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Terminologia
O adjetivo “público” foi introduzido para destacar que os principais sujeitos desse ramo
são os Estados e para diferenciá-lo do D. I. Privado (que se ocupa das leis no espaço, do
conflito de jurisdição, da nacionalidade e da condição jurídica do estrangeiro).- Estados
são sujeitos de direitos internacionais, mas não são os únicos.
Um estado pode abrigar muitas nações. Uma nação pode estar espalhada em vários
estados.
Direito internacional publico remete erroneamente a direitos entre nações. Mas a relação
é entre estados e outros sujeitos de direito internacional.
O que é nação?
Nações é diversidade.
Nações são fundadas em critérios sociológicos e não devem ser confundidas com um
dos elementos do Estado (população).
Em um Estado pode haver mais de uma nação! Uma nação pode espalhar-se por vários
Estados (nações judaicas, árabe, curda, cigana) e há estados multinacionais (ex-
Iugoslávia, Espanha e Sudão)
Estados multinacionais- criação território politico para abrigar essas nações. Nações que
querem estados políticos para abrigar essas nações. Criação de um estado para abrigar
uma nação especifica. Várias nações em um estado e nações que reivindicam criação de
estados independentes.
País/Estado brasileiro/nações
As nações indígenas, com uma cultura muito diferente do que chamamos de “cultura
brasileira”, estão inseridas dentro do Estado brasileiro. Um caso interessante são as
dezenas de tribos não contatadas no Brasil, que nunca tiveram interação com a
civilização do “homem branco”: elas estão no país Brasil, mas fora do Estado
brasileiro, pois nossas leis e instituições não chegam até elas.
Estado- critério objetivo. Instituições, leis, MP, magistratura. Abriga diferentes nações.
Tem nação que não são alcançadas por um Estado. Vive fora das leis, instituições do
Estado. Estado não chega ali.
Internacional pode conduzir à ideia de que somente os Estados são sujeitos do D. I., que
são a única preocupação do D. I.
Direito internacional- um dos sujeitos é o Estado, mas não é o único. Mas temos
organizações internacionais com fins ou não lucrativos. Ex: Onu.
Atualmente, acresce a ele a preocupação com os temas (ex: proteção do meio ambiente,
manutenção da paz) e com os valores globais (ex: proteção dos direitos humanos,
segurança internacional).
Conceito de D.I.P.
A maneira mais tradicional de se definir o conceito de D. I. é a partir dos sujeitos desse
ramo.
Apenas os estados são sujeitos de D. I. Daí: sistema que ordena, a partir de normas
jurídicas, as relações entre os Estados;- NÃO É MTO ACEITA.
Terceira teoria salienta que tanto os Estados quanto as Organizações Internacionais são
ficções criadas pelos seres humanos e que, em última instância, somente esses seriam
sujeitos de qualquer ramo do Direito;- somente as pessoas são sujeitos.
Quarta teoria enxerga nos Estados, nas Organizações Internacionais e nos seres
humanos, os sujeitos do D. I. e o define como esse conjunto alargado de entes
submetidos à regulamentação. Daí: D. I. seria “o conjunto de regras e princípios
destinados a reger os direitos e deveres internacionais dos Estados, de certos organismos
internacionais e dos indivíduos” (Accioly; Nascimento e Silva, 1996).- majoritária.
Fundamentos do DIP
Hobbes- egoísta de natureza. É necessário um poder mais forte para colocar limite as
vontades do homem. No estado de natureza vivia na luta de todos contra todos e
iminência de guerra, devido a paridade de armas entre os indivíduos. A igualdade
contribui com o estado de guerra de todos contra todos. Por isso é preciso o poder do
Estado.
Ausência de poder capaz de obrigar os Estados a cumprir regras;- poder econômico (os
estados querem estabelecer boas relações internamente e exteriormente. Coloca pressões
sobre os estados).
Estados podem perseguir qualquer fim (sem restrições morais ou jurídicas – plano
interno);
Fornecer um modelo analítico que considera a guerra como resultado das propriedades
estruturais do sist. Internacional (previsão do comportamento dos Estados)
Estado de guerra existe na cena internacional porque não há poder superior que coloque
limite aos arbítrios;
Estado não está obrigado a respeitar regras de cooperação devido à incerteza de que os
outros Estados atuarão do mesmo modo;
Para a validade da analogia, 4 proposições devem ser verdadeiras (BEITZ, C., 1979)
Mundo contemporâneo preenche esses requisitos? NÃO. Não compõe a teoria hobbes.
Indivíduos;
Falta de aparato coativo não priva a comunidade internacional dos meios de promover o
cumprimento das regras de D.I. (condenação moral, embargos econômicos, exclusão
compulsória dos quadros da organização internacional a que pertence, suspensão de
concessões tarifárias na OMC etc)
Modelo do estado de natureza, que elege a guerra como tema principal, não abarca a
complexidade das relações internacionais no presente. Necessário paradigma com maior
capacidade analítica!
Uso prescritivo do conceito de estado de natureza. Busca justificar, sob o ponto de vista
moral, os princípios reguladores da vida política nacional e internacional.
Modelo hobbesiano:
Mas como explicar normas que existem independentemente da vontade dos Estados?
Corrente Objetivista
Não podemos falar em comunidade internacional, pois não há uma aderência grande
desses valores. Mas é possível que alguns valores sejam compartilhados na sociedade
internacional.
São só os princípios e valores que definem a imperatividade? Mas não tem também
razão?
Normas de Jus cogens (que se aplicam independentemente da vontade dos Estados e são
inderrogáveis pela vontade das partes). Art. 53 e 64 da Convenção de Viena sobre o
Direito dos Tratados. Ex: Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948).
Corrente jusnaturalista
Valores internacionais: traz as ideias jusnaturalistas (justiça) e objetivistas (há uma ideia
de que existe valores e princípios internacionais).
Existência do D. I.
Temos uma sociedade internacional. Utilizar o termo sociedade e não comunidade. Pois
existe busca pela justiça, princípios e valores internacionais de forte densidade, mas não
tem tanta coesão com esses princípios e valores que permite falar de comunidade.
Fala-se de comunidade quando há uma certa identidade. Ex: comunidade europeia. Tem
princípios e valores que atravessam aquele estado que permite falar da unidade. Maior
integração.
O fato de ser difícil, às vezes, impor sanções, não se dá pela inexistência de normas,
tribunais ou sanções. - Temos tribunais permanentes, normas que se intensifica de
codificação de direito internacional público, sanções etc. A dificuldade é de impor essas
sanções.
Marcos históricos do D. I.
1648: Marco inicial do D. I. Tratado de paz de Westphalia que põe fim à guerra de 30
anos traz os elementos basilares desse ramo (direito internacional publico).
Territorialidade;
No congresso estabelece-se:
Altera-se a regra de igualdade jurídica entre os Estados (potências eram iguais entre si e
diferentes dos demais Estados). Potências poderiam minimizar a regra de não
intervenção relativamente aos demais Estados;- isso não vai prosperar.
1919: Após o término da 1ª guerra mundial, cria-se a Liga das Nações. Surge, a partir de
então, uma nova ordem internacional: a Ordem Internacional de Versailles.
A partir das normas de cooperação, surgem, p. ex., o Direito Internacional dos Direitos
Humanos, o Direito de Integração, o Direito Internacional do Meio Ambiente e a noção
de patrimônio comum da humanidade.
Flexibilização da soberania estatal (↑os temas tratados pelo D. I.); - para melhor cumprir
os valores e princípios internacionais. Para cumprimento dos tratados e normas
internacionais.
Novos critérios de legitimidade internacional (quem viola tais crenças compartilhadas
posiciona-se contra uma criação coletiva e não mais uma criação individual).
Duas correntes:
Dualismo
Monismo
Para o Brasil é a teoria dualista moderada. Brasil prevê dois sistemas e como vai se dar
essa incorporação. E vai depender da matéria, do tratado internacional.
No caso dos tratados que versam sobre DIREITOS HUMANOS, se eles passam por um
procedimento especial, eles vão integrar o ordenamento jurídico interno como status de
emenda constitucional.
DUALISTA- defendem que são dois sistemas distintos. Essa internalização e essa
incorporação do tratado na esfera do direito interno vai depender da observância de um
procedimento previamente estabelecido ou pode-se exigir para além uma LEI.
Jus congens- independem da vontade dos sujeitos de direito internacional, são cogentes,
tem poder imperativo, se impõe, independentemente da vontade dos sujeito
internacional.
- Pode ser que um Estado queria explicitar o costume internacional no seio de seu
ordenamento jurídico interno com uma lei. Não é por meio de um procedimento, como é
no tratado, que esse costume vai ser incorporado, mas por meio de uma lei.
Para que um costume não seja considerado fonte de direito internacional para um
Estado, há a possibilidade de opor resistência aquela pratica e o Estado não reconhecer
como costume, que é a figura do OPOSITOR PERSISTENTE. – Isso na esfera do
sistema internacional.
Dualismo moderado
Dualismo radical
Dualismo moderado---
Maioria doutrinária tende a defender que o Brasil adota o dualismo moderado no que se
refere à incorporação de tratados.
Interpretação combinada dos art. 21, I, 49, I e 84, VIII + postura do STF e do
Legislativo e Executivo Federais.
art. 21, I, - quem faz isso é o Itamarati e o chefe das relações internacionais- presidente
(chefe do executivo). Competência no direito interno para assumir compromissos
internacionais é do poder executivo.
Dualismo radical
Sistema único.
Todos os assuntos do Direito interno podem ser regulados pelo Direito Internacional.,
mas nem todos os assuntos do Direito. Internacional. podem ser regulados pelo Direito
interno. --- nem todos os assuntos do direito internacional poderiam ser previstos pelo
ordenamento jurídico interno devido a especialidade do direito internacional.
Pode haver conflito entre aquilo que se assume na esfera internacional e o direito
interno.
Monismo nacionalista
D. I. só tem valor pois é a Constituição que prevê quais os órgãos competentes para a
celebração de tratados. A obrigatoriedade do D. I. decorre do Direito interno.--- só há a
possibilidade do estado pactuar na esfera internacional um tratado, pois há uma
previsão interna anterior que autoriza.
Monismo internacionalista
Monismo dialógico
Dentro da área dos Direitos Humanos, diálogo das fontes. Busca-se a norma mais
benéfica, quer seja da ordem do direito interno ou internacional, a ser aplicada.--- não
existe prevalência de um sempre e nem de outro sempre, com relação a direitos
humanos, deveria buscar a norma que mais protege eles.