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FALÊNCIA

8º PERÍODO - UNIFICADO
Noturno

Garanhuns, 2023.1.
Dr. João Carlos Pinto de Barros

• Graduado em Direito, Advogado;


• Especialização na área de Direito Penal e Processual Penal;
• Mestre pela Universidade Federal de Sergipe, na grande área de
Responsabilidade Penal e Direito Ambiental, com a linha de pesquisa:
Planejamento e Gestão Ambiental;
• Extensão em Direito do Trabalho e Direito Previdenciário e Extensão em
Perito Judicial Administrativo;
• Também graduado em Administração com Ênfase em Empreendedorismo;
• Pós-graduado em Logística.
• Consultor educacional, docente universitário, palestrante, experiência em
gerência de negócios e empresas, atuando também na área de consultoria
jurídica.;
• Participante do Grupo de Pesquisa GPFIMA - Grupo de Pesquisa da UFS;
• Pesquisador na área de Responsabilidade Penal e Crimes Ambientais.
FALÊNCIA

• Código da Disciplina: DIR1196360


• 60 h/a semestrais (2023.1)
• 04 aulas semanais
• 02 aulas (terça)
• 02 aulas (quarta)
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ORGANIZAÇÃO GERAL:
• Ensino presencial
• Frequência
• Assiduidade
• Participação
• Leitura
• Estudo em grupo
• Seminários
• Avaliação
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AVALIAÇÃO:
• Tipo processual e somativa
• Atividades individuais e coletivas
• Questões objetivas e subjetivas com
base nos concursos públicos e nas
provas da OAB
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PRINCIPAIS REFERÊNCIAS:

1. Fábio Ulhoa Coelho


2. Gladston Mamede
3. Ricardo Negrão
4. Marcelo Bertoldi
5. André Luiz Santa Cruz
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
• Teoria Geral da Falência
• Caracterização da Falência
• Processo de Falência
• Administração da massa falida
• Habilitação dos créditos
• Classificação dos créditos
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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
• Recuperação Judicial
• Processamento da Recuperação
Judicial
• Plano de Recuperação Judicial
• Efeitos do Plano de Recuperação
Judicial
FALÊNCIA
INTRODUÇÃO À FALÊNCIA
FALÊNCIA
INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

Empresa é uma organização que realiza atividades econômicas


com finalidades comerciais, por meio da produção e venda de bens
ou serviços. Também conhecida como atividade empresarial, uma
empresa atua na venda, produção e compra de bens ou serviços.
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

O empresário é quem se apropria e organiza esses fatores da


produção, para o exercício da atividade econômica no mercado. É
nessa organização que se insere o empresário, como protagonista
da atividade, como responsável.
FALÊNCIA
INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

Sabe-se que a garantia dos credores é representada pelos bens do


patrimônio do devedor. Isto quer dizer que, em ocorrendo o
inadimplemento de qualquer, o credor poderá promover, perante o
Poder Judiciário, a execução de tantos bens do patrimônio do
devedor quantos bastem à integral satisfação de seu crédito.
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

A execução processar-se-á, em regra, individualmente,


com um exequente se voltando contra o devedor para dele
haver o cumprimento da obrigação devida.
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

Quando, porém, o devedor tem, em seu patrimônio, bens


de valor inferior à totalidade de suas dívidas, quando ele
deve mais do que possui, a regra da individualidade da
execução torna-se injusta. Isto porque não dá aos credores
de uma mesma categoria de crédito chances iguais de
receberem seus créditos.
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

Aquele que se antecipa na propositura da execução


possivelmente receberá a totalidade do seu crédito,
enquanto os que se demoram (até porque eventualmente
nem tinha vencido a respectiva obrigação) muito
provavelmente não receberão nada, porque encontrarão o
patrimônio do devedor já totalmente exaurido.
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

Para evitar essa injustiça, conferindo as mesmas chances


de realização do crédito a todos os credores de uma
mesma categoria, o direito afasta a regra da individualidade
da execução e prevê, na hipótese, a obrigatoriedade da
execução concursal, isto é, do concurso de credores
(antigamente denominada execução coletiva).
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

Desta forma, é o que se entende por par conditio


creditorium, princípio básico do direito falimentar. Os
credores do devedor que não possui condições de saldar
integralmente suas obrigações devem receber do direito
um tratamento paritário, dando-se aos que integram uma
mesma categoria iguais chances de efetivação de seus
créditos.
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

Sendo assim o direito tutela o crédito e especialmente o crédito


comercial, possibilitando que melhor desempenhe sua função
na economia e, consequentemente, na sociedade. As pessoas
se sentem menos inseguras em facilitar o crédito quando
podem contar com esse tratamento paritário na hipótese de vir
o devedor a encontrar-se em situação patrimonial que o impeça
de honrar com seus compromissos.
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

A falência é a execução concursal do devedor empresário.


Entretanto, quando o devedor com bens no patrimônio
insuficientes para o pagamento das dívidas não exerce
profissionalmente atividade empresária, a execução concursal
chama-se execução contra credor insolvente e é, naturalmente,
diversa da falência.
FALÊNCIA
INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

O direito falimentar refere-se, assim, ao conjunto de regras


jurídicas pertinentes à execução concursal do devedor
empresário, que são diferentes das aplicáveis ao devedor civil
(não empresário).
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

A falência, como um regime diferenciado de execução


concursal do empresário, importa liberar tratamento mais
benéfico ao devedor exercente de atividade econômica sob a
forma de empresa que o concedido as pessoas em geral.
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

A crise econômico-financeira da empresa pode não apresentar


alternativa viável de superação. Resta, portanto, instaurar um
procedimento de liquidação do patrimônio do empresário ou
sociedade empresária insolvente, ou seja, realizar o seu
patrimônio ativo e, com os valores apurados, saldar o
patrimônio passivo, no que for possível. O procedimento de
liquidação do empresário ou sociedade empresária insolvente
é a falência.
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INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

A liquidação do patrimônio do falido pode fazer-se com a


preservação da empresa, ou seja, alienação do somatório de
estabelecimento (conjunto organizado de bens para o exercício
da empresa) e atividade. Afinal, quem faliu foi o empresário ou
a sociedade empresária, não a empresa, que é mero objeto
(universalidade de fato e de direito, com existência dinâmica).
FALÊNCIA
INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

Assim, a Lei 11.101/2005 permite a preservação da empresa,


apesar da insolvência do empresário ou sociedade empresária.
Isso é possível pela transferência da empresa a outrem que,
pagando por ela, manterá seu funcionamento, atendendo à sua
função social.
FALÊNCIA
INTRODUÇÃO À FALÊNCIA

Compreende-se, assim, o artigo 75 da Lei 11.101/2005, quando prevê que a


falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a (i)
preservar e a otimizar a utilização produtiva dos bens, dos ativos e dos
recursos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa; (ii) permitir a
liquidação célere das empresas inviáveis, com vistas à realocação
eficiente de recursos na economia; e (iii) fomentar o empreendedorismo,
inclusive por meio da viabilização do retorno célere do empreendedor
falido à atividade econômica. Sua função não é desmontar empresas viáveis,
mas afastar o devedor insolvente, quando é possível preservar a empresa.
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INSOLVÊNCIA DO EMPRESÁRIO

Existem diversos critérios, adotados por variados sistemas, para determinar o


estado de insolvência. Dentre os de maior relevo podemos enunciar: (a) o do
estado patrimonial deficitário; (b) o da incapacidade de pagar; (c) o da
cessação de pagamentos; (d) o da impontualidade; (e) o da enumeração ou
indicação de fatos concretos, precisados em lei.
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SISTEMA DO PATRIMÔNIO
DEFICITÁRIO

O sistema propõe uma investigação da condição econômica deficitária do


patrimônio do devedor. Traduz-se pela insuficiência patrimonial do empresário,
ou seja, o seu patrimônio apresenta-se insuficiente para satisfazer as suas
dívidas.
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SISTEMA DA INCAPACIDADE DE
PAGAR

Esse sistema é bastante semelhante ao da cessação de pagamentos. Parte da


verificação de um ou alguns fatos que indiquem a incapacidade do devedor de
pagar as suas dívidas. Foi adotado na Alemanha e na Áustria, onde a lei
declarava como presunção de incapacidade de pagar o fato de o devedor
promover a suspensão dos pagamentos.
FALÊNCIA
SISTEMA DA CESSAÇÃO DE
PAGAMENTOS
Por intermédio desse sistema, o devedor que faz cessar os pagamentos de
suas dívidas demonstra-se insolvente.

Foi agasalhado pelo Código Comercial francês, inspirando a legislação


brasileira de 1850. O Código Comercial de 1850, em seu art. 797, declarava
que todo o comerciante que fizesse cessar os seus pagamentos entendia-se
falido.

O sistema, por traduzir uma questão de fato, é naturalmente gerador de


incertezas, ficando ao sabor das decisões judiciais a sua definição.
FALÊNCIA
SISTEMA DA CESSAÇÃO DE
PAGAMENTOS

No Brasil, enquanto vigente a Parte Terceira de nosso velho Código Comercial,


onde se situava o indigitado art. 797, não menos tormentoso foi o
enfrentamento da questão. A jurisprudência, a final, vinha trilhando o
entendimento de que não era suficiente para a decretação da falência a falta
de pagamento de uma ou mais obrigações, sendo necessário demonstrar a
insolvabilidade do devedor, apreciando-se a situação de seu ativo e passivo.
FALÊNCIA
SISTEMA DA CESSAÇÃO DE
PAGAMENTOS

A cessação de pagamento, assim, deveria vir motivada pela insolvabilidade.


Mostrava-se como um indício revelador da insolvência, conduzindo, entretanto,
à pesquisa da causa que levara o devedor a deixar de pagar.

Abandonou-se, entre nós, esse impreciso sistema o qual, entretanto, ainda se


faz presente na legislação de alguns países europeus.
FALÊNCIA
SISTEMA DA IMPONTUALIDADE

Pelo sistema da impontualidade tem-se a caracterização da insolvência como


decorrência do não pagamento de uma dívida líquida, isto é, certa quanto à
existência e determinada quanto ao objeto, no respectivo vencimento. Exige-se
que o empresário pague pontualmente as suas obrigações. O não pagamento,
a fim de afastar o devedor do estado de insolvência, impõe-se seja motivado;
deve estar fundado em uma razão juridicamente suficiente que, oposta ao
credor, demonstra não haver insolvabilidade.
FALÊNCIA
SISTEMA ADOTADO PELO
DIREITO POSITIVO BRASILEIRO

A nossa Lei de Recuperação e Falência (Lei 11.101/05) preferiu adotar um


sistema misto: a presunção da insolvência derivada da impontualidade do
devedor no pagamento de obrigação líquida, devidamente comprovada pelo
protesto do título executivo que a corporifica (art. 94, I), e, a seu lado, o elenco
de atos legalmente enumerados, capazes de exteriorizar a impossibilidade do
devedor em cumprir as suas obrigações, sem a verificação, necessariamente,
da falta de pagamento (art. 94, II e III).
FALÊNCIA
INSOLVÊNCIA PRESUMIDA OU
CONFESSADA

O estado de insolvência se manifesta pela sua confissão por parte do devedor


impontual – insolvência confessada –, nos termos do art. 105 da Lei de
Recuperação e Falência, ou pela sua presunção – insolvência presumida –,
decorrente da impontualidade, caracterizada nos termos do art. 94, I, ou da
exteriorização dos atos legalmente enumerados no art. 94, II e III, todos do
mesmo diploma, sem que tenha havido elisão pelo devedor.
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SISTEMA ADOTADO PELO
DIREITO POSITIVO BRASILEIRO

Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:

I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação


líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja
soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data
do pedido de falência;
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e
não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
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SISTEMA ADOTADO PELO
DIREITO POSITIVO BRASILEIRO

III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de
recuperação judicial:

a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou


fraudulento para realizar pagamentos;
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar
pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da
totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos
os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
FALÊNCIA
SISTEMA ADOTADO PELO
DIREITO POSITIVO BRASILEIRO

d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de


burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar
com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes
para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu
domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de
recuperação judicial.
FALÊNCIA
PROCESSO FALIMENTAR

Falência é o procedimento pelo qual se declara a insolvência empresarial e se


dá solução à mesma, liquidando o patrimônio ativo e saldando, nos limites da
força deste, o patrimônio passivo do falido. Esse processo judiciário deve
atender aos princípios da celeridade e da economia processual, sem
prejuízo do contraditório, da ampla defesa e dos demais princípios previstos no
Código de Processo Civil (artigo 75, § 1o, Lei 11.101/2005).
FALÊNCIA
PROCESSO FALIMENTAR

A demora no processo de falência é um mal em si, devendo ser evitado. O


tempo corrói os ativos empresariais de forma visível e incontestável,
prejudicando todos os envolvidos: credores, devedor, trabalhadores e terceiros.
Quanto mais rapidamente se levar a leilão a empresa em bloco, as unidades
produtivas isoladas ou os estabelecimentos, maior será o valor que se poderá
obter por eles e, além disso, maior será a possibilidade de conservação da
fonte de produção e dos postos de trabalho.
FALÊNCIA
NATUREZA DO PROCESSO PRÉ-
FALIMENTAR

No sistema falimentar verifica-se a existência de dois


processos distintos: o pré-falimentar ou pré-falencial e
o processo de falência propriamente dito.
FALÊNCIA
NATUREZA DO PROCESSO PRÉ-
FALIMENTAR

Sendo a insolvência, ou na dicção moderna da lei a crise


econômico-financeira aguda que não se supera pela vontade
dos credores, um estado de fato, sua apresentação ao
Estado-juiz para que dele tome conhecimento e o transforme
em um estado de direito – a falência – reclama via própria
que se realiza por meio de procedimentos que constituem
esse processo prévio, preliminar, o pré-falimentar.
FALÊNCIA
NATUREZA DO PROCESSO PRÉ-
FALIMENTAR

Sua iniciativa compete ao próprio devedor, ao credor ou


qualquer outro por lei legitimado, cujo escopo central é dar
conta ao magistrado dos atos ou fatos reveladores da crise
da insolvabilidade. Assegurada a ampla defesa e o
contraditório regular, superada a fase instrutória, o juiz irá
decretar ou denegar a falência.
FALÊNCIA
NATUREZA DO PROCESSO PRÉ-
FALIMENTAR

Neste último caso estará encerrado o processo pré-falencial,


não se instaurando a falência; na primeira situação, ao
decretar a falência, o julgador estará pondo termo ao
processo preliminar e iniciando o processo falimentar que se
inaugura, assim, com a sentença e não com a petição inicial.
FALÊNCIA
NATUREZA DO PROCESSO PRÉ-
FALIMENTAR

A natureza, dessarte, desse processo pré-falimentar é


cognitiva. É verdadeiro processo de conhecimento, sendo a
lide nele veiculada composta por uma sentença.
FALÊNCIA
JUÍZO FALIMENTAR

Com a decretação da falência, estabelece-se um juízo que é,


na letra do artigo 76 da Lei 11.101/2005, indivisível e
competente para conhecer todas as ações sobre bens,
interesses e negócios do falido, com as ressalvas legais já
analisadas. Fala-se em força de atração (vis atractiva), criando
um concurso de credores, justifica-se pelo reflexo que a
insolvência empresária tem sobre múltiplas pessoas (credores,
trabalhadores, Estado e mesmo terceiros).
FALÊNCIA
JUÍZO FALIMENTAR

A bem da precisão, o juízo universal da falência deve ser


compreendido como foro de uma liquidação judicial,
resolvendo as relações patrimoniais do falido.
FALÊNCIA
JUÍZO FALIMENTAR

Daí a indivisibilidade do juízo e sua força de atração, com


competência para conhecer todas as ações sobre bens,
interesses e negócios do falido. Não se desrespeitam as
competências constitucionais de outros órgãos para ações de
conhecimento, seja do Judiciário Trabalhista, seja do Judiciário
Federal, nem a competência preventa de outros juízos para
causas ilíquidas.
FALÊNCIA
JUÍZO FALIMENTAR

No entanto, o recebimento dos créditos reconhecidos em tais


feitos, assim como dos créditos fiscais reconhecidos nas
respectivas demandas, faz-se obrigatoriamente no juízo da
falência que, assim, unifica o acesso dos credores aos
resultados da realização do patrimônio do empresário ou
sociedade empresária falidos.
FALÊNCIA
JUÍZO FALIMENTAR

Essa universalidade e indivisibilidade, ademais, é essencial


para que se realizem dois mecanismos elementares do
processo de falência, na versão que lhe dá a Lei 11.101/2005:
(1) a ordem de preferência nas formas de alienação do ativo
(artigo 140), a privilegiar a preservação da empresa, por meio
de sua venda em bloco ou de unidades produtivas autônomas,
e (2) a ordem de preferência no pagamento dos credores
concursais e extraconcursais (artigos 83 e 84).
FALÊNCIA
JUÍZO FALIMENTAR

Todos os pedidos de falência deverão ser obrigatoriamente


distribuídos, no juízo do local do principal estabelecimento do
devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil, mas
uma vez feita a primeira distribuição, estará preventa a jurisdição
para qualquer outro pedido de recuperação judicial ou de falência,
relativo ao mesmo devedor; em oposição, as ações que devam ser
propostas no juízo da falência, a exemplo da ação revocatória, que
se estudará adiante, sujeitam-se à distribuição por dependência
(artigos 3o, 6o, § 8o, e 78 da Lei 11.101/2005).
FALÊNCIA
Muito Obrigado

Prof. Me. João Carlos Pinto de Barros

joaocarlospintobarros@gmail.com
joaobarros@aesga.edu.br

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