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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

CURSO DE DIREITO

DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO I

TURMAS: SEMESTRE 2021.2

PROFESSORA: DANIELA DE ANDRADE BORGES

PRAZO DE ENTREGA: 09/11/2021.

DISCENTE:

ESTUDO DIRIGIDO 08

Este Estudo Dirigido foi respondido com base nas seguintes obras:
• Costa, Regina Helena Curso de direito tributário - Constituição e Código Tributário
Nacional. – 9. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2019.

• Caliendo, Paulo Curso de direito tributário / Paulo Caliendo. – 2. ed. – São Paulo :
Saraiva Educação, 2019

• Sabbag, Eduardo Direito tributário essencial. – 7. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São
Paulo: MÉTODO, 2020.

1. O que é e qual a natureza jurídica do crédito tributário.

De forma sucinta e prática, conceitua-se o crédito tributário como o valor que o sujeito
ativo de uma obrigação tributária principal pode exigir do sujeito passivo.

De acordo com Eduardo Sabbag, in verbis:


O crédito tributário (art. 139 do CTN) torna-se exigível a partir
do lançamento tributário, que é o ato administrativo pelo qual se
dá exigibilidade à obrigação tributária, quantificando-a
(quantum debeatur) e qualificando-a (an debeatur). Neste
momento, a relação jurídico-tributária passa a ser vista pelo
contribuinte como obrigação tributária e pelo Fisco como crédito
tributário. (SABBAG, Eduardo; 2020)

Sendo assim, entende-se o crédito tributário como o direito que o sujeito ativo tem de
impor ao sujeito passivo o pagamento de um tributo. É imperioso destacar que esse direito
surgirá apenas depois que houver o lançamento tributário.

Interessante é o texto do art. 139 do CTN, o qual estabelece que:

Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e


tem a mesma natureza desta.

A partir da leitura do dispositivo supracitado, depreende-se não somente que o crédito


tributário sobrevém da própria obrigação principal, mas também que a sua natureza é a própria
obrigação. Em outras palavras, ao mesmo tempo em que o crédito tributário surge a partir da
obrigação tributária, ele materializa a obrigação. Contudo, de acordo com Regina Helena
Costa, “(...), no entanto, assim o afirma porque, na concepção adotada pelo legislador, o crédito
tributário somente “nasce” após sua constituição pelo lançamento” (COSTA, Regina Helena;
2019).

2. Sobre o lançamento explique:


1. Seu conceito.

O art. 142 do CTN conceitua o lançamento da seguinte maneira:

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa


constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido
o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência
do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido,
identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da
penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é
vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.

Dessa forma, é possível dizer que é por meio do lançamento que se verifica o fato
gerador que dá origem a obrigação tributária, além de especificar a matéria tributável, somar o
valor devido, declarar quem é o sujeito passivo e, até mesmo, aplicar a penalidade pecuniária.

Segundo Regina Helena Costa, é o lançamento que faz com que o Fisco tenha o direito
de exigir o crédito tributário, visto que é este procedimento que constitui o crédito tributário,
convertendo-o em exigível.

2. Se é ato ou procedimento.

Embora o art. 142 do CTN conceitue o lançamento como um procedimento,


doutrinadores como Eduardo Sabbag e Regina Helena Costa entendem que o lançamento é, na
realidade, um ato administrativo.

A aludida doutrinado ainda explica que procedimento administrativo é um conjunto


de atos administrativos que objetivam a realização de um ato final. Contudo, afirma que o
lançamento tem natureza de ato administrativo, visto que algumas vezes não há a possibilidade
de se instituir um conjunto de atos para o cálculo do importe do tributo e para determinar o
sujeito passivo da obrigação. Em suas palavras:

Com efeito, ainda que, em determinadas hipóteses, seja


necessária a prática de uma série de atos para a indicação do
sujeito passivo e a apuração do valor do tributo a pagar, por vezes
tal resultado é alcançado pela expedição de um único ato
administrativo, se a autoridade fiscal dispuser dos elementos
suficientes para tanto. (COSTA, Regina Helena; 2019).

É válido informar ainda que o lançamento é um ato administrativo vinculado. Segundo


o Parágrafo único do art. 142, “Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é
vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional”. Isso significa que o
lançamento, como ato administrativo, é totalmente regulamento por lei, isto é, os elementos
desse ato, como sujeito, objeto, motivo e finalidade, são previstos em lei. Portanto, não deve
haver interferência da discricionaridade da Administração Pública.

3. A competência para realizar o lançamento é exclusiva ou privativa de


autoridade administrativa?

A constituição de crédito tributário pelo lançamento é de competência privativa da


autoridade administrativa, assim estabelece o art. 142 do CTN. Todavia, há a possibilidade de
haver a participação do sujeito passivo da obrigação, o contribuinte.

3. No momento do lançamento, como identificamos a lei que deve aplicada para fins
de formalização do crédito tributário?
O art. 144 do CTN impõe que:

Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato


gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que
posteriormente modificada ou revogada.

§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à


ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos
critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou
outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto,
neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade
tributária a terceiros.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados


por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe
expressamente a data em que o fato gerador se considera
ocorrido.

Da leitura do caput do disposto aludido, depreende-se que o lançamento fica


regulamentado pela lei vigente o momento da ocorrência do fato gerador. Para mais, de acordo
com Paulo Caliendo, tem-se a aplicação da regra tempus regit actum, ou seja, ainda que a lei
tenha perdido sua vigência ou tenha sido alterada, os fatos que ocorreram durante a sua vigência
serão regidos por ela. Sendo assim, é perceptível que esse artigo segue o princípio da
irretroatividade tributária.

Contudo, o §1º do artigo em questão traz exceção ao seu caput. Tal exceção é o
emprego de uma legislação nova que estabelece novos critérios de exame e fiscalização
tributária, dilatado os poderes de investigação da Administração ou concedido mais garantias
ou prerrogativas, menos se conferir responsabilidade tributária a terceiros. Assim, se estiverem
presentes tais circunstâncias, a nova lei vai retroagir para abarcar a concretização do fato
gerador, regulamentando o lançamento do crédito tributário que sobrevier de tal fato.

Já o §2º do mesmo dispositivo estabelece que não será possível a retroação aos
impostos lançados por períodos determinados de tempo, salvo se a lei referente determinar de
forma expressa a data na qual o fato gerador é considerado como concretizado.

4. Quando o valor tributário estiver expresso em moeda estrangeira, no lançamento


far-se-á sua conversão em moeda nacional pelo câmbio do dia do lançamento ou
da ocorrência do fato gerador?
O art. 143 do CTN dispõe que:

Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário, quando o valor


tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento
far-se-á sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da
ocorrência do fato gerador da obrigação.

Dessa maneira, afirma-se que na hipótese de o valor tributário estar expresso em


moeda estrangeira, a sua conversão em moeda nacional ser dará de acordo com o câmbio
vigente no momento da concretização do fato gerador. Todavia, a lei que institui o tributo pode
prever que a conversão se dará levando em consideração o câmbio vigente no dia do
lançamento do crédito tributário.

5. Qual a relação entre o lançamento e o crédito tributário, declaratória ou


constitutiva?
A respeito da eficácia do lançamento, não há consenso na doutrina. Em relação ao
crédito tributário, para alguns doutrinadores, o lançamento tem eficácia declaratória, outros
afirmam que a eficácia é constitutiva, ainda há aqueles que acreditam que seja eficácia mista.
Os que entendem o lançamento como constitutivo de crédito tributário baseiam a sua
crença na ideia de que a redação do art. 142 do CTN prevê que a autoridade administrativa
constitui crédito tributário ao positivar, nos seguintes termos, “Compete privativamente à
autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento”. Nesse caso, a
obrigação tributária existe, mas o crédito só passará a existir depois da realização do
lançamento.

Para aqueles que defendem que a eficácia do lançamento é declarativa, aduzem que o
crédito tributário, assim como o débito, nasce a partir do momento em que o fato gerador se
concretiza e, consequentemente, surge a obrigação tributária. Assim, o lançamento tem a
função apenas de declarar a existência de tal crédito, tornando-o líquido e certo. A doutrinadora
Regina Helena Costa acredita nesta corrente, em suas palavras:

Filiamo-nos ao entendimento segundo o qual o lançamento


reveste natureza declaratória da obrigação, por parecer-nos o
mais coerente do ponto de vista lógico. Com efeito, se a
obrigação tributária surge com a ocorrência do fato jurídico
tributário e, portanto, os respectivos crédito e débito, o
lançamento, que lógica e cronologicamente a sucede, nada mais
fará que declarar a existência da obrigação, habilitando o
correspondente crédito à cobrança. (COSTA, Regina Helena;
2019)

Por fim, a corrente que acredita que o lançamento tem eficácia mista, alegam que este
instituto tem a função de constituir e de declarar o crédito tributário ao mesmo tempo.

6. Explique as modalidades de lançamento:


1. Lançamento de ofício;

O CTN, por meio do seu art. 149, I, estabelece o lançamento de ofício, também
chamado de direto ou ex officio. A redação do mencionado artigo expressa, in verbis:
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela
autoridade administrativa nos seguintes casos:
I - quando a lei assim o determine;
II - quando a declaração não seja prestada, por quem de direito,
no prazo e na forma da legislação tributária;
III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha
prestado declaração nos termos do inciso anterior, deixe de
atender, no prazo e na forma da legislação tributária, a pedido de
esclarecimento formulado pela autoridade administrativa,
recuse-se a prestá-lo ou não o preste satisfatoriamente, a juízo
daquela autoridade;
IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a
qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo
de declaração obrigatória;
V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da
pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se
refere o artigo seguinte;
VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou
de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de
penalidade pecuniária;
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não
provado por ocasião do lançamento anterior;
IX - quando se comprove que, no lançamento anterior, ocorreu
fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou
omissão, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade especial.
Parágrafo único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada
enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública.

No lançamento de ofício, a autoridade administrativa tem à disposição todos os dados


necessários para realizar a arrecadação do tributo, dessa mineira a cooperação do contribuinte
é dispensável. Nas palavras de Eduardo Sabbag, “o lançamento direto ou de ofício é
procedimento constitutivo do crédito de iniciativa da Administração.” (SABBAG, Eduardo;
2020).

Assim, não há a participação do sujeito passivo no lançamento de ofício.


Faz-se necessário ainda traçar diferenças entre o lançamento de ofício por iniciativa
própria e o lançamento de ofício por revisão.

O lançamento de ofício por iniciativa própria parte do fisco e é realizado sem que haja
o auxílio do contribuinte. Já o lançamento de ofício por revisão é aquele que se origina do
lançamento por declaração ou homologação, então, a princípio, há auxílio do sujeito passivo,
porém, devido a algum defeito na execução da obrigação por parte do contribuinte, o sujeito
ativo revisa o lançamento, corrigindo as falhas e, consequentemente, o lançamento volta a ser
de iniciativa da Administração, sem auxílio do sujeito passivo.

Exemplos de tributos que se enquadram nessa modalidade de lançamento são os


seguintes: IPTU, Taxas e contribuição de melhoria e IPVA.

2. Lançamento por declaração;


Conforme o art. 147 do CTN:

Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do


sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da
legislação tributária, presta à autoridade administrativa
informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua
efetivação.

O lançamento por declaração, também chamado de misto, o crédito tributário é


constituído por meio dos dados cedidos, os quais estarão informados numa declaração, pelo
sujeito passivo ao sujeito ativo. Caso um desses dados estiver faltando, a exigibilidade do
tributo se torna inviável. Então, há a participação do contribuinte aqui.

Em resumo, o lançamento por declaração é ato que constitui o crédito por iniciativa da
Administração.

Exemplos de tributos que se enquadram nesse tipo de lançamento são os impostos de


importação e exportação.
3. Lançamento por homologação.

O art. 150 do CTN prevê, in verbis:

Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos


tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade
administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade,
tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo
obrigado, expressamente a homologa.

O artigo mencionado descreve o lançamento por homologação, também chamado de


“autolançamento”, o qual limita o sujeito ativo à homologação, cabendo ao sujeito ativo
participar de forma direta e efetiva do cálculo do crédito tributário.

Exemplos de tributos que se enquadram nesse tipo de lançamento são: ICMS, IPI, PIS,
IR etc.

7. Explique o lançamento de ofício por arbitramento


O art. 148 do CTN regula o lançamento por arbitramento, in verbis:

Art. 148. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome


em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços
ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo
regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam
omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos
prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou
pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de
contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.

O lançamento de ofício por arbitragem não é uma modalidade de lançamento, mas sim
uma técnica. Acontece quando o sujeito passivo não cumpre a obrigação tributária de maneira
adequada. Diante de tal situação, o sujeito ativo pode estabelecer base de cálculo mediante
ofício, levando em consideração a renda, receita bruta, lucro, faturamento e qualquer outra
forma de demonstração da capacidade econômica do contribuinte.

Essa técnica se chama lançamento de ofício por arbitragem porque fica a critério da
autoridade administrativa a escolha do quantum debeatur, porém esse ato precisa ser motivado,
justificado e os critérios de escolha devem estar presentes de maneira clara.

Segundo Paulo Caliendo, o lançamento por arbitragem se faz necessário quando há


lançamento errôneo ou inidôneo; omissões ou ausência de declaração; declarações falsas ou
inexatas ou apresentação duvidosa ou insuficiente de elementos probatórios.

Além disso, cabe ressaltar que há súmula do TFR que estabelece que o atraso na
entrega de dados ficais não legitima a desclassificação da escrita.

Súmula 76. Em tema de imposto de renda, a desclassificação da


escrita somente se legitima na ausência de elementos concretos
que permitam a apuração do lucro real da empresa, não a
justificando simples atraso na escrita.

Por fim, é interessante informar que o princípio da proporcionalidade deve


acompanhar o lançamento por arbitragem, dado que se deve utiliza-se a renda ou receita bruta
etc. como base de cálculo.

8. Explique o “autolançamento”.

Apesar de o lançamento por homologação também seja chamada de “autolançamento”,


não significa que é o próprio contribuinte que irá lançar o tributo inserido nessa modalidade de
lançamento, uma vez que isso vai contra o art. 142 do CTN, que determina que o lançamento
é privativo da autoridade administrativa.

Na realidade, considera-se cumprida a obrigação tributária apenas depois da


homologação realizada pelo sujeito ativo. Para homologar, o sujeito ativo pode formular ato
para expressar aprovação quanto o cálculo e quantia de pagamento feitos pelo contribuinte,
sendo essa uma hipótese de homologação expressa. Contudo, quando a autoridade
administrativa não expressa tal aprovação no prazo determinado pela lei, tem-se a homologação
tácita.

A respeito disso, o §4º do art. 150 do CTN prevê, nos seguintes termos:

§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco


anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo
sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se
homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito,
salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação.

Assim, compreende-se que a autoridade administrativa tem um prazo de 05 (cinco)


ano para efetuar a homologação expressa, se a lei que instituiu o tributo não determinou tal
prazo. Decorridos esses 05 (cinco) anos, considera-se que o lançamento foi homologado e que
a obrigação tributária foi devidamente cumprida.

Para mais, caso não haja a aprovação do sujeito ativo quanto ao cálculo e pagamento
realizados pelo sujeito passivo, não há a homologação, ensejando assim o lançamento de ofício
do abatimento.

9. Quais são os efeitos do lançamento?


Deve-se ter em mente, primeiramente, que a falta de notificação do lançamento faz
com que este não produza efeitos. Os créditos tributários somente serão objetos de cobrança,
quando os lançamentos são devidamente notificados.

Então, a partir do momento em que se tem a devida notificação, tem-se os efeitos do


lançamento, os quais serão diferentes para cada uma das modalidades de lançamento.

No lançamento de ofício, previsto no art. 149 do CTN, o efeito é o surgimento do


direito de se exigir o crédito tributário. Logo, assim que houver o lançamento tributário, pode-
se cobrar o pagamento do tributo.
No lançamento por declaração, por sua vez, previsto no art. 147, o efeito também é o
surgimento do direito de se exigir o crédito tributário. Assim, quando o contribuinte declara os
dados necessários e ocorre o lançamento, pode-se cobrar o pagamento do tributo.

Já no lançamento por homologação, previsto no art. 150, o efeito é a extinção do


crédito tributário, isto é, o cumprimento da obrigação tributária, caso aprovado o
cálculo/pagamento do tributo e, assim, ocorrer a homologação.

Por fim, no lançamento por arbitragem, previsto no art. 148, o efeito é o surgimento
do direito de se exigir a diferença do pagamento de crédito tributário mediante a revisão dos
lançamentos por declaração ou por homologação defeituosos.

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