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MATERIAL DE APOIO

PROCESSO CIVIL – EDGARD BORBA

NORMAS FUNDAMENTAIS

1. (CESPE: TCU/Auditor Federal de Controle Externo, 2013) No que se refere aos


princípios constitucionais do processo civil, julgue o item seguinte. Considere que,
ao apreciar determinada ação judicial, o magistrado tenha declarado, de ofício, a
ocorrência de prescrição, sem abrir prazo para que a parte interessada se
manifestasse sobre esse aspecto. Nessa situação, o magistrado agiu corretamente,
pois o reconhecimento de questões de ordem pública de ofício pelo magistrado
dispensa, em caráter absoluto, a observância do princípio do contraditório.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Nos termos do art. 487, II, CPC, pode o magistrado reconhecer, de
ofício, a ocorrência da prescrição. Apesar disso, o princípio do contraditório, no seu
aspecto substancial, indica que o contraditório não se perfaz apenas com a oitiva da parte,
mas sim com a possibilidade de que sua participação influencie no julgamento da causa.
Por conta disso, não é possível a prolação de decisão surpresa. Portanto, toda decisão
judicial deve passar antes pelo crivo do contraditório, ainda que a matéria do julgamento
seja de ordem pública, passível de conhecimento ex officio pelo juiz (arts. 9º, 10 e 487,
parágrafo único, CPC).

2. (CESPE: TCE-RN/Assessor Jurídico, 2015) No que diz respeito às normas


processuais, à função jurisdicional, à petição inicial e ao tempo e lugar dos atos
processuais, conforme o Novo Código de Processo Civil, julgue o item que se segue.
Com o objetivo de garantir valores fundamentais estabelecidos na Constituição
Federal de 1988, é vedado ao juiz conceder tutela provisória de urgência contra uma
das partes sem que ela seja previamente ouvida.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: O princípio do contraditório (art. 9º, CPC) determina que o magistrado


não pode proferir decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida.
Entretanto, em caráter excepcional, pode ser deferida a tutela provisória de urgência sem
prévia oitiva do réu, com base no art. 9º, parágrafo único, I, CPC.

APLICAÇÃO DA NORMA PROCESSUAL

3. (CESPE: TJ-MA/Juiz de Direito, 2013) No que concerne à lei processual civil


superveniente, assinale a opção correta.

a) Encontrando-se o processo em curso, é facultado ao juiz aplicar a lei nova ou a lei


anterior que melhor atenda à rápida solução da lide, amparado no princípio constitucional
da celeridade processual.

b) Nesse caso, aplica-se a regra do isolamento dos atos processuais, de modo que a lei
nova é aplicada aos atos processuais pendentes, tão logo entre em vigor, respeitados os já
praticados e seus efeitos.

c) Os efeitos dessa lei atingem os processos ajuizados após a edição da lei, não se
aplicando a nova lei processual aos processos em curso.

d) A nova regra processual editada no curso do processo não se aplica no grau de


jurisdição em que o processo tramita, repercutindo-se os seus efeitos nos graus de
jurisdição subsequentes.

GABARITO: B
COMENTÁRIO: A norma processual não retroage e é aplicável imediatamente aos
processos em curso. Contudo, os atos processuais já praticados devem ser respeitados,
bem como as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revogada (art. 14,
CPC). Em síntese, a teoria do isolamento dos atos processuais preconiza que a lei nova
deve respeitar os atos processuais já praticados e consumados, tendo em vista que o
processo deve ser considerado um encadeamento de atos isolados, isto é, aqueles que já
foram praticados na lei antiga persistem. Os novos atos devem respeitar a nova lei.

JURISDIÇÃO

4. (CESPE: TCU/Prova: Auditor Federal de Controle Externo, 2015) No que


concerne aos princípios processuais e à jurisdição, julgue o item que se segue.
Na jurisdição contenciosa, o Estado, em substituição às partes, resolve a lide
submetida a sua apreciação, sendo inadmitida, após a instauração do processo
contencioso, a composição entre as partes.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Pela substitutividade, a jurisdição substitui a vontade das partes pela


vontade da lei no caso concreto nos processos contenciosos. Em razão do princípio do
estímulo à autocomposição, as partes podem cheguem a uma solução consensual do
conflito, inclusive no curso de demanda contenciosa (art. 3º, §3º, CPC), devendo ser
homologada pelo juiz por sentença de mérito (art. 487, II, “b” e “c”, CPC).

5. (CESPE: TRF - 1ª REGIÃO/Juiz federal, 2013) Acerca da jurisdição e dos


equivalentes jurisdicionais, assinale a opção correta.

a) No exercício da jurisdição voluntária, o julgador poderá valer- se da equidade,


buscando soluções fundadas em critérios de conveniência e oportunidade.
b) A autocomposição somente produzirá efeitos, como forma de solução de conflitos,
quando obtida em processo jurisdicional.

c) As hipóteses de impedimento e suspeição do julgador, previstas na legislação


processual civil, não se aplicam para o exercício da função em processo de jurisdição
voluntária.

d) A autotutela é forma alternativa de solução de conflito caracterizada pela submissão


voluntária de uma parte à pretensão manifestada pela outra.

e) A sentença arbitral, obtida por meio da técnica da heterocomposição, é considerada,


por disposição expressa do Código de Processo Civil (CPC), título executivo
extrajudicial.

GABARITO: A

COMENTÁRIO:

a) CORRETA: Na jurisdição voluntária (ou graciosa), o juiz não fica obrigado a


observar o critério da legalidade estrita. Ao revés, pode, com base no juízo de equidade,
decidir adotando a solução mais conveniente ou oportuna para o caso concreto (art. 723,
parágrafo único, CPC).
b) ERRADA: Como método alternativo de solução de conflitos (equivalente
jurisdicional), a autocomposição é calcada na vontade das partes e pode ser obtida tanto
extrajudicialmente como pela via judicial. Quando ocorre no processo jurisdicional, deve
ser homologada por sentença de mérito, apta à formação de coisa julgada material (art.
487, III, “b” e “c” e art. 502, CPC).
c) ERRADA: Não há óbice para a arguição de impedimento (art. 144, CPC) e suspeição
(art. 145, CPC) do magistrado nas ações de jurisdição voluntária.
d) ERRADA: A autotutela é forma excepcional de solução de conflito de interesses
caracterizada pelo uso da força pela parte vencedora, podendo ser revista judicialmente.
e) ERRADA: A sentença arbitral é considerada título executivo judicial (art. 515, VII,
CPC).
6. (CESPE: SERPRO/Analista – Advocacia, 2010) O princípio do juiz natural pode
ser entendido de duas formas distintas, sendo que a primeira diz respeito à
impossibilidade de escolha do juiz para o julgamento de determinada demanda e a
segunda diz respeito à proibição da criação de tribunais de exceção.
( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: CERTO

COMENTÁRIO: De acordo com o princípio do juiz natural (art. 5º, LIII e XXXVII,
CF), ninguém será processado e julgado senão pela autoridade competente e que não
haverá juízo ou tribunal de exceção. Em outros termos, o juiz natural é aquele cuja
competência é definida conforme as regras previamente estabelecidas na lei, não podendo
ser modificadas a posteriori. Conforme o art. 43, CPC, a competência é determinada no
momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as
modificações posteriores, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a
competência absoluta (perpetuatio jurisdictionis).

AÇÃO

7. (CESPE: TJ-DFT/Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador, 2013) No


que concerne à ação e a seus requisitos, julgue os itens que se seguem.
Somente mediante autorização legal é possível pleitear, em nome próprio, direito
alheio.
( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo
COMENTÁRIO: Na legitimidade extraordinária (substituição processual), admite-se
que seja discutido direito alheio em nome próprio, desde que ocorra expressa autorização
legal (art. 18, caput, CPC).

COMPETÊNCIA
8. (CESPE: TCE-RN/Assessor Jurídico, 2015) No que diz respeito às normas
processuais, à função jurisdicional, à petição inicial e ao tempo e lugar dos atos
processuais, conforme o Novo Código de Processo Civil, julgue o item que se segue.
Em razão de critério territorial, pode-se alegar a incompetência como preliminar de
contestação.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: A incompetência relativa, seja em razão do território ou do valor da


causa, pode ser alegada como preliminar de contestação, nos termos dos arts. 64 e 337,
II, CPC. Caso não seja arguida pelo réu no bojo na peça de defesa, dar-se-á por prorrogada
a competência (art. 65, CPC), haja vista que, como regra, dela o juiz não pode conhecer
de ofício (art. 337, §5º, CPC).

9. (CESPE: PGE-AM/Procurador do Estado, 2016) A respeito das normas


processuais civis pertinentes a jurisdição e ação, julgue o item seguinte. O novo CPC
reconhece a competência concorrente da jurisdição internacional para processar
ação de inventário de bens situados no Brasil, desde que a decisão seja submetida à
homologação do STJ.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Em ação de inventário de bens situados no Brasil, a competência é


exclusiva da justiça brasileira, independentemente da nacionalidade das partes, sendo
afastada qualquer decisão de justiça estrangeira sobre bens situados em território nacional
(art. 23, I, CPC).
10. (CESPE: TJ-PR/Juiz de Direito, 2017) Ao receber a petição inicial de processo
eletrônico que tramita pelo procedimento comum, o magistrado, postergando o
contraditório, deferiu liminarmente a tutela provisória de evidência requerida e
intimou o réu para cumprimento no prazo de cinco dias. Considerou o juiz que as
alegações do autor foram comprovadas documentalmente e que havia tese firmada
em julgamento de casos repetitivos que amparava a medida liminar.
Posteriormente, o réu apresentou manifestação alegando a incompetência absoluta
do juízo e equívoco do magistrado na concessão da tutela provisória.
Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta.
a) O magistrado cometeu error in procedendo, porque viola a ampla defesa a concessão
de tutela da evidência antes da manifestação do réu.
b) Ainda que venha a ser reconhecida a incompetência absoluta do juízo, os efeitos da
decisão serão conservados até que outra seja proferida pelo órgão jurisdicional
competente.
c) O magistrado agiu de forma equivocada, porque o CPC não autoriza a concessão de
tutela provisória da evidência pelos motivos indicados pelo juiz.
d) Se reconhecer sua incompetência absoluta, o juiz deverá extinguir o processo sem
resolução do mérito, justificando a medida na impossibilidade técnica em remeter os autos
eletrônicos para o juízo competente.
GABARITO: B
COMENTÁRIO:
a) ERRADA: Não há que se falar em erro de procedimento, haja vista que é possível que
o juiz conceda tutela provisória de evidência antes mesmo da citação do réu, nos casos
em que as alegações do autor estejam comprovadas por documentos e com base em tese
firmada em julgamento de casos repetitivos (arts. 10, parágrafo único, II e art. 311, II,
CPC).
b) CORRETA: Reconhecida a incompetência absoluta, os autos devem ser remetidos ao
juízo competente (art. 64, §3º, CPC), devendo ser conservados os efeitos da decisão
prolatada pelo juízo incompetente até que outra seja proferida (art. 64, §4º, CPC).
c) ERRADA: De forma expressa, o art. 311, II, CPC autoriza a concessão da tutela
provisória de evidência quando as alegações do autor estejam comprovadas por
documentos e com base em tese firmada em julgamento de casos repetitivos (art. 311, II,
CPC).
d) ERRADA: Reconhecida a incompetência absoluta, os autos devem ser remetidos ao
juízo competente (art. 64, §3º, CPC), independentemente de se tratar de autos físicos ou
eletrônicos.

PARTES E PROCURADORES

11. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) A respeito da


jurisdição, da ação e dos sujeitos do processo, julgue o item subsecutivo.
O juiz que constatar a incapacidade processual da parte em determinada ação
deverá julgar extinto o processo.
( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Verificada a incapacidade processual da parte ou irregularidade de


representação processual da parte, deve o magistrado suspender o processo, designando
prazo razoável para a devida regularização (art. 76, caput, CPC). Caso o processo esteja
no primeiro grau, o descumprimento da referida diligencia acarreta para o autor, na
extinção do processo; ao réu, será decretada sua revelia; ao terceiro, ou será excluído do
processo ou será considerado revel (art. 76, §1º, CPC).

12. (CESPE: DPU/Analista Técnico – Administrativo, 2016) Citado em ação


declaratória de paternidade, o réu procurou a DP e comprovou preencher os
requisitos para ser atendido. Na sentença, os pedidos do autor foram julgados
improcedentes. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item a seguir,
considerando que foi observado o devido processo legal.

A contestação apresentada pelo defensor teve de ser acompanhada de procuração


outorgada pelo réu.

( ) Certo ( ) Errada
GABARITO: Errada
COMENTÁRIO: De acordo com o art. 287, parágrafo único, II, CPC, dispensa-se a
juntada da procuração quando a parte estiver representada pela Defensoria Pública.

13. (CESPE: TJ-DFT/Analista Judiciário, 2015) Julgue o item seguinte, com base
no que dispõe o Código de Processo Civil (CPC) a respeito de competência,
intervenção de terceiros, liquidação de sentença e capacidade postulatória.

Situação hipotética: Citado como réu em ação indenizatória ordinária, determinado


indivíduo outorgou a seu advogado procuração geral para o foro, sem mencionar
especificamente os atos que o advogado poderia praticar. Assertiva: Nesse caso, o
advogado pode oferecer reconvenção, ato processual cuja prática independe de
autorização específica.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo
COMENTÁRIO: O advogado, para praticar atos processuais em nome da parte, depende
de poderes outorgados através da procuração. Existem os chamados poderes gerais para
o foro – habilita o advogado na prática de todos os atos processuais, salvo aqueles que
exigem poderes especiais, os quais devem constar expressamente na procuração (receber
citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao
direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar
declaração de hipossuficiência econômica). Não se exige que o patrono possua poderes
especiais para que possa apresentar a reconvenção (art. 105, CPC).

LITISCONSÓRCIO
14. (CESPE: TJ-DFT/Analista Judiciário, 2015) Com relação ao litisconsórcio, às
nulidades e à atuação do juiz no processo civil, julgue o item a seguir, de acordo com
o CPC e com a jurisprudência dos tribunais superiores.

Existe prazo em dobro para interposição de recurso para litisconsortes com


diferentes procuradores, ainda que, diante de determinada decisão do processo,
apenas um dos litisconsortes possua interesse em recorrer na situação concreta.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada
COMENTÁRIO: Os prazos processuais para os litisconsortes que possuam advogados
diferentes, de escritórios de advocacia também diferentes serão contados em dobro, desde
que o processo seja físico (art. 229, caput e §2º, CPC). Contudo, a Súmula 641 do STF
preconiza que o prazo para recorrer não será contado em dobro quando apenas um dos
litisconsortes tenha sucumbido.

15. (CESPE: TRE-GO/Analista Judiciário - Área Judiciária, 2015) Julgue o item a


seguir, referentes ao litisconsórcio e intervenção de terceiros.
A lei processual permite a limitação do litisconsórcio facultativo ou necessário
quando for verificado que um número excessivo de litigantes pode comprometer a
razoável duração do processo ou causar prejuízo à ampla defesa.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada
COMENTÁRIO: Tratando-se de litisconsórcio multitudinário, isto é, aquele formada
por um excessivo número de litigantes, poderá o juiz, em caso de litisconsórcio
facultativo, limitar o seu número se puder comprometer a defesa ou a rápida solução do
litígio o (art. 113, §1º, CPC).

16. (CESPE: TC-DF/Procurador, 2013) Constitui exemplo de litisconsórcio


necessário unitário uma ação de anulação de casamento proposta pelo MP. Nesse
caso, o marido e a mulher formam um litisconsórcio necessário, e, se a sentença
julgar procedente o pedido, o casamento será nulo para ambos.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: No litisconsórcio unitário, a decisão de mérito deve ser igual para


todos os litisconsortes (art. 116, CPC), ao passo em que o litisconsórcio será necessário
por força de lei ou quando todos os litisconsortes devam ser citados para que a sentença
produza seus efeitos (art. 114, CPC).

INTERVENÇÃO DE TERCEIRO

17. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) No que se


refere à intervenção de terceiros em processos e aos poderes, deveres e
responsabilidade do juiz, julgue o item subsequente.

Situação hipotética: Terceiro juridicamente interessado requereu sua intervenção


no processo na qualidade de assistente, mas uma das partes alegou que faltaria ao
requerente o interesse jurídico para intervir. Assertiva: Nessa situação, o juiz deverá
determinar a suspensão do processo para decidir o incidente.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: O ingresso do assistente pode ser impugnado por qualquer das partes,
sob a alegação de que falta interesse jurídico do terceiro para intervir no feito. Nesse caso,
o magistrado deve decidir o incidente, sem a suspensão do processo (art. 120, parágrafo
único, CPC).
18. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) A respeito da
jurisdição, da ação e dos sujeitos do processo, julgue o item subsecutivo.

Na hipótese de substituição processual, é vedada pela legislação processual civil a


intervenção do substituído como assistente litisconsorcial.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Entende-se a substituição processual (ou legitimidade extraordinária)


quando a lei, de forma expressa, autoriza que alguém postule em nome próprio na defesa
de interesse alheio. Nessa hipótese, admite-se que o substituído intervenha como
assistente litisconsorcial (art. 18, parágrafo único, CPC).

19. (CESPE: SEDF/Direito, 2017) Julgue o item a seguir, relativo a normas


processuais civis, capacidade processual e postulatória e intervenção de terceiros.

A denunciação da lide constitui uma forma de intervenção de terceiro por meio da


qual o réu, quando demandado isoladamente, poderá convocar outro(s) devedor(es)
solidário(s) para assumir(em) com ele o ônus da relação processual.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: O chamamento ao processo é modalidade de intervenção e terceiros


através da qual os fiadores e devedores solidários, no próprio processo no qual forem
demandados, convocam os demais coobrigados para integrar o processo. Por sua vez, a
denunciação da lide, também na condição de intervenção de terceiro, tem por objetivo
fazer com que umas das partes (autor ou réu), com base no direito de regresso, traga ao
processo um terceiro que possui a responsabilidade de ressarci-la pelos prejuízos
eventualmente causados pelo resultado dessa demanda.
20. (CESPE: PGE-PE/Procurador do Estado, 2009) Assinale a opção correta
quanto à intervenção de terceiros.

a) Diante da execução de dívida solidária, é viável que o executado se sirva do


chamamento ao processo para trazer aos autos da execução o devedor solidário.

b) O chamamento ao processo é modalidade de intervenção de terceiro que existe para


proteger o credor de dívida solidária, ao permitir que este busque, em um mesmo
processo, seu crédito de mais de um devedor.

c) Por meio do chamamento ao processo, forma-se entre o chamador e o chamado um


litisconsórcio passivo e unitário, já que se trata de dívida solidária.

d) Na hipótese de ser possível o chamamento ao processo, há, entre o chamado e a parte


adversa, uma relação jurídica direta.

e) É viável o chamamento ao processo do fiador quando o devedor principal for réu em


processo movido apenas contra ele pelo credor.

GABARITO: D

COMENTÁRIO:

a) ERRADA: O chamamento ao processo somente é cabível no processo de


conhecimento.
b) ERRADA: O chamamento ao processo somente pode ser provocado pelo réu na
contestação (art. 130, CPC).
c) ERRADA: No chamamento ao processo, forma-se um litisconsórcio passivo (entre o
réu/chamante e o chamado), ulterior (em processo já em curso) e pode ser simples ou
unitário, haja vista que nem sempre a solidariedade implica unitariedade, isto é, se o bem
da vida for indivisível, será unitário; caso seja divisível, será simples.
d) CORRETA: O que caracteriza o chamamento ao processo é que existe uma obrigação
direta entre o chamado e o autor da demanda (credor). Portanto, o chamado deve ao credor
e não ao chamante (réu originário), de maneira que aquele (chamado) poderia figurar
como réu desde o início do processo.
e) ERRADA: É cabível o chamamento ao processo do afiançado quando o fiador for réu
do processo (art. 130, I, CPC).

21. (CESPE: TRT - 7ª Região (CE)/Analista Judiciário - Área Judiciária, 2017)


Conforme o disposto no CPC, se, antes mesmo de ajuizar a ação, o autor verificar a
presença dos requisitos para a desconsideração da personalidade jurídica, ele

a) poderá requerer a desconsideração em qualquer fase do processo, desde que ainda na


primeira instância.

b) deverá aguardar o encerramento da fase cognitiva para requerer a instauração da


desconsideração da personalidade jurídica.

c) poderá requerer a desconsideração na petição inicial, ocasião em que será dispensado


o incidente.

d) deverá requerer a instauração do incidente na fase cognitiva, dada a vedação da


instauração na fase de cumprimento de sentença.

GABARITO: C

COMENTÁRIO: O incidente de desconsideração da personalidade jurídica é cabível em


todas as fases do processo de conhecimento, na fase de cumprimento de sentença e na
execução fundada em título executivo extrajudicial (art. 134, CPC). Quando formulado o
pedido na petição inicial, será dispensada a instauração do incidente, com a citação dos
sócios ou da pessoa jurídica (art. 135, §2º, CPC), sem que ocorra a suspensão do processo
(art. 135, §3º, CPC).

IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO
22. (CESPE: TJ-DFT/Analista Judiciário, 2015) Com relação ao litisconsórcio, às
nulidades e à atuação do juiz no processo civil, julgue o item a seguir, de acordo com
o CPC e com a jurisprudência dos tribunais superiores.

Se, ao examinar processo judicial que lhe foi distribuído, o magistrado verificar que
é amigo íntimo do autor da demanda, deverá declarar-se impedido.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada
COMENTÁRIO: Quando amigo íntimo de qualquer das partes ou de seus advogados, o
magistrado deve declarar a sua suspeição (art. 145, I, CPC).

MINISTÉRIO PÚBLICO

23. (CESPE: MPE-RR/Promotor de Justiça, 2017) Assinale a opção correta acerca


da participação do MP no processo civil.
a) O CPC determina que, nos procedimentos das ações de família, a intervenção
ministerial como fiscal da ordem jurídica somente seja exigida se houver interesse de
incapaz, caso em que o MP será ouvido antes da eventual homologação de acordo.
b) Ao atuar como fiscal da ordem jurídica, o MP fica impedido de arguir incompetência
relativa, uma vez que essa matéria é de interesse exclusivo das partes.
c) O MP deverá manifestar-se como fiscal da ordem jurídica em todo conflito de
competência que tramite nos tribunais, exceto naqueles conflitos suscitados pelo próprio
MP, pois, nestes, ele terá a qualidade de parte no incidente.
d) Perícias requeridas pelo MP, nos casos em que este atue como parte ou fiscal da ordem
jurídica, não serão realizadas por entidades públicas e deverão ser pagas de forma
adiantada pela fazenda pública a que o MP esteja vinculado.
GABARITO: A
COMENTÁRIO:
a) CORRETA: Nas ações de família, a intervenção do Ministério Público somente
ocorrerá quando houver interesse de incapaz, devendo ser ouvido antes da homologação
de qualquer acordo (art. 698, CPC).
b) ERRADA: O Ministério Público, como fiscal da ordem jurídica, poderá produzir
provas, interpor recurso e requerer medidas processuais pertinentes, inclusive, a
incompetência relativa (art. 179, II, CPC e art. 65, parágrafo único, CPC).
c) ERRADA: O Ministério Público, nos casos de conflito de competência, somente
intervirá nas hipóteses previstas no art. 178, CPC. Contudo, assumirá a condição de parte
nos conflitos que suscitar (art. 951, parágrafo único, CPC).
d) ERRADA: Quando requerida pelo Ministério Público, Fazenda Pública ou Defensoria
Pública, a perícia será realizada por entidade pública ou, havendo previsão orçamentária,
deve ser paga de forma adiantada por quem requereu a prova (art. 91, §1º, CPC).

ATOS PROCESSUAIS

24. (CESPE: TRF - 1ª REGIÃO/Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador,


2017) Acerca dos atos processuais, julgue o item subsequente.

O interesse social é um critério utilizado para determinar que o processo judicial


tramite em segredo de justiça.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Os atos processuais são públicos. Contudo, tramitam em segredo de


justiça os processos em que o exija o interesse público ou social; que versem sobre
casamento, divórcio, separação de corpos, separação, união estável, filiação, alimentos e
guarda de crianças e adolescentes; em que constam dados protegidos pelo direito à
intimidade; que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento sobre carta
arbitral, desde que a confidencialidade seja comprovada perante o juízo (art. 189, CPC).
25. (CESPE: PGE-AM/Procurador do Estado, 2016) Com referência a essa situação
hipotética, julgue o item que se segue.

Proposta ação de reparação de dano, a citação deverá ser realizada na Procuradoria


do Estado do Amazonas, que terá o prazo em quádruplo para apresentação da sua
defesa.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Quando parte do processo, a citação da Fazenda Pública deve ser


realizada perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação
judicial (art. 242, §3º, CPC). Quanto ao prazo, contar-se-á em dobro para todas as suas
manifestações no processo, contado da sua intimação pessoal (art. 183, CPC).

26. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) À luz do Novo


Código de Processo Civil, julgue o item seguinte, referentes aos prazos e aos atos
processuais.

As partes poderão negociar as datas em que os atos processuais serão praticados,


desde que essas datas atendam às especificidades do processo.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Em comum acordo, as partes e o juiz podem fixar calendário para a


prática de atos processuais (art. 191, caput, CPC), vinculando a todos os sujeitos do
processo e, os prazos nele previstos só serão alterados por motivos justificados (art. 191,
§1º, CPC). Além disso, fica dispensada a intimação das partes para a prática de ato
processual cujas datas tiverem sido fixadas pelo calendário (art. 191, §2º, CPC).
27. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) À luz do Novo
Código de Processo Civil, julgue o item seguinte, referentes aos prazos e aos atos
processuais.

Citações, intimações e penhoras poderão ser realizadas no período de férias forenses


bem como nos feriados e nos dias úteis fora do horário regular, independentemente
de autorização judicial, respeitando-se a regra constitucional da inviolabilidade de
domicílio.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Os atos processuais devem ser praticados em dias úteis, das 06 às 20


horas (art. 212, caput, CPC). Como regra, não se praticam atos processuais no período de
férias forenses e nos feriados (art. 214, CPC). Porém, em caráter excepcional, nas férias
forenses e nos feriados, ou dias úteis fora do horário regular, as citações, intimações e
penhoras podem ser realizadas independentemente de autorização judicial, observada a
regra de inviolabilidade de domicílio (art. 212, §2º, CPC).

COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS

28. (CESPE: TRT - 7ª Região (CE)/Analista Judiciário - Oficial de Justiça


Avaliador, 2017) Designada a audiência de instrução e julgamento relativa a ação
ajuizada pelo Ministério Público contra determinada empresa por supostas
irregularidades, o Ministério Público arrolou testemunhas.

Nessa situação, conforme disposições do CPC, a intimação das testemunhas deverá


ser realizada por

a) via judicial.
b) edital.
c) carta com aviso de recebimento.
d) carta simples.
GABARITO: A
COMENTÁRIO: De acordo com o art. 455, caput, CPC, compete ao advogado da parte
informar ou intimar a testemunha por ele arrolada, dispensando-se a intimação do juízo.
Contudo, caso a testemunha seja arrolada pelo Ministério Público ou pela Defensoria
Pública, a intimação deve ser via judicial (art. 455, §4º, CPC).

29. (CESPE: PGE-SE/Procurador do Estado, 2017) Caso dois particulares litiguem


em demanda que tramite pelo procedimento comum, a intimação do advogado do
réu pelo advogado do autor, de acordo com as regras previstas no CPC,
a) embora contenha vício de forma por ausência de previsão legal, poderá ser convalidada,
caso ocorra o comparecimento espontâneo e tempestivo do réu nos autos.
b) deverá ser considerada nula de pleno direito, pois somente o cartório do juízo pode ser
responsável por realizar atos de intimação às partes.
c) será possível, desde que seja realizada pelo correio, devendo o advogado do autor juntar
aos autos cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.
d) poderá ser feita por meio eletrônico, desde que seja comprovado que o advogado do
réu recebeu cópia do pronunciamento que é objeto da intimação.
e) somente poderá ser feita se houver convenção processual realizada entre as partes que
autorize a utilização dessa forma de intimação.
GABARITO: C
COMENTÁRIO: Diante de expressa previsão legal (art. 269, §1º, CPC), pode o
advogado promover a intimação do advogado da outra parte através do correio, devendo,
contudo, juntar aos autos, cópia do ofício de intimação e do aviso de recebimento.
Destaque-se, ainda, que o ofício de intimação deve ser instruído com cópia do despacho
ou da decisão (art. 455, §2º, CPC).

30. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) No que diz


respeito às normas processuais, aos atos e negócios processuais e aos honorários de
sucumbência, julgue o item que se segue, com base no disposto no novo Código de
Processo Civil.
No que se refere à comunicação dos atos processuais, aplica-se às entidades da
administração pública direta e indireta a obrigatoriedade de manter cadastro nos
sistemas de processo em autos eletrônicos, para o recebimento de citações e
intimações, que serão preferencialmente realizadas por meio eletrônico.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Com exceção das microempresas e empresas de pequeno porte, a


intimação por meio eletrônico é a modalidade preferencial de comunicação de atos
processuais prevista no art. 246, §1º, CPC, aplicável às empresas públicas e privadas, as
quais são obrigas a manter cadastro atualizado nos sistemas de processos eletrônicos. Por
força do que dispõe o art. 246, §2º, CPC, essa regra também incide perante à União,
Estados, Distrito Federal, aos Municípios e às entidades da administração indireta.

31. (CESPE: TRE-RS/Analista Judiciário, 2015) Mediante a citação, dá-se ciência


da ação ao réu, chamando-o a participar da relação processual. A respeito desse
assunto, assinale a opção correta.

a) O ordenamento jurídico brasileiro prevê diferentes formas de citação do réu, não


fazendo qualquer distinção se a citação for real ou ficta, direta ou indireta.

b) A citação será efetuada em qualquer lugar em que se encontre o réu, podendo, por
exemplo, ser realizada quando ele estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso,
ainda que não haja risco de perecimento do direito.

c) A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência, faz litigiosa a coisa,
constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição, salvo se ordenada por juiz
incompetente, caso em que não produzirá nenhum dos efeitos relacionados.

d) A citação por hora certa é uma forma de dar ao réu o conhecimento da existência da
demanda, consistindo em uma citação real, porquanto não se exige, nesse caso, a
nomeação de curador especial ao réu.
e) O CPC prevê a citação por edital na hipótese de ser inacessível o lugar em que se
encontrar o réu, em que a notícia de sua citação será divulgada também por rádio, caso se
na comarca houver emissora de radiodifusão.

GABARITO: E

COMENTÁRIO:

a) ERRADA: A doutrina classifica a citação em real e ficta. Entende-se por real em que
há presunção de que a comunicação efetivamente chegou ao destinatário (por correio, por
oficial de justiça, pelo escrivão ou chefe de cartório e a eletrônica. Por sua vez, a citação
ficta é aquela em que se presume que a comunicação não chegou ao réu (por edital e na
citação por hora certa).
b) ERRADA: A citação ocorrerá em qualquer lugar em que se encontre o réu. Entretanto,
não se fará a citação, salvo para evitar o perecimento do direito, de quem estiver
participando de ato de culto religioso; de cônjuge, companheiro, ou de qualquer parente
do morto, consanguíneo ou afim, linha reta ou colateral do segundo grau, no dia do
falecimento e nos 7 dias seguintes; de noivos, nos 3 primeiros dias seguintes ao
casamento; de doente, enquanto grave o seu estado (art. 244, CPC).
c) ERRADA: Como efeitos, a citação válida, mesmo que ordenada por juízo
incompetente, induz litispendência, torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor
(art. 240, caput, CPC). A prevenção do juízo, por sua vez, ocorre com o registro ou a
distribuição da petição inicial (art. 59, CPC).
d) ERRADA: A citação por hora certa é modalidade de citação ficta, presumindo-se que
o citando não teve ciência da existência do processo. Por essa razão, em caso de revelia e
enquanto não houver constituição de advogado próprio, deve o magistrado nomear um
curador especial (art. 72, II, CPC), que não terá o ônus da impugnação específica (art.
341, parágrafo único, CPC), podendo apresentar a defesa por negativa geral.
e) CORRETA: A citação por edital realizar-se-á quando incerto ou desconhecido o
citando; nos casos expressos em lei; quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em
que se encontre (art. 256, CPC). Nessa última hipótese, a notícia de sua citação será
divulgada também pelo rádio, desde exista na comarca emissora de radiodifusão (art. 256,
§2º, CPC).
INVALIDADES PROCESSUAIS

32. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) No que diz


respeito às normas processuais, aos atos e negócios processuais e aos honorários de
sucumbência, julgue o item que se segue, com base no disposto no novo Código de
Processo Civil.

A nulidade decorrente da falta de intervenção do Ministério Público como fiscal da


ordem jurídica nos processos em que deveria atuar como tal somente pode ser
decretada após a manifestação do membro do Ministério Público sobre a existência
ou inexistência de prejuízo.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo
COMENTÁRIO: Nos processos em que sua participação é obrigatória (art. 178, CPC),
é nulo o processo que o Ministério Público não intervir (art. 279, caput, CPC), devendo
ser invalidados os atos praticados a partir do momento em que deveria ter sido intimado
(art. 279, §1º, CPC). Contudo, a decretação da nulidade só pode ocorrer depois que o
Ministério Público se manifesta sobre a existência ou não de prejuízo (art. 279, §2º, CPC).

TUTELA PROVISÓRIA

33. (CESPE: DPE-AC/Defensor Público, 2017) Uma criança necessita, com


urgência, de internação em UTI. Alegando ser hipossuficientes, seus pais
procuraram a DP e informaram que não havia leitos disponíveis nos hospitais da
rede pública. Além disso, relataram que haviam perdido todos os laudos de exames
da criança e que não poderiam aguardar a segunda via deles, tampouco submetê-la
a novos exames, em razão do risco iminente de morte dela. Nessa situação, a fim de
garantir a pronta internação da criança, a DP deverá ajuizar
a) ação, qualquer que seja ela, apenas após a entrega dos laudos dos exames da criança.
b) mandado de segurança, com pedido cautelar em caráter antecedente.
c) mandado de segurança, com pedido de produção de prova pericial sobre o estado de
saúde dela, a ser realizada na fase de dilação probatória.
d) ação ordinária, formulando pedido de tutela de evidência.
e) ação ordinária, formulando pedido de tutela de urgência de caráter antecedente.
GABARITO: E
COMENTÁRIO: Quando a urgência for contemporânea à propositura da ação, pode ser
requerida a tutela provisória de urgência satisfativa em caráter antecedente, caso em que
a petição inicial pode se limitar ao requerimento de tutela antecipada e à indicação do
pedido de tutela final (art. 303, caput, CPC), que será levado em conta para fins de
atribuição do valor da causa (art. 303, 4º, CPC).

34. (CESPE: MPE-RR/Promotor de Justiça, 2017) De acordo com expressa


previsão do CPC, o fenômeno processual denominado estabilização da tutela
provisória de urgência aplica-se apenas à tutela
a) cautelar, requerida em caráter antecedente.
b) antecipada, incidental ou antecedente.
c) cautelar, incidental ou antecedente.
d) antecipada, requerida em caráter antecedente.
GABARITO: D
COMENTÁRIO: Conforme preceitua o art. 304, CPC, a estabilização da tutela
antecipada ocorre quando ela é concedida em caráter antecedente e não impugnada pelo
réu através da interposição de recurso.

35. (CESPE: Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal, 2017) Julgue o


item seguinte, com base no que dispõe o CPC sobre atos processuais, deveres das
partes e dos procuradores e tutela provisória.

Com a consagração do modelo sincrético de processo, as tutelas provisórias de


urgência e da evidência somente podem ser requeridas no curso do procedimento
em que se pleiteia a providência principal.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada
COMENTÁRIO: A tutela provisória de urgência (cautelar ou antecipada) pode ser
requerida em caráter incidental ou antecedente (arts. 294, parágrafo único, CPC). Por sua
vez, a tutela provisória de evidência só pode ser requerida em caráter incidental.

36. (CESPE: SEDF/Direito, 2017) Acerca do Ministério Público e da tutela de


urgência, julgue o próximo item.

Concedida e efetivada a tutela provisória de urgência antecipada em caráter


antecedente, se o réu não interpuser recurso contra essa decisão, a tutela concedida
se estabilizará mesmo que o processo seja extinto sem resolução de mérito. Todavia,
essa decisão poderá ser revista, reformada ou invalidada a pedido da parte
interessada no prazo de dois anos, contados da ciência da decisão que extinguir o
processo.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: A estabilização da decisão que defere a tutela provisória de urgência


requerida em caráter antecedente ocorre se não houver interposição de recurso pela parte
contrária (art. 304, caput, CPC). Contudo, no prazo decadencial de 2 anos, a contar da
intimação da decisão que extinguiu o processo, qualquer das partes pode propor nova
ação com o objetivo de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada (art. 304, §§2º e
5º, CPC), caso em que a tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto nova decisão
de mérito não for proferida (art. 304, §3º, CPC).

37. (CESPE: PGE-AM/Procurador do Estado, 2016) Acerca de tutela provisória,


cumprimento de sentença e processos nos tribunais, julgue o item a seguir.
A tutela provisória antecipada poderá ser concedida em caráter antecedente,
liminarmente e incidentalmente a qualquer tempo, ao passo que a tutela provisória
cautelar só poderá ser concedida em caráter antecedente.
( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Tanto a tutela provisória de urgência antecipada como a tutela


provisória de urgência cautelar podem ser concedidas em caráter antecedente (arts. 303,
e 305, CPC), liminarmente (art. 300, §2º, CPC) e incidentalmente a qualquer tempo (art.
294, parágrafo único, CPC).

38. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) Julgue o item


a seguir, referentes à tutela provisória e aos meios de impugnação das decisões
judiciais conforme o novo Código de Processo Civil.
A denominada tutela provisória não pode ter natureza satisfativa, uma vez que essa
modalidade de tutela jurisdicional se presta unicamente a assegurar a futura
eficácia de tutela definitiva, resguardando direito a ser satisfeito.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: A tutela provisória de urgência pode ter natureza satisfativa


(antecipada) ou cautelar (art. 294, CPC). Na primeira, busca-se a antecipação do direito
do autor, com a atribuição imediata do bem da vida pleiteado. Por sua vez, a tutela
provisória de urgência cautelar tem por objetivo assegurar a futura eficácia de tutela
definitiva, resguardando direito a ser satisfeito.

39. (CESPE: TCE-PR/Auditor, 2016) Com relação à tutela provisória, assinale a


opção correta.
a) Requerida após o protocolo da petição inicial, embora processada nos mesmos autos
do pedido principal, a tutela provisória dependerá do pagamento de custas.
b) Diferentemente do que ocorre com a medida cautelar, as regras de competência para a
concessão antecipada da tutela provisória são mitigadas.
c) Preenchidos os requisitos de probabilidade do direito alegado e comprovado o perigo
na demora da prestação jurisdicional, é vedado ao juiz exigir caução para a concessão.
d) Por ser a tutela provisória regra de exceção revestida de provisoriedade, os meios de
sua concretização são elencados taxativamente no CPC.
e) Poderá o juiz suspender a eficácia da tutela provisória concedida durante período de
suspensão do processo.
GABARITO: E
COMENTÁRIO:
a) ERRADA: A tutela provisória requerida em caráter incidental não depende do
pagamento de custas (art. 295, CPC).
b) ERRADA: No que tange à competência, a tutela provisória será requerida ao juízo da
causa. Quando antecedente, o pedido deve ser endereçado ao juízo competente para
conhecer do pedido principal (art. 299, CPC).
c) ERRADA: para deferir a tutela provisória de urgência, pode o magistrado exigir
caução real ou fidejussória, sendo que tal caução pode ser dispensada quando a parte for
hipossuficiente economicamente (art. 300, §1º, CPC).
d) ERRADA: Para a efetivação da tutela provisória, pode o magistrado determinar as
medidas que entender necessárias e adequadas, ainda que não estejam previstas na lei
processual (poder geral de efetivação - art. 297, CPC).
e) CORRETA: O art. 296, CPC estabelece que a tutela provisória conserva sua eficácia
durante o período de suspensão do processo, salvo decisão judicial em sentido contrário.

FORMAÇÃO, SUSPENSÃO E EXTINÇÃO DO PROCESSO

40. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) Acerca da


formação, da suspensão e da extinção do processo, julgue o item a seguir.

Considera-se proposta a ação somente após a citação válida do réu.

( ) Certo ( ) Errada
GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: A ação é considerada proposta quando a petição inicial for


protocolada, ainda que, para o réu, os efeitos só ocorram após a sua citação válida (arts.
312 e 240, CPC).

41. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) No que se


refere à formação, extinção e suspensão do processo bem como à tutela provisória,
julgue o item que se segue.
A perda da capacidade processual do representante legal da parte configura
hipótese de suspensão do processo.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Dentre outras hipóteses, o art. 313, CPC indica que a perda da
capacidade processual do representante legal da parte enseja a suspensão do processo.
Ademais, durante o prazo de suspensão, é vedado praticar qualquer ato processual, salvo
aqueles considerados pelo juiz como urgentes, salvo no caso de impedimento ou
suspeição (art. 314, CPC).

42. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) Acerca da


formação, da suspensão e da extinção do processo, julgue o item a seguir.
O juiz deverá conceder à parte oportunidade para corrigir vício que possa resultar
na extinção do processo sem resolução do mérito.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: O princípio da primazia do julgamento do mérito preconiza que a


extinção do processo sem análise do mérito deve ocorrer apenas em caráter excepcional,
haja vista que a decisão de mérito é o principal objetivo da demanda (art. 4º, CPC). Em
outros termos, sempre que possível a correção do vício processual que resultaria na
extinção do processo sem resolução do mérito, o magistrado deve oportunizar à parte a
sua correção (art. 317, CPC).

43. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) Acerca da


formação, da suspensão e da extinção do processo, julgue o item a seguir.
Quando da extinção do processo, o pronunciamento judicial se dará por sentença.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Dentre os atos praticados pelo juiz, a sentença se caracteriza por


colocar fim à fase de conhecimento do procedimento comum, bem como extinguir a
execução (art. 203, §1º, CPC). Ou seja, a extinção do processo operar-se-á através da
sentença (art. 316, CPC).

44. (CESPE: Câmara dos Deputados/Analista Legislativo, 2014) Julgue os itens


subsequentes, relativos aos atos processuais, ao processo em geral, ao processo de
conhecimento e ao cumprimento de sentença.

A extinção do processo, por abandono da causa pelo autor, depende de requerimento


do réu

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo
COMENTÁRIO: Apresentada a contestação, a extinção do processo por abandono da
causa pelo autor, depende de requerimento do réu (art. 485, §6º, CPC).
PETIÇÃO INICIAL

45. (CESPE: TRF - 1ª REGIÃO/Analista Judiciário - Área Judiciária, 2017) A


respeito da petição inicial, da tutela provisória, da suspensão do processo e das
nulidades, julgue o próximo item à luz do Código de Processo Civil vigente.

A ausência de requerimento de citação do réu na inicial não inviabiliza o ato, pois o


juiz poderá determiná-lo de ofício.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo
COMENTÁRIO: A citação do réu não é mais requisito da petição inicial (art. 319, CPC).
O princípio do impulso oficial ganhou ainda mais relevância no ordenamento jurídico
pátrio, haja vista, uma vez deflagrada a ação judicial, compete ao magistrado conduzir o
feito até seu desfecho.

46. (CESPE: TCE-SC/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) A respeito da


competência e da petição inicial, julgue o item a seguir.
A cumulação de pedidos na petição inicial contra um mesmo réu está condicionada
à conexão entre os pedidos.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: O art. 327, CPC admite, numa única demanda, a cumulação de pedidos
contra o mesmo réu, independentemente de conexão entre eles. Para tanto, exige como
requisitos que os pedidos sejam compatíveis entre si, que seja competente para conhecer
deles o mesmo juízo e que seja adequado para todos o tipo de procedimento (art. 327, §1º,
CPC).
IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO

47. (CESPE: TRT - 7ª Região (CE)/Analista Judiciário - Área Judiciária, 2017)


Antes de determinar a citação de Eduardo, o juiz constatou que todos os pedidos da
ação, ajuizada por Carlos, estavam prescritos. Conforme disposto no CPC, nessa
situação hipotética o juiz deverá
a) aguardar toda a fase probatória para, então, prolatar sentença.
b) determinar a citação de Eduardo para que ele se manifeste quanto à prescrição.
c) se manifestar quanto à prescrição somente se ela for alegada por Eduardo.
d) julgar improcedentes liminarmente os pedidos.
GABARITO: D
COMENTÁRIO: Nos termos do art. 332, § 1º, CPC, nas causas que dispensem a fase
instrutória, independentemente de citação do réu, deve o magistrado julgar improcedente
o pedido do autor caso verifique, desde logo, a ocorrência da prescrição ou decadência.

48. (CESPE: PGE-SE/Procurador do Estado, 2017) Um indivíduo ajuizou demanda


com pedido de natureza patrimonial que versa sobre questão jurídica referente à
aplicação da legislação estadual. Ao receber a petição inicial, o juiz percebeu que o
único pedido apresentado contraria enunciado de súmula do tribunal de justiça local
sobre interpretação da legislação estadual. Nessa situação hipotética, presentes os
requisitos de admissibilidade da demanda, e se a causa dispensar fase instrutória, o
magistrado
a) deverá citar o réu para audiência de conciliação, que, nesse caso, deve ser
obrigatoriamente realizada.
b) somente poderá decidir liminarmente o mérito caso já tenha proferido sentença de total
improcedência em outros casos idênticos, devendo o juiz reproduzir o teor de decisão
prolatada anteriormente.
c) poderá dispensar a citação do réu e julgar liminarmente improcedente o pedido, desde
que demonstre que a súmula reflete entendimento decorrente de julgamento de incidente
de resolução de demandas repetitivas.
d) deverá, obrigatoriamente, antes de tomar decisão, dar ao réu a oportunidade de se
manifestar, porque é necessário observar o contraditório ainda que o juiz trate de matéria
que possa conhecer de ofício.
e) deverá julgar liminarmente improcedente o pedido, e o autor poderá apelar, sendo
admissível a retratação do magistrado após a interposição do referido recurso.
GABARITO: E
COMENTÁRIO: Nas causas que dispensem a fase instrutória (por exemplo, que versam
sobre matéria exclusivamente de direito), o julgamento de improcedência liminar é
cabível, dentre outras hipóteses, quando o pedido do autor contrariar enunciado de
tribunal de justiça sobre direito local (art. 332, IV, CPC), independentemente de citação
do réu (art. 239 e art. 332, caput, CPC). Interposta a apelação, pode haver o juízo de
retratação do magistrado no prazo de 5 dias (art. 332, §3º, CPC).

49. (CESPE: SEDF/Direito, 2017) Julgue o item subsequente, relativo à


improcedência liminar do pedido e ao cumprimento de sentença.
Contra a decisão que julgue liminarmente improcedente o pedido do autor por
contrariar acórdão do Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos caberá recurso de agravo de instrumento cujo prazo é de quinze dias.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Cabe julgamento de improcedência liminar do pedido nas causas que


dispensem a fase instrutória, independentemente de citação do réu (art. 332, caput, CPC).
Caso o magistrado julgue improcedente o pedido do autor por contrariar acórdão dos
Tribunais Superiores em julgamento de recursos repetitivos, tal decisão pode ser
impugnada através da interposição do recurso de apelação, facultado o juízo de retratação
no prazo de 5 dias (art. 332, §3º, CPC).
50. (CESPE: PGE-AM/Procurador do Estado, 2016) Em relação a análise de
petição inicial e julgamento antecipado parcial de mérito, julgue o seguinte item.
Se, ao analisar a petição inicial, o juiz constatar que o pedido funda-se em questão
exclusivamente de direito e contraria entendimento firmado em incidente de
resolução de demandas repetitivas, ele deverá, sem ouvir o réu, julgar liminarmente
improcedente o pedido do autor.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Nos pedidos fundados em matéria exclusivamente de direito,


dispensando, portanto, a fase instrutória, deve o juiz, independentemente de citação do
réu, julgar improcedente o pedido do autor que contrariar, dentre outras hipóteses
previstas no art. 332, CPC, o entendimento firmado em incidente de resolução de
demandas repetitivas.

51. (CESPE: TCE-RN/Auditor, 2015) Considerando uma demanda hipotética na


qual A busque a satisfação de seu crédito decorrente de uma obrigação por parte de
B, julgue o item a seguir.
Se o pedido de A contrariar enunciado de súmula do STF e a demanda, pela sua
própria natureza, dispensar a fase instrutória, o juiz determinará a citação de B e,
após o prazo de quinze dias, com ou sem defesa, julgará improcedente o pedido.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: O julgamento de improcedência liminar do pedido é cabível nas


causas que dispensem a fase instrutória, sendo desnecessária a citação do réu para a
prolação da sentença, consoante preceitua os arts. 239 e 332, caput, CPC. Em caso de
interposição da apelação, se houver juízo de retratação, o magistrado determina o
prosseguimento do feito com a consequente citação do réu. Caso não haja a retração, o
réu será citado para a apresentação de contrarrazões (art. 332, §4º, CPC).

RESPOSTAS DO RÉU

52. (CESPE: FUNPRESP-EXE/Direito, 2016) Julgue o item seguinte, relativos à


intervenção de terceiros e à resposta do réu.

A arguição de questões preliminares de litispendência, coisa julgada e defeito de


representação constituem modalidades de defesa de natureza dilatória, devendo ser
apresentadas na contestação.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: As defesas preliminares (art. 337, CPC) são classificadas em dilatórias


e peremptórias. Estas, quando acolhidas, ensejam a extinção do processo sem resolução
do mérito. Por sua vez, o acolhimento daquelas apenas tem o condão de dilatar o
andamento do feito. Assim sendo, a litispendência e a coisa julgada são espécies de
defesas peremptórias (art. 337, VI e VII, CPC) e o defeito de representação é considerada
dilatória, porquanto, em sendo o caso, deve o magistrado determinar a suspensão do
processo para a regularização do aludido vício processual (art. 76, CPC).

53. (CESPE: FUNPRESP-EXE/Direito, 2016) Julgue o item seguinte, relativos à


intervenção de terceiros e à resposta do réu.
O meio adequado para a arguição de incompetência do juízo, independentemente
de sua natureza, é a oposição de exceção de incompetência, que deverá ser
devidamente instruída com a indicação do juízo competente para o julgamento da
demanda.
( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: No CPC/1973, a incompetência relativa devia ser arguida por meio de


exceção de incompetência e a incompetência absoluta como defesa preliminar, na própria
contestação. No CPC/2015 (arts. 64 e 337, II), tanto a incompetência absoluta como a
relativa devem ser alegadas como defesa preliminar, no bojo da própria contestação, não
sendo mais cabível tal arguição por meio de exceção de incompetência, conforme
disciplinava o Diploma revogado.

54. (CESPE: FUNPRESP-JUD/Analista – Direito, 2016) Julgue o item a seguir,


referente ao processo de conhecimento e ao cumprimento de sentença. Alegada a
ilegitimidade passiva na contestação, será facultado ao autor alterar a petição
inicial, seja para substituir o réu, seja para incluir, como litisconsorte passivo, o
sujeito indicado pelo réu.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Na contestação, o réu pode alegar que não é parte legítima na


demanda. Se assim o fizer, o autor será intimado para, querendo, no prazo de 15 dias,
promover a alteração da petição inicial com substituição do réu (art. 338, CPC), bem
como para incluir, como litisconsorte passivo, o sujeito indicado pelo réu (art. 339, §2º,
CPC). Caso seja realizada a substituição, deve o autor arcar com os honorários
advocatícios do patrono do réu, fixados entre três e cinco por cento do valor da causa, ou
sendo este irrisório, estabelecidos de forma equitativa (art. 338, parágrafo único, CPC).

55. (CESPE: FUNPRESP-JUD/Analista – Direito, 2016) Julgue o item a seguir,


referente ao processo de conhecimento e ao cumprimento de sentença.
Dada a ocorrência de preclusão consumativa, após protocolar a contestação, o réu
não poderá apresentar novos argumentos de defesa, mesmo que seja para suscitar
matéria que o juiz deva conhecer de ofício.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: De acordo com o princípio da concentração da defesa (ou da


eventualidade), compete ao réu deduzir, na contestação, toda a matéria com que pretende
impugnar as alegações do autor (art. 336, CPC). Contudo, em caráter excepcional, o art.
342, CPC estabelece que, mesmo após a contestação, pode o réu deduzir novas alegações
se referentes a fato ou direito superveniente (exemplo: pagamento), bem como relativas
a matérias sobre as quais possam ser conhecidas de ofício pelo juiz ou que puderem ser
veiculadas em qualquer tempo ou grau de jurisdição (ex: matérias de ordem pública), não
ocorrendo, portanto, a preclusão consumativa (perda da possibilidade de, uma vez
praticado o ato processual, este ser renovado ou modificado).

56. (CESPE: Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal, 2017) Julgue o


item que se segue, referentes ao procedimento comum no processo civil.
No polo ativo ou passivo da reconvenção poderão ser incluídos terceiros legitimados
em litisconsórcio ativo ou passivo.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: A reconvenção é demanda proposta pelo réu contra o autor no mesmo


processo, numa espécie de contra-ataque. Quanto à legitimidade, admite-se que seja
proposta pelo réu e um terceiro em litisconsórcio, assim como proposta pelo réu contra o
autor e um terceiro (art. 343, §§3º e 4º, CPC).
57. (CESPE: Prefeitura de Belo Horizonte – MG/Procurador Municipal, 2017) Em
determinada demanda, não chegou a ser designada a audiência preliminar de
conciliação ou mediação. O réu, citado pelo correio e patrocinado pela defensoria
pública, apresentou sua defesa em 14/3/2017, no décimo sexto dia a partir da juntada
aos autos do aviso de recebimento cumprido. Em sua defesa, ele sustentou prescrição
e incompetência relativa do juízo e, ao final, requereu a improcedência do pedido.
Nessa situação hipotética,
a) o juiz poderia conhecer de ofício tanto a prescrição quanto a incompetência relativa,
ainda que não tivessem sido alegadas.
b) a contestação poderia ter sido protocolada em foro diverso daquele em que foi ajuizada
a demanda.
c) a exceção de incompetência relativa deveria ter sido arguida em petição apartada da
contestação.
d) a contestação foi intempestiva.

GABARITO: B
COMENTÁRIO:
a) ERRADA: O juiz pode conhecer a prescrição, de ofício ou a requerimento,
extinguindo o feito com análise de mérito (art. 487, II, CPC), mas não pode conhecer da
incompetência relativa ex officio (art. 337, §5º, CPC). Inclusive, a falta de alegação da
incompetência relativa pelo réu em sede de defesa preliminar acarreta na prorrogação de
competência (art. 65, CPC).
b) CORRETA: Quando alegada a incompetência relativa ou absoluta, o réu pode
apresentar a contestação no foro de seu domicílio, devendo o juiz da causa ser
imediatamente comunicado, preferencialmente por meio eletrônico (art. 340, caput,
CPC).
c) ERRADA: A incompetência relativa deve ser arguida como defesa preliminar, no bojo
da contestação (arts. 64 e 337, II, CPC).
d) ERRADA: O réu, representado pela Defensoria Pública, tem o prazo em dobro para
praticar todos os atos processuais, inclusive a apresentação da contestação (art. 186,
CPC). Logo, se o prazo para contestar é de 15 dias (art. 335, CPC), no caso em tela,
contar-se-á em dobro, revelando-se como tempestiva.
58. (CESPE: TRE-BA/Analista Judiciário - Área Administrativa, 2017) João
ajuizou ação contra Maria e Joana, as quais, citadas, se fizeram representar por
diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos. As procurações foram
juntadas aos autos eletrônicos. Nessa situação hipotética, o prazo para Maria e
Joana apresentarem suas contestações no processo é de
a) 5 dias.
b) 15 dias.
c) 10 dias.
d) 8 dias.
e) 30 dias.
GABARITO: B
COMENTÁRIO: Os litisconsortes (Maria e Joana) possuem prazo em dobro para as
manifestações processuais, se estiverem representadas por advogados diferentes, de
escritórios de advocacia também diferentes, mas desde que o processo seja físico (art.
229, caput e §2º, CPC).

REVELIA

59. (CESPE: TRE-BA/Analista Judiciário - Área Administrativa, 2017) Acerca do


procedimento ordinário, assinale a opção correta.
a) A audiência de instrução poderá ser fracionada injustificadamente pelo juiz.
b) Se não houver conexão, não é lícita a cumulação de vários pedidos em um único
processo, ainda que contra o mesmo réu.
c) Não se presumem verdadeiros os fatos não impugnados que estiverem em contradição
com a defesa, considerada em seu conjunto.
d) Como regra, a confissão é irrevogável e divisível, podendo a parte que a quiser invocar
aceitá-la tão somente quanto ao tópico que a beneficiar.
e) Os fatos, ainda que notórios, dependem de prova.
GABARITO: C
COMENTÁRIO:
a) ERRADA: A audiência de instrução e julgamento é una e contínua, podendo ser
fracionada em caráter excepcional e de forma justificada na ausência de perito ou
testemunha, desde que haja concordância das partes (art. 365, CPC).
b) ERRADA: É possível a cumulação de pedidos, contra o mesmo réu, numa única
demanda, ainda que entre eles não haja conexão (art. 327, caput, CPC).
c) CORRETA: A presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor é o principal
efeito da revelia (art. 344, CPC). Entretanto, caso as alegações do autor estejam em
contradição coma defesa ou forem inverossímeis, não são reputadas com verdadeiras (art.
345, IV, CPC).
d) ERRADA: A confissão é, como regra, indivisível, não podendo a parte que a quiser
invocar aceita-la apenas em parte (art. 395, CPC).
e) ERRADA: Alguns fatos independem de prova, como os notórios, aqueles afirmados
por uma parte e confessado pela parte contrária, os incontroversos e aqueles em cujo favor
milita a presunção legal de existência ou veracidade (art. 374, CPC).

60. (CESPE: Câmara dos Deputados/Analista Legislativo, 2014) Acerca dos


fundamentos e princípios do direito processual civil, julgue o item subsequente.
Com o fim de garantir o contraditório, o Código de Processo Civil determina a
nomeação de curador especial na hipótese de revelia de réu citado por hora certa ou
por edital, impondo-lhe a obrigação de impugnar especificadamente todos os pontos
deduzidos pelo autor na petição inicial.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Nos casos de citação ficta (por hora certa ou por edital), enquanto não
constituído advogado, o art. 72, II, CPC preconiza que o juiz deverá nomear curador
especial ao réu revel. Contudo, a regra da impugnação específica dos fatos impõe ao réu
o ônus de impugnar precisamente todas as alegações do autor, sob pena de serem
presumidas verdadeiros os fatos não impugnados (art. 341, CPC) não se aplica ao curador
especial, ao advogado dativo e ao defensor público, pois podem apresentar a defesa por
negativa geral (art. 341, parágrafo único, CPC).
SANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO

61. (CESPE: Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal, 2017) Julgue o


item que se segue, referentes ao procedimento comum no processo civil.

A decisão de saneamento e de organização do processo estabiliza-se caso não seja


objeto de impugnação pelas partes no prazo de cinco dias, vinculando a atividade
jurisdicional a partir desse momento processual.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: A decisão de saneamento e de organização do processo torna-se


estável se não houver interposição do recurso, no prazo de 5 dias, vinculando as partes e
o juiz (art. 357, §1º, CPC).

JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO

62. (CESPE: PGE-AM/Procurador do Estado, 2016) Em relação a análise de


petição inicial e julgamento antecipado parcial de mérito, julgue o seguinte item.
Cabe recurso de apelação contra julgamento antecipado parcial de mérito proferido
sobre matéria incontroversa.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: O recurso cabível para impugnar o julgamento antecipado e parcial do


mérito da causa é o agravo de instrumento (art. 356, §5º e art. 1.105, II, CPC).
63. (CESPE: Prefeitura de Belo Horizonte – MG/Procurador Municipal, 2017)
Acerca do julgamento conforme o estado do processo, assinale a opção correta.
a) O julgamento parcial de mérito só poderá ocorrer se a obrigação a ser reconhecida for
líquida.
b) O julgamento antecipado do mérito feito após providências preliminares de
saneamento baseia-se em cognição sumária.
c) A decisão parcial de mérito que se torna definitiva produz coisa julgada e pode ser
objeto de ação rescisória.
d) Caberá apelação contra a decisão que julgar antecipadamente parte do mérito.
GABARITO: C
COMENTÁRIO:
a) ERRADA: A decisão que julgar antecipadamente o mérito pode ser líquida ou ilíquida
(art. 356, §1º, CPC).
b) ERRADA: O julgamento antecipado do mérito é tomado com base em cognição
exauriente, pois só pode ocorrer quando não houver necessidade de produção probatória
ou incidir os efeitos materiais da revelia e não houver requerimento de prova por parte do
réu (art. 355, CPC).
c) CORRETA: A decisão de mérito, total ou parcial, produz a coisa julgada (art. 503,
caput, CPC), podendo ser discutida em sede de ação rescisória (art. 966, CPC).
d) ERRADA: O recurso cabível para impugnar decisão que julga antecipadamente o
mérito de forma parcial é o agravo de instrumento (art. 356, §5º, CPC).

PROVAS

64. (CESPE: TRE-PE/Analista Judiciário - Área Judiciária, 2017) No que se refere


às provas no processo civil, assinale a opção correta.
a) Foi adotado o sistema do livre convencimento puro na valoração das provas pelo juiz.
b) O ônus da prova incumbirá à parte que produziu o documento, quando for contestada
a autenticidade deste.
c) Devido ao fato de os indivíduos com menos de dezesseis anos de idade serem incapazes
para depor, o juiz não pode admitir que eles deponham.
d) É permitido ao advogado requerer o depoimento pessoal da parte que esteja sob o seu
patrocínio.
e) São admitidos os meios típicos e atípicos para a prova dos fatos em juízo, ainda que
tais meios sejam moralmente ilegítimos.
GABARITO: B
COMENTÁRIO:
a) ERRADA: O CPC/2015 adota o sistema do convencimento motivado, ou seja, o
magistrado pode atribuir à prova o valor que entender que elas mereçam, à luz do caso
concreto (art. 371, CPC).
b) CORRETA: Na impugnação de autenticidade de prova documental, o ônus da prova
recai sobre aquele que produziu o documento (art. 429, II, CPC).
c) ERRADA: Ainda que os menores de 16 anos não possam depor (art. 447, §1º, III,
CPC), pode o magistrado admiti-los como testemunhas, independentemente de prestar o
compromisso de dizer a verdade, sendo ouvidos como meros informantes, atribuindo a
tais provas o valor que possam merecer (art. 447, §§4º e 5º, CPC).
d) ERRADA: O advogado do depoente não está autorizado a formular questionamentos,
cabendo-lhe apenas fiscalizar seu interrogatório.
e) ERRADA: Quanto aos meios de prova, o CPC/2015 admite todos os meios legais,
típicos ou atípicos, desde que moralmente legítimos (art. 369, CPC).

65. (CESPE: FUNPRESP-JUD/Analista – Direito, 2016) Julgue o item a seguir,


referente ao processo de conhecimento e ao cumprimento de sentença.
Para que qualquer das partes possa utilizar de prova emprestada, é necessário, entre
outros requisitos, que a parte contra quem a prova será produzida tenha sido parte
também no processo originário e que nele tenha sido observado o contraditório.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: A prova emprestada está expressamente prevista no art. 372, CPC.


Trata-se do transporte de provas de um processo para o outro. Contudo, para ser admitida,
é necessária a observância do contraditório tanto no processo de onde se importa como
no feito para onde a prova é trasladada. Em suma, a prova não pode ser utilizada contra
quem não participou da sua produção.

66. (CESPE: Telebras/Advogado, 2015) Valter, domiciliado em Brasília, ajuizou,


perante a justiça comum da circunscrição judiciária de Brasília, ação de cobrança
de quantia certa contra Gustavo, domiciliado em Porto Alegre. Em sua peça
contestatória, Gustavo arguiu preliminar de incompetência territorial, e, no mérito,
requereu a improcedência do pedido em função de suposta dação em pagamento.
Considerando essa situação hipotética, julgue os item subsequente.
O ônus da prova compete a Gustavo, visto que ele apresentou fato modificativo do
direito do autor.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: De acordo com a regra da distribuição do ônus da prova, compete ao


autor a comprovação dos fatos constitutivos do seu direito. Ao réu, compete a
comprovação dos fatos extintivos, modificativos e impeditivos do direito do autor (art.
373, CPC).

67. (CESPE: TJ-DFT/Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador, 2015) A


respeito da prova, julgue o item que se segue.
O juiz pode, de ofício, em qualquer fase do processo, determinar o comparecimento
pessoal das partes, a fim de interrogá-las sobre questões que envolvem a causa.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Os poderes instrutórios do juiz admitem que o magistrado pode, de


ofício, determinar a produção de provas que julgar necessárias para a formação da sua
convicção (art. 370, CPC). Nesse contexto, pode determinar, a qualquer tempo, o
comparecimento pessoal das partes para inquiri-las, não se aplicando, contudo, nesse
caso, a pena de confesso (art. 139, VIII, CPC).

68. (CESPE: Telebras/Advogado, 2013) Julgue os itens seguintes, relativos às


provas processuais.
Serão presumidos verdadeiros os fatos alegados pela defesa do réu, se o autor, sem
justo motivo, deixar de comparecer à audiência de instrução para a qual foi
intimado para prestar depoimento pessoal.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Aplica-se a pena de confesso para a parte que, devidamente intimada


para prestar depoimento pessoal, deixar de comparecer de forma injustificada na
audiência de instrução e julgamento ou, comparecendo, recusar-se a depor (art. 385, §1º,
CPC).

COISA JULGADA

(CESPE: TCU/Auditor Federal de Controle Externo, 2015) Matilde ingressou em


juízo com uma ação declaratória de nulidade de negócio jurídico em desfavor da
União. Após regular processamento da ação, o juízo rejeitou o pedido da autora, que
não interpôs recurso contra esta decisão. Nessa situação hipotética, caso Matilde
ajuíze ação idêntica, o processo deverá ser extinto sem resolução de mérito.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo
COMENTÁRIO: A falta de interposição de recurso ou o esgotamento das vias recursais
implica na formação da coisa julgada (art. 502, CPC). Transitada em julgado determinada
decisão, caso seja proposto processo idêntico (mesmas partes, mesmo pedido e mesma
causa de pedir – art. 337, §2º, CPC), deve ser extinto sem resolução do mérito (art. 337,
§4º e art. 485, V, CPC).

LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA

69. (CESPE: TCE-RN/Auditor, 2015) Considerando uma demanda hipotética na


qual A busque a satisfação de seu crédito decorrente de uma obrigação por parte de
B, julgue o item a seguir.
Caso os pedidos de A sejam julgados procedentes e a sentença condene B em quantia
ilíquida, a liquidação poderá ocorrer tanto a requerimento de A quanto de B, sendo
certo que se dará pelo procedimento comum quando houver a necessidade de alegar
ou provar fato novo.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: A liquidação de sentença pode ser requerida pelo credor e pelo


devedor quando a sentença condenar ao pagamento de quantia ilíquida (art. 509, caput,
CPC) e será pelo procedimento comum quando houver a necessidade alegar e provar fato
novo (art. 509, II, CPC).

70. (CESPE: TJ-DFT/Analista Judiciário, 2015) Julgue o item seguinte, com base
no que dispõe o Código de Processo Civil (CPC) a respeito de competência,
intervenção de terceiros, liquidação de sentença e capacidade postulatória.
Caberá a denominada liquidação por arbitramento, que deve ser realizada em fase
autônoma do processo, com amplo contraditório, nos casos em que seja necessário
alegar e provar fato novo para determinar o valor da condenação genérica.

( ) Certo ( ) Errada
GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: A liquidação por arbitramento é cabível quando houver necessidade


de nomeação de perito, caso o juiz não possa decidir com base no parecer apresentado
pelas partes (art. 510, CPC). Já a liquidação pelo procedimento comum deve ocorrer
quando houver necessidade de alegação e comprovação de fato novo (art. 509, II, CPC).
Nas duas modalidades, a liquidação de sentença realizar-se-á como uma fase no processo
já em curso.

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

71. (CESPE: PGE-AM/Procurador do Estado, 2016) Acerca de tutela provisória,


cumprimento de sentença e processos nos tribunais, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Proposta pelo estado do Amazonas ação de rescisão contratual
cumulada com perdas e danos contra uma empreiteira, o juízo acolheu o pedido e
fixou honorários sucumbenciais. Depois de transitada em julgado a decisão e
liquidada a sentença, a requerimento do ente autor, a referida empreiteira foi
intimada para o cumprimento voluntário da obrigação, não tendo, contudo,
cumprido tal obrigação e tampouco apresentado impugnação à medida. Assertiva:
Nesse caso, devem ser fixados novos honorários advocatícios referentes à fase de
cumprimento de sentença.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: No caso de condenação por quantia certa, o cumprimento de sentença


definitivo (decisão transitada em julgado), caso o devedor não efetue o pagamento
voluntário no prazo legal, além de multa de dez por cento, revertida em favor do credor,
incide honorários advocatícios, também de dez por cento, sobre o valor total do débito
(arts 85, §1º e 523, §1º, CPC).

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
72. (CESPE: PGE-SE/Procurador do Estado, 2017) De acordo com a
jurisprudência do STJ e à luz do CPC, assinale a opção correta a respeito dos
procedimentos especiais.
a) No procedimento de inventário e partilha que tramita pelo rito tradicional, o juiz possui
competência para, no momento de julgamento do cálculo do imposto de transmissão,
apreciar eventual pedido de isenção relacionado a esse tributo.
b) O procedimento denominado habilitação deve ser usado para regularizar a sucessão
processual, seja em razão de morte da parte ou em decorrência de ato entre vivos, como
no caso de alienação de bem litigioso.
c) Nos procedimentos previstos para as ações de família, será sempre obrigatória a
participação do MP, como fiscal da ordem jurídica em razão da natureza da matéria que
é objeto do litígio.
d) Caso seja ajuizada ação monitória em face da fazenda pública, o magistrado deverá
extinguir o processo sem resolução de mérito, pois esse procedimento é incompatível com
as prerrogativas fazendárias.
e) Nas ações possessórias, é vedado ao autor cumular pedido de indenização com pedido
de reintegração ou de manutenção da posse.
GABARITO: A
COMENTÁRIO:
a) CORRETA: Conforme entendimento pacificado pelo STJ, o magistrado pode, em
caso de hipossuficiência dos herdeiros, julgar eventual pedido de isenção do pagamento
do imposto de transmissão nos processos de inventário (STJ - Ag: 1184789, Relator:
Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Publicação: DJe 14/09/2009).
b) ERRADA: A ação de habilitação tem por objetivo a sucessão processual apenas nos
casos de falecimento de qualquer das partes (art. 687, CPC).
c) ERRADA: Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando
houver interesse de incapaz, devendo ser ouvido antes da homologação de qualquer
acordo (art. 698, CPC).
d) ERRADA: De forma expressa, o art. 700, §6º, CPC disciplina a propositura da ação
monitória em face da Fazenda Pública.
e) ERRADA: Nas ações possessórias, é lícito ao autor a cumulação de pedido
possessório com o de condenação em perdas e danos e indenização pelos frutos (art. 555,
CPC).

73. (CESPE: Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal, 2017) Julgue o


próximo item, a respeito de litisconsórcio, intervenção de terceiros e procedimentos
especiais previstos no CPC e na legislação extravagante.
Os embargos de terceiro somente podem ser utilizados no cumprimento de sentença
ou no processo de execução. Por esse motivo, no processo de conhecimento, o terceiro
deve defender seus interesses por intermédio de assistência ou oposição.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Os embargos de terceiro são cabíveis a qualquer tempo no processo


de conhecimento até o trânsito em julgado e, na fase de cumprimento de sentença ou no
processo executivo, até 5 dias após a adjudicação, arrematação ou alienação por iniciativa
particular, desde antes da assinatura da respectiva carta (art. 675, CPC).

74. (CESPE: PGE-AM/Procurador do Estado, 2016) Com relação aos


procedimentos especiais e ao processo de execução no âmbito do processo civil,
julgue o próximo item. É cabível, segundo o STJ, o ajuizamento de ação monitória
contra a fazenda pública, com o objetivo de receber nota promissória prescrita,
emitida por ente público e vencida há quatro anos.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: O art. 700, §6º, CPC autoriza expressamente a propositura de ação


monitória em face da Fazenda Pública, com base em nota promissória vencida (prova
escrita sem eficácia de título executivo). Quanto ao respectivo prazo prescricional, a
Súmula 504 do STJ indica que é de 5 anos, contar do dia seguinte ao vencimento do título.
75. (CESPE: TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Oficial de Justiça
Avaliador, 2016) Antônio ajuizou contra Pedro execução civil de título extrajudicial
no valor de R$ 300.000. Para garantia do juízo, foi penhorado bem imóvel
pertencente a Pedro e sua esposa, Maria. Apesar de não ser parte da execução,
Maria foi intimada da penhora, conforme determinado pela legislação processual.
Nessa situação hipotética, caso deseje tomar medida judicial com a única finalidade
de proteger sua meação referente ao bem penhorado, Maria deve

a) impetrar mandado de segurança, porque o CPC não prevê qualquer outro mecanismo
para sua defesa.

b) ingressar no processo como assistente simples de Pedro, demonstrando seu interesse


no feito.

c) se valer da modalidade de intervenção de terceiros denominada oposição.

d) oferecer embargos de terceiro, que serão analisados pelo mesmo juízo que determinou
a penhora.

e) aguardar o término da execução e, oportunamente, ingressar com ação de nulidade da


sentença.

GABARITO: D

COMENTÁRIO: Os embargos de terceiro são cabíveis quando alguém, não sendo parte
no processo, sofrer esbulho judicial sobre bens que possua (art. 674, caput, CPC),
podendo ser opostos pelo cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens
próprios ou de sua meação (art. 674, §2º, I, CPC). A distribuição dos embargos de terceiro
será por dependência ao juízo que determinou a constrição e autuados em apartado (art.
676, CPC).
76. (CESPE: PG-DF/Procurador, 2013) No que se refere aos procedimentos
especiais do CPC, ao mandado de segurança e à Lei da Ação Civil Pública, julgue os
itens seguintes.
Nas ações possessórias, é lícito ao réu formular em seu favor, na própria contestação,
proteção possessória e indenização pelos prejuízos resultantes da turbação ou do
esbulho que alegar ter sofrido em razão da conduta do autor.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: O caráter dúplice das ações possessórias permite que o réu, na


contestação, postule proteção possessória e busque a indenização pelos prejuízos
eventualmente sofridos, independentemente da reconvenção (art. 556, CPC).

77. (CESPE: MPU/Analista – Processual, 2010) A mais moderna doutrina vê o


direito processual civil como o complexo de normas e princípios que regem o
exercício conjunto da jurisdição pelo Estado-juiz, da ação pelo demandante
e da defesa do demandado.
Com relação ao texto acima, acerca do direito processual civil,
julgue os itens a seguir.
Em ação de oposição, cria-se litisconsórcio passivo necessário entre os sujeitos da
demanda originária, que passam a ser denominados opostos.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: O autor e o réu da demanda originária (opostos) devem figurar no polo


passivo da ação de oposição, formando um litisconsórcio necessário, por força do que
dispõe o art. 682, CPC.
EXECUÇÃO

78. (CESPE: TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área Judiciária, 2013)
Considerando que Mário e Luísa, casados, réus em ação de execução proposta em
razão de dívida comum, tenham sido citados no dia dez e no dia vinte de junho,
respectivamente, e que o mandado de citação de Mário tenha sido juntado aos autos
em vinte e cinco de junho e o de Luísa em trinta de junho, assinale a opção correta
em relação à tempestividade dos embargos de execução.

a) O prazo para a interposição de embargos será comum, a contar da juntada do último


mandado aos autos.

b) O prazo para os embargos será computado em dobro, contando-se a partir da juntada


do último mandado de citação aos autos.

c) O prazo para a interposição de embargos, comum a ambos os devedores, só começará


a contar a partir da intimação da penhora.

d) O prazo individual de dez dias para os embargos contará a partir da efetivação da


penhora ou da segurança do juízo.

e) Os prazos para a interposição dos embargos são individuais, contando-se a partir de


cada juntada.

GABARITO: A

COMENTÁRIO: Os embargos à execução devem ser oferecidos no prazo de 15 dias


(art. 915, caput, CPC). Havendo mais de um executado, o prazo para cada um deles
embargar é contado a partir da juntada do respectivo mandado citatório aos autos, salvo
se forem cônjuges ou companheiros, caso em que o prazo só flui depois da juntada aos
autos do último dos mandados cumpridos (art. 915, §1º, CPC).

79. (CESPE: TRE-MT/Analista, 2015) No tocante à execução e ao cumprimento de


sentença, assinale a opção correta.
a) Havendo desistência da execução pelo credor, a extinção dos embargos que versarem
apenas sobre questões processuais independe da concordância do embargante.

b) Transitada em julgado a sentença que condena ao pagamento de determinada quantia,


o devedor deverá ser citado para cumpri-la em até quinze dias, sob pena de incidência de
multa de 10% sobre o montante da condenação.

c) A sentença arbitral constitui título executivo extrajudicial, uma vez que oriunda da
atividade de um árbitro escolhido pelas partes.

d) Para a oposição de embargos à execução fundada em título extrajudicial, o devedor


deverá tornar seguro o juízo mediante penhora, depósito ou caução.

e) Os embargos opostos pelo devedor à execução fundada em título extrajudicial terão,


em regra, efeito suspensivo, cabendo ao julgador, em caso de requerimento da parte,
fundamentar a decisão que lhes afastar esse efeito.

GABARITO: A

COMENTÁRIO:

a) CORRETA: De acordo com o princípio da disponibilidade da execução, pode o


exequente desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva (art. 775,
caput, CPC). Porém, caso desista depois da apresentação dos embargos do devedor, estes
devem também ser extintos se versarem exclusivamente sobre questões processuais,
independentemente da concordância do embargante (art. 775, parágrafo único, I, CPC).
b) ERRADA: No cumprimento de sentença definitivo de obrigação de pagar quantia, a
requerimento do credor, por simples petição, o devedor será intimado, dentro do mesmo
processo, para pagar o débito no prazo de 15 dias, sob pena de multa de 10% sobre o valor
total da condenação, sendo desnecessária é necessária a propositura de nova ação (art.
523, caput, CPC).
c) ERRADA: A sentença arbitral é considerada título executivo judicial (art. 515, VII,
CPC).
d) ERRADA: A apresentação dos embargos do devedor independe de prévia segurança
do juízo (art. 914, CPC).
e) ERRADA: Como regra, os embargos do devedor não terão efeito suspensivo (art. 919,
caput, CPC). Poderá o magistrado atribuir-lhe tal efeito, caso os requisitos do art. 919,
§1º, CPC sejam satisfeitos.

80. (CESPE: Telebras/Advogado, 2015) No próximo item é apresentada uma


situação hipotética acerca de cumprimento de sentença, processo de execução,
processo cautelar e mandado de segurança, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Rogério ajuizou ação de execução por quantia certa em face da empresa Silva&Silva
Ltda. Garantido o juízo pela penhora, a empresa executada apresentou embargos à
execução, por meio dos quais suscitou a prescrição, e requereu a concessão do efeito
suspensivo aos embargos, já que a execução se apresentava lesiva. Nesse caso, o juiz
poderá conceder o efeito suspensivo requerido pelo embargante, mas poderá
permitir a efetivação dos atos de penhora e de avaliação.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Para o deferimento do efeito suspensivo aos embargos à execução,


que como regra não o possuem, é necessário que sejam satisfeitos, cumulativamente, os
seguintes requisitos: 1) requerimento expresso do executado; 2) prévia garantia do juízo;
3) fumaça do bom direito; 4) perigo da demora (art. 919, §1, CPC). Além disso, mesmo
que seja atribuído efeito suspensivo aos embargos, nada impede que sejam efetivados os
atos de substituição, de reforço ou de redução de penhora e avaliação dos bens (art. 919,
§5º, CPC).

81. (CESPE: TJ-DFT/Titular de Serviços de Notas e de Registros, 2014) A respeito


dos embargos de devedor, assinale a opção correta.

a) Os embargos de devedor serão oferecidos pelo executado no prazo de quinze dias,


contados da data da intimação da penhora.
b) Após o recebimento dos embargos, a parte exequente será ouvida no prazo de quinze
dias e, posteriormente, o juiz necessariamente designará audiência de conciliação,
instrução e julgamento, proferindo sentença no prazo de dez dias.

c) No prazo dos embargos de devedor, o devedor poderá reconhecer o crédito do


exequente, depositar 30% do valor da execução, incluindo custas e honorários
advocatícios, e, assim, requerer que seja admitido a pagar o restante em até seis parcelas
mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% ao mês.

d) Os embargos de devedor, na atual sistemática do CPC, têm sua propositura vinculada


à penhora, depósito ou caução do valor executado.

e) Constitui regra geral a atribuição de efeito suspensivo aos embargos do devedor,


obstando a continuidade do processo de execução até seu julgamento. Sendo assim, a
requerimento da parte, a decisão relativa aos efeitos dos embargos poderá ser revista a
qualquer tempo.

GABARITO: C

COMENTÁRIO:

a) ERRADA: O prazo para apresentação dos embargos do devedor é de 15 dias, a contar


da juntada aos autos do comprovante de citação, na forma do art. 231, CPC, não sendo
computado em dobro, mesmo se houver mais de um executado (art. 915, caput e §3º,
CPC).
b) ERRADA: Recebidos os embargos, o executado será intimado para se manifestar no
prazo de 15 dias, podendo o magistrado julgar imediatamente o pedido ou designar
audiência (art. 920, I, CPC).
c) CORRETA: O pedido de parcelamento da dívida deve ser formulado no prazo de
embargos (15 dias), caso em que o executado, reconhece o crédito do exequente e,
comprova o pagamento prévio de 30% do valor do débito, acrescido de custas, de
honorários, parcelando o saldo em até 6 prestações, acrescido de correção monetária e de
juros de 1% ao mês (art. 916, CPC). Destaca-se que o referido pedido não se aplica ao
cumprimento de sentença (art. 916, §7º, CPC).
d) ERRADA: O oferecimento dos embargos do devedor independe de prévia garantia do
juízo (art. 914, CPC).
e) ERRADA: Como regra, os embargos do devedor não possuem efeito suspensivo (art.
919, caput, CPC). Contudo, satisfeitos os requisitos legais, poderá o magistrado atribuir-
lhe tal efeito (art. 919, §1º, CPC).

82. (CESPE: TJ-PB/Juiz de Direito, 2015) A respeito da tutela específica das


obrigações de fazer e não fazer, assinale a opção correta.

a) A alteração do valor ou da periodicidade da multa fixada pelo juiz para forçar o


cumprimento da tutela depende de requerimento da parte.

b) A lei enumera taxativamente as providências que o juiz pode determinar para obter do
devedor o cumprimento específico da obrigação.

c) É obrigatório ao juiz fixar astreintes no caso de o devedor não cumprir determinação


judicial como forma de garantir a efetividade do título judicial.

d) É vedada a fixação de astreintes contra pessoa jurídica de direito público.

e) Nas ações cominatórias de obrigação de fazer ou não fazer, caso não seja possível
cumprir a obrigação, será permitida a substituição da tutela específica pela condenação
em perdas e danos.

GABARITO: E

COMENTÁRIO:

a) ERRADA: A alteração da periodicidade ou do valor da multa vincenda pode ocorrer


de ofício pelo juiz ou a requerimento da parte (art. 537, §1º, CPC).
b) ERRADA: Pelo princípio da atipicidade dos meios executivos, o juiz não fica
vinculado às hipóteses coercitivas disciplinadas de forma exemplificativa no art. 536, §1º,
CPC, podendo se fazer valer de outras medidas, ainda que não previstas expressamente
na lei.
c) ERRADA: A fixação da multa é apenas uma medida coercitiva que pode ser usada
pelo magistrado para fins de efetivação da tutela específica da obrigação, podendo ser
fixada na fase conhecimento, em tutela provisória, na sentença ou na fase de execução
(art. 537, caput, CPC).
d) ERRADA: Não há óbice na fixação de multa em contra a Fazenda Pública.
e) CORRETA: A obrigação de fazer ou não fazer somente será convertida em perdas e
danos se o autor a requerer ou se impossível o cumprimento da tutela específica ou a
obtenção de resultado prático equivalente (art. 499, CPC).

PROCESSO NOS TRIBUNAIS

83. (CESPE: TRT - 8ª Região (PA e AP)/Analista Judiciário - Área Judiciária, 2016)
Determinado indivíduo propôs ação judicial contra empresa pública federal, pelo
procedimento ordinário, requerendo o pagamento no valor de R$ 200.000. O juiz
proferiu sentença acolhendo o pedido relativo a R$ 100.000 e, quanto aos outros
valores objeto da cobrança, reconheceu de ofício a existência de prescrição.
Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) No julgamento de apelação interposta contra a sentença, caso o tribunal verifique a


ocorrência de nulidade sanável no processo, deverá obrigatoriamente determinar o
retorno dos autos ao juízo que prolatou a sentença.

b) Eventual recurso de apelação interposto pelo autor da ação pode ser provido
monocraticamente, pelo relator, caso a sentença esteja em manifesto confronto com
súmula de tribunal superior.

c) A sentença é nula de pleno direito porque, conforme o CPC, é vedado ao magistrado


reconhecer de ofício a prescrição.

d) A sentença que condenou a empresa pública está sujeita ao reexame necessário e


somente produzirá efeitos depois de confirmada pelo tribunal.

e) Se somente a empresa pública apelar da sentença, o tribunal poderá aumentar o valor


da indenização caso entenda, pela prova dos autos, não ter havido prescrição.
GABARITO: B

COMENTÁRIO:

a) ERRADA: De acordo com a teoria da causa madura, o tribunal, diante de vício


sanável, ao reformar decisão que reconheça a prescrição ou decadência, o tribunal, se
possível, julgará o mérito, sem determinar o retorno dos autos ao juízo de primeiro grau
(art. 1.013, §4º, CPC).
b) CORRETA: Dentre os poderes que lhe são conferidos, pode o relator, facultada a
apresentação das contrarrazões, dar provimento a recurso quando a decisão combatida
contrariar súmula dos tribunais superiores (art. 932, V, “a”, CPC).
c) ERRADA: Pode o magistrado reconhecer, de ofício, a ocorrência da prescrição e da
decadência (art. 487, II, CPC).
d) ERRADA: Ainda que a decisão proferida contra a Fazenda Pública não produza
efeitos senão depois de confirmada pelo tribunal (art. 496, caput, CPC), tal regra não se
aplica quando a condenação imposta à União e respectivas autarquias for inferior a mil
salários mínimos (art. 496, §3º, I, CPC); aos Estados, Distrito Federal, respectivas
autarquias e fundações de direito público e os municípios que são capitais dos seus
Estados, quando inferior a quinhentos salários mínimos (art. 496, §3º, II); para os demais
municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público, se a condenação for
inferior a cem salários mínimos (art. 496, §3º, III, CPC).
e) ERRADA: De acordo com o princípio da proibição da reformatio in pejus, não pode
o recorrente, ainda que seja a Fazenda Pública, ter a sua situação jurídica piorada no
julgamento do recurso interposto.

INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA

84. (CESPE: DPE-AL/Defensor Público, 2017) Determinado recurso especial que


diz respeito a uma relevante questão de direito, com grande repercussão jurídica,
econômica e política, mas sem repetição em múltiplos processos, foi distribuído para
determinada turma do Superior Tribunal de Justiça. Em razão do interesse social
da matéria, a Defensoria Pública requereu o julgamento do recurso por órgão
colegiado indicado pelo regimento do tribunal. O pedido foi acolhido, tendo o relator
proposto que o julgamento fosse realizado por determinada seção, a qual proferiu
acórdão, sem revisão de tese, que passou a vincular todos os juízes e órgãos
fracionários. Considerando-se essa situação hipotética, é correto afirmar que o
instrumento processual suscitado pela Defensoria Pública e proposto pelo relator do
recurso especial foi o

a) incidente de resolução de demandas repetitivas.

b) incidente de assunção de competência.

c) julgamento de recursos especiais repetitivos.

d) incidente de arguição de inconstitucionalidade.

e) conflito de competências.

GABARITO: B

COMENTÁRIO: É admissível a assunção de competência quando o julgamento de


recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver
relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos
processos (art. 947, caput, CPC), podendo ser instaurada em qualquer tribunal, por
requerimento do relator, do colegiado, de qualquer das partes, do Ministério Público ou
Defensoria Pública (art. 947, §1º, CPC).

INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS

85. (CESPE: FUNPRESP-JUD/Analista – Direito, 2016) Acerca dos processos nos


tribunais e dos meios de impugnação das decisões judiciais, julgue o item
subsequente.

Inadmitido o incidente de resolução de demandas repetitivas por não haver sido


constatado risco de ofensa à isonomia, o incidente não poderá ser novamente
suscitado, em atenção ao princípio da segurança jurídica.
( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Caso não seja admitido o incidente de resolução de demandas


repetitivas por ausência de qualquer dos seus pressupostos de admissibilidade (repetição
de processos que contenham a mesma questão de direito e risco à isonomia a segurança
jurídica – art. 976, CPC), nada impede que, uma vez satisfeito o requisito, o incidente seja
novamente suscitado (art. 976, §3º, CPC).

RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL

86. (CESPE: SEDF/Direito, 2017) Julgue o item subsequente, relativo à


improcedência liminar do pedido e ao cumprimento de sentença.
Situação hipotética: Órgão colegiado de um Tribunal Regional Federal negou
provimento a recurso de apelação e aplicou tese diversa da proferida pelo Superior
Tribunal Federal em julgamento de casos repetitivos. Assertiva: Nesse caso, a parte
sucumbente poderá valer-se de reclamação constitucional para reformar a decisão
proferida pelo Tribunal Regional Federal após o trânsito em julgado desta.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: A reclamação constitucional é inadmissível se proposta depois do


trânsito em julgado da decisão reclamada (art. 988, §5º, I, CPC).

87. (CESPE: TCE-PA/Auditor de Controle Externo – Direito, 2016) Julgue o item


a seguir, referentes à tutela provisória e aos meios de impugnação das decisões
judiciais conforme o novo Código de Processo Civil.
Caso determinado ente da Federação interponha reclamação constitucional no STF
para garantir a observância de súmula vinculante supostamente violada em decisão
judicial, ao despachar a petição inicial, o relator da reclamação poderá determinar
a suspensão do processo ou do ato impugnado, devendo requisitar informações da
autoridade que tiver praticado o ato, além de determinar a citação do beneficiário
da decisão impugnada para contestar.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Cabe reclamação constitucional, dentre outras hipóteses, para garantir


a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do STF em controle de
constitucionalidade (art. 988, III, CPC). Uma vez distribuída, ao despachar a inicial,
incumbe ao relator requisitar informações a quem foi imputada a prática do ato
impugnado; caso necessário, determinar a suspensão do processo ou do próprio ato
impugnado; determinar a citação da decisão impugnada para apresentar contestação em
15 dias (art. 989, CPC).

RECURSOS

88. (CESPE: TRE-BA/Analista Judiciário - Área Administrativa, 2017) Acerca do


sistema recursal previsto no CPC, julgue os itens a seguir.

I O recorrente só poderá desistir do recurso com a anuência do recorrido e dos


litisconsortes.

II Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso.

III Não comprovado o recolhimento do preparo no ato da interposição do recurso,


a parte será intimada, na pessoa do seu advogado, para realizar o pagamento em
dobro, sob pena de deserção.

Assinale a opção correta.

a) Apenas o item I está certo


b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.

GABARITO: D
COMENTÁRIO:
I) ERRADA: A desistência do recurso pelo recorrente não depende de anuência do
recorrido nem dos litisconsortes, conforme preceitua o art. 998, CPC.
II) CORRETA: A oposição dos embargos de declaração interrompe o prazo para a
interposição do recurso principal (art. 1.026, CPC). Ou seja, após o julgamento do
primeiro, o prazo para a interposição do segundo deve ser restituído por inteiro.
III) CORRETA: O preparo é um requisito de admissibilidade e deve ser comprovado no
ato de interposição do recurso (art. 1.007, caput, CPC). Todavia, flexibilizando essa regra,
caso o recorrente deixe de comprovar o recolhimento do preparo no ato de interposição
do recurso, deve ser intimado, na pessoa do seu advogado, para, no prazo de 5 dias, efetuar
o pagamento em dobro, sob pena de deserção (art. 1.007, §4º, CPC).

89. (CESPE: Prefeitura de Belo Horizonte – MG/Procurador Municipal, 2017)


Considerando a atual sistemática processual, assinale a opção correta, em relação a
recursos nos processos de conhecimento e de execução.
a) O recurso interposto sem a comprovação do devido preparo, quando for devido, não
será de pronto considerado deserto, mas ensejará o pagamento de multa.
b) O papel do revisor no julgamento de apelação foi ampliado com o advento do novo
CPC.
c) Tratando-se de processo de execução, o agravo de instrumento só é cabível contra as
decisões interlocutórias listadas taxativamente no CPC.
d) Cabem embargos infringentes contra acórdão não unânime, no prazo de quinze dias,
para fazer prevalecer o voto vencido.
GABARITO: A
COMENTÁRIO:
a) CORRETA: Caso o recorrente não efetue o recolhimento do preparo, deve ser
intimado, na pessoa no seu advogado, para, no prazo de 5 dias, realizar o pagamento em
dobro, sob pena de deserção (art. 1.007, §4º, CPC).
b) ERRADA: Não existe mais a figura do revisor no CPC/2015.
c) ERRADA: Qualquer decisão interlocutória proferida no processo de execução pode
ser impugnada pelo agravo de instrumento (art. 1.015, parágrafo único, CPC).
d) ERRADA: Os embargos infringentes não constam no rol taxativo dos recursos do
CPC/2015 (art. 994, CPC).

90. (CESPE: FUNPRESP-JUD/Analista – Direito, 2016) Acerca dos processos nos


tribunais e dos meios de impugnação das decisões judiciais, julgue o item
subsequente.
Havendo necessidade de comprovação do pagamento do preparo, o recurso será
considerado deserto se o comprovante estiver ilegível no ato de interposição, uma
vez que tal pagamento é pressuposto recursal.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Na hipótese de dúvida quando ao recolhimento do preparo ou


equívoco no preenchimento da guia de custas, cabe ao relator determinar a intimação do
recorrente para, no prazo de 5 dias, sanar o vício, sob pena de deserção (art. 1.007, §7º,
CPC).

91. (CESPE: TRF - 5ª REGIÃO/Juiz federal, 2017) Contra pronunciamento de


magistrado que, em primeiro grau, decida pela impugnação ao cumprimento de
sentença, caberá recurso de
a) apelação, se o processo for extinto, ou de agravo de instrumento, se o processo
prosseguir.
b) agravo de instrumento, em qualquer caso.
c) agravo de instrumento, apenas se o recorrente demonstrar urgência.
d) apelação, em qualquer caso.
e) apelação, sempre que o juiz acolher a impugnação do executado.
GABARITO: A
COMENTÁRIO: Na fase de cumprimento de sentença, caso o magistrado extinga o
processo, o respectivo pronunciamento será considerado sentença (art. 203, §1º, CPC),
passível de impugnação pelo recurso de apelação (art. 1.009, CPC). A seu turno, caso a
decisão não implique na extinção do feito, pode ser combatida através de agravo de
instrumento, porquanto se trata de decisão interlocutória (art. 203, §2º e art. 1.015,
parágrafo único, CPC).

92. (CESPE: TJ-PR/Juiz de Direito, 2017) Júlio ajuizou ação indenizatória contra
Manoel, tendo formalizado pedido único de indenização por danos morais no valor
de cem mil reais. Na fase de produção de provas, o juiz indeferiu o pedido de prova
pericial feito por Júlio. Ao final da fase de conhecimento, o magistrado julgou
integralmente procedente o pedido de indenização. Nessa situação hipotética, de
acordo com as regras previstas no CPC, eventual pretensão recursal de Júlio com a
finalidade de permitir a realização da perícia
a) poderá ser apresentada em contrarrazões, caso Manoel apele da sentença.
b) estará preclusa caso não tenha sido interposto recurso de agravo de instrumento da
decisão que indeferiu a prova.
c) deverá ser rejeitada em qualquer hipótese por falta de interesse recursal.
d) poderá ser alcançada mediante a interposição de recurso de apelação, quando o autor
for intimado da sentença de procedência.
GABARITO: A
COMENTÁRIO: Ainda que se trate de decisão interlocutória (art. 203, §2º, CPC), o ato
decisório não deve ser impugnado através do agravo de instrumento, haja vista que o
indeferimento de produção de provas não se encontra no rol do art. 1.015, CPC que prevê
taxativamente as hipóteses de cabimento do referido recurso. Todavia, como não se
sujeita a preclusão, pode ser combatida em sede de preliminar ou de contrarrazões de
apelação (art. 1.009, §1º, CPC).

93. (CESPE: FUNPRESP-EXE/Direito, 2016) Julgue o item subsequente,


relacionados a recursos.
Diante da interposição de agravo de instrumento, o relator poderá converter o
recurso em agravo retido. Contra essa decisão, o agravante poderá interpor recurso
de agravo ao órgão competente para o julgamento do recurso.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Na sistemática do CPC/2015, não existe mais o agravo retido como


espécie recursal.

94. (CESPE: DPE-AC/Defensor Público, 2017) Com relação aos embargos


declaratórios, assinale a opção correta.
a) Caso sejam acolhidos e modifiquem a decisão embargada, o embargado que houver
aviado outro recurso contra a decisão originária deverá complementar as razões deste
recurso.
b) Deverá ser ratificado recurso que houver sido interposto pela outra parte antes do
julgamento dos embargos, caso estes sejam rejeitados.
c) Por interromperem o prazo para a interposição de recursos, dispensam a intimação das
partes quanto à decisão proferida em virtude do julgamento desses recursos.
d) Se manifestamente protelatórios, o juiz, fundamentadamente, condenará o embargante
a pagar ao embargado, inicialmente, multa correspondente a dez por cento sobre o valor
da causa.
e) Se forem opostos contra decisão de relator proferida em tribunal, serão decididos
monocraticamente pelo órgão prolator de decisão embargada.
GABARITO: E
COMENTÁRIO:
a) ERRADA: Caso os embargos de declaração sejam acolhidos e implique em alteração
da decisão embargada, o embargado, caso tenha interposto outro recurso, poderá
complementar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 dias (art.
1.024, §4º, CPC).
b) ERRADA: Caso os embargos de declaração sejam rejeitados ou seu julgamento não
modifique a decisão recorrida, eventual recurso interposto do resultado desse julgamento
não precisa ser ratificado pelo recorrente (art. 1. 024, §5º, CPC).
c) ERRADA: Os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição do
recurso principal, cujo prazo passa a fluir a partir da intimação das partes acerca do
julgamento dos embargos (art. 1.026, caput, CPC).
d) ERRADA: Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o
magistrado aplicará ao embargante, inicialmente, multa de até 2% sobre o valor
atualizado da causa (art. 1.026, §2º, CPC). Caso sejam reiterados os embargos
protelatórios, o valor da multa será elevado para até 10% (art. 1.026, §3º, CPC). Por fim,
caso os dois embargos anteriores sejam considerados protelatórios, não serão admitidos
novos embargos de declaração (art. 1.026, §4º, CPC).
e) CORRETA: Os embargos de declaração opostos contra decisão unipessoal proferida
em tribunal, o órgão prolator da decisão embragada deve decidi-los monocraticamente
(art. 1.024, §2º, CPC).

95. (CESPE: Prefeitura de Fortaleza – CE/Procurador Municipal, 2017) No que


concerne aos meios de impugnação das decisões judiciais, julgue o item a seguir, de
acordo com o CPC e com a jurisprudência dos tribunais superiores.
Ainda que, em exame de embargos declaratórios, seja mantido o resultado do
julgamento anterior, o recorrente deverá ratificar recurso especial que tenha sido
interposto antes do julgamento dos embargos.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Errada

COMENTÁRIO: Caso o julgamento dos embargos de declaração não modifique a


decisão combatida, ou, caso sejam rejeitados, é desnecessária a ratificação do recurso
interposto antes da ciência do julgamento dos embargos declaratórios (art. 1.024, §5º,
CPC).
96. (CESPE: TRE-GO/Analista Judiciário - Área Judiciária, 2015) Fábio propôs
ação judicial contra uma empresa fornecedora de serviços de bufê em razão de vício
na prestação do serviço contratado. A ação foi proposta na vara cível competente
para julgamento da demanda, por meio da qual se requereu indenização por danos
materiais e morais supostamente sofridos pelo autor. Ao final, o juiz proferiu
sentença na qual reconheceu parcialmente os danos materiais sofridos e condenou a
empresa ré a indenizar o autor. O juiz não se manifestou, contudo, sobre os danos
morais pleiteados na petição inicial. Acerca dessa situação hipotética, julgue o item
a seguir.
Para sanar a omissão do juiz quanto ao pedido de indenização por danos morais
formulado, Fábio deverá interpor recurso de embargos de declaração no prazo de
cinco dias, contados da ciência da sentença.

( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Os embargos de declaração são cabíveis contra qualquer decisão


judicial em caso de omissão, obscuridade, contradição e para correção de erros materiais,
devendo ser opostos no prazo de 5 dias e não dependem de recolhimento de preparo (arts.
1.022 e 1.023, CPC).

97. (CESPE: TJ-RR/Titular de Serviços de Notas e de Registros, 2013) Considere


que, tendo sido proferida sentença de mérito, uma das partes tenha interposto
pedido de reconsideração e o juiz tenha recebido o pedido como embargos de
declaração. Nesse caso, o magistrado

a) afrontou o princípio da taxatividade.

b) obedeceu ao princípio da fungibilidade.

c) violou o princípio da consumação.

d) atendeu ao princípio da complementaridade.


e) desrespeitou o princípio da singularidade.

GABARITO: A

COMENTÁRIO: O princípio da taxatividade estabelece que somente pode ser


considerado recurso aquele que estiver previsto expressamente em lei federal como tal.
No CPC/2015, os recursos estão taxativamente disciplinados no art. 994. Considerando
que o pedido de reconsideração não está contemplado neste rol, não deve ser classificado
como espécie recursal.

98. (CESPE: TJ-SE/Analista Judiciário – Direito, 2014) Julgue os seguintes itens,


referentes a mandado de segurança, juizados especiais da fazenda pública e
recursos. O denominado efeito translativo do recurso refere-se às matérias de ordem
pública, que podem ser conhecidas e apreciadas de ofício pelo tribunal,
independentemente de provocação das partes.
( ) Certo ( ) Errada

GABARITO: Certo

COMENTÁRIO: Por efeito translativo, entende-se a possibilidade do tribunal conhecer,


de ofício, determinadas matérias no julgamento do recurso, como, por exemplo, matérias
de ordem pública.

MÚLTIPLOS TEMAS

99. (CESPE: TCE-PR/Analista de Controle, 2016) Com referência ao processo, ao


procedimento comum e à intervenção de terceiros, assinale a opção correta de
acordo com o Código de Processo Civil (CPC).
a) De acordo com o CPC, sentença é o pronunciamento do magistrado que, com ou sem
resolução do mérito, extingue o processo em primeiro grau. Os demais atos decisórios do
juiz singular possuem natureza interlocutória.
b) A impugnação da parte principal ao requerimento de ingresso do assistente dá ensejo
à suspensão do processo principal até que sobrevenha decisão do juiz quanto ao incidente
processual relativo ao ingresso do assistente.
c) No procedimento comum, a ausência injustificada do réu à audiência de conciliação
acarreta a decretação de sua revelia e a consequente presunção de veracidade dos fatos
alegados pelo autor na petição inicial.
d) No procedimento comum, contestação e reconvenção devem ser apresentadas em uma
única peça processual, ressalvada ao réu a possibilidade de apresentar reconvenção
isoladamente caso não deseje contestar.
e) O pedido de desconsideração da personalidade jurídica deve ser formulado no
momento da propositura da ação, sendo vedado o ingresso superveniente do sócio no
processo após a estabilização da demanda.

GABARITO: D
COMENTÁRIO:
a) ERRADA: Sentença é o pronunciamento do juiz que, com ou sem análise de mérito,
põe fim à fase de cognitiva do processo ou extingue a execução (art. 203, §1º, CPC). por
exclusão, terá natureza interlocutória toda decisão que não se enquadrar como sentença
(art. 203, §2º, CPC).
b) ERRADA: Caso a intervenção do assistente no feito seja impugnada por qualquer das
partes, o juiz decidirá o incidente sem suspender o andamento do processo (art. 120,
parágrafo único).
c) ERRADA: A ausência injustificada do réu não implica em revelia. Ao revés, será
considerado ato atentatório à dignidade da justiça, incorrendo no pagamento de multa de
até 2% do valor atualizado da causa, que será revertida em favor da União ou do Estado
(art. 334, §8º, CPC).
d) ERRADA: A contestação e a reconvenção devem ser apresentadas na mesma peça
processual. Contudo, a reconvenção pode ser apresentada ainda que o réu não conteste o
feito (art. 343, caput e §6º, CPC).
e) CORRETA: O pedido de desconsideração de personalidade jurídica formulado na
petição inicial nem mesmo é considerada modalidade de intervenção terceiro, haja vista
que os sócios já figuram como réus, caso em que não haverá suspensão do processo (art.
135, §2º, CPC). Contudo, caso requerida incidentalmente, o processo ficará suspenso para
que se promova a citação dos sócios (art. 135, §3º, CPC).

100. (CESPE: TJ-CE/Técnico Judiciário - Área Judiciária, 2014) Acerca de


audiência e sentença, assinale a opção correta.

a) São requisitos essenciais da sentença o relatório, os fundamentos e a decisão


interlocutória.

b) A verdade dos fatos estabelecida como fundamento da sentença não faz coisa julgada.

c) Se verificar erro na sentença publicada, o escrivão pode alertar o juiz para alterá-la por
meio de embargo de declaração.

d) A função do juiz é jurisdicional e, portanto, é impróprio afirmar que exerce poder de


polícia na audiência.

e) Como as audiências são públicas, é absolutamente vedada sua realização a portas


fechadas.

GABARITO: B

COMENTÁRIO:

a) ERRADA: Os requisitos essenciais da sentença são: relatório, fundamentação e


dispositivo (art. 489, CPC).
b) CORRETA: Não fazem coisa julgada os motivos nem a verdade dos fatos,
estabelecida como fundamento da sentença (art. 504, I e II, CPC).
c) ERRADA: Depois de publicada a sentença, apenas ocorrendo erro de cálculo ou
inexatidão material, pode o magistrado, de ofício ou a requerimento, corrigir tais vícios,
sendo descabida a oposição de embargos de declaração pelo próprio magistrado, pois,
tratando-se de modalidade recursal, exige a interposição pela parte interessada (art. 494,
CPC).
d) ERRADA: O juiz exerce o poder de polícia em audiência, por exemplo, para ordenar
que se retiram aqueles que não se comportarem de forma conveniente (art. 360, CPC).
e) ERRADA: As audiências são públicas, ressalvadas as exceções legais (art. 368, CPC),
como por exemplo, nos processos que tramitam sob segredo de justiça (art. 189, CPC).

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BUENO, Cássio Scarpinella. Manual de Direito Processual Civil. Volume Único. 2ª


ed. São Paulo: Saraiva, 2016.
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim; CONCEIÇÃO, Maria Lúcia Lins; RIBEIRO,
Leonardo Ferres da Silva; MELLO, Rogério Licastro Torres. Primeiros Comentários ao
Novo Código de Processo Civil: Artigo por artigo. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2015.
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil – Volume
Único. 8ª ed. Salvador: Juspodivm, 2016.
DIDIER JR., Fredie; CUNHA, Leonardo Carneiro da. Curso de Direito Processual
Civil. Vol. 3: Meios de Impugnação às Decisões Judiciais e Processos nos Tribunais.
13ª ed. Salvador: Juspodivm, 2016.

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