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Controle de constitucionalidade

Adi

Inconstitucionalidade e vícios

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
 É um mecanismo de controle para checar se as leis e os demais atos
normativos estão compatíveis com a Constituição.
 Se relaciona com o Princípio da Supremacia da Constituição, pois ela
está hierarquicamente acima de todo o ordenamento jurídico.

 Possui DOIS pressupostos:


1. Hierarquia ou Supremacia da Constituição – Nenhuma lei pode
contrariar a constituição, pois está no topo do ordenamento jurídico.
A CF é o fundamento de validade de todo os atos normativos.
2. Princípio da Rigidez Constitucional – A lei não altera e não tem poder
de alterar a CF (considerada rígida – o procedimento para alterá-la é
mais difícil do que para alterar uma lei.)

 Efeitos da declaração de Inconstitucionalidade:


Se uma lei for declarada inconstitucional, é NULA(não tem validade).
Produz efeitos retroativos = EX-TUNC

Modulação dos efeitos – se for necessário resguardar a segurança


jurídica e o interesse social, o STF pode fazer a modulação temporal
dos efeitos, não retroativos = EX-NUNC(para que a decisão de
inconstitucionalidade produza seus efeitos apenas a partir do
momento presente).

Quem pode fazer a Modulação dos Efeitos? STF MEDIANTE A


DECISÃO DE NO MÍNIMO 2/3 DOS MESMBROS (8 MINISTROS)
 Tipos de Inconstitucionalidade:

1. Inconstitucionalidade por ação – quando houve a edição de um ato


normativo inconstitucional.

2. Inconstitucionalidade por omissão – ausência de lei regulamentadora


de uma norma constitucional de eficácia limitada.

DUAS AÇÕES POSSÍVEIS Mandado de Injunção – aplicável


ao controle difuso.

Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão –


aplicável ao controle abstrato ou concentrado.

 Classificação quanto ao vicio:


1. Inconstitucionalidade Material – quando o conteúdo do ato
normativo é contrário à CF.
2. Inconstitucionalidade Formal – quando o ato normativo não
obedece às regras do processo legislativo. EX.: editar uma
emenda constitucional durante o estado de sítio(instrumento
utilizado pelo Chefe de Estado em que se suspende
temporariamente os direitos e as garantias dos cidadãos e os
Poderes Legislativo e Judiciário ficam submetidos ao Executivo,
tendo em vista a defesa da ordem pública.)

 Controle Preventivo – é o que analisa o projeto do ato normativo,


pode ser realizado pelos 3 poderes.

Poder Executivo realiza o controle preventivo através do VETO


EM PROJETOS DE LEI, o chefe do Poder Executivo pode vetar um projeto de
lei que ele ache que é inconstitucional.

Poder Legislativo realiza o controle preventivo através de


perecer da comissão de constituição e justiça, ou votação do projeto de lei.
Poder Judiciário realiza o controle preventivo mediante
mandado de segurança seja impetrado por um parlamentar que participa do
processo legislativo.

 Controle Repressivo – realizado após a promulgação do ato


normativo e realizado só pelo Poder Judiciário.

1. CONTROLE DIFUSO OU CONCRETO: pode ser realizado por


qualquer juízo ou tribunal a partir de casos concretos; os efeitos
da sentença de inconstitucionalidade são INTER PARTES (fazem
efeitos só entre as partes)

2. CONTROLE ABSTRATO OU CONCANTRADO: não existe caso


concreto; o ato normativo é analisado em tese; realizado apenas
pelo STF – quando o paradigma for a CF –, e o TJ – quando o
paradigma for a Constituição Estadual (lei de cada Estado for
contra a CF) –

 Ações de controle de constitucionalidade abstrato ou concentrado:


ADI – ação direta de inconstitucionalidade

 CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO: exige que a declaração de


inconstitucionalidade seja feita por maioria absoluta dos membros do
plenário.
*As emendas constitucionais podem ser declaradas inconstitucionais
quando o conteúdo da emenda for tendente a abolir cláusula pétrea*
ou se a emenda não obedecer às regras do processo
legislativo(artigo 60 da constituição).
ADI; ADC; ADPF; ADO

Trata do controle concentrado de constitucionalidade por ação direta


de inconstitucionalidade (ADI), por ação declaratória de
constitucionalidade (ADC), por ação de descumprimento de preceito
fundamental (ADPF), por ação direta de inconstitucionalidade
interventiva e por ação direta de inconstitucionalidade por omissão
(ADO).

 ADI faz confronto entre a CF x lei federal, ato normativo federal, ato
normativo estadual, decreto autônomo, emenda à constituição,
constituição estadual, tratado internacional, medida provisória ou
decretos legislativos.

 ADC = Ação Declaratória de Constitucionalidade:

A ADC possui os mesmos legitimados da ADI (artigo 103 da CF), sendo


que deve ser proposta quando houver grande controvérsia
constitucional. Cabe nos casos de CF x lei ou ato normativo federal,
sendo de competência de julgamento do STF.

 ADPF = Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental:

Utilizada para proteger preceito fundamental, sendo este um conceito


que não é expressamente trazido pela CF. Dessa forma, quem
analisará se o caso trata de preceito fundamental ou não é o próprio
STF, sendo que alguns temas já foram definidos como tal, como os
princípios fundamentais, os direitos e garantias fundamentais, as
cláusulas pétreas e os princípios constitucionais sensíveis.

 ADIN = Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva:


Visa estabelecer novamente o cumprimento aos princípios
constitucionais previstos no artigo 34, inciso VII da CF.
A legitimidade para sua propositura é do Procurador Geral da
República. Seus efeitos são erga omnes, vinculante e ex nunc.

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