a venda, argumentando que a venda foi feita sem sua autorização e, por tanto, é inválida.

 Se a ação for julgada procedente, o comprador será obrigado a devolver a par te vendida para os
irmãos proprietários originais do imóvel. Como se trata de uma obrigação indivisível com
pluralidade de credores, cada um dos irmãos receberá sua par te proporcional no imóvel,
deduzindo-se as despesas na proporção de seu crédito.
MODIFICAÇÕES DO PEDIDO – AMPLIAÇÃO E
ALTERAÇÃO DA DEMANDA
 Ar t. 329. O autor poderá:

 I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de


consentimento do réu;

 II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com


consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação
deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.

 Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste ar tigo à reconvenção e à respectiva causa de


pedir.

 Aditar: Ampliação da demanda;


 Alterar: Mudar o objeto da demanda;
MODIFICAÇÕES DO PEDIDO – AMPLIAÇÃO E
ALTERAÇÃO DA DEMANDA
 O autor tem o direito processual de promover a alteração (substituição) dos
elementos objetivos da demanda (pedido e causa de pedir) antes da citação do réu
(art. 329, I, CPC).

 Após a citação, o autor somente poderá fazê-lo com o consentimento do


demandado, ainda que revel (art. 329, II, do CPC), que terá novo prazo de resposta,
pois a demanda terá sido alterada.

 A negativa do réu deve ser expressa, pois o silêncio, após intimação da proposta de
mudança, poderá ser interpretado como concordância tácita, operando-se a
preclusão.
MODIFICAÇÕES DO PEDIDO – AMPLIAÇÃO E
ALTERAÇÃO DA DEMANDA
 Após o saneamento, é vedada qualquer alteração objetiva promovida pelo autor,
mesmo com o consentimento do réu. Em razão disso, não se pode alterar
objetivamente o processo em fase recursal, até mesmo para que não haja
supressão de instância.

 O que é o Saneamento?
QUEIMANDO A PAUTA – FASE DE SANEAMENTO

 A fase de saneamento no processo civil brasileiro é uma etapa importante do


procedimento judicial que tem como objetivo principal a organização do processo, o
reconhecimento de questões que possam ser resolvidas sem a necessidade de uma
audiência e a delimitação das questões que serão discutidas em juízo.

 Durante a fase de saneamento, o juiz analisa os documentos e informações


apresentados pelas partes e verifica se há necessidade de produção de provas ou
esclarecimentos adicionais.

 A fase de saneamento no processo civil brasileiro é uma etapa importante do


procedimento judicial que tem como objetivo principal a organização do processo, o
reconhecimento de questões que possam ser resolvidas sem a necessidade de uma
audiência e a delimitação das questões que serão discutidas em juízo.
QUEIMANDO A PAUTA – FASE DE SANEAMENTO

 Durante a fase de saneamento, o juiz analisa os documentos e informações apresentados


pelas par tes e verifica se há necessidade de produção de provas ou esclarecimentos
adicionais. Nesta fase, o juiz também pode determinar a realização de audiência de
conciliação ou mediação, caso considere adequado.

 Uma das principais tarefas do juiz na fase de saneamento é fixar os pontos controver tidos
do processo, ou seja, definir as questões que serão debatidas em juízo. Além disso, o juiz
pode propor a adoção de medidas para simplificar o procedimento e evitar a produção de
provas desnecessárias ou repetitivas.

 Ao final da fase de saneamento, o juiz proferirá uma decisão que definirá os pontos
controver tidos do processo, fixará os limites da instrução e determinará as diligências
que ainda serão necessárias para o prosseguimento da ação. Esta decisão é conhecida
como despacho saneador e é impor tante para o direcionamento do processo, evitando
ações desnecessárias e acelerando o andamento do processo.
SUPORTE LEGAL - REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL –
PEDIDO
 Ate n ç ã o pa ra a s c a us a s d e i n é pc i a d a i n i c i a l e m ra zã o do pe di do !

 A r t . 3 3 0 . A p et i ç ã o i n i c i a l s e rá i n d e fe ri d a q ua n d o :

 I - fo r i n e p t a ;

 § 1º Considera-se inep ta a p etição inicial quando:

 I - lhe faltar ped id o ou causa d e ped ir;


 II - o p edido fo r indeterminado, re ssalvadas as hip óteses legais em que se permite o pedido genérico;
 III - d a narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
 IV - contiver pe didos incompatíveis e ntre si.

 § 2 º N a s a ç õ e s q ue te n h a m po r o bj eto a rev i s ã o d e o bri g a ç ã o d e c o rre n te d e e m p ré s ti m o , de fin a n c i a m e n to


o u d e a l i e n a ç ã o d e b e n s , o a u to r te rá d e , s o b pe n a de i n é p c i a , d i s c ri m i n a r n a pet i ç ã o i n i c i a l , d e n t re a s
o b ri g a ç õ e s c o n tra t ua i s , a q ue l a s q u e p rete n d e c o n trove r te r, a l é m de q ua n ti fic a r o va l o r i n c o n t rove r s o d o
d é b i to .
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – ATRIBUIÇÃO DE
VALOR À CAUSA
 Em toda petição inicial deve constar o valor da causa, cuja fixação seguirá o que dispõem os ar ts.
291-293 do CPC (ar t. 319, V, CPC).

 Não há causa sem valor, assim corno não há causa de valor inestimável ou mínimo, expressões, tão
frequentes quanto equivocadas, encontradas na praxe forense. O valor da causa deve ser cer to e
fixado em moeda corrente nacional.

 O valor da causa é um dado que ser ve a variados propósitos:

 a) base de cálculo das custas judiciais; (Tabela disponível nos Tribunais de Justiça);
 b) definição da competência do órgão jurisdicional;
 c) cabimento de recur sos (ar t. 34 da Lei 6.830/1980);
 d) base de cálculo de multas processuais.

 Assim, não é correto dizer, corno se costuma fazer na praxe forense, que o valor da causa tem fim
"meramente fiscal“.
HTTPS://WWW.TJAM.JUS.BR/INDEX.PHP/CUSTAS-JUDICIAIS/201-SISTE
MAS/CUSTAS-JUDICIAIS/CONSULTA -DE-CUSTAS-JUDICIAIS/922-CUSTAS-
E-INDICES-JUDICIAIS
SUPORTE LEGAL – DO VALOR DA CAUSA

 D O VALOR DA CAU SA

 Ar t. 291 . A toda ca us a s e rá a tri buí do va l o r ce r to, a i n da q ue n ã o te n h a con te údo e co n ôm i co i m e di a ta m e n te


a fe rí ve l .

 Ar t. 292. O va l or da ca us a co n s ta rá da peti çã o i n i ci a l o u da re conve n çã o e s e rá :

 I - n a a çã o de cobra n ça de dí v i da , a s o m a m on eta ri a m e n te corri g i da do pri n ci pa l , dos j uros de m ora


ve n ci dos e de o utra s pe n a l i da de s , s e h ouve r, a té a da ta de propos i tura da a çã o ;
 II - n a a çã o q ue ti ve r por obj eto a exi s tê n ci a , a va l i da de , o cum pri m e n to, a m odi fica çã o , a re s o l uçã o, a
re s i l i çã o ou a re s ci s ã o de a to j urí di co, o va l or do a to ou o de s ua pa r te con trove r t i da ;
 III - n a a çã o de a l i m e n tos , a s om a de 1 2 ( doze ) pre s ta çõ e s m e n s a i s pe di da s pe l o a utor;
 IV - n a a çã o de di v i s ã o, de de m a rca çã o e de re i v i n di ca çã o, o va l or de ava l i a çã o da á re a ou do be m o bj eto
do pe di do;
 V - n a a çã o i n de n i za tóri a , i n cl us i ve a fun da da e m da n o m ora l , o va l o r prete n di do;
 V I - n a a çã o e m q ue h á cum ul a çã o de pe di do s , a q ua n ti a corre s pon de n te à s om a do s va l ore s de todos e l e s ;
 V II - n a a çã o e m q ue os pe di dos s ã o a l te rn a ti vos , o de m a i o r va l o r;
 V III - n a a çã o e m q ue h ouve r pe di do s ubs i di á ri o, o va l or do pe di do pri n ci pa l .
SUPORTE LEGAL – DO VALOR DA CAUSA

 § 1º Quando se pedirem prestações vencidas e vincendas, considerar-se-á o valor de


umas e outras.

 § 2º O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação
for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior,
será igual à soma das prestações.

 § 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que
não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico
perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas
correspondentes.

 Ar t. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa


pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a
complementação das custas.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL – INDICAÇÃO DOS MEIOS DE PROVA
COM QUE O AUTOR PRETENDE DEMONSTRAR A VERDADE DOS FATOS
ALEGADOS
 O autor indicará quais os meios de prova de que se irá valer para comprovar as suas
alegações (art. 319, VI, CPC).

 Tem pouca eficácia prática o dispositivo:

 a) o órgão julgador pode determinar ex officio a produção de provas (art. 370 do


CPC);

 b) no momento próprio - fase de saneamento do processo - as partes são intimadas


para indicar de quais meios de prova se servirão.
MOMENTOS DE PRODUÇÃO DE PROVA

 a) Requerimento: – Petição inicial (art. 319, VI, CPC) e contestação (art. 336, CPC);

 b) Deferimento: o juiz, no saneamento do processo, decidirá sobre a realização de


exame pericial e deferirá as provas que deverão ser produzidas na audiência de
instrução e julgamento;

 c) Produção: provas documentais podem ser produzidas desde a petição inicial.


Porém, a prova oral somente será produzida em audiência de instrução e
julgamento;
FONTES DAS PROVAS

 N o s te r m o s d o ar t i g o 3 6 9 d o C P C : “As p a r te s t ê m o d i r e i to d e e m p r e g a r to d o s o s m e i o s l e g ai s , b e m c o m o o s
m o r al m e n te l e g í t i m o s , ai n d a q u e n ã o e s p e c i fi c a d o s n e s te C ó d i g o , p a r a p rova r a ve r d a d e d o s f ato s e m q u e
se f un d a o pedido ou a d e fe s a e i n fl u i r e fi c azm e n te na c o nv i c ç ã o do j ui z” .

 D e s s a fo r m a , as p rova s s ã o o s e l e m e n to s t r az i d o s ao p ro c e s s o p ar a o r i e n t a r o j ui z n a b u s c a d a ve r d a d e ,
d eve n d o s e r o b t i d o s p o r v i as l í c i t a s , s o b p e n a d e s e r e m d e s e n t r a n h ad o s d o s au to s e , p o r ta n to , n ão
c o n s i d e r a d o s e m j u l g a m e n to .

O c ó d i g o e l e n c a al g u n s t i p o s d e p rova s :
a) At a N o tar i al – A r t. 3 8 4
b) D e p o i m e n to p e s s o a l – A r t s . 3 8 5 a 3 8 8
c) C o n fi s s ã o – A r t s . 3 8 9 a 3 9 5
d) E x i b i ç ão d e d o c u m e n to o u c o i s a – A r t s . 3 9 6 a 4 0 4
e) P rova d o c u m e n t al – A r ts . 4 0 5 a 4 3 8
f) D o s d o c u m e n to s e l e tr ô n i c o s – A r t s . 4 3 9 a 4 41 – ( I n ova ç ão d o C P C / 1 5 )
g) P rova te s te m u n h a l – A r t s . 4 4 2 a 4 6 3
h) P rova Pe r i c i a l – A r t s . 4 6 4 a 4 8 0
i) I n s p e ç ã o J u d i c i al – A r ts . 4 81 a 4 8 4
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO OU NÃO
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO

 O a u to r te m d e m a n i fe s t a r a s u a o p ç ã o p e l a r e a l i z a ç ã o o u n ã o d e a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r d e c o n c i l i a ç ã o o u
m e d i a ç ã o ( a r t . 31 9 , V I I , C P C ) .

 E s s a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r o c o r r e r á a n te s d e o r é u a p r e s e n t a r a s u a r e s p o s t a .

 S e a u to r e r é u m a n i fe s t a r e m ex p r e s s a m e n te a vo n t a d e d e n ã o r e s o l ve r o l i t í g i o p o r a u to c o m p o s i ç ã o , a a u d i ê n c i a
não ocorrerá (art. 334, § 4º , I, CPC).

 A m a n i fe s t a ç ã o d o a u to r n e s s e s e n t i d o te m d e s e r fe i t a n a p e t i ç ã o i n i c i a l ( a r t . 3 3 4 , § 5 º , C P C ) .

 S e o a u to r n ã o o b s e r va r e s s e r e q u i s i to , a p e t i ç ã o n ã o d eve s e r i n d e f e r i d a p o r i s s o , n e m h á n e c e s s i d a d e d e o j u i z
mandar emendá-la.

 D ev e o j u i z c o n s i d e r a r o s i l ê n c i o d o a u to r c o m o i n d i c a t i vo d a vo n t a d e d e q u e h a j a a a u d i ê n c i a d e c o n c i l i a ç ã o o u
mediação.

 A s s i m c o m o o r é u ( a r t . 3 3 4 , § 5 º ) , t a m b é m o a u to r te m d e d i z e r ex p r e s s a m e n te q u a n d o n ã o q u e r a a u d i ê n c i a ; o
s i l ê n c i o p o d e s e r i n te r p r e t a d o c o m o n ã o o p o s i ç ã o à r e a l i z a ç ã o d o a to - a t é p o r q u e , n o s te r m o s d o i n c i s o I d o § 4 º
d o a r t . 3 3 4 , C P C , a m a n i fe s t a ç ã o e d e s i n te r e s s e te m d e s e r ex p r e s s a .
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO OU NÃO
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO – SUPORTE LEGAL

 Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu
com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

 § 4º A audiência não será realizada:


 I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição
consensual;
 II - quando não se admitir a autocomposição.

 § 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição,


e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência,
contados da data da audiência.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - OPÇÃO PELA REALIZAÇÃO OU NÃO
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO – SUPORTE LEGAL

 ATENÇÃO AO NÃO COMPARECIMENTO:

 Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu
com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.

 §8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de


conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado
com multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da
causa, revertida em favor da União ou do Estado.
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS À
PROPOSITURA DA DEMANDA

 Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à


propositura da ação. (CPC)

 Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a contestação com os


documentos destinados a provar suas alegações. (CPC)

 Art. 287. A petição inicial deve vir acompanhada de procuração, que conterá os
endereços do advogado, eletrônico e não eletrônico. (CPC)

 Art. 750. O requerente deverá juntar laudo médico para fazer prova de suas
alegações ou informar a impossibilidade de fazê-lo. (CPC)  Para petições de
interdição;
REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL - DOCUMENTOS INDISPENSÁVEIS À
PROPOSITURA DA DEMANDA

 Impor tante obser var ainda:

a) é possível a produção posterior de prova documental (as hipóteses do ar t. 435 do CPC, por
exemplo);
b) é possível o autor requerer a aplicação analógica do § 1 º do ar t. 319 do CPC, para que o juiz tome
diligências necessárias à obtenção do documento;
c) pode o autor, na própria petição inicial, solicitar a exibição de documento que, não obstante tenha
sido alvo de sua referência na petição inicial, por ventura esteja em poder do réu ou de terceiro
(ar t. 397 e seguintes do CPC);

Ar t. 435. É lícito às par tes, em qualquer tempo, juntar aos autos documentos novos, quando
destinados a fazer prova de fatos ocorridos depois dos ar ticulados ou para contrapô-los aos que foram
produzidos nos autos.

Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos formados após a petição inicial
ou a contestação, bem como dos que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses
atos, cabendo à par te que os produzir comprovar o motivo que a impediu de juntá-los anteriormente e
incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a conduta da par te de acordo com o ar t. 5º
CURIOSIDADE

 Por qual motivo o nome da Vara Cível é Vara Cível e de Acidentes de Trabalho?

 As Varas Cíveis têm como atribuição processar demandas relacionadas a cartas


precatórias, cartas de ordem, ações cíveis, ações comerciais e benefícios
previdenciários decorrentes de acidentes de trabalho que lhes sejam remetidas por
distribuição aleatória ou prevenção legal.
EMENDA, ADITAMENTO,
INDEFERIMENTO E IMPROCEDÊNCIA Prof. Thiago da Silva

LIMINAR
EMENDA / ADITAMENTO / INDEFERIMENTO /
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
 Não podemos confundir os institutos processuais:

 Emenda da Petição Inicial: Se a petição inicial estiver irregular, por lhe faltar algum
dos seus requisitos, deve o magistrado intimar o autor para corrigi-la, emendando-a
ou completando-a. Não cumprindo o autor a diligência que lhe fora ordenada, a
petição inicial será indeferida (art. 321, parágrafo único, CPC). Se não cumprida a
diligência  SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

 Aditamento da Petição Inicial: Até o saneamento do processo, aditar ou alterar o


pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o
contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo
de 15 (quinze) dias (Art. 329, I, II, CPC);
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL

 Se a petição inicial estiver irregular, por lhe faltar algum dos seus requisitos, deve o
magistrado intimar o autor para corrigi-la, emendando-a ou completando-a.

 Art. 321. O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts.
319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o
julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.

 Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição


inicial.
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL

 Há posicionamento do STJ no sentido de ser esse prazo prorrogável, a critério do juiz.


Esse posicionamento, firmado ao tempo do CPC/1973, é fortalecido pelo disposto no
art. 139, VI, CPC, que permite a dilação do prazo pelo juiz.

 Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código,


incumbindo-lhe:

 VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova,


adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à
tutela do direito;
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL

 Permite-se, contudo, uma nova determinação de emenda, se a primeira correção não


foi satisfatória. Mesmo que efetuada a emenda após o prazo concedido, ainda assim
não se justifica o indeferimento.

 Sempre que o defeito for sanável deve o magistrado determinar a emenda; não lhe é
permitido indeferir a inicial sem que conceda ao autor a possibilidade de correção.

 É possível, ainda, a emenda da inicial mesmo após a contestação, desde que não
enseje modificação do pedido ou da causa de pedir sem o consentimento do réu,
quando então não seria emenda, mas alteração ou aditamento da petição inicial;

 Se não for emendada a petição, impõe-se a extinção do processo sem resolução do


mérito;
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL X
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO
 Devemos destacar que o indeferimento da petição inicial é instituto diferente da
improcedência liminar do pedido.

 Indeferimento da Petição Inicial: O indeferimento da petição inicial está previsto


nos artigos 321, parágrafo único, 330 e 331 do CPC. O juiz não resolverá o
mérito quando indeferir a petição inicial. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

 Improcedência Liminar do Pedido: Nas causas que dispensem a fase instrutória, o


juiz, independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente, de
acordo com o Art. 332 do CPC. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO COM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL

 Ar t. 330. A petição inicial será indeferida quando:


 I - for inepta;
 II - a par te for manifestamente ilegítima;
 III - o autor carecer de interesse processual;
 IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 .

 Ar t. 321 . O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos ar ts.
319 e 320 ou que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o
julgamento de mérito, determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a
emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.

 Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL - INÉPCIA

 O que é a petição inicial inepta?

 Art. 330.
 § 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:

 I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;


 II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite
o pedido genérico;
 III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
 IV - contiver pedidos incompatíveis entre si. (CPC)
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL– PARTE
MANIFESTAMENTE ILEGÍTIMA (AD CAUSAM)
 No processo civil, para o desenvolvimento normal do processo, as par tes devem possuir
legitimidade.

 Essa legitimidade poderá ser de dois tipos: ad processum e ad causam.

 Legitimidade ad causam é uma condição da ação (sua ausência acarreta em extinção do processo
sem resolução de mérito ) e consiste na titularidade ativa ou passiva de um direito subjetivo que
pode ser buscado em juízo.

 Ou seja, é a detenção do direito material conferido pela lei ou do dever material conferido pela lei.
O incapaz pode ter legitimidade ad causam para propor ação normalmente, não tendo somente a
legitimidade ad processum .

 Divide-se entre:
 Ativa: é a legitimidade para titularizar o direito pleiteado.
 Passiva: é a legitimidade para responder pela satisfação do direito pleiteado.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL – PARTE
MANIFESTAMENTE ILEGÍTIMA
 No p roc esso c i v i l, p ara o desenvo lv im ento no rm al d o p roc esso , as par tes deve m po ssui r l egi tim idade.

 E ssa legiti m id ade po d erá ser de do i s ti po s: a d p roce s s u m e a d ca u s a m .

 L egitim id ade a d p roce s s u m : A legiti mi dad e a d p roce s s u m é um pressupo sto p roc essu al , e não um a
c o ndiç ão da aç ão (sua ausênc ia gera nuli dad e d o p roc esso ). Co nsiste na c apac i dade de u m sujei to
titul ari zar u m a relaç ão j uríd ic a proc essual .

 Tr ata-se, em su m a, d a apti dão rec o nhec i da pel a lei para que o sujei to efetiva m ente pratiqu e o s ato s
proc essuais, independ entemente d e qual quer representaç ão (sej a c itado , ap resente d efe sa, etc .). E stá
previ sta no ar t. 7° d o CPC.

 Não po ssuem tal l egi timi dad e o s inc ap azes (CC, ar ts. 3º e 4º), razão pela qual prec isam ser
representad o s o u assi sti do s po r representantes legai s.

 Ativa : é a l egi tim i dade p ara figurar c o m o auto r d a aç ão .


 Pa ssiva : é a legitim idade para figurar c o mo réu da aç ão .
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL – INTERESSE
PROCESSUAL
 O interesse de agir é requisito processual que deve ser examinado em duas dimensões:
necessidade e utilidade da tutela jurisdicional.

 Interesse processual é um conceito jurídico que se refere à necessidade e utilidade de


uma par te em ingressar ou prosseguir com uma ação judicial.

 A necessidade refere-se à imprescindibilidade da ação para a proteção ou defesa de um


direito.

 A utilidade é a possibilidade de que a decisão judicial seja efetiva e útil para a par te.

 Por exemplo: uma pessoa que não é proprietária de um imóvel e nem tem qualquer
relação jurídica com o proprietário ingressar com uma ação para requerer que o
proprietário realize obras de reforma no imóvel.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL – REGRAS DO
ART. 106 E 321
 Ar t. 106. Quando postular em causa própria, incumbe ao advogado:

 I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos
Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual par ticipa, para o recebimento de
intimações;
 II - comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
 § 1º Se o advogado descumprir o disposto no inciso I, o juiz ordenará que se supra a omissão, no
prazo de 5 (cinco) dias, antes de determinar a citação do réu, sob pena de indeferimento da petição.
 § 2º Se o advogado infringir o previsto no inciso II, serão consideradas válidas as intimações
enviadas por car ta registrada ou meio eletrônico ao endereço constante dos autos;

 Ar t. 321 . O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos ar ts. 319 e 320 ou
que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, determinará
que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que
deve ser corrigido ou completado;
CONSIDERAÇÕES GERAIS - INDEFERIMENTO DA
PETIÇÃO INICIAL
 O indeferimento da petição inicial é decisão judicial que impede o prosseguimento
da causa, pois não se admite o processamento da demanda.

 O indeferimento da petição inicial somente ocorre no início do processo : só há


indeferimento antes da oitiva do réu.

 Após a citação, o juiz não mais poderá indeferir a petição inicial já admitida,
devendo, se vier a acolher alguma alegação do réu, extinguir o feito por outro
motivo.

 A inépcia, por exemplo, pode ser reconhecida a qualquer tempo, mesmo após a
contestação, mas, nesse caso, não implicará indeferimento da petição, e, sim, no
máximo, extinção do processo sem análise do mérito (Art. 485, VI, CPC).
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL

 Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

 IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e


regular do processo; (CPC)

 Essa é a característica que distingue o indeferimento da petição inicial das outras


formas de extinção do processo. É o indeferimento uma hipótese especial de extinção do
processo por falta de um "pressuposto processual".

 A petição inicial válida é um requisito processual de validade, que, se não preenchido,


implica extinção do processo sem exame do mérito.

 Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:


 I - indeferir a petição inicial; (CPC)
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL

 Se o defeito se revelar SEM OUVIR O RÉU, é caso de indeferimento;

 Se o juiz tiver ouvido o réu para acolher a alegação de invalidade, não é mais o
caso de indeferimento, mas sim de extinção do processo sem resolução do mérito,
com base no art. 485, IV, CPC;

 Por qual motivo é importante distinguir o indeferimento da extinção do art. 485?

 A distinção é importante, pois o regramento do art. 331 do CPC somente se aplica à


decisão que indefira a petição inicial, bem como, sendo liminar a sentença, não se
condenará o autor ao pagamento de honorários advocatícios em favor do réu ainda
não citado.
SUPORTE LEGAL – 331 CPC

 Art. 331. Indeferida a petição inicial, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no
prazo de 5 (cinco) dias, retratar-se.

 § 1º Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao


recurso.

 § 2º Sendo a sentença reformada pelo tribunal, o prazo para a contestação


começará a correr da intimação do retorno dos autos, observado o disposto no art.
334 .

 § 3º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da


sentença.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL

 Não se admite, contudo, o indeferimento indiscriminado.

 A petição inicial somente deve ser indeferida se não houver possibilidade de


correção do vício ou, se houver, tiver sido conferida oportunidade para que o autor a
emende e este não tenha atendido satisfatoriamente à determinação.

 O indeferimento da petição inicial é um dos casos de invalidade, má-formação,


inépcia, defeito da petição inicial; por isso, essa decisão judicial não resolve o
mérito da causa, limitando-se a reconhecer a impossibilidade de apreciação do
pedido.

 Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:


 I - indeferir a petição inicial; (CPC)
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL – ESPÉCIES E
JUÍZOS
 O indeferimento da petição inicial pode ocorrer tanto em juízo singular (o mais corriqueiro) como
em tribunal (ação rescisória, por exemplo).

 No indeferimento em Tribunal, podemos ter uma decisão do relator (o que normalmente acontece
em causas de competência originária de tribunal) como podemos ter um acórdão.

 O indeferimento pode ser total ou parcial.

 Será parcial quando o juiz apenas rejeitar par te da demanda (havendo cumulação de pedidos, o
juiz verifica a inépcia de um deles).

 Não se pode dizer que toda decisão que indefere a petição inicial é uma sentença e, por tanto,
submetida ao recur so de apelação.

 Contra a decisão do juiz que indeferir parcialmente a petição inicial caberá agravo de
instrumento.
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL

 Se o indeferimento for parcial, não haverá extinção do processo, não se podendo


falar, pois, de sentença;

 Se ocorreu em juízo singular, será uma decisão interlocutória;

 Se ocorreu em tribunal, será uma decisão unipessoal, se proferida por relator;

 Se ocorreu em tribunal, será um acórdão, se decisão colegiada.

 O indeferimento total da petição inicial poderá ocorrer em tribunal (exemplo:


indeferimento da inicial de uma ação rescisória); assim, ou será uma decisão de
relator ou um acórdão, jamais uma sentença.
APENAS PARA SABER...

 Com base nisso, pode-se estabelecer o sistema recursal da decisão que indefere a
petição inicial:

a) Se tratar de um indeferimento parcial feito por juízo singular (decisão


interlocutória), o recurso cabível é o agravo de instrumento (art. 354, parágrafo
único, CPC);
b) se tratar de indeferimento total feito por juízo singular, será apelação;
c) contra indeferimento total ou parcial feito por decisão do relator, caberá agravo
interno;
d) contra indeferimento total ou parcial feito por acórdão, caberão, conforme o caso,
recurso ordinário constitucional, recurso especial ou recurso extraordinário.
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO

 A r t. 3 3 2 . N a s c au sa s que disp ensem a f ase inst ru tó ria, o juiz, ind ep endentemente d a c it aç ão d o réu , ju lgará
liminarmente im p r oc e d ente o p edid o qu e c o ntrariar:

 I - E nu nc ia d o d e sú mu la do Su p rem o Trib u nal Federal o u d o S u perio r Tr ib u nal d e Justiç a;


 II - Acó rd ã o p r oferid o p elo S up re mo Tr ibu nal Fede ral o u p elo Su pe rio r Tr ibu nal d e Ju stiç a em ju lgam ento de
rec u r so s rep et itivo s;
 III - E ntend ime nto f irmad o em inc id ente de reso lu ç ão d e d emandas rep etitivas o u d e assunç ão de
c o mp etênc ia;
 IV - E nu nc ia d o d e sú mula d e t rib unal d e ju stiç a so bre d ireito lo c al.

 § 1 º O ju iz t am b ém p o d erá ju lgar liminarme nte im proc ede nte o p edid o se verific ar, desde lo go , a o c o rrênc ia
d e d ec ad ênc ia o u d e p re sc riç ão .
 § 2 º N ão inter po sta a a pelaç ão , o réu será int imad o do trânsito em ju lgad o da sentenç a, no s termo s do ar t.
241 .
 § 3 º Inter po st a a a p ela ç ão , o ju iz p o d erá retrat ar- se e m 5 (c inc o ) d ias.
 § 4 º Se ho uver re tra ta ç ão , o ju iz d eterminará o p rossegu imento d o p roc esso , c o m a c itaç ão do ré u, e , se
não ho u ver r etr at aç ã o , d eterminará a c itaç ão do ré u para apresentar c o nt rarrazõ es, no p razo de 1 5 (qu inze )
d ias.
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO

 In limine (expressão em latim)  Preliminarmente.

 Não há, por isso, qualquer violação à garantia do contraditório, tendo em vista que se
trata de um julgamento de improcedência.

 O demandado não precisa ser ouvido para sair vitorioso. Não há qualquer prejuízo
para o réu decorrente da prolação de uma decisão que lhe favoreça.

 O legislador impõe dois pressupostos para que se possa julgar liminarmente o pedido:

a) Causa deve dispensar a fase instrutória;


b) O pedido deve encaixar-se em uma das hipóteses previstas nos incisos I a IV do art.
332 ou no § 1 º do mesmo artigo;
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO

 Causa que dispensa a fase instrutória é aquela cuja matéria fática pode ser
comprovada pela prova documental.

 A improcedência liminar do pedido é, assim, hipótese especial de julgamento


antecipado do mérito:

 Causa que dispensa a fase instrutória é aquela cuja matéria fática pode ser
comprovada pela prova documental. A improcedência liminar do pedido é, assim,
hipótese especial de julgamento antecipado do mérito.

 Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com


resolução de mérito, quando:
 I - não houver necessidade de produção de outras provas; (CPC)
ATOS PROCESSUAIS E COMUNICAÇÃO Prof. Thiago da Silva
DE ATOS PROCESSUAIS
REGRAS GERAIS DOS ATOS E TERMOS PROCESSUAIS

 O artigo 188 do CPC dispõe que “os atos e os termos processuais independem de
forma determinada, salvo quando a lei expressamente a exigir, considerando-se
válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial”.

 Em consonância com os artigos 189 a 192, CPC, há regras gerais a serem


respeitadas, tais como a utilização da língua portuguesa, a publicidade dos atos e o
atendimento aos prazos legais.

 Porém, o CPC prestigia o princípio da instrumentalidade das formas.

 Em relação à prática eletrônica de atos processuais, o CPC traz uma


regulamentação genérica nos artigos 193 a 199, cabendo a cada tribunal adotar as
regras específicas, dentre elas o sistema a ser utilizado.
DO TEMPO E DO LUGAR DOS ATOS PROCESSUAIS

 O tempo e o lugar dos atos processuais estão regulamentos pelos ar tigos 21 2 a 217 do CPC.

 Ar t. 21 2. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
(CPC).

 § 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento
prejudicar a diligência ou causar grave dano.

 § 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão


realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do
horário estabelecido neste ar tigo, obser vado o disposto no ar t. 5º, inciso XI, da Constituição
Federal (XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial CF/88).

 § 3º Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa
deverá ser protocolada no horário de funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto
na lei de organização judiciária local.
PRÁTICA DE ATOS PROCESSUAIS ELETRÔNICOS

 Ar t. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24
(vinte e quatro) horas do último dia do prazo.

 Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será
considerado para fins de atendimento do prazo. (CPC)

 Ar t. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais,
excetuando-se:
 I - os atos previstos no ar t. 212, § 2º;
 II - a tutela de urgência.

 Durante as férias forenses e nos feriados, não serão praticados os atos processuais, a
exceção das regras previstas nos ar tigos 212, § 2º, 214 e 215, CPC. Entende-se por feriado,
além dos expressamente previstos em lei, os sábados, domingos e dias em que não houver
expediente forense.
SUPORTE LEGAL

 Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se


suspendem pela superveniência delas:

 I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de


direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;

 II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;

 III - os processos que a lei determinar.


PRÁTICA DE ATOS PROCESSUAIS - TERRITORIALIDADE

 Estabelecendo uma regra territorial, o artigo 217 determina que “os atos
processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente,
em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato
ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz”.

 Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou,


excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça,
da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
(CPC).
DOS PRAZOS (SUPORTE LEGAL - CPC)

 Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.

 § 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à


complexidade do ato.
 § 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão
a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e oito) horas.
 § 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias
o prazo para a prática de ato processual a cargo da parte.
 § 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

 Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz,
computar-se-ão somente os dias úteis.
 Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
DOS PRAZOS – SUPORTE LEGAL

 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de


dezembro e 20 de janeiro, inclusive. (Recesso Forense);

 § 1º Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os


membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os
auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput.

 § 2º Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de


julgamento.

 Atenção para a expressão “SUSPENSÃO” do prazo e não sua “INTERRUPÇÃO”.


DIFERENÇA ENTRE CITAÇÃO – CARTA - INTIMAÇÃO

 a) Citação: é exclusiva para a convocação do réu, do executado ou do interessado


para integrar a relação processual. É com a citação que se forma a triangulação
processual (autor, juízo, réu);

 b) Intimação: “é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do
processo (art. 269, CPC);

 c) Carta: é a forma em que o ato será praticado fora dos limites territoriais do
tribunal, da comarca, da seção ou subseção judiciárias.
ESPÉCIES DE CARTA

 As cartas precatórias consistem na requisição da prática de determinado ato


processual (atos instrutórios, decisões concessivas de tutelas de urgência etc.) de
um juízo a outro, sendo ambos do mesmo grau de jurisdição, porém com distintas
competências territoriais.

 As cartas rogatórias, por sua vez, destinam-se à requisição, pelo órgão jurisdicional
brasileiro, da prática de atos processuais à Justiça de outro país.

 As cartas de ordem consistem em requisição da prática de determinado ato


processual remetida por um juízo de instância superior a um juízo de instância
inferior. Em geral, as cartas de ordem são provenientes do tribunal, no qual tramita
determinado recurso ou determinada ação de sua competência originária, e
destinadas ao juízo de primeiro grau subordinado a este tribunal, para que se dê o
cumprimento de determinado ato processual.
PONTOS IMPORTANTES DA CITAÇÃO

 A citação é o ato que inaugura o contraditório, convidando o réu a integrar a lide e


apresentar sua resposta à pretensão do autor, iniciando o diálogo processual
manifesto pela garantia constitucional da ampla defesa.

 Previsão entre os artigos 238 a 259 do CPC.

 Requisito de validade processual.

 A citação tem dupla função:

 -In ius vocatio – Convocar o sujeito a juízo;


 -Edictio actionis – Cientificar-lhe do teor da demanda formulada .
SUPORTE LEGAL DA CITAÇÃO

 Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o
interessado para integrar a relação processual.

 Parágrafo único. A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir
da propositura da ação.

 Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do


executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de
improcedência liminar do pedido.
COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO DO CITANDO

 O citando pode comparecer espontaneamente ao processo e alegar somente a


inexistência ou a invalidade da citação. A partir da data do comparecimento
espontâneo, flui o prazo para a apresentação da contestação ou dos embargos à
execução (art. 239, § 1 º , CPC).

 Rejeitada a alegação de nulidade, o réu será considerado revel, caso se trate de


processo de conhecimento (art. 239, § 2°, CPC).

 Esse dispositivo aplica-se ao caso em que o réu apenas alega a inexistência ou


nulidade da citação.
SUPORTE LEGAL

 Art. 239. Para a validade do processo é indispensável a citação do réu ou do


executado, ressalvadas as hipóteses de indeferimento da petição inicial ou de
improcedência liminar do pedido.

 § 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado supre a falta ou a


nulidade da citação, fluindo a partir desta data o prazo para apresentação de
contestação ou de embargos à execução.

 § 2º Rejeitada a alegação de nulidade, tratando-se de processo de:

 I - conhecimento, o réu será considerado revel;


 II - execução, o feito terá seguimento.
COMPARECIMENTO DO RÉU – ALEGA A NULIDADE E
APRESENTA DEFESA
 Pode o réu, ainda, comparecer ao processo alegando a invalidade ou inexistência
de citação e, ao mesmo tempo, oferecer a defesa:

 a) Com pedido de novo prazo: tendo em vista a decretação da nulidade da citação e


a necessidade de dispor de um prazo útil para produzir a defesa: nesse caso,
reconhecida a inexistência ou nulidade de citação, aplica-se o § 1 º do art. 239 do
CPC;

 b) Sem pedido de novo prazo de defesa: o juiz, mesmo reconhecendo o defeito da


citação, considera suprida a falha pelo comparecimento do réu e a apresentação da
defesa.
PESSOALIDADE DA CITAÇÃO

 A citação será pessoal: deve ser feita na pessoa do citando. Essa é a regra.

 Ar t. 242. A citação será pessoal, podendo, no entanto, ser feita na pessoa do representante legal
ou do procurador do réu, do executado ou do interessado.

 § 1º Na ausência do citando, a citação será feita na pessoa de seu mandatário, administrador,


preposto ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.

 § 2º O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou, na localidade
onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação será citado na
pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis, que será
considerado habilitado para representar o locador em juízo.

 § 3º A citação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de suas respectivas
autarquias e fundações de direito público será realizada perante o órgão de Advocacia Pública
responsável por sua representação judicial.
PESSOALIDADE DA CITAÇÃO – PESSOA JURÍDICA –
DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

 É importante observar, contudo, que no caso da pessoa jurídica de direito público e


da pessoa jurídica de direito privado, a citação será, preferencialmente, por meio
eletrônico, exceto para microempresas e empresas de pequeno porte que não são
obrigadas a se cadastrar.

 Na ausência do citando, poderá ser citado o mandatário, o administrador, o


preposto ou o gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
LOCAIS DA CITAÇÃO

 A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o citando (art.
243 do CPC). O militar, em serviço ativo, só será citado na unidade em que estiver
servindo, se não for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado (art.
243, parágrafo único, CPC).

 Art. 243. A citação poderá ser feita em qualquer lugar em que se encontre o réu, o
executado ou o interessado.

 Parágrafo único. O militar em serviço ativo será citado na unidade em que estiver
servindo, se não for conhecida sua residência ou nela não for encontrado .
IMPEDIMENTO LEGAL PARA A CITAÇÃO

 Ar t. 244. Não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:

 I - de quem estiver par ticipando de ato de culto religioso;

 II - de cônjuge, de companheiro ou de qualquer parente do mor to, consanguíneo ou afim,


em linha reta ou na linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete)
dias seguintes;

 III - de noivos, nos 3 (três) primeiros dias seguintes ao casamento;

 IV - de doente, enquanto grave o seu estado.

 Ar t. 245. Não se fará citação quando se verificar que o citando é mentalmente incapaz
ou está impossibilitado de recebê-la.
LEMBRAM DOS EFEITOS DA PROPOSITURA DA AÇÃO?

 Lembram dos efeitos da propositura da ação?


EFEITOS DA PROPOSITURA DA AÇÃO

 A propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240


depois que for validamente citado.

 Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz
litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o
disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil).  [Retomar os slides n° 16 até o n°20]

 Consequências da citação válida, após a propositura da ação:

 I-Induz litispendência;
 II-Torna litigiosa a coisa;
 III-Constitui em mora o devedor;
EFEITOS DA CITAÇÃO

 A citação torna trilateral a relação jurídica processual;

 O processo já existe desde o momento da propositura da ação;

 A citação estende para o réu:

a) Os efeitos da litispendência;
b) Para o réu, a coisa ou o direito discutido passa a ser litigioso;
c) Constitui o devedor em mora;
d) Impede a modificação da causa de pedir, sem o consentimento do réu.
A CITAÇÃO E A INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO PELO
DESPACHO CITATÓRIO
 Além dos efeitos tratados, a citação também tem o condão de interromper a
prescrição, a qual retroagirá à data de propositura da ação.

 A redação do § 1º do artigo 240 significa que o ato que determina a citação, ou


seja, o despacho citatório, caso ocorra após verificação dos pressupostos
processuais e considere a causa válida, interrompe a prescrição, a decadência e os
demais prazos extintivos (§4º), os quais retroagirão à data de propositura da
demanda (ATENÇÃO PARA O EFEITO RETROATIVO).

 Essa distinção é importante, pois outros despachos anteriores à admissibilidade da


ação, como é o caso de determinação de emenda da inicial, não produzem o mesmo
efeito.
SUPORTE LEGAL

 Art. 240.

 § 1º A interrupção da prescrição, operada pelo despacho que ordena a citação, ainda


que proferido por juízo incompetente , retroagirá à data de propositura da ação.

 § 2º Incumbe ao autor adotar, no prazo de 10 (dez) dias, as providências necessárias


para viabilizar a citação, sob pena de não se aplicar o disposto no § 1º.

 § 3º A parte não será prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço


judiciário.

 § 4º O efeito retroativo a que se refere o § 1º aplica-se à decadência e aos demais


prazos extintivos previstos em lei.
REGRA GERAL

 Ar t. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2
(dois) dias úteis, contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos
indicados pelo citando no banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do
Conselho Nacional de Justiça.

 1º As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de


processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as
quais serão efetuadas preferencialmente por esse meio.

 § 1º- A A ausência de confirmação, em até 3 (três) dias úteis, contados do recebimento da


citação eletrônica, implicará a realização da citação:
 I - pelo correio;
 II - por oficial de justiça;
 III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em car tório;
 IV - por edital.
REGRA GERAL

 § 1 º - B N a p r i m e i r a o p o r t u n i d a d e d e f a l a r n o s a u to s , o r é u c i t a d o n a s fo r m a s p r ev i s t a s n o s i n c i s o s I , I I , I I I e I V
d o § 1 º - A d e s te a r t i g o d eve r á a p r e s e n t a r j u s t a c a u s a p a r a a a u s ê n c i a d e c o n f i r m a ç ã o d o r e c e b i m e n to d a
c i t a ç ã o e nv i a d a e l e t ro n i c a m e n te .

 § 1 º - C C o n s i d e r a - s e a to a te n t a t ó r i o à d i g n i d a d e d a j u s t i ç a , p a s s í ve l d e m u l t a d e a t é 5 % ( c i n c o p o r c e n to ) d o
va l o r d a c a u s a , d e i x a r d e c o n f i r m a r n o p r a z o l e g a l , s e m j u s t a c a u s a , o r e c e b i m e n to d a c i t a ç ã o r e c e b i d a p o r
m e i o e l e tr ô n i c o .

 § 4º As citações por correio eletrônico serão acompanhadas das orientações para realização da confirmação
d e r e c e b i m e n to e d e c ó d i g o i d e n t i f i c a d o r q u e p e r m i t i r á a s u a i d e n t i f i c a ç ã o n a p á g i n a e l e t r ô n i c a d o ó r g ã o
j u d i c i a l c i t a n te .

 § 5 º A s m i c ro e m p r e s a s e a s p e q u e n a s e m p r e s a s s o m e n te s e s u j e i t a m a o d i s p o s to n o § 1 º d e s te a r t i g o q u a n d o
n ã o p o s s u í r e m e n d e r e ç o e l e t r ô n i c o c a d a s t r a d o n o s i s te m a i n te g r a d o d a Re d e N a c i o n a l p a r a a S i m p l i f i c a ç ã o d o
Re g i s t r o e d a L e g a l i z a ç ã o d e E m p r e s a s e N e g ó c i o s ( Re d e s i m ) .

 § 6 º Pa r a o s f i n s d o § 5 º d e s te a r t i g o , d eve r á h ave r c o m p a r t i l h a m e n to d e c a d a s t r o c o m o ó r g ã o d o Po d e r
J u d i c i á r i o , i n c l u í d o o e n d e r e ç o e l e t r ô n i c o c o n s t a n te d o s i s te m a i n te g r a d o d a Re d e s i m , n o s te r m o s d a
l e g i s l a ç ã o a p l i c á ve l a o s i g i l o f i s c a l e a o t r a t a m e n to d e d a d o s p e s s o a i s .
REGRA GERAL – COMO É REALIZADO?

 A citação eletrônica é realizada por painéis de publicações disponibilizados pelos


tribunais, onde a parte lê as intimações e as citações.

 Nos tribunais de todo país temos a disponibilização desses painéis, mas não há
obrigatoriedade de todos, sendo que alguns facultam essa possibilidade ou mesmo
não disponibilizam ainda o painel. Desta forma, além do sistema dos tribunais não
ser o mesmo, a forma de citação eletrônica também não é uniforme, pois depende
do sistema de cada tribunal e da normativa local.

 Além disto, o cadastro da parte é diferente para cada tribunal, havendo cadastro
único para os CNPJs de um determinado grupo, ou cadastro por empresa (CNPJs),
com usuários diferentes. Tudo isso contribui para dificultar o controle dos painéis
pelas partes.
REGRA GERAL – COMO É UTILIZADO?

 Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:

 IX - o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de


citação, do recebimento da citação realizada por meio eletrônico.

 A parte citada terá o prazo de três dias úteis para confirmar que recebeu o
mandado de citação. (Art.246, § 1º- A);
MODALIDADES DE CITAÇÃO

 O despacho que determina a citação induz à expedição de um mandado que poderá


ser encaminhado ao citando por meio de correio, oficial de justiça ou meio
eletrônico.

 Também pode ser certificada a citação por hora certa, pelo escrivão ou chefe de
secretaria, ou por edital.

 Vamos ver as hipóteses:


CITAÇÃO POR CORREIO

 Citação pelo correio: É a regra geral, ressalvados os casos de citação por meio eletrônico (ar t.
246, §§ 1 º e 2º , CPC); não depende de requerimento da par te. É espécie de citação real, na
medida em que depende da entrega da correspondência ao citando.

 Ar t. 247. A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca do
País, exceto:

 I - nas ações de estado, obser vado o disposto no ar t. 695, § 3º;


 II - quando o citando for incapaz;
 III - quando o citando for pessoa de direito público;
 IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
 V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

 Obser vação: Ações de estado são ações cujo objeto é o estabelecimento ou a modificação do
estado ou da capacidade das pessoas, sendo, por tanto, per sonalíssimas .
REQUISITOS FORMAIS DA CITAÇÃO POR CORREIO

 O ar tigo 250 do CPC trata dos requisitos formais de conteúdo da car ta de citação, que
deverá conter:

I. Cópia da Petição Inicial (ar t. 248, caput, CPC);


II. Cópia do despacho do Juiz ( ar t. 248, caput, CPC);
III. A car ta deve ser registrada – Súmula 429 STJ.
IV. Os nomes das par tes envolvidas no litígio, com os respectivos endereços de domicílio;
V. A finalidade da citação, conforme petição inicial, com menção do prazo para contestar
ou embargar no caso de execução;
VI. A sanção cabível para o caso de descumprimento de ordem judicial quando, por
exemplo, o juiz houver deferido pedido liminar que impute ao réu esta obrigação;
VII. Intimação para que o réu compareça na audiência de conciliação nos casos em que
houver designação;
VIII. Assinatura do escrivão ou chefe de secretaria que declarará a ordem do juiz para o ato.
CITAÇÃO POR CORREIO - SÚMULA

 Súmula 429 do STJ:

 A citação postal, quando autorizada por lei, exige o aviso de recebimento.


RECEBIMENTO DA CITAÇÃO

 Consoante já apontado, por se tratar de citação real, deverá ser feita na pessoa do
citando, que deverá assinar o aviso de recebimento.

 No caso de recusa de recebimento ou de assinatura, a diligência será considerada


não cumprida (§1º, art. 248, CPC).

 Caso o citando seja pessoa jurídica, conforme já tratado, a citação poderá ser
recebida por pessoa com poderes de gerência ou administração geral, ou ainda outro
funcionário responsável por receber correspondências (§2º, art. 248).

 Para que se considere efetivada a citação por carta e se inicie o prazo de resposta
do réu, não basta que o réu receba a carta e assine o Aviso de Recebimento (AR): o
ato só será considerado completo quando o AR for juntado aos autos (inciso I do
artigo 231).
SUPORTE LEGAL - CITAÇÃO

 Ar t. 248. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou o chefe de secretaria remeterá ao


citando cópias da petição inicial e do despacho do juiz e comunicará o prazo para
resposta, o endereço do juízo e o respectivo car tório.

 § 1º A car ta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o car teiro, ao fazer a
entrega, que assine o recibo.

 § 2º Sendo o citando pessoa jurídica, será válida a entrega do mandado a pessoa com
poderes de gerência geral ou de administração ou, ainda, a funcionário responsável pelo
recebimento de correspondências.

 § 4º Nos condomínios edilícios ou nos loteamentos com controle de acesso, será válida a
entrega do mandado a funcionário da por taria responsável pelo recebimento de
correspondência, que, entretanto, poderá recusar o recebimento, se declarar, por escrito,
sob as penas da lei, que o destinatário da correspondência está ausente.
E SE ELE SE RECUSA A RECEBER? (JURISPRUDÊNCIA)

 “Houve expedição de carta de intimação para audiência, e citação, com o devido


alerta acerca do prazo para contestar e da pena de revelia. Às fls. 88 foi juntado
aviso de recebimento em nome da requerida, que recusou o recebimento da carta,
conforme se observa do motivo da devolução.

 Ora, a carta foi endereçada corretamente, hipótese em que, mesmo que tivesse
sido recebida por terceiro, seria válida.

 No caso em tela, houve recusa no recebimento, e, considerando justamente o fato


de que foi endereçada corretamente, deduz-se que a recusa se deu pela própria
requerida ou por terceiro sob sua orientação. Não é possível alguém se recusar a
receber a citação e depois se valer de suposta invalidade da citação. Nesse sentido,
entendo válida a intimação e citação.”
E SE ELE SE RECUSA A RECEBER? (JURISPRUDÊNCIA)

 Recurso inominado. Obrigação de fazer cumulada com restituição de


valores. Serviços de contabilidade. Recusa no recebimento da carta de
intimação e citação, corretamente endereçada. Citação válida. Não
comparecimento à audiência de conciliação. Não apresentação de
contestação no prazo de 15 dias da data da audiência. Revelia. Citação
pessoal por hora certa. Contagem apenas dos dias úteis, a partir da efetiva
citação e não da juntada aos autos da certidão. Requerida novamente deixou
de contestar o feito. Revelia. Sentença de procedência mantida por seus
próprios fundamentos (art. 46 da Lei 9.099/95) - Recurso NÃO PROVIDO.

 (TJ-SP - RI: 10042584720198260462 SP 1004258-47.2019.8.26.0462, Relator:


Paulo Fernando Deroma de Mello, Data de Julgamento: 23/08/2021, 4ª Turma
Recursal Cível e Criminal, Data de Publicação: 23/08/2021)
MODALIDADES DE CITAÇÃO

 Oficial de justiça: A citação por Oficial de justiça é um dos casos de exceção à regra e só ocorrerá
nos casos em que não couber citação por car ta, conforme já tratado no tópico anterior, ou quando,
tentada a citação por car ta, a diligência restar frustrada, nos termos do ar tigo 249 do CPC.

 O mandado que o Oficial de Justiça deverá cumprir precisa atender aos mesmos requisitos já
citados para o caso de citação por correio, elencados no ar tigo 250. É papel do Oficial de Justiça
procurar o citando, buscando meios e informações necessárias para encontrá-lo, e diligenciando de
modo mais incisivo que o oficial dos correios faria.

 Ao encontrar o citando, o Oficial de Justiça deverá cumprir as formalidades do ar tigo 251 do CPC, o
qual determina a incumbência de:

I. Ler o mandado ao citando e entregar-lhe a cópia da inicial;


II. Atestar se o citando recebeu ou recusou o recebimento da cópia da inicial;
III. Recolher a assinatura do citando no mandado, ou cer tificar caso o citando se recuse a assinar o
mandado.
MODALIDADES DE CITAÇÃO

 Hora certa: A citação por hora certa é tratada nos artigos 252 a 254 do CPC e
ocorrerá quando o Oficial de Justiça comparecer à residência do citando por duas
vezes, em dias e horários distintos, confirmar que o endereço está correto e
suspeitar que ele está se ocultando para não receber a citação.

 Nesse caso, o Oficial de Justiça deverá preencher a verificação dos pressupostos no


mandado e estará autorizado a intimar quaisquer das pessoas que estiverem
presentes (familiar, vizinho, funcionário da portaria), desde que capaz, que no dia
útil imediato voltará em hora especialmente designada para proceder à citação
(art. 252, CPC).
MODALIDADES DE CITAÇÃO

 Hora cer ta: Nos termos do ar tigo 253 e seus parágrafos, o Oficial de Justiça
comparecerá na hora marcada e, mesmo que não encontre o citando ou outra pessoa
que por ele responda, dará por realizada a citação, cer tificando a ausência do citando e
indicando pessoa a quem entregou a cópia da inicial, além de apontar no mandado que,
caso o citando não responda ao processo, será indicado curador especial.

 Realizada a citação por hora certa, o escrivão ou chefe de secretaria enviará ao


citando, no prazo de 10 (dez) dias, uma car ta, telegrama ou correspondência eletrônica,
dando-lhe ciência de tudo quanto foi registrado pelo Oficial de Justiça (ar t. 254).

 Entretanto, não obstante o envio da correspondência seja obrigatória – e caso não


ocorra acarrete a nulidade da citação – ela não será o marco para o início do prazo de
resposta do réu. O prazo começará a transcorrer a par tir da juntada dos autos do
mandado de citação certificado pelo Oficial de Justiça.
CITAÇÃO POR WHATSAPP - JULGADO

 E M E N TA : AG R AVO D E I N S T R U M E N TO - A ÇÃ O D E R E CO N H E CI M E N TO E D I S S O LU ÇÃ O D E U N I Ã O E S T ÁV E L P O S T M O R T E M
- CI TA ÇÃ O P O R W H AT SAP P - P O S S I B I L I DA D E - P R E CE D E N T E S D O S U P E R I O R T R I B U N AL D E J U S T I ÇA - E X I S T ÊN CI A D E
N O R M AS R E G U L A M E N TA D O R AS E D I TA DA S P E LO TJ M G .

 - A c it a ç ã o p or me i o e l e tr ôn i c o p o ssu i ex p r e ssa p r ev isã o n o Cód ig o P ro c e ss u a l Ci v i l , a l é m d e te r s i d o c l a s s if i c a d a


c o mo p r i o r i t á r i a e m d e tr i me n to d e o u t r a s mo d a l id a d e s a p ós a p ro mu l g a ç ã o d a L e i n . 1 4 . 1 9 5 /2 0 21 - O Co le n d o
S u p e r i o r Tr i b u n a l d e J u st i ç a , e m r e c e n te s j u l g a d o s, r e c o n h e c e u a va li d a d e d a c i t a ç ã o p o r w h a t s a p p , d e sd e q u e
o b se r va d o s os " e l e me n tos i n d u t i vo s d a a u te n t i c id a d e d o d e s t i n a t á r i o, c o mo n ú me ro d o te l e fo n e , c on f i r m a ç ã o
e sc r it a e fo to i n d i vi d u a l " - A c o mu n ic a ç ã o d e a tos p roc e ssu a i s p o r w h a t s a p p fo i g r a d a t i va me n te r e g u l a me n t a d a
p e l o Tr i b u n a l d e J u st i ç a d e M in a s G e r a i s c o m a e d i ç ã o d a s Po r t a r i a s Con ju n t a s n . 1 .0 8 8 / P R / 2 0 , 1 .10 9 /P R /2 0 e
1 .364 /P R /2 2, se n d o e st a b e l e c i d a a p o ssi b i l id a d e d e p ro move r a c it a ç ã o , a n oti f i c a ç ã o e a in t i ma ç ã o , d e fo r ma
e le tr ô n i c a , a n te s d o r é u se h a b i l it a r n o s a u tos, q u a n d o a p a r te d e ma n d a n te h o u ve r fo r n e c i d o e n d e r e ç o e le tr ô n i c o
e li n h a te l e f ô n i c a m óve l c e lu la r d a q u e l e p r i me i ro - D eve se r a u tor i z a d a a c it a ç ã o p or a p l i c a t i vo W h a t sA p p q u a n d o
h á n otí c i a s d e q u e o r é u r e si d e n o ex te r io r, m ost r a n d o- se d if í c i l a r e a l i z a ç ã o d o a to e m se u r e s p e c t i vo p a í s, d i a n te
d a n ã o l o c a l i z a ç ã o d e t r a d u tor j u r a m e n t a d o c a d a st r a d o n o sis te m a A J , p a r a f in s d e ex p e d iç ã o d a c a r t a ro g a t ó r i a
e m l í n g u a e st r a n g e ir a - A c it a ç ã o p or W h a t sAp p d eve se r r e a l iz a d a c om e s t r i t a o b s e r v â n c i a d a s d i r e tr i z e s f i x ad a s
e m p r e c e d e n te s d o S u p e r i o r Tr ib u n a l d e J u st i ç a e d a s d i sp o s iç õ e s c o n t i d a s n a s Po r t a r i a s Co n j u n t a s n .
1 .088 /P R /2 0, 1 .10 9/P R / 20 e 1 .364 /P R /22 d o TJ M G .

 ( TJ - M G - A I : 10 0 0021 2 0 967 390 01 M G , Re l a tor : M a r ia L ui z a S a n t a n a A ss u n ç ã o( J D C onvo c a d a ) , D a t a d e J u l g a m e n to :


04 /08 /20 22, Câ m a r a s E sp e c i a l i z a d a s Cíve i s / 4ª Câ ma r a C íve l E sp e c i a l i z a d a , D a t a d e P u b li c a ç ã o: 0 5 /0 8 /2 0 2 2 )
MODALIDADES DE CITAÇÃO

 Escrivão ou chefe da secretaria: Esse meio de citação existe com o objetivo de


simplificar o procedimento de ciência do réu. Nos termos dos artigos 152, II e 246,
III do CPC, caso o citando compareça ao cartório, o escrivão ou chefe de secretaria
certificará a citação, cientificando-o do processo e do início do prazo para resposta,
fornecendo cópia do processo.
MODALIDADES DE CITAÇÃO

 E d i t al : A c it aç ão p o r E d it al é um a fo r m a d e c it aç ão fic t a, o que signific a que o m and ad o d e c it aç ão não


se r á ent regue d ir etam ente ao c it and o , m as ser á pr at ic ado um ato p roc essual que m it i ga a p esso alid ad e
d a c i t aç ão .

 D o m e sm o m o d o que a c it aç ão p o r ho r a c er ta, c aso haj a r eve li a, ser á ind ic ad o c ur ad o r esp ec i al p ar a


p rom ove r a d efe sa d o r eve l , c o nfo r m e inc iso I I d o ar tigo 72 d o CPC.

 Po r su a ve z , o ar tigo d eterm ina as hip ó teses legai s d e c it aç ão p o r ed i t al, que são :


I. A ç ão p o r usuc ap ião d e im ó ve l ;
II. A ç ão d e r ec up er aç ão e sub st i t uiç ão d e t í t ulo ao p o r tado r ;
III. Qu al quer aç ão que seja nec essári a, p o r d eter m inaç ão l egal, a p rovo c aç ão , p ar a p ar tic ip aç ão no
p roc esso , d e i nter essad o s inc er to s o u d esc o nhec id o s.

O E d i t al d eve r á seguir o s requi sito s ap o nt ad o s p elo ar tigo 257 do CPC e ser á p ub lic ad o na inter net, no site
d o t r i bu nal, na p lat afo r m a d e ed it ai s d o Co nselho N ac i o nal d e Just iç a e, c aso d eter m i nad o p elo juiz , em
jo r nal l o c al d e am pl a c irculaç ão , c o nfo rm e p ec uliar id ad es d a c o m arca.

N o c aso d e ed i t al, o p raz o p ar a resp o st a d o r éu ser á d eterm inad o p el o juiz , ente 20 (vinte) e 6 0 (sessent a)
d ias e c o m eç ar á a fluir d a d at a d e p ub lic aç ão d o ed it al (inc iso I I I d o ar ti go 257).
MODALIDADES DE CITAÇÃO

 Meio eletrônico: A citação por meio eletrônico foi instituída pela Lei nº 11 .419/2006, a qual
dispõe sobre a informatização do processo judicial e determina que, caso os autos estejam
integralmente disponíveis para o citando, a citação poderá ser eletrônica, inclusive para a
Fazenda Pública (ar tigo 6º da Lei nº 11 .419/2006).

 Nesse sentido, o CPC de 2015, na tendência da informatização dos processos, instituiu hipóteses
em que o meio eletrônico será o meio preferencial de citação que são:
I. Empresas públicas e privadas, com exceção das microempresas e empresas de pequeno por te;
II. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as entidades da administração indireta.

É impor tante pontuar que, não obstante a obrigação esteja prevista no CPC, o modo de citação
deverá obser var os requisitos do ar tigo 5º da Lei nº11 .419/2006, que são:

Ar t. 5º As intimações serão feitas por meio eletrônico em por tal próprio aos que se cadastrarem na
forma do ar t. 2º desta Lei, dispensando-se a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico.
AUDIÊNCIA PRELIMINAR DE CONCILIAÇÃO OU
MEDIAÇÃO
 A audiência de conciliação e de mediação está prevista no CPC no artigo 334, que
trata da designação da audiência, as formas de intimação, hipóteses em que não
ocorrerá a audiência, a possibilidade de que ocorra por meio eletrônico, os efeitos
do não comparecimento injustificado do autor e do réu, a obrigatoriedade de
comparecimento de advogado, o modo de autocomposição e a organização da pauta
de audiências.

 Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de
mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu
com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência.
AUDIÊNCIA PRELIMINAR DE CONCILIAÇÃO OU
MEDIAÇÃO
 § 4º A audiência não será realizada:

 I - se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição


consensual;
 II - quando não se admitir a autocomposição.

 § 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na autocomposição,


e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência,
contados da data da audiência.

 § 6º Havendo litisconsórcio, o desinteresse na realização da audiência deve ser


manifestado por todos os litisconsortes.
AUDIÊNCIA PRELIMINAR DE CONCILIAÇÃO OU
MEDIAÇÃO
 § 7º A audiência de conciliação ou de mediação pode realizar-se por meio eletrônico, nos termos
da lei.

 § 8º O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é


considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa de até dois por
cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, rever tida em favor da União ou do
Estado.

 § 9º As par tes devem estar acompanhadas por seus advogados ou defensores públicos.

 § 10. A par te poderá constituir representante, por meio de procuração específica, com poderes
para negociar e transigir.

 § 11 . A autocomposição obtida será reduzida a termo e homologada por sentença.

 § 1 2. A pauta das audiências de conciliação ou de mediação será organizada de modo a respeitar


o inter valo mínimo de 20 (vinte) minutos entre o início de uma e o início da seguinte.
DAS RESPOSTAS DO RÉU

 Conforme já tratado, após a citação válida do réu, caso não haja audiência de
conciliação ou caso a conciliação reste frustrada, inicia-se o prazo para a resposta
do réu.

 Resposta do réu é o termo genérico para todas as possíveis reações processuais


cabíveis ao réu, não se confundindo simplesmente com a defesa, que é apenas uma
espécie de resposta.
DAS RESPOSTAS DO RÉU

 O réu poderá responder à pretensão do autor das seguintes formas:

I. Reconhecimento do pedido do autor (art.487, III, a), que deverá ser homologado
por sentença;
II. Apresentação de contestação, nos termos dos artigos 335 a 342;
III. Reconvenção (art. 343);
IV. Arguição de impedimento ou suspeição (arts. 144 a 148)
V. Revelia, que é a ausência de resposta.
RECONHECIMENTO DO PEDIDO DO AUTOR

 Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:

 III - homologar:

 a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na


reconvenção; (CPC)

 O reconhecimento do pedido do autor é ato realizado pelo réu que resulta em uma
sentença com resolução do mérito, cabendo ao juiz homologar o reconhecimento da
procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção.
CONTESTAÇÃO

 Em prol da concentração da defesa, todos os argumentos de defesa devem ser


apresentados em contestação.

 Inicialmente, a defesa é dividida em dois tipos: de admissibilidade e de mérito.

 As defesas de admissibilidade são traduzidas nas preliminares de contestação,


indicadas no artigo 337 do CPC.

 As matérias de admissibilidade devem ser alegadas em primeiro lugar. Isso deve


ocorrer porque são elas que discutem os pressupostos processuais, as condições da
ação, além de todos os requisitos necessários para a propositura da demanda e
instauração do processo, como por exemplo a ilegitimidade das partes, inépcia da
petição inicial, coisa julgada etc.
CARACTERÍSTICAS DA CONTESTAÇÃO

 As defesas de admissibilidade são divididas em:

 Peremptórias: São as que podem levar à extinção da demanda.

 Dilatórias: São as que adiam a análise o mérito da demanda.

 Podem ser ainda:

 De objeção: São aquelas que podem ser conhecidas de ofício pelo juiz (prescrição,
incompetência absoluta).

 De exceção: São as que devem ser alegadas pela parte, não podendo ser
conhecidas de ofício (incompetência relativa, cláusula de arbitragem).
CARACTERÍSTICAS DA CONTESTAÇÃO

 Por sua vez, a defesa de mérito, como o próprio nome já indica, reflete o direito
material do réu.

 A defesa de mérito pode ser direta ou indireta:

 Direta: Se a defesa de mérito for direta, tem-se a negativa do direito do autor, por
exemplo, e a dívida não existe.

 Indireta: Se for indireta, tem-se a indicação de fatos impeditivos, extintivos ou


modificativos do direito do autor, por exemplo, e a dívida foi paga.
CARACTERÍSTICAS DA CONTESTAÇÃO

 Por fim, a defesa pode ser instrumental ou interna.

 Interna: Sendo interna aquela que pode ser alegada no bojo do processo.

 Instrumentais: Sendo instrumental é aquela que depende da formação de autos


próprios.

 A maioria das defesas são internas, sendo que as instrumentais estão


expressamente previstas na legislação, por exemplo, alegação de suspeição ou
impedimento do magistrado.
DA CONTESTAÇÃO

 A r t . 3 3 6 . I n c u m b e a o r é u a l e g ar, n a c o n te s t aç ã o , to d a a m at é r i a d e d e fe s a, ex p o n d o as r a zõ e s d e f a to e d e
d i r e i to c o m q u e i m p u g n a o p e d i d o d o a u to r e e s p e c i fi c a n d o a s p rova s q u e p r ete n d e p ro d u zi r.

 A r t . 3 37. I n c u m b e ao r é u , an te s d e d i s c u t i r o m é r i to , al e g ar :
 I - I n ex i s t ê n c i a o u n u l i d a d e d a c i t a ç ão ;
 I I - I n c o m p e tê n c i a ab s o l u t a e r e l a t i va ;
 I I I - I n c o r r e ç ão d o va l o r d a c au s a;
 I V - I n é p c i a d a p e ti ç ã o i n i c i al ;
 V - Pe r e m p ç ã o ;
 VI - L i t i s p e n d ê n c i a;
 VI I - C o i s a j u l g ad a;
 VI I I - C o n ex ão ;
 I X - i n c a p a c i d a d e d a p ar te , d e fe i to d e r e p r e s e n t aç ão o u f a l t a d e auto r i zaç ã o ;
 X - C o nve n ç ã o d e ar b i t r ag e m ;
 X I - Au s ê n c i a d e l e g i t i m i d ad e o u d e i n te r e s s e p ro c e s s u a l ;
 X I I - Fa l t a d e c au ç ão o u d e o u t r a p r e s t aç ão q u e a l e i ex i g e c o m o p r e l i m i n a r ;
 X I I I - I n d ev i d a c o n c e s s ão d o b e n e f í c i o d e g r at u i d ad e d e j us t i ç a.
 § 5 º E xc e tu ad as a c o nve n ç ão d e ar b i t r ag e m e a i n c o m p e tê n c i a r e l at i va , o j ui z c o n h e c e r á d e o f í c i o d a s
m at é r i a s e n u m e r ad as n e s te ar ti g o .
REVISITANDO CONCEITOS

 Art. 337.

 § 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz ação


anteriormente ajuizada.

 § 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a mesma causa
de pedir e o mesmo pedido.

 Litispendência: Há litispendência quando se repete ação que está em curso.


 Coisa Julgada: Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por
decisão transitada em julgado.
PRAZOS DA CONTESTAÇÃO

 Art. 335. O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 (quinze)
dias, cujo termo inicial será a data:

 I - da audiência de conciliação ou de mediação, ou da última sessão de conciliação,


quando qualquer parte não comparecer ou, comparecendo, não houver
autocomposição;

 II - do protocolo do pedido de cancelamento da audiência de conciliação ou de


mediação apresentado pelo réu, quando ocorrer a hipótese do art. 334, § 4º, inciso
I (se ambas as partes manifestarem discordando);

 III - prevista no art. 231 , de acordo com o modo como foi feita a citação, nos
demais casos.
PRAZOS DA CONTESTAÇÃO

 O prazo é de 30 dias se o réu for:

I. Ministério Público (art. 180, CPC);


II. Ente público (art. 183, CPC);
III. Réu representado judicialmente por defensor público (art. 186, CPC)
IV. Litisconsorte com advogado diferente do outro litisconsorte (art. 229, CPC).
SUPORTE LEGAL

 A r t. 2 31 . Salvo d isp o siç ão em sent id o d ive r so , c o nsid er a-se d ia d o c o m eç o do pr az o :


 I - a d at a d e junt ad a ao s auto s d o aviso de r ec ebi m ento , quand o a c it aç ão o u a int im aç ão fo r p elo c o r reio ;
 I I - a d at a d e junt ad a ao s auto s d o m and ad o c um p ri d o , quand o a c it aç ão o u a int im aç ão fo r p o r o fic ial d e
j u st i ç a;
 I I I - a d at a d e o c o r r ênc ia d a c it aç ão o u d a int im aç ão , quand o ela se d er p o r ato d o esc ri vão o u do c h efe
d e sec r etari a;
 I V - o d ia út il segui nte ao fim d a d ilaç ão assinad a p elo juiz , quand o a c it aç ão o u a i nt im aç ão fo r p o r
ed i t al ;
 V - o d i a út il segui nte à c o nsul t a ao teo r d a c it aç ão o u d a i nt im aç ão o u ao t ér m ino d o p r az o p ar a que a
c o nsul t a se d ê, quand o a c it aç ão o u a int i m aç ão fo r eletr ô ni c a;
 VI - a d at a d e j unt ad a d o c o m unic ad o d e que t rat a o ar t. 2 32 o u, não have nd o esse, a d at a d e junt ad a d a
c ar ta ao s auto s d e o r igem d evid am ente c um p r id a, quand o a c it aç ão o u a int im aç ão se r ealiz ar em
c u m p r i m ento d e c ar ta;
 VI I - a d at a d e p ub lic aç ão , quand o a int im aç ão se d er p elo D i ári o d a J ust iç a im p resso o u eletr ô nic o ;
 VI I I - o d ia d a c ar ga, quand o a int im aç ão se d er p o r m eio d a r etir ad a d o s auto s, em c ar ga, d o c ar tó r io o u
d a sec r etar ia.
 I X - o qui nto d ia út il seguinte à c o nfirm aç ão , na fo r m a p r evist a na m ensagem d e c it aç ão , d o r ec ebi m ento
d a c i t aç ão r eal iz ad a p o r m eio eletr ô nic o .
SUPORTE LEGAL - ATENÇÃO

 Art. 231.

 § 3º Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de
qualquer forma, participe do processo, sem a intermediação de representante
judicial, o dia do começo do prazo para cumprimento da determinação judicial
corresponderá à data em que se der a comunicação.
NOÇÕES GERAIS DA CONTESTAÇÃO

 Contestação é a manifestação do réu de resistência à pretensão do autor, em que


será, em petição única, alegada toda a matéria de defesa.

 A contestação está para o réu como a petição inicial está para o autor. Trata-se do
instrumento da exceção exercida (exercício do direito de defesa), assim como a
petição inicial é o instrumento da demanda (ação exercida).

 É pela contestação que o réu apresenta sua defesa.

 No procedimento comum, a contestação é escrita e deve ser assinada por quem


tenha capacidade postulatória – advogado, Membro do ministério Público ou
defensor público.
REGRA DA CONCENTRAÇÃO DA DEFESA

 Regra da eventualidade ou Concentração da Defesa  Toda defesa deve ser formulada de


uma só vez, sob pena de preclusão. O réu tem o ônus de alegar tudo o quanto puder, pois,
caso contrário, perderá a opor tunidade de fazê-lo.

 Da mesma forma que o autor pode cumular pedidos, própria ou impropriamente, pode o
réu cumular defesas, própria ou impropriamente.

 Haverá cumulação própria de defesas quando o réu apresentar defesa contra vários
pedidos, que foram apresentados também em cumulação própria: cada defesa faz o
contraponto a um pedido e o demandado deseja que todas elas sejam acolhidas.

 Haverá cumulação eventual de defesas quando o réu alega uma defesa para a hipótese de
a outra, anteriormente formulada, não ser acolhida; aliás, isso é o que normalmente
ocorre, pois o réu, preocupado com a obser vância da regra da eventualidade, apresenta rol
exaustivo de defesas.
ÔNUS DA IMPUGNAÇÃO ESPECIFICADA

 A ideia da especificação da impugnação é que não é possível que exista defesa genérica, de modo que
cada fato alegado pelo autor em sua inicial deverá ser especificamente combatido pelo réu em sua
defe sa.

 Por tanto, o que não for especificamente impugnado será reputado como verdadeiro, nos termos do
ar tigo 341 do CPC.

 Ar t. 341 . Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes
da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:

 I - não for admissíve l, a seu respeito, a confissão;


 II - a petição inicial não estive r acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do
ato;
 III - est ive rem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.

 Pa rágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao
advogado dativo e ao curador especial.
CONTESTAÇÃO E NOVAS ALEGAÇÕES

 Art. 342. Depois da contestação, só é lícito ao réu deduzir novas alegações quando:

 I - relativas a direito ou a fato superveniente;

 II - competir ao juiz conhecer delas de ofício;

 III - por expressa autorização legal, puderem ser formuladas em qualquer tempo e
grau de jurisdição.
PRELIMINARES DE INCOMPETÊNCIA, IMPEDIMENTO E
SUSPEIÇÃO
 As regras envolvendo incompetência e impedimento ou suspeição estão previstas no CPC nos ar tigos
64 a 66 e 144 a 148, respectivamente. São regras gerais que, se não seguidas, podem gerar a
nulidade dos atos praticados, ou até mesmo do processo como um todo.

 Da Incompetência:

 A incompetência pode ser relativa ou absoluta, e deve ser alegada como preliminar de contestação.

 Competência Absoluta: Aquela que é devida em lei em decorrência do direito material envolvido , da
condição de uma das par tes e pelo critério funcional . Por exemplo: a discussão de um tributo federal
atrai a competência absoluta da justiça federal, não podendo ser a ação julgada na justiça estadual.

 A competência Relativa: Como o próprio nome já indica, é aquela que pode ser relativizada por
envolver interesses privados. Sua fixação decorre do valor da causa e da territorialidade . Por
exemplo: em alguns casos, a ação pode ser ajuizada no juizado especial por conta do baixo valor da
causa, mas o autor opta pela justiça comum.
PRELIMINARES DE INCOMPETÊNCIA

 A incompetência absoluta é matéria de ordem pública, podendo ser alegada a


qualquer momento, em preliminar de contestação ou petição apartada, e pode ser
reconhecida de ofício pelo magistrado.

 Por sua vez, a incompetência relativa somente pode ser arguida pelo réu em
preliminar de contestação. Uma vez não sendo arguida, há a relativização da
competência e a preclusão do direito de requerer a remessa dos autos ao juízo
competente.
DO IMPEDIMENTO E DA SUSPEIÇÃO

 A imparcialidade do juiz é condição de validade do processo. Caso sua imparcialidade


seja colocada em discussão, pode gerar a nulidade de todos os atos práticos.

 Nessa linha o CPC traz duas situações a fim de evitar tal parcialidade: casos em que o
juiz está impedido de julgar a ação e casos em que ele pode ser considerado suspeito.

 Nos casos expressamente previstos de impedimento (ar t. 144, CPC), há a ocorrência da


presunção absoluta de que, por conta das situações ali descritas, o juiz não atuará com
a imparcialidade que lhe é obrigatória, logo deve ser afastado do caso.

 As hipóteses de suspeição, por outro lado, são situações em que a parcialidade do juiz
gera uma presunção relativa . Ou seja, pode ser constatado que, apesar de ser amigo
íntimo de uma das partes (inciso I, art. 145, CPC), o juiz manterá sua imparcialidade
não favorecendo nenhuma das par tes.
CAUSAS DE IMPEDIMENTO (ART. 144 CPC)

 A r t. 144 . Há imp ed imento d o ju iz, send o - lhe ved ad o exercer suas fu nç õ es no p roc esso :

 I - em qu e inter veio c o mo mand at ário d a p ar te, o fic io u c o mo perito, fu nc io no u c o m o me mbro d o Minist ério
Pú b lic o o u p restou d ep o ime nto c o m o testem unha;
 II - d e que c o nhec e u em o utro grau d e ju risdiç ão , tendo p roferid o d ec isão ;
 III - qu and o nele estiver po stu land o , c o mo d efenso r pú b lic o , advo gad o o u mem bro d o Minist ério Pú blic o ,
seu c ô njuge o u c o mp anheiro, o u qualquer p arente, c o nsanguíneo o u afim, e m linha reta o u c o lateral, até o
terceiro gr au , inc lu sive;
 IV - qu a nd o fo r p a r te no proc e sso e le p ró prio , se u c ô nju ge o u c o mp anheiro, o u p arente, c o nsangu íneo o u
afim, em linha re ta o u c o lateral, até o terceiro grau , inc lu sive;
 V - quand o fo r só c io o u memb ro d e d ireç ão o u de ad ministraç ão d e p esso a ju ríd ic a par te no p roc esso ;
 VI - qu and o fo r her d eiro presu ntivo , do natário o u emp regad o r de qu alqu er d as p ar tes;
 VII - em que figur e c o m o p ar te inst itu iç ão de ensino c o m a qual tenha relaç ão d e e mprego o u d ec o rrente d e
c o ntrato d e p r esta ç ã o d e ser v iç o s;
 VIII - em qu e f igur e c o mo p ar te c liente d o esc ritó rio de ad vo c ac ia d e seu c ô nju ge , c o mp anheiro o u p arente,
c o nsanguíneo o u a fim, e m linha reta o u c o lateral, até o terceiro grau , inc lusive, me smo qu e p at roc inad o po r
advo gad o d e o u tr o esc r itó rio ;
 IX - qu and o p r omover a ç ão c o nt ra a p ar te o u seu advo gado .
CAUSAS DE SUSPEIÇÃO

 Art. 145. Há suspeição do juiz:

 I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;


 II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou
depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto
da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
 III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
 IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes.

 § 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade
de declarar suas razões.
RECONVENÇÃO

 Nos termos do artigo 343 do CPC, na contestação o réu pode propor reconvenção
para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal e com o argumento
de defesa, como por exemplo em uma ação de cobrança em que o réu alega que o
devedor é, de fato, o autor.

 A reconvenção deverá obedecer aos mesmos requisitos da petição inicial, ainda que
apresentada na mesma petição da contestação, sendo o autor intimado para
apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias (§1º, art. 343).

 Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar


pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
RECONVENÇÃO

 Ar t. 343 (CPC)

 § 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para


apresentar resposta no prazo de 15 (quinze) dias.

 § 3º A reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.

 § 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.

 Caso o autor desista da ação, a reconvenção segue como ação autônoma, sendo
inclusive possível que o então réu indique terceiro para compor a lide conjuntamente
ao autor, ou mesmo indique litisconsorte (§§ 2º, 3º e 4º, art. 343). Inclusive a
independência da reconvenção permite que o autor apresente reconvenção mesmo
sem apresentar contestação (§6º, ar t. 343).
REVELIA

 Uma vez citado para responder à ação, o réu tem o ônus de se defender. Chama-se
ônus pois não é uma obrigação, mas deve arcar com as consequências de não o fazer.

 Nesse sentido, o CPC prevê a aplicação dos efeitos da revelia quanto o réu não
contestar a ação.

 Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão
verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.

 A despeito da ausência de apresentação de contestação e declaração dos efeitos da


revelia, o réu será intimado através do seu advogado ou por diário oficial. As
contestações de todos os atos processuais podem se manifestar no processo a
qualquer momento.
MÓDULO DE QUESTÕES Prof. Thiago da Silva
QUESTÃO 1

 Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PGE-ES Prova: Instituto Consulplan -
2022 - PGE-ES - Estagiário de Direito.

 Antônio decidiu propor ação de indenização por danos morais em face de Pedro.
Considerando o disposto no Código de Processo Civil, bem como o caso hipotético,
a ação pretendida por Antônio será considerada proposta quando:

a) Houver a citação do réu.


b) For protocolada a petição inicial.
c) A petição inicial for analisada pelo juiz.
d) A petição inicial for autuada e registrada.
QUESTÃO 1

 Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PGE-ES Prova: Instituto Consulplan -
2022 - PGE-ES - Estagiário de Direito.

 Antônio decidiu propor ação de indenização por danos morais em face de Pedro.
Considerando o disposto no Código de Processo Civil, bem como o caso hipotético,
a ação pretendida por Antônio será considerada proposta quando:

a) Houver a citação do réu.


b) For protocolada a petição inicial.
c) A petição inicial for analisada pelo juiz.
d) A petição inicial for autuada e registrada.
QUESTÃO 2

 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2013 - TJ-DFT -
Analista Judiciário - Área Judiciária.

 Com relação à capacidade processual e postulatória e ao serventuário da justiça,


julgue os itens subsequentes.

 A capacidade processual, definida como a capacidade de a pessoa estar em juízo


na defesa de seus interesses, distingue-se da capacidade postulatória, atribuída ao
advogado para que ele defenda em juízo os interesses do jurisdicionado.

a) Certo
b) Errado
QUESTÃO 2

 Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2013 - TJ-DFT -
Analista Judiciário - Área Judiciária.

 Com relação à capacidade processual e postulatória e ao serventuário da justiça,


julgue os itens subsequentes.

 A capacidade processual, definida como a capacidade de a pessoa estar em juízo


na defesa de seus interesses, distingue-se da capacidade postulatória, atribuída ao
advogado para que ele defenda em juízo os interesses do jurisdicionado.

a) Certo
b) Errado
QUESTÃO 3

 Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE -
2022 - PGE-RJ - Técnico Processual

 Julgue o item que se segue, a respeito dos institutos da litispendência e da coisa


julgada.

 Há litispendência quando se repete ação que já teve decisão de mérito transitada


em julgado, com as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.

 Alternativas:

a) Certo
b) Errado
QUESTÃO 3

 Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-RJ Prova: CESPE / CEBRASPE -
2022 - PGE-RJ - Técnico Processual

 Julgue o item que se segue, a respeito dos institutos da litispendência e da coisa


julgada.

 Há litispendência quando se repete ação que já teve decisão de mérito transitada


em julgado, com as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.

 Alternativas:

a) Certo
b) Errado
QUESTÃO 4

 A n o: 2017 Ba n ca : FAU Ó rg ã o: Pre fe it u ra de A pu ca ra n a - PR Prova : FAU - 2017 - Pre fe it u ra de A pu ca ra n a -


PR – Advog a do

 A peti çã o in icia l é o in s tru m e n to pe lo q u a l o in te re s s a do invoca a a t ivida de ju ri s dicion a l, fa ze n do s u rg ir o


proce s s o, de s ta fo rm a deve m s e r obe de cidos re q u is i tos e i n s t ru çõe s . A s s im , é C O R R ETO a fi rm a r:

a) A petiçã o in icia l in dica rá de n t re e le s : o j u ízo a q u e é di ri g ida , o fa to e os f u n da m e n tos ju rí di cos do


pe di do, s e n do dis pe n s a do in dica r o va l or da ca u s a .
b) A petiçã o in icia l pode rá ou n ã o s e r in s t ru í da com os docu m e n tos i n di s pe n s á ve is à propos it u ra da a çã o.
c) O ju iz, a o ve rifica r q u e a peti çã o in icia l n ã o pre e n ch e os re q u i s itos le g a is ou q u e a pre s e n t a de fe i tos e
irre g u la rida de s ca pa ze s de di ficu lt a r o j u lg a m e n to de m é rito, dete rm in a rá q u e o a u tor, n o pra zo de 15
(q u in ze ) dia s , a e m e n de ou a com pl ete , in dica n do com pre cis ã o o q u e deve s e r corri g ido ou
com pleta do, e m e s m o s e a q u e l e n ã o cu m pri r a di lig ê n cia te rá s u a pet içã o de fe rida .
d) É i lícita a cu m u la çã o, e m u m ú n ico proce s s o, con tra o m e s m o ré u , de vá rios pe didos , a in da q u e e n tre
e le s n ã o h a ja con exã o.
e) A petiçã o in icia l s e rá i n de fe rida q u a n do fo r in e pta .
QUESTÃO 4

 A n o: 2017 Ba n ca : FAU Ó rg ã o: Pre fe it u ra de A pu ca ra n a - PR Prova : FAU - 2017 - Pre fe it u ra de A pu ca ra n a -


PR – Advog a do

 A peti çã o in icia l é o in s tru m e n to pe lo q u a l o in te re s s a do invoca a a t ivida de ju ri s dicion a l, fa ze n do s u rg ir o


proce s s o, de s ta fo rm a deve m s e r obe de cidos re q u is i tos e i n s t ru çõe s . A s s im , é C O R R ETO a fi rm a r:

a) A petiçã o in icia l in dica rá de n t re e le s : o j u ízo a q u e é di ri g ida , o fa to e os f u n da m e n tos ju rí di cos do


pe di do, s e n do dis pe n s a do in dica r o va l or da ca u s a .
b) A petiçã o in icia l pode rá ou n ã o s e r in s t ru í da com os docu m e n tos i n di s pe n s á ve is à propos it u ra da a çã o.
c) O ju iz, a o ve rifica r q u e a peti çã o in icia l n ã o pre e n ch e os re q u i s itos le g a is ou q u e a pre s e n t a de fe i tos e
irre g u la rida de s ca pa ze s de di ficu lt a r o j u lg a m e n to de m é rito, dete rm in a rá q u e o a u tor, n o pra zo de 15
(q u in ze ) dia s , a e m e n de ou a com pl ete , in dica n do com pre cis ã o o q u e deve s e r corri g ido ou
com pleta do, e m e s m o s e a q u e l e n ã o cu m pri r a di lig ê n cia te rá s u a pet içã o de fe rida .
d) É i lícita a cu m u la çã o, e m u m ú n ico proce s s o, con tra o m e s m o ré u , de vá rios pe didos , a in da q u e e n tre
e le s n ã o h a ja con exã o.
e) A petiçã o in icia l s e rá i n de fe rida q u a n do fo r in e pta .
QUESTÃO 5

 Ano: 2022 Banca: FUMARC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Prova: FUMARC - 2022 - TRT
- 3ª Região (MG) - Analista Judiciário – Área Judiciária.

 É causa de inépcia da petição inicial a seguinte hipótese:

a) Quando contiver pedidos com fundamentos diversos.


b) Quando o pedido for genérico, independente da matéria.
c) Quando o provimento demandado for desnecessário.
d) Quando o provimento demandado for inútil.
e) Quando lhe faltar pedido.
QUESTÃO 5

 Ano: 2022 Banca: FUMARC Órgão: TRT - 3ª Região (MG) Prova: FUMARC - 2022 - TRT
- 3ª Região (MG) - Analista Judiciário – Área Judiciária.

 É causa de inépcia da petição inicial a seguinte hipótese:

a) Quando contiver pedidos com fundamentos diversos.


b) Quando o pedido for genérico, independente da matéria.
c) Quando o provimento demandado for desnecessário.
d) Quando o provimento demandado for inútil.
e) Quando lhe faltar pedido.
QUESTÃO 6

 Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de
Itapevi - SP - Analista Jurídico - Procurador Municipal

 A petição inicial é o ato processual através do qual o autor concretiza o seu direito de ação,
obser vando-se que:

a) Deverá nela constar, como requisito, a indicação da fundamentação legal do pedido apresentado.
b) A deficiência da qualificação do Réu gera o seu indeferimento, ainda que possível a citação do
réu.
c) Constatada a ausência de seus requisitos, o juiz deverá intimar o autor, para que, no prazo de 10
(dez) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.
d) Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de financiamento de bens, o
autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar, dentre as obrigações contratuais, aquelas que
pretende controver ter, além de quantificar o valor incontrover so do débito.
e) Será instruída com os documentos e as declarações de testemunhas indispensáveis à propositura
da ação, sob pena de indeferimento.
QUESTÃO 6

 Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: Prefeitura de Itapevi - SP Prova: VUNESP - 2019 - Prefeitura de
Itapevi - SP - Analista Jurídico - Procurador Municipal

 A petição inicial é o ato processual através do qual o autor concretiza o seu direito de ação,
obser vando-se que

a) Deverá nela constar, como requisito, a indicação da fundamentação legal do pedido apresentado.
b) A deficiência da qualificação do Réu gera o seu indeferimento, ainda que possível a citação do
réu.
c) Constatada a ausência de seus requisitos, o juiz deverá intimar o autor, para que, no prazo de 10
(dez) dias, a emende ou a complete, indicando com precisão o que deve ser corrigido ou
completado.
d) Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de financiamento de bens, o
autor terá de, sob pena de inépcia, discriminar, dentre as obrigações contratuais, aquelas que
pretende controver ter, além de quantificar o valor incontrover so do débito.
e) Será instruída com os documentos e as declarações de testemunhas indispensáveis à propositura
da ação, sob pena de indeferimento.
QUESTÃO 7

 Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPC-SC Prova: CESPE / CEBRASPE -
2022 - MPC-SC - Procurador de Contas do Ministério Público

 No que diz respeito à declaração de inconstitucionalidade, às provas, à suspensão


do processo, à tutela de urgência e à petição inicial, julgue o item a seguir, com
base no CPC e na jurisprudência dos tribunais superiores.

 É lícito ao credor formular pedido facultativo nos casos em que o devedor puder
cumprir a prestação de mais de um modo.

 a) Certo;
 b) Errado;
QUESTÃO 7

 Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPC-SC Prova: CESPE / CEBRASPE -
2022 - MPC-SC - Procurador de Contas do Ministério Público

 No que diz respeito à declaração de inconstitucionalidade, às provas, à suspensão


do processo, à tutela de urgência e à petição inicial, julgue o item a seguir, com
base no CPC e na jurisprudência dos tribunais superiores.

 É lícito ao credor formular pedido facultativo nos casos em que o devedor puder
cumprir a prestação de mais de um modo.

 a) Certo;
 b) Errado;
JUSTIFICATIVA

 Art. 325. O pedido será alternativo quando, pela natureza da obrigação, o devedor
puder cumprir a prestação de mais de um modo.
QUESTÃO 8 – DIFÍCIL

 A n o : 2 016 B an c a: T R T 4 º Re g i ã o Ó r g ão : T R T - 4 ª R E G I Ã O ( R S ) P rova : TR T 4 º Re g i ã o - 2 016 - TR T - 4 ª R E G I Ã O


( R S ) - J u i z d o Tr ab al h o S u b s t i t u to .

 C o n s i d e r e as as s e r t i va s ab ai xo s o b r e o s r e q u i s i to s d a p e ti ç ão i n i c i a l .

 I - S e , m e s m o a p ó s d a r a o a u to r a o p o r tu n i d ad e d e e m e n d ar a p eti ç ão i n i c i a l , p e r s i s t i r v í c i o q ue d ete r m i n o u
a e m e n d a, o Juiz i n d e fe r i r á a p e ti ç ã o inicial sem d ete r m i n ar a c i t aç ão do r é u.

 I I - É f ac u l t ad o a o au to r, at é a c i t a ç ã o , ad i t ar o u al te r ar o p e d i d o o u a c a us a d e p e d i r, i n d e p e n d e n te m e n te
d o c o n s e n t i m e n to d o r é u , b e m c o m o f az ê - l o , at é o s a n e a m e n to d o p ro c e s s o , c o m o c o n s e n t i m e n to d o r é u,
as s e g ur ad o o d ev i d o c o n t r ad i t ó r i o . C o n t u d o , s i t u aç ão i d ê n t i c a n ão s e ap l i c a à h i p ó te s e d e r e c o nve n ç ã o ,
c o n s i d e r a n d o q u e j á e s t ab e l e c i d o s , d e an te m ão , a c au s a d e p e d i r e o p e d i d o c o r r e l ato .

 I I I - A p ó s a c i t aç ão d o r é u , n ã o m ai s p o d e r á o J u i z i n d e fe r i r a p eti ç ã o i n i c i a l ; p o d e r á, c o n t ud o , ac o l h e r
eve n t u al p r e l i m i n ar s u s c i t a d a p e l o r é u , a i n d a q u e s e t r ate d e p r e l i m i n a r s o b r e te m a c ap az d e e n s e j ar o
i n d e fe r i m e n to d a p e ti ç ã o i n i c i al , ex t i n g u i n d o , p o r é m , o p ro c e s s o , s e m r e s o l uç ão d o m é r i to .

 Q u ai s s ão c o r r e tas ?
QUESTÃO 8 - DIFÍCIL

a) Apenas I

b) Apenas II

c) Apenas III

d) Apenas I e III

e) I, II e III
QUESTÃO 8 - DIFÍCIL

a) Apenas I

b) Apenas II

c) Apenas III

d) Apenas I e III

e) I, II e III
JUSTIFICATIVA

 I - CORRETO: Ar t. 321 . O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos ar ts. 319 e 320 ou que apresenta defeitos e
i r r e g u l a r i d a d e s c a p a z e s d e d i f i c u l t a r o j u l g a m e n to d e m é r i to , d e te r m i n a r á q u e o a u to r, n o p r a z o d e 1 5 ( q u i n z e ) d i a s , a e m e n d e o u a c o m p l e te ,
indicando com precisão o que deve ser corrigido ou completado. Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição
inicial.

 II - ERRADO: Ar t. 329. O autor poderá:

 I - a t é a c i t a ç ã o , a d i t a r o u a l te r a r o p e d i d o o u a c a u s a d e p e d i r, i n d e p e n d e n te m e n te d e c o n s e n t i m e n to d o r é u ;
 I I - a t é o s a n e a m e n to d o p r o c e s s o , a d i t a r o u a l te r a r o p e d i d o e a c a u s a d e p e d i r, c o m c o n s e n t i m e n to d o r é u , a s s e g u r a d o o c o n t r a d i t ó r i o m e d i a n te a
p o s s i b i l i d a d e d e m a n i f e s t a ç ã o d e s te n o p r a z o m í n i m o d e 1 5 ( q u i n z e ) d i a s , f a c u l t a d o o r e q u e r i m e n to d e p r ova s u p l e m e n t a r.
 P a r á g r a f o ú n i c o . A p l i c a - s e o d i s p o s to n e s te a r t i g o à r e c o nv e n ç ã o e à r e s p e c t i va c a u s a d e p e d i r.

 III - CORRETO:
 Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:
 I - for inepta;
 II - a par te for manifestamente ilegítima;
 III - o autor carecer de interesse processual;
 IV - não atendidas as prescrições dos ar ts. 106 e 321 .

 § 1o Considera-se inepta a petição inicial quando:


 I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;
 II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se permite o pedido genérico;
 III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
 IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

 Ar t. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:


 I - indeferir a petição inicial;
QUESTÃO 9

 Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Acrelândia - AC Prova: IBADE - 2022 -
Prefeitura de Acrelândia - AC – Procurador

 Em que pese os ditames do Código de Processo Civil, sobre o pedido, é CORRETO


afirmar que o autor poderá, entre outros, até o saneamento do processo, aditar ou
alterar o pedido e a causa de pedir, com o consentimento do réu, assegurado o
contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste, no prazo mínimo de:

a) Quinze dias.
b) Vinte e cinco dias.
c) Trinta dias.
d) Quarenta e cinco dias.
e) Sessenta dias.
QUESTÃO 9

 Ano: 2022 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Acrelândia - AC Prova: IBADE - 2022 -
Prefeitura de Acrelândia - AC – Procurador

 Em que pese os ditames do Código de Processo Civil, sobre o pedido, é CORRETO


afirmar que o autor poderá, entre outros, até o saneamento do processo, aditar ou
alterar o pedido e a causa de pedir, com o consentimento do réu, assegurado o
contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste, no prazo mínimo de:

a) Quinze dias.
b) Vinte e cinco dias.
c) Trinta dias.
d) Quarenta e cinco dias.
e) Sessenta dias.
QUESTÃO 10

 Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PGE-ES Prova: Instituto Consulplan -
2022 - PGE-ES - Estagiário de Direito

 O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará:

a) Extinção da ação sem resolução do mérito.


b) Que o autor, no prazo de quinze dias, a emende ou complete a petição inicial.
c) Diligências à Secretaria do Juízo para obtenção das informações faltantes na
petição inicial.
d) A citação do réu para que apresente defesa, cabendo à parte adversa indicar com
precisão os vícios que podem gerar nulidade total ou absoluta.
QUESTÃO 10

 Ano: 2022 Banca: Instituto Consulplan Órgão: PGE-ES Prova: Instituto Consulplan -
2022 - PGE-ES - Estagiário de Direito

 O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos legais ou que
apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará:

a) Extinção da ação sem resolução do mérito.


b) Que o autor, no prazo de quinze dias, a emende ou complete a petição inicial.
c) Diligências à Secretaria do Juízo para obtenção das informações faltantes na
petição inicial.
d) A citação do réu para que apresente defesa, cabendo à parte adversa indicar com
precisão os vícios que podem gerar nulidade total ou absoluta.
QUESTÃO 11

 Ano: 2019 Banca: MPE-PR Órgão: MPE-PR Prova: MPE-PR - 2019 - MPE-PR - Promotor Substituto ;

 Sobre as hipóteses de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido,


assinale a alternativa correta, de acordo com o Código de Processo Civil de 2015:

a) A inépcia da petição inicial, a manifesta ilegitimidade da par te e a ausência de interesse


processual são hipóteses de indeferimento da petição inicial.

b) A apelação interposta contra sentença que indefere a petição inicial não admite juízo de
reconsideração.

c) A apelação interposta contra sentença que indefere a petição inicial não será objeto de
contraditório e será imediatamente remetida ao tribunal competente.

d) A sentença que declara, liminarmente, prescrição ou decadência é decisão de indeferimento da


petição inicial.
QUESTÃO 11

 Ano: 2019 Banca: MPE-PR Órgão: MPE-PR Prova: MPE-PR - 2019 - MPE-PR - Promotor Substituto ;

 Sobre as hipóteses de indeferimento da petição inicial e de improcedência liminar do pedido,


assinale a alternativa correta, de acordo com o Código de Processo Civil de 2015:

a) A inépcia da petição inicial, a manifesta ilegitimidade da par te e a ausência de interesse


processual são hipóteses de indeferimento da petição inicial.

b) A apelação interposta contra sentença que indefere a petição inicial não admite juízo de
reconsideração.

c) A apelação interposta contra sentença que indefere a petição inicial não será objeto de
contraditório e será imediatamente remetida ao tribunal competente.

d) A sentença que declara, liminarmente, prescrição ou decadência é decisão de indeferimento da


petição inicial.
JUSTIFICATIVA

A - C O R R E TA :
A r t . 3 3 0 . A p e t i ç ã o i n i c i a l s e r á i n d e fe r i d a q u a n d o :
I - fo r i n e p t a ;
I I - a p a r te fo r m a n i fe s t a m e n te i l e g í t i m a ;
I I I - o a u to r c a r e c e r d e i n te r e s s e p r o c e s s u a l ;

B - I N C O R R E TA :
A r t . 3 31 . I n d e fe r i d a a p e t i ç ã o i n i c i a l , o a u to r p o d e r á a p e l a r, f a c u l t a d o a o j u i z , n o p r a z o d e 5 ( c i n c o ) d i a s , r e t r a t a r - s e .

C - I N C O R R E TA :
A r t . 3 31 . I n d e fe r i d a a p e t i ç ã o i n i c i a l , o a u to r p o d e r á a p e l a r, f a c u l t a d o a o j u i z , n o p r a z o d e 5 ( c i n c o ) d i a s , r e t r a t a r - s e .
§ 1 Se não houver retratação, o juiz mandará citar o réu para responder ao recurso .

D - I N C O R R E TA :
A r t . 3 3 2 . N a s c a u s a s q u e d i s p e n s e m a f a s e i n s t r u t ó r i a , o j u i z , i n d e p e n d e n te m e n te d a c i t a ç ã o d o r é u , j u l g a r á
l i m i n a r m e n te i m p r o c e d e n te o p e d i d o q u e c o n t r a r i a r :

§ 1 O j u i z t a m b é m p o d e r á j u l g a r l i m i n a r m e n te i m p r oc e d e n te o p e d i d o s e ve r i f i c a r, d e s d e l o g o , a o c o r r ê n c i a d e
decadência ou de prescrição .
QUESTÃO 12

 1.Antônio decidiu propor ação de indenização por danos morais em face de Pedro.
Considerando o disposto no Código de Processo Civil, bem como o caso hipotético,
a ação pretendida por Antônio será considerada proposta quando:

a) Houver a citação do réu.


b) For protocolada a petição inicial.
c) A petição inicial for analisada pelo juiz.
d) A petição inicial for autuada e registrada.
e) A partir da inclusão de assinatura eletrônica do patrono de Antônio no documento
em formato PDF.
QUESTÃO 12

 1.Antônio decidiu propor ação de indenização por danos morais em face de Pedro.
Considerando o disposto no Código de Processo Civil, bem como o caso hipotético,
a ação pretendida por Antônio será considerada proposta quando:

a) Houver a citação do réu.


b) For protocolada a petição inicial.
c) A petição inicial for analisada pelo juiz.
d) A petição inicial for autuada e registrada.
e) A partir da inclusão de assinatura eletrônica do patrono de Antônio no documento
em formato PDF.
QUESTÃO 13

 Com relação à capacidade processual e postulatória e ao ser ve ntuário da justiça, julgue a afirm ativa
correta:

a) A capacidade processual, definida com o a capacidade de a pessoa estar em juízo n a defe sa de


seus interesses, distingue-se da capacidade postulatória, atribuída ao advogado para que ele
defenda em juízo os interesses do jurisdicionado.
b) A capacidade processual, definida com o a capacidade atribuída ao advogado para que ele defe nda
em juízo os interesses do jurisdicionado, distingue-se da capacidade postulatória, considerada a
capacidade de a par te estar perante o juízo na defe sa dos seus interesses, em qualquer caso.
c) Capacidade processual e capacidade postulatória são sinônim as. Não há distinção entre os dois
tipos de capacidade e seus significados.
d) A capacidade processual se confunde com o princípio do Jus Postulandi, ou seja, de acordo com o
Código de Processo Civil, todos possuem a capacidade de estar perante o juízo e praticar todos os
atos processuais, seja o protocolo da petição inicial, recur sos e outros m eios de im pugn ação de
decisão judicial.
e) Não existem hipóteses nas quais as par tes possam cum ular a capacidade processual com a
capacidade postulatória.
QUESTÃO 13

 Com relação à capacidade processual e postulatória e ao ser ve ntuário da justiça, julgue a afirm ativa
correta:

a) A capacidade processual, definida com o a capacidade de a pessoa estar em juízo n a defe sa de


seus interesses, distingue-se da capacidade postulatória, atribuída ao advogado para que ele
defenda em juízo os interesses do jurisdicionado.
b) A capacidade processual, definida com o a capacidade atribuída ao advogado para que ele defe nda
em juízo os interesses do jurisdicionado, distingue-se da capacidade postulatória, considerada a
capacidade de a par te estar perante o juízo na defe sa dos seus interesses, em qualquer caso.
c) Capacidade processual e capacidade postulatória são sinônim as. Não há distinção entre os dois
tipos de capacidade e seus significados.
d) A capacidade processual se confunde com o princípio do Jus Postulandi, ou seja, de acordo com o
Código de Processo Civil, todos possuem a capacidade de estar perante o juízo e praticar todos os
atos processuais, seja o protocolo da petição inicial, recur sos e outros m eios de im pugn ação de
decisão judicial.
e) Não existem hipóteses nas quais as par tes possam cum ular a capacidade processual com a
capacidade postulatória.
QUESTÃO 14

 Assinale a alternativa correta, a respeito dos institutos da litispendência, da coisa julgada


e da conexão:

a) Há litispendência quando se repete ação que já teve decisão de mérito transitada em


julgado, com as mesmas par tes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
b) Litispendência é uma autoridade que impede a modificação ou discussão de decisão de
mérito da qual não cabe mais recursos.
c) A conexão ocorre quando quando se repete a ação, que está em curso. São causas
idênticas, que tramitam no Judiciário ao mesmo tempo. O Juiz pode, de ofício ou a
requerimento de qualquer das par tes, ordenar a reunião de ações propostas.
d) A coisa julgada é uma autoridade que impede a modificação ou discussão de decisão de
mérito da qual não cabe mais recursos.
e) A litispendência gera conexão, pois se repetiu exatamente as mesmas par tes, causa de
pedir e pedido. Pelo motivo de serem causas idênticas, em todos os aspectos, ambas
serão julgadas ao mesmo tempo.
QUESTÃO 14

 Assinale a alternativa correta, a respeito dos institutos da litispendência, da coisa julgada


e da conexão:

a) Há litispendência quando se repete ação que já teve decisão de mérito transitada em


julgado, com as mesmas par tes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
b) Litispendência é uma autoridade que impede a modificação ou discussão de decisão de
mérito da qual não cabe mais recursos.
c) A conexão ocorre quando quando se repete a ação, que está em curso. São causas
idênticas, que tramitam no Judiciário ao mesmo tempo. O Juiz pode, de ofício ou a
requerimento de qualquer das par tes, ordenar a reunião de ações propostas.
d) A coisa julgada é uma autoridade que impede a modificação ou discussão de decisão de
mérito da qual não cabe mais recursos.
e) A litispendência gera conexão, pois se repetiu exatamente as mesmas par tes, causa de
pedir e pedido. Pelo motivo de serem causas idênticas, em todos os aspectos, ambas
serão julgadas ao mesmo tempo.
QUESTÃO 15

 Sobre a Petição Inicial e a Demanda, assinale a alternativa correta:

a) A petição inicial não é considerada um ato solene, podendo ser apresentada de forma
verbal, via de regra, de acordo com as regras do Processo Cível.
b) A petição inicial não possui requisitos legais, sendo de forma livre, em razão do princípio
da inafastabilidade do poder judiciário previsto no ar t. 5° inciso XXXV da Constituição
Federal.
c) Se existir uma nulidade sanável na petição inicial, esta deverá ser indeferida. Se houver
uma nulidade insanável na petição inicial, esta deverá ser emendada.
d) Podemos afirmar que a petição inicial não dá o tom para a atividade jurisdicional. Esta
atividade não pode extrapolar os limites da petição inicial, caso contrário, obser varemos
o fenômeno das sentenças extra petita, citra petita e ultra petita.
e) Os requisitos legais da petição inicial encontram-se no ar tigo 319 do Código de Processo
Civil. Todavia, este rol não é taxativo, vislumbrando-se outros requisitos nos ar tigos 287
e 106, I do CPC, por exemplo.
QUESTÃO 15

 Sobre a Petição Inicial e a Demanda, assinale a alternativa correta:

a) A petição inicial não é considerada um ato solene, podendo ser apresentada de forma
verbal, via de regra, de acordo com as regras do Processo Cível.
b) A petição inicial não possui requisitos legais, sendo de forma livre, em razão do princípio
da inafastabilidade do poder judiciário previsto no ar t. 5° inciso XXXV da Constituição
Federal.
c) Se existir uma nulidade sanável na petição inicial, esta deverá ser indeferida. Se houver
uma nulidade insanável na petição inicial, esta deverá ser emendada.
d) Podemos afirmar que a petição inicial não dá o tom para a atividade jurisdicional. Esta
atividade não pode extrapolar os limites da petição inicial, caso contrário, obser varemos
o fenômeno das sentenças extra petita, citra petita e ultra petita.
e) Os requisitos legais da petição inicial encontram-se no ar tigo 319 do Código de Processo
Civil. Todavia, este rol não é taxativo, vislumbrando-se outros requisitos nos ar tigos 287
e 106, I do CPC, por exemplo.
QUESTÃO 16

 O processo é, sinteticamente, um conjunto de normas aplicáveis a procedimentos judiciais. Estas


normas têm o objetivo de dirimir conflitos gerados no âmbito de uma relação jurídica entre sujeitos. O
início do processo inaugura uma série de atos processuais que se seguirão, formando a relação entre
as par tes do processo, bem como entre estas e aquela jurisdição. Considerando o formalismo
intrínseco aos atos processuais e ao Direito Processual Civil, assinale a afirmação correta:

a) Considera-se proposta a ação quando a petição inicial gerar o efeito de citação. A propositura da
ação produz os efe itos mencionados quanto ao réu no ar t. 240 desde a sua propositura.
b) A par tir da citação da ação, o processo passa a produzir efeitos para o autor, gerando
litispendência.
c) A propositura da demanda não induz litispendência e não torna litigiosa a coisa em relação ao autor;
d) A petição inicial é o conteúdo da demanda. A demanda é a forma que a petição inicial toma. Seu
conteúdo não apresenta requisitos formais para propositura perante o poder judiciário e pode
provocar a inércia jurisdicional sem formalismos.
e) O processo se inicia com o protocolo da petição inicial, que representa a propositura da demanda
naquela data específica, conforme ar tigo 31 2 do CPC. A citação é apenas requisito de validade do
processo, considerando que sua formação originou-se com o protocolo da peça exordial.
QUESTÃO 16

 O processo é, sinteticamente, um conjunto de normas aplicáveis a procedimentos judiciais. Estas


normas têm o objetivo de dirimir conflitos gerados no âmbito de uma relação jurídica entre sujeitos. O
início do processo inaugura uma série de atos processuais que se seguirão, formando a relação entre
as par tes do processo, bem como entre estas e aquela jurisdição. Considerando o formalismo
intrínseco aos atos processuais e ao Direito Processual Civil, assinale a afirmação correta:

a) Considera-se proposta a ação quando a petição inicial gerar o efeito de citação. A propositura da
ação produz os efe itos mencionados quanto ao réu no ar t. 240 desde a sua propositura.
b) A par tir da citação da ação, o processo passa a produzir efeitos para o autor, gerando
litispendência.
c) A propositura da demanda não induz litispendência e não torna litigiosa a coisa em relação ao autor;
d) A petição inicial é o conteúdo da demanda. A demanda é a forma que a petição inicial toma. Seu
conteúdo não apresenta requisitos formais para propositura perante o poder judiciário e pode
provocar a inércia jurisdicional sem formalismos.
e) O processo se inicia com o protocolo da petição inicial, que representa a propositura da demanda
naquela data específica, conforme ar tigo 31 2 do CPC. A citação é apenas requisito de validade do
processo, considerando que sua formação originou-se com o protocolo da peça exordial.
QUESTÃO 17

 O Código de Processo Civil apresenta o que uma petição inicial deve conter para que seja deferida
pelo juiz e para que se dê prosseguimento à demanda. Entretanto, pode acontecer de alguns dos
requisitos formais não serem obser vados pela par te autora. Falhas no procedimento de postulação
inicial são comuns e devem ser obser vadas com atenção por advogados, ser vidores da justiça e
magistrados. Diante de tal situação, se o magistrado verificar que algum dos requisitos dos ar tigos
319 ou 320 está ausente ou apresenta irregularidades capazes de dificultar o julgamento do
mérito, o juiz:

a) Poderá expedir decisão para que o autor no prazo de 15 (quinze) dias, emende ou complete a
petição inicial, tendo ainda a possibilidade de indeferir a petição de plano.
b) Indeferirá imediatamente a petição inicial, pois a ausência dos requisitos previstos no ar tigo 319
e 320 acarreta no indeferimento imediato da inicial.
c) Determinará no prazo de 15 (quinze) dias corridos, a emenda ou o complemento da petição,
sendo desnecessário indicar o que deve ser corrigido ou completado.
d) O juiz adotará a improcedência liminar do pedido para o caso.
e) Determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, emende ou complete a petição, indicando
com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
QUESTÃO 17

 O Código de Processo Civil apresenta o que uma petição inicial deve conter para que seja deferida
pelo juiz e para que se dê prosseguimento à demanda. Entretanto, pode acontecer de alguns dos
requisitos formais não serem obser vados pela par te autora. Falhas no procedimento de postulação
inicial são comuns e devem ser obser vadas com atenção por advogados, ser vidores da justiça e
magistrados. Diante de tal situação, se o magistrado verificar que algum dos requisitos dos ar tigos
319 ou 320 está ausente ou apresenta irregularidades capazes de dificultar o julgamento do
mérito, o juiz:

a) Poderá expedir decisão para que o autor no prazo de 15 (quinze) dias, emende ou complete a
petição inicial, tendo ainda a possibilidade de indeferir a petição de plano.
b) Indeferirá imediatamente a petição inicial, pois a ausência dos requisitos previstos no ar tigo 319
e 320 acarreta no indeferimento imediato da inicial.
c) Determinará no prazo de 15 (quinze) dias corridos, a emenda ou o complemento da petição,
sendo desnecessário indicar o que deve ser corrigido ou completado.
d) O juiz adotará a improcedência liminar do pedido para o caso.
e) Determinará que o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, emende ou complete a petição, indicando
com precisão o que deve ser corrigido ou completado.
QUESTÃO 18

 A aud i ênc i a d e c o nc i l i aç ã o e d e me d i aç ão está p revi sta no C ó d i go d e Proc esso C i vi l no ar t i go 3 3 4 . Tal


d i sp o si ti vo trata d a d e si gna ç ão d a au d i ê nc i a, d a s fo rmas d e i nti maç ão , d as hi p ó teses em que não o c o rrerá a
au d i ênc i a, d a p o ssi b i l i d a d e d e qu e o c o rra p o r me i o el etrô ni c o , o s efei tos d o não c o mp a rec i mento
i nj u sti fic ad o d o au tor e d o ré u , a o b ri ga tori e d a d e d e c o mp a rec i mento d e ad vo ga d o , o mo d o d e
au toc o mp o si ç ã o e a o rgan i z aç ã o d a p au ta d e au d i ê nc i as. Perante a s regras p roc essu ai s p a ra a c o nc i l i aç ã o ,
p o d emo s afirmar qu e :

a) A p rese nç a d o s ad vo gad o s na au d i ê nc i a d e c o n c i l i aç ão é i nd i sp ensável . Tod avi a, a s p ar tes p o d erão i nd i c a r


rep rese nta ntes c o m p o d e re s p ara transi gi r, p o r me i o d e p roc uraç ã o esp ec í fic a.
b) Na au d i ê n c i a d e c o nc i l i a ç ão e d e me d i aç ã o , p revi sta n o ar t i go 3 3 4 d o C PC , o réu d everá ap resenta r sua
c o ntesta ç ão , j u stame nte c o mo fo rma d e evi tar o l i tí gi o ;
c) O ar ti go 3 3 4 d o C PC e sta b e l e c e q u e , d eferi d a a p e ti ç ão i ni c i a l , o j ui z d esi gnará a au d i ênc i a d e c o nc i l i aç ão
c o m a ntec e d ê n c i a mí n i ma d e 1 5 ( qu i nz e ) d i as, me smo qu e o a utor tenha se mani festa d o p el a d i sp ensa d a
au d i ên c i a;
d) O ar ti go 3 3 4 d o C PC e sta b e l e c e q u e , d eferi d a a p e ti ç ão i ni c i a l , o j ui z d esi gnará a au d i ênc i a d e c o nc i l i aç ão
o u med i aç ão c o m an tec e d ê nc i a mí ni ma d e 2 0 ( vi nte) d i as, mesmo qu e o a utor tenha se mani festa d o p el a
d i sp ensa d a a u d i ê nc i a , d evend o o ré u se r c i ta d o c o m, no mí ni mo , 3 0 ( tri nta) d i as d e antec ed ênc i a.
e) A s p ar tes nã o são o b ri ga d a s a c o mp are c e r n a a u d i ê nc i a d e c o nc i l i aç ã o e não há nenhuma p ena l i d ad e
ap l i c á vel d i a nte d o nã o c o mp are c i me n to i n j u sti fic a d o d e uma d as p ar tes.
QUESTÃO 18

 A aud i ênc i a d e c o nc i l i aç ã o e d e me d i aç ão está p revi sta no C ó d i go d e Proc esso C i vi l no ar t i go 3 3 4 . Tal


d i sp o si ti vo trata d a d e si gna ç ão d a au d i ê nc i a, d a s fo rmas d e i nti maç ão , d as hi p ó teses em que não o c o rrerá a
au d i ênc i a, d a p o ssi b i l i d a d e d e qu e o c o rra p o r me i o el etrô ni c o , o s efei tos d o não c o mp a rec i mento
i nj u sti fic ad o d o au tor e d o ré u , a o b ri ga tori e d a d e d e c o mp a rec i mento d e ad vo ga d o , o mo d o d e
au toc o mp o si ç ã o e a o rgan i z aç ã o d a p au ta d e au d i ê nc i as. Perante a s regras p roc essu ai s p a ra a c o nc i l i aç ã o ,
p o d emo s afirmar qu e :

a) A p rese nç a d o s ad vo gad o s na au d i ê nc i a d e c o n c i l i aç ão é i nd i sp ensável . Tod avi a, a s p ar tes p o d erão i nd i c a r


rep rese nta ntes c o m p o d e re s p ara transi gi r, p o r me i o d e p roc uraç ã o esp ec í fic a.
b) Na au d i ê n c i a d e c o nc i l i a ç ão e d e me d i aç ã o , p revi sta n o ar t i go 3 3 4 d o C PC , o réu d everá ap resenta r sua
c o ntesta ç ão , j u stame nte c o mo fo rma d e evi tar o l i tí gi o ;
c) O ar ti go 3 3 4 d o C PC e sta b e l e c e q u e , d eferi d a a p e ti ç ão i ni c i a l , o j ui z d esi gnará a au d i ênc i a d e c o nc i l i aç ão
c o m a ntec e d ê n c i a mí n i ma d e 1 5 ( qu i nz e ) d i as, me smo qu e o a utor tenha se mani festa d o p el a d i sp ensa d a
au d i ên c i a;
d) O ar ti go 3 3 4 d o C PC e sta b e l e c e q u e , d eferi d a a p e ti ç ão i ni c i a l , o j ui z d esi gnará a au d i ênc i a d e c o nc i l i aç ão
o u med i aç ão c o m an tec e d ê nc i a mí ni ma d e 2 0 ( vi nte) d i as, mesmo qu e o a utor tenha se mani festa d o p el a
d i sp ensa d a a u d i ê nc i a , d evend o o ré u se r c i ta d o c o m, no mí ni mo , 3 0 ( tri nta) d i as d e antec ed ênc i a.
e) A s p ar tes nã o são o b ri ga d a s a c o mp are c e r n a a u d i ê nc i a d e c o nc i l i aç ã o e não há nenhuma p ena l i d ad e
ap l i c á vel d i a nte d o nã o c o mp are c i me n to i n j u sti fic a d o d e uma d as p ar tes.
QUESTÃO 19

 Uma moradora da cidade de Oito Amores propôs ação de divórcio direto litigioso
cumulada com as de alimentos e guarda de filhos menores em face de seu cônjuge.
Na petição inicial, esclareceu que não tinha interesse na realização da audiência de
conciliação ou de mediação. O magistrado, ao receber a inicial, considerou
preenchidos os requisitos da petição e determinou a citação do réu, designando
audiência preliminar nos termos do art. 334 do Código de Processo Civil
(CPC/2015). O réu contratou advogada que o instruiu, estimulando-o a comparecer
à audiência, apesar do manifesto desinteresse da autora, bem como enfatizou a
importância da construção de soluções consensuais. Considerando o caso
apresentado, analise a conduta da advogada do réu, com base no modelo de
processo adotado pelo CPC/2015, em especial, no que diz respeito às normas
fundamentais norteadoras dos diversos meios de solução dos conflitos.
ALTERNATIVAS QUESTÃO 19

a) A a d vo g a d a d o r é u a g i u a d e q u a d a m e n te , e s t i m u l a n d o a p a r te a c o m p a r e c e r à a u d i ê n c i a , a p e s a r d o
m a n i fe s to d e s i n te r e s s e d a a u to r a . H ave r i a p o s s i b i l i d a d e d e c a n c e l a r a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r s e a a d vo g a d a
d a p a r te r e q u e r i d a p e t i c i o n a s s e m a n i fe s t a n d o o d e s i n te r e s s e n a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r c o m a n te c e d ê n c i a
m í n i m a d e d e z d i a s d a d a t a d e s i g n a d a p a r a a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r.
b) A a d vo g a d a d o r é u p o d e r i a o r i e n t a r o c l i e n te n o s e n t i d o d e n ã o c o m p a r e c e r n a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r, p o s to
q u e a i n d a n ã o s e r i a o m o m e n to d e p ro d u ç ã o d e p rova s e a a u s ê n c i a d o r é u n ã o e n s e j a r i a e m n e n h u m a
penalidade;
c) A a d vo g a d a d o r é u n ã o o b s e r vo u q u e o s i m p l e s d e s i n te r e s s e d a p a r te a u to r a e n s e j a r i a n o c a n c e l a m e n to d a
a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r, b a s t a n d o a a u s ê n c i a d a p a r te r é , s e m n e n h u m r ev é s p r o c e s s u a l , p o d e n d o c o m u n i c a r o
n ã o c o m p a r e c i m e n to e m a t é c i n c o d i a s a n te s d a d a t a d e s i g n a d a p a r a a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r ;
d) A c o n d u t a d a a d vo g a d a fo i e q u i vo c a d a , p o i s d eve r i a o r i e n t a r o c l i e n te a n ã o c o m p a r e c e r n a a u d i ê n c i a
p r e l i m i n a r e m v i r t u d e d o d e s i n te r e s s e d a p a r te a u to r a e m r e a l i z a r a u d i ê n c i a d e c o n c i l i a ç ã o e m e d i a ç ã o . O s
m é to d o s a l te r n a t i vo s d e s o l u ç ã o d e c o n f l i to s ó d eve m s e r u s a d o s e m ú l t i m o c a s o d u r a n te o s p r o c e d i m e n to s
judiciais.
e) A a d vo g a d a d o r é u a g i u a d e q u a d a m e n te , e s t i m u l a n d o a p a r te a c o m p a r e c e r à a u d i ê n c i a , a p e s a r d o
m a n i fe s to d e s i n te r e s s e d a a u to r a . H ave r i a p o s s i b i l i d a d e d e c a n c e l a r a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r s e a a d vo g a d a
d a p a r te r e q u e r i d a p e t i c i o n a s s e m a n i fe s t a n d o o d e s i n te r e s s e n a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r c o m a n te c e d ê n c i a
mínima de cinco dias da data designada para a audiência preliminar
ALTERNATIVAS QUESTÃO 19

a) A a d vo g a d a d o r é u a g i u a d e q u a d a m e n te , e s t i m u l a n d o a p a r te a c o m p a r e c e r à a u d i ê n c i a , a p e s a r d o
m a n i fe s to d e s i n te r e s s e d a a u to r a . H ave r i a p o s s i b i l i d a d e d e c a n c e l a r a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r s e a a d vo g a d a
d a p a r te r e q u e r i d a p e t i c i o n a s s e m a n i fe s t a n d o o d e s i n te r e s s e n a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r c o m a n te c e d ê n c i a
m í n i m a d e d e z d i a s d a d a t a d e s i g n a d a p a r a a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r.
b) A a d vo g a d a d o r é u p o d e r i a o r i e n t a r o c l i e n te n o s e n t i d o d e n ã o c o m p a r e c e r n a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r, p o s to
q u e a i n d a n ã o s e r i a o m o m e n to d e p ro d u ç ã o d e p rova s e a a u s ê n c i a d o r é u n ã o e n s e j a r i a e m n e n h u m a
penalidade;
c) A a d vo g a d a d o r é u n ã o o b s e r vo u q u e o s i m p l e s d e s i n te r e s s e d a p a r te a u to r a e n s e j a r i a n o c a n c e l a m e n to d a
a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r, b a s t a n d o a a u s ê n c i a d a p a r te r é , s e m n e n h u m r ev é s p r o c e s s u a l , p o d e n d o c o m u n i c a r o
n ã o c o m p a r e c i m e n to e m a t é c i n c o d i a s a n te s d a d a t a d e s i g n a d a p a r a a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r ;
d) A c o n d u t a d a a d vo g a d a fo i e q u i vo c a d a , p o i s d eve r i a o r i e n t a r o c l i e n te a n ã o c o m p a r e c e r n a a u d i ê n c i a
p r e l i m i n a r e m v i r t u d e d o d e s i n te r e s s e d a p a r te a u to r a e m r e a l i z a r a u d i ê n c i a d e c o n c i l i a ç ã o e m e d i a ç ã o . O s
m é to d o s a l te r n a t i vo s d e s o l u ç ã o d e c o n f l i to s ó d eve m s e r u s a d o s e m ú l t i m o c a s o d u r a n te o s p r o c e d i m e n to s
judiciais.
e) A a d vo g a d a d o r é u a g i u a d e q u a d a m e n te , e s t i m u l a n d o a p a r te a c o m p a r e c e r à a u d i ê n c i a , a p e s a r d o
m a n i fe s to d e s i n te r e s s e d a a u to r a . H ave r i a p o s s i b i l i d a d e d e c a n c e l a r a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r s e a a d vo g a d a
d a p a r te r e q u e r i d a p e t i c i o n a s s e m a n i fe s t a n d o o d e s i n te r e s s e n a a u d i ê n c i a p r e l i m i n a r c o m a n te c e d ê n c i a
mínima de cinco dias da data designada para a audiência preliminar
QUESTÃO 20

 Após a formação do processo, vários são os caminhos possíveis de desenvolvimento


processual. Uma das possibilidades de desenvolvimento da demanda é alcançar o
instituto da improcedência liminar do pedido. A improcedência liminar do pedido,
prolatada pelo magistrado, trará efeitos singulares em sua decisão e estão
previstas no artigo 332 do Código de Processo Civil. A ideia desse dispositivo é
aproximar um pouco o processo civil brasileiro do common law, prestigiando o
regime de precedentes mesmo quando os julgados não possuem efeito vinculante,
buscando a ampliação da eficácia e aplicabilidade dos precedentes judiciais. Sobre
o tema, é possível afirmar que:
QUESTÃO 20 - ALTERNATIVAS

a) A improcedência liminar do pedido é possível em causas que possuem fase instrutória e deverá ser
proferida após a citação do réu, tendo em vista a garantia do contraditório e da ampla defesa;
b) A sentença que impõe a improcedência liminar do pedido é considerada uma sentença que
extingue o processo com resolução do mérito e não necessita da citação do réu para existir. A
prescrição e a decadência do pedido são hipóteses que atraem a improcedência liminar do pedido.
c) A decadência ou a prescrição somente poderão ser arguidas após a audiência de instrução e
julgamento e a consequente produção de provas. A prescrição e a decadência afastam o instituto
da improcedência liminar do pedido;
d) A sentença que impõe a improcedência liminar do pedido é considerada uma sentença que
extingue o processo sem resolução do mérito. O autor poderá interpor o recur so de apelação,
cabendo retratação do juiz no prazo de 5 (cinco) dias e, caso assim não ocorra deverá citar o réu
para apresentar contrarrazões ao recur so.
e) A improcedência liminar do pedido deve ser obser vada somente em causas que dispensem a fase
instrutória e deve ser posterior ao ato de citação do réu. A prolação de sentença de improcedência
liminar do pedido em uma relação jurídica processual linear viola a garantia do contraditório.
QUESTÃO 20 - ALTERNATIVAS

a) A improcedência liminar do pedido é possível em causas que possuem fase instrutória e deverá ser
proferida após a citação do réu, tendo em vista a garantia do contraditório e da ampla defesa;
b) A sentença que impõe a improcedência liminar do pedido é considerada uma sentença que
extingue o processo com resolução do mérito e não necessita da citação do réu para existir. A
prescrição e a decadência do pedido são hipóteses que atraem a improcedência liminar do pedido.
c) A decadência ou a prescrição somente poderão ser arguidas após a audiência de instrução e
julgamento e a consequente produção de provas. A prescrição e a decadência afastam o instituto
da improcedência liminar do pedido;
d) A sentença que impõe a improcedência liminar do pedido é considerada uma sentença que
extingue o processo sem resolução do mérito. O autor poderá interpor o recur so de apelação,
cabendo retratação do juiz no prazo de 5 (cinco) dias e, caso assim não ocorra deverá citar o réu
para apresentar contrarrazões ao recur so.
e) A improcedência liminar do pedido deve ser obser vada somente em causas que dispensem a fase
instrutória e deve ser posterior ao ato de citação do réu. A prolação de sentença de improcedência
liminar do pedido em uma relação jurídica processual linear viola a garantia do contraditório.
QUESTÃO 21

 Nos termos do artigo 203, § 1, “sentença é o pronunciamento por meio do qual o


juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do
procedimento comum, bem como extingue a execução”. Decisões interlocutórias
são, nos termos do § 2º do artigo 203, todo pronunciamento judicial de natureza
decisória, que não seja uma sentença, sendo que despachos são todos os demais
pronunciamentos do juiz que não possuam conteúdo decisório (§ 3º). É importante
destacar que todas as decisões, mesmo que julguem o mérito parcialmente ou
extingam parte do processo, não são consideradas sentenças por não encerrarem a
fase cognitiva do processo, uma vez que o procedimento prossegue em relação à
parte da demanda. Sobre as sentenças e a extinção do processo sem resolução do
mérito, assinale a alternativa correta:
QUESTÃO 21 - ALTERNATIVAS

a) O indeferimento parcial da petição inicial acarreta em uma sentença que possui o efeito de
extinguir o processo sem resolução do mérito. Todavia, é necessário obser var que existem outras
hipóteses em que o magistrado prolatará sentença de extinção do processo sem resolução do
mérito, como a hipótese de pedido prescrito, por exemplo;
b) O indeferimento total da petição inicial acarreta em uma sentença o efeito de extinção do
processo sem resolução do mérito. Contudo, é necessário obser var que existem outras hipóteses
em que o magistrado prolatará sentença de extinção do processo sem resolução do mérito,
como a homologação de desistência da ação, por exemplo;
c) O indeferimento da petição inicial pode ocorrer em uma relação jurídica linear ou trilateral. O
indeferimento da petição inicial sempre é total, ou seja, sempre acarreta em uma sentença que
extingue o processo sem resolução do mérito;
d) O indeferimento da petição inicial somente ocorrerá em uma relação jurídica trilateral. Seu
efeito será o de extinção do processo com resolução do mérito, tendo em vista que não houve
atendimento ao disposto no ar tigo 106 ou 321 do Código de Processo Civil;
e) O indeferimento da petição inicial é um dos casos de invalidade, má-formação, inépcia, defeito
da petição inicial. Por este motivo, essa decisão resolve o mérito da causa, reconhecendo a
impossibilidade de apreciação do pedido.
QUESTÃO 21 - ALTERNATIVAS

a) O indeferimento parcial da petição inicial acarreta em uma sentença que possui o efeito de
extinguir o processo sem resolução do mérito. Todavia, é necessário obser var que existem outras
hipóteses em que o magistrado prolatará sentença de extinção do processo sem resolução do
mérito, como a hipótese de pedido prescrito, por exemplo;
b) O indeferimento total da petição inicial acarreta em uma sentença o efeito de extinção do
processo sem resolução do mérito. Contudo, é necessário obser var que existem outras hipóteses
em que o magistrado prolatará sentença de extinção do processo sem resolução do mérito,
como a homologação de desistência da ação, por exemplo;
c) O indeferimento da petição inicial pode ocorrer em uma relação jurídica linear ou trilateral. O
indeferimento da petição inicial sempre é total, ou seja, sempre acarreta em uma sentença que
extingue o processo sem resolução do mérito;
d) O indeferimento da petição inicial somente ocorrerá em uma relação jurídica trilateral. Seu
efeito será o de extinção do processo com resolução do mérito, tendo em vista que não houve
atendimento ao disposto no ar tigo 106 ou 321 do Código de Processo Civil;
e) O indeferimento da petição inicial é um dos casos de invalidade, má-formação, inépcia, defeito
da petição inicial. Por este motivo, essa decisão resolve o mérito da causa, reconhecendo a
impossibilidade de apreciação do pedido.

Você também pode gostar