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4° ano Diurno
DIREITO ADMINISTRATIVO I
Prof. José Pedro Zaccariotto
Atividade de pesquisa e apresentação de acórdãos.
(Servidores temporários; O acesso de estrangeiros a cargos, empregos e
funções públicas; O estabelecimento de requisitos para a investidura em cargo
público: forma e limites; Os direitos dos candidatos aprovados em concurso
público: 1. Dentro do número de vagas previsto no edital, 2. Em cadastro de
reserva; Cargos em comissão/nepotismo.).
Grupo nº 5
1. Mariana Ferreira Rossi – 82855 (Líder do Grupo)
2. Isabella Gonçalves Martorelli - 82966
3. Isadora Martins - 82881
4. Marina Hayashi Sakaguchi - 82997
18 de Maio de 2022
a) Servidores temporários.
STF - RECURSO EXTRAORDINÁRIO: RE 1066677 MG
RECURS EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL CONSTITUCIONAL.
ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA.
DIREITO A DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO E FÉRIAS REMUNERADAS,
ACRESCIDAS DO TERCO CONSTITUCIONAL.
1. A contratação de servidores públicos por tempo determinado, para tender a
necessidade temporária de excepcional interesse público, prevista no art. 37,
IX da Constituição, submete-se ao regime jurídico-administrativo, e não à
Consolidação das Leis do Trabalho.
2. O direito a décimo terceiro salário e a férias remuneradas, acrescidas do
terço constitucional, não decorre automaticamente da contratação temporária,
demandando previsão legal ou contratual expressa a respeito.
3. No caso concreto, o vínculo do servidor temporário perdurou de 10 de
dezembro de 2003 a 23 de março de 2009.
4. Trata-se de notório desvirtuamento da finalidade da contratação temporária,
que tem por consequência o reconhecimento do direito ao 13° salário e às
férias remuneradas, acrescidas do terço.
5. Recurso extraordinário a que se nega provimento. Tese de repercussão
geral: "Servidores temporários não fazem jus a décimo terceiro salário e férias
remuneradas acrescidas do terço constitucional, salvo (I) expressa previsão
legal e/ou contratual em sentido contrário, ou (II) comprovado desvirtuamento
da contratação temporária pela Administração Pública, em razão de sucessivas
e reiteradas renovações e/ou prorrogações".
ACÓRDÃO
O Tribunal, por maioria, apreciando o tema 551 da repercussão geral, negou
provimento ao recurso extraordinário e fixou a seguinte tese: "Servidores
temporários não fazem jus a décimo terceiro salário e férias remuneradas
acrescidas do terço constitucional, salvo (I) expressa previsão legal e/ou
contratual em sentido contrário, ou (II) comprovado desvirtuamento da
contratação temporária pela Administração Pública, em razão de sucessivas e
reiteradas renovações e/ou prorrogações'”, nos termos do voto do Ministro
Alexandre de Mores, Redator para o acórdão, vencidos a Ministra Rosa Weber
na fixação da tese, e os Ministros Marco Aurélio (Relator) e Luiz Fux, e os
Ministros Carmen Lúcia e Celso de Mello (art. 29, §3°, da Resolução n° 642, de
14 de junho de 2019), que proviam o extraordinário fixando tee diversa.
Plenário, Sessão Virtual de 15.5.2020 a 21.5.2020.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas,
acordam os Ministros da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, por
unanimidade, negar provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Sr.
Ministro Relator. Os Srs. Ministros Mauro Campbell Marques, Assusete
Magalhães, Francisco Falcão (Presidente) e Herman Benjamin votaram com o
Sr. Ministro
Relator.
EMENTA
CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO.
UNIVERSIDADES E INSTITUTOS FEDERAIS. CANDIDATO ESTRANGEIRO.
DIREITO À NOMEAÇÃO. ART. 207, § 1º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1.
Há repercussão geral da questão constitucional referente ao direito de
candidato estrangeiro à nomeação em concurso público para provimento de
cargos de professor, técnico e cientista em universidades e instituições de
pesquisa científica e tecnológica federais, nos termos do art. 207, § 1º, da
Constituição Federal. 2. Repercussão geral da questão constitucional
reconhecida.
EMENTA
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGOS 14 E 15 DA LEI
COMPLEMENTAR 323/2006 DO ESTADO DE SANTA CATARINA. FORMA
DE PROVIMENTO DERIVADO DE CARGO PÚBLICO QUE POSSIBILITA A
INVESTIDURA DE SERVIDOR PÚBLICO EM CARGO COM ATRIBUIÇÕES E
NÍVEIS DE ESCOLARIDADE E DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL DIVERSAS
DO CARGO ORIGINALMENTE OCUPADO. INCONSTITUCIONALIDADE.
OFENSA AO DISPOSTO NO ARTIGO 37, II, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
INCONSTITUCIONALIDADE POR ARRASTAMENTO DO INCISO III DO
ARTIGO 5º DA REFERIDA LEI ESTADUAL. PREJUDICIALIDADE DA AÇÃO
QUANTO AOS DEMAIS DISPOSITIVOS IMPUGNADOS, JÁ REVOGADOS.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE PARCIALMENTE
CONHECIDA E, NESTA PARTE, JULGADO PROCEDENTE O PEDIDO. 1. A
Constituição Federal veda, em seu artigo 37, II, o provimento derivado de cargo
público que possibilite a investidura de servidor público em cargo com
atribuições e níveis de escolaridade e de formação profissional diversos do
cargo originalmente ocupado. Hipótese que exige provimento originário,
consubstanciado na nomeação de pessoas previamente aprovadas em
concurso público destinado ao provimento dos novos cargos. Precedentes: ADI
3.221, rel. min. Celso de Mello, Plenário, DJe de 30/8/2018; ADI 917, rel. min.
Marco Aurélio, Plenário, DJe de 30/10/2014; ADI 3.341, rel. min. Ricardo
Lewandowski, Plenário, DJe de 1º/7/2014; ADI 388, rel. min. Cármen Lúcia,
Plenário, DJe de 19/10/2007. 2. In casu, os artigos 14 e 15 da Lei
Complementar 323/2006 do Estado de Santa Catarina, ao permitirem a
passagem de servidores de uma competência para o nível e referência iniciais
de competência superior ou de uma competência para outra competência,
tendo como critério a obtenção das formações profissionais exigidas, criaram
forma de provimento derivado de cargo público vedada. 3.
Inconstitucionalidade, por arrastamento, do inciso III do artigo 5º da Lei
Complementar 323/2006 do Estado de Santa Catarina, que dispõe ser possível
a progressão funcional por nível de formação, disciplinada nos dispositivos ora
tidos por inconstitucionais. 4. Prejudicialidade da ação quanto aos demais
dispositivos impugnados, já revogados, por perda superveniente de objeto. 5.
Ação direta de inconstitucionalidade parcialmente conhecida e, nesta parte,
julgado procedente o pedido, para declarar a inconstitucionalidade dos artigos
14 e 15 da Lei Complementar 323/2006 do Estado de Santa Catarina, bem
como, por arrastamento, do inciso III do artigo 5º da referida lei.
RE 1132398 ED-AGR
ÓRGÃO JULGADOR: SEGUNDA TURMA
RELATOR(A): MIN. CELSO DE MELLO
JULGAMENTO: 20/12/2019
PUBLICAÇÃO: 03/02/2020
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso de agravo e, por
considerá-lo manifestamente procrastinatório, impôs, à parte agravante, multa
de 1% (um por cento) sobre o valor corrigido da causa, nos termos do voto do
Relator. Segunda Turma, Sessão Virtual de 13.12.2019 a 19.12.2019.
EMENTA
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – SERVIDOR PÚBLICO – INVESTIDURA EM
CARGO DE PROVIMENTO EFETIVO INDEPENDENTEMENTE DE PRÉVIA
APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO – IMPOSSIBILIDADE –
TRANSGRESSÃO AO DISPOSTO NO ART. 37, II, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA – INEXISTÊNCIA DE DIREITO À ESTABILIDADE – DECISÃO
QUE SE AJUSTA À JURISPRUDÊNCIA PREVALECENTE NO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL – CONSEQUENTE INVIABILIDADE DO RECURSO
QUE A IMPUGNA – SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO
SUPORTE À DECISÃO RECORRIDA – SUCUMBÊNCIA RECURSAL –
MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA – PRECEDENTE (PLENO) –
NECESSÁRIA OBSERVÂNCIA DOS LIMITES ESTABELECIDOS NO ART. 85,
§§ 2º E 3º DO CPC – A EVENTUAL CONCESSÃO DA GRATUIDADE NÃO
EXONERA O BENEFICIÁRIO DOS ENCARGOS FINANCEIROS
DECORRENTES DE SUA SUCUMBÊNCIA (CPC, ART. 98, § 2º) –
INCIDÊNCIA, NO ENTANTO, QUANTO À EXIGIBILIDADE DE TAIS VERBAS,
DA CONDIÇÃO SUSPENSIVA A QUE SE REFERE O § 3º DO ART. 98 DO
CPC – ABUSO DO DIREITO DE RECORRER – IMPOSIÇÃO DE MULTA (1%
SOBRE O VALOR CORRIGIDO DA CAUSA), SE UNÂNIME A VOTAÇÃO
(CPC, ART. 1.021, § 4º) – AGRAVO INTERNO IMPROVIDO.
9. Acórdão:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de ato de admissão emitido pela
Caixa Econômica Federal em prol de Kayque Cardoso dos Santos;
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão
da 2ª Câmara, nos termos do art. 71, III e IX, da Constituição de 1988, e dos
arts. 1º, V, e 39, II, e 45 da Lei n.º 8.443, de 1992, diante das razões expostas
pelo Relator, em:
9.1. assinalar a legalidade do ato de admissão em favor de Kayque Cardoso
dos Santos (à Peça 3 sob o n.º 78180/2018), concedendo-lhe o respectivo
registro;
9.2. determinar que, no prazo de 15 (quinze) dias contados da ciência desta
deliberação, a Caixa Econômica Federal dê ciência da presente deliberação do
TCU ao interessado apontado pelo item 9.1 deste Acórdão;
9.3. enviar a cópia do presente Acórdão, com o Relatório e a Proposta de
Deliberação, à Caixa Econômica Federal, para ciência e efetivo cumprimento
ao item 9.2 deste Acórdão; e
9.4. promover o arquivamento do presente processo.
EMENTA
DIREITO ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO. FORMAÇÃO DE CADASTRO
DE RESERVA. CARÁTER PROTELATÓRIO. IMPOSIÇÃO DE MULTA. 1.
Candidato aprovado em concurso público para formação de cadastro de
reserva não tem direito subjetivo à nomeação, mas mera expectativa. 2. Nos
termos do art. 85, § 11, do CPC/2015, fica majorado em 25% o valor da verba
honorária fixada anteriormente, observados os limites legais do art. 85, §§ 2º e
3º, do CPC/2015. 3. Agravo interno a que se nega provimento, com aplicação
da multa prevista no art. 1.021, § 4º, do CPC/2015.
EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. CANDIDATO APROVADO EM
CADASTRO RESERVA. CONTRATAÇÕES TEMPORÁRIAS. DIREITO À
NOMEAÇÃO. AUSÊNCIA DE PRETERIÇÃO. NECESSIDADE DE REEXAME
DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO E DAS CLÁUSULAS DO EDITAL.
AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL (TEMA N. 735). VERBA
HONORÁRIA MAJORADA EM 1%, PERCENTUAL QUE SE SOMA AO
FIXADO NA ORIGEM, OBEDECIDOS OS LIMITES DO ART. 85, § 2º, § 3º E §
11, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015, RESSALVADA EVENTUAL
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA, E MULTA APLICADA
NO PERCENTUAL DE 1%, CONFORME ART. 1.021, § 4º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.
e) Cargos em comissão/nepotismo.
Ementa
ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO – CONTROLE ABSTRATO DE
CONSTITUCIONALIDADE – ARTIGO 103, §3º, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. Ante a imperatividade do preceito constitucional, o papel da
Advocacia-Geral da União é a defesa da norma impugnada. NEPOTISMO –
VEDAÇÃO – OCUPANTE DE CARGO EM COMISSÃO – NOMEAÇÃO
ANTERIOR – PERMANÊNCIA – INCONSTITUCIONALIDADE. Conflita com a
Carta da República a permanência de ocupante de cargo comissionado
nomeado em momento anterior à publicação da norma que implicou vedação
ao nepotismo, ausente direito adquirido – artigo 37, inciso II, da Constituição
Federal. FUNÇÃO GRATIFICADA – SERVIDOR EFETIVO – PARENTE –
CONSTITUCIONALIDADE – ATUAÇÃO – MAGISTRADO –
INCOMPATIBILIDADE – VEDAÇÃO. Surge constitucional a nomeação ou
designação de parente ocupante de cargo de provimento efetivo para exercer
função gratificada, vedada a atuação junto ao magistrado determinante da
incompatibilidade.
Decisão
O Tribunal, por unanimidade, julgou parcialmente procedente o pedido
formulado na ação direta para assentar a inconstitucionalidade, com redução
de texto, do trecho “ressalvados os atuais ocupantes dos cargos constantes do
artigo 8º da Lei Complementar nº 242, de 10 de julho de 2002”, contido no
artigo 10-A da Lei Complementar nº 242/2002, inserido pelo artigo 2º da Lei
Complementar nº 305/2005, ambas do Estado do Rio Grande do Norte, nos
termos do voto do Relator. Os Ministros Rosa Weber e Edson Fachin
acompanharam o Relator com ressalvas. Não participou deste julgamento o
Ministro Celso de Mello. Plenário, Sessão Virtual de 7.8.2020 a 17.8.2020.
SUMÁRIO
PRESTAÇÃO DE CONTAS DO SESI-PB. IDENTIFICAÇÃO, PELA CGU, DE
PRÁTICA DE NEPOTISMO EM DUAS CONTRATAÇÕES REALIZADAS PARA
CARGOS EM COMISSÃO. INDÍCIOS DE DIRECIONAMENTO DE LICITAÇÃO.
APROVAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO IEL/SESI SEM ESPECIFICAÇÃO DAS
DESPESAS PARA CADA PROGRAMA, PREVISTA NA RESOLUÇÃO 2/2009
DO CONSELHO NACIONAL DO SESI, E DETERMINADA PELO ACÓRDÃO
338/2013-PLENÁRIO. DIFICULDADES NA AVALIAÇÃO DA PRESTAÇÃO DE
CONTAS DOS RECURSOS TRANSFERIDOS AO IEL EM FACE DA
SISTEMÁTICA ADOTADA PARA TAIS PRESTAÇÕES DE CONTAS.
AUDIÊNCIAS. NEPOTISMO. CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES. CONTAS
REGULARES E REGULARES COM RESSALVA. QUITAÇÃO. AUTUAÇÃO DE
REPRESENTAÇÃO ESPECÍFICA PARA ABORDAR A RELAÇÃO ENTRE IEL
E SESI/SENAI. CIÊNCIA DAS FALHAS APONTADAS.
ACÓRDÃO
VISTOS, relatados e discutidos estes autos de Prestação de Contas do
Departamento Regional do Serviço Social da Indústria no Estado da Paraíba -
SESI/PB, relativas ao exercício de 2014,
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão
de 1ª Câmara, ante as razões expostas pelo Relator, em:
9.1. julgar regulares com ressalva as contas dos responsáveis Sr. Francisco de
Assis Benevides Gadelha (então Diretor Regional do Sesi/PB) e Sra. Claudete
Leitão Martins (Superintendente do Sesi/PB) , diante das falhas apontadas
nestes autos, com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso II, 18 e 23, inciso
II, da Lei 8.443/1992, c/c os arts. 1º, inciso I, 208 e 214, inciso II, do Regimento
Interno, dando-lhes quitação;
9.2. julgar regulares as contas dos responsáveis David de Araújo Anchieta
(Superintendente em exercício) , José Aragão da Silva (Superintendente em
exercício) e Maurício Clóvis de Almeida (Presidente do Conselho Regional -
Substituto) , com fundamento nos arts. 1º, inciso I, 16, inciso I, 17 e 23, inciso I,
da Lei 8.443/1992, c/c os arts. 1º, inciso I, 207 e 214, inciso I, do Regimento
Interno, dando-lhes quitação plena;
9.3. rejeitar as razões de justificativa apresentadas pela responsável Sra. Maria
Gricélia Pinheiro de Melo, sem, contudo, aplicar-lhe sanção, ante os motivos
declinados nos pareceres, e sem o julgamento de contas em face de não
integrar o rol de responsáveis da prestação de contas ordinária do Sesi/PB;
9.4. dar ciência ao Departamento Regional do Sesi no Estado da Paraíba
(Sesi/PB) , com fundamento no art. 9º, inciso I, da Resolução TCU 315/2020, e
com vistas a evitar a futura reincidência nas falhas apontadas, de que:
9.4.1. a contratação de parente até o 3º grau de gerente de unidade do Sesi/PB
para o exercício de cargo em comissão na entidade, verificada nestes autos,
contrariou os princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade e a
Súmula Vinculante 13 do STF, e tal prática deve ser definitivamente abolida
pela Entidade;
9.4.2. o Plano de Ação IEL/Sesi 2014, que embasou as transferências de
recursos financeiros ao Instituto Euvaldo Lodi - IEL, não atendeu aos requisitos
estabelecidos na Resolução Sesi/CN 2/2009 e no item 9.4 do Acórdão
338/2013-TCU-Plenário, nem obedece ao modelo de plano de ação
estabelecido pela direção nacional do Sistema Indústria;
9.4.3. a inserção na prestação de contas de peças processuais em desacordo
com as formas e os conteúdos definidos pelo Tribunal (discriminadas nos itens
25 a 28 da instrução de peça 10) , contrariou as prescrições do art.3º, incisos I
e II, da DN-TCU 134/2013;
9.4.4. houve o direcionamento da Concorrência 011/2014 em favor da firma
Devex Sistemas Ltda., vencedora do certame, contrariando o art.2º do
Regulamento de Licitações e Contratos do Sesi/PB, devendo ser adotadas
providências com vistas a evitar que se repita;
9.4.5. foram identificadas diversas inconsistências e fragilidades na prestação
de contas dos recursos repassados ao IEL/PB no exercício de 2014, exigindo
providências no sentido de melhorar os controles a fim de evitar novas
ocorrências semelhantes:
9.4.5.1. ausência de informação sobre os critérios adotados para a fixação dos
percentuais de rateio de cada despesa;
9.4.5.2. ausência de uniformidade na classificação das despesas e nos
percentuais de rateio ao longo do ano;
9.4.5.3. pagamento de despesas com aquisição de quentinhas para os
colaboradores do IEL/PB, sem embasamento legal e sem correlação com as
metas previstas no plano de ação;
9.4.5.4. pagamentos mensais a pessoas físicas, mediante simples recibo de
prestação de serviços (RPS) e sem a apresentação dos contratos de prestação
de serviços, para a realização de atividades administrativas e rotineiras do
IEL/PB, tais como: secretariado, planejamento e divulgação dos serviços do
IEL, serviços administrativos e financeiros na carteira de estágio, elaboração de
termos de compromissos, alimentação de planilhas e monitoramento de
seguros, apoio nas ações do setor de capacitação, apoio administrativo nos
serviços de catalogação e arquivamento de documentos, planejamento e
levantamento do perfil das empresa para divulgação e adesão aos programas
do IEL, práticas que podem configurar irregularidades a disposições da
legislação trabalhista, tendo em vista que as pessoas físicas prestaram
serviços ao IEL de forma contínua, habitual e com subordinação;
9.4.5.5. pagamentos ao próprio superintendente do IEL/PB a título de
reembolso de despesas com alimentação;
9.4.5.6. aumento do valor dos repasses mensais do Sesi/PB no 2º semestre,
sem a devida justificativa, considerando-se que não houve a alteração do
orçamento aprovado em dezembro/2013;
9.4.5.7. ausência de apresentação de lista de cursos, ações e eventos
realizados, da lista de estagiários encaminhados ao mercado de trabalho, da
lista de participantes nos cursos e eventos, etc., pelo IEL;
9.5. autorizar a constituição de processo de representação indicada na
instrução da Secex Desenvolvimento e no parecer do Ministério Público/TCU
com a finalidade de reexaminar a sistemática de transferência de recursos do
Sesi e do Senai ao Instituto Euvaldo Lodi - IEL e a sistemática de apresentação
da respectiva prestação de contas, a fim de possibilitar a aferição do nexo de
causalidade entre os recursos repassados e as despesas executadas; e
9.6. dar ciência deste Acórdão aos responsáveis, à CGU e ao Sesi/PB.