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Processo Constitucional

Ação Direta de Inconstitucionalidade


Por Omissão
PROCESSO CONSTITUCIONAL
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
POR OMISSÃO
Ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão
Total e Parcial
 Introdução:
 Art. 103, CF/88.  [...]
 §2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar
efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a
adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo,
para fazê-lo em trinta dias.

 A Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – ADO (


Lei nº 9.868/99) é própria para tornar efetiva norma constitucional
de eficácia limitada, em razão da omissão de qualquer Poder ou
órgão administrativo. A Constituição Federal dispõe sobre inúmeras
normas constitucionais que necessitam de complementação por leis
regulamentadoras, e a ausência dessas leis implica na não aplicação
da norma constitucional prevista.
Ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão
Total e Parcial
 Contexto Histórico

 Objetivo

 Requisito da Ação direta inconstitucionalidade omissão


Ação direta de Inconstitucionalidade por
Omissão Total e Parcial
 Omissão Total:
 O primeiro tipo é a omissão absoluta ou total.
 Conforme Gonçalves Fernandes, a omissão total ocorre quando a
lei ou ato normativo para a viabilizar direitos previstos na
Constituição. Essa e a Clássica ADI por omissão

 Requisitos:
 Falta de Lei:
 Fundamento jurídico;
 Pedido
 (declaração de inconstitucionalidade por omissão total dos
poderes Públicos).
Ação direta de Inconstitucionalidade por
Omissão Total e Parcial
 Omissão Parcial
 O segundo tipo é a omissão parcial. O Poder Legislativo aprova
uma lei, mas ela não é suficiente para a tutela do direito
fundamental. A omissão parcial, por sua vez, também pode ser de
dois tipos. Ela pode ser vertical ou horizontal.
 .
Ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão
Total e Parcial
Caso Prático
Com o advento da Lei Complementar 142, de 8 de maio de 2013, que disciplina a aposentadoria
especial para deficientes físicos assegurados pelo Regime Geral de Previdência Social - RGPS, a
Suprema Corte, seguindo a orientação anteriormente adotada, passou a deferir, em mandados de
injunção, pedidos de aposentadoria especial para o servidor público portador de deficiência (art. 40, §
4º, I, da CF) fundamentados na ausência de lei regulamentadora do direito, aplicando-se a legislação
referente aos segurados do RGPS. (MI 6392 AgR/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, Dje de
20/11/2014; MI 3322 AgRsegundo-ED-ED-AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno, DJe de
30/10/2014; MI 4153 AgR-segundo-ED/MS, Rel. Min. Luiz Fux, Tribunal Pleno, DJe de21/03/2014.)
As decisões favoráveis aos servidores públicos portadores de deficiência, entretanto, não possuem
eficácia erga omnes, pois emanadas na via do mandado de injunção, instrumento processual com
eficácia entre as partes. [...] Daí a presente ação direta de inconstitucionalidade por omissão, pois o
efeito vinculante e a eficácia contra todos permitirá o gozo do direito à aposentadoria especial por
aqueles servidores públicos portadores de deficiência que preencham os requisitos da LC 142/2013 e
do art. 57 da Lei 8.213/1991, no período anterior à vigência da LC 142/2013, na esteira da
jurisprudência sedimentada pelo Supremo Tribunal Federal. A omissão inconstitucional, decorrente da
inércia do Estado em regulamentar a Constituição Federal, merece ser neutralizada não apenas para os
que assim postularem por meio de mandado de injunção, mas para todos os servidores públicos
portadores de deficiência com requisitos para a aposentadoria especial, ainda que nos moldes definidos
para os segurados do RGPS (Petição inicial, PGR, ADO 32).
Ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão
Total e Parcial
 Legitimidade ativa (art. 103 da CF/88)
 Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de
constitucionalidade: .
  I - o Presidente da República;
 II - a Mesa do Senado Federal;
 III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
 IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; .

 Legitimidade Passiva
 Diferentemente da ADIn (Ação Direta de Inconstitucionalidade),
podemos encontrar, na ADO, um legitimado passivo, que será a
autoridade omissa em sua função, ou seja, a autoridade que,
competente para editar a Lei ou Ato Normativo, não o fez. 
Ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão
Total e Parcial
 Procedimento:

 Omissão Total:

 Omissão parcial:

 Medida Cautelar (art. 12-F da Lei nº 9.868/99)


 Art. 12-F.  Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o
Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o
disposto no art. 22, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos
órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que
deverão pronunciar-se no prazo de cinco (cinco) dias. 
Ação direta de Inconstitucionalidade por Omissão
Total e Parcial
 Efeitos da decisão de uma ADI por omissão

 Pedidos
 Na petição inicial de uma ADO, os pedidos devem ser os seguintes:
 Medida Cautelar: requerer a suspensão da eficácia da Lei ou Ato normativo
questionado e/ou processos judiciais ou procedimentos administrativos, com base
no art. 12-F, §1º, da Lei nº 9.868/99 c/c art. 102, I, p, da CF/88;
 Intimação dos responsáveis pela omissão constitucional para prestar informações no
prazo de 30 dias, com base no art. 6º da Lei nº 9.868/99;
 Intimação do AGU (em caso de omissão parcial) e do PGR, sucessivamente para se
manifestarem, cada qual, no prazo de 15 dias (art. 12-E, §§2º e 3º da Lei nº 9.868/99).
 Procedência da ação no sentido de declarar a inconstitucionalidade por omissão da
norma impugnada, a fim de dar ciência ao Poder competente para adoção das
medidas necessárias; no caso de órgãos administrativo, pede-se que tomem as
medidas no prazo de 30 dias (art. 12-H e §1º da Lei nº 9.868/99).

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