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Revisão AV

Criado em @5 de novembro de 2023 12:59

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Tópicos prova:
OMC,
guerras, direito internacional privado, processo civil internacional,
fontes de direito internacional
sujeitos organizações internacionais, OMC, ONU, conselho de segurança da ONU;
TPI
Resolução do conselho de segurança é de aplicação imediata, não passa pelo
congresso, da OIT também não passa.
Lei de introdução às normas do direito brasileiro
não tem questão de arbitragem
- homologação de sentença estrangeira
- nacionalidade - art. 12 da CF
- - jus solis e jus sanguíneo
- deportação, extradição, expulsão e repatriação - 13.467/17

Revisão AV 1
- 961, 962 e 963 do CPC
- TEMA 6:

1. OMC: A Organização Mundial do Comércio (OMC) é um organismo internacional


que regula o comércio global. Aplica os instrumentos jurídicos, administra os
acordos realizados entre os países-membros, controla o papel dos mesmos e
propõe-se a solucionar as controvérsias existentes entre eles (BRASIL, 2016).
Essa instituição foi criada em 1995 como um órgão substituto ao Acordo Geral de
Tarifas e Comércio (Gatt).
- São princípios da OMC o livre comércio, a concorrência transparente, o
tratamento igualitário e a redução das barreiras comerciais.
- São objetivos e funções da OMC o estabelecimento de acordos, a criação de
regras e o monitoramento de ações que promovam o livre comércio,
solucionar controvérsias entre os seus membros, sob responsabilidade do
Conselho Geral, como órgão de Solução de Controvérsias, revisar as
políticas comerciais formuladas no âmbito interno dos países-membros e
combater as práticas anticoncorrenciais.
- fontes do comércio internacional, podemos mencionar os tratados e as
convenções internacionais, os usos e costumes internacionais, as normas
positivadas, a doutrina, a jurisprudência, os princípios gerais, entre outros.
-
- Tem personalidade jurídica própria, constituída por membros e dotada de um
órgão de solução de controvérsias.

2. Guerras: Por mais que o término da guerra seja oficializado com o Tratado de Paz,
tradicionalmente, a guerra costuma encerrar com a vitória de um Estado ou de um
grupo de Estados, demarcada pela conquista dos objetivos que levaram ao seu
início, sejam eles políticos, econômicos, territoriais, entre outros.
- A legítima defesa é considerada uma exceção legítima ao princípio da proibição
da guerra ou proibição do uso da força. Porém, deve ser utilizada de forma
proporcional ao ataque recebido.
- Os feridos de guerra possuem direito à assistência médica nos hospitais de
campanha. Ainda que esteja no território alheio, se for atingido, deve receber a
assistência do país inimigo.

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3. Direito Internacional Privado:
- Convenção de Nova York foi ratificada por mais de 150 países e trata sobre o
reconhecimento e a execução das sentenças arbitrais estrangeiras.

4. Fontes do Direito Internacional público:


- A Convenção de Haia, de 18 de outubro de 1907, foi o primeiro texto internacional
a estabelecer um rol de fontes do direito internacional. Mas apenas em 1920 surgiu
o Estatuto da Corte Internacional de Justiça que, em seu art. 38, trouxe o rol mais
conhecido de fontes do DIP (tratados internacionais, costumes internacionais e
princípios gerais de direito), sendo este reconhecido até os dias atuais.
- Não existe hierarquia entre as fontes formais do DIP, com a exceção do art. 103
da Carta da ONU, que determina a primazia da referida carta em caso de conflito
de obrigações, e das normas jus cogens, que prevalecerão sobre as demais
regras e obrigações internacionais.
- O tratado é visto como o melhor mecanismo para realização de acordos entre
sujeitos de direito internacional, sendo a principal e mais concreta fonte do DIP.
- No tocante à questão da hierarquia, a doutrina majoritária acredita que
os tratados são superiores às leis internas dos países, revogando as leis
domésticas anteriores que entrem em conflito com seu texto, devendo também as
leis posteriores estarem em concordância com suas disposições.
- Os tratados podem, ainda, tornar-se normas de direito internacional geral,
ou seja, podem criar a uma normatividade geral no âmbito do DIP. Isso somente
pode ocorrer quando estiverem abertos à adesão dos Estados em geral e quando
possuírem ampla aceitação da comunidade internacional. Nesse momento, os
tratados internacionais se tornam o que parte da doutrina chama de tratados-lei ou
tratados-normativos.
- Podem ser materiais ou formais:

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5. Organizações Internacionais:
- Quem tem personalidade jurídica para celebrar tratados? Os Estados e as
Organizações Internacionais Intergovernamentais. Esta categoria inclui as Nações
Unidas (ONU) e suas agências especializadas, a União Postal Universal, a Interpol,
a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Organização Mundial das
Alfândegas (OMA), e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
- Como regra, empresas e organizações não governamentais não possuem
personalidade jurídica internacional, mas existem casos excepcionais:
a) Itaipu Binacional: Como foi criada por um ato jurídico de Direito Internacional (in
casu, Tratado de Itaipu de 1973), é uma coletividade interestatal que tem
personalidade internacional, podendo celebrar tratados de cessão de energia
elétrica com o Brasil e com o Paraguai.
b) Cruz Vermelha: Também criada por um ato jurídico internacional, manifesta sua
personalidade como observadora geral da ONU, com direito a voz (e não voto) nas
reuniões, e como fiscalizadora das Convenções de Genebra, que versam sobre
direito humanitário.
c) Santa Sé: Criada pelo Acordo de Latrão, celebrado entre Igreja Católica e o
Estado da Itália, sua personalidade jurídica internacional se manifesta pelo jus
tractum e jus legationem irrestritos, mas não conta com o jus ad bellum.
d) Ordem dos cavaleiros de Malta: O Grão-Mestre da ordem detém imunidade de
jurisdição no mesmo formato dos diplomatas, bem como o jus legationem. O jus
tractum da Ordem é limitado aos acordos de sede que realizam com os Estados,
para pactuar o recebimento e a organização da Ordem no Estado.
- A personalidade jurídica plena se exprime em três direitos: jus tractum – direito de

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celebrar tratados; jus legationem – direito a enviar e receber representação
diplomática; e jus ad bellum – direito de fazer guerra.
- A principal atribuição do Conselho de Segurança é assegurar a paz e a segurança
internacionais, para tanto, decidem – ou não – pela punição de governos que
estejam violando direitos humanos. Tais punições podem variar desde sanções
econômicas a intervenção militar. Além desta atribuição principal, o Conselho
submete relatórios anuais à Assembleia Geral da ONU, e, quando necessário,
também relatórios especiais.

6. TPI:
- É responsável por julgar crimes de guerra, crimes contra a humanidade (são atos
cometidos no quadro de um ataque, generalizado ou sistemático, contra qualquer
população civil) e genocídios. Pode ser chamada de Corte Internacional Penal.
- 123 países membros.
- Sede em Haia - Países baixos.
- Foi criado pelo Estatuto de Roma.
- O TPI é composto por quatro órgãos: Presidência, Seções Judiciais (Recursos,
Julgamento em Primeira Instância e Instrução), Promotoria e Secretariado.
- A jurisdição do TPI é, ademais, subsidiária a dos sistemas jurídicos dos Estados
Partes. Assim, com base no princípio da complementaridade, o TPI só poderá
intervir quando o Estado com jurisdição sobre o caso não estiver em condições de
investigar e eventualmente julgar o acusado, ou não revelar disposição de fazê-lo.
- Art. 6º: "Para os efeitos do presente Estatuto, entende-se por "genocídio",
qualquer um dos atos que a seguir se enumeram, praticado com intenção de
destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso,
enquanto tal: a) Homicídio de membros do grupo; b) Ofensas graves à integridade
física ou mental de membros do grupo; c) Sujeição intencional do grupo a
condições de vida com vista a provocar a sua destruição física, total ou parcial; d)
Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo; e)
Transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo".
- O Estado pode cobrir a decisão do TPI? Não. TPI, funciona como um estado, a
pena é diferente da pena no Brasil, aqui não se admite prisão perpétua, mas lá sim.
_ Se um brasileiro é condenado no TPI, pode ser aplicada a prisão perpétua, os
crimes julgados pelo TPI são imprescritíveis.
- Legitimados para denunciar ao TPI: Artigo 13 Estatuto de Roma: a) Estado
Parte denuncia ao Procurador; b) Conselho de Segurança da ONU; c)

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Procurador do Tribunal tiver dado início a um inquérito.
- Julga pessoas e não Estados.

7. LINDB:

Art. 7º - A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o


começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de
família.
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto
aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.

§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades


diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.
(Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)

§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do


matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que


tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio
conjugal.

§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante expressa


anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de
naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de
bens, respeitados os direitos de terceiros e dada esta adoção ao competente
registro. (Redação dada pela Lei nº 6.515, de 1977)

§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges forem


brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da
sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judicial por igual prazo,
caso em que a homologação produzirá efeito imediato, obedecidas as condições
estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior
Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a
requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologação
de sentenças estrangeiras de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a
produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei nº 12.036,

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de 2009)

§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende-se ao


outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou curador aos incapazes
sob sua guarda.

§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no lugar de


sua residência ou naquele em que se encontre.

Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar-


se-á a lei do país em que estiverem situados.
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, quanto aos
bens moveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se
encontre a coisa apenhada.
Obs: Bens imóveis: Local da situação. Bens móveis: domicílio do proprietário.

Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se


constituírem.
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma
essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira
quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que
residir o proponente.
ex: Empresa A celebra contrato com a Instituição B um contrato com a empresa C
com sede em Madrid. As obrigações são prestadas no Brasil. Nesse caso o
judiciário brasileiro irá julgar a causa por meio da Lei espanhola, pois o contrato foi
constituído em Madrid. No entanto, se o contrato não dispuser onde o acordo foi
instituído, a regra é que o local da constituição será a da sede do proponente.

Art. 10°. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que
domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a
situação dos bens.
§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei
brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os
represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

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§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.
Obs: Aplica-se a regra mais benéfica para os filhos.

Se ofender a soberania nacional, não tem eficácia no brasil.

Brasileiro pode casar em consulado no exterior.

Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer


outra:
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;

II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento


particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor
da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do
território nacional;
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à
partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade
estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional.

8. Homologação de decisão estrangeira:

decisão estrangeira x decisão internacional

a) Um tribunal que não é nacional; Deve ser homologada no STJ - Art. 105 CF. O
cumprimento se dá na JF - Art. 109 CF.
- Regras da Homologação - 1°) Art. 960 ao 965 do CPC;2°) LINDB - Art. 15
subsidiária ou 3°) RiSTJ subsidiária.
- A decisão precisa ser eficaz no país em que ela tenha sido proferida.
- Para a sentença ser homologada ela precisa ter conexão entre o exercício entre o
exercício da jurisdição pelo Estado brasileiro e o caso concreto a ele submetido.

b) Um tribunal que formado por vários países, cuja decisão vincula a todos os
países que fazem parte.

Convenção da Apostila:

A Apostila é um certificado de autenticidade emitido por países signatários da


Convenção da Haia, o qual é aposto a um documento público para atestar sua

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origem (assinatura, cargo de agente público, selo ou carimbo de instituição).

Obtenção de provas: O brasil não permite a produção de provas através de


representantes diplomáticos.

1. Nacionalidade: Art. 12 CF
A) Natos - Originário - Nascimento - solis ou sanguini;
B) Naturalizados - Derivada - Vontade + Trabalho, residência ou casamento.
- Jus Solis: a nacionalidade originária é obtida em virtude do território onde o
indivíduo tenha nascido – regra do solo, logo, não importa a nacionalidade dos
pais, pois o direito é concedido em razão do nascimento no território do Estado
que permita este sistema.
- Jus Sangunis: a regra de direito é pelo sangue. Assim, a nacionalidade é
atribuída em razão da ascendência, da família, pelo sangue.

-Se nascer no solo brasileiro, é brasileiro nato. Exceção: Se um dos pais


estiver a serviço de seu país.
- Se nascer no estrangeiro e for filho de Brasileiro, desde que sejam
registrados em repartição brasileira ou venham a residir no Brasil e optem,
após atingida a maioridade pela nacionalidade brasileira, será brasileiro NATO.

- Naturalizados: 4 modalidades - Art. 64 ao 72 Lei 13.445/17.


a) Ordinária: Art. 65 e 66 - Capacidade civil + comunicação em português +
residir mais de 4 anos no Brasil + não ter condenação criminal, ou estar
reabilitado. Reduz o tempo mínimo de 4 para 1 ano de residência se o
estrangeiro é casado ou tem filho brasileiro.
b) Extraordinária - Art. 12, II, b da CF - Residência de mais de 15 anos + não
ter condenação criminal.
c) Especial
d) Provisória

Se originário de países de língua portuguesa, é exigido apenas residência por


um ano ininterrupto e idoneidade moral.

Cargos privativos de Brasileiros natos MP3.Com

§4° Perda da nacionalidade do brasileiro: § 4º - Será declarada a perda da


nacionalidade do brasileiro que:

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I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
fraude relacionada ao processo de naturalização ou de atentado contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 131, de 2023)

II - fizer pedido expresso de perda da nacionalidade brasileira perante


autoridade brasileira competente, ressalvadas situações que acarretem apatridi

9. Lei de Migração: Consulte aqui

Art. 3° - Princípios:

I - universalidade, indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos;

II - repúdio e prevenção à xenofobia, ao racismo e a quaisquer formas de


discriminação;
III - não criminalização da migração;

IV - não discriminação em razão dos critérios ou dos procedimentos pelos quais a


pessoa foi admitida em território nacional;
V - promoção de entrada regular e de regularização documental;

VI - acolhida humanitária;
VII - desenvolvimento econômico, turístico, social, cultural, esportivo, científico e
tecnológico do Brasil;

VIII - garantia do direito à reunião familiar;


IX - igualdade de tratamento e de oportunidade ao migrante e a seus familiares;
X - inclusão social, laboral e produtiva do migrante por meio de políticas públicas;

XI - acesso igualitário e livre do migrante a serviços, programas e benefícios sociais,


bens públicos, educação, assistência jurídica integral pública, trabalho, moradia,
serviço bancário e seguridade social;

XII - promoção e difusão de direitos, liberdades, garantias e obrigações do migrante;


XIII - diálogo social na formulação, na execução e na avaliação de políticas migratórias
e promoção da participação cidadã do migrante;

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XIV - fortalecimento da integração econômica, política, social e cultural dos povos da
América Latina, mediante constituição de espaços de cidadania e de livre circulação de
pessoas;

XV - cooperação internacional com Estados de origem, de trânsito e de destino de


movimentos migratórios, a fim de garantir efetiva proteção aos direitos humanos do
migrante;

XVI - integração e desenvolvimento das regiões de fronteira e articulação de políticas


públicas regionais capazes de garantir efetividade aos direitos do residente fronteiriço;
XVII - proteção integral e atenção ao superior interesse da criança e do adolescente
migrante;
XVIII - observância ao disposto em tratado;
XIX - proteção ao brasileiro no exterior;

XX - migração e desenvolvimento humano no local de origem, como direitos


inalienáveis de todas as pessoas;
XXI - promoção do reconhecimento acadêmico e do exercício profissional no Brasil,
nos termos da lei; e
XXII - repúdio a práticas de expulsão ou de deportação coletivas.

Art. 4° - Direitos: Ao migrante é garantida no território nacional, em condição de


igualdade com os nacionais, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, bem como são assegurados:

I - direitos e liberdades civis, sociais, culturais e econômicos;

II - direito à liberdade de circulação em território nacional;


III - direito à reunião familiar do migrante com seu cônjuge ou companheiro e seus
filhos, familiares e dependentes;

IV - medidas de proteção a vítimas e testemunhas de crimes e de violações de direitos;


V - direito de transferir recursos decorrentes de sua renda e economias pessoais a
outro país, observada a legislação aplicável;

VI - direito de reunião para fins pacíficos;


VII - direito de associação, inclusive sindical, para fins lícitos;

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VIII - acesso a serviços públicos de saúde e de assistência social e à previdência
social, nos termos da lei, sem discriminação em razão da nacionalidade e da condição
migratória;
IX - amplo acesso à justiça e à assistência jurídica integral gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos;

X - direito à educação pública, vedada a discriminação em razão da nacionalidade e da


condição migratória;
XI - garantia de cumprimento de obrigações legais e contratuais trabalhistas e de
aplicação das normas de proteção ao trabalhador, sem discriminação em razão da
nacionalidade e da condição migratória;
XII - isenção das taxas de que trata esta Lei, mediante declaração de hipossuficiência
econômica, na forma de regulamento;

XIII - direito de acesso à informação e garantia de confidencialidade quanto aos dados


pessoais do migrante, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 ;

XIV - direito a abertura de conta bancária;


XV - direito de sair, de permanecer e de reingressar em território nacional, mesmo
enquanto pendente pedido de autorização de residência, de prorrogação de estada ou
de transformação de visto em autorização de residência; e

XVI - direito do imigrante de ser informado sobre as garantias que lhe são asseguradas
para fins de regularização migratória.

Documentos de Viagem: Art. 5° - São documentos de viagem:


I - passaporte;

II - laissez-passer ;
III - autorização de retorno;

IV - salvo-conduto;
V - carteira de identidade de marítimo;
VI - carteira de matrícula consular;

VII - documento de identidade civil ou documento estrangeiro equivalente, quando


admitidos em tratado;
VIII - certificado de membro de tripulação de transporte aéreo; e

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IX - outros que vierem a ser reconhecidos pelo Estado brasileiro em regulamento.

Condição jurídica do migrante visitante:


a) Imigrante: pessoa nacional de outro país que trabalha ou reside e se estabelece
temporária ou def. no Brasil.
b) Emigrante: Brasileiro que se estabelece temporária ou def. no exterior.
c) Residente fronteiriço: pessoa de país limítrofe ou apátrida que conserva a sua
residência habitual em município fronteiriço de país vizinho.
d) Apátrida: pessoa que não seja considerada nacional por nenhum Estado,
segundo a sua legislação.

Tipos de visto - Art 12, 13 e 14


Art. 12. Ao solicitante que pretenda ingressar ou permanecer em território nacional
poderá ser concedido visto:

I - de visita;
II - temporário;

III - diplomático;
IV - oficial;
V - de cortesia.

a) de visita:
Art. 13. O visto de visita poderá ser concedido ao visitante que venha ao Brasil para
estada de curta duração, sem intenção de estabelecer residência, nos seguintes
casos:

I - turismo;
II - negócios;
III - trânsito;
IV - atividades artísticas ou desportivas; e
V - outras hipóteses definidas em regulamento.
§ 1º É vedado ao beneficiário de visto de visita exercer atividade remunerada no
Brasil.
§ 2º O beneficiário de visto de visita poderá receber pagamento do governo, de
empregador brasileiro ou de entidade privada a título de diária, ajuda de custo,

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cachê, pró-labore ou outras despesas com a viagem, bem como concorrer a
prêmios, inclusive em dinheiro, em competições desportivas ou em concursos
artísticos ou culturais.
§ 3º O visto de visita não será exigido em caso de escala ou conexão em
território nacional, desde que o visitante não deixe a área de trânsito
internacional.

b) Temporário:
Art. 14. O visto temporário poderá ser concedido ao imigrante que venha ao Brasil
com o intuito de estabelecer residência por tempo determinado e que se enquadre
em pelo menos uma das seguintes hipóteses:
I - o visto temporário tenha como finalidade:

a) pesquisa, ensino ou extensão acadêmica;


b) tratamento de saúde;
c) acolhida humanitária;
d) estudo;
e) trabalho;
f) férias-trabalho;

g) prática de atividade religiosa ou serviço voluntário;


h) realização de investimento ou de atividade com relevância econômica, social,
científica, tecnológica ou cultural;
i) reunião familiar;
j) atividades artísticas ou desportivas com contrato por prazo determinado;

II - o imigrante seja beneficiário de tratado em matéria de vistos;


III - outras hipóteses definidas em regulamento.
§ 1º O visto temporário para pesquisa, ensino ou extensão acadêmica poderá ser
concedido ao imigrante com ou sem vínculo empregatício com a instituição de
pesquisa ou de ensino brasileira, exigida, na hipótese de vínculo, a comprovação
de formação superior compatível ou equivalente reconhecimento científico.

§ 2º O visto temporário para tratamento de saúde poderá ser concedido ao


imigrante e a seu acompanhante, desde que o imigrante comprove possuir meios

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de subsistência suficientes.
§ 3º O visto temporário para acolhida humanitária poderá ser concedido ao apátrida
ou ao nacional de qualquer país em situação de grave ou iminente instabilidade
institucional, de conflito armado, de calamidade de grande proporção, de desastre
ambiental ou de grave violação de direitos humanos ou de direito internacional
humanitário, ou em outras hipóteses, na forma de regulamento.
§ 4º O visto temporário para estudo poderá ser concedido ao imigrante que
pretenda vir ao Brasil para frequentar curso regular ou realizar estágio ou
intercâmbio de estudo ou de pesquisa.
§ 5º Observadas as hipóteses previstas em regulamento, o visto temporário para
trabalho poderá ser concedido ao imigrante que venha exercer atividade laboral,
com ou sem vínculo empregatício no Brasil, desde que comprove oferta de
trabalho formalizada por pessoa jurídica em atividade no País, dispensada
esta exigência se o imigrante comprovar titulação em curso de ensino
superior ou equivalente.
§ 6º O visto temporário para férias-trabalho poderá ser concedido ao imigrante
maior de 16 (dezesseis) anos que seja nacional de país que conceda idêntico
benefício ao nacional brasileiro, em termos definidos por comunicação diplomática.

§ 7º Não se exigirá do marítimo que ingressar no Brasil em viagem de longo curso


ou em cruzeiros marítimos pela costa brasileira o visto temporário de que trata a
alínea “e” do inciso I do caput , bastando a apresentação da carteira internacional
de marítimo, nos termos de regulamento.
§ 8º É reconhecida ao imigrante a quem se tenha concedido visto temporário para
trabalho a possibilidade de modificação do local de exercício de sua atividade
laboral.
§ 9º O visto para realização de investimento poderá ser concedido ao imigrante que
aporte recursos em projeto com potencial para geração de empregos ou de renda
no País;

10. Repatriação - é uma forma de retirada compulsória de estrangeiros.


- Art. 49 da Lei 13.445;

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- O impedimento ocorre no momento da entrada do estrangeiro no Brasil.
- Não tem documentação mínima para entrar no país;

11. Deportação - Art. 50 ao 53


- Não há discussão quanto à crime;
- É uma irregularidade administrativa;
- é uma medida decorrente de procedimento adm;
- O estrangeiro é notificado para realizar a regularização de sua situação no
prazo não inferior à 60 dias, que pode ser prorrogado em igual período, desde
que mantenha atualizado suas informações de moradia.
- Vencido o prazo, será realizada a deportação.
- Deve respeitar o contraditório e ampla defesa;
- Recuso com efeito suspensivo;
- Apátrida: autorização da autoridade competente;
- Não será admitida se a extradição não for admitida anteriormente.
- Não é cabível asilo diplomático em consulado.

12. Asilo Territorial:

Ocorre quando um indivíduo perseguido em um dado país foge


conseguindo chegar no território do Estado onde busca asilo;

Segundo a Corte IDH, tem previsão e proteção na própria CADH, no art.


22.7.

Tendo previsão na CADH, possui força obrigatória.

Asilo Diplomático:

Ocorre quando um indivíduo perseguido em um dado país foge, mas não


consegue transpor as fronteiras do país onde sofre a perseguição,
conseguindo, todavia, chegar em um logradouro (embaixada, consulado,
navio, aeronave militar etc.) pertencente ao Estado onde busca asilo,
mesmo que ainda no território físico do Estado onde sofre perseguição;

Segundo a Corte IDH, não tem previsão na CADH, sendo apenas um


costume regional latino-americano;

Não tendo previsão na CADH, segundo a própria Corte IDH, não teria
caráter obrigatório, salvo se houver previsão na legislação interna.

Revisão AV 16
13. Expulsão - Art. 54 ao 60.
- É a retirada compulsória + impedimento de reingresso por prazo determinado;
- crime cometido no BRASIL;
- Ocorre com a condenação em sentença transitada em julgado relativa à
prática de crime comum doloso, ou aqueles julgados pelo TPI com pena
privativa de liberdade;
- impedimentos da expulsão: extradição indeferida/indireta, se tiver filhosob sua
guarda ou dep. econ. ou socioafetiva, ou sob tutela, se tiver conjuge no br, tiver
mais de 70 anos e viver no br por mais de 10;
- garantido contraditório e ampla defesa;
- A existência de processo de expulsão n impede a saída voluntária no país.

14. Extradição - Art 81 a 99 - é um instrumento de cooperação penal internacional.


- Pode ser instrutória (realizada na instrução do processo) ou executória
(executar a pena).
- pode ser passiva ou ativa.
- Limitações: Br não extradita brasileiro nato ou naturalizado. exceção: crime
comum antes da naturalização ou tráfico de drogas à qualquer tempo.
- Não se concederá a extradição se o fato não for crime no Br ou no Estado
competente, se for crime político ou de opinião e etc.
- Prisão cautelar - art. 84;

Revisão AV 17

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