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O que é Direito Internacional?

O Direito Internacional é o ramo jurídico responsável por orientar e


regulamentar as relações políticas, econômicas e sociais dentro da
comunidade internacional. O objetivo final é promover uma boa
convivência entre países, respeitando a soberania e individualidades
de cada um.

Como é uma área ampla, o Direito Internacional é dividido em duas


partes: O Direito Internacional Privado e o Público.
Direito Internacional Público

O Direito Internacional Público trata do regimento de negociações


entre países com o objetivo de promover a cooperação. Por meio de
acordos, pactos ou tratados assinados, os Estados estabelecem como
necessidades internacionais e regionais serão atendidas e mediam
conflitos.
Observar a Soberania das Nações
Direito Internacional Público

Principais regulamentações do Dir. Int. Público:

• Carta das Nações Unidas – 1945


• Convenção de Viena (relações consulares) – 1963
• Estatuto do Tribunal Penal Internacional – 1998
• Convenção das Nações Unidas contra o crime organizado
transnacional - 2000
Direito Internacional Público

CARACTERÍSTICAS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO


a) inexistência de subordinação dos sujeitos de direito a um Estado;
b) inexistência de uma norma constitucional acima das demais
normas;
c) inexistência de atos jurídicos unilaterais obrigatórios, oponíveis a
toda a sociedade internacional;
d) Organizações internacionais estão no mesmo nível;
Direito Internacional Público

Conclusão:
- não existe uma norma fundamental internacional equivalente à
Constituição que existe em cada Estado.
- é guiado por milhares de tratados, com diferentes graus de
normatividade, conforme atribuição pelos Estados.
- evolui em geral pela concordância dos Estados (estes aceitam
submeter-se a determinadas regras gerais, com o objetivo de atingir
seus interesses comuns em relação aos demais membros da sociedade
internacional).
Direito Internacional Público

Ordem jurídica da Sociedade Internacional


- ordem jurídica: é um conjunto de princípios e regras destinados a reger
situações que envolvam determinados sujeitos.
- inexistência de um poder centralizador no Direito Internacional gera a
ideia de que a ordem jurídica da sociedade internacional é descentralizada,
não vai existir uma centralização de poder nem uma autoridade com o
poder de impor aos Estados as suas decisões.
- não existe ainda nenhum órgão com jurisdição geral capaz de obrigar os
Estados a decidirem de determinada maneira suas disputas.
- as relações jurídicas internacionais se desenvolvem em nível horizontal, o
que evidencia o caráter das normas de organização da sociedade
internacional.
Direito Internacional Público

Ordem jurídica da Sociedade Internacional


- a vontade e o consentimento dos Estados ainda é o motor da
sociedade internacional contemporânea.
- existe sim, um sistema de sanções, o que é visualizado na
Organização das Nações Unidas.
- existem normas de conduta interna entre os sujeitos de DIP,
compondo uma ordem jurídica, em especial depois da criação da ONU
em 1945 - existência de um sistema de normas capaz de gerenciar as
atividades da sociedade internacional.
Direito Internacional Público

PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO INTERNACIONAL


a) igualdade soberana;
b) autonomia, não ingerência nos assuntos internos dos outros
Estados;
c) interdição do recurso à força e solução pacífica de controvérsias;
d) respeito aos direitos humanos;
e) cooperação internacional.
Direito Internacional Público

a) igualdade soberana;
- pressupõe que todos os Estados são iguais perante o direito.
- legitima o respeito entre os Estados, seja qual for seu porte, cultura,
número de habitantes ou regime de governo.
- demais sujeitos de direito internacional não podem intervir sobre
ele, porém, na prática, sabe-se que a comunidade internacional,
como a comunidade de indivíduos, é composta por sujeitos muito
distintos em todas suas características, e um grupo pequeno de
Estados mais fortes exerce uma influência maior sobre todos os
demais.
Direito Internacional Público

b) autonomia, não ingerência nos assuntos internos dos outros


Estados;
- o Estado pode governar-se de acordo com seus próprios interesses.
- não interferência nos demais Estados. Primeira parte do princípio
tem como referencial o próprio Estado, e a segunda tem como
referencial os outros Estados.
- garantem ao Estado a liberdade de escolha de seu próprio destino.
Direito Internacional Público

c) interdição do recurso à força e solução pacífica de controvérsias;


- os sujeitos de direito internacional devem procurar resolver suas
diferenças pelos instrumentos pacíficos existentes.
- uso da força apenas pode ser empregado licitamente em casos de
legítima defesa ou de segurança coletiva, conforme previsto na própria
Carta da Organização das Nações Unidas (ONU).
- instrumentos de solução pacífica de conflitos multiplicaram-se,
sobretudo, nas últimas décadas, em órgãos especializados em diversos
temas: comércio, finanças, investimentos, direitos humanos, entre
outros.
Direito Internacional Público

d) respeito aos direitos humanos;


- todos os Estados devem buscar a proteção dos direitos humanos,
considerado um valor comum a todos os sistemas de direito.
- objetivo comum e um pressuposto do direito internacional para o
reconhecimento do próprio Estado.
- casos extremos, a hierarquia a favor da proteção dos direitos humanos
pode significar a desconsideração do princípio da soberania e da não
ingerência nos assuntos internos.
- admite-se que a ONU não apenas pode, mas deve enviar tropas a um
Estado e, se necessário for, retirar determinado governo do poder para
evitar graves violações aos direitos humanos.
Direito Internacional Público

e) cooperação internacional;
- os Estados devem agir em conjunto, colaborando para a busca de
objetivos comuns.
- ação em harmonia de forma a evitar conflitos e a buscar soluções
compartilhadas para os problemas comuns.

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