As normas originárias da Constituição (nasceram no 01 mesmo momento da promulgação) não podem ser objeto do Controle de Constitucionalidade.
O Controle de Constitucionalidade é o instrumento
utilizado para verificar a coerência de atos e normas 02 com os valores, regras e princípios da Constituição Federal.
São de iniciativa privativa do Presidente da República as
03 leis que disponham sobre criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração.
O Controle Difuso (in concreto) é de origem americana,
04 de modo que sua peculiaridade se dá por ser um tipo de controle que atribui a todos os órgãos do poder judiciário a possibilidade de avaliação das normas.
O Controle Concentrado (abstrato) nasceu na europa,
sendo assim denominado por “concentrar” em um só 05 órgão (STF) o poder de decisão sobre a constitucionalidade de atos e normas - através das famosas ações ADI, ADC, ADO, ADPF.
O Controle de Constitucionalidade pode ser prévio (ex:
06 análise na CCJ ou veto pelo presidente) ou repressiva (controle difuso ou concentrado).
A Inconstitucionalidade é um vício configurado quando
uma lei ou ato normativo, ao ser avaliado, demonstra estar em sentido contrário ao da Constituição. Assim 07 sendo, se constatada sua "incostitucionalidade", é importante que a lei ou o ato normativo seja expulso do ordenamento pátrio. A Inconstitucionalidade Material relaciona-se às situações em que o ato ou a norma sob avaliação se coloca contra os valores e preceitos básicos da 08 Constituição (ex: afronta os direitos e garantias fundamentais vastamente tratados no texto da Carta Magna.
A Inconstitucionalidade Formal se refere aos casos em
que o processamento realizado para criação da norma em análise desobedeceu o processo legislativo ou as 09 regras de competência previstas na COnstituição (ex: a CF diz que tal matéria deveria ser regulada por Lei Complementar, mas a União editou uma Lei Ordinária).
O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por
provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua 11 publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.
De acordo com a Lei nº 9.882/99, vige o principio da
12 subsidiariedade quanto ao cabimento da ADPF.
No Controle Concentrado de Constitucionalidade, é
13 vedada a desistência da ação proposta.
Somente pelo voto da maioria absoluta dos seus
membros o órgão jurisdicional em que se está avaliando 14 a constitucionalidade, poderão declarar a inconstitucionalidade do ato ou norma, em razão do Princípio da Reserva de Plenário. Somente pelo voto da maioria absoluta dos seus membros o órgão jurisdicional em que se está avaliando 15 a constitucionalidade, poderão declarar a inconstitucionalidade do ato ou norma, em razão do Princípio da Reserva de Plenário.
Os legitimados para proporem as ações de controle são
3 mesas: Senado Federal; Câmara Federal e Assembleia Legislativa. 3 pessoas: Presidente da República; 16 Procurador Geral da República; e Governador. 3 Entidades: Partido Político; Conselho Federal da OAB; e Confederação Sindical ou Entidade de Classe de âmbito nacional.
Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a
aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá 17 ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.
Decisões que exigem votação de 2/3 dos membros do
18 STF: modulação de efeitos e súmula vinculante.
Decisões que exigem votação de maioria absoluta dos
19 membros do STF: medida cautelar (ADI, ADO, ADC e ADPF).
O STF, no controle abstrato de constitucionalidade, não
está adstrito ao pedido formulado na inicial, podendo, 20 inclusive, fazer uma interpretação conforme a Constituição, a despeito de expresso requerimento pela declaração de invalidade da norma
O Presidente da República pode editar medida provisória
21 contrária à súmula vinculante editada pelo STF, pois estaria, nesse caso, exercendo função legislativa. Existem os legitimados universais (podem acionar o STF 22 sobre qualquer assunto) e os especiais (para proporem as ações necessitam demonstrar pertinência temática).
São Legitimados Especiais: I- Governador de Estado ou
do Distrito Federal; II- Mesa de Assembléia Legislativa e 23 da Câmara Legislativa do Distrito Federal; III Confederação Sindical ou Entidade de Classe de Âmbito Nacional.
São obrigados a estarem acompanhados de advogado
para propositura da petição inicial: I- os Partidos 24 Políticos (com representação no Congresso Nacional); e II Confederação Sindical ou Entidade de Classe de âmbito Nacional.
A ADPF tem por objetivo evitar ou reparar lesão a
preceito fundamental resultante de ato do Poder Público, ainda que de efeitos concretos ou singulares; logo, pode 25 impugnar decisões judiciais que violem preceitos fundamentais da Constituição, desde que observada a subsidiariedade no seu uso.
A ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) é cabível
26 quando uma lei ou ato normativo (estadual ou federal) se coloca como contrário à Constituição, fazendo com que seja necessária a reputada a sua inconstitucionalidade.
Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato
27 normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. NÃO pode ser objeto de ação direta de 28 inconstitucionalidade súmula vinculante.
Relacionada aos atos sobre os quais há fundada
discussão sobre a inconstitucionalidade, a ADC (Ação 29 Declaratória de Constitucionalidade) se propõe a solicitar a declaração da constitucionalidade de determinada norma federal.
A ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por
Omissão) , faz-se útil nas situações em que, devido a 30 existência de norma constitucional de eficácia limitada que ainda não foi regulamentada, é necessária a intervenção judicial para que se pressione o Poder Legislativo no sentido de edição da norma para sanar a inconstitucionalidade por omissão em ser a lei editada.
Possuindo caráter subsidiário (o que não cabe nas
demais cabe nela), a ADPF se relacionada aos atos 31 normativos que estejam em desacordo com os preceitos fundamentais da Constituição (ex: direitos e garantias fundamentais).
A ADPF é cabível contra ato normativo municipal e até
32 contra normas anteriores à edição da Constituição.
As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo
33 Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. A ADIN Interventiva, se faz competente nos casos em que há uma intervenção federal e se nota a configuração de algum ato normativo que viola os princípios assegurados 34 pela Constituição nessas situações (ex: forma republicana; direitos da pessoa humana), sendo competente a PGR para intentar tal ação.
Da decisão judicial ou do ato administrativo que
contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe 35 vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.
O decreto legislativo que veicula a sustação do ato do
Poder Executivo pode ser objeto do controle concentrado de constitucionalidade, com base no art. 102, inciso I, e 36 seu § 1º, e art. 103, § 4º, i.e., por via de ação direta de inconstitucionalidade (ADI), de arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) e de ação declaratória de constitucionalidade (ADC).
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora 37 não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.
A ADIN Interventiva tem como finalidade proteger os
38 princípios sensíveis de possíveis ameaças.
Para que um Partido Político possa adentrar com as
39 ações do controle, precisa estar representado pelo seu Diretorio Nacional. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em argüição de descumprimento de preceito 40 fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória.