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Direito administrativo 2º crédito

É conduzido por um agente público sem treinamento, pode gerar falhas, o que pode gerar
nulidade processual
Processo administrativo Lei 8.112/90
Nasce com a denúncia e morre com o processo

 Conceito: é o conjunto de atos praticados pela administração pública com o propósito de atingir a
verdade real dos fatos, ofertando e respeitando a ampla defesa e o contraditório.
o Lei 9.784/89 lei geral
Obriga a todos em território nacional
É uma lei federal, não nacional

Vale apenas para instituições federais


É usada na falta de lei específica

 Processo administrativo ≠ Procedimento administrativo

São todas as partes que, ao final, compõe o processo administrativo


(ex: contagem de prazo)
 Princípios (art. 9.784/89)

Como pode resultar em uma sanção, o processo administrativo será regido pelos mesmos
princípios que regem o processo penal.
Deve haver denúncia formal
o Verdade real  o que realmente aconteceu. O processo pode ser instaurado a pedido ou a oficio.
O STF entende que é possível a denúncia
A investigação é feita pela própria anônima
administração pública
A denúncia não se faz necessária
o Ampla defesa/Contraditório  busca da verdade real

Súmula vinculante 5 do STF – a falta de defesa técnica por advogado no PAD


não ofende a Constituição.

Súmula vinculante 21 do STF – é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamentos


prévios de dinheiros ou bens para adminissibilidade de recurso administrativo.

o Autotutela  poder de corrigir os próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os


quando inconvenientes ou inoportunos.
Não precisa recorrer ao Judiciário

o Indisponibilidade  a administração deve realizar suas condutas sempre velando o interesse da


sociedade, mas nunca dispondo deles.

O administrador não goza de livre disposição dos bens que administra,


pois o titular dos bens é o povo

o Supremacia do interesse público


o Oficiosidade/Impulso oficial  cabe denúncia anônima
o Formalismo necessário  o processo administrativo não pede formalidades, apenas informações
básicas, não é necessário que haja uma ordem, todas as páginas do processo administrativo devem
ser numeradas (se físico, também devem ser rubricados), escritos em vernáculo (linguagem oficial,
coloquial), pedido deve ter: endereçamento, qualificação, nome do denunciante ou denunciado,
breve resumo dos fatos, pedido final assinado.
o Gratuidade  o processo administrativo é gratuito.

Processo administrativo disciplinar (PAD)

 O processo administrativo, obrigatoriamente, instaurado todas as vezes que o servidor cometer ato
infracional punido com:
o Suspensão com mais de 90 dias;
o Demissão.
 Durante o PAD, poderá ocorrer o afastamento preventivo do servidor.
o Prazo de 60 dias prorrogáveis por mais 60 dias;
o Não cabe subtração de salário.
 Instauração do PAD
o Pode ser de ofício (quando há denúncia anônima) ou a pedido;
o A instauração inicia-se com a nomeação da comissão que irá julgá-lo, vinculada ao órgão ou
entidade, garantindo a sua imparcialidade.
o Composto por 3 membros:
 Presidente Possui grau de escolaridade ou cargo superior ao investigado

Nível superior completo (doutorado é apenas título)


 Secretário

 Membro vogal Não tem cargo previsto para ele

o Nomeação por meio de portaria;


o Os servidores que irão compor a comissão não podem ser parentes até o 3º grau civil do acusado
e, nem cônjuge ou companheiro do acusado.
o O processo administrativo disciplinar tem 3 fases:
 Instauração; Dá-se com a publicação da portaria
 Instrução; Coleta de provas
 Decisão.
o Súmula 611 do STJ
Desde que devidamente motivada e com amparo em
investigação ou sindicância, é permitida a instauração
do PAD com base em denúncia anônima, em face do
poder-dever de autotutela imposto à administração.

 Instrução do PAD
o Momento da coleta de provas

Não se admite prova ilícita sob nenhuma circunstância


o Pode haver, neste momento, audiência pública, se o tema for de repercussão social.
o A parte deverá ser intimada pelo menos 3 dias úteis anteriores à oitiva
 Na intimação precisará conter:
 O local, a data e o horário que será feita a oitiva, que obrigatoriamente, precisa ser
no órgão, seu horário de funcionamento;
 Os fatos;
 A informação acerca da faculdade de comparecimento do advogado;
o Na fase de instrução também pode haver parecer técnico
 Prazo de 15 dias para elaboração, podendo ser prorrogado por mais 15 dias se necessário;
 Caso o parecer possua caráter vinculante à decisão, sendo necessário para dar
continuidade ao processo, enquanto não for juntado, o processo ficará suspenso;
 Caso o parecer não possua caráter vinculante, a ausência do parecer ou não, não muda o
andamento do processo;
Obs: após coletada todas as provas a administração pública ofertará ao denunciado o
prazo de 10 dias (salvo lei específica) para apresentar sua defesa.
o É o afastamento preventivo do servidor Continua recebendo o salário para que não haja
antecipação de pena
Para não atrapalhar a investigação

Prazo de 60 dias podendo ser prorrogado por mais 60 dias

o Pode solicitar:

 Perícia;  Promover oitiva de partes e


testemunhas
 Parecer técnico;
o Prazo para defesa:
 1 acusado  10 dias;
 2 ou + acusados  20 dias;
 Tentei achar e não encontrei, citação por edital  15 dias;
 Se não comparecer para defesa é nomeado um defensor dativo.

Deve ter grau de escolaridade maior ou igual e cargo maior.

Não precisa conhecer o caso


Copia e cola modelos
o Assim que a comissão coleta todas as provas, ela se reúne, faz um relatório final e passam uma
opinião técnica.
Não decidem nada, apenas coletam informações

 Decisões do PAD
o O relatório final (parecer técnico) dado pela comissão é encaminhado à autoridade competente
para proferir a decisão no prazo de 20 dias.

Não existe nenhuma sanção ao não cumprimento desse prazo, porque é um prazo impróprio

o Essa decisão não precisa ser fundamentada, desde que motivada pelo relatório  motivação
aliunde.
o Se o particular provar que a demora do processo lhe causou prejuízo na sua defesa, poderá pedir
nulidade processual.
o Dessa decisão cabe até 3 instâncias para recurso:

 O particular tem 10 dias para recorrer;


 A administração pública tem até 30 dias para julgar o recurso.
o Caso recorrido, a sentença pode ser modificada para pior, cabe reformatio in pejus.
o Algumas decisões podem contrariar alguma súmula vinculante, é necessário que se justifique o
motivo de ter ido contra a súmula, se o STF entender que a decisão está correta, a administração
pública deve seguir desse modo em todas as demais decisões em todos os futuros processos.
o O processo chega nas mãos da primeira autoridade (quem proferiu a decisão), prazo de 5 dias
para analisar se mantém ou não a decisão.
o Se o PAD não for julgado nos 120 dias, o servidor retorna ao ofício ou fica sem receber salário.
o Segundo o STF após instaurado o PAD, interrompe a contagem do prazo prescricional por 140 dias
(120 dias para afastamento + 20 dias para proferir decisão).
 Sindicância
o Aplica-se à qualquer ato infracional que não resulte em demissão, ou seja, uma advertência,
suspensão que não exceda 90 dias ou quando não se sabe a infração.
 Quando não se sabe a infração, inicia-se a sindicância, caso descubra, se encaixa em PAD,
transfere-se. O contrário também pode acontecer.
o Caráter investigativo no qual é apurada a autoridade da infração ou irregularidade e a existência
da mesma.
o Prazo de 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias

Prazo impróprio, se passar, não acontece nada

É entendimento do STF que, caso exagerado o tempo do processo, haja prejuízo à parte,
poderá pedir nulidade do ato
o Durante a sindicância não cabe ao servidor:

 Exoneração  Aposentadoria voluntária


o A sindicância, caso ache necessário, poderá:

 Abrir um prazo de 5 dias para  Oitiva da parte


defesa da parte;
o A sentença da sindicância poderá decidir:

 Arquivamento;  Advertência;  Suspensão até 90 dias.


Obs: caso não caiba nenhuma dessas 3 hipóteses, a sentença pode sugerir a abertura do
PAD.
 Prescrição
o A partir do momento em que o fato (infração) se tornar conhecido pelo órgão começa a correr o
prazo prescricional, será de:
 180 dias para advertência;
 2 anos para suspensão;
 5 anos em caso de infrações puníveis pelo PAD com demissão, destituição do cargo ou
cassação da aposentadoria.
o Passado o prazo a administração pública perde o direito de instaurar um PAD.
o A abertura de sindicância ou do processo administrativo disciplinar interrompe a prescrição por
140 dias (entendimento do STF).
Organização administrativa Criação de órgãos públicos
 Quando há transferência de atribuições, existe a desconcentração. Apenas um no poder

Distribuição de competências

Obs: órgãos públicos são unidades de competência que não possuem personalidade
jurídica própria, mas desempenham atividades estatais (ex: secretaria de saúde).

o Se cair em um buraco e estourar o pneu, a ação é sobre o município.


Propostas entregues pela prefeitura Possui personalidade jurídica
o As secretarias não têm personalidade jurídica.

o Via de regra, órgão público não tem CNPJ.

o Mesmo desconcentrando, o poder ainda continua centralizado nas mãos de uma pessoa só.

Obs: a Câmara de Vereadores, o exército e o MP são órgãos públicos que embora não
possuam personalidade jurídica, possuem capacidade processual ativa.

Podem propor ações judiciais desde que sejam na


defesa de sua própria prerrogativa

 Descentralização Poder na mão do ente


o Nem sempre desconcentrar basta para surgir a necessidade da descentralização.
Desprende do ente
O prefeito
o A secretaria é a descentralização de poder, mas não pode agir sem o aval do superior.

o A descentralização não precisa estar presa a alguém, deixa o poder livre, não é mais engessado.

Ex: o presidente não dá ordens Criam entidades com personalidade


na Petrobras jurídica própria

 O ente faz a própria


Não existe hierarquia, apenas controle finalístico
regulagem

o Quando ocorre a descentralização, ocorre a criação de entidades.

São entes criados com base no princípio da


especialidade, que possuem como
característica a personalidade jurídica
própria
Responde pelo o que faz
Sem subordinação
hierárquica
o São 4 entidades: Criados por meio de lei
 Fundações públicas (ex: Fiocruz);
Criados por meio de outorga *
 Autarquias (ex: DETRAN, UESC);
 Sociedade de economia mista (ex: Petrobras, Banco do Brasil); Criados por meio de
Empresas
 Empresas públicas (ex: Caixa Econômica, Correios). delegação **
estatais

 Quando cria por meio de outorga transfere a titularidade e a execução


Tem personalidade
do serviço (toma, é seu).
jurídica de direito
  Quando cria por meio de delegação transfere apenas a execução, a
privado
titularidade continua pertencendo ao Estado (toma, mas devolve).
Quando o Estado detém
parte ou todo capital social Não é seu

Possuem personalidade jurídica

Entidades
Não possui subordinação, apenas controle finalístico

1. Autarquias Obrigação de fazer um serviço que é de competência do Estado e


que este não tem capacidade para realiza-lo (ex: INSS, UESC,
DETRAN).

 Criação: as autarquias são criadas por meio de leis específicas.


 Pessoa jurídica: são de direito público, pois representa o Estado.
 Finalidade: possuem como finalidade a prestação do serviço público exclusivo do Estado.
 Bens: os bens não são considerados públicos.
Obs: os bens públicos possuem como característica as seguintes: impenhorabilidade (não
cabe penhora em bens públicos), imprescritível (não cabe usucapião em bens públicos) e
são não oneráveis (não cabem garantias reais. Ex: hipoteca)
 Responsabilidade: é objetiva, ou seja, basta que tenha a ocorrência do dano, a ação ou omissão
(conduta) e o nexo de causalidade.
 Funcionários: as pessoas que trabalham nas autarquias são pessoas jurídicas de direito público
e são estatutários.
 Imunidades: possuem direito a imunidade tributária.
 Prazo processual: prazo especial em dobro (30 dias) para contestar ou para recorrer.
 Autarquias em regime especial:
o Agências reguladoras (ANVISA, ANATEL)
 Criadas pelo Estado com o propósito de regulamentar algumas atividades.
 Os dirigentes dessas autarquias são indicados pelo Presidente da República
mediante aprovação do Senado.
 Os mandatos têm prazo certo, determinado, fixo, via de regra o prazo é de 5 anos.
 Perde o cargo (de dirigente) apenas em casos de renúncia, exoneração a pedido e
deveres legais.
 Depois do cumprimento do mandato, os dirigentes passam por um período de
quarentena Para evitar o tráfico de informações,
por exemplo
Prazo de 4 meses, previsto em lei, que o dirigente
fica proibido de prestar serviços para empresa que
regulava

Não deixa de receber salário

o Universidades públicas
 As universidades possuem direito a uma autonomia administrativa, financeira e
pedagógica.
Diz como gasta cada recurso,
Podem coordenar o formato da grade seguindo a lei
curricular, escolher como vai
administrar o curso
Quem decide é o chefe do executivo
 Os dirigentes são escolhidos por meio de eleição direta  por meio de votação
 Lista tríplice: não promove Formação de uma lista
uma eleição direta e sim
uma semidireta
o Agências executivas
 São autarquias que encontram-se com dificuldades administrativas e
financeiras.
 A crítica do benefício: dinheiro dado para ser gasto em pouco tempo para uma
autarquia que se mostrou má gestora e pode gerar mais problemas.
 Para tornar-se agência executiva, deve passar por um processo.

Firmado com o ente que criou a autarquia Firma um contrato de gestão

Tem prazo de 1 ano, para que seja firmado


Trata-se de uma ajuda para
deve apresentar um plano de
recuperação financeira e administrativa
reestruturação (planejamento) e passa a
com base em cláusulas específicas
receber o benefício da dispensa em dobro
de licitação.
Possui o suporte por parte de ente

o Conselho profissional
 Não é sindicato, são criados para representar as classes profissionais.
 São autarquias porque exercem a parafiscalidade (cobra, mas não cria) e exerce
poder de polícia.
 De acordo com o STF, a OAB não faz parte por ser considerada uma instituição
sui generis, não consegue se identificar. Ela tem um papel estatal, tem caráter
público (tem poder de polícia, não paga imposto) e privado (contrato sem
recurso).

2. Fundações (autarquias fundacionais) É um patrimônio destinado a um fim de interesse


público ou social que adquire personalidade
jurídica, na forma de lei civil.

 Finalidade: são criadas para atuar na área de saúde, educação, cultura e ciência. Decreto lei
200/65 (entendimento do direito privado) e Constituição (entendimento do direito público)
 Pessoa jurídica: pode ser pessoa jurídica pública ou privada.
 Direito privado
 Criação: criação por meio de lei autorizativa, depois que for no cartório de
pessoa jurídica e registrar seus atos constitutivos.
 Bens: os bens são privados.
Obs: de acordo com o STF os bens pertencentes a pessoas jurídicas de direito
privado, prestadoras de serviços públicos são privados com característica de
bens públicos.
 Responsabilidade: tanto no direito privado quanto no direito público, a
responsabilidade é objetiva, ou seja, basta que preencha os requisitos de
conduta, dano e nexo causal.
 Funcionários: os funcionários são celetistas.
 Imunidade: não tem direito a imunidades tributárias.
 Prazo: prazo comum.
 Direito público
 Criação: pode ser criado por meio de lei específica.
 Bens: os bens são considerados públicas.
Obs: os bens públicos possuem como características os seguintes:
impenhorabilidade, imprescritível e não oneráveis.
 Responsabilidade: tanto no direito privado quanto no direito público, a
responsabilidade é objetiva, ou seja, basta que preencha os requisitos de
conduta, dano e nexo causal.
 Funcionários: as pessoas que trabalham nas autarquias são pessoas jurídicas de
direito público e são estatutários.
 Imunidade: possui direito a imunidade tributária.
 Prazo: prazo especial em dobro (para contestar e para recorrer).

Empresas estatais Empresas cujo dono é o Estado

Sociedade de economia mista


Empresas públicas

 Não tem imunidade tributária;  O diretor é indicado pelo Presidente;


 Não pode ter gerencia da  Só pode privatizar estatal.
administração pública direta  não
pode haver imposição;

 Para que servem?


Prestar serviços públicos
O Estado não controla
3. Sociedade de economia mista É uma sociedade na qual há colaboração entre o
Estado e particulares, ambos reunindo recursos para
realização de uma finalidade, sempre de objetivo
econômico.

 Criação: criada por meio de lei autorizativa. Só existe após dar entrada no cartório.
 Pessoa jurídica: são de direito privado. Se fosse de direito público, teria todas as
características e benefícios de um ente público.
 Finalidade: criado com a finalidade de atuar no mercado capitalista do Estado, prestando
serviços públicos.
 Bens: os bens são privados.
Obs: se forem prestadoras de serviços públicos e forem privadas, possuem
características de bens públicos.
 Responsabilidade: a responsabilidade é objetiva se for prestadora de serviços públicos e
subjetiva se for prestadora de serviços privados.
 Funcionários: são celetistas e resolvem os problemas na Justiça do Trabalho.
 Imunidade: não possuem imunidades tributárias.
 Prazo: comum.

4. Empresas públicas É a pessoa jurídica de direito privado administrada


exclusivamente por um ente estatal, com a finalidade prevista
em lei e sendo propriedade única do Estado. A finalidade pode
ser de atividade econômica ou de prestação de serviços
públicos.
 Criação: criada por meio de lei autorizativa. Só existe após dar entrada no cartório.
 Pessoa jurídica: são de direito privado. Se fosse de direito público, teria todas as
características e benefícios de um ente público.
 Finalidade: criado com a finalidade de atuar no mercado capitalista do Estado, prestando
serviços públicos.
 Bens: os bens são privados.
Obs: se forem prestadoras de serviços públicos e forem privadas, possuem
características de bens públicos.
 Responsabilidade: a responsabilidade é objetiva se for prestadora de serviços públicos e
subjetiva se for prestadora de serviços privados.
 Funcionários: são celetistas e resolvem os problemas na Justiça do Trabalho.
 Imunidade: não possuem imunidades tributárias.
 Prazo: comum.

Diferença entre sociedade de economia mista e empresas públicas

 Em relação ao capital
As empresas públicas são 100% de capital público.
As sociedades de economia mista possuem capital público e privado, possuindo a maior
parte de capital privado.
 Forma societária
As empresas públicas podem ser constituídas por qualquer forma societária.
As sociedades de economia mista só podem ser constituídas por meio de
sociedade anônima.

 Competência processual
Os processos das empresas públicas federais sempre ocorrem na Justiça Federal.
Os processos das sociedades de economia mista ocorrem na Justiça Estadual.

Atos administrativos
Praticados pela administração pública

Uso e exercício do direito público Usa as prerrogativas

 Conceito: são atos praticados pela administração pública na qual esta se utiliza de normas e
prerrogativas de direito público. Expressa seus desejos e vontades, visando a
supremacia do interesse público e o bem-estar
coletivo.
 Atos administrativos ≠ Atos da administração
São atos praticados nos quais contempla a presença de
Não chama o particular
normas de direito público e direito privado
para um diálogo, é uma
imposição

Artigo 2º da Lei 4.717/65  tem o propósito


 Requisitos de anular atos administrativos que possuem
algum tipo de vício de legalidade
o Competência  é o sujeito competente para prática do ato administrativo.
Vinculados Possui poder legal (no caso da construção da ponte
O agente
nova é o governador)
o Finalidade  garantir o bem-estar da sociedade (o coletivo).
Previsto em lei Havendo qualquer desvio, o ato é nulo por desvio
Legalidade de finalidade, mesmo que haja relevância social

o Forma  a maneira como se apresenta o ato.


Varia de acordo com a administração pública

Discricionários Quem diz é a lei


Elementos
o Motivo  são os argumentos de fato e de direito utilizados na prática de um ato.
 Teoria dos motivos determinantes: a administração pública ao motivar a prática de um
ato administrativo, se vincula aos motivos apresentados.
Não precisa ser motivado/justificado, mas uma vez
declarado o motivo do ato, este deve ser respeitado
 Motivo ≠ Motivação  todo ato deve ter um motivo, mas nem todo ato precisa da
exposição dele.

o Objeto  materialização do ato administrativo.


Este irá sofrer os efeitos dos atos, que devem ser lícitos, possíveis e determinados
Mérito
 Características/atributos doa atos administrativos (PATIE)
o Presunção Ex: placa de trânsito (presume-se que está na lei)
De legitimidade  o ato administrativo ao ser praticado, presume-se a conformidade da lei;
De veracidade  os atos administrativos ao serem praticadas, presumem-se verdadeiros.
Presunção de juris tantum  admite provas contrárias

Por parte da população

o Auto executoriedade
A administração pública pode executar seus próprios atos sem necessitar recorrer ao
judiciário (mas isso não significa que não pode haver controle judicial do ato).
A multa é uma exceção, porque, para ser executada necessita, obrigatoriamente, do
judiciário.

o Tipicidade
Todo ato administrativo deve estar previsto em lei para que ocorra.

o Imperatividade
Os atos administrativos se impõem sobre seus administradores independentemente
da sua concordância.
o Exigibilidade
A administração pública poderá exigir do administrado o cumprimento do ato por meio de
instrumento de coerção direta e indireta (ex: multa).
Na hora Pelo judiciário
Obs: a multa é um ato administrativo que não possui o atributo da auto
executoriedade.

 Classificação
o Quanto ao alcance
 Interno: dentro da própria administração pública (ex: portaria que nomeia os
membros do PAD);
 Externo: toda a sociedade (um coletivo) (ex: edital de concurso).
o Quanto ao destinatário
 Geral: quando não consegue mensurar a quantidade de pessoas (pode ser qualquer um)
(ex: decreto de feriado, edital de concurso);
 Individual: quando é possível mensurar a quantidade de pessoas (ex: a nomeação de
servidor público aprovado em concurso).
o Quanto ao regulamento
 Vinculado;
 Discricionário.
o Quanto a formação
 Simples: aquele ato praticado por uma só pessoa (uma única manifestação de
vontade);
 Compl(s)exo: ato praticado por duas ou mais pessoas (dois órgãos que se juntam, em
condição de igualdade, para praticar um único ato);
 Composto: ocorre quando o ato é praticado por meio de uma conduta principal e uma
acessória (os atos compostos sempre necessitarão de uma análise de superior
hierárquico).
 Espécies NONEP
o Normativo: os atos administrativos possuem força de normas gerais e abstratas aos
destinatários.
Regulamentos, regimentos e decretos

o Ordenatório: busca organizar, disciplinar o funcionamento da administração e a conduta


funcional de seus agentes (hierarquia).
Avisos, instruções, portarias, despachos, ofícios

o Negociais: os atos praticados pela administração pública geram interesse (direito) ao


particular.
Permissão, autorização, licença

o Enunciativos: são atos que emanam opiniões e pareceres.


Certidões, atestados, pareceres

o Punitivos: atos que geram uma sanção.


Demissão, multa, suspensão

 Extinção dos atos administrativos, pode vir por meio de:


o Anulação  quando há vício de legalidade;
o Revogação  por conveniência ou oportunidade;
o Cassação  quando há o descumprimento dos requisitos legais (na execução);
o Caducidade  devido a existência de uma lei superveniente que a torna em desuso.

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