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Direito Constitucional
Poder Judiciário
É inconstitucional lei estadual que permita que um juiz estadual seja removido para outro
Estado
É inconstitucional — por violar a competência da União para dispor sobre a magistratura
brasileira, tanto na justiça estadual como na justiça federal — norma estadual que permite a
remoção entre juízes de direito vinculados a diferentes tribunais de justiça.
STF. Plenário. ADI 6782/RN, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 6/3/2023 (Info 1085).
Lei estadual pode autorizar que o Tribunal de Justiça transforme, instale juizado em
substituição a adjunto e fixe a competência dos juizados especiais
É constitucional — por não violar o princípio da legalidade — lei estadual que prevê que o Órgão
Especial do Tribunal de Justiça pode transformar, instalar juizado em substituição a adjunto e
fixar a competência dos juizados especiais.
STF. Plenário. ADI 4235/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 12/12/2022 (Info 1079).
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29/03/2023, 14:54 Caderno - Informativos Direito Constitucional - Poder Judiciário - Buscador Dizer o Direito
Os períodos de férias, recesso, licenças e afastamentos de juiz convocado para atuar como
desembargador devem ser considerados quanto ao direito de recebimento de diferença de
vencimentos previsto no art. 124 da LOMAN
O art. 124 da Lei Complementar nº 35/1979 dispõe que “o Magistrado que for convocado para
substituir, em primeira ou segunda instância, perceberá a diferença de vencimentos
correspondentes ao cargo que passa a exercer”.
Não há, como se pode constatar, qualquer limitação do direito ao recebimento da diferença de
vencimentos nos períodos de férias, recesso licenças e afastamentos legais, contanto que o
magistrado esteja no exercício do cargo substituído. Os referidos períodos de não exercício das
funções judicantes não afastam o exercício do cargo substituído enquanto não for revogado o
ato de convocação magistrado.
Ademais, o art. 102 da Lei nº 8.112/90, aplicável de forma subsidiária aos magistrados federais,
traz diversas hipóteses de afastamentos, dentre elas férias e algumas licenças, cujo período é
expressamente considerado como de efetivo exercício:
STJ. 2ª Turma. REsp 1902244-CE, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 16/08/2022 (Info 759).
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Magistrado que está de licença para estudar no exterior não tem direito à retribuição por
direção de fórum nem à gratificação pelo exercício cumulado de jurisdição
O magistrado em gozo de licença para capacitação no exterior não faz jus ao pagamento das
vantagens de Retribuição por Direção de Fórum e Gratificação pelo Exercício Cumulado de
Jurisdição ou Acumulação de Acervo Processual.
STJ. 1ª Turma. RMS 67416-SE, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 29/03/2022 (Info 731).
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Se, após elaborar a lista sêxtupla para o quinto constitucional, a OAB perceber que um dos
indicados não preencheu os requisitos, ela poderá pedir a desconsideração da lista ainda que já
tenha havido a nomeação do indicado
A Ordem dos Advogados do Brasil possui autonomia para elaborar e revisar lista sêxtupla para
indicação de advogados para concorrer à vaga do quinto constitucional.
STJ. Corte Especial. AgInt na SS 3262-SC, Rel. Presidente Min. Humberto Martins, julgado em
20/10/2021 (Info 716).
É inconstitucional lei ordinária que fixa idades mínima e máxima para ingresso na magistratura
É inconstitucional norma estadual que estabelece limites etários para ingresso na magistratura.
Normas estaduais (sejam leis ou normas da Constituição Estadual), que disponham sobre o
ingresso na carreira da magistratura violam o art. 93, caput, da CF/88, por usurpar iniciativa
legislativa privativa do STF:
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de
provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se,
nas nomeações, à ordem de classificação;
STF. Plenário. ADI 6794/CE, ADI 6795/MS e ADI 6796/RO, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em
24/9/2021 (Info 1031).
É inconstitucional o art. 58, VI, da Lei nº 11.697/2008 (lei de organização judiciária do DF), que
prevê o tempo de serviço público efetivo como sendo um dos critérios de apuração da
antiguidade dos magistrados
Compete ao Supremo Tribunal Federal a iniciativa para propor projeto de lei que disponha sobre
critério de desempate para promoção na carreira da magistratura.
É inconstitucional norma que adote tempo de serviço em qualquer cargo público como critério
de desempate para promoção na magistratura.A utilização do critério de tempo de serviço
público favoreceria injustamente o magistrado com trajetória profissional exercida de modo
preponderante no setor público.
STF. Plenário. ADI 6779/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/8/2021 (Info 1027).
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Decisões administrativas do CNJ devem ser cumpridas mesmo que exista decisão judicial em
sentido contrário proferida por outro órgão judiciário que não seja o STF
O art. 106 do Regimento Interno do CNJ prevê o seguinte:
Art. 106. O CNJ determinará à autoridade recalcitrante, sob as cominações do disposto no artigo
anterior, o imediato cumprimento de decisão ou ato seu, quando impugnado perante outro juízo
que não o Supremo Tribunal Federal.
O STF afirmou que essa previsão é constitucional e decorre do exercício legítimo de poder
normativo atribuído constitucionalmente ao CNJ, que é o órgão formulador da política judiciária
nacional.
Assim, o CNJ pode determinar à autoridade recalcitrante o cumprimento imediato de suas
decisões, ainda que impugnadas perante a Justiça Federal de primeira instância, quando se
tratar de hipótese de competência originária do STF.
STF. Plenário. ADI 4412/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/11/2020 (Info 1000).
Compete ao STF processar e julgar originariamente ações propostas contra o CNJ e contra o
CNMP no exercício de suas atividades-fim
Nos termos do art. 102, I, “r”, da Constituição Federal, é competência exclusiva do STF processar
e julgar, originariamente, todas as ações ajuizadas contra decisões do Conselho CNJ e do CNMP
proferidas no exercício de suas competências constitucionais, respectivamente, previstas nos
arts. 103-B, § 4º, e 130-A, § 2º, da CF/88.
STF. Plenário. Pet 4770 AgR/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 18/11/2020 (Info 1000).
STF. Plenário. Rcl 33459 AgR/PE, red. p/ o ac. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/11/2020 (Info
1000).
STF. Plenário. ADI 4412/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/11/2020 (Info 1000).
Lei estadual pode prever que os oficiais de justiça também auxiliem nos serviços de secretaria
da vara
É constitucional norma que inclui, entre as incumbências dos oficiais de justiça, a tarefa de
“auxiliar os serviços de secretaria da vara, quando não estiverem realizando diligência.”
STF. Plenário. ADI 4853/MA, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 3/11/2020 (Info 997).
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A remoção ocorre antes da promoção por merecimento; a remoção não ocorre antes da
promoção por antiguidade
A promoção na magistratura por antiguidade precede a mediante remoção.
STF. Plenário. RE 1037926, Rel. Marco Aurélio, julgado em 16/09/2020 (Repercussão Geral –
Tema 964) (Info 994).
Se o Tribunal aplica censura para magistrado que praticou conduta grave, essa decisão enseja
revisão disciplinar do CNJ por ser contrária ao texto expresso da lei considerando que o art. 44
da LOMAN afirma que a censura será aplicada se a infração não justificar punição mais grave
O Conselho Nacional de Justiça pode proceder à revisão disciplinar de juízes e membros de
tribunais desde que observado o requisito temporal: processos disciplinares julgados há menos
de 1 ano (art. 103-B, § 4º, V, da CF/88).
Vale ressaltar que, depois de instaurada a revisão, não existe prazo para que o CNJ julgue o
procedimento.
A Constituição Federal e o Regimento Interno do CNJ conferem legitimidade universal para
propositura da revisão disciplinar, que pode ser instaurada por provocação de terceiros e até
mesmo de ofício.
As hipóteses de cabimento da revisão estão elencadas no art. 83 do Regimento Interno do CNJ.
O inciso I prevê que cabe a revisão quando a decisão for contrária a texto expresso da lei.
Se o Tribunal aplica a pena de censura para um magistrado que praticou conduta grave, essa
decisão enseja revisão disciplinar por ser contrária ao texto expresso da lei. Isso porque,
segundo o art. 44 da LC 35/79 (LOMAN) a pena de censura será aplicada “se a infração não
justificar punição mais grave”.
STF. 2ª Turma. MS 30364/PA, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 17/3/2020 (Info 970).
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Inexiste ilegalidade em portaria editada pelo Juiz Diretor do Foro que restringiu o ingresso de
pessoas portando arma de fogo nas dependências do Fórum
Inexiste ilegalidade em portaria editada pelo Juiz Diretor do Foro da Comarca de Sete Quedas
que restringiu o ingresso de pessoas portando arma de fogo nas dependências do Fórum.
STJ. 1ª Turma. RMS 38090-MS, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 10/03/2020 (Info 667).
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