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Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul

22 de junho de 2022

3ª Câmara Cível

Agravo de Instrumento - Nº 1401388-74.2022.8.12.0000 - Aquidauana


Relator – Exmo. Sr. Des. Paulo Alberto de Oliveira
Agravante : Tiego Gomes da Silva.
Advogado : Franco Magnus da Rocha Junior (OAB: 20297/MS).
Advogado : Juliano Quelho Witzler Ribeiro (OAB: 15116A/MS).
Agravado : Estado de Mato Grosso do Sul.
Proc. do Estado : Claudia Elaine Novaes Assumpção Paniago (OAB: 7342/MS).

EMENTA - AGRAVO DE INSTRUMENTO – AÇÃO


ANULATÓRIA – JUSTIÇA GRATUITA CONCEDIDA EM RELAÇÃO AO
AGRAVO DE INSTRUMENTO – MÉRITO - PEDIDO DE ANULAÇÃO DO
PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE EXCLUIU O MILITAR DAS FILEIRAS DA
CORPORAÇÃO COM BASE EM RESULTADO NEGATIVO DA INVESTIGAÇÃO
SOCIAL - DECISÃO AGRAVADA QUE DECLINOU DA COMPETÊNCIA PARA A
JUSTIÇA MILITAR – SITUAÇÃO QUE NÃO SE CONFUNDE COM A HIPÓTESE
DE AÇÃO JUDICIAL CONTRA "ATO DISCIPLINAR MILITAR" (ARTIGO 125, §§
4° E 5°, DA CF) – MANUTENÇÃO DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM
ESTADUAL – AGRAVO DE INSTRUMENTO CONHECIDO E PROVIDO.
1. Discute-se no presente recurso: a) a concessão da justiça gratuita
em sede recursal; e b) a competência da Justiça castrense para análise da Ação
Anulatória de Processo Administrativo que excluiu o militar das fileiras da corporação
com base em resultado negativo da investigação social.
2. Ao menos em relação ao recurso de Agravo de Instrumento, e
em caráter precário, devem ser concedidos os benefícios da gratuidade da
Justiça a favor do recorrente.
3. "A competência da Justiça Militar para decidir a respeito da
perda do posto e da patente de militar está delimitada à apuração de crimes e/ou atos
disciplinares militares, nos termos do art. 125, § 4º, da Constituição Federal" (RMS
46.293/MG, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, julgado em 17/03/2015,
DJe 23/03/2015).
4. "O ato administrativo de exoneração ex officio do Autor,
impugnado no mandado de segurança, não se reveste de natureza disciplinar militar,
pois fundado no descumprimento de requisito previsto no edital do concurso público
para provimento do cargo de Policial Militar do Estado de Minas Gerais. 2. Compete à
Justiça Comum Estadual o julgamento de ação contra ato administrativo que não se
reveste de natureza disciplinar militar..." (CC 99.210/MG, Rel. Ministro Celso
Limongi (desembargador Convocado Do TJ/SP), Terceira Seção, julgado em
25/03/2009, DJe 07/04/2009).
5. Na espécie, a competência para processar e julgar a causa pertence
à Justiça Comum Estadual, e não à Justiça Militar estadual, por não se tratar de
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processo administrativo para apurar ato de natureza disciplinar militar, fundando-se,
na realidade, no descumprimento de requisito previsto no edital do concurso
público para provimento do cargo de Policial Militar.
6. Agravo de Instrumento conhecido e provido

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os juízes da 3ª


Câmara Cível do Tribunal de Justiça, na conformidade da ata de julgamentos, Por
unanimidade, deram provimento ao recurso, nos termos do voto do relator.

Campo Grande, 22 de junho de 2022.

Des. Paulo Alberto de Oliveira - Relator


Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul
R E L A T Ó R I O
O Sr. Des. Paulo Alberto de Oliveira.
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Tiego Gomes da
Silva contra decisão interlocutória proferida nos autos n° 0802735-50.2020.8.12.0005
pelo Juiz de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Corumbá-MS, Dr. Giuliano
Máximo Martins.

Ação: Anulatória proposta por Tiego Gomes da Silva contra o


Estado de Mato Grosso do Sul na qual relata ser Policial Militar devidamente
matriculado sob número 426990021, e que teve autuado em seu desfavor os autos de
Sindicância Portaria n° 379/SIND/CORREG/PMMS/2017 - de 11/09/2017, cujo
objeto era a permanência ou não do autor, nas fileiras da corporação, em virtude de
suposto resultado negativo em investigação social, que adveio de acusação sobre
suposta inserção de dados falsos e/ou incorretos, realçando que no curso da instrução
probatória do processo administrativo restou esclarecida e evidenciada a conduta
elogiosa do autor, contando com 20 elogios e nenhuma punição, bem como incontáveis
elogios e menções honrosas quando do seu tempo no Exército, tornando irrazoável e
desproporcional desclassificar o autor do certame em comento.
Requer, ao final, a anulação do processo administrativo, reinserindo
o autor nas fileiras da PM/MS e ressarcindo-o de todos os vencimentos a que faz jus
durante o período de afastamento, que inclui o período em que tramitará esta demanda
(f. 1-9- autos na origem).

Decisão agravada: declinou da competência e determinou a remessa


dos autos à Auditoria da Justiça Militar Estadual (f. 497-498, na origem).

Embargos de Declaração: interpostos por Tiego Gomes da Silva


(f. 501-505, na origem), e rejeitados (f. 516, na origem).

Agravo de Instrumento: interposto por Tiego Gomes da Silva


sustentando que: a) "o autor requereu em tempo o benefício da gratuidade de justiça,
acostado às folhas 413-414, reiterando tal pedido agora em sede recursal" (f. 2); e
b) " não há como confundir ato de disciplina militar ou com crime militar, com
reprovação em certame público" (f. 4), objetivando a reforma da decisão agravada para
fixar a competência da Justiça Estadual (f. 1-5).

Decisão Liminar da então Relatora Desª Jaceguara Dantas da


Silva: recebeu o recurso apenas em seu efeito devolutivo e determinou que o agravante
comprove fazer jus à justiça gratuita (f. 11-16).

Petição do recorrente: opondo-se ao julgamento virtual do recurso


(f. 19).

Petição do recorrente: apresentando documentos e reforçando o


requerimento de justiça gratuita (f. 23).
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Contrarrazões: em síntese, refutou os argumentos do recorrente,


pugnando pelo não provimento do recurso (f. 32-38).

Campo Grande-MS, 09/05/2022.

É o relatório.

V O T O
O Sr. Des. Paulo Alberto de Oliveira. (Relator)
Discute-se no presente recurso: a) a concessão da justiça gratuita em
sede recursal; e b) a competência da Justiça castrense para análise da Ação Anulatória
de Processo Administrativo que excluiu o militar das fileiras da corporação com base
em resultado negativo da investigação social.

1 – Juízo de admissibilidade

Registro que a decisão recorrida foi proferida e disponibilizada nos


autos digitais em 09/08/2021 (f. 497-498, na origem), tendo a respectiva intimação
ocorrido em 20/08/2021 (f. 500, na origem), com decisão integrativa publicada em
16/12/2021 (f. 518, na origem), enquanto que o presente recurso foi interposto em
08/02/2022 (f. 06).
Nos termos do 1.003, § 5º, c/c art. 219, caput, ambos do CPC, o
recurso é tempestivo, pois interposto no prazo de quinze (15) dias úteis. Outrossim,
quanto à regularidade formal, o recurso está em consonância com o disposto nos
artigos 1.016 e 1.017, c/c art. 1.007, caput, todos do CPC (pedido de justiça gratuita
formulado em sede recursal).

2 – Justiça gratuita no recurso


Nas razões recursais, o agravante aduz que "requereu em tempo o
benefício da gratuidade de justiça, acostado às folhas 413-414, reiterando tal pedido
agora em sede recursal" (f. 2).
De fato, compulsando os autos, verifica-se que fora formulado
pedido de assistência judiciária gratuita pelo autor na inicial (f. 9, na origem), o Juiz
despachou determinando a emenda da inicial para que o autor acostasse "aos autos
declaração de hipossuficiência devidamente assinada, posto que a procuração não tem
poderes específicos para tanto, sob pena de indeferimento do Benefício" (f. 412, na
origem), porém, não houve a apreciação do pleito de concessão da benesse, que será
analisada, neste momento, apenas no âmbito recursal, para não se incorrer em supressão
de instância.
Estabelecem os artigos 98, § 5° e 99, caput e § 7°, ambos
do CPC/15:

"§ 5° A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou


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a todos os atos processuais...".
"Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na
petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no
processo ou em recurso.
(...)
§ 7°. Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o
recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo,
incumbindo ao relator, neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-
lo, fixar prazo para realização do recolhimento".

In casu, o agravante declara não dispor de condições para arcar


com as custas e as despesas do processo em razão do seu estado de
hipossuficiência econômica (f. 414, na origem).
Com base na declaração de Imposto de Renda do autor (f. 24-26), é
possível presumir a sua impossibilidade de arcar com as custas de um processo sem
que isso implique prejuízo ao seu sustento.

Ademais, nos anos referência 2021 e 2022 o autor-recorrente


apresentou Declaração de Isenção (f. 29).
Sabe-se que havendo a declaração da parte – pessoa física –
de que não tem condições de arcar com as custas do processo, presume-se que
esta é verdadeira, só podendo ser afastada se houver nos autos elementos que
evidenciem a falta dos pressupostos para a concessão da gratuidade (§§ 2º e 3º, do art.
99, do CPC/15), o que não ocorreu na espécie.
Diante disso, ao menos em relação ao recurso de Agravo de
Instrumento, e em caráter precário, devem ser concedidos os benefícios da
gratuidade da Justiça a favor do recorrente.

3- Decisão declinatória de Competência

Infere-se dos autos que o autor-recorrente propôs a presente Ação


Anulatória contra o Estado de Mato Grosso do Sul, relatando ser Policial Militar
devidamente matriculado sob número 426990021, e que teve autuado em seu
desfavor os autos de sindicância Portaria n° 379/SIND/CORREG/PMMS/2017 de
11/09/2017, cujo objeto era a permanência ou não do autor, nas fileiras da corporação,
em virtude de suposto resultado negativo em investigação social, que adveio de
acusação sobre suposta inserção de dados falsos e/ou incorretos, realçando que no curso
da instrução probatória do processo administrativo restou esclarecida e evidenciada a
conduta elogiosa do autor, contando com 20 elogios e nenhuma punição, bem como
incontáveis elogios e menções honrosas quando do seu tempo no Exército, tornando
irrazoável e desproporcional desclassificar o autor do certame em comento.
O Juiz singular, entretanto, declinou da competência para análise da
referida ação por entender que "o processamento e julgamento das ações judiciais
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contra atos disciplinares militares é de competência absoluta da Justiça Militar
Estadual, nos termos do disposto no artigo 125, § 4º, da Constituição Federal, com a
redação dada pela Emenda Constitucional 45/04" (f. 497, na origem).
Acerca da competência para analisar e julgar ações judiciais de
militares, que envolvam atos disciplinares, dispõe o art. 125, da Constituição
Federal:

"Art. 125. (...)

§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os


militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações
judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do
júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir
sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das
praças.

§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e


julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as
ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho
de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os
demais crimes militares"

É dizer que "a competência da Justiça Militar para decidir a


respeito da perda do posto e da patente de militar está delimitada à apuração de crimes
e/ou atos disciplinares militares, nos termos do art. 125, § 4º, da Constituição Federal"
(RMS 46.293/MG, Rel. Ministro Og Fernandes, Segunda Turma, julgado em
17/03/2015, DJe 23/03/2015).
No caso em análise, tem-se que o autor objetiva anular o processo
administrativo – Portaria n° 379/SIND/CORREG/PMMS/2017 - que resultou na
sua exclusão das fileiras da Polícia Militar (licenciamento "ex officio"):

A demanda em questão, evidentemente não cuida de crimes


militares, e, também não se enquadra na hipótese de "ações judiciais contra atos
disciplinares militares", voltando-se, na realidade, contra ato de exclusão do
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Policial Militar por interesse da administração, tendo em vista o resultado negativo
da investigação social em certame, que culminou na instauração do processo
administrativo disciplinar em questão para "análise sobre a permanência ou não do
policial averiguado em permanecer nas fileiras da Policial Militar de Mato Grosso do
Sul" (f. 21, na origem).
De se ver que não se trata de processo instaurado para aplicação
de sanção disciplinar por fatos que ocorreram na atuação do autor enquanto
Militar, mais precisamente, enquanto estava no curso de formação.
Cuida-se, na realidade, de procedimento administrativo fundado
em parecer desfavorável da Diretoria de Inteligência em fase de investigação social do
certame para ingresso nas fileiras da Policia Militar do Estado, tratando-se de
averiguação da vida pregressa do aluno, e não da prática, propriamente dita, de “ato
disciplinar militar”, não atraindo assim, o julgamento da causa, a competência da
Justiça Militar estadual.
Lembrando que, havendo a apuração de conduta irregular do
candidato na fase de investigação, será aberto procedimento administrativo (art. 47,
da Lei n° 3.808, de 18/12/09, que dispõe sobre concurso público para o ingresso no
Curso de Formação das Carreiras de Oficiais e Praças da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso do Sul, estabelece os
requisitos indispensáveis para o exercício das funções militares, e dá outras
providências:

"Art. 47. Se durante o período da Investigação Social for


constatada qualquer conduta irregular do candidato, que o desabone para
o exercício das funções institucionais, será aberto procedimento
administrativo, em que lhe será dada a oportunidade do contraditório e
ampla defesa e, comprovada a irregularidade, o candidato será excluído a
qualquer momento, seja qual for a fase do Concurso Público para
Ingresso no Curso de Formação a que concorreu, ou serão declarados
nulos os atos de ingresso na instituição militar a que pertencer.
Parágrafo único. O procedimento administrativo a que se refere
este artigo será de competência da Comissão Organizadora do concurso
até o ato de matrícula no Curso de Formação (CFOP/PM/BM), e, após
essa fase, das respectivas Instituições Militares'".

Neste mesmo sentido, previu o Edital do certame para o qual o autor


estava concorrendo:
Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul

No caso, o autor , submetido à investigação social durante o


certame, não teria atendido os requisitos necessários para aprovação, nos termos
do Edital, motivo pelo qual fora instaurado procedimento administrativo que
culminou na sua exclusão das fileiras da corporação.
Assim, a competência para processar e julgar a causa pertence à
Justiça Estadual comum, e não à Justiça Militar Estadual, por não se tratar de processo
administrativo para apurar ato de natureza disciplinar militar, fundando-se, na
realidade, no descumprimento de requisito previsto no edital do concurso público
para provimento do cargo de Policial Militar.
A propósito, já julgou o Superior Tribunal de Justiça:

"Justiça Militar estadual (competência). Ato administrativo


(exoneração). Reintegração (pedido).
1. O que compete à Justiça Militar estadual é processar e julgar as
ações judiciais contra atos disciplinares militares (EC nº 45/04).
2. Não lhe compete, em conseqüência, ação contra ato
administrativo, na qual se alega achar-se a exoneração em estágio
probatório viciada por ilegalidade e abusividade, e na qual, também em
conseqüência, pleiteia-se reintegração.
3. Conflito conhecido, declarada a competência do suscitado." (CC
54.553/SP, Rel. Ministro Nilson Naves, Terceira Seção, julgado em
26/10/2005, DJ 06/02/2006, p. 196).

"CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO COMUM


ESTADUAL E JUÍZO MILITAR. EXONERAÇÃO EX OFFICIO.
DESCUMPRIMENTO DE REQUISITO PREVISTO EM EDITAL DE
CONCURSO PÚBLICO. ATO ADMINISTRATIVO NÃO REVESTIDO DE
NATUREZA DISCIPLINAR. ART. 125, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO (EC Nº
45/2004).
1. O ato administrativo de exoneração ex officio do Autor,
impugnado no mandado de segurança, não se reveste de natureza
disciplinar militar, pois fundado no descumprimento de requisito previsto
no edital do concurso público para provimento do cargo de Policial
Militar do Estado de Minas Gerais.
2. Compete à Justiça Comum Estadual o julgamento de ação contra
ato administrativo que não se reveste de natureza disciplinar militar.
3. Competência do Juízo de Direito da 4ª Vara Cível de Governador
Valadares - MG, ora suscitado." (CC 99.210/MG, Rel. Ministro Celso
Limongi (desembargador Convocado Do TJ/SP), Terceira Seção, julgado
Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul
em 25/03/2009, DJe 07/04/2009).

Nestes termos, deve ser reformada a decisão recorrida, na qual o


Juízo equivocadamente declinou da competência para análise do processo à justiça
castrense.

Diante do exposto, conheço o recurso interposto por Tiego Gomes


da Silva e DOU-LHE PROVIMENTO para: a) ao menos em relação ao
recurso de Agravo de Instrumento, e em caráter precário, conceder os benefícios
da gratuidade da Justiça a favor do recorrente; e b) fixar a competência da Justiça
Comum Estadual para análise do processo na origem.

É como voto.

D E C I S Ã O
Como consta na ata, a decisão foi a seguinte:

POR UNANIMIDADE, DERAM PROVIMENTO AO RECURSO,


NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR.

Presidência do Exmo. Sr. Des. Odemilson Roberto Castro Fassa


Relator, o Exmo. Sr. Des. Paulo Alberto de Oliveira.
Tomaram parte no julgamento os Exmos. Srs. Des. Paulo Alberto de
Oliveira, Des. Dorival Renato Pavan e Des. Amaury da Silva Kuklinski.

Campo Grande, 22 de junho de 2022.

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