POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO
SOLDADO DE 2ª CLASSE – POLÍCIA MILITAR COMBATENTE
SOLDADO DE 2ª CLASSE
Nome do Candidato
Composição do Caderno
Língua Portuguesa
Realidade Étnica, Social,
Histórica, Geográfica, Cultural,
11 a 15
Política e Econômica do Estado
de Goiás
�ap sea
Noções de Direito Penal
Noções de Direito Constitucional 21 a 26
Ba
Noções de Direito
lic
Processual Penal
Noções de Direito Administrativo 32 a 37
Noções de Direito Penal Militar
Noções de Direito Processual
Penal Militar
Legislação Extravagante
Fraudar ou tentar fraudar Concursos Públicos é Crime!
Previsto no art. 311 - A do Código Penal
a
OC rov
a A de p
Inscrição
P
Instruções
ato
1. Confira seu nome, o número do seu documento e o número
de sua inscrição na Folha de Respostas. Além disso, não se
esqueça de conferir seu Caderno de Questões quanto a falhas
de impressão e de numeração. Preencha os campos destina-
rm
dos à assinatura e ao número de inscrição. Qualquer divergên-
nc
cia, comunique ao fiscal.
a p no fo
2. O único documento válido para avaliação é a Folha de Respos-
ba
tas. Só é permitido o uso de caneta esferográfica transparente
01 a 10 de cor azul ou preta para o preenchimento da Folha de Respos-
tas, que deve ser preenchida da seguinte maneira:
ela
3. O prazo de realização da prova é de 4 (quatro) horas, incluindo
do
a marcação da Folha de Respostas. Após 60 (sessenta) minu-
tos do início da prova, o candidato estará liberado para utilizar
o sanitário ou deixar definitivamente o local de aplicação, não
16 a 20 podendo, no entanto, levar o Caderno de Questões e nenhum
tipo de anotação de suas respostas.
ad
4. Ao término de sua prova, comunique ao fiscal, devolvendo-lhe
a Folha de Respostas devidamente preenchida e assinada.
27 a 31
O candidato poderá levar consigo o Caderno de Questões
somente se aguardar em sala até o término do prazo de reali-
zação da prova estabelecido em edital.
38 a 41 5. Os 3 (três) últimos candidatos só poderão retirar-se da sala
juntos, após assinatura do Termo de Fechamento do envelope
de retorno.
42 a 46
6. As provas e os gabaritos preliminares estarão disponíveis
47 a 50 no site do Instituto AOCP - www.institutoaocp.org.br, no dia
posterior à aplicação da prova.
7. O NÃO cumprimento a qualquer uma das determinações cons-
tantes em Edital, no presente Caderno ou na Folha de Respos-
tas incorrerá na eliminação do candidato.
 FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!

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a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe
apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito.
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ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta
em caso de respostas erradas.
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marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É
preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão
com respostas em branco.
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 Conhecimentos Básicos
Língua Portuguesa
Fidelis Almeida
Texto para responder às questões de números
1 a 9.
1
Pesquisa realizada em conjunto pela The
Australian National University (Austrália), e
a University of Waterloo (Canadá), levanta
dúvidas sobre a eficácia do uso de câmeras
5 corporais na prevenção da violência policial.
O time de pesquisadoras analisou estudos de
diversos locais do mundo e identificou incon-
sistências entre os dados que comprovam os
benefícios do equipamento.
10
“As pesquisas da eficácia das câmeras
corporais tendem a usar métodos de avalia-
ção que se concentram apenas na interação
entre o policial e o cidadão”, destaca em co-
municado para imprensa a professora Kathryn
15 Henne, uma das autoras do estudo. Segundo
ela, os métodos de pesquisa que investigam
a eficiência das câmeras corporais como uma
ferramenta policial para melhorar a transpa-
rência e a responsabilidade são limitados e
20 muitas vezes não capturam o contexto das
filmagens ou como as imagens foram usadas.

A pesquisadora ressalta que os estudos
analisados também não costumam consultar
1. No texto, discorre-se acerca de pesqui-
as comunidades que experimentam taxas
25 desproporcionalmente mais altas de violên-
cia policial.

“Nos Estados Unidos e em outros lugares,
(A) A pesquisa realizada desaprovada, a partir
vimos casos de aumento da capacidade de
vigilância policial sendo usada para atingir
30 comunidades negras, indígenas e imigrantes.
(B) As filmagens captadas pelas câmeras insta-
Apresentar as câmeras corporais como uma
resposta neutra à má conduta policial nega
muitas outras maneiras que as tecnologias de
vigilância podem ser usadas ", aponta a co-
35 autora do estudo, Krystle Shore, da University
(C) A ação política nos EUA de instalar câmeras
of Waterloo.

Para as pesquisadoras, não é possível as-
sumir que as câmeras corporais são a solução
para o combate a casos de abusos policiais
40 e é preciso tomar cuidado para não induzir
(D) Cabe à comunidade tomar as decisões sobre
gestores públicos neste sentido. “Não quere-
mos levar os formuladores de políticas para
(E) A interação entre policial e cidadão é o es-
o caminho errado, sugerindo que as câmeras
corporais são suficientes quando, na verdade,
45 precisamos olhar para reformas mais amplas
SOLDADO DE 2ª CLASSE
que abordem a desigualdade sistêmica e in-
cluam respostas lideradas pela comunidade”,
conclui Henne.

Em 2020, o americano George Floyd foi
50 sufocado até a morte pela polícia, gerando
uma onda de protestos globais contra o racis-
mo e a violência policial. Neste caso, as evi-
dências gravadas por câmeras corporais de
alguns dos policiais envolvidos foram usadas
55 no julgamento de Derek Chauvin e mostram
cenas chocantes de Floyd implorando pela
vida e de testemunhas buscando alertar os po-
liciais sobre o excesso de violência. A câmera
de Chauvin, condenado pelo assassinato, caiu
60 no chão enquanto a prisão se desenrolava e,
portanto, não fez imagens do incidente.

De acordo com a professora Henne, o
caso George Floyd é um lembrete da "neces-
sidade urgente" de se pensar no uso correto
65 das câmeras corporais. “Em Minnesota e em
todos os EUA exigiram uma reforma institucio-
nal e estrutural do sistema”, disse ela.“Para fa-
zer isso, temos que conversar e trabalhar com
as comunidades. A maior parte das pesquisas
70 que analisamos está fazendo o oposto e não
deve ser usada por conta própria para justi-
ficar essas medidas de reforma”, completou.
Disponível em:https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Comporta-
mento/noticia/2021/08/cameras-corporais-nao-sao-suficientes-para-pre-
venir-violencia-policial.html. Texto adaptado.
sas que apontam os benefícios do uso de
câmeras no uniforme dos policiais duran-
te seu trabalho. Somente é correto inferir:
de suas conclusões, o uso de câmeras em
uniformes policiais durante sua atividade.
ladas nos uniformes policiais podem ser ana-
lisadas isoladamente, desconsiderando-se
o contexto em que foram realizadas, o que
pode prejudicar uma investigação policial.
nos uniformes dos policiais foi tendenciosa,
porque majoritariamente esse equipamento
foi empregado na vigilância de comunidades
negras, indígenas e imigrantes.
a gestão de políticas de segurança pública.
sencial a ser analisado no momento de uma
investigação criminal.
3
2. Assinale a alternativa em que a reescrita
não preserva o sentido original do frag-
mento textual.
(A) “Pesquisa realizada em conjunto pela The
Australian National University (Austrália), e
a University of Waterloo (Canadá), levanta
dúvidas sobre a eficácia do uso de câmeras
corporais na prevenção da violência policial.”
(l.1-5) – Pesquisa realizada conjuntamen-
te pela The Australian National University
(Austrália), e a University of Waterloo (Ca-
nadá), suscita dúvidas acerca da eficácia do
emprego de câmeras corporais na preven-
ção da violência policial.
(B) “Segundo ela, os métodos de pesquisa que
investigam a eficiência das câmeras corpo-
rais como uma ferramenta policial para me-
lhorar a transparência e a responsabilidade
são limitados e muitas vezes não capturam o
contexto das filmagens ou como as imagens
foram usadas.” (l.15-21) – Conforme ela, os
métodos de pesquisa que estudam a eficiên-
cia das câmeras corporais como um instru-
mento policial para otimizar a transparência
e a responsabilidade são limitados e muitas
vezes não capturam o contexto das filma-
gens ou como as imagens foram usadas.
(C) “A pesquisadora ressalta que os estudos
analisados também não costumam con-
sultar as comunidades que experimentam
taxas desproporcionalmente mais altas de
violência policial.” (l.22-26) – A pesquisadora
destaca que os estudos analisados também
não possuem o hábito de consultar as comu-
nidades que vivenciam taxas desproporcio-
nalmente mais altas de violência policial.
(D) “Para as pesquisadoras, não é possível as-
sumir que as câmeras corporais são a so-
lução para o combate a casos de abusos
policiais e é preciso tomar cuidado para não
induzir gestores públicos neste sentido.”
(l.37-41) – Na opinião das pesquisadoras, é
impossível assumir que as câmeras corpo-
rais são a resposta para o combate a casos
de abusos policiais e é necessário tomar
precaução para não encaminhar gestores
públicos neste sentido.
(E) “‘Para fazer isso, temos que conversar e tra-
balhar com as comunidades. A maior parte
das pesquisas que analisamos está fazen-
do o oposto e não deve ser usada por conta
SOLDADO DE 2ª CLASSE
própria para justificar essas medidas de re-
forma’...” (l.67-72) – Para fazer isso, temos
que conversar e trabalhar em conjunto com
as comunidades. A maior parte das pesqui-
sas que estudamos está fazendo o contrário
e não deve ser usada por conta própria para
explicar essas medidas de reforma
3. Dentre os trechos a seguir, o único
que não contém relação de causa-con-
sequência é:
(A) “O time de pesquisadoras analisou estudos
de diversos locais do mundo e identificou in-
consistências entre os dados que compro-
vam os benefícios do equipamento.” (l.6-9)
(B) “A pesquisadora ressalta que os estudos
analisados também não costumam con-
sultar as comunidades que experimentam
taxas desproporcionalmente mais altas de
violência policial.” (l.22-26)
(C) “‘Apresentar as câmeras corporais como
uma resposta neutra à má conduta poli-
cial nega muitas outras maneiras que as
tecnologias de vigilância podem ser usa-
das’...” (l.31-34)
(D) “Em 2020, o americano George Floyd foi
sufocado até a morte pela polícia, gerando
uma onda de protestos globais contra o ra-
cismo e a violência policial.” (l.49-52)
(E) “A câmera de Chauvin, condenado pelo as-
sassinato, caiu no chão enquanto a prisão
se desenrolava e, portanto, não fez imagens
do incidente.” (l.58-61)
4. A função da linguagem predominante
no texto é a
(A) argumentativa.
(B) referencial.
(C) conativa.
(D) expositiva.
(E) impessoal.
5. Não constitui recurso coesivo emprega-
do no texto:
(A) A expressão “o equipamento” (l.9)
(B) A expressão “uma das autoras do es-
tudo” (l.15)
(C) A supressão do sujeito de “capturam” (l.20)
(D) O pronome relativo “que” (l.24)
(E) O nome “George Floyd” (l.49)
4
6. Entre os vocábulos a seguir, o único que
não foi empregado em seu sentido literal
no texto é:
(A) “estudos” (l.22)
(B) “violência” (l.25-26)
(C) “caminho” (l.43)
(D) “morte” (l.50)
(E) “incidente” (l.61)
7. Dentre as frases seguintes, aquela que
indica a ideia principal do texto é:
(A) Os estudos sobre a eficácia das câmeras
acopladas ao uniforme de policiais possuem
inconsistências.
(B) As filmagens feitas pelas câmeras nos uni-
formes policiais desconsideram o contexto
em que foram realizadas.
(C) As comunidades que sofrem altas taxas
de violência não são consideradas no mo-
mento de decidir alguma política pública
de segurança.
(D) As câmeras em uniformes policiais não re-
solvem adequadamente a violência policial
em abordagens a pessoas.
(E) A solução para o problema dos abusos po-
liciais não se limita a câmeras acopladas a
seus uniformes.
8. Em qual dos trechos a seguir não há uma
ideia que contraria a supos- ta eficiência
das câmeras corporais no combate ao
abuso de força policial?
(A) “O time de pesquisadoras analisou estudos
de diversos locais do mundo e identificou in-
consistências entre os dados que compro-
vam os benefícios do equipamento.” (l.6-9)
(B) “‘As pesquisas da eficácia das câmeras cor-
porais tendem a usar métodos de avaliação
que se concentram apenas na interação en-
tre o policial e o cidadão’...” (l.10-13)
(C) “Segundo ela, os métodos de pesquisa que
investigam a eficiência das câmeras corpo-
rais como uma ferramenta policial para me-
lhorar a transparência e a responsabilidade
são limitados e muitas vezes não capturam
o contexto das filmagens ou como as ima-
gens foram usadas.” (l.15-21)
(D) “Neste caso, as evidências gravadas por
câmeras corporais de alguns dos policiais
envolvidos foram usadas no julgamento de
Derek Chauvin e mostram cenas chocantes
SOLDADO DE 2ª CLASSE
de Floyd implorando pela vida e de testemu-
nhas buscando alertar os policiais sobre o
excesso de violência.” (l.52-58)
(E) “A câmera de Chauvin, condenado pelo as-
sassinato, caiu no chão enquanto a prisão
se desenrolava e, portanto, não fez imagens
do incidente.” (l.58-61)
9. Dos trechos seguintes, assinale o que
fere a norma gramatical:
(A) “Pesquisa realizada em conjunto pela The
Australian National University (Austrália), e
a University of Waterloo (Canadá), levanta
dúvidas sobre a eficácia do uso de câmeras
corporais na prevenção da violência poli-
cial.” (l.1-5)
(B) “A pesquisadora ressalta que os estudos
analisados também não costumam con-
sultar as comunidades que experimentam
taxas desproporcionalmente mais altas de
violência policial.” (l.22-26)
(C) “Para as pesquisadoras, não é possível as-
sumir que as câmeras corporais são a so-
lução para o combate a casos de abusos
policiais e é preciso tomar cuidado para
não induzir gestores públicos neste senti-
do.” (l.37-41)
(D) “De acordo com a professora Henne, o caso
George Floyd é um lembrete da ‘necessida-
de urgente’ de se pensar no uso correto das
câmeras corporais.” (l.62-65)
(E) “‘A maior parte das pesquisas que analisa-
mos está fazendo o oposto e não deve ser
usada por conta própria para justificar essas
medidas de reforma”, completou.” (l.69-72)
10. Das frases seguintes, qual não possui
dupla possibilidade de interpretação?
(A) O professor sentou na cadeira e quebrou o
seu braço.
(B) Os manifestantes destruíram todos os ban-
cos da cidade.
(C) O cliente pediu um prato ao garçom.
(D) O navegador comprou muitas velas para
usar durante a travessia do oceano.
(E) Os caminhos para a cidade ainda estavam
todos bloqueados ontem à noite.
5
 Realidade Étnica, Social, Histórica,
Geográfica, Cultural, Política e Econômica
do Estado de Goiás
Rebecca Guimarães
11. Uma grande diversidade de segmentos
compõe a economia de Goiás. Nos últi-
mos anos, as áreas que têm impulsiona-
do o setor industrial são as produções
sucroalcooleira e automotiva. A indús-
tria tem ganhado mais espaço no Es-
tado devido:
(A) aos incentivos tributários e fiscais concedi-
dos nas últimas décadas.
(B) à localização privilegiada do estado dentro
do território nacional e à exploração de algu-
mas matérias-primas.
(C) a fatores locacionais, como disponibilidade
de mão de obra altamente qualificada e ele-
vado mercado consumidor.
(D) à melhor distribuição de renda entre as mi-
crorregiões do estado.
(E) à existência de portos secos e molhados
no estado.
12. Oito anos após a formação de um Brasil
independente, em 1830, o intelectual e
comerciante de Goiás, Joaquim Alves de
Oliveira, financiou a compra de um ma-
quinário tipográfico importado da Ingla-
terra com o objetivo de levar para antigo
Arraial de Minas de Nossa Senhora do
Rosário de Meia Ponte (atual Cidade de
Pirenópolis) o primeiro jornal de todo o
Centro-Oeste brasileiro, sendo ele:
(A) Correio Goiano.
(B) Bandeira de Goiás.
(C) Matutina Meiapontense.
(D) O Popular.
(E) Folha de Goiás.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
13. A única pessoa nascida em Goiás a inte-
grar a Academia Brasileira de Letras foi
poeta e romancista. Publicou seis obras.
Seu livro “O tronco” foi levado às telas ci-
nematográficas. Recebeu vários prêmios
literários; dentre eles, o Prêmio Afonso
Arinos, da Academia Brasileira de Letras,
pelo seu “Caminhos e descaminhos”.
O texto acima se refere a(à):
(A) Cora Coralina.
(B) Hugo de Carvalho Ramos.
(C) Leodegária de Jesus.
(D) Bernardo Élis.
(E) José Godoy Garcia.
14. Analisando os aspectos físicos do territó-
rio goiano, é correto afirmar que:
(A) o clima goiano é preponderantemente tropi-
cal semiárido, com duas estações sutilmen-
te diferenciadas: o verão seco e o inverno
úmido, com temperaturas médias anuais em
torno de 26 ºC.
(B) o estado de Goiás possui uma rede hidro-
gráfica constituída por um conjunto de rios
que drenam o território goiano formando
suas bacias hidrográficas. Esses rios, além
de constituírem fontes de recursos hídricos
para o abastecimento doméstico e industrial,
muitas vezes servem ao papel político. Um
exemplo é o rio Araguaia, com suas nascen-
tes no sudoeste goiano, que se constitui o
principal divisor geográfico entre Goiás e
Mato Grosso.
(C) apenas dois pontos do território goiano ultra-
passam os dois mil metros de altitude: Pou-
so Alto e a Serra dos Pirineus, ambos são
resultado da antiguidade de formação e da
ação de agentes erosivos externos.
(D) Serra Dourada é o nome de uma formação
de relevo planáltico, de formação antiga, in-
tensamente desgastada pelo processo de
erosão, situada na porção leste de Goiás,
constituindo-se parte da divisa desse estado
com a Bahia.
(E) o Parque Estadual de Terra Ronca abriga a
mais extensa caverna do país, a Gruta de
São Mateus.
6
15. O Monumento às Três Raças, cujo nome
oficial é Monumento à Goiânia, é uma
escultura localizada no centro da Praça
Cívica Doutor Pedro Ludovico Teixeira,
atração turística do Setor Central de Goi-
ânia, no estado de Goiás, no Brasil. Es-
culpido em bronze e granito por:
(A) Victor Brecheret.
(B) Alfredo Chesquiatti.
(C) Maria Martins.
(D) Neusa Morais.
(E) Julieta de França.
Conhecimentos Específicos
Noções de Direito Penal
Érico Palazzo
16. Segundo o Código Penal Brasileiro, al-
guns crimes se sujeitam à lei brasileira,
independentemente do local onde tenha
sido praticado. A respeito desse tema,
assinale a alternativa que não apresen-
ta uma hipótese de extraterritorialidade
incondicionada.
(A) Crimes contra a vida ou a liberdade do Pre-
sidente da República.
(B) Crimes que, por tratado ou convenção, o
Brasil se obrigou a reprimir.
(C) Crimes contra o patrimônio ou a fé pública
da União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público.
(D) Crimes contra a administração pública, por
quem está a seu serviço.
(E) Crimes de genocídio, quando o agente for
brasileiro ou domiciliado no Brasil.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
17. Aristóteles resolve matar o seu desafe-
to, Platão. Quando este estava saindo de
casa para trabalhar, Aristóteles efetuou
todos os disparos possíveis e foi embora,
acreditando que havia conseguido reali-
zar o seu intento. Entretanto, uma pessoa
que passava pelo mesmo local socorreu
Platão e o levou para o hospital. Após a
realização de algumas cirurgias, Platão
sobreviveu com lesões corporais graves.
Com base no caso hipotético narrado, as-
sinale a alternativa correta.
(A) Aristóteles responderá por homicídio sim-
ples consumado.
(B) Aristóteles responderá por lesão cor-
poral grave.
(C) Aristóteles responderá por homicídio tenta-
do, devendo sua pena ser diminuída de um
a dois terços.
(D) Aristóteles não responderá por crime algum.
(E) Aristóteles responderá por homicídio qualifi-
cado consumado.
18. Com a entrada em vigor da Lei n.
13.964/2019 (Pacote Anticrime), a ação
penal no crime de Estelionato passou a
ser, como regra, pública condicionada à
representação do ofendido. Entretanto,
há casos em que a ação penal será públi-
ca incondicionada.
São hipóteses de ação penal públi-
ca incondicionada o estelionato prati-
cado contra:
( )

a Administração Pública, direta ou indireta.

( ) criança ou adolescente.

( ) pessoa com deficiência mental.

( ) pessoa com mais de 60 anos ou incapaz.
(A) V - F - V - F.
(B) F - F - V - V.
(C) V - V - F - F.
(D) V - V - V - F.
(E) F - V - F - V.
7
19. Fagundes, Policial Militar do Estado de
Goiás, durante o seu expediente, estacio-
na a viatura em frente a uma lanchonete.
Ele sai do carro para comprar um donuts.
Entretanto, esquece-o aberto. Mévio, per-
cebendo a distração do policial, entra no
veículo e desaparece.
Com base no caso hipotético narrado, as-
sinale a alternativa correta.
(A) Mévio responde por roubo, e Fagundes, por
peculato-furto.
(B) Mévio responde por roubo, e Fagundes, por
peculato-apropriação.
(C) Mévio responde por furto, e Fagundes, por
peculato-furto.
(D) Mévio responde por furto, e Fagundes, por
peculato culposo, sendo possível que a sua
punibilidade seja extinta.
(E) Mévio responde por furto, e Fagundes, por
peculato culposo, não sendo possível a ex-
tinção da punibilidade.
20. Moacir, por meio de denúncia anônima,
informou ao Ministério Público que o Po-
licial Militar Jones praticou ato de impro-
bidade administrativa, mesmo sabendo
de sua inocência. O Parquet resolve, en-
tão, instaurar um inquérito civil, a fim de
apurar o fato narrado.
Com base no exposto, Moacir:
(A) deve responder por comunicação fal-
sa de crime.
(B) não deve responder por crime algum.
(C) deve responder por condescendência
criminosa.
(D) deve responder por denunciação calunio-
sa majorada.
(E) deve responder por denunciação caluniosa,
em sua forma simples.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
Noções de Direito Constitucional
Ricardo Blanco
21. A República Federativa do Brasil, forma-
da pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, consti-
tui-se em Estado Democrático de Direito
e tem como fundamentos, exceto:
(A) a soberania.
(B) a cidadania.
(C) a dignidade da pessoa humana.
(D) os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa.
(E) a erradicação da pobreza.
22. Assinale a opção incorreta em relação
aos direitos individuais
(A) São invioláveis a intimidade, a vida privada,
a honra e a imagem das pessoas, assegura-
do o direito a indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação.
(B) A casa é asilo inviolável do indivíduo, nin-
guém nela podendo penetrar sem consen-
timento do morador, salvo em caso de fla-
grante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determina-
ção judicial.
(C) É inviolável o sigilo da correspondência e
das comunicações telegráficas, de dados
e das comunicações telefônicas, salvo, no
primeiro caso, por ordem judicial, nas hipó-
teses e na forma que a lei estabelecer para
fins de investigação criminal ou instrução
processual penal.
(D) É livre o exercício de qualquer trabalho, ofí-
cio ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer.
(E) É assegurado a todos o acesso à informa-
ção e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional.
8
23. Assinale a opção incorreta em relação à
nacionalidade.
(A) São brasileiros naturalizados os nascidos na
República Federativa do Brasil, ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país.
(B) São brasileiros natos os nascidos no estran-
geiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que qualquer deles esteja a serviço
da República Federativa do Brasil.
(C) São brasileiros natos os nascidos no estran-
geiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir
na República Federativa do Brasil e optem,
em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.
(D) São brasileiros naturalizados os que, na for-
ma da lei, adquiram a nacionalidade brasi-
leira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um
ano ininterrupto e idoneidade moral.
(E) São brasileiros naturalizados os estrangei-
ros de qualquer nacionalidade, residentes
na República Federativa do Brasil há mais
de quinze anos ininterruptos e sem conde-
nação penal, desde que requeiram a nacio-
nalidade brasileira.
24. Assinale a opção incorreta em relação à
Administração Pública.
(A) A investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomea-
ção e exoneração.
(B) O prazo de validade do concurso público
será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período.
(C) Durante o prazo prorrogável previsto no
edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e
títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira.
(D) As funções de confiança, exercidas exclusi-
vamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem
SOLDADO DE 2ª CLASSE
preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos pre-
vistos em lei, destinam-se apenas às atribui-
ções de direção, chefia e assessoramento.
(E) É garantido ao servidor público civil o direito
à livre associação sindical.
25. Assinale a opção incorreta em relação à
Administração Pública.
(A) O direito de greve será exercido nos termos
e nos limites definidos em lei específica.
(B) A lei reservará percentual dos cargos e em-
pregos públicos para as pessoas portado-
ras de deficiência e definirá os critérios de
sua admissão.
(C) A lei estabelecerá os casos de contratação
por tempo determinado para atender a ne-
cessidade temporária de excepcional inte-
resse público.
(D) A remuneração dos servidores públicos e o
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 so-
mente poderão ser fixados ou alterados por
lei específica, observada a iniciativa privati-
va em cada caso, assegurada revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distin-
ção de índices.
(E) Os vencimentos dos cargos do Poder Exe-
cutivo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Legislativo.
26. Assinale a opção incorreta em relação à
segurança pública.
(A) A polícia ferroviária federal, órgão perma-
nente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na for-
ma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
ferrovias federais.
(B) Às polícias civis, dirigidas por delegados de
polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.
(C) Às polícias militares cabem a polícia osten-
siva e a preservação da ordem pública; aos
corpos de bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a exe-
cução de atividades de defesa civil.
(D) Às polícias penais, vinculadas ao órgão ad-
ministrador do sistema penal da unidade fe-
derativa a que pertencem, cabe a segurança
dos estabelecimentos penais.
9
(E) As polícias civil e os corpos de bombeiros
militares, forças auxiliares e reserva do
Exército subordinam-se, juntamente com as
polícias civis e as polícias penais estaduais
e distrital, aos Governadores dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios.
Noções de Direito Processual Penal
Diego Henrique
27. Admite-se a prisão temporária nos se-
guintes crimes, exceto:
(A) roubo simples.
(B) roubo qualificado.
(C) epidemia com resultado morte.
(D) genocídio.
(E) estelionato.
28. O Ministério Público é o titular da ação
penal pública. Sabe-se, porém, que, em
determinados crimes, a inércia do órgão
ministerial ocasionar a permissão de
que o ofendido ingresse em juízo da se-
guinte forma:
(A) por advogado ou defensor público, ofere-
cendo a chamada denúncia substitutiva, no
prazo de 6 meses do dia do fato.
(B) por advogado ou defensor público, ofere-
cendo a chamada denúncia alternativa, no
prazo de 6 meses do dia do fato.
(C) sem advogado ou defensor público, ofere-
cendo a chamada denúncia substitutiva, no
prazo de 3 meses do dia do fato.
(D) por advogado ou defensor público, ofere-
cendo a chamada queixa-crime, no prazo de
6 meses do dia do fato.
(E) por advogado ou defensor público, ofere-
cendo a chamada queixa-crime, no prazo de
6 meses do dia em que se esgotar o pra-
zo legal para o Ministério Público oferecer
a denúncia.
29. A ação penal oferecida pelo particular
nos casos em que o Ministério Público se
mantém inerte é também conhecida como:
(A) ação penal alternativa.
(B) ação penal supletiva.
(C) ação penal preventiva.
(D) ação penal secundária.
(E) ação penal substitutiva.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
30. O Inquérito Policial é um procedimento
administrativo conduzido pelo Delegado
de Polícia, tendo prazo para encerramen-
to previsto em lei. A respeito do crime de
tráfico de drogas, o prazo máximo legal-
mente previsto para o seu encerramento,
no caso de investigado preso, após pror-
rogação, deverá ocorrer em até:
(A) 90 dias.
(B) 10 dias.
(C) 60 dias.
(D) 180 dias.
(E) 30 dias.
31. A respeito do Habeas Corpus no proces-
so penal, assinale a alternativa incorreta.
(A) O habeas corpus poderá ser impetrado por
qualquer pessoa, em seu favor ou de ou-
trem, exceto pelo Ministério Público.
(B) Recebida a petição de habeas corpus, o
juiz, se julgar necessário, e estiver pre-
so o paciente, mandará que este lhe seja
imediatamente apresentado em dia e hora
que designar.
(C) No caso de o paciente se encontrar preso,
nenhum motivo escusará a sua apresenta-
ção, exceto a sua grave enfermidade, não
estar ele sob a guarda da pessoa a quem se
atribui a detenção ou se o comparecimen-
to não tiver sido determinado pelo juiz ou
pelo tribunal.
(D) O detentor declarará à ordem de quem o pa-
ciente estiver preso.
(E) Se a decisão for favorável ao paciente, será
logo posto em liberdade, salvo se por outro
motivo dever ser mantido na prisão.
Noções de Direito Administrativo
Raphael Spyere
32. São atributos dos atos administrati-
vos, EXCETO:
(A) presunção de legitimidade e veracidade.
(B) imperatividade.
(C) autoexecutoriedade.
(D) procedência.
(E) tipicidade.
10
33. Assinale a alternativa que apresenta
os cinco elementos jurídicos exigidos
para o aperfeiçoamento dos atos admi-
nistrativos.
(A) Competência, finalidade, tipicidade, obje-
to e motivo.
(B) Competência, agilidade, forma, finalida-
de e objeto.
(C) Competência, moralidade, forma, moti-
vo e objeto.
(D) Competência, finalidade, forma, moti-
vo e objeto.
(E) Competência, publicidade, finalidade, moti-
vo e objeto.
34. Avalie se as seguintes afirmativas acerca
da Administração Pública Direta são fal-
sas (F) ou verdadeiras (V):
( )

I – É composta por órgãos diretamente su-
bordinados aos chefes do Poder Executi-
vo, como as Secretarias Estaduais frente
aos seus respectivos governadores.

( ) II – Seus órgãos são unidades de atuação
dotadas de personalidade jurídica.

( ) III – Os servidores lotados nos órgãos da
Administração Pública Direta estão su-
jeitos ao regime jurídico trabalhista.
As afirmativas são, respectivamente:
(A) F, F e F.
(B) F, V e F.
(C) V, F e V.
(D) V, F e F.
(E) F, V e V.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
35. Dentre os poderes administrativos, está
o poder de polícia, que pode ser de-
finido como:
(A) a prerrogativa concedida aos agentes admi-
nistrativos de elegerem, entre várias condu-
tas possíveis, a que traduz maior conveniên-
cia e oportunidade para o interesse público.
(B) a prerrogativa conferida à Administração Pú-
blica de editar atos gerais para complemen-
tar as leis e permitir a sua efetiva aplicação.
(C) a prerrogativa de limitar e condicionar o
exercício de direitos pelos administrados,
ou, ainda, de impor-lhes abstenções de fa-
zer, sempre tendo como propósito a satisfa-
ção dos interesses públicos.
(D) o dever de agir conforme a moralidade e a
impessoalidade.
(E) o poder da Administração Pública de anular
e revogar seus próprios atos.
36. Sobre os poderes e deveres dos admi-
nistradores públicos, assinale a alterna-
tiva correta.
(A) Excesso de poder é a modalidade de abuso
em que o agente busca alcançar fim diverso
daquele que a lei lhe permitiu.
(B) Os ilícitos administrativos praticados por
agentes públicos são sancionados pela Ad-
ministração Pública por meio do exercício do
poder disciplinar.
(C) Anualmente, caberá ao Presidente da Repú-
blica prestar ao Congresso nacional as con-
tas referentes ao exercício anterior, no prazo
de 90 dias da abertura da sessão legislativa.
(D) Compete privativamente ao Congresso Na-
cional sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamen-
tar ou dos limites de delegação legislativa.
(E) Os atos normativos decorrentes do exercício
do poder regulamentar típico são de natu-
reza originária, uma vez que extraem exis-
tência e validade diretamente da Constitui-
ção Federal.
37. Trata-se de instrumento de controle juris-
dicional da Administração Pública:
(A) Reclamação Administrativa.
(B) Comissão Parlamentar de Inquérito.
(C) Pedido de Informação.
(D) Recurso Administrativo.
(E) Mandado de Segurança.
11
 Noções de Direito Penal Militar
Leandro Antunes
38. Acerca das hipóteses do artigo 9 do CPM,
assinale a alternativa correta.
São considerados crimes militares os
crimes previstos no Código Penal Mi-
litar e os previstos na legislação penal
quando praticados:
(A) por militar em situação de atividade contra
militar na inatividade.
(B) por militar em situação de inatividade em
lugar sujeito à administração militar, contra
militar da reserva, ou reformado, ou civil.
(C) por militar em situação de atividade, de folga,
atuando em razão da função, ainda que fora
do lugar sujeito à administração militar con-
tra militar da reserva, ou reformado, ou civil.
(D) por militar inativo, contra militar da reserva,
ou reformado, ou assemelhado, ou civil.
(E) por militar em situação de inatividade contra
o patrimônio sob a administração privada.
39. Os crimes militares, quando dolosos con-
tra a vida e cometidos por militares das
Forças Armadas contra civil, serão da
competência da Justiça Militar da União,
se praticados no contexto de atividade de
natureza militar, de operação de paz, de
garantia da lei e da ordem ou de atribui-
ção subsidiária, realizadas em conformi-
dade com o disposto no art. 142 da Cons-
tituição Federal e na forma do seguinte
diploma legal:
(A) Código Brasileiro de Trânsito.
(B) Estatuto do Idoso.
(C) Código de Processo Penal.
(D) Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
Eleitoral.
(E) Estatuto da Criança e do Adolescente.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
40. Acerca dos institutos previstos no título
Aplicação da Lei Penal Militar, assinale a
alternativa incorreta.
(A) Os militares estrangeiros, quando em comis-
são ou estágio nas forças armadas, ficam
sujeitos à lei penal militar brasileira.
(B) O militar da reserva ou reformado, empre-
gado na administração militar, equipara-se
ao militar em situação de atividade, para o
efeito da aplicação da lei penal militar.
(C) O militar da reserva, ou reformado, conser-
va as responsabilidades e prerrogativas do
posto ou graduação, para o efeito da apli-
cação da lei penal militar, quando pratica ou
contra ele é praticado crime militar.
(D) O defeito do ato de incorporação exclui a
aplicação da lei penal militar, se alegado ou
conhecido antes da prática do crime.
(E) O tempo de guerra, para os efeitos da apli-
cação da lei penal militar, começa com a de-
claração ou o reconhecimento do estado de
guerra, ou com o decreto de mobilização se
nele estiver compreendido aquele reconhe-
cimento; e termina quando houver a edição
do decreto de paz.
41. Acerca dos institutos previstos no título
Aplicação da Lei Penal Militar, assinale a
alternativa correta.
(A) O Código Penal Militar compreende as infra-
ções dos regulamentos disciplinares.
(B) Aos crimes praticados em tempo de guerra,
salvo disposição especial, aplicam-se as pe-
nas cominadas para o tempo de paz, com o
aumento de um quinto.
(C) É considerada militar, para efeito da aplica-
ção deste Código, qualquer pessoa que, em
tempo de paz, e não em tempo de guerra,
seja incorporada às forças armadas, para
nelas servir em posto, graduação, ou sujei-
ção à disciplina militar.
(D) Equipara-se ao comandante, para o efeito
da aplicação da lei penal militar, todo militar
com função de autoridade.
(E) O militar que, em virtude da função, exer-
ce autoridade sobre outro de igual posto ou
graduação, considera-se superior, para efei-
to da aplicação da lei penal militar.
12
Noções de Direito Processual Penal Militar
Leandro Antunes
42. Quanto ao previsto no CPPM, no que se
refere ao exercício de polícia judiciária
militar, assinale a alternativa correta.
(A) Obedecidas as normas regulamentares de
jurisdição, hierarquia e comando, as atribui-
ções enumeradas neste artigo poderão ser
delegadas a oficiais da ativa, para fins espe-
cificados e por tempo ilimitado.
(B) Em se tratando de delegação para instaura-
ção de inquérito policial militar, deverá aque-
la recair em oficial de posto superior ao do
indiciado, seja este oficial apenas da ativa.
(C) Não sendo possível a designação de oficial
de posto superior ao do indiciado, poderá
ser feita a de oficial do mesmo posto, desde
que mais antigo.
(D) Se o indiciado é oficial da reserva ou refor-
mado, prevalece, para a delegação, a anti-
guidade de posto.
(E) Se o posto e a antiguidade de oficial da ativa
excluírem, de modo absoluto, a existência
de outro oficial da ativa nas condições do §
3º, caberá ao ministro competente a desig-
nação de oficial da ativa de posto mais ele-
vado para a instauração do inquérito policial
militar; e, se este estiver iniciado, avocá-lo,
para tomar essa providência.
43. Quanto ao previsto no CPPM, no que se
refere às competências de polícia judici-
ária militar, assinale a alternativa correta.
(A) Apurar os crimes militares e crimes comuns,
bem como os que, por lei especial, estão su-
jeitos à jurisdição militar, e sua autoria.
(B) Prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar
e do tribunal do júri e aos membros do Minis-
tério Público as informações necessárias à
instrução e julgamento dos processos, bem
como realizar as diligências que por eles lhe
forem requisitadas.
(C) Cumprir os mandados de prisão expedidos
pela Justiça Militar.
(D) Representar as autoridades judiciárias da vara
da infância de da juventude acerca da prisão
preventiva e da insanidade mental do indiciado.
(E) Cumprir as determinações da Justiça Fe-
deral relativas aos presos sob sua guarda
e responsabilidade, bem como as demais
prescrições deste Código, nesse sentido.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
44. Quanto ao previsto no CPPM, no que se
refere às disposições referentes ao juiz,
assinale a alternativa correta.
(A) O juiz proverá a regularidade do processo
e a execução da lei, e manterá a ordem no
curso dos respectivos atos, não podendo, no
entanto, requisitar a força militar.
(B) Sempre que este Código se refere a juiz
abrange, nesta denominação, apenas o juiz
auditor, o juiz togado.
(C) No exercício das suas atribuições, o juiz não
deverá obediência senão, nos termos legais,
à autoridade judiciária que lhe é superior.
(D) A suspeição não poderá ser declarada, mas
pode ser reconhecida, quando a parte injuriar
o juiz, ou de propósito der motivo para criá-la.
(E) A suspeição poderá ser declarada, todavia
não pode ser reconhecida, quando a parte
injuriar o juiz, ou de propósito der motivo
para criá-la.
45. Quanto ao previsto no CPPM, no que se
refere às disposições referentes aos pro-
cessos especiais, assinale a alternati-
va correta.
(A) Consumado o crime de deserção, nos casos
previsto na lei penal militar, o comandante
da unidade, ou autoridade correspondente,
ou ainda autoridade superior, fará lavrar o
respectivo termo, imediatamente, que pode-
rá ser impresso ou datilografado, sendo por
ele assinado e por duas testemunhas idône-
as, além do militar incumbido da lavratura.
(B) A contagem dos dias de ausência, para efei-
to da lavratura do termo de deserção, iniciar-
-se-á a zero hora do segundo dia seguinte
àquele em que for verificada a falta injustifi-
cada do militar.
(C) No caso de deserção especial, prevista no
art. 190 do Código Penal Militar, a lavratura
do termo não será, também, imediata.
(D) O termo de deserção tem o caráter de ins-
trução provisória e destina-se a fornecer
os elementos necessários à propositura da
ação penal, entretanto não sujeitando, des-
de logo, o desertor à prisão.
(E) O desertor que não for julgado dentro de
sessenta dias, a contar do dia de sua apre-
sentação voluntária ou captura, será posto
em liberdade, irrestritamente.
13
46. Acerca dos critérios que determinam ou
modificam a competência no CPPM, assi-
nale a incorreta.
(A) A competência do foro militar será determi-
nada, de modo geral, pelo lugar da infração.
(B) A competência do foro militar será determi-
nada, de modo especial, pela sede do lugar
de serviço.
(C) Dentro de cada Circunscrição Judiciária Mi-
litar, a competência será determinada pela
especialização das Auditorias.
(D) Não prevalecem os critérios pelo lugar da in-
fração e pela residência ou domicílio do acu-
sado, em caso de conexão ou continência.
(E) Prevalece o critério de competência da pre-
venção, em caso de desaforamento.
Legislação Extravagante
Wallace França
47. Determinado cidadão foi abordado por
uma patrulha da PM-GO em estado de in-
consciência. Ao seu lado, foi achado um
cachimbo que evidenciava que o cida-
dão, cerca de 30 minutos antes da abor-
dagem, havia feito uso de substância en-
torpecente proscrita pela lei.
De acordo com a situação narrada, mar-
que a afirmativa que traz corretamente a
conduta do cidadão no momento exato
da abordagem realizada pela Polícia.
(A) Praticou o crime de porte de substâncias en-
torpecentes para uso próprio.
(B) Praticou o crime de tráfico privilegiado.
(C) Praticou o crime de tráfico com causa de au-
mento de pena por estar em via pública.
(D) Praticou o crime de uso compartilhado
de drogas.
(E) Ocorreu a atipicidade do fato.
49. Marque a afirmativa que não representa
um crime trazido pela Lei de Abuso de
Autoridade.
(A) Deixar injustificadamente de comunicar pri-
são em flagrante à autoridade judiciária no
prazo de 48 horas.
(B) Constranger o preso ou o detento, mediante
violência, grave ameaça ou redução de sua
capacidade de resistência a exibir-se ou ter
seu corpo ou parte dele exibido à curiosida-
de pública.
(C) Constranger a depor, sob ameaça de prisão,
pessoa que, em razão de função, ministério,
ofício ou profissão, deva guardar segredo ou
resguardar sigilo.
(D) Deixar de identificar-se ou identificar-se fal-
samente ao preso por ocasião de sua cap-
tura ou quando deva fazê-lo durante sua de-
tenção ou prisão.
(E) Submeter o preso a interrogatório policial
durante o período de repouso noturno, sal-
vo se capturado em flagrante delito ou se
ele, devidamente assistido, consentir em
prestar declarações.
50. De acordo com a Lei n. 9.099/1995, a pena
cominada ao crime para que ele possa
ser suscetível de aplicação do instituto
da suspensão condicional do processo é:
(A) pena máxima não superior a 2 anos.
(B) pena máxima igual ou inferior a 1 ano.
(C) pena mínima igual ou inferior a 2 anos.
(D) pena mínima igual ou inferior a 1 ano.
(E) crimes com pena mínima de 1 ano e máxima
de 2 anos.

48. Sobre as disposições constantes da Lei

n. 8.072/1990, Lei de Crimes Hediondos,
marque a afirmativa incorreta.
(A) É hediondo o roubo circunstanciado pela
restrição de liberdade da vítima.
(B) Para determinar se um crime é hediondo,
utiliza-se o critério legal.
(C) Os crimes hediondos são insuscetíveis de
fiança e liberdade provisória.
(D) A prisão temporária para esses crimes pos-
sui o prazo de 30 dias prorrogáveis.
(E) Epidemia com resultado morte é conduta
considerada hedionda.

SOLDADO DE 2ª CLASSE 14
 Prova Discursiva
Fernando Moura

Leia o texto seguinte.

Como se sabe, o Estado é dotado de poderes políticos, exercidos pelo poder Legislativo, pelo po-
der Executivo e pelo poder Judiciário no desempenho de suas funções constitucionais, e de poderes
administrativos, que surgem secundariamente com atos da Administração Pública e efetivam-se de
acordo com as exigências do serviço público e com os interesses da coletividade. Enquanto os poderes
políticos se identificam com os poderes do Estado e só são exercidos pelos respectivos órgãos constitu-
cionais do Governo, os poderes administrativos difundem-se e apresentam-se por toda a Administração.

Nesse contexto, o poder de polícia destina-se a assegurar o bem-estar geral e impedir, por meio
de ordens, proibições e apreensões, o exercício antissocial dos direitos individuais, o uso abusivo da
propriedade ou a prática de atividades prejudiciais à coletividade.

Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo (15,00
pontos) que contemple, necessariamente, os tópicos seguintes.
1) Conceitue poder de polícia e cite, pelo menos, três exemplos de atos administrativos relacionados a
esse poder. (5,00 pontos)
2) Discorra sobre os ciclos do poder de polícia. (5,00 pontos)
3) Diferencie polícia administrativa e polícia judiciária: objeto de incidência, infrações tratadas e órgãos
competentes para o exercício de cada uma. (5,00 pontos)

SOLDADO DE 2ª CLASSE 15
 Rascunho

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

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26

27

28

29

30

SOLDADO DE 2ª CLASSE 16
 POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO

Gabarito

SOLDADO DE 2ª CLASSE – POLÍCIA MILITAR COMBATENTE

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B E B B E C D D D E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
B C D B D B C D D D

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E C A C E E E E B C

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
A D D D C B E C D E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E C C C A E E C A D

SOLDADO DE 2ª CLASSE 17
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 Conhecimentos Básicos
Língua Portuguesa
Fidelis Almeida
Texto para responder às questões de números
1 a 9.
1
Pesquisa realizada em conjunto pela The
Australian National University (Austrália), e
a University of Waterloo (Canadá), levanta
dúvidas sobre a eficácia do uso de câmeras
5 corporais na prevenção da violência policial.
O time de pesquisadoras analisou estudos de
diversos locais do mundo e identificou incon-
sistências entre os dados que comprovam os
benefícios do equipamento.
10
“As pesquisas da eficácia das câmeras
corporais tendem a usar métodos de avalia-
ção que se concentram apenas na interação
entre o policial e o cidadão”, destaca em co-
municado para imprensa a professora Kathryn
15 Henne, uma das autoras do estudo. Segundo
ela, os métodos de pesquisa que investigam
a eficiência das câmeras corporais como uma
ferramenta policial para melhorar a transpa-
rência e a responsabilidade são limitados e
20 muitas vezes não capturam o contexto das
filmagens ou como as imagens foram usadas.

A pesquisadora ressalta que os estudos
analisados também não costumam consultar
as comunidades que experimentam taxas
25 desproporcionalmente mais altas de violên-
cia policial.

“Nos Estados Unidos e em outros lugares,
vimos casos de aumento da capacidade de
vigilância policial sendo usada para atingir
30 comunidades negras, indígenas e imigrantes.
Apresentar as câmeras corporais como uma
resposta neutra à má conduta policial nega
muitas outras maneiras que as tecnologias de
vigilância podem ser usadas ", aponta a co-
35 autora do estudo, Krystle Shore, da University
of Waterloo.

Para as pesquisadoras, não é possível as-
sumir que as câmeras corporais são a solução
para o combate a casos de abusos policiais
40 e é preciso tomar cuidado para não induzir
gestores públicos neste sentido. “Não quere-
mos levar os formuladores de políticas para
o caminho errado, sugerindo que as câmeras
SOLDADO DE 2ª CLASSE
corporais são suficientes quando, na verdade,
45 precisamos olhar para reformas mais amplas
que abordem a desigualdade sistêmica e in-
cluam respostas lideradas pela comunidade”,
conclui Henne.

Em 2020, o americano George Floyd foi
50 sufocado até a morte pela polícia, gerando
uma onda de protestos globais contra o racis-
mo e a violência policial. Neste caso, as evi-
dências gravadas por câmeras corporais de
alguns dos policiais envolvidos foram usadas
55 no julgamento de Derek Chauvin e mostram
cenas chocantes de Floyd implorando pela
vida e de testemunhas buscando alertar os po-
liciais sobre o excesso de violência. A câmera
de Chauvin, condenado pelo assassinato, caiu
60 no chão enquanto a prisão se desenrolava e,
portanto, não fez imagens do incidente.

De acordo com a professora Henne, o
caso George Floyd é um lembrete da "neces-
sidade urgente" de se pensar no uso correto
65 das câmeras corporais. “Em Minnesota e em
todos os EUA exigiram uma reforma institucio-
nal e estrutural do sistema”, disse ela.“Para fa-
zer isso, temos que conversar e trabalhar com
as comunidades. A maior parte das pesquisas
70 que analisamos está fazendo o oposto e não
deve ser usada por conta própria para justi-
ficar essas medidas de reforma”, completou.
Disponível em:https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Comporta-
mento/noticia/2021/08/cameras-corporais-nao-sao-suficientes-para-pre-
venir-violencia-policial.html. Texto adaptado.
1. No texto, discorre-se acerca de pesqui-
sas que apontam os benefícios do uso de
câmeras no uniforme dos policiais duran-
te seu trabalho. Somente é correto inferir:
(A) A pesquisa realizada desaprovada, a partir
de suas conclusões, o uso de câmeras em
uniformes policiais durante sua atividade.
(B) As filmagens captadas pelas câmeras insta-
ladas nos uniformes policiais podem ser ana-
lisadas isoladamente, desconsiderando-se
o contexto em que foram realizadas, o que
pode prejudicar uma investigação policial.
(C) A ação política nos EUA de instalar câmeras
nos uniformes dos policiais foi tendenciosa,
porque majoritariamente esse equipamento
foi empregado na vigilância de comunidades
negras, indígenas e imigrantes.
(D) Cabe à comunidade tomar as decisões sobre
a gestão de políticas de segurança pública.
19
(E) A interação entre policial e cidadão é o es-
sencial a ser analisado no momento de uma
investigação criminal.
Letra b.
(a) Errado. Em nenhuma passagem do tex-
to indica-se desaprovação do uso de câmeras
em uniformes de policiais em seu trabalho. O
texto ressalta que apenas a câmera nos uni-
formes não é medida suficiente para combater
os problemas de má conduta policial durante
o trabalho.
(b) Certo. De fato, essa ideia é básica no texto:
as filmagens de câmeras em uniformes de poli-
ciais não são capazes de captar o contexto em
que foram realizadas nem o modo como as ima-
gens foram utilizadas. Por isso, infere-se que as
filmagens podem ser analisadas isoladamente,
desprezando-se o contexto em que foram feitas
e tal procedimento certamente pode prejudicar
uma investigação policial.
(c) Errado. Segundo o texto, nos EUA o aumen-
to da capacidade de vigilância policial, pela ins-
talação de câmeras nos uniformes policiais, foi
empregada para atingir as comunidades negras,
indígenas e imigrantes. Porém, não se pode in-
ferir dessa informação que majoritariamente as
câmeras foram empregadas para vigiar essas
comunidades.
(d) Errado. Segundo o texto, a comunidade
deve participar das respostas das políticas de
segurança, mas não se indica que a comunida-
de deve tomar as decisões dessas políticas.
(e) Errado. Segundo o texto, o problema das
pesquisas que analisam o efeito do uso de câ-
meras nos uniformes policiais é que restringem
sua observação apenas à interação policial-ci-
dadão, desconsiderando os outros aspectos.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
2. Assinale a alternativa em que a reescrita
não preserva o sentido original do frag-
mento textual.
(A) “Pesquisa realizada em conjunto pela The
Australian National University (Austrália), e
a University of Waterloo (Canadá), levanta
dúvidas sobre a eficácia do uso de câmeras
corporais na prevenção da violência policial.”
(l.1-5) – Pesquisa realizada conjuntamen-
te pela The Australian National University
(Austrália), e a University of Waterloo (Ca-
nadá), suscita dúvidas acerca da eficácia do
emprego de câmeras corporais na preven-
ção da violência policial.
(B) “Segundo ela, os métodos de pesquisa que
investigam a eficiência das câmeras corpo-
rais como uma ferramenta policial para me-
lhorar a transparência e a responsabilidade
são limitados e muitas vezes não capturam o
contexto das filmagens ou como as imagens
foram usadas.” (l.15-21) – Conforme ela, os
métodos de pesquisa que estudam a eficiên-
cia das câmeras corporais como um instru-
mento policial para otimizar a transparência
e a responsabilidade são limitados e muitas
vezes não capturam o contexto das filma-
gens ou como as imagens foram usadas.
(C) “A pesquisadora ressalta que os estudos
analisados também não costumam con-
sultar as comunidades que experimentam
taxas desproporcionalmente mais altas de
violência policial.” (l.22-26) – A pesquisadora
destaca que os estudos analisados também
não possuem o hábito de consultar as comu-
nidades que vivenciam taxas desproporcio-
nalmente mais altas de violência policial.
(D) “Para as pesquisadoras, não é possível as-
sumir que as câmeras corporais são a so-
lução para o combate a casos de abusos
policiais e é preciso tomar cuidado para não
induzir gestores públicos neste sentido.”
(l.37-41) – Na opinião das pesquisadoras, é
impossível assumir que as câmeras corpo-
rais são a resposta para o combate a casos
de abusos policiais e é necessário tomar
precaução para não encaminhar gestores
públicos neste sentido.
(E) “‘Para fazer isso, temos que conversar e tra-
balhar com as comunidades. A maior parte
das pesquisas que analisamos está fazen-
do o oposto e não deve ser usada por conta
20
 própria para justificar essas medidas de re-
forma’...” (l.67-72) – Para fazer isso, temos
que conversar e trabalhar em conjunto com
as comunidades. A maior parte das pesqui-
sas que estudamos está fazendo o contrário
e não deve ser usada por conta própria para
explicar essas medidas de reforma
Letra e.
(a) Errado. As expressões “conjuntamente”,
“suscita”, “acerca” e “emprego” são semantica-
mente equivalentes respectivamente a “em con-
junto”, “levanta”, “sobre” e “uso”. Portanto, o sen-
tido original do fragmento textual permanece.
(b) Errado. As expressões “conforme”, “estudam”,
“instrumento”, “otimizar” são semanticamente
equivalentes respectivamente a “segundo”, “in-
vestigam”, “ferramenta” e “melhorar”. Portanto, o
sentido original do fragmento textual permanece.
(c) Errado. As expressões “destaca”, “possuem
o hábito de” e “vivenciam” são semanticamente
equivalentes respectivamente a “ressalta”, “cos-
tumam” e “experimentam”. Portanto, o sentido
original do fragmento textual permanece.
(d) Errado. As expressões “na opinião das pes-
quisadoras”, “é impossível”, “resposta”, “neces-
sário”, “precaução” e “encaminhar” são seman-
ticamente equivalentes respectivamente a “para
as pesquisadoras”, “não é possível”, “solução”,
“preciso”, “cuidado” e “induzir”. Portanto, o sen-
tido original do fragmento textual permanece.
(e) Certo. As expressões “trabalhar em con-
junto”, “estudamos” e “contrário” são semanti-
camente equivalentes respectivamente a “tra-
balhar com”, “analisamos” e “oposto”. Porém,
“explicar” não equivale semanticamente a “justi-
ficar”. Portanto, o sentido original do fragmento
textual é modificado.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
3. Dentre os trechos a seguir, o único
que não contém relação de causa-con-
sequência é:
(A) “O time de pesquisadoras analisou estudos
de diversos locais do mundo e identificou in-
consistências entre os dados que compro-
vam os benefícios do equipamento.” (l.6-9)
(B) “A pesquisadora ressalta que os estudos
analisados também não costumam con-
sultar as comunidades que experimentam
taxas desproporcionalmente mais altas de
violência policial.” (l.22-26)
(C) “‘Apresentar as câmeras corporais como
uma resposta neutra à má conduta poli-
cial nega muitas outras maneiras que as
tecnologias de vigilância podem ser usa-
das’...” (l.31-34)
(D) “Em 2020, o americano George Floyd foi
sufocado até a morte pela polícia, gerando
uma onda de protestos globais contra o ra-
cismo e a violência policial.” (l.49-52)
(E) “A câmera de Chauvin, condenado pelo as-
sassinato, caiu no chão enquanto a prisão
se desenrolava e, portanto, não fez imagens
do incidente.” (l.58-61)
Letra b.
(a) Errado. A causa é a análise de estudos de di-
versos locais do mundo; a consequência, a iden-
tificação de inconsistências entre os dados que
demonstram os benefícios dos equipamentos.
(b) Certo. Não há qualquer relação de causa-
-consequência no trecho.
(c) Errado. A causa é a apresentação das câ-
meras corporais como uma resposta neutra à
conduta policial inadequada; a consequência,
a negação de muitas outras maneiras pelas
quais as tecnologias de vigilância podem ser
empregadas.
(d) Errado. A causa é o sufocamento até a morte
de George Floyd pela polícia; a consequência,
uma onda de protestos globais contra o racismo
e a violência policial.
(e) Errado. A causa é a queda da câmera de
Chauvin no chão; a consequência, não fazer
imagens do incidente.
21
4. A função da linguagem predominante
no texto é a
(A) argumentativa.
(B) referencial.
(C) conativa.
(D) expositiva.
(E) impessoal.
Letra b.
A função da linguagem predominante no texto
é a função referencial, caracterizada pela apre-
sentação de informações ou dados objetivos da
realidade, buscando primordialmente informar
ao leitor de maneira objetiva. Os termos “argu-
mentativa”, “expositiva” e “impessoal” não são
categorias de funções da linguagem. O texto
não pode trazer a função conativa da linguagem
como função predominante, uma vez que não
busca afetar ao leitor diretamente, modificando
o seu comportamento ou usando de estraté-
gias variadas para persuadi-lo a aceitar alguma
ideia. Portanto, são incorretas as alternativas
A, C, D e E.
5. Não constitui recurso coesivo emprega-
do no texto:
(A) A expressão “o equipamento” (l.9)
(B) A expressão “uma das autoras do es-
tudo” (l.15)
(C) A supressão do sujeito de “capturam” (l.20)
(D) O pronome relativo “que” (l.24)
(E) O nome “George Floyd” (l.49)
Letra e.
(a) Errado. A expressão “o equipamento” re-
mete à câmera acoplada ao uniforme policial.
Constitui, portanto, recurso coesivo.
(b) Errado. A expressão “uma das autoras do
estudo” remete à professora Kathryn Henne.
Constitui, portanto, recurso coesivo.
(c) Errado. Somente é possível suprimir o su-
jeito de um verbo porque anteriormente esse
sujeito foi referido, caso de “capturam”, cujo su-
jeito semântico é “os métodos de pesquisa que
investigam a eficiência das câmeras corporais
como uma ferramenta policial para melhorar a
transparência e a responsabilidade”. Assim, a
omissão do sujeito de “capturam” leva o leitor
a recuperá-lo com a integração/coesão entre
as partes do texto. Constitui, portanto, recur-
so coesivo.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
(d) Errado. O pronome relativo “que” reto-
ma “comunidades”. Constitui, portanto, recur-
so coesivo.
(e) Certo. O nome “George Floyd” não retoma
nenhuma outra expressão textual. Não consti-
tui, portanto, recurso coesivo.
6. Entre os vocábulos a seguir, o único que
não foi empregado em seu sentido literal
no texto é:
(A) “estudos” (l.22)
(B) “violência” (l.25-26)
(C) “caminho” (l.43)
(D) “morte” (l.50)
(E) “incidente” (l.61)
Letra c.
O vocábulo “caminho” no texto foi empregado
não em seu sentido literal de “direção tomada
com destino a um lugar”, mas sim em seu senti-
do figurado de “estratégia”, “meio” para alcançar
algo. Os outros vocábulos foram todos empre-
gados em seu sentido literal, denotativo.
7. Dentre as frases seguintes, aquela que
indica a ideia principal do texto é:
(A) Os estudos sobre a eficácia das câmeras
acopladas ao uniforme de policiais possuem
inconsistências.
(B) As filmagens feitas pelas câmeras nos uni-
formes policiais desconsideram o contexto
em que foram realizadas.
(C) As comunidades que sofrem altas taxas
de violência não são consideradas no mo-
mento de decidir alguma política pública
de segurança.
(D) As câmeras em uniformes policiais não re-
solvem adequadamente a violência policial
em abordagens a pessoas.
(E) A solução para o problema dos abusos po-
liciais não se limita a câmeras acopladas a
seus uniformes.
Letra d.
Em realidade, a ideia principal/nuclear do tex-
to é esta: as câmeras acopladas ao uniforme
de policiais não são suficientes para resol-
ver o problema do abuso de força durante as
abordagens. As ideias contidas em A, B, C e
E são secundárias.
22
8. Em qual dos trechos a seguir não há uma
ideia que contraria a supos- ta eficiência
das câmeras corporais no combate ao
abuso de força policial?
(A) “O time de pesquisadoras analisou estudos
de diversos locais do mundo e identificou in-
consistências entre os dados que compro-
vam os benefícios do equipamento.” (l.6-9)
(B) “‘As pesquisas da eficácia das câmeras cor-
porais tendem a usar métodos de avaliação
que se concentram apenas na interação en-
tre o policial e o cidadão’...” (l.10-13)
(C) “Segundo ela, os métodos de pesquisa que
investigam a eficiência das câmeras corpo-
rais como uma ferramenta policial para me-
lhorar a transparência e a responsabilidade
são limitados e muitas vezes não capturam
o contexto das filmagens ou como as ima-
gens foram usadas.” (l.15-21)
(D) “Neste caso, as evidências gravadas por
câmeras corporais de alguns dos policiais
envolvidos foram usadas no julgamento de
Derek Chauvin e mostram cenas chocantes
de Floyd implorando pela vida e de testemu-
nhas buscando alertar os policiais sobre o
excesso de violência.” (l.52-58)
(E) “A câmera de Chauvin, condenado pelo as-
sassinato, caiu no chão enquanto a prisão
se desenrolava e, portanto, não fez imagens
do incidente.” (l.58-61)
Letra d.
A única passagem textual que não contraria a
suposta eficiência das câmeras corporais ocor-
re em D, uma vez que nela se exemplifica um
incidente de abuso da força policial em que os
próprios equipamentos de filmagem captaram
as imagens do incidente que resultou na morte
de George Floyd. Nas outras alternativas, ocor-
rem ideias que desacreditam a eficiência das
câmeras corporais.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
9. Dos trechos seguintes, assinale o que
fere a norma gramatical:
(A) “Pesquisa realizada em conjunto pela The
Australian National University (Austrália), e
a University of Waterloo (Canadá), levanta
dúvidas sobre a eficácia do uso de câmeras
corporais na prevenção da violência poli-
cial.” (l.1-5)
(B) “A pesquisadora ressalta que os estudos
analisados também não costumam con-
sultar as comunidades que experimentam
taxas desproporcionalmente mais altas de
violência policial.” (l.22-26)
(C) “Para as pesquisadoras, não é possível as-
sumir que as câmeras corporais são a so-
lução para o combate a casos de abusos
policiais e é preciso tomar cuidado para
não induzir gestores públicos neste senti-
do.” (l.37-41)
(D) “De acordo com a professora Henne, o caso
George Floyd é um lembrete da ‘necessida-
de urgente’ de se pensar no uso correto das
câmeras corporais.” (l.62-65)
(E) “‘A maior parte das pesquisas que analisa-
mos está fazendo o oposto e não deve ser
usada por conta própria para justificar essas
medidas de reforma”, completou.” (l.69-72)
Letra d.
Os trechos em A, B, C e E estão em total con-
formidade com as normas gramaticais. Em D,
empregou-se indevidamente o pronome “se”
para indeterminar o agente da ação de “pensar”,
cuja forma verbal, estando no infinitivo impesso-
al, por si só já indetermina seu agente. Portan-
to, a forma gramaticalmente correta é: ... é um
lembrete da ‘necessidade urgente’ de pensar no
uso correto...
10. Das frases seguintes, qual não possui
dupla possibilidade de interpretação?
(A) O professor sentou na cadeira e quebrou o
seu braço.
(B) Os manifestantes destruíram todos os ban-
cos da cidade.
(C) O cliente pediu um prato ao garçom.
(D) O navegador comprou muitas velas para
usar durante a travessia do oceano.
(E) Os caminhos para a cidade ainda estavam
todos bloqueados ontem à noite.
23
 Letra e.
(a) Errado. Pode-se entender que o professor
quebrou o seu braço ou que quebrou o braço da
cadeira quando se sentou.
(b) Errado. Pode-se entender que os manifestan-
tes destruíram todos os assentos da cidade ou
que destruíram todas as instituições bancárias.
(c) Errado. Pode-se entender que o cliente pe-
diu uma comida específica ao garçom ou que
ele pediu o objeto utilizado nas refeições.
(d) Errado. Pode-se entender que o navega-
dor comprou velas feitas de cera (para ilumi-
nação) ou que comprou velas de barco (para
navegação).
(e) Certo. Não ocorre possibilidade de dupla
interpretação na frase.
Realidade Étnica, Social, Histórica,
Geográfica, Cultural, Política e Econômica
do Estado de Goiás
Rebecca Guimarães
11. Uma grande diversidade de segmentos
compõe a economia de Goiás. Nos últi-
mos anos, as áreas que têm impulsiona-
do o setor industrial são as produções
sucroalcooleira e automotiva. A indús-
tria tem ganhado mais espaço no Es-
tado devido:
(A) aos incentivos tributários e fiscais concedi-
dos nas últimas décadas.
(B) à localização privilegiada do estado dentro
do território nacional e à exploração de algu-
mas matérias-primas.
(C) a fatores locacionais, como disponibilidade
de mão de obra altamente qualificada e ele-
vado mercado consumidor.
(D) à melhor distribuição de renda entre as mi-
crorregiões do estado.
(E) à existência de portos secos e molhados
no estado.
(c) Errado. O Goiás não se destaca pela dispo-
nibilidade de mão de obra altamente qualificada
e elevado mercado consumidor.
(d) Errado. A melhor distribuição de renda no
Estado é uma consequência da instalação
de indústrias no Estado, e não fator de indus-
trialização.
(e) Errado. O Goiás só possui um único porto
seco e não possui portos molhados.
12. Oito anos após a formação de um Brasil
independente, em 1830, o intelectual e
comerciante de Goiás, Joaquim Alves de
Oliveira, financiou a compra de um ma-
quinário tipográfico importado da Ingla-
terra com o objetivo de levar para antigo
Arraial de Minas de Nossa Senhora do
Rosário de Meia Ponte (atual Cidade de
Pirenópolis) o primeiro jornal de todo o
Centro-Oeste brasileiro, sendo ele:
(A) Correio Goiano.
(B) Bandeira de Goiás.
(C) Matutina Meiapontense.
(D) O Popular.
(E) Folha de Goiás.
Letra c.
(a) Errado. O Correio Goiano nunca existiu.
(b) Errado. O Bandeira de Goiás nunca existiu.
(c) Certo. Matutina Meiapontense foi um jornal
que circulou na província de Goiás entre 5 de
março de 1830 a 24 de maio de 1834, totalizan-
do 526 números, e é considerado o mais antigo
do Centro-Oeste, pois surgiu no período do Pri-
meiro Império do Brasil, editado na Vila de Meia
Ponte, hoje Pirenópolis, pelo comendador Joa-
quim Alves de Oliveira, tendo como primeiro di-
retor o padre Luís Gonzaga de Camargo Fleury.
(d) Errado. O Popular é um jornal.
(e) Errado.

Letra b.
(a) Errado. A política de benefícios fiscais e tri-
butários foi bastante reduzida depois de o STF
ter declarado os incentivos fiscais estaduais
inconstitucionais.
(b) Certo. O Goiás é o Estado mais central do
Brasil, possuindo uma posição privilegiada, alia-
do à abundância de recursos naturais e à infra-
estrutura de meios de transportes.

SOLDADO DE 2ª CLASSE 24
13. A única pessoa nascida em Goiás a inte-
grar a Academia Brasileira de Letras foi
poeta e romancista. Publicou seis obras.
Seu livro “O tronco” foi levado às telas ci-
nematográficas. Recebeu vários prêmios
literários; dentre eles, o Prêmio Afonso
Arinos, da Academia Brasileira de Letras,
pelo seu “Caminhos e descaminhos”.
O texto acima se refere a(à):
(A) Cora Coralina.
(B) Hugo de Carvalho Ramos.
(C) Leodegária de Jesus.
(D) Bernardo Élis.
(E) José Godoy Garcia.
Letra d.
(a) Errado. Cora Coralina não possui uma ca-
deira na Academia Brasileira de Letras (ABL).
(b) Errado. Hugo de Carvalho Ramos não pos-
sui uma cadeira na Academia Brasileira de Le-
tras (ABL).
(c) Errado. Leodegária de Jesus não possui
uma cadeira na Academia Brasileira de Le-
tras (ABL).
(d) Certo. Bernardo Élis foi um advogado, pro-
fessor, poeta, contista e romancista. Foi o pri-
meiro e único goiano a entrar para a Academia
Brasileira de Letras.
(e) Errado. José Godoy Garcia não possui uma
cadeira na Academia Brasileira de Letras.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
14. Analisando os aspectos físicos do territó-
rio goiano, é correto afirmar que:
(A) o clima goiano é preponderantemente tropi-
cal semiárido, com duas estações sutilmen-
te diferenciadas: o verão seco e o inverno
úmido, com temperaturas médias anuais em
torno de 26 ºC.
(B) o estado de Goiás possui uma rede hidro-
gráfica constituída por um conjunto de rios
que drenam o território goiano formando
suas bacias hidrográficas. Esses rios, além
de constituírem fontes de recursos hídricos
para o abastecimento doméstico e industrial,
muitas vezes servem ao papel político. Um
exemplo é o rio Araguaia, com suas nascen-
tes no sudoeste goiano, que se constitui o
principal divisor geográfico entre Goiás e
Mato Grosso.
(C) apenas dois pontos do território goiano ultra-
passam os dois mil metros de altitude: Pou-
so Alto e a Serra dos Pirineus, ambos são
resultado da antiguidade de formação e da
ação de agentes erosivos externos.
(D) Serra Dourada é o nome de uma formação
de relevo planáltico, de formação antiga, in-
tensamente desgastada pelo processo de
erosão, situada na porção leste de Goiás,
constituindo-se parte da divisa desse estado
com a Bahia.
(E) o Parque Estadual de Terra Ronca abriga a
mais extensa caverna do país, a Gruta de
São Mateus.
Letra b.
(a) Errado. O clima goiano é preponderante-
mente tropical semiúmido.
(b) Certo. O estado de Goiás possui uma rica
rede hidrográfica de que é exemplo o rio Ara-
guaia, que cumpre papel divisor entre Goiás e o
Mato Grosso.
(c) Errado. No Estado de Goiás, não há regis-
tro de regiões que ultrapassam 2 mil metros
de altitude.
(d) Errado. A Serra Dourada está localizada a
oeste do Estado de Goiás.
(e) Errado. O Parque Estadual de Terra Ron-
ca abriga a segunda mais extensa caverna do
país, a Gruta de São Mateus.
25
15. O Monumento às Três Raças, cujo nome
oficial é Monumento à Goiânia, é uma
escultura localizada no centro da Praça
Cívica Doutor Pedro Ludovico Teixeira,
atração turística do Setor Central de Goi-
ânia, no estado de Goiás, no Brasil. Es-
culpido em bronze e granito por:
(A) Victor Brecheret.
(B) Alfredo Chesquiatti.
(C) Maria Martins.
(D) Neusa Morais.
(E) Julieta de França.
Letra d.
(a) Errado. Victor Brecheret não tem
obras em Goiás.
(b) Errado. Alfredo Chesquiatti não possui
obras em Goiás.
(c) Errado. Maria Martins não possui
obras em Goiás.
(d) Certo. Neusa Moraes foi uma escultora com
atração pelas grandes dimensões e autora de
vários monumentos em locais públicos de Goi-
ânia, com destaque para o do “Monumento às
Três Raças”, um dos símbolos da cidade, lo-
calizado na Praça Cívica, dedicado aos traba-
lhadores anônimos que construíram Goiânia
e simbolizando a miscigenação das três raças
presentes na formação do povo brasileiro.
(e) Errado. Julieta de França não possui
obras em Goiás.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
Conhecimentos Específicos
Noções de Direito Penal
Érico Palazzo
16. Segundo o Código Penal Brasileiro, al-
guns crimes se sujeitam à lei brasileira,
independentemente do local onde tenha
sido praticado. A respeito desse tema,
assinale a alternativa que não apresen-
ta uma hipótese de extraterritorialidade
incondicionada.
(A) Crimes contra a vida ou a liberdade do Pre-
sidente da República.
(B) Crimes que, por tratado ou convenção, o
Brasil se obrigou a reprimir.
(C) Crimes contra o patrimônio ou a fé pública
da União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público.
(D) Crimes contra a administração pública, por
quem está a seu serviço.
(E) Crimes de genocídio, quando o agente for
brasileiro ou domiciliado no Brasil.
Letra b.
A assertiva B representa uma hipótese de extra-
territorialidade condicionada.
De acordo com o Código Penal (art. 7º, II, pará-
grafo 2º), para que a lei brasileira seja aplicada,
é necessário o concurso destas condições:
§ 2º Nos casos do inciso II, a aplicação da lei
brasileira depende do concurso das seguin-
tes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que
foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos
quais a lei brasileira autoriza a extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estran-
geiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estran-
geiro ou, por outro motivo, não estar extinta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.
As outras alternativas representam hipóteses
de extraterritorialidade incondicionada (art. 7º,
I). Logo, a lei penal brasileira se aplica a esses
26
 casos, independentemente de qualquer condi-
ção, conforme expresso no art. 7º, parágrafo 1º,
do Código Penal.
Art. 7º Ficam sujeitos à lei brasileira, embora
cometidos no estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente
da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da
União, do Distrito Federal, de Estado, de
Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou
fundação instituída pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem
está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasilei-
ro ou domiciliado no Brasil;
§ 1º Nos casos do inciso I, o agente é punido
segundo a lei brasileira, ainda que absolvido
ou condenado no estrangeiro.
17. Aristóteles resolve matar o seu desafe-
to, Platão. Quando este estava saindo de
casa para trabalhar, Aristóteles efetuou
todos os disparos possíveis e foi embora,
acreditando que havia conseguido reali-
zar o seu intento. Entretanto, uma pessoa
que passava pelo mesmo local socorreu
Platão e o levou para o hospital. Após a
realização de algumas cirurgias, Platão
sobreviveu com lesões corporais graves.
Com base no caso hipotético narrado, as-
sinale a alternativa correta.
(A) Aristóteles responderá por homicídio sim-
ples consumado.
(B) Aristóteles responderá por lesão cor-
poral grave.
(C) Aristóteles responderá por homicídio tenta-
do, devendo sua pena ser diminuída de um
a dois terços.
(D) Aristóteles não responderá por crime algum.
(E) Aristóteles responderá por homicídio qualifi-
cado consumado.
Letra c.
Trata-se de crime de homicídio tentado. Aristó-
teles, por circunstâncias alheias à sua vontade,
não conseguiu consumar o crime. Dessa forma,
SOLDADO DE 2ª CLASSE
terá a sua pena diminuída de um a dois terços,
conforme expresso no art. 14, I e parágrafo úni-
co, do Código Penal.
Art. 14 - Diz-se o crime:
II - tentado, quando, iniciada a execução, não
se consuma por circunstâncias alheias à von-
tade do agente.
Parágrafo único - Salvo disposição em con-
trário, pune-se a tentativa com a pena corres-
pondente ao crime consumado, diminuída de
um a dois terços.
18. Com a entrada em vigor da Lei n.
13.964/2019 (Pacote Anticrime), a ação
penal no crime de Estelionato passou a
ser, como regra, pública condicionada à
representação do ofendido. Entretanto,
há casos em que a ação penal será públi-
ca incondicionada.
São hipóteses de ação penal públi-
ca incondicionada o estelionato prati-
cado contra:
( )

a Administração Pública, direta ou indireta.

( ) criança ou adolescente.

( ) pessoa com deficiência mental.

( ) pessoa com mais de 60 anos ou incapaz.
(A) V - F - V - F.
(B) F - F - V - V.
(C) V - V - F - F.
(D) V - V - V - F.
(E) F - V - F - V.
Letra d.
Há um pequeno erro na letra D. No crime de
estelionato, para que a ação penal seja públi-
ca incondicionada, ele deve ser praticado, entre
outras hipóteses, contra maior de 70 anos (e
não 60 anos) ou incapaz, conforme o art. 171,
parágrafo 5º, I, do Código Penal.
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, van-
tagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício,
ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
§ 5º Somente se procede mediante represen-
tação, salvo se a vítima for:
I - a Administração Pública, direta ou indireta;
II - criança ou adolescente;
III - pessoa com deficiência mental; ou
IV - maior de 70 (setenta) anos de idade ou
27
 incapaz.
19. Fagundes, Policial Militar do Estado de
Goiás, durante o seu expediente, estacio-
na a viatura em frente a uma lanchonete.
Ele sai do carro para comprar um donuts.
Entretanto, esquece-o aberto. Mévio, per-
cebendo a distração do policial, entra no
veículo e desaparece.
Com base no caso hipotético narrado, as-
sinale a alternativa correta.
(A) Mévio responde por roubo, e Fagundes, por
peculato-furto.
(B) Mévio responde por roubo, e Fagundes, por
peculato-apropriação.
(C) Mévio responde por furto, e Fagundes, por
peculato-furto.
(D) Mévio responde por furto, e Fagundes, por
peculato culposo, sendo possível que a sua
punibilidade seja extinta.
(E) Mévio responde por furto, e Fagundes, por
peculato culposo, não sendo possível a ex-
tinção da punibilidade.
Letra d.
Devido à negligência do agente Fagundes, Mé-
vio conseguiu furtar a viatura, pois não usou vio-
lência ou grave ameaça.
Fagundes responderá pelo crime de peculato
culposo (art. 312, parágrafo 2º). Mévio, por furto
simples (art. 155, caput).
Caso Fagundes repare o dano causado à Ad-
ministração Pública (valor da viatura), antes
da sentença irrecorrível (transitada em julga-
do), será extinta a punibilidade. Se a repara-
ção ocorrer após o trânsito em julgado da sen-
tença condenatória, será reduzida à metade a
pena imposta.
Peculato culposo
§ 2º Se o funcionário concorre culposamente
para o crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
§ 3º No caso do parágrafo anterior, a repara-
ção do dano, se precede à sentença irrecor-
rível, extingue a punibilidade; se lhe é poste-
rior, reduz de metade a pena imposta.
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem,
coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
20. Moacir, por meio de denúncia anônima,
informou ao Ministério Público que o Po-
licial Militar Jones praticou ato de impro-
bidade administrativa, mesmo sabendo
de sua inocência. O Parquet resolve, en-
tão, instaurar um inquérito civil, a fim de
apurar o fato narrado.
Com base no exposto, Moacir:
(A) deve responder por comunicação fal-
sa de crime.
(B) não deve responder por crime algum.
(C) deve responder por condescendência
criminosa.
(D) deve responder por denunciação calunio-
sa majorada.
(E) deve responder por denunciação caluniosa,
em sua forma simples.
Letra d.
Moacir deu causa à instauração de inquérito ci-
vil, imputando a prática de ato de improbidade
administrativa à Jones, sabendo que este era
inocente. Além disso, utilizou-se de denúncia
anônima, o que garantiu o seu anonimato.
Portanto, com base no art. 339, parágrafo 1º, do
Código Penal, Moacir responderá pelo crime de
denunciação caluniosa, tendo sua pena aumen-
tada da sexta parte.
Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito
policial, de procedimento investigatório crimi-
nal, de processo judicial, de processo adminis-
trativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação
de improbidade administrativa contra alguém,
imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar
ou ato ímprobo de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte,
se o agente se serve de anonimato ou de
nome suposto.
28
 Noções de Direito Constitucional
Ricardo Blanco
21. A República Federativa do Brasil, forma-
da pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, consti-
tui-se em Estado Democrático de Direito
e tem como fundamentos, exceto:
(A) a soberania.
(B) a cidadania.
(C) a dignidade da pessoa humana.
(D) os valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa.
(E) a erradicação da pobreza.
Letra e.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, for-
mada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se
em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre ini-
ciativa; (Vide Lei n. 13.874, de 2019)
V - o pluralismo político.
22. Assinale a opção incorreta em relação
aos direitos individuais
(A) São invioláveis a intimidade, a vida privada,
a honra e a imagem das pessoas, assegura-
do o direito a indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação.
(B) A casa é asilo inviolável do indivíduo, nin-
guém nela podendo penetrar sem consen-
timento do morador, salvo em caso de fla-
grante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determina-
ção judicial.
(C) É inviolável o sigilo da correspondência e
das comunicações telegráficas, de dados
e das comunicações telefônicas, salvo, no
primeiro caso, por ordem judicial, nas hipó-
teses e na forma que a lei estabelecer para
fins de investigação criminal ou instrução
processual penal.
(D) É livre o exercício de qualquer trabalho, ofí-
cio ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
(E) É assegurado a todos o acesso à informa-
ção e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional.
Letra c.
(a) Certo. Art. 5º, CF, X - são invioláveis a in-
timidade, a vida privada, a honra e a imagem
das pessoas, assegurado o direito a indeniza-
ção pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.
(b) Certo. Art. 5º, CF, XI - a casa é asilo invio-
lável do indivíduo, ninguém nela podendo pe-
netrar sem consentimento do morador, salvo
em caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, ou, durante o dia, por
determinação judicial. (Vide Lei n. 13.105, de
2015) (Vigência)
(c) Errado. Art. 5º, CF, XII - é inviolável o sigilo
da correspondência e das comunicações tele-
gráficas, de dados e das comunicações telefô-
nicas, salvo, no último caso, por ordem judicial,
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
para fins de investigação criminal ou instrução
processual penal. (Vide Lei n. 9.296, de 1996)
(d) Certo. Art. 5º, CF, XIII - é livre o exercí-
cio de qualquer trabalho, ofício ou profissão,
atendidas as qualificações profissionais que a
lei estabelecer.
(e) Certo. Art. 5º, CF, XIV - é assegurado a
todos o acesso à informação e resguardado o
sigilo da fonte, quando necessário ao exercí-
cio profissional.
29
23. Assinale a opção incorreta em relação à
nacionalidade.
(A) São brasileiros naturalizados os nascidos na
República Federativa do Brasil, ainda que
de pais estrangeiros, desde que estes não
estejam a serviço de seu país.
(B) São brasileiros natos os nascidos no estran-
geiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira,
desde que qualquer deles esteja a serviço
da República Federativa do Brasil.
(C) São brasileiros natos os nascidos no estran-
geiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira,
desde que sejam registrados em repartição
brasileira competente ou venham a residir
na República Federativa do Brasil e optem,
em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira.
(D) São brasileiros naturalizados os que, na for-
ma da lei, adquiram a nacionalidade brasi-
leira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um
ano ininterrupto e idoneidade moral.
(E) São brasileiros naturalizados os estrangei-
ros de qualquer nacionalidade, residentes
na República Federativa do Brasil há mais
de quinze anos ininterruptos e sem conde-
nação penal, desde que requeiram a nacio-
nalidade brasileira.
Letra a.
(a) Errado. Art. 12. São brasileiros: I - natos: a)
os nascidos na República Federativa do Brasil,
ainda que de pais estrangeiros, desde que es-
tes não estejam a serviço de seu país.
(b) Certo. Art. 12. São brasileiros: I - natos: b)
os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou
mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja
a serviço da República Federativa do Brasil.
(c) Certo. Art. 12. São brasileiros: I - natos: c)
os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou
de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham
a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingi-
da a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
(Redação dada pela Emenda Constitucional n.
54, de 2007)
(d) Certo. Art. 12. São brasileiros: II - naturaliza-
dos: a) os que, na forma da lei, adquiram a na-
SOLDADO DE 2ª CLASSE
cionalidade brasileira, exigidas aos originários
de países de língua portuguesa apenas residên-
cia por um ano ininterrupto e idoneidade moral.
(e) Certo. Art. 12. São brasileiros: II - naturaliza-
dos: b) os estrangeiros de qualquer nacionalida-
de, residentes na República Federativa do Brasil
há mais de quinze anos ininterruptos e sem con-
denação penal, desde que requeiram a nacio-
nalidade brasileira. (Redação dada pela Emen-
da Constitucional de Revisão n. 3, de 1994)
24. Assinale a opção incorreta em relação à
Administração Pública.
(A) A investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomea-
ção e exoneração.
(B) O prazo de validade do concurso público
será de até dois anos, prorrogável uma vez,
por igual período.
(C) Durante o prazo prorrogável previsto no
edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e
títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira.
(D) As funções de confiança, exercidas exclusi-
vamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos pre-
vistos em lei, destinam-se apenas às atribui-
ções de direção, chefia e assessoramento.
(E) É garantido ao servidor público civil o direito
à livre associação sindical.
Letra c.
(a) Certo. Art. 37, CF, II - a investidura em cargo
ou emprego público depende de aprovação pré-
via em concurso público de provas ou de provas
e títulos, de acordo com a natureza e a comple-
xidade do cargo ou emprego, na forma prevista
em lei, ressalvadas as nomeações para cargo
em comissão declarado em lei de livre nomea-
ção e exoneração; (Redação dada pela Emen-
da Constitucional n. 19, de 1998)
30
 (b) Certo. Art. 37, CF, III - o prazo de validade do
concurso público será de até dois anos, prorro-
gável uma vez, por igual período.
(c) Errado. Art. 37, CF, IV - durante o prazo im-
prorrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de pro-
vas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assu-
mir cargo ou emprego, na carreira.
(d) Certo. Art. 37, CF, V - as funções de con-
fiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em co-
missão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mí-
nimos previstos em lei, destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramen-
to. (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 19, de 1998)
(e) Certo. Art. 37, CF, VI - é garantido ao servidor
público civil o direito à livre associação sindical.
25. Assinale a opção incorreta em relação à
Administração Pública.
(A) O direito de greve será exercido nos termos
e nos limites definidos em lei específica.
(B) A lei reservará percentual dos cargos e em-
pregos públicos para as pessoas portado-
ras de deficiência e definirá os critérios de
sua admissão.
(C) A lei estabelecerá os casos de contratação
por tempo determinado para atender a ne-
cessidade temporária de excepcional inte-
resse público.
(D) A remuneração dos servidores públicos e o
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 so-
mente poderão ser fixados ou alterados por
lei específica, observada a iniciativa privati-
va em cada caso, assegurada revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distin-
ção de índices.
(E) Os vencimentos dos cargos do Poder Exe-
cutivo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Legislativo.
Letra e.
(a) Certo. Art. 37, CF, VII - o direito de greve
será exercido nos termos e nos limites definidos
em lei específica. (Redação dada pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)
SOLDADO DE 2ª CLASSE
(b) Certo. Art. 37, CF, VIII - a lei reservará per-
centual dos cargos e empregos públicos para as
pessoas portadoras de deficiência e definirá os
critérios de sua admissão;
(c) Certo. Art. 37, CF, IX - a lei estabelecerá
os casos de contratação por tempo determina-
do para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público. (Vide Emenda
constitucional n. 106, de 2020)
(d) Certo. Art. 37, CF, X - a remuneração dos
servidores públicos e o subsídio de que trata o
§ 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou
alterados por lei específica, observada a inicia-
tiva privativa em cada caso, assegurada revisão
geral anual, sempre na mesma data e sem dis-
tinção de índices. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998) (Regulamento)
(e) Errado. Art. 37, CF, XII - os vencimentos dos
cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciá-
rio não poderão ser superiores aos pagos pelo
Poder Executivo.
26. Assinale a opção incorreta em relação à
segurança pública.
(A) A polícia ferroviária federal, órgão perma-
nente, organizado e mantido pela União e
estruturado em carreira, destina-se, na for-
ma da lei, ao patrulhamento ostensivo das
ferrovias federais.
(B) Às polícias civis, dirigidas por delegados de
polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais,
exceto as militares.
(C) Às polícias militares cabem a polícia osten-
siva e a preservação da ordem pública; aos
corpos de bombeiros militares, além das
atribuições definidas em lei, incumbe a exe-
cução de atividades de defesa civil.
(D) Às polícias penais, vinculadas ao órgão ad-
ministrador do sistema penal da unidade fe-
derativa a que pertencem, cabe a segurança
dos estabelecimentos penais.
(E) As polícias civil e os corpos de bombeiros
militares, forças auxiliares e reserva do
Exército subordinam-se, juntamente com as
polícias civis e as polícias penais estaduais
e distrital, aos Governadores dos Estados,
do Distrito Federal e dos Territórios.
31
 Letra e.
(a) Certo. Art. 144, CF, § 3º A polícia ferroviária
federal, órgão permanente, organizado e man-
tido pela União e estruturado em carreira, desti-
na-se, na forma da lei, ao patrulhamento osten-
sivo das ferrovias federais. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
(b) Certo. Art. 144, CF, § 4º Às polícias civis,
dirigidas por delegados de polícia de carreira,
incumbem, ressalvada a competência da União,
as funções de polícia judiciária e a apuração de
infrações penais, exceto as militares.
(c) Certo. Art. 144, CF, § 5º Às polícias militares
cabem a polícia ostensiva e a preservação da
ordem pública; aos corpos de bombeiros mili-
tares, além das atribuições definidas em lei, in-
cumbe a execução de atividades de defesa civil.
(d) Certo. Art. 144, CF, § 5º-A. Às polícias pe-
nais, vinculadas ao órgão administrador do sis-
tema penal da unidade federativa a que perten-
cem, cabe a segurança dos estabelecimentos
penais. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 104, de 2019)
(e) Errado. Art. 144, CF, § 6º As polícias milita-
res e os corpos de bombeiros militares, forças
auxiliares e reserva do Exército subordinam-se,
juntamente com as polícias civis e as polícias
penais estaduais e distrital, aos Governadores
dos Estados, do Distrito Federal e dos Territó-
rios. (Redação dada pela Emenda Constitucio-
nal n. 104, de 2019)
Noções de Direito Processual Penal
Diego Henrique
27. Admite-se a prisão temporária nos se-
guintes crimes, exceto:
(A) roubo simples.
(B) roubo qualificado.
(C) epidemia com resultado morte.
(D) genocídio.
(E) estelionato.
Letra e.
A Lei n. 7.960/1989 prevê os crimes que permi-
tem a decretação da prisão temporária. Desta-
ca-se que, da letra A até a letra D, todos estão
expressamente previstos na referida legislação,
assim disposto: art. 1º, III, “c” (todas as formas
de roubo, simples, majorado ou qualificado); “i”
(epidemia com resultado morte); e “m” (genocí-
SOLDADO DE 2ª CLASSE
dio). Atenção ao crime de estelionato para não
confundir: o estelionato não admite prisão tem-
porária porque não está previsto na lei, mas ad-
mite prisão preventiva, pois a sua pena máxima
é superior a 5 anos.
28. O Ministério Público é o titular da ação
penal pública. Sabe-se, porém, que, em
determinados crimes, a inércia do órgão
ministerial ocasionar a permissão de
que o ofendido ingresse em juízo da se-
guinte forma:
(A) por advogado ou defensor público, ofere-
cendo a chamada denúncia substitutiva, no
prazo de 6 meses do dia do fato.
(B) por advogado ou defensor público, ofere-
cendo a chamada denúncia alternativa, no
prazo de 6 meses do dia do fato.
(C) sem advogado ou defensor público, ofere-
cendo a chamada denúncia substitutiva, no
prazo de 3 meses do dia do fato.
(D) por advogado ou defensor público, ofere-
cendo a chamada queixa-crime, no prazo de
6 meses do dia do fato.
(E) por advogado ou defensor público, ofere-
cendo a chamada queixa-crime, no prazo de
6 meses do dia em que se esgotar o pra-
zo legal para o Ministério Público oferecer
a denúncia.
Letra e.
Trata-se da chamada ação penal privada subsi-
diária da pública, que é instrumentalizada pela
queixa-crime. Necessita-se de advogado ou de-
fensor público para postular em juízo. Destaca-
-se que, em regra, o prazo da ação penal pri-
vada é de 6 meses, contados do conhecimento
da autoria, porém, quando da inércia do MP, o
prazo se conta a partir do término do prazo legal
para este órgão oferecer a denúncia, nos ter-
mos do art. 38 do CPP.
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o
ofendido, ou seu representante legal, decairá
no direito de queixa ou de representação, se
não o exercer dentro do prazo de seis meses,
contado do dia em que vier a saber quem é
o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do
dia em que se esgotar o prazo para o ofereci-
mento da denúncia.
32
29. A ação penal oferecida pelo particular
nos casos em que o Ministério Público se
mantém inerte é também conhecida como:
(A) ação penal alternativa.
(B) ação penal supletiva.
(C) ação penal preventiva.
(D) ação penal secundária.
(E) ação penal substitutiva.
Letra b.
Para fins de um estudo completo sobre a temá-
tica e também diante da necessidade de conhe-
cer palavras sinônimas (o que pode gerar um
acerto essencial na hora da prova), cobramos a
expressão sinônima de “ação penal subsidiária
da pública”, complementando, assim, a questão
anterior. Veja-se: a ação penal privada subsidi-
ária da pública é também conhecida como ação
penal supletiva. A razão dessa cobrança surge
para não confundir com a letra D, pois a ação pe-
nal secundária ocorre nos casos em que inicial-
mente um crime se persegue por determinado
tipo de ação e quando se soma algum elemento
surge um novo tipo de ação. Por exemplo: a in-
júria é crime de ação penal privada. Se, todavia,
for contra o Presidente da República, a ação
penal passa a ser condicionada à requisição do
Ministro da Justiça.
30. O Inquérito Policial é um procedimento
administrativo conduzido pelo Delegado
de Polícia, tendo prazo para encerramen-
to previsto em lei. A respeito do crime de
tráfico de drogas, o prazo máximo legal-
mente previsto para o seu encerramento,
no caso de investigado preso, após pror-
rogação, deverá ocorrer em até:
(A) 90 dias.
(B) 10 dias.
(C) 60 dias.
(D) 180 dias.
(E) 30 dias.
Letra c.
A questão foi maldosa, no sentido de despertar
uma visão ampla na interpretação de enuncia-
dos. Sabe-se que o inquérito policial, no caso
de tráfico de drogas, deverá ser encerrado em
30 dias (se preso) e em 90 dias (se solto). Es-
ses prazos podem ser duplicados em havendo
necessidade. Assim, o prazo MÁXIMO, no caso
SOLDADO DE 2ª CLASSE
de indiciado preso, é de 60 dias (30+30). Se a
questão não colocasse a palavra “máximo”, as
alternativas certamente indicariam, por exem-
plo, 30 dias, podendo ser prorrogado. A questão
teve a intenção de gerar esse poder de interpre-
tação (que se adquire fazendo prova na prática).
Art. 51 da Lei n. 11.343/2006. O inquérito
policial será concluído no prazo de 30 (trin-
ta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90
(noventa) dias, quando solto.
Parágrafo único. Os prazos a que se refere
este artigo podem ser duplicados pelo juiz,
ouvido o Ministério Público, mediante pedido
justificado da autoridade de polícia judiciária.
31. A respeito do Habeas Corpus no proces-
so penal, assinale a alternativa incorreta.
(A) O habeas corpus poderá ser impetrado por
qualquer pessoa, em seu favor ou de ou-
trem, exceto pelo Ministério Público.
(B) Recebida a petição de habeas corpus, o
juiz, se julgar necessário, e estiver pre-
so o paciente, mandará que este lhe seja
imediatamente apresentado em dia e hora
que designar.
(C) No caso de o paciente se encontrar preso,
nenhum motivo escusará a sua apresenta-
ção, exceto a sua grave enfermidade, não
estar ele sob a guarda da pessoa a quem se
atribui a detenção ou se o comparecimen-
to não tiver sido determinado pelo juiz ou
pelo tribunal.
(D) O detentor declarará à ordem de quem o pa-
ciente estiver preso.
(E) Se a decisão for favorável ao paciente, será
logo posto em liberdade, salvo se por outro
motivo dever ser mantido na prisão.
Letra a.
O Ministério Público tem legitimidade para im-
petrar Habeas Corpus (art. 654 do CPP). B (art.
656 do CPP: Recebida a petição de habeas cor-
pus, o juiz, se julgar necessário, e estiver preso
o paciente, mandará que este lhe seja imedia-
tamente apresentado em dia e hora que desig-
nar); C (art. 657, I, II e III, do CPP); D (art. 658
do CPP); E (art. 660, § 1º, do CPP). Essa ex-
pressão “se por outro motivo dever ser mantido
na prisão” é muito comum na prática, tendo em
vista que a soltura se refere a determinado pro-
cesso, podendo estar preso por outros.
33
 Noções de Direito Administrativo
Raphael Spyere
32. São atributos dos atos administrati-
vos, EXCETO:
(A) presunção de legitimidade e veracidade.
(B) imperatividade.
(C) autoexecutoriedade.
(D) procedência.
(E) tipicidade.
Letra d.
A resposta estampada na alternativa D não re-
presenta um atributo dos atos administrativos,
advindo daí ser o gabarito (a questão pede que
o candidato assinale a alternativa que não apre-
senta um atributo dos atos administrativos).
Procedência é uma expressão comumente em-
pregada em processos judiciais e administrati-
vos para indicar que o pleito apresentado pelos
interessados foi reconhecido, isto é, “deferido”
pela autoridade competente.
A doutrina aponta tradicionalmente os seguin-
tes atributos:
- Presunção de legitimidade e veracidade (al-
ternativa A): os atos se acham em conformidade
com a lei e o direito (legitimidade) e apresentam
fatos verdadeiros (veracidade), até que se pro-
ve o contrário (presunção relativa –juris tantum).
- Imperatividade (alternativa B): os atos admi-
nistrativos emanados da Administração como
Poder Público (atos de império) se impõem aos
seus destinatários, independentemente da anu-
ência destes.
- Autoexecutoriedade (alternativa C): os atos
administrativos não dependem de processo e
decisão judicial para que possam ser executa-
dos. Isso porque a lei confere à Administração
os meios coercitivos necessários a serem ado-
tados nos processos administrativos para que
seus atos sejam cumpridos por seus destinatá-
rios independente do Judiciário.
- Tipicidade (alternativa E): todos os elemen-
tos jurídicos caracterizadores do ato unilateral
e aptos à produção de efeitos devem constar
expressamente em lei, o que permite segurança
jurídica na relação entre os administrados e a
Administração. O ato unilateral praticado con-
trariamente a esse atributo recebe o nome de
“inominado”, e é logicamente ilegal.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
33. Assinale a alternativa que apresenta
os cinco elementos jurídicos exigidos
para o aperfeiçoamento dos atos admi-
nistrativos.
(A) Competência, finalidade, tipicidade, obje-
to e motivo.
(B) Competência, agilidade, forma, finalida-
de e objeto.
(C) Competência, moralidade, forma, moti-
vo e objeto.
(D) Competência, finalidade, forma, moti-
vo e objeto.
(E) Competência, publicidade, finalidade, moti-
vo e objeto.
Letra d.
Questão muito fácil que apenas exige que o
candidato conheça os elementos ou requisitos
dos atos administrativos.
A competência ou sujeito define “quem” será o
responsável pela prática do ato administrativo.
Trata-se de elemento determinado em lei, por-
tanto, vinculado.
Finalidade: refere-se ao fim de interesse públi-
co imposto por lei à Administração quando da
prática de um ato administrativo. Cuida-se de
mais um elemento vinculado.
Forma: é a designação legal do modo por meio
do qual o ato administrativo será praticado. É
a maneira como o ato se manifesta. A doutrina
majoritária defende ser um elemento vinculado,
assim como a competência e finalidade.
Motivo: são os fundamentos de fato e de direito
que determinam ou autorizam a realização do
ato administrativo. Quando determinam a reali-
zação do ato, o motivo se apresenta como ele-
mento vinculado. Quando autoriza sua realiza-
ção, representa um elemento discricionário. Se
vinculado, o ato é vinculado. Se discricionário, o
ato é discricionário.
Objeto ou conteúdo: é o efeito jurídico imediato
que se busca alcançar por meio da prática de
um ato administrativo. Se a lei impõe alcançar
determinado objeto, é porque tal elemento é vin-
culado. Quando a lei não impõe, mas ao contrá-
rio, deixa que a Administração resolva qual é o
mais oportuno e conveniente, tem-se objeto dis-
cricionário. Quando vinculado, o ato é vincula-
do. Quando discricionário, o ato é discricionário.
34
 A partir das explicações dadas sobre o motivo e
o objeto, conclui-se que esses elementos permi-
tem deduzir se o ato administrativo é vinculado
ou discricionário:
- O ato vinculado tem motivo e objeto vinculados;
- O ato discricionário tem motivo e objeto dis-
cricionários.
No tocante às demais alternativas:
(a) Errado. Tipicidade é atributo dos atos
unilaterais.
(b) Errado. Agilidade é dever imposto à pres-
tação dos serviços públicos como corolário do
princípio da eficiência.
(c) Errado. Moralidade é princípio constitucional
da Administração Pública.
(e) Errado. Publicidade é outro princípio consti-
tucional da Administração Pública.
34. Avalie se as seguintes afirmativas acerca
da Administração Pública Direta são fal-
sas (F) ou verdadeiras (V):
( )

I – É composta por órgãos diretamente su-
bordinados aos chefes do Poder Executi-
vo, como as Secretarias Estaduais frente
aos seus respectivos governadores.

( ) II – Seus órgãos são unidades de atuação
dotadas de personalidade jurídica.

( ) III – Os servidores lotados nos órgãos da
Administração Pública Direta estão su-
jeitos ao regime jurídico trabalhista.
As afirmativas são, respectivamente:
(A) F, F e F.
(B) F, V e F.
(C) V, F e V.
(D) V, F e F.
(E) F, V e V.
Letra d.
A questão trata de forma inteligente sobre a or-
ganização da Administração Pública, exigindo
do candidato conhecer o vocabulário emprega-
do e sua respectiva aplicação.
I. Certo. De fato, adotando-se como base o
Decreto-Lei n. 200/1967, responsável pela or-
ganização da Administração Pública Federal,
tem-se que a Administração Direta é composta
de órgãos subordinados ao respectivo Chefe do
Poder Executivo. No caso do Estado de Goiás,
tem-se as secretarias, como a Secretaria de Es-
SOLDADO DE 2ª CLASSE
tado de Administração Pública - SEAP, e o Go-
vernador. Nos termos do inciso I do art. 4º do
diploma legal referido:
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui
dos serviços integrados na estrutura admi-
nistrativa da Presidência da República e
dos Ministérios.
Adaptando esse dispositivo ao Estado de Goi-
ás, tem-se que a Administração Direta do Es-
tado é constituída dos serviços integrados na
estrutura administrativa da Governadoria e das
Secretarias Estaduais.
II. Errado. Os órgãos são unidades adminis-
trativas desprovidas de personalidade jurídica,
o que significa que não são pessoas jurídicas.
Ao contrário, as unidades de atuação adminis-
trativa dotadas de personalidade jurídica são
chamadas de entidades e, por conseguinte,
são pessoas jurídicas. A título de exemplo, as
Polícias Militares são típicos órgãos; ao passo
que, como regra, os Departamentos de Trânsito
(DETRAN’s) são exemplos de entidades (natu-
reza autárquica).
III. Errado. Os servidores públicos lotados nos
órgãos da Administração Direta são submetidos
ao regime jurídico estatutário, e não ao regime
jurídico trabalhista, como afirmado.
35. Dentre os poderes administrativos, está
o poder de polícia, que pode ser de-
finido como:
(A) a prerrogativa concedida aos agentes admi-
nistrativos de elegerem, entre várias condu-
tas possíveis, a que traduz maior conveniên-
cia e oportunidade para o interesse público.
(B) a prerrogativa conferida à Administração Pú-
blica de editar atos gerais para complemen-
tar as leis e permitir a sua efetiva aplicação.
(C) a prerrogativa de limitar e condicionar o
exercício de direitos pelos administrados,
ou, ainda, de impor-lhes abstenções de fa-
zer, sempre tendo como propósito a satisfa-
ção dos interesses públicos.
(D) o dever de agir conforme a moralidade e a
impessoalidade.
(E) o poder da Administração Pública de anular
e revogar seus próprios atos.
35
 Letra c.
Trata-se de conceito de poder de polícia similar
ao encontrado no art. 78 do Código Tributário
Nacional a justificar a cobrança de taxas pelo
Poder Público. Observe:
Art. 78. Considera-se poder de polícia ativi-
dade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberda-
de, regula a prática de ato ou abstenção de
fato, em razão de interesse público concer-
nente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mer-
cado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização
do Poder Público, à tranquilidade pública ou
ao respeito à propriedade e aos direitos indi-
viduais ou coletivos.
No tocante às demais afirmativas:
(a) Errado. O conceito se relaciona com o poder
discricionário.
(b) Errado. Conceito ao poder regulamentar.
(d) Errado. Agir em conformidade com a morali-
dade e a impessoalidade é decorrente do dever
de probidade administrativa reputado aos agen-
tes públicos em geral.
(e) Errado. Explicação que se relaciona com o
princípio da autotutela.
36. Sobre os poderes e deveres dos admi-
nistradores públicos, assinale a alterna-
tiva correta.
(A) Excesso de poder é a modalidade de abuso
em que o agente busca alcançar fim diverso
daquele que a lei lhe permitiu.
(B) Os ilícitos administrativos praticados por
agentes públicos são sancionados pela Ad-
ministração Pública por meio do exercício do
poder disciplinar.
(C) Anualmente, caberá ao Presidente da Repú-
blica prestar ao Congresso nacional as con-
tas referentes ao exercício anterior, no prazo
de 90 dias da abertura da sessão legislativa.
(D) Compete privativamente ao Congresso Na-
cional sustar os atos normativos do Poder
Executivo que exorbitem do poder regulamen-
tar ou dos limites de delegação legislativa.
(E) Os atos normativos decorrentes do exercício
do poder regulamentar típico são de natu-
reza originária, uma vez que extraem exis-
tência e validade diretamente da Constitui-
ção Federal.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
Letra b.
De fato, o poder disciplinar permite à Adminis-
tração punir seus agentes públicos incursos em
ilícitos administrativos. É exercido, por exemplo,
quando um servidor público é suspenso por 90
dias, via de regra, pela prática de ilícito grave
que não recomende pena de demissão. Quanto
às demais alternativas.
(a) Errado. Excesso de poder é um vício na
competência de um ato administrativo. Mani-
festa-se quando uma agente ou órgão pratica
ato que não se acha previsto no rol legal de
suas competências (por exemplo, o Ministério
da Saúde autorizando o funcionamento de fa-
culdade, o que seria competência do Ministério
da Educação). Também poderá ocorrer quanto
se transborda o exercício da competência (por
exemplo, um policial que busca obter provas por
meio da tortura.
O conceito apresentado na questão se corre-
laciona com o desvio de poder ou de finalida-
de, de que é exemplo a concessão de graça ou
anistia pelo Chefe do Poder Executivo Fede-
ral visando o favorecimento de amigos. Outro
exemplo ocorre quando o Presidente da Repú-
blica nomeia determinado conhecido para exer-
cer a função de Chefe da Casa Civil em busca
de assegurar-lhe foro especial pela prerrogativa
de função.
(c) Errado. Não é no prazo de 90 dias, con-
forme citado na questão, mas sim de 60 dias
contados após a abertura da sessão legislativa,
consoante o inciso XXIV do art. 84 da CF/1988,
pelo qual:
Art. 84. Compete privativamente ao Presi-
dente da República:
(…)
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso
Nacional, dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa, as contas re-
ferentes ao exercício anterior.
(d) Errado. O erro é sutil: não se trata de com-
petência privativa (delegável), como alegado,
mas sim exclusiva (indelegável). É o que se ex-
trai da leitura do inciso V do art. 49 da CF/1988:
Art. 49. É da competência exclusiva do Con-
gresso Nacional:
(…)
36
 V - sustar os atos normativos do Poder Exe-
cutivo que exorbitem do poder regulamentar
ou dos limites de delegação legislativa.
(e) Errado. Os atos normativos decorrentes
do exercício do Poder Regulamentar, como os
decretos presidenciais que regulamentam leis
(CF/1988, art. 84, IV), são derivados, e não ori-
ginários, como afirmado na questão. Assim, as
normas provenientes desses atos são secun-
dárias, extraindo existência e validade das leis
que regulamentam. As leis, essas sim, são atos
ordinários, com normas primárias de existência
e validade diretamente associadas à CF/1988.
37. Trata-se de instrumento de controle juris-
dicional da Administração Pública:
(A) Reclamação Administrativa.
(B) Comissão Parlamentar de Inquérito.
(C) Pedido de Informação.
(D) Recurso Administrativo.
(E) Mandado de Segurança.
Letra e.
O mandado de segurança é uma ação constitu-
cional por meio da qual se provoca o Judiciário
a controlar eventual ato praticado pelo Poder
Público que lese ou ameace lesar direitos líqui-
dos e certos não protegidos por habeas corpus
e habeas data. Trata-se de importante remédio
constitucional que provoca o controle externo
pelo Poder Judiciário. O mandado de seguran-
ça individual está previsto na CF/1988, art. 5º,
LXIX, pelo qual:
Art. 5º. (…)
LXIX - conceder-se-á mandado de seguran-
ça para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas
data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou
agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público.
Quanto às demais alternativas:
(a) Errado. A reclamação administrativa é meio
de provocação do controle administrativo, isto é,
realizado pela própria Administração (autotute-
la). Tem fundamento na CF/1988, art. 5º, XXXIV,
“a”, que estabelece o direito de petição. Nos ter-
mos desse dispositivo constitucional:
SOLDADO DE 2ª CLASSE
Art. 5º. (…)
XXXIV - são a todos assegurados, indepen-
dentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos
em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder.
Assim como a representação administrativa, o
recurso e a revisão administrativa, a reclama-
ção administrativa é um remédio administrativo
que provoca a Administração a controlar seus
atos. Tem por objeto os atos administrativos que
atingem diretamente os interesses, direitos e li-
berdades do reclamante. Pode ser usado, por
exemplo, quando uma autorização para uso pri-
vativo de bem público importa em efeitos preju-
diciais aos moradores locais.
(b) Errado. Comissão parlamentar de inquérito
é exemplo clássico de controle externo legislati-
vo. Consta previsto expressamente na CF/1988,
art. 58, § 3º, cujos termos são os seguintes:
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas
terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições
previstas no respectivo regimento ou no ato
de que resultar sua criação.
(…)
§ 3º As comissões parlamentares de inquéri-
to, que terão poderes de investigação próprios
das autoridades judiciais, além de outros pre-
vistos nos regimentos das respectivas Casas,
serão criadas pela Câmara dos Deputados e
pelo Senado Federal, em conjunto ou separa-
damente, mediante requerimento de um terço
de seus membros, para a apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao
Ministério Público, para que promova a res-
ponsabilidade civil ou criminal dos infratores.
(c) Errado. O pedido de informação está pre-
visto na Lei n. 12.527/2011 – LAI – como ins-
trumento administrativo que tem por objeto re-
querer à Administração o acesso à determinada
informação mantida por ela em seus acervos. É
previsto no art. 10 do citado diploma legal com
a rubrica de pedido de acesso à informações:
Art. 10. Qualquer interessado poderá apre-
sentar pedido de acesso a informações aos
37
 órgãos e entidades referidos no art. 1º desta
Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o
pedido conter a identificação do requerente e
a especificação da informação requerida.
Trata-se de outro remédio administrativo, ao
lado dos recursos administrativos, pedidos de
revisão, recursos e reclamações administrati-
vas, bem como representações.
(d) Errado. O recurso administrativo em sentido
restrito é o meio administrativo empregado para
o exercício do direito de pluralidade de instân-
cias nos processos administrativos. Por meio
dele, o interessado devolve para reapreciação
determinada decisão tomada pela Administra-
ção que entende ter sido indevida. Consta pre-
visto expressamente na Lei n. 9.784/1999, art.
56 e § 1º, cuja redação não deixa qualquer mar-
gem para dúvidas:
Art. 56. Das decisões administrativas cabe
recurso, em face de razões de legalidade e
de mérito.
§ 1º O recurso será dirigido à autoridade que
proferiu a decisão, a qual, se não a reconsi-
derar no prazo de cinco dias, o encaminhará
à autoridade superior.
Noções de Direito Penal Militar
Leandro Antunes
38. Acerca das hipóteses do artigo 9 do CPM,
assinale a alternativa correta.
São considerados crimes militares os
crimes previstos no Código Penal Mi-
litar e os previstos na legislação penal
quando praticados:
(A) por militar em situação de atividade contra
militar na inatividade.
(B) por militar em situação de inatividade em
lugar sujeito à administração militar, contra
militar da reserva, ou reformado, ou civil.
(C) por militar em situação de atividade, de folga,
atuando em razão da função, ainda que fora
do lugar sujeito à administração militar con-
tra militar da reserva, ou reformado, ou civil.
(D) por militar inativo, contra militar da reserva,
ou reformado, ou assemelhado, ou civil.
(E) por militar em situação de inatividade contra
o patrimônio sob a administração privada.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
Letra c.
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em
tempo de paz:
II – os crimes previstos neste Código e os pre-
vistos na legislação penal, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou asse-
melhado, contra militar na mesma situação ou
assemelhado;
b) por militar em situação de atividade ou asse-
melhado, em lugar sujeito à administração mili-
tar, contra militar da reserva, ou reformado, ou
assemelhado, ou civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão
da função, em comissão de natureza militar, ou
em formatura, ainda que fora do lugar sujeito à
administração militar contra militar da reserva,
ou reformado, ou civil;
d) por militar durante o período de manobras
ou exercício, contra militar da reserva, ou refor-
mado, ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou as-
semelhado, contra o patrimônio sob a adminis-
tração militar, ou a ordem administrativa militar.
39. Os crimes militares, quando dolosos con-
tra a vida e cometidos por militares das
Forças Armadas contra civil, serão da
competência da Justiça Militar da União,
se praticados no contexto de atividade de
natureza militar, de operação de paz, de
garantia da lei e da ordem ou de atribui-
ção subsidiária, realizadas em conformi-
dade com o disposto no art. 142 da Cons-
tituição Federal e na forma do seguinte
diploma legal:
(A) Código Brasileiro de Trânsito.
(B) Estatuto do Idoso.
(C) Código de Processo Penal.
(D) Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
Eleitoral.
(E) Estatuto da Criança e do Adolescente.
Letra d.
Art. 9°, § 2° Os crimes de que trata este artigo,
quando dolosos contra a vida e cometidos por
militares das Forças Armadas contra civil, serão
da competência da Justiça Militar da União, se
praticados no contexto:
(...)
III – de atividade de natureza militar, de opera-
ção de paz, de garantia da lei e da ordem ou
38
 de atribuição subsidiária, realizadas em confor-
midade com o disposto no art. 142 da Consti-
tuição Federal e na forma dos seguintes diplo-
mas legais:
a) Lei n. 7.565, de 19 de dezembro de 1986 -
Código Brasileiro de Aeronáutica;
b) Lei Complementar n. 97, de 9 de ju-
nho de 1999;
c) Decreto-Lei n. 1.002, de 21 de outubro de
1969 - Código de Processo Penal Militar; e
d) Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código
Eleitoral.
40. Acerca dos institutos previstos no título
Aplicação da Lei Penal Militar, assinale a
alternativa incorreta.
(A) Os militares estrangeiros, quando em comis-
são ou estágio nas forças armadas, ficam
sujeitos à lei penal militar brasileira.
(B) O militar da reserva ou reformado, empre-
gado na administração militar, equipara-se
ao militar em situação de atividade, para o
efeito da aplicação da lei penal militar.
(C) O militar da reserva, ou reformado, conser-
va as responsabilidades e prerrogativas do
posto ou graduação, para o efeito da apli-
cação da lei penal militar, quando pratica ou
contra ele é praticado crime militar.
(D) O defeito do ato de incorporação exclui a
aplicação da lei penal militar, se alegado ou
conhecido antes da prática do crime.
(E) O tempo de guerra, para os efeitos da apli-
cação da lei penal militar, começa com a de-
claração ou o reconhecimento do estado de
guerra, ou com o decreto de mobilização se
nele estiver compreendido aquele reconhe-
cimento; e termina quando houver a edição
do decreto de paz.
Letra e.
Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em
comissão ou estágio nas forças armadas, ficam
sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalva-
do o disposto em tratados ou convenções in-
ternacionais.
Art. 12. O militar da reserva ou reformado, em-
pregado na administração militar, equipara-se
ao militar em situação de atividade, para o efeito
da aplicação da lei penal militar.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, con-
serva as responsabilidades e prerrogativas do
posto ou graduação, para o efeito da aplicação
da lei penal militar, quando pratica ou contra ele
é praticado crime militar.
Art. 14. O defeito do ato de incorporação não
exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se
alegado ou conhecido antes da prática do crime.
Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da
aplicação da lei penal militar, começa com a
declaração ou o reconhecimento do estado de
guerra, ou com o decreto de mobilização se
nele estiver compreendido aquele reconheci-
mento; e termina quando ordenada a cessação
das hostilidades.
41. Acerca dos institutos previstos no título
Aplicação da Lei Penal Militar, assinale a
alternativa correta.
(A) O Código Penal Militar compreende as infra-
ções dos regulamentos disciplinares.
(B) Aos crimes praticados em tempo de guerra,
salvo disposição especial, aplicam-se as pe-
nas cominadas para o tempo de paz, com o
aumento de um quinto.
(C) É considerada militar, para efeito da aplica-
ção deste Código, qualquer pessoa que, em
tempo de paz, e não em tempo de guerra,
seja incorporada às forças armadas, para
nelas servir em posto, graduação, ou sujei-
ção à disciplina militar.
(D) Equipara-se ao comandante, para o efeito
da aplicação da lei penal militar, todo militar
com função de autoridade.
(E) O militar que, em virtude da função, exer-
ce autoridade sobre outro de igual posto ou
graduação, considera-se superior, para efei-
to da aplicação da lei penal militar.
Letra e.
Art. 19. Este Código não compreende as infra-
ções dos regulamentos disciplinares.
Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de
guerra, salvo disposição especial, aplicam-se
as penas cominadas para o tempo de paz, com
o aumento de um terço.
39
 Art. 22. É considerada militar, para efeito da
aplicação deste Código, qualquer pessoa que,
em tempo de paz ou de guerra, seja incorpora-
da às forças armadas, para nelas servir em pos-
to, graduação, ou sujeição à disciplina militar.
Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o
efeito da aplicação da lei penal militar, toda au-
toridade com função de direção.
Art. 24. O militar que, em virtude da função,
exerce autoridade sobre outro de igual posto ou
graduação, considera-se superior, para efeito
da aplicação da lei penal militar.
Noções de Direito Processual Penal Militar
Leandro Antunes
42. Quanto ao previsto no CPPM, no que se
refere ao exercício de polícia judiciária
militar, assinale a alternativa correta.
(A) Obedecidas as normas regulamentares de
jurisdição, hierarquia e comando, as atribui-
ções enumeradas neste artigo poderão ser
delegadas a oficiais da ativa, para fins espe-
cificados e por tempo ilimitado.
(B) Em se tratando de delegação para instaura-
ção de inquérito policial militar, deverá aque-
la recair em oficial de posto superior ao do
indiciado, seja este oficial apenas da ativa.
(C) Não sendo possível a designação de oficial
de posto superior ao do indiciado, poderá
ser feita a de oficial do mesmo posto, desde
que mais antigo.
(D) Se o indiciado é oficial da reserva ou refor-
mado, prevalece, para a delegação, a anti-
guidade de posto.
(E) Se o posto e a antiguidade de oficial da ativa
excluírem, de modo absoluto, a existência
de outro oficial da ativa nas condições do §
3º, caberá ao ministro competente a desig-
nação de oficial da ativa de posto mais ele-
vado para a instauração do inquérito policial
militar; e, se este estiver iniciado, avocá-lo,
para tomar essa providência.
Letra c.
Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos
termos do art. 8º, pelas seguintes autoridades,
conforme as respectivas jurisdições:
SOLDADO DE 2ª CLASSE
§ 1º Obedecidas as normas regulamentares de
jurisdição, hierarquia e comando, as atribuições
enumeradas neste artigo poderão ser delega-
das a oficiais da ativa, para fins especificados e
por tempo limitado.
§ 2º Em se tratando de delegação para instau-
ração de inquérito policial militar, deverá aquela
recair em oficial de posto superior ao do indicia-
do, seja este oficial da ativa, da reserva, remu-
nerada ou não, ou reformado.
§ 3º Não sendo possível a designação de oficial de
posto superior ao do indiciado, poderá ser feita a
de oficial do mesmo posto, desde que mais antigo.
§ 4º Se o indiciado é oficial da reserva ou refor-
mado, não prevalece, para a delegação, a anti-
guidade de posto.
§ 5º Se o posto e a antiguidade de oficial da ativa
excluírem, de modo absoluto, a existência de ou-
tro oficial da ativa nas condições do § 3º, caberá
ao ministro competente a designação de oficial
da reserva de posto mais elevado para a instau-
ração do inquérito policial militar; e, se este estiver
iniciado, avocá-lo, para tomar essa providência.
43. Quanto ao previsto no CPPM, no que se
refere às competências de polícia judici-
ária militar, assinale a alternativa correta.
(A) Apurar os crimes militares e crimes comuns,
bem como os que, por lei especial, estão su-
jeitos à jurisdição militar, e sua autoria.
(B) Prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar
e do tribunal do júri e aos membros do Minis-
tério Público as informações necessárias à
instrução e julgamento dos processos, bem
como realizar as diligências que por eles lhe
forem requisitadas.
(C) Cumprir os mandados de prisão expedidos
pela Justiça Militar.
(D) Representar as autoridades judiciárias da vara
da infância de da juventude acerca da prisão
preventiva e da insanidade mental do indiciado.
(E) Cumprir as determinações da Justiça Fe-
deral relativas aos presos sob sua guarda
e responsabilidade, bem como as demais
prescrições deste Código, nesse sentido.
Letra c.
Art. 8º Compete à Polícia judiciária militar:
a) apurar os crimes militares, bem como os
que, por lei especial, estão sujeitos à jurisdição
militar, e sua autoria;
40
 b) prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar
e aos membros do Ministério Público as infor-
mações necessárias à instrução e julgamento
dos processos, bem como realizar as diligên-
cias que por êles lhe forem requisitadas;
c) cumprir os mandados de prisão expedidos
pela Justiça Militar;
d) representar a autoridades judiciárias milita-
res acêrca da prisão preventiva e da insanidade
mental do indiciado;
e) cumprir as determinações da Justiça Militar
relativas aos presos sob sua guarda e respon-
sabilidade, bem como as demais prescrições
dêste Código, nesse sentido;
f) solicitar das autoridades civis as informações
e medidas que julgar úteis à elucidação das in-
frações penais, que esteja a seu cargo;
g) requisitar da polícia civil e das repartições
técnicas civis as pesquisas e exames neces-
sários ao complemento e subsídio de inquérito
policial militar;
h) atender, com observância dos regulamentos
militares, a pedido de apresentação de militar
ou funcionário de repartição militar à autoridade
civil competente, desde que legal e fundamen-
tado o pedido.
44. Quanto ao previsto no CPPM, no que se
refere às disposições referentes ao juiz,
assinale a alternativa correta.
(A) O juiz proverá a regularidade do processo
e a execução da lei, e manterá a ordem no
curso dos respectivos atos, não podendo, no
entanto, requisitar a força militar.
(B) Sempre que este Código se refere a juiz
abrange, nesta denominação, apenas o juiz
auditor, o juiz togado.
(C) No exercício das suas atribuições, o juiz não
deverá obediência senão, nos termos legais,
à autoridade judiciária que lhe é superior.
(D) A suspeição não poderá ser declarada, mas
pode ser reconhecida, quando a parte injuriar
o juiz, ou de propósito der motivo para criá-la.
(E) A suspeição poderá ser declarada, todavia
não pode ser reconhecida, quando a parte
injuriar o juiz, ou de propósito der motivo
para criá-la.
Letra c.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
Art. 36. O juiz proverá a regularidade do proces-
so e a execução da lei, e manterá a ordem no
curso dos respectivos atos, podendo, para tal
fim, requisitar a força militar.
§ 1º Sempre que este Código se refere a juiz
abrange, nesta denominação, quaisquer autori-
dades judiciárias, singulares ou colegiadas, no
exercício das respectivas competências atributi-
vas ou processuais.
§ 2º No exercício das suas atribuições, o juiz
não deverá obediência senão, nos termos le-
gais, à autoridade judiciária que lhe é superior.
Art. 40. A suspeição ou impedimento decorren-
te de parentesco por afinidade cessará pela dis-
solução do casamento que lhe deu causa, salvo
sobrevindo descendentes. Mas, ainda que dis-
solvido o casamento, sem descendentes, não
funcionará como juiz o parente afim em primeiro
grau na linha ascendente ou descendente ou
em segundo grau na linha colateral, de quem
for parte do processo.
Art. 41. A suspeição não poderá ser declarada
nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz,
ou de propósito der motivo para criá-la.
45. Quanto ao previsto no CPPM, no que se
refere às disposições referentes aos pro-
cessos especiais, assinale a alternati-
va correta.
(A) Consumado o crime de deserção, nos casos
previsto na lei penal militar, o comandante
da unidade, ou autoridade correspondente,
ou ainda autoridade superior, fará lavrar o
respectivo termo, imediatamente, que pode-
rá ser impresso ou datilografado, sendo por
ele assinado e por duas testemunhas idône-
as, além do militar incumbido da lavratura.
(B) A contagem dos dias de ausência, para efei-
to da lavratura do termo de deserção, iniciar-
-se-á a zero hora do segundo dia seguinte
àquele em que for verificada a falta injustifi-
cada do militar.
(C) No caso de deserção especial, prevista no
art. 190 do Código Penal Militar, a lavratura
do termo não será, também, imediata.
(D) O termo de deserção tem o caráter de ins-
trução provisória e destina-se a fornecer
os elementos necessários à propositura da
ação penal, entretanto não sujeitando, des-
de logo, o desertor à prisão.
41
(E) O desertor que não for julgado dentro de
sessenta dias, a contar do dia de sua apre-
sentação voluntária ou captura, será posto
em liberdade, irrestritamente.
Letra a.
Art. 451. Consumado o crime de deserção, nos
casos previsto na lei penal militar, o comandan-
te da unidade, ou autoridade correspondente,
ou ainda autoridade superior, fará lavrar o res-
pectivo termo, imediatamente, que poderá ser
impresso ou datilografado, sendo por ele assi-
nado e por duas testemunhas idôneas, além do
militar incumbido da lavratura.
§ 1º A contagem dos dias de ausência, para
efeito da lavratura do termo de deserção, iniciar-
-se-á a zero hora do dia seguinte àquele em que
for verificada a falta injustificada do militar.
§ 2º No caso de deserção especial, prevista no
art. 190 do Código Penal Militar, a lavratura do
termo será, também, imediata.
Art. 452. O termo de deserção tem o caráter
de instrução provisória e destina-se a forne-
cer os elementos necessários à propositura da
ação penal, sujeitando, desde logo, o deser-
tor à prisão.
Art. 453. O desertor que não for julgado dentro
de sessenta dias, a contar do dia de sua apre-
sentação voluntária ou captura, será posto em
liberdade, salvo se tiver dado causa ao retarda-
mento do processo.
46. Acerca dos critérios que determinam ou
modificam a competência no CPPM, assi-
nale a incorreta.
(A) A competência do foro militar será determi-
nada, de modo geral, pelo lugar da infração.
(B) A competência do foro militar será determi-
nada, de modo especial, pela sede do lugar
de serviço.
(C) Dentro de cada Circunscrição Judiciária Mi-
litar, a competência será determinada pela
especialização das Auditorias.
(D) Não prevalecem os critérios pelo lugar da in-
fração e pela residência ou domicílio do acu-
sado, em caso de conexão ou continência.
(E) Prevalece o critério de competência da pre-
venção, em caso de desaforamento.
SOLDADO DE 2ª CLASSE
Letra e.
Art. 85. A competência do foro militar será
determinada:
I - de modo geral:
a) pelo lugar da infração;
b) pela residência ou domicílio do acusado;
c) pela prevenção;
II - de modo especial, pela sede do lugar
de serviço.
Art. 86. Dentro de cada Circunscrição Judiciária
Militar, a competência será determinada:
a) pela especialização das Auditorias;
b) pela distribuição;
c) por disposição especial deste Código.
Art. 87. Não prevalecem os critérios de com-
petência indicados nos artigos anteriores,
em caso de:
a) conexão ou continência;
b) prerrogativa de posto ou função;
c) desaforamento.
Legislação Extravagante
Wallace França
47. Determinado cidadão foi abordado por
uma patrulha da PM-GO em estado de in-
consciência. Ao seu lado, foi achado um
cachimbo que evidenciava que o cida-
dão, cerca de 30 minutos antes da abor-
dagem, havia feito uso de substância en-
torpecente proscrita pela lei.
De acordo com a situação narrada, mar-
que a afirmativa que traz corretamente a
conduta do cidadão no momento exato
da abordagem realizada pela Polícia.
(A) Praticou o crime de porte de substâncias en-
torpecentes para uso próprio.
(B) Praticou o crime de tráfico privilegiado.
(C) Praticou o crime de tráfico com causa de au-
mento de pena por estar em via pública.
(D) Praticou o crime de uso compartilhado
de drogas.
(E) Ocorreu a atipicidade do fato.
Letra e.
Veja os verbos do núcleo do tipo penal do art.
28 da lei de drogas: “quem adquirir, guardar, ti-
ver em depósito, transportar ou trouxer consigo,
42
 para consumo pessoal”. Não há o verbo “usar”,
por isso, por ter feito o uso do material entor- Letra a.
pecente, no momento da abordagem da PM, o A lei determina que é crime a injustificada omis-
cidadão já não portava nem trazia consigo dro- são da comunicação dentro do prazo legal. De
gas, portanto não houve a prática de crime. acordo com o CPP, tal comunicação deve ser fei-
ta de forma imediata, e não dentro de 48 horas.
48. Sobre as disposições constantes da Lei As demais assertivas estão todas corretas.
n. 8.072/1990, Lei de Crimes Hediondos,
marque a afirmativa incorreta. 50. De acordo com a Lei n. 9.099/1995, a pena
(A) É hediondo o roubo circunstanciado pela cominada ao crime para que ele possa
restrição de liberdade da vítima. ser suscetível de aplicação do instituto
(B) Para determinar se um crime é hediondo, da suspensão condicional do processo é:
utiliza-se o critério legal. (A) pena máxima não superior a 2 anos.
(C) Os crimes hediondos são insuscetíveis de (B) pena máxima igual ou inferior a 1 ano.
fiança e liberdade provisória. (C) pena mínima igual ou inferior a 2 anos.
(D) A prisão temporária para esses crimes pos- (D) pena mínima igual ou inferior a 1 ano.
sui o prazo de 30 dias prorrogáveis. (E) crimes com pena mínima de 1 ano e máxima
(E) Epidemia com resultado morte é conduta de 2 anos.
considerada hedionda.
Letra d.
Letra c. De acordo com a referida lei: “Nos crimes em
De fato, os crimes hediondos são insuscetíveis que a pena mínima cominada for igual ou infe-
de fiança, porém não há vedação legal nem juris- rior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o
prudencial para a vedação da liberdade provisó- Ministério Público, ao oferecer a denúncia, po-
ria. As demais assertivas estão todas corretas. derá propor a suspensão do processo”(…).
Portanto, a pena MÍNIMA deve ser igual ou infe-
49. Marque a afirmativa que não representa rior a 1 ano para a correta aplicação do instituto,
um crime trazido pela Lei de Abuso de sendo irrelevante a quantidade de pena máxima.
Autoridade.
(A) Deixar injustificadamente de comunicar pri-
são em flagrante à autoridade judiciária no
prazo de 48 horas.
(B) Constranger o preso ou o detento, mediante
violência, grave ameaça ou redução de sua
capacidade de resistência a exibir-se ou ter
seu corpo ou parte dele exibido à curiosida-
de pública.
(C) Constranger a depor, sob ameaça de prisão,
pessoa que, em razão de função, ministério,
ofício ou profissão, deva guardar segredo ou
resguardar sigilo.
(D) Deixar de identificar-se ou identificar-se fal-
samente ao preso por ocasião de sua cap-
tura ou quando deva fazê-lo durante sua de-
tenção ou prisão.
(E) Submeter o preso a interrogatório policial
durante o período de repouso noturno, salvo
se capturado em flagrante delito ou se ele,
devidamente assistido, consentir em prestar
declarações.

SOLDADO DE 2ª CLASSE 43
 Prova Discursiva
Fernando Moura

Leia o texto seguinte.

Como se sabe, o Estado é dotado de poderes políticos, exercidos pelo poder Legislativo, pelo po-
der Executivo e pelo poder Judiciário no desempenho de suas funções constitucionais, e de poderes
administrativos, que surgem secundariamente com atos da Administração Pública e efetivam-se de
acordo com as exigências do serviço público e com os interesses da coletividade. Enquanto os poderes
políticos se identificam com os poderes do Estado e só são exercidos pelos respectivos órgãos constitu-
cionais do Governo, os poderes administrativos difundem-se e apresentam-se por toda a Administração.

Nesse contexto, o poder de polícia destina-se a assegurar o bem-estar geral e impedir, por meio
de ordens, proibições e apreensões, o exercício antissocial dos direitos individuais, o uso abusivo da
propriedade ou a prática de atividades prejudiciais à coletividade.

Considerando que o texto acima tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo (15,00
pontos) que contemple, necessariamente, os tópicos seguintes.
1) Conceitue poder de polícia e cite, pelo menos, três exemplos de atos administrativos relacionados a
esse poder. (5,00 pontos)
2) Discorra sobre os ciclos do poder de polícia. (5,00 pontos)
3) Diferencie polícia administrativa e polícia judiciária: objeto de incidência, infrações tratadas e órgãos
competentes para o exercício de cada uma. (5,00 pontos)

SOLDADO DE 2ª CLASSE 44
 Padrão de resposta

Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), poder de polícia é a atividade da administração pública
que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato,
em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes da concessão ou autorização
do poder público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
São exemplos do poder de polícia: licença para construir, autorização para porte de arma de fogo, imposi-
ção de multas administrativas, apreensão de mercadorias e outros.
Nesse contexto, de acordo com a doutrina, o poder de polícia possui fases ou ciclos. A primeira, deno-
minada ordem de polícia, corresponde à legislação que estabelece os limites e os condicionamentos aos
exercícios das atividades privadas e ao uso de bens. A segunda, consentimento de polícia, revela-se na
anuência prévia da Administração, quando exigida, para a prática de determinadas atividades privadas,
como licenças ou autorizações. A terceira, chamada de fiscalização de polícia, diz respeito à atividade de
verificação do adequado cumprimento das ordens de polícia ou das regras previstas no consentimento de
polícia pelo particular. Por fim, há a sanção de polícia, que se traduz por meio da atuação administrativa
coercitiva, na situação de se constatar o descumprimento de uma ordem de polícia ou dos requisitos e das
condições previstas no consentimento de polícia.
Por fim, no tocante à distinção entre polícia administrativa e polícia judiciária, devem-se explicitar alguns
critérios. Quanto ao objeto de incidência, a polícia administrativa incide sobre bens, serviços ou atividades
privadas; a polícia judiciária incide sobre pessoas. Quanto às infrações, a polícia administrativa trata de
infrações administrativas; a polícia judiciária, de infrações criminais. Quanto aos órgãos competentes, a
polícia administrativa é exercida por órgãos administrativos de caráter fiscalizador, integrantes dos mais
diversos setores da Administração; a polícia judiciária é realizada por corporações específicas ─ Polícia
Civil e Polícia Federal. Ressalte-se, também, que a natureza da polícia administrativa é predominantemente
preventiva e ostensiva, ao passo que a da polícia judiciária é repressiva e investigativa.

SOLDADO DE 2ª CLASSE 45