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DECISÃO
Edição nº 0 - Brasília,
Documento eletrônico VDA27321752 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): MINISTRO Herman Benjamin Assinado em: 27/11/2020 23:34:06
Publicação no DJe/STJ nº 3038 de 01/12/2020. Código de Controle do Documento: 0bf1d0b4-fafc-46c4-a542-49ad6ed69ac9
Art. 6º ...
§ 2º. A disciplina militar é a exteriorização da ética profissional
dos militares do Estado e manifesta-se pelo exato cumprimento de deveres,
em todos os escalões e em todos os graus da hierarquia, quando aos seguintes
aspectos:
I – pronta obediência às ordens legais;
II – observância às prescrições regulamentares;
III – emprego de toda a capacidade em benefício do serviço;
IV – correção de atitudes;
V – colaboração espontânea com a disciplina coletiva e com a
efetividade dos resultados pretendidos pelas IMEs.
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Documento eletrônico VDA27321752 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
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Publicação no DJe/STJ nº 3038 de 01/12/2020. Código de Controle do Documento: 0bf1d0b4-fafc-46c4-a542-49ad6ed69ac9
crimes militares.
É o relatório.
Decido.
A ação declaratória proposta tem como causa de pedir a alegação de que a
matrícula para o curso de formação de sargento foi indeferida pelo não preenchimento do
requisito constante do item 4.2, letra "b", do edital respectivo, o qual, em síntese
estabelece pontuação mínima para tanto.
O autor alega que sua pontuação estaria incorreta, porque haveria equívoco da
Administração Militar ao certificá-la, pois, considerando a data de sua última punição
disciplinar, teria deixado de atualizar seu conceito disciplinar, deixando de computar
diversos pontos a que teria direito. Em síntese conclui que "a Administração não poderia
ter indeferido sua matrícula" porque "o conceito disciplinar aferido no ato de
indeferimento não corresponde à realidade face a ausência de atualização/acréscimo de
pontos" na forma prevista em lei.
Ao final, o autor formulou pedido para "declarar a nulidade do ato
administrativo que indeferiu a matrícula no Curso Especial de Formação de Sargentos
(CEFS/2015), face ofensa ao disposto no art. 5º, § 2º, da lei estadual 14.310/02, para
assegurar o direito do autor a se submeter ao Curso CEFS/2015 na PMMG"e que "caso
aprovado (...) seja conferido direito de formatura, promoção e assunção a graduação de
terceiro sargento, em igualdade de condições com os demais convocados".
No caso dos autos, portanto, não é questionado ato disciplinar militar em si,
mas sim o indeferimento de matrícula para o curso de formação de sargento. Observa-se
que não há discussão quanto ao processo administrativo relativo ou à própria infração
disciplinar, mas sim o questionamento quanto ao computo correto ou não de pontuação
por conta da citada pontuação.
Por isso é que, embora haja referência à data da última punição, como
a infração em si não é questionada, não se há de considerar o feito como ação contra ato
disciplinar militar, não sendo o caso semelhante ao precedente citado pelo juízo suscitado
(CC 122.413/MG, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Seção,DJe 17/06/2014),
porquanto naquele julgado existia questionamento feito no próprio processo disciplinar
militar.
O Superior Tribunal de Justiça reconhece que o mero fato de existir referência
ato disciplinar militar não é suficiente para atrair a competência da justiça castrense, a
qual se configura somente quando tal ato é que é objeto da demanda.
Nessa linha:
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PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/05/2010, DJe 16/06/2010)
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