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Juliano Colombo
Analista Tribunal Regional Federal
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
1.4.1 Efeitos
O lançamento tributário tem efeito declaratório quando declara a
obrigação tributária preexistente e tem efeito constitutivo quando
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CTN, Art. 149, V: “O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos:
(...) V – quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade
a que se refere o artigo seguinte;” O “artigo seguinte” que o inciso V se refere é o artigo 150, que trata do lançamento
por homologação.
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CTN, Art. 150: O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. § 1º O pagamento antecipado pelo obrigado
nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. § 2º Não influem
sobre a obrigação tributária quaisquer atos anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando à
extinção total ou parcial do crédito. § 3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, considerados na apuração do saldo
porventura devido e, sendo o caso, na imposição de penalidade, ou sua graduação.§ 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será
ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha
pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de
dolo, fraude ou simulação.
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CTN, art. 151: “Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as
reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar
em mandado de segurança; V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI – o
parcelamento”.
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a) Moratória
A moratória, regulada no art. 152 do CTN, é a prorrogação, a
dilatação, a postergação do prazo para pagamento da dívida
tributária, seja em parcela única, ou em várias parcelas. A moratória
em caráter geral depende diretamente da lei, sendo concedida pela
pessoa jurídica de direito público para instituir o tributo a que se está
conferindo a moratória. Ainda, nos termos do art. 151, I, 'b', a União
poderá conceder moratória em caráter geral quanto aos tributos de
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, desde
que também o faça simultaneamente quanto aos tributos de
compete federal e às obrigações do direito privado. A moratória em
caráter individual, por sua vez, é concedida nos termos da lei por
despacho da autoridade competente, nos termos do art. 152, II do
CTN.
Ainda, cumpre referir que a lei concessiva de moratória, nos termos do
parágrafo único do art. 152 do CTN, poderá cincunscrever
expressamente sua aplicabilidade à determinada região do território
da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada
classe ou categoria de sujeitos passivos.
Ao conceder a moratória, forte no art. 153 do CTN, a lei fixará o seu
prazo de duração e, quando concedida em caráter individual, as
condições da concessão do favor. Ainda, estipulará, se for o caso, os
tributos a que se aplica, bem como o número de prestações e seus
vencimentos dentro do prazo de duração do favor, podendo atribuir
a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada
caso de concessão em caráter individual. Na concessão de moratória
em caráter individual, ainda, a lei especificará as garantias que
devem ser fornecidas pelo beneficiado.
Não dispondo de modo diverso, a regra geral é que a moratória
somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da
lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha
sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito
passivo, nos termos do art. 154 do CTN. A moratória não aproveita aos
casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro
operados em seu benefício.
Quanto ao direito adquirido, este não é aplicável no caso da
concessão da moratória que, quando concedida em caráter
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Súmula n° 18 do TRF da 4ª Região: “O depósito judicial destinado a suspender a exigibilidade do crédito tributário somente poderá
ser levantado, ou convertido em renda, após o trânsito em julgado da sentença”.
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Decreto 70.235/72, art. 14: “A impugnação da exigência instaura a fase litigiosa do procedimento”. Art. 15: “A impugnação,
formalizada por escrito e instruída com os documentos em que se fundamentar, será apresentada ao órgão preparador no prazo de
trinta dias, contados da data em que for feita a intimação da exigência.” Parágrafo único: “Na hipótese de devolução do prazo para
impugnação do agravamento da exigência inicial, decorrente de decisão de primeira instância, o prazo para apresentação de nova
impugnação, começará a fluir a partir da ciência dessa decisão”.
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Decreto 70.235/72, art. 33: “Da decisão caberá recurso voluntário, total ou parcial, com efeito suspensivo, dentro dos trinta dias
seguintes à ciência da decisão”.
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f) O Parcelamento
O parcelamento, acrescentado pela Lei Complementar 104/2001
como causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, vem
discriminado no inciso VI do art. 151 do CTN. Regrado no art. 155-A do
CTN, o parcelamento será concedido na forma e condição
estabelecidas em lei específica. A concessão desta modalidade de
suspensão da exigibilidade do crédito não tem o efeito de excluir a
incidência de juros e multa, salvo disposição de lei em contrário. As
disposições acerca da moratória aplicam-se subsidiariamente ao
parcelamento, conforme expressa disposição do §2° do art. 155-A do
CTN, revelando a máxima vinculação entre as duas causas de
suspensão.
A Lei Complementar n° 118/2005, ao tratar da recuperação judicial,
restou por acrescentar nova disposição acerca do parcelamento,
estabelecendo que lei específica disporá sobre as condições de
parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação
judicial. No caso de inexistência de lei específica, aplica-se ao
devedor em recuperação judicial, as leis gerais de parcelamento do
ente da Federação, não podendo, neste caso, ser o prazo de
parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica.
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“Considerando que cabe ao Judiciário o controle da legalidade dos atos administrativos (sistema de jurisdição una) e que suas
decisões devem ser respeitadas não apenas pelos particulares, mas pela Administração, que a elas está sujeita, qualquer decisão
judicial que disponha no sentido de que o Fisco não possa atuar contra o contribuinte em determinada hipótese tem o efeito de
suspender a exigibilidade do crédito tributário, não importando se tenha sido proferida nos autos do Mandado de Segurança ou de
qualquer outro tipo de ação (Ordinária, Cautelar etc.)” (PAULSEN, Leandro. Direito Tributário: Constituição e Código Tributário à
Luz da Doutrina e da Jurisprudência. 7ª ed. Porto Alegre, Livraria do Advogado, 2005, p. 1089).
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(C) a declaração não seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislação
tributária;
(D) se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido em lei como
sendo de declaração obrigatória
(E) quando se comprove que terceiro, em benefício do contribuinte, agiu com simulação ou dolo
05 - O crédito tributário
(A) não decorre da obrigação principal.
(B) decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta.
(C) não tem a mesma natureza da obrigação tributária.
(D) decorre da obrigação acessória e tem a mesma natureza desta.
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(D) a garantia constitucional dos entes fiscais de cobrar impostos no período seguinte de sua
constituição.
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15 – Marque V ou F
( ) Ocorrido o fato gerador da obrigação tributária, a autoridade administrativa tem
discricionariedade e faz um juízo de oportunidade e conveniência para constituir o crédito tributário.
17 – No que diz respeito ao lançamento tributário, pode-se afirmar que, de acordo com o
Código Tributário Nacional:
(A) Apesar de decorrente de lei, a atividade fiscal que culmina com o lançamento tem caráter
discricionário, a ser sopesado pelo agente fiscal.
(B) As modalidades de lançamento são: direto, por homologação e de ofício, somente.
(C) Ele somente pode ser efetuado de ofício quando se comprove ação ou omissão do sujeito
passivo que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária.
(D) O pagamento antecipado pelo obrigado, nos tributos sujeitos a lançamento por homologação,
extingue o crédito tributário, sob condição resolutória.
(E) A alteração de lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo somente pode dar-se por
meio de impugnação deste último.
20 – Após a ocorrência do fato gerador, nova lei foi publicada, aumentando as alíquotas do
tributo. Neste caso, o lançamento será regido pela lei em vigor na data:
(A) da ocorrência do fato gerador
(B) da feitura do lançamento
(C) do pagamento do tributo
(D) da cobrança do tributo
(E) escolhida pelo sujeito passivo
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22 - O lançamento:
a) é título executivo extrajudicial;
b) é ato administrativo constitutivo pois dá nascimento ao crédito tributário;
c) é o ato, por meio do qual formaliza-se o crédito tributário nascido em virtude da
ocorrência do fato imponível (ou fato gerador);
d) depende sempre da atuação do contribuinte
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