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PUC - SP
CURSO DE DIREITO
A) APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR
B) PERSPECTIVA DIDÁTICA
C) SISTEMA DE AVALIAÇÃO
D) BIBLIOGRAFIA BÁSICA
E) BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
F) FREQUÊNCIA
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Professor Doutor Flávio Galvão
PROGRAMA DE AULAS
QUADRO SINÓTICO
3ª AULA
1. Lançamento Tributário
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato
gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
O lançamento tributário tem natureza jurídica mista ou dúplice. Ele pode ser ato
declaratório, por meio do qual se declara a obrigação tributária nascida do fato
gerador e opera efeitos ex tunc. Por outro lado, a parte inicial do art. 142 refere-
se a natureza constitutiva do lançamento que opera efeitos ex nunc ao criar
direitos e deveres.
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denominação equivalente, por fim, nos Municípios e Distrito Federal é o Auditor
Fiscal do Município ou denominação equivalente.
Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor tributário esteja expresso em moeda
estrangeira, no lançamento far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da
ocorrência do fato gerador da obrigação.
Sendo assim, a taxa de câmbio para conversão deverá ser do dia da ocorrência
do fato imponível da obrigação.
Art. 144 do CTN. Trata da aplicação da Lei Tributária no Tempo (em relação ao
lançamento).
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II - recurso de ofício;
Art. 146 do CTN. Por sua vez o Código trata agora de disciplinar a aplicação no
tempo das modificações efetuadas no lançamento, informando que tais
modificações só poderão ser introduzidas em relação a fatos geradores ocorridos
após a sua introdução por decisão judicial e administrativa.
Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa ou
judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamento
somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido
posteriormente à sua introdução.
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O contribuinte muitas vezes precisa cumprir uma série de obrigações acessórias,
ele apura, calcula, lança e paga o tributo. Notoriamente, este seria o lançamento
por homologação, o contribuinte tem que realizar uma série de operações
acessórias para dar conta do montante do tributo a pagar.
Então, por exemplo, em uma norma jurídica administrativa ou judicial que altere
o sistema de aplicação das obrigações acessórias do contribuinte, que determina
a feitura do lançamento. Essa norma jurídica administrativa ou judicial no caso
concreto em relação às obrigações acessórias poderá ser aplicadas aos fatos
geradores atuais? Não, somente as hipóteses de incidência do futuro.
Tipos de Lançamento:
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homologatória a ser realizada posteriormente pelo fisco, em face do pagamento
antecipado. Ex: ICMS, IPI, IR.
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apuração do montante devido do tributo, quando as declarações e informações
prestadas pelo contribuinte ou pelo terceiro não mereçam credibilidade.
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Uma condição importante para que o Fisco efetue a revisão de ofício do
lançamento está relacionada com o direito de lançar que a Fazenda Pública deve
exercer dentro do prazo determinado pela lei tributária.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa,
opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida
pelo obrigado, expressamente a homologa.
§ 1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição
resolutória da ulterior homologação ao lançamento.
§ 2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados
pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito.
§ 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo
porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.
§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato
gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de
dolo, fraude ou simulação.