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OBSERVAÇÕES:
-Este material foi elaborado de acordo com o meu caderno de erros da banca CESPE,
todas as jurisprudências que aí estão foram extraídas de questões da banca, uma ou
outra eu acrescentei, mas procurei ser fiel ao que já foi pedido nas questões.
-Qualquer erro que vocês encontrarem podem me avisar para que eu possa corrigir.
-Vamos juntos!
DIREITO ADMINISTRATIVO:
STF: Para que fique caracterizada a responsabilidade civil do Estado por danos
decorrentes do comércio de fogos de artifício, é necessário que exista a violação de um
dever jurídico específico de agir, que ocorrerá quando for concedida a licença para
funcionamento sem as cautelas legais ou quando for de conhecimento do poder
público eventuais irregularidades praticadas pelo particular. STF. Plenário. RE
136861/SP, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 11/3/2020 (repercussão geral – Tema 366) (Info 969).
STF- ADI 1923/DF: É constitucional previsão legal que permita às organizações sociais
o pagamento, com recursos próprios, de vantagens pecuniárias a servidores públicos
que lhes forem cedidos. E não há qualquer inconstitucionalidade nos §§ 1º e 2º do art.
14 da Lei nº 9.637/98. Da interpretação conjugada de tais dispositivos extrai-se ser
possível, em primeiro lugar, que a Organização Social pague, com recursos próprios,
vantagens pecuniárias a servidores públicos que lhe forem cedidos; caso se trate,
porém, de recursos advindos do contrato de gestão, tal pagamento apenas será válido
“na hipótese de adicional relativo ao exercício de função temporária de direção e
assessoria” (§2º do art. 14). Em qualquer dos casos, porém, como visto, acima, “não
será incorporada aos vencimentos ou à remuneração de origem do servidor cedido
qualquer vantagem pecuniária que vier a ser paga pela organização social”.
STF: Em regra, as empresas estatais estão submetidas ao regime das pessoas jurídicas
de direito privado (execução comum).No entanto, é possível sim aplicar o regime de
precatórios para empresas públicas e sociedades de economia mista que prestem
serviços públicos e que não concorram com a iniciativa privada.
Assim, é aplicável o regime dos precatórios às empresas públicas e sociedades de
economia mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não
concorrencial.STF. 1ª Turma. RE 627242 AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão
Min. Roberto Barroso, julgado em 02/05/2017.STF. Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min.
Gilmar Mendes, julgado em 23/3/2017 (Info 858).
O servidor público reintegrado não faz jus ao recebimento das parcelas remuneratórias
referentes ao auxílio-transporte e ao adicional de insalubridade pelo período em que
esteve indevidamente afastado do cargo público. Servidor público que havia sido
demitido e que foi reintegrado, terá direito ao recebimento retroativo dos
vencimentos, férias indenizadas e auxílio-alimentação. Por outro lado, não terá direito
ao retroativo de auxílio-transporte e adicional de insalubridade. STJ. 1ª Turma.
REsp1.941.987-PR, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 07/12/2021 (Info 722).
STF: Servidor admitido sem concurso antes da promulgação da CF, ainda que
beneficiado pela estabilidade excepcional do art. 19 do ADCT, não pode ser
reenquadrado em novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração previsto para
servidores efetivos. É vedado o reenquadramento, em novo Plano de Cargos, Carreiras
e Remuneração, de servidor admitido sem concurso público antes da promulgação da
ConstituiçãoFederal de 1988, mesmo que beneficiado pela estabilidade excepcional do
artigo 19 do ADCT, haja vistaque esta regra transitória não prevê o direito à
efetividade, nos termos do artigo 37, II, da ConstituiçãoFederal e decisão proferida na
ADI 3609 (Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, DJe. 30/10/2014). STF.Plenário. ARE
1306505/AC, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 28/3/2022 (Repercussão
Geral – Tema1157) (Info 1048).
STJ: Valores recebidos por servidores públicos por força de decisão judicial precária,
posteriormente reformada, devem ser restituídos ao erário. AREsp 1.711.065-RJ, Rel.
Min. Assusete Magalhães, Segunda Turma, por unanimidade, julgado em 03/05/2022,
DJe 05/05/2022. (Info 735).
DIREITO CIVIL
STF: Para que seja publicada uma biografia NÃO é necessária autorização prévia do
indivíduo biografado, das demais pessoas retratadas, nem de seus familiares. Essa
autorização prévia seria uma forma de censura, não sendo compatível com a liberdade
de expressão consagrada pela CF . Caso o biografado ou qualquer outra pessoa
retratada na biografia entenda que seus direitos foram violados pela publicação, ele
terá direito à reparação, que poderá ser feita não apenas por meio de indenização
pecuniária, como também por outras formas, tais como a publicação de ressalva, de
nova edição com correção, de direito de resposta etc. STF. Plenário. Rel. Min. Cármen
Lúcia, julgado em 10/06/2015.
STJ: Pessoa jurídica de direito público tem direito à indenização por danos morais
relacionados à violação da honra ou da imagem, quando a credibilidade institucional
for fortemente agredida e o dano reflexo sobre os demais jurisdicionados em geral for
evidente. STJ. 2ª Turma. REsp 1.722.423-RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em
24/11/2020 (Info 684).
STJ: Não há responsabilidade por dano moral decorrente de abandono afetivo antes
do reconhecimento da paternidade. Rel. Ministro LÁZARO. QUARTA TURMA, julgado
em 10/05/2018, publicado em 14/05/2018.
STJ: Para que seja deferido o direito à usucapião extraordinária basta o preenchimento
dos requisitos exigidos pelo Código Civil, de modo que não se pode impor obstáculos,
através de leis municipais, para impedir que se aperfeiçoe, em favor de parte
interessada, o modo originário de aquisição de propriedade. STJ. 2ª Seção. REsp
1667842/SC, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 03/12/2020 (Tema 985 -
Repetitivo).
STJ: É decenal o prazo prescricional aplicável às hipóteses de pretensão
fundamentadas em inadimplemento contratual. É adequada a distinção dos prazos
prescricionais da pretensão de reparação civil advinda de responsabilidades contratual
e extracontratual. Nas controvérsias relacionadas à responsabilidade CONTRATUAL,
aplica-se a regra geral (art. 205 CC/2002) que prevê 10 anos de prazo prescricional e,
quando se tratar de responsabilidade extracontratual, aplica-se o disposto no art. 206,
§ 3º, V, do CC/2002, com prazo de 3 anos. Para fins de prazo prescricional, o termo
“reparação civil” deve ser interpretado de forma restritiva, abrangendo apenas os
casos de indenização decorrente de responsabilidade civil extracontratual. Resumindo.
O prazo prescricional é assim dividido: Responsabilidade civil extracontratual
(reparação civil): 3 anos (art. 206, § 3º, V, do CC). Responsabilidade contratual
(inadimplemento contratual): 10 anos (art. 205 do CC).STJ. 2ª Seção. EREsp 1280825-
RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/06/2018 (Info 632).
STJ: A voz humana encontra proteção nos direitos da personalidade, seja como direito
autônomo ou como parte integrante do direito à imagem ou do direito à identidade
pessoal. Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em 15/03/2012, DJe
21/03/2012. (Vide Informativo de Jurisprudência N. 606.
STJ: Considera-se fortuito externo a queda de passageiro em via férrea de metrô, por
decorrência de mal súbito, não ensejando o dever de reparação do dano por parte da
concessionária de serviço público, mesmo considerando que não houve adoção, por
parte do transportador, de tecnologia moderna para impedir o trágico evento. STJ. 4ª
Turma. REsp 1.936.743-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 14/06/2022 (Info
741).
STJ: Praticado o crime de roubo mediante uma só ação contra vítimas distintas, no
mesmo contexto fático, resta configurado o concurso formal próprio, e não a hipótese
de crime único, visto que violados patrimônios distintos.STJ. 6ª Turma. HC 197684/RJ ,
Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 18/06/2012.STJ. 5ª Turma. HC 455.975/SP,
Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 02/08/2018.
STF: O sursis não tem natureza de pena. Ao contrário, trata-se de uma alternativa à
pena, ou seja, um benefício que o condenado recebe para não ter que cumprir pena.
Por essa razão, não se pode dizer que a pessoa beneficiada com sursis e que esteja
cumprindo período de prova se encontre cumprindo pena. Cumprimento de período
de prova não é cumprimento de pena. STF. 1ª Turma. RHC 128515/BA, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 30/6/2015 (Info 792).
STJ: Nos termos da jurisprudência desta Corte, ainda que não exista nenhum bem com
a vítima, o crime de roubo, por ser delito complexo, tem iniciada sua execução quando
o agente, visando a subtração de coisa alheia móvel, realiza o núcleo da conduta meio
(constrangimento ilegal/lesão corporal ou vias de fato), ainda que não consiga atingir o
crime fim (subtração da coisa almejada). (REsp 1.340.747/RJ, Rel. Ministra MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 13/05/2014, DJe 21/05/2014)
STJ: O roubo em transporte coletivo vazio é circunstância concreta que não justifica a
elevação da pena-base. Imagine que o sujeito pratica roubo dentro de um ônibus
repleto de passageiros. O juiz poderá aumentar a pena-base sob o argumento de que o
crime foi praticado no interior de um meio de transporte coletivo? Sim. A prática do
crime de roubo no interior de transporte coletivo autoriza o aumento da pena-base
por revelar maior gravidade do delito, tendo em conta a exposição de maior número
de pessoas. E se o ônibus estiver vazio, neste caso, também será possível aumentar a
pena-base? Não. A prática de roubo dentro de um transporte coletivo autoriza a
elevação da pena-base em razão do fato de que neste local há grande circulação de
pessoas. Logo, existe uma elevada periculosidade da ação. Esse é o argumento que
justifica o aumento da pena-base. Contudo, se o ônibus está vazio, o argumento
utilizado para justificar oaumento da pena não existe. STJ. 5ª Turma. AgRg no HC
693.887-ES, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em15/02/2022 (Info 727).
STJ: O crime de injúria praticado pela internet por mensagens privadas, as quais
somente o autor e o destinatário têm acesso ao seu conteúdo, consuma-se no local em
que a vítima tomou conhecimento do conteúdo ofensivo. Caso concreto: um indivíduo,
residente em Município do interior da Paraíba, enviou mensagem de áudio com
palavras injuriosas contra uma Senadora da República. Esta mensagem de áudio foi
enviada por meio do Instagram direct. A parlamentar tomou conhecimento da ofensa
em Brasília (DF). A competência para julgar a injúria será da Justiça Federal do DF ou
da Paraíba? Do Distrito Federal. No caso de delitos contra a honra praticados por meio
da internet, o local da consumação do delito é aquele onde incluído o conteúdo
ofensivo na rede mundial de computadores. Contudo, tal entendimento diz respeito
aos casos em que a publicação é possível de ser visualizada por terceiros,
indistintamente, a partir do momento em que veiculada por seu autor. Na situação em
análise, embora tenha sido utilizada a internet para a suposta prática do crime de
injúria, o envio da mensagem de áudio com o conteúdo ofensivo à vítima ocorreu por
meio de aplicativo de troca de mensagens entre usuários em caráter privado,
denominado Instagram direct, no qual somente o autor e o destinatário têm acesso ao
seu conteúdo, não sendo acessível para visualização por terceiros, após a sua inserção
na rede de computadores. Portanto, no caso, aplica-se o entendimento geral de que o
crime de injúria se consuma no local onde a vítima tomou conhecimento do conteúdo
ofensivo. STJ. 3ª Seção. CC 184.269-PB, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 09/02/2022
(Info 724).
STJ: Para que se configure a lesão ao bem jurídico tutelado pelo art. 34 da Lei nº
11.343/2006, a ação de possuir maquinário e/ou objetos deve ter o especial fim de
fabricar, preparar, produzir ou transformar drogas, visando ao tráfico. Assim [...] não é
possível que o agente responda pela prática do referido delito quando a posse dos
instrumentos se configura como ato preparatório destinado ao consumo pessoal de
entorpecente [...] (STJ. 6ª Turma. 14/09/2021 (Info 709).
Súmula 441 STJ: A falta grave não interrompe o prazo para obtenção de livramento
condicional.
Súmula 535 STJ: A prática de falta grave não interrompe o prazo para fim
de comutação de pena ou indulto.
STJ: O histórico de ato infracional pode ser considerado para afastar a minorante do
art. 33, § 4.º, da Lei nº 11.343/2006, por meio de fundamentação idônea que aponte a
existência de circunstâncias excepcionais, nas quais se verifique a gravidade de atos
pretéritos, devidamente documentados nos autos, bem como a razoável proximidade
temporal com o crime em apuração.STJ. EREsp 1916596-SP, Rel. Min. Joel Ilan
Paciornik, Rel. Acd. Min. Laurita Vaz, Terceira Seção, julgado em 08/09/2021 (Info 712).
O STF possui a mesma posição? Para o STF, a existência de atos infracionais pode servir
para afastar o benefício do § 4º do art. 33 da LD? 1ª Turma do STF: SIM. RHC 190434
AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 23/08/2021.2ª Turma do STF: NÃO. STF. 2ª
Turma. HC 202574 AgR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 17/08/2021.
STF: O patamar mínimo diferenciado de remuneração aos presos previsto no art. 29,
caput, da Lei nº 7.210/84 (Lei de Execução Penal - LEP) não representa violação aos
princípios da dignidade humana e da isonomia, sendo inaplicável à hipótese a garantia
de salário-mínimo prevista no art. 7º, IV, da Constituição Federal (salário-mínimo) (STF,
ADPF 336, 2021).
STJ: Atos infracionais pretéritos podem ser utilizados como fundamento para
decretação/manutenção da prisão preventiva:
STF: Não obstante a jurisprudência pacífica quanto ao termo inicial dos crimes contra
a ordem tributária, o Supremo Tribunal Federal tem decidido que a regra contida na
Súmula Vinculante 24 pode ser mitigada de acordo com as peculiaridades do caso
concreto, sendo possível dar início à persecução penal antes de encerrado o
procedimento administrativo, nos casos de embaraço à fiscalização tributária ou
diante de indícios da prática de outros delitos, de natureza não fiscal.STF. 1ª Turma.
ARE 936653 AgR, Rel. Min Roberto Barroso, julgado em 24/05/2016.
STJ: Os crimes de Porte ou Posse Ilegal dos arts. 12, 14 e 16 da Lei nº 10.826/2003 ,
por se tratarem de delitos de perigo abstrato, cujo bem jurídico protegido é a
incolumidade pública, consuma-se independentemente da existência de qualquer
resultado naturalístico. Assim, há uma presunção (relativa) de vir a ocorrer algum dano
pelo uso da arma. Contudo, se for demonstrada por laudo pericial a total ineficácia da
arma de fogo (inapta a disparar) e das munições apreendidas (deflagradas e
percutidas), deve ser reconhecida a atipicidade da conduta, conforme o entendimento
do Superior Tribunal de Justiça – STJ no REsp 1451397/MG, Rel. Ministra MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, SEXTA TURMA, julgado em 15/09/2015, DJe 01/10/2015.
STJ: Não existe exigência legal de que o mandado de busca e apreensão detalhe o tipo
de documento a ser apreendido, ainda que de natureza sigilosa. STJ. 6ª Turma. RHC
141.737/PR, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 27/04/2021 (Info 694).
STJ: O habeas corpus, por ser ação de rito célere, demandar prova pré-constituída e
dotada de absoluta certeza, somente poderá ser o instrumento apto para trancar a
ação penal quando, excepcionalmente, manifestarem-se, de forma inequívoca e
patente: a) a inocência do acusado b) a atipicidade da conduta ouc) a extinção da
punibilidade.STJ. 5ª Turma. REsp 1046892-CE, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em
16/8/2012.STF. 1ª Turma. HC 157.306, Rel. Min. Luiz Fux, DJE 01/03/2019.
Súmula 453-STF. Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do
CPP, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de
circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente, na denúncia ou
queixa.
Súmula 691 STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas
corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a
tribunal superior, indefere a liminar.
STJ: O controle externo da atividade policial exercido pelo Parquet deve circunscrever-
se à atividade de polícia judiciária, conforme a dicção do art. 9º da LC n. 75/1993,
cabendo-lhe, por essa razão, o acesso aos relatórios de inteligência policial de natureza
persecutório-penal, ou seja, relacionados com a atividade de investigação criminal.
AgInt no REsp 1439165 / RJ STJ.
STJ: Aos órgãos do Ministério Público, no exercício das funções de controle externo da
atividade policial caberá: ter acesso a quaisquer documentos, informatizado ou não,
relativo à atividade-fim policial civil e militar, incluindo as de polícia técnica
desempenhadas por outros órgãos [...]" REsp 1.365.910/RS STJ.
STJ: Súmula 140: Compete à justiça comum estadual processar e julgar crime em que o
indígena figure como autor ou vitima.
Súmula 708 STF: É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos
da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir
outro.
Súmula 523 STF: No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas
a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
STF: O habeas corpus pode ser empregado para impugnar medidas cautelares de
natureza criminal diversas da prisão. STF. 2ª Turma.HC 147426/AP e HC 147303/AP,
Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 18/12/2017 (Info 888).
STF: Sem autorização judicial ou fora das hipóteses legais, é ilícita a prova obtida
mediante abertura de carta, telegrama, pacote ou meio análogo.STF. Plenário. RE
1116949, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. p/ Acórdão Min. Edson Fachin, julgado em
18/08/2020 (Repercussão Geral – Tema 1041) (Info 993).
STJ: Não é necessário especificar a limitação temporal para os acessos requeridos pelo
Ministério Público, por se tratar de dados estáticos, constantes nas plataformas de
dados.
Apesar de o art. 22, III, da Lei nº 12.965/2014 (Marco Civil da Internet) determinar que
a requisição judicial de registro deve conter o período ao qual se referem, tal quesito
só é necessário para o fluxo de comunicações, sendo inaplicável nos casos de dados já
armazenados que devem ser obtidos para fins de investigações criminais.
STJ. 6ª Turma. HC 587732-RJ, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 20/10/2020 (Info
682).
STF: A remição ficta não é aceita pelos tribunais superiores, uma vez que tal instituto
exige, necessariamente, a prática de atividade laboral ou educacional. Assim, não
sendo realizado trabalho, estudo ou leitura, não há que se falar em direito à remição:
STF. 1.ª Turma. HC 124520/RO, rel. min. Marco Aurélio, red. p/ ac. min. Roberto
Barroso, julgado em 29/5/2018 (Info 904) e STJ. 5.ª Turma. HC 421.425/MG, Rel. min.
Felix Fischer, julgado em 27/02/2018.
STF: O STF pode, de ofício, arquivar inquérito quando verificar que, mesmo após terem
sido feitas diligências de investigação e terem sido descumpridos os prazos para a
instrução do inquérito, não foram reunidos indícios mínimos de autoria ou
materialidade (art. 231, § 4º, “e”, do RISTF).A pendência de investigação, por prazo
irrazoável, sem amparo em suspeita contundente, ofende o direito à razoável duração
do processo (art. 5º, LXXVIII, da CF/88) e a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da
CF/88). STF. 2ª Turma. Inq 4420/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 21/8/2018
(Info 912).
Súmula 640-STF: É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por juiz de
primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial cível e
criminal. Vale ressaltar que, somente caberá RE contra acórdão da Turma Recursal se a
causa envolver questão constitucional.
STF: De quem é a competência para julgar o crime de redução à condição análoga à de
escravo? Justiça Federal. O crime de redução à condição análoga a de escravo é
previsto no art. 149 do Código Penal. Desse modo, tal delito encontra-se encartado no
Título I, que trata sobre os “crimes contra a pessoa” e não no Título IV (“Dos crimes
contra a organização do trabalho”). Apesar disso, o STF entende que a topografia do
delito (ou seja, sua posição no Código Penal), por si só, não tem o condão de fixar a
competência da Justiça Federal. Em suma, a competência da Justiça Federal para julgar
os crimes de redução à condição análoga à de escravo, considerando que quaisquer
condutas que violem não só o sistema de órgãos e instituições que preservam,
coletivamente, os direitos e deveres dos trabalhadores, mas também o homem
trabalhador, atingindo-o nas esferas em que a Constituição lhe confere proteção
máxima, enquadram-se na categoria dos crimes contra a organização do trabalho, se
praticadas no contexto de relações de trabalho. STF. Plenário. RE 459510/MT, rel. orig.
Min. Cezar Peluso, red. p/ o acórdão Min. Dias Toffoli, julgado em 26/11/2015 (Info
809).STJ. 6ª Turma. RHC 25583/MT, Rel. Min. Maria Thereza De Assis Moura, julgado
em 09/08/2012.
Súmula 208, STJ: Compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal por
desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal.
Súmula 209, STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio
de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.
DIREITO CONSTITUCIONAL
STF: O Poder Legislativo pode emendar projeto de lei de conversão de medida
provisória quando a emenda estiver associada ao tema e à finalidade original da
medida provisória. É constitucional o art. 6º da Lei 14.131/2021, que simplificou o
processo de concessão de benefício de auxílio por incapacidade temporária. STF.
Plenário. ADI 6928/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 22/11/2021 (Info 1038).
STF: O art. 62, § 6º da CF/88 afirma que “se a medida provisória não for apreciada em
até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência,
subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando
sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da
Casa em que estiver tramitando”.Apesar de o dispositivo falar em “todas as demais
deliberações”, o STF, ao interpretar esse § 6º, não adotou uma exegese literal e
afirmou que ficarão sobrestadas (paralisadas) apenas as votações de projetos de leis
ordinárias que versem sobre temas que possam ser tratados por medida provisória.
Assim, por exemplo, mesmo havendo medida provisória trancando a pauta pelo fato
de não ter sido apreciada no prazo de 45 dias (art. 62, § 6º), ainda assim a Câmara ou o
Senado poderão votar normalmente propostas de emenda constitucional, projetos de
lei complementar, projetos de resolução, projetos de decreto legislativoe até mesmo
projetos de lei ordinária que tratem sobre um dos assuntos do art. 62, § 1º, da CF/88.
Isso porque a MP somente pode tratar sobre assuntos próprios de lei ordinária e desde
que não incida em nenhuma das proibições do art. 62, § 1º.STF. Plenário. MS
27931/DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 29/6/2017 (Info 870).
STF: À luz do art. 227 da Constituição Federal, que confere proteção integral da criança
com absoluta prioridade e do princípio da paternidade responsável, a licença
maternidade, prevista no art. 7º, XVIII, da CF/88 e regulamentada pelo art. 207 da Lei
nº 8.112/90, estende-se ao pai genitor monoparental. STF. Plenário. RE 1348854/DF,
Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 12/5/2022 (Repercussão Geral – Tema
1182) (Info 1054).
STJ: Não cabe habeas corpus para questionar passaporte vacinal/sanitário O Habeas
corpus não constitui via própria para impugnar Decreto de governador de Estado sobre
adoção de medidas acerca da apresentação do comprovante de vacinação contra a
COVID-19 para que as pessoas possam circular e permanecer em locais públicos e
privados. STJ. 2ª Turma. RDC no HC 700.487-RS, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado em
22/02/2022 (Info 726).
Súmula 694: Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão de
militar ou de perda de patente ou de função pública.
STF: A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal
(CF), aplica-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes exclusivamente
utilizados para fixá-lo. STF. Plenário. RE 330817/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
8/3/2017 (repercussão geral) (Info 856).
Súmula vinculante 10-STF: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a
decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência
no todo ou em parte.
Súmula 734: Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato
judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
STF: É possível que Município proíba o uso de fogos de artifício ruidosos.STF. Plenário.
ADPF 567, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 01/03/2021.
STF: O habeas corpus pode ser empregado para impugnar medidas cautelares de
natureza criminal diversas da prisão. Isso porque, se descumprida a “medida
alternativa”, é possível o estabelecimento da custódia, alcançando-se o direito de ir e
vir. STF. 1ª Turma. HC 170735/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre
de Moraes, julgado em 30/6/2020 (Info 984).
STF: O Estado que edita lei concedendo meia-entrada para os professores das redes
públicas estadual e municipais de ensino atua no exercício da competência
suplementar prevista no art. 24, § 2º, da Constituição Federal. Ao não incluir no
benefício da meia-entrada os professores pertencentes à rede privada e aqueles
vinculados às unidades federais de ensino, a legislação atacada não atuou de forma
anti-isonômica. Os professores da rede privada estão sob influência de outros
mecanismos de incentivo e os professores da rede pública federal estão dedicados
quase exclusivamente ao ensino superior e à educação profissional e tecnológica.
STF. Plenário. ADI 3753/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 8/4/2022 (Info 1050).
STF: É válida lei estadual que obrigue empresas prestadoras de serviços de televisão
por assinatura e estabelecimentos comerciais de vendas no varejo e no atacado — que
já possuam Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) — a fornecerem
atendimento telefônico gratuito a seus clientes.STF. Plenário. ADI 4118/RJ, Rel. Min.
Rosa Weber, julgado em 25/2/2022 (Info 1045).
STF: Conforme consignado em Info 970 do STF, há ilegitimidade do amicus curiae para
pleitear medida cautelar. O amicus curiae não tem legitimidade para propor ação
direta; logo, também não possui legitimidade para pleitear medida cautelar. Assim, a
entidade que foi admitida como amicus curiae em ADPF não tem legitimidade para, no
curso do processo, formular pedido para a concessão de medida cautelar. STF.
Plenário. ADPF 347 TPI-Ref/DF, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 18/3/2020 (Info 970).
STF: Exige-se quórum de MAIORIA ABSOLUTA dos membros do STF para modular os
efeitos de decisão proferida em julgamento de recurso extraordinário repetitivo, com
repercussão geral, no caso em que NÃO tenha havido declaração de
inconstitucionalidade da lei ou ato normativo.Qual é o quórum para que o STF, no
julgamento de recurso extraordinário repetitivo, com repercussão geral reconhecida,
faça a modulação dos efeitos da decisão?• Se o STF declarou a lei ou ato
inconstitucional: 2/3 dos membros.• Se o STF não declarou a lei ou ato
inconstitucional: maioria absoluta.STF. Plenário. RE 638115 ED-ED/CE, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 18/12/2019 (Info 964).
STF: Tribunais de Justiça podem exercer controle abstrato de constitucionalidade de
leis municipais utilizando como parâmetro normas da Constituição Federal, desde que
se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados.STF. RE 650898-RS,
Plenário. Rel. originário Min. Marco Aurélio, Rel. para acórdão Min. Roberto Barroso,
julgado em 01/02/2017 (repercussão geral).
STJ: É ilegal a requisição, sem autorização judicial, de dados fiscais pelo Ministério
Público. Uma coisa é órgão de fiscalização financeira, dentro de suas atribuições,
identificar indícios de crime e comunicar suas suspeitas aos órgãos de investigação
para que dentro da legalidade e de suas atribuições, investiguem a procedência de tais
suspeitas. Outra, é o órgão de investigação, a polícia ou o Ministério Público, sem
qualquer tipo de controle, alegando a possibilidade de ocorrência de algum crime,
solicitar ao COAF ou à Receita Federal informações financeiras sigilosas detalhadas
sobre determinada pessoa, física ou jurídica, sem a prévia autorização judicial. STJ.
RHC 82.233-MG, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Terceira Seção, por maioria, julgado
em 09/02/2022. (Info 724)
STJ: Não há ilicitude das provas por violação ao sigilo de dados bancários, em razão do
compartilhamento de dados de movimentações financeiras da própria instituição
bancária ao Ministério Público. STJ. RHC 147.307-PE, Rel. Min. Olindo Menezes
(Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Sexta Turma, por unanimidade, julgado
em 29/03/2022. (Info 731)
Súmula 606 -STF: Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão
de Turma, ou do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso.
Súmula 691-STF: Não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas
corpus impetrado contra decisão do relator que, em habeas corpus requerido a
tribunal superior, indefere a liminar.
Súmula 693-STF: Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de
multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja
a única cominada.