Você está na página 1de 5

Nome: Kelly Braga Giaretta

Disciplina: Legislação
Ano/Série: 3° Turma: 312 Data: 19/11/2022
Professor(a): Fabiana

IMPOSTOS ESTADUAIS
Os impostos estaduais são cobranças feitas pelos governos de cada estado como forma de
manter o funcionamento da máquina pública. As cobranças recaem sobre a compra e venda de
mercadorias, prestação de serviços e comunicação entre municípios e estados. São responsáveis
por cerca de 28% das arrecadações do país, sendo eles: ICMS, IPVA, ITCMD.
1. ICMS
O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é um tributo estadual que incide sobre
produtos de diferentes tipos, desde eletrodomésticos a chicletes, e que se aplica tanto à
comercialização dentro do país como em bens importados.
a) Fato gerador: o fato gerador do ICMS é a realização de operações relativas à circulação
de mercadorias, serviços de comunicação e transporte de natureza não estritamente
municipais, por produtores, industriais, extratores, prestadores e comerciantes.
b) Base de cálculo: quanto à base de cálculo do ICMS, consiste no valor total da operação.
Dessa forma, além do preço do produto em si, são acrescidos o frete e demais despesas
que o consumidor deve pagar. Assim, sobre a respectiva base de cálculo, uma alíquota se
aplica.
c) Alíquota: a alíquota varia de acordo com o estado onde está a empresa vendedora. A
porcentagem vai de 17% até 20%.
d) Sujeito ativo: segundo o STF, “o sujeito ativo da obrigação tributária de ICMS incidente
sobre mercadoria importada é o estado-membro no qual está domiciliado ou estabelecido
o destinatário legal da operação que deu causa à circulação da mercadoria, com a
transferência de domínio”.
e) Sujeito passivo: o sujeito passivo do ICMS poderá ser, consoante a dicção do artigo 4º da
Lei Complementar nº 87 /96 c/c art. 155, § 2º, XII, a da CF: Importadores de bens de
qualquer natureza; – além de pagar o imposto sobre a importação, ele ainda recolhe o
ICMS. Prestadores de serviços de comunicação (qualquer tipo de comunicação).
f) Características:
- NÃO-CUMULATIVO: A não-cumulatividade tem como objetivo evitar o efeito cascata da
tributação na cadeia produtiva. Neste momento, é importante entender apenas que a
não-cumulatividade faz com que em cada etapa de venda de um produto o contribuinte
poderá compensar os valores recolhidos nas operações anteriores no momento em que
estiver apurando o seu ICMS a recolher.
- PODERÁ SER SELETIVO: A Constituição estabeleceu que o ICMS PODERÁ ser seletivo.
Ser seletivo é atribuir alíquotas maiores para produtos mais supérfluos e menores para
produtos mais essenciais.
- INDIRETO: Quando você vai ao supermercado e faz uma compra de R$ 500,00, pagando
R$ 100,00 de ICMS, o que acontece é que você (contribuinte de fato) deixa esse dinheiro
com o supermercado e ele (contribuinte de direito) é quem faz o recolhimento desse valor
aos cofres públicos. Você paga indiretamente ao Estado através do supermercado.
- LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: Em regra, é o contribuinte que faz todo o cálculo
do imposto e informa ao estado o valor juntamente com o recolhimento do montante
devido. Cabe ao sujeito ativo a tarefa de conferir se está tudo certo e, caso sim, fazer a
homologação. Nada impede o lançamento de ofício, em situações específicas.

2. IPVA
O IPVA é o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores, é um imposto que os
proprietários de veículos automotores têm de liquidar todos os anos para obter o CRLV
(Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos) que normalmente é chamado apenas de
licenciamento. Se não efetuar o pagamento do IPVA e de eventuais multas, não receberá o
licenciamento do veículo e não poderá circular com o veículo no Brasil ou no exterior.
a) Fato gerador: o fato gerador do IPVA é a propriedade do veículo automotor. Entretanto, a
propriedade, sem o direito de uso do veículo na finalidade para a qual é produzido, não é
suficiente para o surgimento do fato gerador desse imposto. Desta forma, para
consubstanciar o fato gerador do IPVA é imprescindível que na propriedade esteja incluído
o direito de uso regular do veículo.
b) Base de cálculo: A base de cálculo do imposto é o valor venal do veículo. Este valor é
obtido a partir de várias fontes, dependendo da situação do veículo:
● Para veículo usado, o valor venal em um determinado ano é o preço médio de mercado
vigente no mês de setembro do ano imediatamente anterior. Esse valor é coletado pela
Secretaria da Fazenda e devidamente publicado em tabela no Diário Oficial do Estado. Os
valores da última tabela disponível podem ser consultados aqui. A tabela de valores
venais completa pode ser baixada aqui.
● Para veículo novo, o valor venal é o valor total constante do documento fiscal de aquisição
do veículo pelo consumidor.
● Para veículo novo arrematado em leilão, o valor venal é o valor da arrematação, acrescido
das despesas cobradas ou debitadas do arrematante e dos valores dos tributos incidentes
sobre a operação, ainda que não recolhidos.
● Para veículo importado diretamente do exterior pelo consumidor ou incorporado ao ativo
permanente do importador, o valor venal é o valor constante do documento de importação,
acrescido dos valores dos tributos devidos em razão da importação, ainda que não
recolhidos pelo importador.
● Para veículo incorporado ao ativo permanente do fabricante, o valor venal é o valor médio
das operações com veículos do mesmo tipo que tenha comercializado no mês anterior ao
da ocorrência do fato gerador.
● Para veículo incorporado ao ativo permanente do revendedor, o valor venal é o valor da
operação de aquisição do veículo, constante do documento fiscal de aquisição.
● Para veículo não fabricado em série ou veículo encarroçado, o valor venal é a soma dos
valores atualizados de aquisição de suas partes e peças e outras despesas, também
atualizadas, que incorrerem na sua montagem
c) Alíquota: pode variar entre 1% e 4% dependendo do estado.
d) Sujeito ativo: na maioria dos casos, o sujeito ativo do IPVA são os próprios entes
tributantes (o Estado ou o Distrito Federal), desconhecendo-se qualquer unidade
federativa que tenha delegado as atividades relativas à sua arrecadação e fiscalização.
Outro ponto é que haverá alteração do sujeito ativo do IPVA sempre que o veículo for
transferido do Distrito Federal ou de um Estado para outro, em virtude do fato gerador.
e) Sujeito passivo: o sujeito passivo é o proprietário do veículo.
f) Características: o pagamento pode ser feito à vista ou em parcelas de até 12x; em
relação à isenção do IPVA, é concedida aos indivíduos que utilizam os seus veículos como
instrumentos de trabalho. Essa isenção, aliás, é dada de forma automática, de acordo com
os critérios de cada estado, geralmente para taxistas, donos de transportes escolares,
mototaxistas, veículos agrícolas, trens, automóveis de beneficiários de licenças
diplomáticas, veículos para o transporte de cargas, máquinas do setor de construção civil,
guindastes, empilhadeiras, entre diversas outras categorias de maquinários.
3. ITCMD
O Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), é um imposto de competencia
estadual aplicado sobre doações, transmissões de bens e demais tipos de distribuições não
onerosas, como ocorre em um processo de herança, por exemplo. Logo, sempre que um bem é
repassado a outra pessoa sem nenhuma cobrança, ou seja, diferente de uma venda, esse
imposto pode incidir sobre o valor do bem ou direito transmitido.
a) Fato gerador: o fato gerador do ITCMD é a transmissão, por causa mortis ou por doação,
quaisquer sejam os bens ou direitos envolvidos. No caso específico da sucessão causa
mortis, o fato gerador é considerado no momento da abertura da sucessão que, em outras
palavras, significa o exato momento em que se dá a morte do detentor dos bens.
b) Base de cálculo: a base de cálculo é o valor venal do bem ou direito transmitido.
c) Alíquota: pode ser definida por Estados ou Distrito Federal, portanto, não há porcentagem
exata. No entanto, o máximo é 8%.
d) Sujeito ativo: o sujeito ativo é o Distrito Federal e os Estados.
e) Sujeito passivo: o sujeito passivo é o herdeiro ou o legatário.
f) Características: possui função sobretudo fiscal, isto é, seu intuito é gerar receita ao
erário.

IMPOSTOS MUNICIPAIS
Impostos municipais são os tributos cobrados pela administração pública de cada município, com
o objetivo de arrecadar recursos financeiros e, assim, garantir o cumprimento das obrigações
públicas perante à sociedade. São responsáveis por cerca de 5,5% das arrecadações do país,
sendo eles: IPTU, ISS, ITBI.
1. IPTU
O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), como o nome indica, é o imposto voltado a
propriedades com construção no meio urbano. Ou seja, ele é cobrado anualmente de todos os
proprietários de casas, prédios ou estabelecimentos comerciais nas cidades. Como o IPTU incide
sobre a propriedade, o contribuinte deverá pagar pelo número de imóveis em seu nome. Se for
um, paga imposto só de um; se forem dez, paga imposto de dez, cada um com seu valor
específico.
a) Fato gerador: o fato gerador do IPTU é a propriedade de imóvel construído ou não,
situado em zona urbana, o artigo 32 do Código Tributário Nacional estipula que o fato
gerador além da propriedade de bem imóvel, incidirá também para aqueles que têm a
posse ou o domínio útil.
b) Base de cálculo: a base de cálculo do IPTU está prevista no artigo 33 do CTN, sendo o
valor venal do imóvel, considerando o valor do terreno mais o valor da construção, sendo,
portanto, o valor do bem se posto à venda.
c) Alíquota: varia entre 1% e 1,5% no país.
d) Sujeito ativo: o artigo 119 do Código Tributário Nacional dispõe que “o sujeito ativo da
obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu
cumprimento”.
e) Sujeito passivo: o sujeito passivo é o proprietário do imóvel, o titular do domínio útil ou o
possuidor.
f) Características: não vinculado a uma atuação de Estado, é de competência privativa dos
Municípios e do Distrito Federal.

2. ISS
O Imposto Sobre Serviços (ISS) de qualquer natureza, é um imposto previsto por lei que deve ser
pago ao município, pois somente os municípios têm competência para recebê-lo e cobrá-lo das
empresas. A legislação brasileira exige que um valor mínimo de 25% seja destinado à educação e
outro valor mínimo de 15% para a saúde.
a) Fato gerador: o fato gerador é a efetiva prestação do serviço.
b) Base de cálculo: atualmente, conforme disposto no art. 7º da Lei Complementar nº
116/03[19], a base de cálculo do ISS é o preço do serviço (o seu “valor bruto”). Tal valor
não inclui parcelas relativas a juros, seguros, multas ou indenizações.
c) Alíquota: pode variar entre 2% e 5%.
d) Sujeito ativo: o sujeito ativo do ISS é o estabelecimento prestador de serviços.
e) Sujeito passivo: o sujeito passivo do ISS é aquele que deve cumprir a obrigação
tributária.
f) Características: inicialmente era um imposto estadual, após a Constituição Federal de
1946 se tornou um imposto municipal.

3. ITBI
O Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) é um tributo municipal que é obrigatório
quando acontece qualquer aquisição imobiliária. Ele deve ser pago para assegurar a
transferência do imóvel ao novo comprador. No caso de não haver o pagamento, o imóvel não é
transferido e a documentação não é liberada.
a) Fato gerador: o fato gerador do ITBI é a transferência da propriedade, mediante o registro
do título na matrícula do imóvel, sendo inexigível o tributo antes da lavratura da escritura
pública de compra e venda.
b) Base de cálculo: a base de cálculo do ITBI é o valor do imóvel transmitido em condições
normais de mercado.
c) Alíquota: pode variar entre 0,5% e 3,5%.
d) Sujeito ativo: o sujeito ativo é o município, conforme previsto no caput do artigo 156 do
CTN.
e) Sujeito passivo: o sujeito passivo será instituído através de lei, isto é, a lei elege qual das
partes será o sujeito passivo, segundo artigo 42 do CTN.
f) Características: os prazos de pagamento podem variar de acordo com a cidade onde a
venda é feita. No entanto, é comum que os vencimentos para a quitação do imposto sejam
próximos à efetivação da transmissão do imóvel, mais ou menos após um mês da
conclusão da compra.

Referências:
https://ibgem.com.br/2022/04/13/impostos-estaduais-entenda-quais-sao/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/impostos-federais-estaduais-e-municipais/#:~
:text=Impostos%20Estaduais%3A%20S%C3%A3o%20respons%C3%A1veis%20por%20cerca%
20de%2028%25,arrecada%C3%A7%C3%B5es%20do%20pa%C3%ADs.%20S%C3%A3o%20el
es%3A%20IPTU%2C%20ISS%2C%20ITBI
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/icms/
https://1library.org/article/fato-gerador-do-icms-conceito-de-imposto.qmv2749q
https://ibgem.com.br/2022/05/04/base-de-calculo-do-icms-como-calcular/#:~:text=Quanto%20%C
3%A0%20base%20de%20c%C3%A1lculo%20do%20ICMS%2C%20consiste,respectiva%20base
%20de%20c%C3%A1lculo%2C%20uma%20al%C3%ADquota%20se%20aplica
https://www.machadomeyer.com.br/pt/inteligencia-juridica/publicacoes-ij/tributario-ij/stf-define-suje
ito-passivo-do-icms-importacao#:~:text=%E2%80%9CO%20sujeito%20ativo%20da%20obriga%C
3%A7%C3%A3o%20tribut%C3%A1ria%20de%20ICMS,circula%C3%A7%C3%A3o%20da%20m
ercadoria%2C%20com%20a%20transfer%C3%AAncia%20de%20dom%C3%ADnio%E2%80%9
D
https://perezz.jusbrasil.com.br/artigos/671078356/o-que-e-icms-e-quando-pode-ser-cobrado#:~:te
xt=SUJEITO%20PASSIVO%20%E2%80%93%20O%20sujeito%20passivo%20do%20ICMS,de%
20servi%C3%A7os%20de%20comunica%C3%A7%C3%A3o%20%28qualquer%20tipo%20de%2
0comunica%C3%A7%C3%A3o%29
https://www.ipvabr.com.br/o-que-e-o-ipva
https://carolinabrahao.jusbrasil.com.br/artigos/401735042/ipva-fato-gerador
https://portal.fazenda.sp.gov.br/servicos/ipva/Paginas/mi-base-de-calculo.aspx
https://nicolevolpin.jusbrasil.com.br/artigos/315756292/imposto-sobre-propriedade-de-veiculo-aut
omotor-ipva-e-seus-aspectos#:~:text=No%20entanto%2C%20na%20maioria%20dos%20casos%
2C%20o%20sujeito,as%20atividades%20relativas%20%C3%A0%20sua%20arrecada%C3%A7%
C3%A3o%20e%20fiscaliza%C3%A7%C3%A3o
https://flamecontent.com/ipva/
https://www.suno.com.br/artigos/itcmd/
https://dicionariodireito.com.br/itcmd#:~:text=O%20fato%20gerador%20do%20ITCMD%20%C3%
A9%20a%20transmiss%C3%A3o%2C,se%20d%C3%A1%20a%20morte%20do%20detentor%20
dos%20bens
https://jairoegeorgemeloadvogados.jusbrasil.com.br/noticias/382816059/itcmd-entenda-como-dev
e-ser-a-base-de-calculo-legal
https://conteudos.quintoandar.com.br/itcmd/
https://vvfconsultores.com.br/blog/quais-sao-os-impostos-municipais/#:~:text=Impostos%20munici
pais%20s%C3%A3o%20os%20tributos%20cobrados%20pela%20administra%C3%A7%C3%A3o
,valor%20e%20a%20periodicidade%20que%20ele%20ser%C3%A1%20cobrado
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/02/03/iptu-imposto-duvidas.htm
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/10097/Base-de-calculo-fato-gerador-e-aliquotas-do-IP
TU
https://jus.com.br/artigos/69567/a-regra-matriz-de-incidencia-tributaria-do-imposto-sobre-a-proprie
dade-predial-e-territorial-urbana-iptu/3#:~:text=3.1%20Crit%C3%A9rio%20pessoal%3A%20O%2
0sujeito%20ativo%20do%20IPTU,titular%20da%20compet%C3%AAncia%20para%20exigir%20o
%20seu%20cumprimento%E2%80%9D
https://peandrade9.jusbrasil.com.br/artigos/247535824/principios-e-base-de-calculo-do-iss
http://www.fiscosoft.com.br/c/275d/isssp-sujeito-passivo-prestador-de-servicos-estabelecimento-p
restador-de-servicos
https://coutinhocarlota.jusbrasil.com.br/artigos/250683584/imposto-sobre-servicos-de-qualquer-na
tureza-iss
https://blog.bidu.com.br/o-que-e-itbi/
https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=fato+gerador+do+itbi#:~:text=O%20fato%20
gerador%20do%20ITBI%20%C3%A9%20a%20transfer%C3%AAncia,lavratura%20da%20escritur
a%20p%C3%BA
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/09032022-Base-de-calculo-do-I
TBI-e-o-valor-do-imovel-transmitido-em-condicoes-normais-de-mercado--define-Primeira-Secao.a
spx
https://www.advber.com.br/publicacoes/voce-sabe-o-que-e-itbi

Você também pode gostar