POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PARÁ

SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO

ESCRIVÃO

a
OC rov
ESCRIVÃO

a A de p
Nome do Candidato Inscrição

P
Instruções

ato
1. Confira seu nome, o número do seu documento e o número
de sua inscrição na Folha de Respostas. Além disso, não se
esqueça de conferir seu Caderno de Questões quanto a falhas
de impressão e de numeração. Preencha os campos destina-
rm
dos à assinatura e ao número de inscrição. Qualquer divergên-
nc
cia, comunique ao fiscal.
a p no fo

Composição do Caderno 2. O único documento válido para avaliação é a Folha de Respos-

ba

tas. Só é permitido o uso de caneta esferográfica transparente

Língua Portuguesa 01 a 05 de cor azul ou preta para o preenchimento da Folha de Respos-
tas, que deve ser preenchida da seguinte maneira:
ela

Raciocínio Lógico 06 a 07
3. O prazo de realização da prova é de 4 (quatro) horas, incluindo
Noções de Informática
do

11 a 12 a marcação da Folha de Respostas. Após 60 (sessenta) minu-

tos do início da prova, o candidato estará liberado para utilizar
Conhecimentos sobre o o sanitário ou deixar definitivamente o local de aplicação, não
13 a 14
�ap sea

Estado do Pará podendo, no entanto, levar o Caderno de Questões e nenhum

tipo de anotação de suas respostas.
ad

Noções de Direito Administrativo 15 a 19

4. Ao término de sua prova, comunique ao fiscal, devolvendo-lhe
Ba

Noções de Direito Constitucional 20 a 24 a Folha de Respostas devidamente preenchida e assinada.

lic

O candidato poderá levar consigo o Caderno de Questões

Noções de Direito Penal 25 a 34 somente se aguardar em sala até o término do prazo de reali-
zação da prova estabelecido em edital.
Noções de Direito Processual Penal 35 a 44
Legislação Especial 45 a 50 5. Os 3 (três) últimos candidatos só poderão retirar-se da sala
juntos, após assinatura do Termo de Fechamento do envelope
Arquivologia 51 a 55 de retorno.

Noções de Estatística 56 a 60 6. As provas e os gabaritos preliminares estarão disponíveis no site do Instituto

AOCP - www.institutoaocp.org.br, no dia posterior à aplicação da prova.

7. O NÃO cumprimento a qualquer uma das determinações cons-

tantes em Edital, no presente Caderno ou na Folha de Respos-
tas incorrerá na eliminação do candidato.

Fraudar ou tentar fraudar Concursos Públicos é Crime!

Previsto no art. 311 - A do Código Penal
 FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA
LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO!

INSTRUÇÕES GERAIS

● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas.

● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente
a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe
apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito.
● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher
o cartão-resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho
de PREENCHER GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da
prova. Você deve fazer o cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se
preocupe: o cadastro é grátis e muito simples de ser realizado.
– Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE):
marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo
designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder
a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste
estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa.
Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de
ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta
em caso de respostas erradas.
– Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha:
marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É
preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão
com respostas em branco.
● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um
e-mail com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura
Ilimitada, você receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem
exclusiva para assinantes, com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno.

Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail:

treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br.
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Desejamos uma excelente prova!

 Conhecimentos Básicos e Comuns a
Todos os Cargos
Língua Portuguesa
Bruno Pilastre
Utilize o Texto I para responder as questões de
01 a 05.
Texto I
Fake News: as mentiras que viram notícias
Será que todos os que se manifestam sobre
qualquer assunto estão devidamente preparados
para utilizar devidamente os modernos canais de
comunicação?
Danillo Saes
A realidade do mundo de hoje é ligada à velo-
cidade, à digitalização e, consequentemente, à
exposição em redes. Com a inserção da tecnolo-
gia no dia a dia das pessoas, é possível presen-
ciar diversas mudanças, como o fato de um indi-
víduo com um perfil em uma plataforma social ser
propagador de informações e não mais apenas
receptor.
Este cenário de disseminação de ideias – boas
ou ruins, certas ou erradas, do mesmo ponto de
vista que o seu ou não – faz parte de um mundo
moderno e democrático. Neste contexto, a tecno-
logia tem sido utilizada como ferramenta de pro-
pagação destes posicionamentos. Ao ter o poder
do clique em mãos, as pessoas passam a ser
mais ativas diante das informações que recebem.
Os meios de comunicação mudaram as formas
de divulgar suas notícias diante deste compor-
tamento que os indivíduos passaram a adquirir
com o passar do tempo. Há alguns anos, pes-
quisadores divulgaram artigos sobre a influência
da “segunda tela”: o notebook ou o smartphone
começavam a se infiltrar como coadjuvantes da
tela da televisão. Telespectadores comentavam
suas novelas, criticavam o técnico do seu time de
futebol e faziam outros tipos de comentários. Hoje,
os dispositivos móveis não são mais uma segunda
tela, mas uma extensão real – e, muitas vezes,
protagonista – para receber, digerir e disseminar
as informações recebidas.
De meros mortais que até então era como
éramos tratados pela grande mídia, como depó-
ESCRIVÃO
sitos de informações – certas ou erradas, boas ou
ruins, favoráveis ou contrárias –, passamos a ser
também protagonistas através do “poder” que a
tela de um dispositivo móvel nos dá. É incrível e,
ao mesmo tempo, muito preocupante. Será que
todos os que se manifestam sobre qualquer tipo
de assunto estão devidamente preparados para
isso? Será que têm bagagem suficiente para cri-
ticar? Os ditos “influenciadores” realmente têm o
espírito crítico necessário unido à sua responsabi-
lidade de “influenciar” ao publicar seus posiciona-
mentos? São provocações, indagações, não afir-
mações.
Quando nos deparamos com as famosas fake
news, por sermos ativos através das plataformas
sociais, assumimos uma parcela (grande) de res-
ponsabilidade ao disseminá-las. Ao receber aquela
notícia através do WhatsApp, ou aquele áudio que
afirmam ser de uma determinada figura pública e,
com nosso “dedinho ansioso”, compartilhamos o
conteúdo em grupos com o intuito de dar “furos de
reportagem” que até então eram coisa apenas de
jornalistas, damos nosso aval àquela informação.
As pessoas que criam as fake news não estão
isentas de responsabilidades – pelo contrário. O
que desejo é provocar o leitor a desenvolver seu
senso crítico diante da informação que se consome
e, com isso, não tomar como verdade tudo aquilo
que o impacta. O mesmo “poder” que a tecnolo-
gia nos dá para disseminar informações também
nos proporciona a possibilidade de investigá-las,
contestá-las, analisá-las. No entanto, investigar,
contestar e analisar é trabalhoso, exige esforço de
pensamento e queima de fosfato.
A diferença entre as fake news serem desmas-
caradas ou se transformarem em “verdade” está
no pequeno intervalo de tempo entre o momento
em que as consumimos e o momento em que cli-
camos em “encaminhar”.
1. Sobre o Texto I, é incorreto afirmar que
(A) no terceiro parágrafo, a adoção de frases in-
terrogativas busca provocar o leitor a refletir
sobre o assunto, de modo a engajá-lo na te-
mática desenvolvida.
(B) no segundo parágrafo, o autor apresenta a
tese de que a tecnologia é a causadora da
propagação de fake news.
(C) o vocábulo “bagagem”, no terceiro parágra-
fo, está sendo utilizado em sentido figurado.
3
(D) Ao longo do texto, o autor utiliza a primeira
pessoa do plural como estratégia discursiva
para se aproximar do leitor.
(E) Para o autor, as pessoas que criam as fake
news também possuem responsabilidades.
2. Sobre o Texto I, analise as asserti-
vas e assinale a alternativa que aponta
as corretas.
I – Em “Há alguns anos, pesquisadores divulga-
ram artigos sobre a influência da ‘segunda (A)
tela’”, o verbo “haver” é impessoal e denota (B)
existência. (C)
II – Em “As pessoas que criam as fake news não (D)
estão isentas de responsabilidades – pelo
(E)
contrário”, a oração em destaque possui
sentido restritivo.
4.
III – Em “O que desejo é provocar o leitor a de-
senvolver seu senso crítico diante da infor-
mação que se consome”, a forma pronomi-
nal em destaque tem como referente o termo
“o leitor”. (A)
(B)
(A) Apenas I e II. (C)
(B) Apenas I. (D)
(C) Apenas I e III. (E)
(D) Apenas II e III.
(E) Apenas III. 5.
3. Referente ao uso da pontuação no Texto
I, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F)
o que se afirma a seguir e assinale a alter-
nativa com a sequência correta. (A)

( ) Em “A realidade do mundo de hoje é li-
gada à velocidade, à digitalização e, con-
sequentemente, à exposição em redes.”,
o emprego da vírgula após a conjunção (B)
“e” constitui erro gramatical.

( ) Os travessões empregados em “De me-
ros mortais que até então era como éra-
mos tratados pela grande mídia, como (C)
depósitos de informações – certas ou er-
radas, boas ou ruins, favoráveis ou con-
trárias –, passamos a ser também prota-
gonistas através do ‘poder’ que a tela de
um dispositivo móvel nos dá” poderiam (D)
ser substituídos por parênteses.

( ) �As aspas empregadas em [Os ditos “in-
fluenciadores” realmente têm o espírito
crítico necessário unido à sua respon-
sabilidade de “influenciar” ao publicar
ESCRIVÃO
seus posicionamentos?] expressam um
ponto de vista do autor em relação ao
que se questiona.

( ) No terceiro período do quinto parágrafo,
uma vírgula poderia ser empregada en-
tre “informações” e “também”: “O mes-
mo ‘poder’ que a tecnologia nos dá para
disseminar informações, também nos
proporciona a possibilidade de investi-
gá-las”.
F, V, V, F.
V, F, F, V.
V, V, F, F.
F, V, F, V.
V, F, V, V.
Em “No entanto, investigar, contestar e
analisar é trabalhoso, exige esforço de
pensamento e queima de fosfato”, o ter-
mo em destaque tem valor
concessivo.
explicativo.
adversativo.
causal.
aditivo.
Tendo em vista as regras de acentuação
gráfica da Língua Portuguesa, assinale a
alternativa que apresenta uma explicação
INCORRETA para o uso do acento na pa-
lavra em destaque.
“De meros mortais que até então era como
éramos tratados pela grande mídia” – o ter-
mo destacado é acentuado por ser oxítono
terminado em “e”.
“nos proporciona a possibilidade de in-
vestigá-las, contestá-las, analisá-las” – as
três palavras são paroxítonas terminadas
em “a(s)”.
“como o fato de um indivíduo com um perfil
em uma plataforma social ser propagador de
informações e não mais apenas receptor” –
o termo destacado é acentuado por ser pa-
roxítono terminado em ditongo.
“Os ditos “influenciadores” realmente têm o
espírito crítico” – os termos destacados são
acentuados por serem proparoxítonos.
4
(E) “Os ditos “influenciadores” realmente têm o 8. Considere a seguinte proposição: “Se o
espírito crítico” – emprega-se o acento cir- candidato não se esforçar nos estudos,
cunflexo para marcar pluralidade na concor- então ele não conseguirá realizar os seus
dância verbal. sonhos”. A proposição logicamente equi-
valente a essa é:
Raciocínio Lógico (A) Se o candidato conseguiu realizar os seus
Marcelo Leite sonhos, então ele se esforçou nos estudos.
(B) Se o candidato não conseguiu realizar os
6. Apresentadas as seguintes afirmações: seus sonhos, então ele não se esforçou
nos estudos.
I – A aprovação no certame da PC/PA significa (C) O candidato conseguiu realizar os seus so-
estabilidade. nhos ou ele não se esforçou nos estudos.
II – O esforço e a dedicação são fundamentais (D) O candidato conseguiu realizar os seus so-
para quem busca a estabilidade. nhos e ele não se esforçou nos estudos.
III – Se a aprovação no certame da PC/PA signi- (E) O candidato não se esforçou nos estudos e
fica estabilidade, então o esforço e a dedi- ele conseguiu realizar os seus sonhos.
cação são fundamentais para quem busca a
estabilidade. 9. Em certa Delegacia de Polícia do Estado
do Pará, localizada em Santarém/PA, es-
Com base nessas informações, é correto tão lotados seis escrivães, dentre esses,
concluir que: Paulo e Lúcia. Para certa missão, serão
(A) caso a afirmação I seja verdadeira, en- convocados quatro desses seis escri-
tão a afirmação III será obrigatoriamente vães, de modo que, Paulo é Lúcia este-
verdadeira. jam presentes, então a quantidade de
(B) caso a afirmação I seja falsa, então a afirma- equipes distintas que podem ser forma-
ção III será obrigatoriamente verdadeira. das é igual a:
(C) caso a afirmação II seja verdadeira, então a (A) 4
afirmação III será falsa. (B) 5
(D) caso a afirmação I e II sejam ambas falsas, (C) 6
então a afirmação III será falsa. (D) 7
(E) caso a afirmação I seja verdadeira e a afir- (E) 8
mação II seja falsa, então a afirmação III
será verdadeira. 10. Considere que em certa Delegacia de po-
lícia do Estado do Pará, localizada em
7. Se não é verdade que se o carro é elétri- Belém/PA, foram registrados 340 regis-
co, então sua cor não é branca, é correto tros no último mês, desses, 102 foram
afirmar que: referentes à agressão. Caso seja escolhi-
(A) Se sua cor não é branca, então o carro do um desses registros aleatoriamente, a
é elétrico. chance de que não seja referente à agres-
(B) O carro não é elétrico ou sua cor são será igual a:
não é branca. (A) 30%
(C) Se o carro não é elétrico, então sua (B) 40%
cor é branca. (C) 60%
(D) O carro é elétrico ou sua cor não é branca. (D) 70%
(E) O carro é elétrico, porém sua cor é branca. (E) 76%

ESCRIVÃO 5
 Noções de Informática (D) O estado do Pará é um dos maiores produ-
Fabricio Melo tores de sal do Brasil.
(E) A região tem a maior área extrativista de car-
11. No Linux, em seu prompt de comando, vão mineral.
um Root executa o seguinte comando:
chmod ugo+r provas.txt 14. É competência comum do Estado e dos
(A) Somente o proprietário receberá a permis- Municípios, com a União, exceto:
são de leitura. (A) zelar pela guarda da Constituição, das leis e
(B) Irá adicionar a leitura somente para o pro- das instituições democráticas, e conservar o
prietário e grupos. patrimônio público.
(C) Irá adicionar leitura para o proprietário, gru- (B) cuidar da saúde e assistência pública, da
po e outros. proteção e garantia das pessoas portadoras
(D) Irá atribuir execução para o proprietário, gru- de deficiência.
po e outros. (C) proteger os documentos, as obras e outros
(E) Irá remover todas as permissões dos grupos bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais no-
12. É um «software servidor» para Linux (e táveis e os sítios arqueológicos.
outros sistemas baseados em Unix) que (D) permitir a evasão, a destruição e a desca-
permite o gerenciamento e compartilha- racterização de obras de arte e de outros
mento de recursos em redes formadas bens de valor histórico, artístico ou cultural.
por computadores com o Windows: (E) proporcionar os meios de acesso à cultura, à
(A) Samba educação e à ciência.
(B) Libre Office
(C) Rytthmbox Noções de Direito Administrativo
(D) Vim Rafael de Oliveira
(E) Gimp
Nos termos da Lei n. 8.666/1993, julgue o item.
Conhecimentos Específicos e Comuns a
Todos os Cargos 15. O professor Lafayette, durante uma pa-
lestra que ministrava em uma conhecida
Conhecimentos sobre o Estado do Pará faculdade, discorria acerca dos contratos
administrativos e suas características.
Júlio Santos/Ricardo Blanco
Segundo a legislação pertinente, indique
qual característica não deveria ter sido
A segunda metade do século XX marca a econo-
citada pelo distinto professor.
mia brasileira com a abertura de diversos polos
(A) Os contratos são comutativos.
econômicos ligados a agropecuária e extrati-
(B) Deve ser executado pelo próprio contratado.
vismo, fortalecendo a economia no extremo norte
(C) Consubstanciam um acordo de vontades.
do país, particularmente o Estado do Pará.
(D) Expressam-se por escrito e com requisitos
especiais.
13. Em relação à região descrita acima, po-
(E) Só podem ser extintos por acordo entre as
demos destacar como assertiva correta:
partes ou por via judicial.
(A) A região dos Carajás possui uma das maio-
res hidroelétricas do país, situada na mais
16. A Doutrina elenca diversos critérios, his-
extensa bacia exclusivamente brasileira.
toricamente, utilizados para a conceitua-
(B) O escoamento mineralógico da região ocor-
ção do Direito Administrativo. Indique a
re via navegação de cabotagem por meio do
alternativa que não apresenta um desses
porto de Santos.
critérios.
(C) A serra dos Carajás é o maior projeto mi-
(A) Critério do Poder Executivo.
neralógico do país que tem o escoamento
(B) Critério da reforma administrativa.
de sua produção, exclusivamente, por meio
(C) Critério do serviço público.
rodoviário.

ESCRIVÃO 6
(D) Critério negativo ou residual.
(E) Critério da Administração Pública.
(B)
17. De acordo com Lei Complementar n.
022/1994, que estabelece normas de or-
ganização, competências, garantias, di-
reitos e deveres da Polícia Civil do Esta- (C)
do do Pará, aponte qual das alternativas
a seguir apresenta uma atribuição do De-
legado Geral de Policia Civil: (D)
(A) Ordenar o emprego de verbas orçamentá-
rias ou de créditos abertos em favor da Polí-
cia Civil, bem como dos recursos que ela ve- (E)
nha a receber, oriundos de quaisquer fontes
de receita.
(B) Aprovar normas, regimentos ou regulamen-
tos propostos pelas unidades da Polícia Ci-
vil, no âmbito de suas atribuições.
(C) Exercer correição, em caráter permanente
ou extraordinário, sobre os procedimentos
de polícia judiciária instaurados pelos ór-
gãos policiais.
(D) Confeccionar relatório de diligências relacio-
nadas a atos de rotina do procedimento da 20.
polícia judiciária.
(E) Manter o controle do inventário dos bens pa- (A)
trimoniais da Unidade Policial, promovendo
carga e baixa deles.
(B)
18. Conforme a doutrina administrativista,
analise as alternativas e aponte qual dos
apresentados atos, é aquele praticado
pela Administração Pública com todas
as prerrogativas exorbitantes do direito
comum, os quais são impostos de forma
unilateral e coercitiva, independentemen- (C)
te de autorização judicial.
(A) Atos de Gestão.
(B) Atos de Expediente.
(C) Atos de Império. (D)
(D) Atos Vinculados.
(E) Atos Discricionários.
19. Conforme a Lei Estadual n. 5.810/1994,
que trata do Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos do Estado do Pará, (E)
assinale a alternativa incorreta.
(A) Compete aos Poderes Executivo, Legislati-
vo e Judiciário, ao Ministério Público e aos
Tribunais de Contas na área de sua com-
ESCRIVÃO
petência, prover, por ato singular, os car-
gos públicos.
Fica assegurada a fiscalização do concurso
público, em todas as suas fases, pelas enti-
dades sindicais representativas de servido-
res públicos.
As provas de título, quando constantes
do Edital, terão caráter meramente clas-
sificatório.
Se ocorrer empate de candidatos não per-
tencentes ao serviço público do Estado, de-
cidir-se-á em favor do mais idoso.
Os candidatos com deficiência aprovados e
incluídos na lista reservada aos deficientes
serão chamados e convocados prioritaria-
mente a todos os candidatos chamados da
lista geral até preenchimento do percentual
reservado às pessoas com deficiência no
edital do concurso.
Noções de Direito Constitucional
Ricardo Blanco
Assinale a opção incorreta em relação
aos direitos individuais.
A prática do racismo constitui crime afiançá-
vel e imprescritível, sujeito à pena de reclu-
são, nos termos da lei.
A lei considerará crimes inafiançáveis e in-
suscetíveis de graça ou anistia a prática
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles respon-
dendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-los, se omitirem.
Constitui crime inafiançável e imprescritível
a ação de grupos armados, civis ou milita-
res, contra a ordem constitucional e o Esta-
do Democrático.
Nenhuma pena passará da pessoa do con-
denado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação do perdimento de bens
ser, nos termos da lei, estendidas aos su-
cessores e contra eles executadas, até o li-
mite do valor do patrimônio transferido.
É assegurado aos presos o respeito à inte-
gridade física e moral.
7
21. São privativos de brasileiro nato, exce-
to o cargo:
(A) de Presidente e Vice-Presidente da
República.
(B) de Deputados Federal.
(C) de Presidente do Senado Federal.
(D) de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
(E) da carreira diplomática.
22. Em relação à Administração Pública, as-
sinale a opção incorreta.
(A) Os cargos, empregos e funções públicas
são acessíveis aos brasileiros que preen-
cham os requisitos estabelecidos em lei, as-
sim como aos estrangeiros, na forma da lei.
(B) A investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomea-
ção e exoneração.   diplomática. Em 20/03/2021, Matt pratica
(C) O prazo de validade do concurso público
será de dois anos, prorrogável uma vez, por
igual período.
(D) Durante o prazo improrrogável previsto no
edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e
títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira.
(E) As funções de confiança, exercidas exclusi-
vamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos pre-
vistos em lei, destinam-se apenas às atribui-
ções de direção, chefia e assessoramento.
23. Compete privativamente ao Presidente
da República, exceto:
(A) dispor, mediante decreto, sobre organização
e funcionamento da Administração federal,
quando não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos públicos.
(B) manter relações com Estados estrangeiros e
acreditar seus representantes diplomáticos.
(C) celebrar tratados, convenções e atos in-
ternacionais, sem referendo do Congres-
so Nacional.
ESCRIVÃO
(D) decretar o estado de defesa e o esta-
do de sítio.
(E) decretar e executar a intervenção federal.
24. A segurança pública, dever do Estado,
direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, através dos seguintes ór-
gãos, exceto:
(A) Polícia Federal.
(B) Polícia Rodoviária Federal.
(C) Polícia Ferroviária Federal.
(D) Polícias civis.
(E) Guarda municipal.
Noções de Direito Penal
Douglas Vargas
25. Matt Damon é diplomata e trabalha na
embaixada de seu país em território bra-
sileiro, sendo possuidor de imunidade
delito previsto no Código Penal, enquan-
to se encontrava em território brasileiro
e em situação na qual estava amparado
pela referida imunidade diplomática. Nes-
sa situação, é correto afirmar que:
(A) o país de origem de Matt deverá aplicar a lei
brasileira ao caso concreto.
(B) não será possível aplicar a lei penal brasilei-
ra, aplicando-se a lei penal estrangeira a fato
criminoso praticado em território nacional,
em razão da extraterritorialidade do caso.
(C) não será possível aplicar a lei penal brasi-
leira, aplicando-se a lei penal estrangeira a
fato criminoso praticado em território nacio-
nal, em razão da intraterritorialidade aplicá-
vel ao caso.
(D) não é possível afastar a aplicação da lei pe-
nal brasileira em fato praticado em território
nacional, motivo pelo qual trata-se de caso
de territorialidade.
(E) a imunidade diplomática de Matt impedirá de
forma absoluta sua responsabilização tanto
nos termos da lei de seu país quanto nos
termos da lei brasileira.
8
26. Determinada lei penal inovou o ordena-
mento jurídico, e alterou o Código Penal,
aumentando a pena aplicável a determi-
nado delito. Nesse contexto, é correto
afirmar que:
(A) trata-se de hipótese de novatio legis in
mellius, devendo haver retroatividade da re-
ferida lei.
(B) trata-se de hipótese de novatio legis in pejus,
devendo haver retroatividade da referida lei.
(C) trata-se de hipótese de novatio legis in
mellius, devendo haver irretroatividade da
referida lei.
(D) trata-se de hipótese de novatio legis in
pejus, devendo haver irretroatividade da
referida lei.
(E) trata-se de hipótese de novatio legis
incriminadora, devendo haver a luntariamente de prosseguir com os dis-
retroatividade da referida lei.
27. No que diz respeito ao Conceito Ana-
lítico de Crime, são elementos da cul-
pabilidade:
(A) Imputabilidade, Potencial Consciência da Ili-
citude e Exigibilidade de conduta diversa.
(B) Imputabilidade, Potencial Consciência da Ili-
citude e Inexigibilidade de conduta diversa.
(C) Inimputabilidade, Potencial Consciência da
Ilicitude e Inexigibilidade de conduta diversa.
(D) Inimputabilidade, Potencial Consciência da
ilicitude e Exigibilidade de conduta diversa.
(E) Negligência, imperícia ou imprudência, po-
tencial consciência da ilicitude e exigibilida-
de de conduta diversa.
28. Determinado indivíduo, aos 17 anos de
idade, pratica o fato típico conhecido
como homicídio (art. 121 do Código Pe-
nal). Segundo a legislação vigente, tal in-
divíduo será considerado:
(A) imputável, em razão de sua idade e da ado-
ção do critério biológico para definição da
imputabilidade penal.
(B) inimputável, em razão de sua idade e da
adoção do critério biológico para definição
da imputabilidade penal.
(C) imputável, em razão de sua idade e da ado-
ção do critério biopsicológico para definição
da imputabilidade penal.
ESCRIVÃO
(D) inimputável, em razão de sua idade e da
adoção do critério biopsicológico para defi-
nição da imputabilidade penal.
(E) imputável ou inimputável, a depender do
caso concreto e da perícia psicológica reali-
zada sobre o indivíduo, para aferição de sua
imputabilidade, com aplicação do critério
biopsicológico.
29. Neil decidiu matar seu desafeto, Michael,
com disparos de arma de fogo. Municiou
então uma pistola Glock com 15 muni-
ções, e dirigiu-se até a casa de Michael.
Ao chegar no local, desfere dois disparos
contra a vítima, os quais atingem seu bra-
ço. Deparando-se então com o desespero
dos familiares de Michael, Neil desiste vo-
paros, fugindo do local. Michael sobrevi-
ve. Nessa situação, é correto afirmar que:
(A) a conduta de Neil está amparada pelo insti-
tuto da tentativa, haja vista que o delito não
se consumou por circunstâncias inerentes à
sua vontade.
(B) a conduta de Neil está amparada pelo arre-
pendimento posterior.
(C) a conduta de Neil está amparada pelo insti-
tuto conhecido como arrependimento eficaz.
(D) a conduta de Neil está amparada pelo insti-
tuto conhecido como desistência voluntária.
(E) a conduta de Neil está amparada pelo insti-
tuto da tentativa, haja vista que o delito não
se consumou por circunstâncias alheias a
sua vontade.
30. Marque a alternativa que apresenta uma
causa de aumento de pena do delito de
Induzimento, instigação ou auxílio a sui-
cídio ou a automutilação:
(A) se o suicídio se consuma ou se da automuti-
lação resulta morte.
(B) se da automutilação resulta lesão cor-
poral grave.
(C) se da tentativa de suicídio resulta lesão cor-
poral de natureza gravíssima.
(D) se do crime resulta deformidade permanente.
(E) se a conduta é praticado por agente coorde-
nador de rede virtual.
9
31. Meredith é médica, e pratica aborto para 33.
salvar a vida de Cristina, por não haver
outro meio de salvar a vida da gestante,
em momento de grande desespero. Nes-
se caso, é correto afirmar que:
(A) a conduta de Meredith está amparada pela
excludente de ilicitude conhecida como es- (A)
tado de necessidade.
(B) a conduta de Meredith está amparada pela (B)
excludente de ilicitude conhecida como es-
trito cumprimento do dever legal.
(C) a conduta de Meredith está amparada pela (C)
excludente de ilicitude específica para o
caso, classificada como aborto necessário
pelo Código Penal. (D)
(D) a conduta de Meredith está amparada pela
chamada inexigibilidade de conduta diversa.
(E) a conduta de Meredith está amparada pela
excludente de ilicitude específica para o (E)
caso, conhecida como aborto sentimental.
32. Elliot é servidor público, e modificou sis-
temas de informações da Administração 34.
Pública sem autorização ou solicitação
da autoridade competente, conduta que
foi praticada dolosamente e resultou em
dano para determinado administrado.
Nessa situação, é correto afirmar que:
(A) Elliot praticou crime de “inserção de dados
falsos em sistema de informações”, na for-
ma simples.
(B) Elliot praticou crime de “inserção de dados
falsos em sistema de informações”, na for-
ma majorada. (A)
(C) Elliot praticou crime de “modificação ou alte- (B)
ração não autorizada de sistema de informa- (C)
ções”, na forma simples. (D)
(D) Elliot praticou crime de “modificação ou alte- (E)
ração não autorizada de sistema de informa-
ções”, na forma majorada.
(E) Elliot praticou crime de “invasão de dispositi-
vo informático”, na forma simples.
ESCRIVÃO
James, indivíduo condenado com trânsito
em julgado e submetido à custódia do Esta-
do para cumprimento de sua pena, evadiu-
-se do presídio por negligência de Jones,
agente público responsável pela sua custó-
dia. Nessa situação, é correto afirmar que:
Jones não pode ser responsabilizado crimi-
nalmente por sua conduta.
Jones pode ser responsabilizado criminal-
mente pelo delito de prevaricação em razão
de sua negligência.
Jones pode ser responsabilizado criminal-
mente pelo delito de condescendência crimi-
nosa em razão de sua negligência.
Jones pode ser responsabilizado criminal-
mente pelo delito de Fuga de pessoa presa
ou submetida a medida de segurança em ra-
zão de sua negligência.
Jones pode ser responsabilizado criminal-
mente pelo delito de Arrebatamento de pre-
so em razão de sua negligência.
Jack solicitou dinheiro a pretexto de in-
fluir em Jon, magistrado que atua na co-
marca de Carmo do Paranaíba/MG. Jack
não possui qualquer influência ou sequer
conhece o juiz Jon, o qual é servidor pú-
blico honesto e não sabe da intenção de
Jack em ludibriar indivíduos que tenham
processos tramitando na referida co-
marca. Com base apenas nas informa-
ções apresentadas, pode-se afirmar que
Jon praticou:
Fato atípico.
Exploração de prestígio.
Tráfico de influência.
Corrupção ativa.
Corrupção passiva.
10
 Noções de Direito Processual Penal (D)
Ismael Souto (E)
35. Foi instaurada de maneira regular Comis- 37.
são Parlamentar de Inquérito (CPI) pela
Assembleia Legislativa do Pará a fim de
apurar determinadas condutas irregula- (A)
res. A CPI determinou a interceptação de (B)
comunicações telefônicas de Flávio, bem (C)
como a quebra do sigilo de dados telefô- (D)
nicos de Luís, em que ambos figuravam (E)
na condição de investigados. Com base
exclusiva nas informações obtidas por 38.
esses meios, o Ministério Público ofere-
ceu denúncia em face de Flávio e Luís, (A)
encaminhando junto com a inicial acusa-
tória a transcrição das conversas obtidas
com a interceptação de Flávio e a relação
de dados telefônicos de Luís. (B)
Apenas com base nas informações narra-
das e na posição majoritária do Supremo
Tribunal Federal, é correto afirmar que:
(A) a relação de dados telefônicos de Luís con-
figura prova válida, enquanto a transcrição a (C)
partir da interceptação das conversas telefô-
nicas de Flávio configura prova ilícita.
(B) ambas as provas, originadas da intercepta-
ção telefônica e da quebra de sigilo de da- (D)
dos, devem ser consideradas válidas.
(C) ambas as provas, originadas da intercepta-
ção telefônica e da quebra de sigilo de da- (E)
dos, são ilícitas, devendo ser desentranha-
das dos autos.
(D) ambas as provas, originadas da intercep-
tação telefônica e da quebra de sigilo de
dados, são ilícitas, mas podem continuar 39.
nos autos em razão da teoria da fonte in-
dependente.
(E) o registro dos dados telefônicos de Luís con- (A)
figura prova ilícita, enquanto a transcrição
das conversas de Flávio, obtidas por inter-
ceptação telefônica, configura prova válida. (B)
36. De acordo com os institutos do Proces- (C)
so Penal, o ato da autoridade policial
em que imputa a alguém a prática de um (D)
delito nos autos do Inquérito Policial é
denominado (E)
(A) notitia criminis.
(B) queixa.
(C) delação.
ESCRIVÃO
denúncia.
indiciamento.
De acordo com o Código de Processo Pe-
nal, a apuração das infrações penais e da
sua autoria compete:
ao Juízo Criminal.
ao Ministério Público.
ao Supremo Tribunal Federal.
ao Superior Tribunal de Justiça.
à Polícia Judiciária.
Em relação ao Inquérito Policial, marque
a alternativa correta.
O interessado poderá opor suspeição às au-
toridades policiais nos autos do inquérito e,
quando ocorrer motivo legal, elas deverão
declarar-se suspeitas.
Com a finalidade de que a autoridade policial
possa propor a correspondente ação penal
em juízo, o inquérito policial objetiva apurar
a existência da infração penal e a respecti-
va autoria.
Ao conhecimento pela autoridade policial
acerca de infração penal, dar-se-á o nome
de notitia criminis que pode ser de cognição
imediata, mediata e coercitiva.
Em regra, o contraditório é admitido, pois se
trata de procedimento em que existem acu-
sação e defesa.
O advogado do investigado não terá acesso
aos autos do inquérito que estejam docu-
mentados, mas protegidos pelo sigilo decre-
tado pela autoridade de polícia judiciária.
De acordo com o Código de Proces-
so Penal, a competência para a ação
penal, caso
se trate de ação privada, ficará a cargo do
querelante, que pode escolher entre o local
da infração e o da sua própria residência.
se trate de crime tentado, será fixada no lugar
onde deveria ter se consumado a infração.
desconhecido o domicílio do réu, será esta-
belecida pela prevenção.
desconhecido o domicílio do ofendido, será
estabelecida pelo local da infração.
desconhecido o local da infração, será esta-
belecida pela residência ou domicílio do réu.
11
40. De acordo com o Código de Processo Pe-
nal, dentre outras situações, determinará
a competência jurisdicional, exceto:
(A) a distribuição, a conexão ou continência.
(B) a natureza da infração.
(C) o local da infração.
(D) a prerrogativa de função e a prevenção.
(E) a idade do réu.
41. Em relação aos prazos da prisão tempo-
rária, o prazo durante a investigação do
crime de homicídio será de
(A) 30 dias, prorrogável por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessida-
de, tratando-se de homicídio simples prati-
cado em atividade típica de milícia.
(B) 05 dias, prorrogável por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessida-
de, tratando-se de homicídio com emprego
de explosivo.
(C) 05 dias, prorrogável por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessida-
de, tratando-se de homicídio com emprego
de tortura.
(D) 30 dias, prorrogável por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessida-
de, tratando-se de homicídio simples.
(E) 30 dias, prorrogável por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessida-
de, tratando-se de homicídio praticado por
motivo fútil.
42. Em relação à prisão em flagrante, marque
a alternativa correta
(A) o magistrado não poderá lavrar auto de pri-
são em flagrante.
(B) não poderá ser lavrado auto de prisão em
flagrante na falta de escrivão de polícia no
local da sua lavratura.
(C) se o conduzido se recusar a assinar, o auto
de prisão em flagrante será assinado por
duas testemunhas que tenham ouvido sua
leitura na presença do autuado.
(D) é proibido prender quem é encontrado, logo
depois, com instrumento ou outro objeto que
faça presumir ser ele autor do crime.
(E) não será lavrado auto de prisão em flagrante
na falta de testemunhas oculares e da víti-
ma do crime.
ESCRIVÃO
43. Em relação às prisões, segundo dispõe o
Código de Processo Penal, marque a al-
ternativa correta:
(A) As autoridades policiais e seus agentes,
bem como qualquer do povo, poderão pren-
der quem quer que seja encontrado em fla-
grante delito.
(B) O preso deverá ser posto em liberdade
quando não houver autoridade no lugar em
que se tiver efetuado a prisão em flagrante.
(C) A prisão preventiva poderá ser decretada
como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução
criminal, ou para assegurar a aplicação da
lei penal, quando houver indícios da existên-
cia do crime e de sua autoria.
(D) Da lavratura do auto de prisão em flagrante
deverá constar a informação sobre a exis-
tência de filhos, respectivas idades e se pos-
suem alguma deficiência e o nome e o con-
tato de eventual responsável pelos cuidados
dos filhos, indicado pela pessoa presa.
(E) Decretação de prisão preventiva pelo juiz
somente poderá ocorrer no curso do proces-
so penal, haja vista que, durante o inquérito
policial, somente é possível a prisão em fla-
grante delito do investigado.
44. No âmbito da Lei n. 9.099/1995, quando o
acusado não for encontrado para a cita-
ção, o juízo deverá
(A) determinar a citação do acusado por edital.
(B) encaminhar os autos ao Ministério Públi-
co para que este proceda como entender
de direito.
(C) encaminhar as peças existentes ao juízo co-
mum para a adoção do procedimento pre-
visto em lei.
(D) determinar a suspensão do processo e do
curso do prazo prescricional até que se pro-
ceda à citação pessoal do acusado.
(E) nomear defensor dativo para o acusado e
conceder prazo de trinta dias para o ofereci-
mento da defesa.
12
 Legislação Especial
Péricles Mendonça
45. A respeito da Nova Lei de Abuso de Auto-
ridade, Lei n. 13.869/2019, marque a alter-
nativa correta.
(A) Os crimes previstos na Lei de Abuso de Au-
toridade são de ação penal pública condicio-
nada a representação.
(B) A lei trouxe um conceito amplo de autorida-
de, porém, os membros dos conselhos de
contas não poderão figurar como sujeito ati-
vo do crime de abuso de autoridade.
(C) Um dos efeitos previstos na Lei de Abuso de
Autoridade é a inabilitação para o exercício
do cargo, mandato ou função pública pelo
período de um a cinco anos, o que se dará
de forma automática.
(D) As responsabilidades civil e administrativa
são independentes da criminal, não se po-
dendo mais questionar sobre a existência
ou a autoria do fato quando essas questões
tenham sido decididas no juízo criminal.
(E) O agente poderá responder pelo mesmo
fato nas três esferas (civil, administrativa e
penal), em que as esferas cível e adminis-
trativa devem aguardar o julgamento da es-
fera penal.
46. Marque a alternativa correta conforme
dispõe a Lei n. 9.455/1997.
(A) A competência para processar e julgar o cri-
me de tortura, em regra, é da Justiça Federal.
(B) Somente será punida a tortura praticada em
território nacional.
(C) Conforme entendimento do STJ, a perda do
cargo, função ou emprego público é um efei-
to automático da condenação.
(D) A tortura-castigo, assim como as demais for-
mas de tortura, é classificada como sendo
crime comum, ou seja, poderá ser praticada
por qualquer pessoa.
(E) O crime de tortura é insuscetível de graça ou
anistia, porém, é afiançável.
ESCRIVÃO
47. Levando em consideração a Lei n.
7.716/1989 bem como a jurisprudência
das cortes superiores, assinale a op-
ção correta:
(A) A incitação ao ódio público contra quaisquer
denominações religiosas e seus seguidores
está protegida pela cláusula constitucional
que assegura a liberdade de expressão.
(B) Constitui crime recusar, negar ou impedir a
inscrição ou ingresso de aluno somente em
estabelecimento de ensino público.
(C) Responderá pelo crime de racismo aquele
que injuriar alguém, ofendendo-lhe a digni-
dade ou o decoro utilizando elementos refe-
rentes à raça, cor, etnia, religião, origem ou
a condição de pessoa idosa ou portadora de
deficiência.
(D) Quando a incitação ou induzimento ao pre-
conceito racial for praticado por meio da in-
ternet, poderá o juiz determinar a interdição
da mensagem ou página de informação.
(E) Somente responderá por crime previsto na
Lei n. 7.716/1989 aquele que negar ou obs-
tar emprego em empresa pública.
48. Levando em consideração a Lei n.
11.340/2006, Lei Maria da Penha e a Ju-
risprudência dos tribunais superiores,
julgue os itens:
(A) A lei Maria da Penha não será aplica-
da no caso de violência do neto praticada
contra a avó.
(B) A decisão proferida em processo penal que
fixa alimentos provisórios ou provisionais em
favor da companheira e da filha, em razão
da prática de violência doméstica, constitui
título hábil para imediata cobrança e, em
caso de inadimplemento, passível de decre-
tação de prisão civil.
(C) A violência moral é entendida como qual-
quer conduta que lhe cause dano emocional
e diminuição da autoestima.
(D) No caso de prisão em flagrante pelo crime
de descumprimento de decisão judicial que
defere medidas protetivas de urgência, a au-
toridade policial poderá conceder fiança.
(E) Em nenhuma hipótese poderá a autoridade
policial poderá afastar o agressor imedia-
tamente do lar, domicílio ou local de convi-
vência com a ofendida, somente a autorida-
de judicial.
13
49. Levando em consideração a Nova Lei dos Conhecimentos Específicos para
Crimes Organizados (Lei n. 12.850/2013), Escrivão de Polícia
assinale a alternativa correta.
(A) Os líderes de organizações criminosas ar- Arquivologia
madas devem cumprir toda a pena em esta-
Elvis Miranda
belecimentos penais de segurança máxima.
(B) Considera-se organização criminosa a as-
51. Conjunto de procedimentos e operações
sociação de 4 (quatro) ou mais pessoas es-
técnicas referentes às atividades de pro-
truturalmente ordenada e caracterizada pela
dução, tramitação, uso, avaliação e ar-
divisão de tarefas, ainda que informalmente,
quivamento de documentos nas fases
com objetivo de obter, direta ou indiretamen-
corrente e intermediária, visando sua
te, vantagem de qualquer natureza, median-
eliminação ou recolhimento para guarda
te a prática de infrações penais cujas penas
permanente. Este é o conceito de:
mínimas sejam superiores a 4 (quatro) anos,
(A) gestão de documentos.
ou que sejam de caráter transnacional.
(B) ciclo vital dos documentos.
(C) Constitui crime punido com detenção pro-
(C) protocolo.
mover, constituir, financiar ou integrar, pes-
(D) métodos de arquivamento.
soalmente ou por interposta pessoa, organi-
(E) conservação de documentos.
zação criminosa.
(D) Se houver indícios de participação de policial
52. Assinale o item que apresenta um resumo
nos crimes de que trata a Lei n. 12.850/2013.
do princípio arquivístico da organicidade.
E, a Corregedoria de Polícia instaurará in-
(A) Os documentos de arquivo são únicos, no
quérito policial e comunicará ao Ministério
contexto de sua produção.
Público, que designará membro para acom-
(B) Os documentos de arquivo refletem as ativi-
panhar o feito até a sua conclusão.
dades da entidade acumuladora.
(E) A lei prevê a infiltração de agentes nas orga-
(C) Os documentos de arquivo devem ser
nizações criminosas, porém não trata sobre
mantidos no local ou região em que foram
a infiltração de agentes virtuais.
acumulados.
(D) Arquivos de entidades distintas não devem
50. Conforme a Lei n. 9.296/1996 e a jurispru-
se misturar uns aos outros, quando ocupa-
dência sobre o assunto, marque a alter-
rem o mesmo espaço.
nativa correta.
(E) O arquivo deve manter o arranjo dado pela
(A) É possível a determinação de interceptações
entidade acumuladora.
telefônicas com base em denúncia anônima,
desde que corroborada por outros elemen-
53. Assinale o item que apresenta uma ca-
tos que confirmem a necessidade da medida
racterística vinculada à segunda idade
excepcional.
do ciclo vital dos documentos, a idade
(B) É tida como ilegítima a prova obtida por
intermediária.
meio de interceptação telefônica para apu-
(A) Mantém sob sua guarda os documentos
ração de delito punido com detenção, mes-
mais novos e mais utilizados.
mo que conexo com outro crime apenado
(B) Mantém documentos de importância
com reclusão.
histórica.
(C) Conforme o entendimento do STJ, para a
(C) Mantém documentos que circulam pelas
identificação da voz captada nas intercepta-
áreas da instituição, buscando solução.
ções é necessária a realização de perícia.
(D) O acesso aos documentos é totalmente
(D) É necessário que os diálogos captados se-
aberto ao público em geral, sem qualquer
jam degravados em sua integralidade.
restrição.
(E) As degravações deverão ser realizadas por
(E) Seus documentos têm frequência de uso di-
peritos oficiais, caso contrário a prova não
minuída, e aguardam sua destinação final.
será válida.

ESCRIVÃO 14
54. Quando do arquivamento dos documen- 57. Em uma determinada delegacia, a polícia
tos, estes podem ser dispostos fisica- civil realizou uma apuração a respeito
mente, de duas formas, considerando a das ocorrências mais frequentes duran-
posição em que ocuparão em seus res- te um mês.
pectivos mobiliário. São elas:
(A) corrente e intermediária.
(B) alfabética e numérica.
(C) horizontal e vertical.
(D) acumulação orgânica e coleção.
(E) intermediária e permanente.

55. Assinale o item incorreto a respei-

to da microfilmagem de documentos
nos arquivos.
A porcentagem de ocorrências com 19 ou mais
(A) A microfilmagem será feita em equipamen-
casos dentro de um mês nessa delegacia é de:
tos que garantam a fiel reprodução das in-
(A) 87,5%
formações, sendo permitida a utilização de
(B) 62,5%
qualquer microforma.
(C) 75%
(B) A microfilmagem, de qualquer espécie, será
(D) 37,5%
feita sempre em filme original, com o míni-
(E) 50%
mo de 180 linhas por milímetro de definição,
garantida a segurança e a qualidade de ima-
58. O gráfico a seguir mostra a taxa de anal-
gem e de reprodução.
fabetismo entre pessoas de 15 anos ou
(C) Será obrigatória, para efeito de segurança, a
mais em várias regiões do Brasil.
extração de filme cópia do filme original.
(D) É permitida a utilização de filmes atualizá-
veis, de qualquer tipo, tanto para a con-
fecção do original, como para a extração
de cópias.
(E) O armazenamento do filme original deverá
ser feito em local diferente do seu filme cópia.

Noções de Estatística
Thiago Fernando

56. O gráfico a seguir mostra o número de

casos confirmados de COVID-19 no Bra-
sil entre os meses de novembro de 2020 e
março de 2021. Considere que os núme-
Fonte: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/
ros destacados são todos de ordem 105. populacao/18317-educacao.html

Fonte: https://br.tradingview.com/covid19/
A média e a mediana da taxa de analfa-
betismo entre as regiões do Brasil são,
A taxa média de casos confirmados de respectivamente:
COVID-19 no Brasil, no período de dezembro a (A) 7,92 e 3,3.
março, é igual a: (B) 7,26 e 4,9.
(A) 78,894·105 (C) 7,6 e 7,6.
(B) 81,658·105 (D) 7,92 e 4,9.
(C) 84,755·105 (E) 6,6 e 4,9.
(D) 76,433·105
(E) 79,989·105

ESCRIVÃO 15
59. A tabela a seguir indica alguns dados cli-
matológicos de Belém/PA entre os meses
de janeiro e agosto.

Fonte: https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/para/belem-4299/

Pode-se afirmar que a moda da quantidade de

dias chuvosos (d) na cidade de Belém, entre os
meses de janeiro e agosto, foi de:
(A) 19,5.
(B) 20.
(C) 19.
(D) 17,5.
(E) 21.

60. Durante um simulado com algumas disci-

plinas, Pedro obteve as seguintes notas:

A variância populacional das notas de Pedro é:

(A) 1,04
(B) 1,22
(C) 2,26
(D) 0,88
(E) 1,78

ESCRIVÃO 16
 DISCURSIVA
JÚNIA ANDRADE

A prova discursiva será avaliada, considerando-se os seguintes aspectos:

1. Atendimento ao tema proposto – 2,00 pontos
2. Conhecimento técnico-científico sobre a matéria – 5,00 pontos
3. Clareza de argumentação/senso crítico em relação ao tema proposto na questão – 1,5 ponto
4. Utilização adequada da Língua Portuguesa – 1,5 ponto

O candidato terá sua Prova Discursiva – Estudo de Caso avaliada com nota 0 (zero) em caso de:
a) não atender ao tema da questão;
b) manuscrever em letra ilegível;
c) apresentar acentuada desestruturação na organização textual ou atentar contra o pudor;
d) redigir seu texto a lápis, ou à tinta em cor diferente de azul ou preta;
e) apresentar identificação, em local indevido, de qualquer natureza (nome parcial, nome completo, outro
nome qualquer, número(s), letra(s), sinais, desenhos ou códigos).

O candidato disporá de, no mínimo, 15 (quinze) linhas e, no máximo, 30 (trinta) linhas para elaborar a res-
posta da questão.

ESCRIVÃO 17
 DISCURSIVA – QUESTÃO

Considere o seguinte caso fático:

Atualmente, em mais de uma dezena de Estados da Federação, policiais militares lavram Termo Circuns-
tanciado de Ocorrência (TCO). Em março de 2020, o plenário do STF reconheceu que TCO lavrado pela
polícia militar não é inconstitucional.
Sabendo-se que TCO é uma das formas de investigação preliminar, explique por que uma polícia não
judiciária como a Polícia Militar pode proceder a uma TCO, mas não pode proceder a um Inquérito Policial.
Em seu texto, também explique o que significa o Inquérito Policial ter como características aparentemente
opostas a dispensabilidade e a obrigatoriedade. Por fim, discorra sobre a abrangência do sigilo do Inquérito
Policial, considerando a possibilidade ou não de o defensor ter acesso ao conjunto probatório.

Correção:

1. Atendimento ao tema proposto – 2,00 pontos

2. Conhecimento técnico-científico sobre a matéria – 5,00 pontos
3. Clareza de argumentação/senso crítico em relação ao tema proposto na questão – 1,5 ponto
4. Utilização adequada da Língua Portuguesa – 1,5 ponto

ESCRIVÃO 18
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.

ESCRIVÃO 19
 POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PARÁ
SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO PÚBLICO

Gabarito

ESCRIVÃO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
B D A C B B E A C D

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C A A D E B A C E A

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
B C C E C D A B D E

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C D D A A E E C E E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E C D C D C D B D A

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
A B E C D C B E B A

ESCRIVÃO 20
 Não é qualquer texto.
É o texto que vai fazer você ser aprovado.

O Projeto Redação Sob Medida é o seu caminho para tirar nota máxima na prova discursiva.
Aprenda a escrever do jeito certo, saiba como cada banca avalia as provas discursivas.
Escreva, reescreva, corrija e conquiste a sua vaga.

ACOMPANHE SEU
ESCRITA PARA PROVA DESENVOLVIMENTO SIMULADOS DISCURSIVOS

Entenda que os requisitos Tenha acesso a um portfólio Com temas de atualidades

para uma prova de concurso
público e os métodos de
correção são diferentes do
habitual. Descubra o que
cada banca cobra e não caia
mais em armadilhas da
escrita.
individual, com seus textos, exclusivos para cada
correções e gráficos de concurso, você terá acesso
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JORNAL TEMÁTICO GRAN MESTRES

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Portuguesa e em Redação
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Utilize o Texto I para responder as questões de
01 a 05.
Texto I
Fake News: as mentiras que viram notícias
Será que todos os que se manifestam sobre
qualquer assunto estão devidamente preparados
para utilizar devidamente os modernos canais de
comunicação?
Danillo Saes
A realidade do mundo de hoje é ligada à velo-
cidade, à digitalização e, consequentemente, à
exposição em redes. Com a inserção da tecnolo-
gia no dia a dia das pessoas, é possível presen-
ciar diversas mudanças, como o fato de um indi-
víduo com um perfil em uma plataforma social ser
propagador de informações e não mais apenas
receptor.
Este cenário de disseminação de ideias – boas
ou ruins, certas ou erradas, do mesmo ponto de
vista que o seu ou não – faz parte de um mundo
moderno e democrático. Neste contexto, a tecno-
logia tem sido utilizada como ferramenta de pro-
pagação destes posicionamentos. Ao ter o poder
do clique em mãos, as pessoas passam a ser
mais ativas diante das informações que recebem.
Os meios de comunicação mudaram as formas
de divulgar suas notícias diante deste compor-
tamento que os indivíduos passaram a adquirir
com o passar do tempo. Há alguns anos, pes-
quisadores divulgaram artigos sobre a influência
da “segunda tela”: o notebook ou o smartphone
começavam a se infiltrar como coadjuvantes da
tela da televisão. Telespectadores comentavam
suas novelas, criticavam o técnico do seu time de
futebol e faziam outros tipos de comentários. Hoje,
os dispositivos móveis não são mais uma segunda
tela, mas uma extensão real – e, muitas vezes,
protagonista – para receber, digerir e disseminar
as informações recebidas.
De meros mortais que até então era como
éramos tratados pela grande mídia, como depó-
ESCRIVÃO
sitos de informações – certas ou erradas, boas ou
ruins, favoráveis ou contrárias –, passamos a ser
também protagonistas através do “poder” que a
tela de um dispositivo móvel nos dá. É incrível e,
ao mesmo tempo, muito preocupante. Será que
todos os que se manifestam sobre qualquer tipo
de assunto estão devidamente preparados para
isso? Será que têm bagagem suficiente para cri-
ticar? Os ditos “influenciadores” realmente têm o
espírito crítico necessário unido à sua responsabi-
lidade de “influenciar” ao publicar seus posiciona-
mentos? São provocações, indagações, não afir-
mações.
Quando nos deparamos com as famosas fake
news, por sermos ativos através das plataformas
sociais, assumimos uma parcela (grande) de res-
ponsabilidade ao disseminá-las. Ao receber aquela
notícia através do WhatsApp, ou aquele áudio que
afirmam ser de uma determinada figura pública e,
com nosso “dedinho ansioso”, compartilhamos o
conteúdo em grupos com o intuito de dar “furos de
reportagem” que até então eram coisa apenas de
jornalistas, damos nosso aval àquela informação.
As pessoas que criam as fake news não estão
isentas de responsabilidades – pelo contrário. O
que desejo é provocar o leitor a desenvolver seu
senso crítico diante da informação que se consome
e, com isso, não tomar como verdade tudo aquilo
que o impacta. O mesmo “poder” que a tecnolo-
gia nos dá para disseminar informações também
nos proporciona a possibilidade de investigá-las,
contestá-las, analisá-las. No entanto, investigar,
contestar e analisar é trabalhoso, exige esforço de
pensamento e queima de fosfato.
A diferença entre as fake news serem desmas-
caradas ou se transformarem em “verdade” está
no pequeno intervalo de tempo entre o momento
em que as consumimos e o momento em que cli-
camos em “encaminhar”.
1. Sobre o Texto I, é incorreto afirmar que
(A) no terceiro parágrafo, a adoção de frases in-
terrogativas busca provocar o leitor a refletir
sobre o assunto, de modo a engajá-lo na te-
mática desenvolvida.
(B) no segundo parágrafo, o autor apresenta a
tese de que a tecnologia é a causadora da
propagação de fake news.
(C) o vocábulo “bagagem”, no terceiro parágra-
fo, está sendo utilizado em sentido figurado.
22
(D) Ao longo do texto, o autor utiliza a primeira
pessoa do plural como estratégia discursiva
para se aproximar do leitor.
(E) Para o autor, as pessoas que criam as fake
news também possuem responsabilidades.
Letra b.
A alternativa (B) está incorreta porque, na ver-
dade, o autor diz que “a tecnologia tem sido
utilizada como ferramenta de propagação des-
ses posicionamentos (e se fala sobre “dissemi-
nação de ideias”). As demais alternativas estão 3.
corretas porque, de fato: (A) a adoção de fra-
ses interrogativas no terceiro parágrafo busca
provocar o leitor a refletir sobre o assunto, de
modo a engajá-lo na temática desenvolvida; (C)
o vocábulo “bagagem”, no terceiro parágrafo,
está sendo utilizado em sentido figurado; (D) ao
longo do texto, o autor utiliza a primeira pessoa
do plural como estratégia discursiva para se
aproximar do leitor; e (E) para o autor, as pes-
soas que criam as fake news também possuem
responsabilidades.
2. Sobre o Texto I, analise as asserti-
vas e assinale a alternativa que aponta
as corretas.
I – Em “Há alguns anos, pesquisadores divulga-
ram artigos sobre a influência da ‘segunda
tela’”, o verbo “haver” é impessoal e denota
existência.
II – Em “As pessoas que criam as fake news não
estão isentas de responsabilidades – pelo
contrário”, a oração em destaque possui
sentido restritivo.
III – Em “O que desejo é provocar o leitor a de-
senvolver seu senso crítico diante da infor-
mação que se consome”, a forma pronomi-
nal em destaque tem como referente o termo
“o leitor”.
(A) Apenas I e II.
(B) Apenas I.
(C) Apenas I e III.
(D) Apenas II e III. (A)
(E) Apenas III. (B)
(C)
Letra d. (D)
A única assertiva INCORRETA é a I, pois em (E)
“Há alguns anos”, o verbo haver denota tempo,
não existência. Em ambos os casos (sentido de
ESCRIVÃO
tempo transcorrido; sentido existencial), o ver-
bo haver é impessoal e deve ser flexionado na
terceira pessoa do singular. As demais asser-
tivas estão corretas. Note que, em II, a oração
“que criam as fake news” modifica (restringe o
sentido) o núcleo substantivo “pessoas”, não
havendo presença de vírgula. Assim, apenas as
assertivas II e III estão corretas (por isso a alter-
nativa (D) está correta e as alternativas (A), (B),
(C) e (E) estão incorretas.
Referente ao uso da pontuação no Texto
I, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F)
o que se afirma a seguir e assinale a alter-
nativa com a sequência correta.

( ) Em “A realidade do mundo de hoje é li-
gada à velocidade, à digitalização e, con-
sequentemente, à exposição em redes.”,
o emprego da vírgula após a conjunção
“e” constitui erro gramatical.

( ) Os travessões empregados em “De me-
ros mortais que até então era como éra-
mos tratados pela grande mídia, como
depósitos de informações – certas ou er-
radas, boas ou ruins, favoráveis ou con-
trárias –, passamos a ser também prota-
gonistas através do ‘poder’ que a tela de
um dispositivo móvel nos dá” poderiam
ser substituídos por parênteses.

( ) �As aspas empregadas em [Os ditos “in-
fluenciadores” realmente têm o espírito
crítico necessário unido à sua respon-
sabilidade de “influenciar” ao publicar
seus posicionamentos?] expressam um
ponto de vista do autor em relação ao
que se questiona.

( ) No terceiro período do quinto parágrafo,
uma vírgula poderia ser empregada en-
tre “informações” e “também”: “O mes-
mo ‘poder’ que a tecnologia nos dá para
disseminar informações, também nos
proporciona a possibilidade de investi-
gá-las”.
F, V, V, F.
V, F, F, V.
V, V, F, F.
F, V, F, V.
V, F, V, V.
Letra a.
23
 A sequência correta está registrada na alter-
nativa (A):
F: a vírgula está corretamente empregada, pois
isola o termo “consequentemente”, que está
intercalado na coordenação. Veja que, com a 5.
retirada desse termo, a(s) vírgula(s) também
deve(m) ser retirada(s): A realidade do mundo
de hoje é ligada à velocidade, à digitalização e
à exposição em redes.
V: no contexto, travessões e parênteses se (A)
equivalem, pois isolam um comentário “extra”,
que é adicionado pelo enunciador para fins de
complementação da ideia: “De meros mortais
que até então era como éramos tratados pela (B)
grande mídia, como depósitos de informações
(certas ou erradas, boas ou ruins, favoráveis ou
contrárias), passamos a ser também protago-
nistas através do ‘poder’ que a tela de um dis- (C)
positivo móvel nos dá”.
V: o emprego das aspas expressa, sim, um pon-
to de vista do autor. Note que há uma espécie
de relativização do valor dessas palavras. É
como se o autor dissesse: bom, não é bem in- (D)
fluenciador, como nós conhecemos, mas é o
termo que as pessoas estão utilizando (e eu não
concordo muito com esse termo, por isso estou (E)
adotando as aspas para relativizá-lo).
F: o emprego da vírgula é inadequado, pois se-
para o sujeito (O mesmo ‘poder’ que a tecnolo-
gia nos dá para disseminar informações) de seu
predicado (também nos proporciona a possibili-
dade de investigá-las).
Com essa sequência, as demais alternativas
(B), (C), (D), (E) estão incorretas.
4. Em “No entanto, investigar, contestar e
analisar é trabalhoso, exige esforço de
pensamento e queima de fosfato”, o ter-
mo em destaque tem valor
(A) concessivo.
(B) explicativo.
(C) adversativo.
(D) causal.
(E) aditivo.
Letra c.
A alternativa (C) está correta: o articulador coe-
sivo “No entanto” tem valor adversativo (introduz
uma oposição em relação ao que se enuncia
anteriormente). Por isso, as demais alternativas
(A) concessivo, (B) explicativo, (D) causal e (E)
ESCRIVÃO
aditivo estão incorretas, porque apresentam
articulações coesivas incompatíveis com o va-
lor adversativo.
Tendo em vista as regras de acentuação
gráfica da Língua Portuguesa, assinale a
alternativa que apresenta uma explicação
INCORRETA para o uso do acento na pa-
lavra em destaque.
“De meros mortais que até então era como
éramos tratados pela grande mídia” – o ter-
mo destacado é acentuado por ser oxítono
terminado em “e”.
“nos proporciona a possibilidade de in-
vestigá-las, contestá-las, analisá-las” – as
três palavras são paroxítonas terminadas
em “a(s)”.
“como o fato de um indivíduo com um perfil
em uma plataforma social ser propagador de
informações e não mais apenas receptor” –
o termo destacado é acentuado por ser pa-
roxítono terminado em ditongo.
“Os ditos “influenciadores” realmente têm o
espírito crítico” – os termos destacados são
acentuados por serem proparoxítonos.
“Os ditos “influenciadores” realmente têm o
espírito crítico” – emprega-se o acento cir-
cunflexo para marcar pluralidade na concor-
dância verbal.
Letra b.
Vejamos o porquê de a alternativa (B) estar in-
correta: em “investigá-las, contestá-las, analisá-
-las”, temos vocábulos oxítonos (terminados
em “a”, por isso acentuados). A forma pronomi-
nal “las” não pode ser considerada em termos
de posição da sílaba tônica – e, por isso, não
estamos diante de palavras paroxítonas. As de-
mais alternativas estão corretas, uma vez que:
(A) até é acentuado por ser oxítono terminado
em “e”; (C) indivíduo é acentuado por ser paro-
xítono terminado em ditongo; (D) espírito crítico
são acentuados por serem proparoxítonos; e
(E) o acento circunflexo em “têm” é empregado
para marcar pluralidade na concordância verbal.
24
 Raciocínio Lógico
Marcelo Leite
6. Apresentadas as seguintes afirmações:
I – A aprovação no certame da PC/PA significa
estabilidade.
II – O esforço e a dedicação são fundamentais
para quem busca a estabilidade.
III – Se a aprovação no certame da PC/PA signi-
fica estabilidade, então o esforço e a dedi-
cação são fundamentais para quem busca a
estabilidade.
Com base nessas informações, é correto
concluir que:
(A) caso a afirmação I seja verdadeira, en-
tão a afirmação III será obrigatoriamente
verdadeira.
(B) caso a afirmação I seja falsa, então a afirma-
ção III será obrigatoriamente verdadeira.
(C) caso a afirmação II seja verdadeira, então a
afirmação III será falsa.
(D) caso a afirmação I e II sejam ambas falsas,
então a afirmação III será falsa.
(E) caso a afirmação I seja verdadeira e a afir-
mação II seja falsa, então a afirmação III
será verdadeira.
Letra b.
(A) Caso o antecedente seja verdadeiro, então
o resultado da afirmação III irá depender do re-
sultado do consequente, podendo ser verdadei-
ra ou falsa. (ERRADO)
(B) Como a afirmação I é falsa, então a afirma-
ção III será obrigatoriamente verdadeira, inde-
pendentemente do valor lógico atribuído ao con-
sequente. (CERTO)
(C) Como a afirmação II é verdadeira, então a
afirmação III será obrigatoriamente verdadeira,
independentemente do valor lógico atribuído ao
antecedente. (ERRADO)
(D) Tanto o antecedente como o consequente
são ambos falsos, então a afirmação III será
verdadeira. (ERRADO)
(E) Como a afirmação I é verdadeira e a afirma-
ção II é falsa, assim o valor lógico da função III
será falsa. (ERRADO)
ESCRIVÃO
7. Se não é verdade que se o carro é elétri-
co, então sua cor não é branca, é correto
afirmar que:
(A) Se sua cor não é branca, então o carro
é elétrico.
(B) O carro não é elétrico ou sua cor
não é branca.
(C) Se o carro não é elétrico, então sua
cor é branca.
(D) O carro é elétrico ou sua cor não é branca.
(E) O carro é elétrico, porém sua cor é branca.
Letra e.
A negação da condicional é dada por: ~(A→B) =
A ^(~B), assim a negação da sentença “Se o car-
ro é elétrico(A), então sua cor não é branca(B)”
é equivalente a “O carro é elétrico(A), e sua cor
é branca(~B)”.
8. Considere a seguinte proposição: “Se o
candidato não se esforçar nos estudos,
então ele não conseguirá realizar os seus
sonhos”. A proposição logicamente equi-
valente a essa é:
(A) Se o candidato conseguiu realizar os seus
sonhos, então ele se esforçou nos estudos.
(B) Se o candidato não conseguiu realizar os
seus sonhos, então ele não se esforçou
nos estudos.
(C) O candidato conseguiu realizar os seus so-
nhos ou ele não se esforçou nos estudos.
(D) O candidato conseguiu realizar os seus so-
nhos e ele não se esforçou nos estudos.
(E) O candidato não se esforçou nos estudos e
ele conseguiu realizar os seus sonhos.
Letra a.
A condicional possui a seguinte equivalência:
A→B = (~B) → (~A), assim a expressão “Se o
candidato não se esforçar nos estudos(A), então
ele não conseguirá realizar os seus sonhos(B)”
é equivalente a “Se o candidato conseguiu rea-
lizar os seus sonhos(~B) então ele se esforçou
nos estudos(~A)”.
25
9. Em certa Delegacia de Polícia do Estado Noções de Informática
do Pará, localizada em Santarém/PA, es- Fabricio Melo
tão lotados seis escrivães, dentre esses,
Paulo e Lúcia. Para certa missão, serão 11. No Linux, em seu prompt de comando,
convocados quatro desses seis escri- um Root executa o seguinte comando:
vães, de modo que, Paulo é Lúcia este- chmod ugo+r provas.txt
jam presentes, então a quantidade de (A) Somente o proprietário receberá a permis-
equipes distintas que podem ser forma- são de leitura.
das é igual a: (B) Irá adicionar a leitura somente para o pro-
(A) 4 prietário e grupos.
(B) 5 (C) Irá adicionar leitura para o proprietário, gru-
(C) 6 po e outros.
(D) 7 (D) Irá atribuir execução para o proprietário, gru-
(E) 8 po e outros.
(E) Irá remover todas as permissões dos grupos
Letra c.
Como a ordem dos integrantes na equipe não Letra c.
importa, trata-se de uma combinação. chmod = Alterar as permissões;
ugo = u  user (proprietário) / g  grupos /
Cn,p = o  outros;
+ = Adicionar a permissão;
Já estão presentes na equipe os escrivães Pau- r = permissão de leitura (read).
lo e Lúcia, então restam apenas duas vagas
que serão disputados por quatros escrivães. (A) chmod u+r
Assim, teremos: (B) chmod ug+r
(D) chmod ugo=x
(E) chmod g-rwx

12. É um «software servidor» para Linux (e

10. Considere que em certa Delegacia de po- outros sistemas baseados em Unix) que
lícia do Estado do Pará, localizada em permite o gerenciamento e compartilha-
Belém/PA, foram registrados 340 regis- mento de recursos em redes formadas
tros no último mês, desses, 102 foram por computadores com o Windows:
referentes à agressão. Caso seja escolhi- (A) Samba
do um desses registros aleatoriamente, a (B) Libre Office
chance de que não seja referente à agres- (C) Rytthmbox
são será igual a: (D) Vim
(A) 30% (E) Gimp
(B) 40%
(C) 60% Letra a.
(D) 70% (B) Pacote de aplicativos para escritório livre e
(E) 76% gratuito.
(C) Programa para execução de áudio no Linux.
Letra d. (D) Editor de textos simples.
P(Registro não ser agressão) = (E) Programa para a edição de imagens.

x 100% = 70%

ESCRIVÃO 26
 Conhecimentos Específicos e Comuns a 14. É competência comum do Estado e dos
Todos os Cargos Municípios, com a União, exceto:
(A) zelar pela guarda da Constituição, das leis e
Conhecimentos sobre o Estado do Pará das instituições democráticas, e conservar o
patrimônio público.
Júlio Santos/Ricardo Blanco
(B) cuidar da saúde e assistência pública, da
proteção e garantia das pessoas portadoras
A segunda metade do século XX marca a econo-
de deficiência.
mia brasileira com a abertura de diversos polos
(C) proteger os documentos, as obras e outros
econômicos ligados a agropecuária e extrati-
bens de valor histórico, artístico e cultural,
vismo, fortalecendo a economia no extremo norte
os monumentos, as paisagens naturais no-
do país, particularmente o Estado do Pará.
táveis e os sítios arqueológicos.
(D) permitir a evasão, a destruição e a desca-
13. Em relação à região descrita acima, po-
racterização de obras de arte e de outros
demos destacar como assertiva correta:
bens de valor histórico, artístico ou cultural.
(A) A região dos Carajás possui uma das maio-
(E) proporcionar os meios de acesso à cultura, à
res hidroelétricas do país, situada na mais
educação e à ciência.
extensa bacia exclusivamente brasileira.
(B) O escoamento mineralógico da região ocor-
Letra d.
re via navegação de cabotagem por meio do
Art. 17. É competência comum do Estado e dos
porto de Santos.
Municípios, com a União:
(C) A serra dos Carajás é o maior projeto mi-
(A) Certo. I – zelar pela guarda da Constituição,
neralógico do país que tem o escoamento
das leis e das instituições democráticas, e con-
de sua produção, exclusivamente, por meio
servar o patrimônio público;
rodoviário.
(B) Certo. II – cuidar da saúde e assistência pú-
(D) O estado do Pará é um dos maiores produ-
blica, da proteção e garantia das pessoas porta-
tores de sal do Brasil.
doras de deficiência;
(E) A região tem a maior área extrativista de car-
(C) Certo. III – proteger os documentos, as
vão mineral.
obras e outros bens de valor histórico, artístico e
cultural, os monumentos, as paisagens naturais
Letra a.
notáveis e os sítios arqueológicos;
(A) A usina de Tucuruí é a terceira do país si-
(D) Errado. IV – impedir a evasão, a destruição
tuada na bacia do Tocantins-Araguaia, a quinta
e a descaracterização de obras de arte e de ou-
do planeta.
tros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
(B) O escoamento dos minerais ocorre via ferro-
(E) Certo. V – proporcionar os meios de acesso
viária, através do porto de Itaqui.
à cultura, à educação e à ciência.
(C) O escoamento mineralógico da região ocor-
re através da Ferrovia Carajás-Itaqui fazendo
uma conexão com o estado do Maranhão.
(D) A maior produção de sal do país cabe ao es-
tado do Rio Grande do Norte.
(E) A extração do carvão mineral está a cargo
dos Estados do RS, PR, SC, SP.

ESCRIVÃO 27
 Noções de Direito Administrativo
Rafael de Oliveira
Nos termos da Lei n. 8.666/1993, julgue o item.
16.
15. O professor Lafayette, durante uma pa-
lestra que ministrava em uma conhecida
faculdade, discorria acerca dos contratos
administrativos e suas características.
Segundo a legislação pertinente, indique (A)
qual característica não deveria ter sido (B)
citada pelo distinto professor. (C)
(A) Os contratos são comutativos. (D)
(B) Deve ser executado pelo próprio contratado. (E)
(C) Consubstanciam um acordo de vontades.
(D) Expressam-se por escrito e com requisitos
especiais.
(E) Só podem ser extintos por acordo entre as
partes ou por via judicial.
Letra e.
A letra (A) está correta, pois, ser comutativo é
uma característica de um contrato. A compra e
venda, onde o vendedor sabe que irá receber o
preço que atende aos seus interesses, e o com-
prador, que lhe será transferida a propriedade do
bem que desejava adquirir, é um exemplo disso.
A letra (B) também está correta, pois, o contrato
administrativo também é Intuitu personae, vis-
to que consiste na exigência para execução do
objeto pelo próprio contratado. Correta também
está a letra (C), pois, segundo o art. 2º, pará-
grafo único, da Lei n. 8.666/1993, considera-se
contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou
entidades da Administração Pública e particula-
res, em que haja um acordo de vontades para
a formação de vínculo e a estipulação de obri-
gações recíprocas, seja qual for a denominação
utilizada. Correta também está a letra (D), pois
o contrato é formal porque deve ser formulado
por escrito e nos termos previstos em lei. Na le-
tra (E) está o gabarito da questão e esta não
foi uma característica citada pelo ilustre profes-
sor, pois, segundo o art. 54, da referida lei, os
contratos administrativos de que trata esta Lei
regulam-se pelas suas cláusulas e pelos pre-
ceitos de direito público, aplicando-se-lhes,
supletivamente, os princípios da teoria ge-
ral dos contratos e as disposições de direito
ESCRIVÃO
privado. Portanto, como Cláusula Exorbitante,
a Administração pode unilateralmente rescindir
seus contratos.
A Doutrina elenca diversos critérios, his-
toricamente, utilizados para a conceitua-
ção do Direito Administrativo. Indique a
alternativa que não apresenta um desses
critérios.
Critério do Poder Executivo.
Critério da reforma administrativa.
Critério do serviço público.
Critério negativo ou residual.
Critério da Administração Pública.
Letra b.
A letra (A) está correta, de acordo com essa cor-
rente, o objeto do Direito Administrativo estaria
relacionado à atuação, exclusiva, do Poder Exe-
cutivo. A letra (B), porém, está errada e trata-
-se do gabarito da questão, pois, este não é um
critério utilizado para conceituar o Direito Admi-
nistrativo, reforma administrativa, na verdade,
ocorre a partir de mudanças impostas no âmbito
da administração pública e não para conceitua-
ção desta. A letra (C) também está correta. Essa
corrente defendia que o objeto do Direito Admi-
nistrativo envolveria a disciplina jurídica dos ser-
viços públicos prestados. Correta também está
a letra (D), pois, para seus defensores, entre
eles, Tito Prates, o Direito Administrativo deveria
ser definido por exclusão. Assim, pertenceriam
ao Direito Administrativo as atividades que não
pertencessem aos demais ramos jurídicos, nem
aquelas relacionadas à sua função legislativa
ou jurisdicional. Por fim, correta também está a
letra (E), pois essa corrente, apresentada pelo
mestre Hely Lopes Meirelles, prestigia o critério
funcional, segundo o qual o Direito Administra-
tivo seria o ramo do direito que envolve normas
jurídicas disciplinadoras da Administração Pú-
blica, em seu sentido objetivo e subjetivo. É a
mais aceita entre os doutrinadores.
28
17. De acordo com Lei Complementar n.
022/1994, que estabelece normas de or-
ganização, competências, garantias, di-
reitos e deveres da Polícia Civil do Esta-
do do Pará, aponte qual das alternativas
a seguir apresenta uma atribuição do De-
legado Geral de Policia Civil:
(A) Ordenar o emprego de verbas orçamentá-
rias ou de créditos abertos em favor da Polí-
cia Civil, bem como dos recursos que ela ve-
nha a receber, oriundos de quaisquer fontes
de receita.
(B) Aprovar normas, regimentos ou regulamen-
tos propostos pelas unidades da Polícia Ci-
vil, no âmbito de suas atribuições.
(C) Exercer correição, em caráter permanente
ou extraordinário, sobre os procedimentos
de polícia judiciária instaurados pelos ór-
gãos policiais.
(D) Confeccionar relatório de diligências relacio-
nadas a atos de rotina do procedimento da
polícia judiciária.
(E) Manter o controle do inventário dos bens pa-
trimoniais da Unidade Policial, promovendo
carga e baixa deles.
Letra a.
Já na letra (A) vislumbramos a alternativa corre-
ta e gabarito da questão, pois, segundo o inciso
IV, do artigo 8º, essa é uma importante atribui-
ção, de muitas, do Delegado Geral de Polícia. A
letra (B) está incorreta, mas poderia confundir
alguns alunos, pois, conforme alínea f, do in-
ciso I, do artigo 13, essa é uma atribuição do
Conselho Superior da Polícia Civil. A letra (C)
também está incorreta; toda vez que houver a
palavra “correição” deve o aluno ficar atento e
se inclinar a associá-la à Corregedoria de Po-
lícia; conforme o inciso III, do artigo 14, essa é
uma atribuição da Corregedoria-Geral da Polí-
cia Civil, órgão de controle disciplinar interno da
instituição. Incorreta também está a letra (D),
pois se trata de uma atribuição do Investigador
de Polícia, conforme preceitua o inciso VIII, do
artigo 39. Por fim, a letra (E) também está cer-
ta e trata-se de uma atribuição do cargo a que
se refere esse simulado; segundo o inciso V, do
artigo 40, manter o controle do inventário dos
bens patrimoniais da Unidade Policial, promo-
vendo carga e baixa dos mesmos é uma atribui-
ção do o Escrivão de Polícia.
ESCRIVÃO
18. Conforme a doutrina administrativista,
analise as alternativas e aponte qual dos
apresentados atos, é aquele praticado
pela Administração Pública com todas
as prerrogativas exorbitantes do direito
comum, os quais são impostos de forma
unilateral e coercitiva, independentemen-
te de autorização judicial.
(A) Atos de Gestão.
(B) Atos de Expediente.
(C) Atos de Império.
(D) Atos Vinculados.
(E) Atos Discricionários.
Letra c.
As letras (A) e (B) estão incorretas, pois, a pri-
meira refere-se àqueles atos praticados com
a finalidade de gerir os seus bens e serviços,
sem a necessidade das prerrogativas do regime
jurídico administrativo, razão pela qual a Admi-
nistração age em situação de igualdade com o
particular e o segundo trata-se de uma nova ca-
tegoria de ato, apresentada por Hely Lopes, que
seriam os atos de expediente, destinados a dar
andamento aos processos e papéis que trami-
tam na administração. A letra (C), porém, está
correta e coaduna com o anunciado da alterna-
tiva, uma vez que os atos de império são os atos
administrativos propriamente ditos, revestidos
de imperatividade, do chamado jus imperie, pro-
duzidos com supremacia sobre o administra-
do. Por fim, as letras (D) e (E) estão incorretas,
pois, os atos vinculados são aqueles em que o
legislador consegue antever o caso concreto
e definir previamente qual deve ser a conduta
da Administração; e os atos discricionários, por
sua vez, são aqueles em que o legislador, jus-
tamente por não conseguir definir qual deve ser
a melhor conduta da Administração para cada
caso concreto, confere à Administração a facul-
dade de decidir, diante da situação fática, qual
deve ser a solução que melhor atende ao inte-
resse público.
29
19. Conforme a Lei Estadual n. 5.810/1994,
que trata do Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos do Estado do Pará,
assinale a alternativa incorreta.
(A) Compete aos Poderes Executivo, Legislati-
vo e Judiciário, ao Ministério Público e aos
Tribunais de Contas na área de sua com-
petência, prover, por ato singular, os car- 20.
gos públicos.
(B) Fica assegurada a fiscalização do concurso (A)
público, em todas as suas fases, pelas enti-
dades sindicais representativas de servido-
res públicos. (B)
(C) As provas de título, quando constantes
do Edital, terão caráter meramente clas-
sificatório.
(D) Se ocorrer empate de candidatos não per-
tencentes ao serviço público do Estado, de-
cidir-se-á em favor do mais idoso.
(E) Os candidatos com deficiência aprovados e (C)
incluídos na lista reservada aos deficientes
serão chamados e convocados prioritaria-
mente a todos os candidatos chamados da
lista geral até preenchimento do percentual (D)
reservado às pessoas com deficiência no
edital do concurso.
Letra e.
A letra (A) está em consonância com a legis-
lação pertinente, apresentando a competência (E)
dos poderes para provimento dos cargos pú-
blicos; inteligência do artigo 7º, da lei. As letras
(B) e (C) estão igualmente corretas, apresen-
tando a primeira, uma garantia de fiscalização
dos concursos e a segunda informando acerca
do “peso” das provas de títulos no concurso,
conforme § 3º do artigo 11 e parágrafo único
do artigo 12, respectivamente. A letra (D) tam-
bém está correta e apresenta um dos critérios
de desempate constante no § 2º do artigo 10.
Por fim, incorreta está a letra (E) e se apresen-
ta como gabarito da questão. Vamos ao erro:
Conforme § 2º, do artigo 14, os candidatos com
deficiência aprovados e incluídos na lista reser-
vada aos deficientes serão chamados e con-
vocados alternadamente a cada convocação
de um dos candidatos chamados da lista geral
até preenchimento do percentual reservado às
pessoas com deficiência no edital do concurso.
Portanto, a chamada dos candidatos que apre-
sentem necessidades especiais não ocorre de
ESCRIVÃO
forma única, como informado na assertiva, mas
alternada com os demais candidatos, conforme
os preceitos da lei.
Noções de Direito Constitucional
Ricardo Blanco
Assinale a opção incorreta em relação
aos direitos individuais.
A prática do racismo constitui crime afiançá-
vel e imprescritível, sujeito à pena de reclu-
são, nos termos da lei.
A lei considerará crimes inafiançáveis e in-
suscetíveis de graça ou anistia a prática
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins, o terrorismo e os definidos
como crimes hediondos, por eles respon-
dendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-los, se omitirem.
Constitui crime inafiançável e imprescritível
a ação de grupos armados, civis ou milita-
res, contra a ordem constitucional e o Esta-
do Democrático.
Nenhuma pena passará da pessoa do con-
denado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação do perdimento de bens
ser, nos termos da lei, estendidas aos su-
cessores e contra eles executadas, até o li-
mite do valor do patrimônio transferido.
É assegurado aos presos o respeito à inte-
gridade física e moral.
Letra a.
(A) Errado. Art. 5 º, CF, XLII – a prática do racis-
mo constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
(B) Certo. Art. 5º, CF, XLIII – a lei considerará
crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça
ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e
os definidos como crimes hediondos, por eles
respondendo os mandantes, os executores e os
que, podendo evitá-los, se omitirem;
(C) Certo. Art. 5º, CF, XLIV – constitui crime ina-
fiançável e imprescritível a ação de grupos ar-
mados, civis ou militares, contra a ordem cons-
titucional e o Estado Democrático;
(D) Certo. Art. 5º, CF, XLV – nenhuma pena
passará da pessoa do condenado, podendo
a obrigação de reparar o dano e a decretação
do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
30
 estendidas aos sucessores e contra eles exe-
cutadas, até o limite do valor do patrimônio
transferido;
(E) Certo. Art. 5º, CF, XLIX – é assegurado aos
presos o respeito à integridade física e moral.
21. São privativos de brasileiro nato, exce-
to o cargo:
(A) de Presidente e Vice-Presidente da
República.
(B) de Deputados Federal.
(C) de Presidente do Senado Federal.
(D) de Ministro do Supremo Tribunal Federal.
(E) da carreira diplomática.
Letra b.
Art. 12, CF, § 3º São privativos de brasileiro
nato os cargos:
(A) Certo. I – de Presidente e Vice-Presidente
da República;
(B) Errado. II – de Presidente da Câmara dos
Deputados;
(C) Certo. III – de Presidente do Senado Federal;
(D) Certo. IV – de Ministro do Supremo Tribu-
nal Federal;
(E) Certo. V – da carreira diplomática.
22. Em relação à Administração Pública, as-
sinale a opção incorreta.
(A) Os cargos, empregos e funções públicas
são acessíveis aos brasileiros que preen-
cham os requisitos estabelecidos em lei, as-
sim como aos estrangeiros, na forma da lei.
(B) A investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomea-
ção e exoneração.   soramento.
(C) O prazo de validade do concurso público
será de dois anos, prorrogável uma vez, por
igual período.
(D) Durante o prazo improrrogável previsto no
edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e
títulos será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou
emprego, na carreira.
ESCRIVÃO
(E) As funções de confiança, exercidas exclusi-
vamente por servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos pre-
vistos em lei, destinam-se apenas às atribui-
ções de direção, chefia e assessoramento.
Letra c.
(A) Certo. Art. 37, CF, I – os cargos, empregos e
funções públicas são acessíveis aos brasileiros
que preencham os requisitos estabelecidos em
lei, assim como aos estrangeiros, na forma da
lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional
n. 19, de 1998)
(B) Certo. Art. 37, CF, II – a investidura em car-
go ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração; (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
(C) Errado. Art. 37, CF, III – o prazo de validade
do concurso público será de até dois anos, pror-
rogável uma vez, por igual período;
(D) Certo. Art. 37, CF, IV – durante o prazo im-
prorrogável previsto no edital de convocação,
aquele aprovado em concurso público de pro-
vas ou de provas e títulos será convocado com
prioridade sobre novos concursados para assu-
mir cargo ou emprego, na carreira;
(E) Certo. Art. 37, CF, V – as funções de con-
fiança, exercidas exclusivamente por servido-
res ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em
comissão, a serem preenchidos por servidores
de carreira nos casos, condições e percentu-
ais mínimos previstos em lei, destinam-se ape-
nas às atribuições de direção, chefia e asses-
23. Compete privativamente ao Presidente
da República, exceto:
(A) dispor, mediante decreto, sobre organização
e funcionamento da Administração federal,
quando não implicar aumento de despesa
nem criação ou extinção de órgãos públicos.
(B) manter relações com Estados estrangeiros e
acreditar seus representantes diplomáticos.
31
(C) celebrar tratados, convenções e atos in-
ternacionais, sem referendo do Congres-
so Nacional.
(D) decretar o estado de defesa e o esta-
do de sítio.
(E) decretar e executar a intervenção federal.
Letra c.
Art. 84 CF. Compete privativamente ao Presi-
dente da República:
(A) Certo. VI – dispor, mediante decreto, sobre
a) organização e funcionamento da administra-
ção federal, quando não implicar aumento de
despesa nem criação ou extinção de órgãos pú-
blicos; (Incluída pela Emenda Constitucional n.
32, de 2001)
(B) Certo. VII – manter relações com Estados
estrangeiros e acreditar seus representantes di-
plomáticos;
(C) Errado. VIII – celebrar tratados, convenções
e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;
(D) Certo. IX – decretar o estado de defesa e o
estado de sítio;
(E) Certo. X – decretar e executar a interven-
ção federal.
24. A segurança pública, dever do Estado,
direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, através dos seguintes ór-
gãos, exceto:
(A) Polícia Federal.
(B) Polícia Rodoviária Federal.
(C) Polícia Ferroviária Federal.
(D) Polícias civis.
(E) Guarda municipal.
Letra e.
Guarda municipal não é órgão da seguran-
ça pública.
Art. 144, CF. A segurança pública, dever do
Estado, direito e responsabilidade de todos,
é exercida para a preservação da ordem pú-
blica e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I – polícia federal;
II – polícia rodoviária federal;
III – polícia ferroviária federal;
ESCRIVÃO
IV – polícias civis;
V – polícias militares e corpos de bombeiros
militares.
VI – polícias penais federal, estaduais e dis-
trital. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional n. 104, de 2019).
Noções de Direito Penal
Douglas Vargas
25. Matt Damon é diplomata e trabalha na
embaixada de seu país em território bra-
sileiro, sendo possuidor de imunidade
diplomática. Em 20/03/2021, Matt pratica
delito previsto no Código Penal, enquan-
to se encontrava em território brasileiro
e em situação na qual estava amparado
pela referida imunidade diplomática. Nes-
sa situação, é correto afirmar que:
(A) o país de origem de Matt deverá aplicar a lei
brasileira ao caso concreto.
(B) não será possível aplicar a lei penal brasilei-
ra, aplicando-se a lei penal estrangeira a fato
criminoso praticado em território nacional,
em razão da extraterritorialidade do caso.
(C) não será possível aplicar a lei penal brasi-
leira, aplicando-se a lei penal estrangeira a
fato criminoso praticado em território nacio-
nal, em razão da intraterritorialidade aplicá-
vel ao caso.
(D) não é possível afastar a aplicação da lei pe-
nal brasileira em fato praticado em território
nacional, motivo pelo qual trata-se de caso
de territorialidade.
(E) a imunidade diplomática de Matt impedirá de
forma absoluta sua responsabilização tanto
nos termos da lei de seu país quanto nos
termos da lei brasileira.
Letra c.
Vejamos:
(A) Incorreta. O país de origem de Matt aplicará
a própria lei, ao fato praticado em solo nacional,
e não o contrário.
(B) Incorreta. Não se trata de caso de extraterri-
torialidade, mas sim de intraterritorialidade.
(C) Correta. É exatamente esse o efeito da imu-
nidade diplomática, fenômeno que resulta na
chamada intraterritorialidade.
(D) Incorreta. É possível afastar, em razão da
intraterritorialidade.
32
 (E) Incorreta. Não impede que seu país de ori-
gem o responsabilize criminalmente, nos ter-
mos da lei local.
26. Determinada lei penal inovou o ordena-
mento jurídico, e alterou o Código Penal,
aumentando a pena aplicável a determi-
nado delito. Nesse contexto, é correto
afirmar que:
(A) trata-se de hipótese de novatio legis in
mellius, devendo haver retroatividade da re-
ferida lei.
(B) trata-se de hipótese de novatio legis in pejus,
devendo haver retroatividade da referida lei.
(C) trata-se de hipótese de novatio legis in
mellius, devendo haver irretroatividade da
referida lei.
(D) trata-se de hipótese de novatio legis in
pejus, devendo haver irretroatividade da
referida lei.
(E) trata-se de hipótese de novatio legis
incriminadora, devendo haver a nal). Segundo a legislação vigente, tal in-
retroatividade da referida lei.
Letra d.
Vejamos:
(A) Incorreta. Trata-se de hipótese de novatio
legis in pejus, na qual a nova lei é pior para o
acusado/autor do delito.
(B) Incorreta. Deve haver a irretroatividade, e
não a retroatividade.
(C) Incorreta. Idem à justificativa da assertiva (A).
(D) Correta. De fato, é caso de lei nova mais
prejudicial (novatio legis in pejus), caso em que
há a irretroatividade da lei (não há retroatividade
em prejuízo do autor do delito).
(E) Incorreta. Não se trata de caso de novatio
legis incriminadora, hipótese que surge quando
nova lei cria um tipo penal.
27. No que diz respeito ao Conceito Ana-
lítico de Crime, são elementos da cul-
pabilidade:
(A) Imputabilidade, Potencial Consciência da Ili-
citude e Exigibilidade de conduta diversa.
(B) Imputabilidade, Potencial Consciência da Ili-
citude e Inexigibilidade de conduta diversa.
(C) Inimputabilidade, Potencial Consciência da
Ilicitude e Inexigibilidade de conduta diversa.
(D) Inimputabilidade, Potencial Consciência da
ilicitude e Exigibilidade de conduta diversa.
ESCRIVÃO
(E) Negligência, imperícia ou imprudência, po-
tencial consciência da ilicitude e exigibilida-
de de conduta diversa.
Letra a.
Vejamos:
(A) Correta. São esses, segundo a doutrina, os
elementos da culpabilidade.
(B) Incorreta por confundir o termo exigibilidade
com inexigibilidade.
(C) Incorreta por confundir os termos imputabili-
dade e inimputabilidade, bem como exigibilida-
de com inexigibilidade.
(D) Incorreta por utilizar inadequadamente o ter-
mo inimputabilidade.
(E) Incorreta por não incluir o elemento impu-
tabilidade.
28. Determinado indivíduo, aos 17 anos de
idade, pratica o fato típico conhecido
como homicídio (art. 121 do Código Pe-
divíduo será considerado:
(A) imputável, em razão de sua idade e da ado-
ção do critério biológico para definição da
imputabilidade penal.
(B) inimputável, em razão de sua idade e da
adoção do critério biológico para definição
da imputabilidade penal.
(C) imputável, em razão de sua idade e da ado-
ção do critério biopsicológico para definição
da imputabilidade penal.
(D) inimputável, em razão de sua idade e da
adoção do critério biopsicológico para defi-
nição da imputabilidade penal.
(E) imputável ou inimputável, a depender do
caso concreto e da perícia psicológica reali-
zada sobre o indivíduo, para aferição de sua
imputabilidade, com aplicação do critério
biopsicológico.
Letra b.
Vejamos:
(A) Incorreta. Os menores de 18 anos são
inimputáveis, por presunção absoluta, nos ter-
mos da Constituição Federal, do ECA e do Có-
digo Penal.
(B) Correta. De fato, o critério adotado para afe-
rição da inimputabilidade dos menores de 18
anos é o biológico.
33
 (C) Incorreta. O menor de 18 anos é inimputável
e o critério adotado é o biológico, não o biopsi-
cológico, nesse caso.
(D) Incorreta. Em que pese inimputável, o me-
nor de 18 anos tem sua imputabilidade aferida
pelo critério biológico, e não biopsicológico.
(E) Incorreta. A inimputabilidade é absoluta e
presumida, no caso dos menores de 18 anos.
30.
29. Neil decidiu matar seu desafeto, Michael,
com disparos de arma de fogo. Municiou
então uma pistola Glock com 15 muni-
ções, e dirigiu-se até a casa de Michael. (A)
Ao chegar no local, desfere dois disparos
contra a vítima, os quais atingem seu bra- (B)
ço. Deparando-se então com o desespero
dos familiares de Michael, Neil desiste vo- (C)
luntariamente de prosseguir com os dis-
paros, fugindo do local. Michael sobrevi- (D)
ve. Nessa situação, é correto afirmar que: (E)
(A) a conduta de Neil está amparada pelo insti-
tuto da tentativa, haja vista que o delito não
se consumou por circunstâncias inerentes à
sua vontade.
(B) a conduta de Neil está amparada pelo arre-
pendimento posterior.
(C) a conduta de Neil está amparada pelo insti-
tuto conhecido como arrependimento eficaz.
(D) a conduta de Neil está amparada pelo insti-
tuto conhecido como desistência voluntária.
(E) a conduta de Neil está amparada pelo insti-
tuto da tentativa, haja vista que o delito não
se consumou por circunstâncias alheias a
sua vontade.
Letra d. 31.
Vejamos:
(A) Incorreta. Não se trata de caso de tentati-
va, mas de desistência voluntária, prevista no
art. 15 do CP.
(B) Incorreta. Não se trata de caso de arrependi- (A)
mento posterior (art. 16 CP), mas de desistência
voluntária (art. 15 do CP).
(C) Incorreta. O arrependimento eficaz, embora (B)
também previsto no art. 15 do CP, se configura
quando o agente finaliza os atos executórios e
age para impedir o resultado do delito. Nesse (C)
caso, Neil apenas desistiu de prosseguir em
seu intento.
(D) Correta. Trata-se de legítimo caso de desis-
tência voluntária, no qual o agente, por vontade
ESCRIVÃO
própria, podendo seguir na execução do delito,
desiste, evitando assim sua consumação, nos
termos do art. 15 do CP.
(E) Incorreta. Não se trata de caso de tentativa,
pois Neil não prosseguiu por vontade própria.
Na tentativa, o agente é impedido, por circuns-
tâncias alheias à sua vontade.
Marque a alternativa que apresenta uma
causa de aumento de pena do delito de
Induzimento, instigação ou auxílio a sui-
cídio ou a automutilação:
se o suicídio se consuma ou se da automuti-
lação resulta morte.
se da automutilação resulta lesão cor-
poral grave.
se da tentativa de suicídio resulta lesão cor-
poral de natureza gravíssima.
se do crime resulta deformidade permanente.
se a conduta é praticado por agente coorde-
nador de rede virtual.
Letra e.
Vejamos:
(A) Incorreta. Trata-se de qualificadora (art. 122,
§ 2º, CP);
(B) Incorreta. Trata-se de qualificadora (art. 122,
§ 1º, CP);
(C) Incorreta. Trata-se de qualificadora (art. 122,
§ 1º, CP);
(D) Incorreta. Trata-se de qualificadora aplicável
ao delito de lesões corporais (art. 129, CP).
(E) Correta. Aumenta-se a pena do delito em
metade nesse caso (art. 122, § 5º, CP).
Meredith é médica, e pratica aborto para
salvar a vida de Cristina, por não haver
outro meio de salvar a vida da gestante,
em momento de grande desespero. Nes-
se caso, é correto afirmar que:
a conduta de Meredith está amparada pela
excludente de ilicitude conhecida como es-
tado de necessidade.
a conduta de Meredith está amparada pela
excludente de ilicitude conhecida como es-
trito cumprimento do dever legal.
a conduta de Meredith está amparada pela
excludente de ilicitude específica para o
caso, classificada como aborto necessário
pelo Código Penal.
34
(D) a conduta de Meredith está amparada pela
chamada inexigibilidade de conduta diversa.
(E) a conduta de Meredith está amparada pela
excludente de ilicitude específica para o
caso, conhecida como aborto sentimental.
Letra c.
Vejamos:
(A) Incorreta. Se trata de excludente de ilicitude
específica (aborto necessário) prevista no art.
128, inciso I, do CP.
(B) Incorreta. Mesma justificativa da anterior.
(C) Correta. Literalidade do art. 128, inciso I, do
Código Penal. 33.
(D) Incorreta. Mesma justificativa da assertiva
(A). Ademais, a inexigibilidade de conduta di-
versa é excludente de culpabilidade, e não de
ilicitude.
(E) Incorreta. Não se trata de hipótese de abor-
to sentimental (art. 128, inciso II, CP), mas de (A)
aborto necessário (art. 128, inciso I, CP).
(B)
32. Elliot é servidor público, e modificou sis-
temas de informações da Administração
Pública sem autorização ou solicitação (C)
da autoridade competente, conduta que
foi praticada dolosamente e resultou em
dano para determinado administrado. (D)
Nessa situação, é correto afirmar que:
(A) Elliot praticou crime de “inserção de dados
falsos em sistema de informações”, na for-
ma simples. (E)
(B) Elliot praticou crime de “inserção de dados
falsos em sistema de informações”, na for-
ma majorada.
(C) Elliot praticou crime de “modificação ou alte-
ração não autorizada de sistema de informa-
ções”, na forma simples.
(D) Elliot praticou crime de “modificação ou alte-
ração não autorizada de sistema de informa-
ções”, na forma majorada.
(E) Elliot praticou crime de “invasão de dispositi-
vo informático”, na forma simples.
Letra d.
Vejamos:
(A) Incorreta. O referido delito (art. 313-A do CP)
é praticado pelo funcionário autorizado, o que
não era o caso de Elliot.
(B) Incorreta. Idem a assertiva (A). Ademais, o
referido delito não possui forma majorada.
ESCRIVÃO
(C) Incorreta. Em que pese correta a definição
do delito (art. 313-B do CP), não se trata de con-
duta na forma simples, mas majorada, em razão
de ter resultado em dano para o administrado
(art. 313-B, parágrafo único).
(D) Correta. De fato, a conduta se amolda per-
feitamente ao tipo penal do art. 313-B do CP,
bem como houve configuração da majorante
do referido delito por ter resultado dano ao ad-
ministrado.
(E) Incorreta. Não se trata do delito previsto no art.
154-A do CP (Invasão de dispositivo informático).
James, indivíduo condenado com trânsito
em julgado e submetido à custódia do Esta-
do para cumprimento de sua pena, evadiu-
-se do presídio por negligência de Jones,
agente público responsável pela sua custó-
dia. Nessa situação, é correto afirmar que:
Jones não pode ser responsabilizado crimi-
nalmente por sua conduta.
Jones pode ser responsabilizado criminal-
mente pelo delito de prevaricação em razão
de sua negligência.
Jones pode ser responsabilizado criminal-
mente pelo delito de condescendência crimi-
nosa em razão de sua negligência.
Jones pode ser responsabilizado criminal-
mente pelo delito de Fuga de pessoa presa
ou submetida a medida de segurança em ra-
zão de sua negligência.
Jones pode ser responsabilizado criminal-
mente pelo delito de Arrebatamento de pre-
so em razão de sua negligência.
Letra d.
(A) Incorreta. Jones pode ser responsabilizado,
na forma culposa do delito do art. 351 do CP,
por expressa previsão contida no § 4º: “No caso
de culpa do funcionário incumbido da custódia
ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de
três meses a um ano, ou multa.”
(B) Incorreta. Não se trata de caso de prevari-
cação, mas do art. 351, § 4º do CP, conforme já
apresentado anteriormente. Ademais, a prevari-
cação não admite a forma culposa;
(C) Incorreta. Não se trata de caso de condes-
cendência criminosa, mas do art. 351, § 4º do
CP, conforme já apresentado anteriormente.
Ademais, a condescendência criminosa não ad-
mite a forma culposa;
35
 (D) Correta. Jones pode ser responsabilizado,
na forma culposa do delito do art. 351 CP, por
expressa previsão contida no § 4º: “No caso de
culpa do funcionário incumbido da custódia ou
guarda, aplica-se a pena de detenção, de três
meses a um ano, ou multa.”;
(E) Incorreta. Não se trata de caso de Arreba-
tamento de Preso, mas do art. 351, § 4º do CP,
conforme já apresentado anteriormente. Ade-
mais, o Arrebatamento de Preso (art. 353 do
CP) não admite a forma culposa.
34. Jack solicitou dinheiro a pretexto de in-
fluir em Jon, magistrado que atua na co-
marca de Carmo do Paranaíba/MG. Jack
não possui qualquer influência ou sequer
conhece o juiz Jon, o qual é servidor pú-
blico honesto e não sabe da intenção de
Jack em ludibriar indivíduos que tenham
processos tramitando na referida co-
marca. Com base apenas nas informa-
ções apresentadas, pode-se afirmar que
Jon praticou:
(A) Fato atípico.
(B) Exploração de prestígio.
(C) Tráfico de influência.
(D) Corrupção ativa.
(E) Corrupção passiva.
Letra a.
Vejamos:
(A) Correta. Note que Jon é o magistrado (Jack
é o indivíduo praticando exploração de prestígio
nos termos do art. 357 do CP).
(B, C, D, E) Incorretas. Jon, o magistrado, não
fez nada de ilícito. Jack sim é o indivíduo prati-
cado exploração de prestígio nos termos do art.
357 do CP.
ESCRIVÃO
Noções de Direito Processual Penal
Ismael Souto
35. Foi instaurada de maneira regular Comis-
são Parlamentar de Inquérito (CPI) pela
Assembleia Legislativa do Pará a fim de
apurar determinadas condutas irregula-
res. A CPI determinou a interceptação de
comunicações telefônicas de Flávio, bem
como a quebra do sigilo de dados telefô-
nicos de Luís, em que ambos figuravam
na condição de investigados. Com base
exclusiva nas informações obtidas por
esses meios, o Ministério Público ofere-
ceu denúncia em face de Flávio e Luís,
encaminhando junto com a inicial acusa-
tória a transcrição das conversas obtidas
com a interceptação de Flávio e a relação
de dados telefônicos de Luís.
Apenas com base nas informações narra-
das e na posição majoritária do Supremo
Tribunal Federal, é correto afirmar que:
(A) a relação de dados telefônicos de Luís con-
figura prova válida, enquanto a transcrição a
partir da interceptação das conversas telefô-
nicas de Flávio configura prova ilícita.
(B) ambas as provas, originadas da intercepta-
ção telefônica e da quebra de sigilo de da-
dos, devem ser consideradas válidas.
(C) ambas as provas, originadas da intercepta-
ção telefônica e da quebra de sigilo de da-
dos, são ilícitas, devendo ser desentranha-
das dos autos.
(D) ambas as provas, originadas da intercep-
tação telefônica e da quebra de sigilo de
dados, são ilícitas, mas podem continuar
nos autos em razão da teoria da fonte in-
dependente.
(E) o registro dos dados telefônicos de Luís con-
figura prova ilícita, enquanto a transcrição
das conversas de Flávio, obtidas por inter-
ceptação telefônica, configura prova válida.
Letra a.
Questão com base no inciso XII, do artigo 5º
da CF/88:
XII – é inviolável o sigilo da correspondência
e das comunicações telegráficas, de dados e
das comunicações telefônicas, salvo, no úl-
timo caso, por ordem judicial, nas hipóteses
36
 e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual
penal;
De acordo com a Constituição Federal, a que-
bra do sigilo telefônico (interceptação telefôni-
ca) é cláusula de reserva jurisdicional (somente
o juiz pode conceder), logo a CPI não tem essa
prerrogativa. De acordo com a posição majori-
tária do STF, a CPI pode determinar a quebra
do sigilo fiscal, do sigilo bancário e do sigilo de
dados (inclusive de dados telefônicos como a
relação das chamadas).
(A) CERTO. A relação de dados telefônicos
pode ser quebrada pela CPI, mas a intercepta- 37.
ção telefônica só poderá ser feita pelo juiz.
(B) ERRADO. Somente a relação de dados tele-
fônicos será prova lícita, a interceptação telefô- (A)
nica será considerada prova ilícita. (B)
(C) ERRADO. A relação de dados telefônicos (C)
é prova LÍCITA, mas a interceptação telefônica (D)
será considerada prova ILÍCITA. (E)
(D) ERRADO. Dois erros: 1º) a relação de dados
telefônicos será prova lícita. 2º) Não há aplica-
ção da teoria da fonte independente, visto que o
MP se utilizou exclusivamente desse meio sem
nenhuma demonstração de outro caminho para
chegar a essa prova.
(E) ERRADO. É o contrário. O registro dos da-
dos telefônicos de Luís será prova lícita, e a
transcrição da interceptação telefônica de Flá-
vio será prova ilícita.
38.
36. De acordo com os institutos do Proces-
so Penal, o ato da autoridade policial (A)
em que imputa a alguém a prática de um
delito nos autos do Inquérito Policial é
denominado
(A) notitia criminis. (B)
(B) queixa.
(C) delação.
(D) denúncia.
(E) indiciamento.
(C)
Letra e.
(A) ERRADO. Notitia criminis é o CONHECI-
MENTO, espontâneo ou provocado, por par-
te da autoridade policial, acerca de um fato (D)
delituoso.
(B) ERRADO. Queixa é a peça processual de
acusação nos crimes de ação penal privada.
ESCRIVÃO
(C) ERRADO. Delação é quando o criminoso
(colaborador) além de confessar seu envolvi-
mento na prática delituosa, expõe as outras
pessoas implicadas na infração penal.
(D) ERRADO. Denúncia é a peça processual de
acusação nos crimes de ação penal pública.
(E) CERTO. O indiciamento é ato pelo qual o
presidente do inquérito (Delegado de Polícia)
conclui haver suficientes indícios de autoria e
materialidade do suposto crime, direcionando
as investigações à conduta de determinada
pessoa. Isso ocorre quando o suposto autor da
ação passa a ser o principal suspeito.
De acordo com o Código de Processo Pe-
nal, a apuração das infrações penais e da
sua autoria compete:
ao Juízo Criminal.
ao Ministério Público.
ao Supremo Tribunal Federal.
ao Superior Tribunal de Justiça.
à Polícia Judiciária.
Letra e.
Será exercida pela Polícia Judiciária conforme o
artigo 4º do CPP:
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas
autoridades policiais no território de suas res-
pectivas circunscrições e terá por fim a apu-
ração das infrações penais e da sua autoria.
Em relação ao Inquérito Policial, marque
a alternativa correta.
O interessado poderá opor suspeição às au-
toridades policiais nos autos do inquérito e,
quando ocorrer motivo legal, elas deverão
declarar-se suspeitas.
Com a finalidade de que a autoridade policial
possa propor a correspondente ação penal
em juízo, o inquérito policial objetiva apurar
a existência da infração penal e a respecti-
va autoria.
Ao conhecimento pela autoridade policial
acerca de infração penal, dar-se-á o nome
de notitia criminis que pode ser de cognição
imediata, mediata e coercitiva.
Em regra, o contraditório é admitido, pois se
trata de procedimento em que existem acu-
sação e defesa.
37
(E) O advogado do investigado não terá acesso
aos autos do inquérito que estejam docu-
mentados, mas protegidos pelo sigilo decre-
tado pela autoridade de polícia judiciária.
Letra c.
(A) ERRADO. O interessado não poderá opor
suspeição às autoridades policiais nos autos
do Inquérito, MAS quando ocorrer motivo legal,
elas deverão declarar-se suspeitas, conforme
artigo 107 do CPP:
Art. 107, CPP. Não se poderá opor suspei-
ção às autoridades policiais nos atos do
inquérito, mas deverão elas declarar-se sus-
peitas, quando ocorrer motivo legal.
(B) ERRADO. A autoridade policial não propo- 39.
rá a ação penal em juízo. Nos crimes de ação
pública, o MP terá essa prerrogativa; Nos cri-
mes de ação privada, o querelante terá essa (A)
prerrogativa.
(C) CERTO. Trecho retirado da minha apostila:
(B)
Notitia criminis é o CONHECIMENTO, es-
pontâneo ou provocado, por parte da autori- (C)
dade policial, acerca de um fato delituoso.
Subdivide-se em: (D)
a) notitia criminis de cognição imediata
(ou espontânea): ocorre quando a autorida- (E)
de policial toma conhecimento do fato delituo-
so por meio de suas atividades rotineiras. É o
que acontece, por exemplo, quando o delega-
do de polícia toma conhecimento da prática
de um crime por meio da imprensa;
b) notitia criminis de cognição mediata
(ou provocada): ocorre quando a autoridade
policial toma conhecimento da infração penal
através de um expediente escrito. É o que
acontece, por exemplo, nas hipóteses de re-
quisição do Ministério Público, representação
do ofendido etc.
c) notitia criminis de cognição coercitiva:
ocorre quando a autoridade policial toma co-
nhecimento do fato delituoso através da apre-
sentação do indivíduo preso em flagrante.
(D) ERRADO. Em regra, não haverá contraditó-
rio no Inquérito Policial, pois não há acusação
nele. A exceção ficará quando se tratar de In-
quérito Policial para expulsão de estrangeiro,
ESCRIVÃO
nesse tipo de Inquérito, haverá ampla defesa
e contraditório, pois acarretará grande prejuízo
para o investigado.
(E) ERRADO. A despeito de haver sigilo decre-
tado pela autoridade policial (art. 20, CPP), o
advogado terá acesso amplo aos elementos
do inquérito que já estejam documentados,
conforme Súmula Vinculante 14:
Súmula Vinculante 14 – É direito do defen-
sor, no interesse do representado, ter acesso
amplo aos elementos de prova que, já do-
cumentados em procedimento investigatório
realizado por órgão com competência de po-
lícia judiciária, digam respeito ao exercício do
direito de defesa.
De acordo com o Código de Proces-
so Penal, a competência para a ação
penal, caso
se trate de ação privada, ficará a cargo do
querelante, que pode escolher entre o local
da infração e o da sua própria residência.
se trate de crime tentado, será fixada no lugar
onde deveria ter se consumado a infração.
desconhecido o domicílio do réu, será esta-
belecida pela prevenção.
desconhecido o domicílio do ofendido, será
estabelecida pelo local da infração.
desconhecido o local da infração, será esta-
belecida pela residência ou domicílio do réu.
Letra e.
(A) ERRADO. A ação privada exclusiva terá que
ser EXCLUSIVA e ele poderá escolher o foro de
domicílio ou da residência do réu, conforme ar-
tigo 73 do CPP:
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada,
o querelante poderá preferir o foro de domi-
cílio ou da residência do réu, ainda quando
conhecido o lugar da infração.
(B) ERRADO. Em se tratando de tentativa, a
competência será determinada pelo local em
que for praticado o último ato de execução, con-
forme o artigo 70 do CPP:
Art. 70. A competência será, de regra, deter-
minada pelo lugar em que se consumar a in-
fração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em
38
 que for praticado o último ato de execução.
(C) ERRADO. Não há essa previsão. As hipó-
teses relativas ao domicílio do réu estão previs-
tas no caput, §§1º e 2º do CPP:
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da in-
fração, a competência regular-se-á pelo do-
micílio ou residência do réu. § 1º Se o réu ti-
ver mais de uma residência, a competência 41.
firmar-se-á pela prevenção. § 2º Se o réu não
tiver residência certa ou for ignorado o seu
paradeiro, será competente o juiz que primei- (A)
ro tomar conhecimento do fato.
(D) ERRADO. De acordo com o artigo 70 do
CPP, a regra é que a competência será determi- (B)
nada pelo local em que se consumar a infração
independentemente de haver conhecimento ou
não domicílio do ofendido:
(C)
Art. 70. A competência será, de regra, deter-
minada pelo lugar em que se consumar a in-
fração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em
que for praticado o último ato de execução. (D)
(E) CERTO. Está em consonância com o artigo
72 do CPP: (E)
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da in-
fração, a competência regular-se-á pelo do-
micílio ou residência do réu.
40. De acordo com o Código de Processo Pe-
nal, dentre outras situações, determinará
a competência jurisdicional, exceto:
(A) a distribuição, a conexão ou continência.
(B) a natureza da infração.
(C) o local da infração.
(D) a prerrogativa de função e a prevenção.
(E) a idade do réu.
Letra e.
De acordo com o artigo 69 do CPP, são hipóte-
ses de determinação da competência jurisdicio-
nal previstas no Código de Processo Penal:
Art. 69. Determinará a competência jurisdi-
cional:
I – o lugar da infração;
II – o domicílio ou residência do réu;
ESCRIVÃO
III – a natureza da infração;
IV – a distribuição;
V – a conexão ou continência;
VI – a prevenção;
VII – a prerrogativa de função.
A alternativa (E) é a única que não está no rol
supracitado, portanto é a incorreta.
Em relação aos prazos da prisão tempo-
rária, o prazo durante a investigação do
crime de homicídio será de
30 dias, prorrogável por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessida-
de, tratando-se de homicídio simples prati-
cado em atividade típica de milícia.
05 dias, prorrogável por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessida-
de, tratando-se de homicídio com emprego
de explosivo.
05 dias, prorrogável por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessida-
de, tratando-se de homicídio com emprego
de tortura.
30 dias, prorrogável por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessida-
de, tratando-se de homicídio simples.
30 dias, prorrogável por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessida-
de, tratando-se de homicídio praticado por
motivo fútil.
Letra e.
(A) ERRADO. O prazo será de 05 dias poden-
do ser prorrogado por mais 05 dias em caso de
extrema e comprovada necessidade, visto que
não se trata de crime hediondo.
(B) ERRADO. O prazo será de 30 dias podendo
ser prorrogado por mais 30 dias em caso de ex-
trema e comprovada necessidade, visto que se
trata de crime hediondo.
(C) ERRADO. O prazo será de 30 dias podendo
ser prorrogado por mais 30 dias em caso de ex-
trema e comprovada necessidade, visto que se
trata de crime hediondo.
(D) ERRADO. O prazo será de 05 dias poden-
do ser prorrogado por mais 05 dias em caso de
extrema e comprovada necessidade, visto que
não se trata de crime hediondo.
39
 (E) CERTO. O prazo será de 30 dias podendo
ser prorrogado por mais 30 dias em caso de ex-
trema e comprovada necessidade, visto que se
trata de crime hediondo.
42. Em relação à prisão em flagrante, marque
a alternativa correta
(A) o magistrado não poderá lavrar auto de pri-
são em flagrante.
(B) não poderá ser lavrado auto de prisão em
flagrante na falta de escrivão de polícia no
local da sua lavratura.
(C) se o conduzido se recusar a assinar, o auto
de prisão em flagrante será assinado por
duas testemunhas que tenham ouvido sua
leitura na presença do autuado.
(D) é proibido prender quem é encontrado, logo
depois, com instrumento ou outro objeto que
faça presumir ser ele autor do crime.
(E) não será lavrado auto de prisão em flagrante
na falta de testemunhas oculares e da víti-
ma do crime.
Letra c.
(A) ERRADO. O magistrado poderá lavrar APF
conforme o artigo 307 do CPP:
Art. 307. Quando o fato for praticado em pre-
sença da autoridade, ou contra esta, no exer-
cício de suas funções, constarão do auto a
narração deste fato, a voz de prisão, as de-
clarações que fizer o preso e os depoimentos
das testemunhas, sendo tudo assinado pela
autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e
remetido imediatamente ao juiz a quem cou-
ber tomar conhecimento do fato delituoso, se
não o for a autoridade que houver presidido
o auto.
(B) ERRADO. Havendo falta de escrivão, será
nomeado um escrivão ad hoc conforme o artigo
305 do CPP: 43.
Art. 305. Na falta ou no impedimento do es-
crivão, qualquer pessoa designada pela au- (A)
toridade lavrará o auto, depois de prestado o
compromisso legal.
(C) CERTO. Está de acordo com o § 3º do (B)
artigo 304:
ESCRIVÃO
Art. 304, § 3º Quando o acusado se recusar
a assinar, não souber ou não puder fazê-lo,
o auto de prisão em flagrante será assinado
por duas testemunhas, que tenham ouvido
sua leitura na presença deste.
(D) ERRADO. É hipótese de Flagrante Pre-
sumido de acordo com o inciso IV do artigo
302 do CPP:
Art. 302. Considera-se em flagrante delito
quem: (...)
IV – é encontrado, logo depois, com instru-
mentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.
Com isso haverá também a aplicação do artigo
301 do CPP:
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as au-
toridades policiais e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em
flagrante delito.
Logo não haverá proibição, mas sim obrigação
aos agentes garantidores e possibilidade aos
que não são agentes garantidores.
(E) ERRADO. De acordo com o § 2º, do artigo
304 do CPP:
Art. 304, § 2º A falta de testemunhas da infra-
ção não impedirá o auto de prisão em flagran-
te; mas, nesse caso, com o condutor, deverão
assiná-lo pelo menos duas pessoas que ha-
jam testemunhado a apresentação do preso
à autoridade.”
Surge a hipótese das testemunhas “fedatárias”
como assim denomina a doutrina.
Em relação às prisões, segundo dispõe o
Código de Processo Penal, marque a al-
ternativa correta:
As autoridades policiais e seus agentes,
bem como qualquer do povo, poderão pren-
der quem quer que seja encontrado em fla-
grante delito.
O preso deverá ser posto em liberdade
quando não houver autoridade no lugar em
que se tiver efetuado a prisão em flagrante.
40
(C) A prisão preventiva poderá ser decretada
como garantia da ordem pública, da ordem
econômica, por conveniência da instrução
criminal, ou para assegurar a aplicação da
lei penal, quando houver indícios da existên-
cia do crime e de sua autoria.
(D) Da lavratura do auto de prisão em flagrante
deverá constar a informação sobre a exis-
tência de filhos, respectivas idades e se pos-
suem alguma deficiência e o nome e o con-
tato de eventual responsável pelos cuidados
dos filhos, indicado pela pessoa presa.
(E) Decretação de prisão preventiva pelo juiz
somente poderá ocorrer no curso do proces-
so penal, haja vista que, durante o inquérito
policial, somente é possível a prisão em fla-
grante delito do investigado.
Letra d.
(A) ERRADO. As autoridades policiais e seus
agentes DEVERÃO prender (flagrante obrigató-
rio), Qualquer do povo PODERÁ prender (fla-
grante facultativo), conforme artigo 301 do CPP:
44.
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as au-
toridades policiais e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em (A)
flagrante delito. (B)
(B) ERRADO. Deverá ser apresentado à auto-
ridade do local mais próximo conforme artigo (C)
308 do CPP:
Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em (D)
que se tiver efetuado a prisão, o preso será
logo apresentado à do lugar mais próximo.
(E)
(C) ERRADO. Deverá haver prova da existência
do crime e também o perigo gerado pela liberda-
de do imputado, conforme o artigo 312 do CPP:
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decre-
tada como garantia da ordem pública, da or-
dem econômica, por conveniência da instrução
criminal ou para assegurar a aplicação da lei
penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria e de perigo
gerado pelo estado de liberdade do imputado.
(Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
ESCRIVÃO
(D) CERTO. É o que prevê o § 4º do artigo
304 do CPP:
Art. 304, § 4º Da lavratura do auto de prisão
em flagrante deverá constar a informação
sobre a existência de filhos, respectivas
idades e se possuem alguma deficiência
e o nome e o contato de eventual respon-
sável pelos cuidados dos filhos, indicado
pela pessoa presa.
(E) ERRADO. Será cabível na fase de investi-
gação e no processo penal conforme o artigo
311 do CPP:
Art. 311. Em qualquer fase da investigação
policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, a requerimen-
to do Ministério Público, do querelante ou do
assistente, ou por representação da autorida-
de policial. (Redação dada pela Lei n. 13.964,
de 2019).
No âmbito da Lei n. 9.099/1995, quando o
acusado não for encontrado para a cita-
ção, o juízo deverá
determinar a citação do acusado por edital.
encaminhar os autos ao Ministério Públi-
co para que este proceda como entender
de direito.
encaminhar as peças existentes ao juízo co-
mum para a adoção do procedimento pre-
visto em lei.
determinar a suspensão do processo e do
curso do prazo prescricional até que se pro-
ceda à citação pessoal do acusado.
nomear defensor dativo para o acusado e
conceder prazo de trinta dias para o ofereci-
mento da defesa.
Letra c.
De acordo com o parágrafo único do artigo da
Lei n. 9.099/1995:
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no
próprio Juizado, sempre que possível, ou por
mandado. Parágrafo único. Não encontrado
o acusado para ser citado, o Juiz encaminha-
rá as peças existentes ao Juízo comum para
adoção do procedimento previsto em lei.
41
 Todas as demais alternativas não se amoldam
ao que prevê a Lei.
Legislação Especial
Péricles Mendonça
45. A respeito da Nova Lei de Abuso de Auto-
ridade, Lei n. 13.869/2019, marque a alter-
nativa correta.
(A) Os crimes previstos na Lei de Abuso de Au-
toridade são de ação penal pública condicio-
nada a representação.
(B) A lei trouxe um conceito amplo de autorida-
de, porém, os membros dos conselhos de
contas não poderão figurar como sujeito ati-
vo do crime de abuso de autoridade.
(C) Um dos efeitos previstos na Lei de Abuso de
Autoridade é a inabilitação para o exercício
do cargo, mandato ou função pública pelo
período de um a cinco anos, o que se dará
de forma automática.
(D) As responsabilidades civil e administrativa
são independentes da criminal, não se po-
dendo mais questionar sobre a existência
ou a autoria do fato quando essas questões
tenham sido decididas no juízo criminal.
(E) O agente poderá responder pelo mesmo
fato nas três esferas (civil, administrativa e
penal), em que as esferas cível e adminis-
trativa devem aguardar o julgamento da es-
fera penal.
Letra d.
(A) Conforme prevê o artigo 3°, os crimes são
de ação penal pública incondicionada.
(B) O artigo 2° traz um conceito bem amplo de
autoridade, incluindo também os membros dos
conselhos de contas.
(C) Este realmente é um dos efeitos previs-
tos no artigo 4°, porém, não se dará de forma
automática.
(D) Essa é a previsão do artigo 7° da lei.
(E) As esferas são autônomas e independentes,
não existindo essa necessidade das esferas cí-
vel e administrativa aguardarem a decisão da
esfera penal.
ESCRIVÃO
46. Marque a alternativa correta conforme
dispõe a Lei n. 9.455/1997.
(A) A competência para processar e julgar o cri-
me de tortura, em regra, é da Justiça Federal.
(B) Somente será punida a tortura praticada em
território nacional.
(C) Conforme entendimento do STJ, a perda do
cargo, função ou emprego público é um efei-
to automático da condenação.
(D) A tortura-castigo, assim como as demais for-
mas de tortura, é classificada como sendo
crime comum, ou seja, poderá ser praticada
por qualquer pessoa.
(E) O crime de tortura é insuscetível de graça ou
anistia, porém, é afiançável.
Letra c.
(A) A competência para processar e julgar o cri-
me de tortura, em regra, é da Justiça Estadual.
(B) O legislador trouxe a previsão de extraterri-
torialidade.
(C) A perda do cargo, função ou emprego públi-
co é efeito automático da condenação pela prá-
tica do crime de tortura, não sendo necessária
fundamentação concreta para a sua aplicação
(STJ. 6ª Turma. AgRg no Ag 1388953/SP).
(D) Somente pode ser agente ativo do crime de
tortura-castigo (art. 1º, II, da Lei n. 9.455/1997)
aquele que detiver outra pessoa sob sua guar-
da, poder ou autoridade (crime próprio) (STJ. 6ª
Turma. REsp 1738264-DF).
(E) O crime de tortura é inafiançável e insuscetí-
vel de graça ou anistia.
47. Levando em consideração a Lei n.
7.716/1989 bem como a jurisprudência
das cortes superiores, assinale a op-
ção correta:
(A) A incitação ao ódio público contra quaisquer
denominações religiosas e seus seguidores
está protegida pela cláusula constitucional
que assegura a liberdade de expressão.
(B) Constitui crime recusar, negar ou impedir a
inscrição ou ingresso de aluno somente em
estabelecimento de ensino público.
(C) Responderá pelo crime de racismo aquele
que injuriar alguém, ofendendo-lhe a digni-
dade ou o decoro utilizando elementos refe-
rentes à raça, cor, etnia, religião, origem ou
a condição de pessoa idosa ou portadora de
deficiência.
42
(D) Quando a incitação ou induzimento ao pre-
conceito racial for praticado por meio da in-
ternet, poderá o juiz determinar a interdição
da mensagem ou página de informação.
(E) Somente responderá por crime previsto na
Lei n. 7.716/1989 aquele que negar ou obs-
tar emprego em empresa pública.
Letra d.
(A) A incitação ao ódio público contra quaisquer
denominações religiosas e seus seguidores não
está protegida pela cláusula constitucional que
assegura a liberdade de expressão (Informativo
893 do STF).
(B) Não é só em estabelecimento de ensino pú-
blico, constitui crime também quando se trata de
estabelecimento de ensino privado.
(C) Neste caso o agente não responderá por ra-
cismo e sim por injúria racial prevista no Código
Penal (art. 140, § 3° do CP).
(D) Essa é a previsão do § 3° do artigo 20 da lei. 49.
(E) Conforme prevê o artigo 4°, constitui crime
negar ou obstar emprego em empresa privada.
(A)
48. Levando em consideração a Lei n.
11.340/2006, Lei Maria da Penha e a Ju-
risprudência dos tribunais superiores, (B)
julgue os itens:
(A) A lei Maria da Penha não será aplica-
da no caso de violência do neto praticada
contra a avó.
(B) A decisão proferida em processo penal que
fixa alimentos provisórios ou provisionais em
favor da companheira e da filha, em razão
da prática de violência doméstica, constitui
título hábil para imediata cobrança e, em (C)
caso de inadimplemento, passível de decre-
tação de prisão civil.
(C) A violência moral é entendida como qual-
quer conduta que lhe cause dano emocional (D)
e diminuição da autoestima.
(D) No caso de prisão em flagrante pelo crime
de descumprimento de decisão judicial que
defere medidas protetivas de urgência, a au-
toridade policial poderá conceder fiança.
(E) Em nenhuma hipótese poderá a autoridade (E)
policial poderá afastar o agressor imedia-
tamente do lar, domicílio ou local de convi-
vência com a ofendida, somente a autorida-
de judicial.
ESCRIVÃO
Letra b.
(A) Constatada situação de vulnerabilidade,
aplica-se a Lei Maria da Penha no caso de vio-
lência do neto praticada contra a avó. (STJ. 5ª
Turma. AgRg no AREsp 1626825-GO, Rel. Min.
Felix Fischer, julgado em 05/05/2020. Info 671)
(B) Esse é o entendimento do STJ no Infor-
mativo 640.
(C) Essa é a definição da violência psicológica e
não da violência moral.
(D) Conforme prevê o § 2° do artigo 24-A da lei,
na hipótese de prisão em flagrante, apenas a
autoridade judicial poderá conceder fiança.
(E) Conforme prevê o artigo 12-C, quando o Mu-
nicípio não for sede de comarca, poderá o dele-
gado de polícia fazer esse afastamento, poden-
do inclusive ser o policial, quando o Município
não for sede de comarca e não houver delegado
disponível no momento da denúncia.
Levando em consideração a Nova Lei dos
Crimes Organizados (Lei n. 12.850/2013),
assinale a alternativa correta.
Os líderes de organizações criminosas ar-
madas devem cumprir toda a pena em esta-
belecimentos penais de segurança máxima.
Considera-se organização criminosa a as-
sociação de 4 (quatro) ou mais pessoas es-
truturalmente ordenada e caracterizada pela
divisão de tarefas, ainda que informalmente,
com objetivo de obter, direta ou indiretamen-
te, vantagem de qualquer natureza, median-
te a prática de infrações penais cujas penas
mínimas sejam superiores a 4 (quatro) anos,
ou que sejam de caráter transnacional.
Constitui crime punido com detenção pro-
mover, constituir, financiar ou integrar, pes-
soalmente ou por interposta pessoa, organi-
zação criminosa.
Se houver indícios de participação de policial
nos crimes de que trata a Lei n. 12.850/2013.
E, a Corregedoria de Polícia instaurará in-
quérito policial e comunicará ao Ministério
Público, que designará membro para acom-
panhar o feito até a sua conclusão.
A lei prevê a infiltração de agentes nas orga-
nizações criminosas, porém não trata sobre
a infiltração de agentes virtuais.
43
 Letra d.
(A) O artigo 2°, § 8º, afirma que “as lideranças
de organizações criminosas armadas ou que te-
nham armas à disposição deverão iniciar o cum-
primento da pena em estabelecimentos penais
de segurança máxima”;
(B) Considera-se organização criminosa a asso-
ciação de 4 (quatro) ou mais pessoas estrutural-
mente ordenada e caracterizada pela divisão de
tarefas, ainda que informalmente, com objetivo
de obter, direta ou indiretamente, vantagem de
qualquer natureza, mediante a prática de infra-
ções penais cujas penas máximas sejam supe-
riores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de cará-
ter transnacional;
(C) Constitui crime punido com reclusão, confor-
me dispõe o artigo 2°.
(D) Essa é a previsão do artigo 2°, § 7°.
(E) Com a publicação do pacote anticrime, a lei
foi alterada permitindo a infiltração também de
agentes em meios virtuais.
50. Conforme a Lei n. 9.296/1996 e a jurispru-
dência sobre o assunto, marque a alter-
nativa correta.
(A) É possível a determinação de interceptações
51.
telefônicas com base em denúncia anônima,
desde que corroborada por outros elemen-
tos que confirmem a necessidade da medida
excepcional.
(B) É tida como ilegítima a prova obtida por
meio de interceptação telefônica para apu-
ração de delito punido com detenção, mes-
(A)
mo que conexo com outro crime apenado
(B)
com reclusão.
(C)
(C) Conforme o entendimento do STJ, para a
(D)
identificação da voz captada nas intercepta-
(E)
ções é necessária a realização de perícia.
(D) É necessário que os diálogos captados se-
jam degravados em sua integralidade.
(E) As degravações deverão ser realizadas por
peritos oficiais, caso contrário a prova não
será válida.
Letra a.
(A) Esse é o entendimento do STJ (RHC
70560/SP).
(B) Conforme entendimento do STJ, é legítima
a prova obtida por meio de interceptação telefô-
ESCRIVÃO
nica para apuração de delito punido com deten-
ção, se conexo com outro crime apenado com
reclusão (HC 366070/RS).
(C) Conforme o entendimento do STJ, é des-
necessária a realização de perícia para a iden-
tificação de voz captada nas interceptações
telefônicas, salvo quando houver dúvida plau-
sível que justifique a medida (AgRg no AREsp
1136157/GO).
(D) Não há necessidade de degravação dos di-
álogos objeto de interceptação telefônica, em
sua integralidade, visto que a Lei n. 9.296/1996
não faz qualquer exigência nesse sentido (HC
422642/SP).
(E) Em razão da ausência de previsão na Lei n.
9.296/1996, é desnecessário que as degrava-
ções das escutas sejam feitas por peritos ofi-
ciais (AgRg no AREsp 583598/MG).
Conhecimentos Específicos para
Escrivão de Polícia
Arquivologia
Elvis Miranda
Conjunto de procedimentos e operações
técnicas referentes às atividades de pro-
dução, tramitação, uso, avaliação e ar-
quivamento de documentos nas fases
corrente e intermediária, visando sua
eliminação ou recolhimento para guarda
permanente. Este é o conceito de:
gestão de documentos.
ciclo vital dos documentos.
protocolo.
métodos de arquivamento.
conservação de documentos.
Letra a.
O enunciado da questão traz o conceito de ges-
tão de documentos, previsto na bibliografia ar-
quivística e no artigo 3º da Lei n. 8.159/1991. Os
itens (B), (C), (D) e (E) apresentam conceitos
previstos na bibliografia, que estão inseridos em
um programa de gestão documental, mas que
não definem o conceito apresentado.
44
52. Assinale o item que apresenta um resumo
do princípio arquivístico da organicidade.
(A) Os documentos de arquivo são únicos, no
contexto de sua produção.
(B) Os documentos de arquivo refletem as ativi-
dades da entidade acumuladora.
(C) Os documentos de arquivo devem ser
mantidos no local ou região em que foram
acumulados.
(D) Arquivos de entidades distintas não devem
se misturar uns aos outros, quando ocupa-
rem o mesmo espaço.
(E) O arquivo deve manter o arranjo dado pela
entidade acumuladora.
Letra b.
O item (B) apresenta corretamente um resumo
do princípio arquivístico da organicidade, se-
gundo o qual os documentos de arquivo refle-
tem as atividades da entidade acumuladora, em
suas relações internas e internas. Os itens (A),
(C), (D) e (E) apresentam os princípios arquivís-
ticos da unicidade, territorialidade, proveniência
e respeito à ordem original, respectivamente.
53. Assinale o item que apresenta uma ca-
racterística vinculada à segunda idade
do ciclo vital dos documentos, a idade
intermediária.
(A) Mantém sob sua guarda os documentos
mais novos e mais utilizados.
(B) Mantém documentos de importância
histórica.
(C) Mantém documentos que circulam pelas
áreas da instituição, buscando solução.
(D) O acesso aos documentos é totalmente
aberto ao público em geral, sem qualquer
restrição.
(E) Seus documentos têm frequência de uso di-
minuída, e aguardam sua destinação final.
Letra e.
Na idade intermediária, os documentos são
pouco utilizados, e aguardam sua destinação
final (eliminação ou recolhimento para guarda
permanente), o que torna o item (E) correto.
Os itens (A) e (C) apresentam características
da primeira idade (corrente) e os itens (B) e (D)
apresentam características da terceira idade
(permanente).
ESCRIVÃO
54. Quando do arquivamento dos documen-
tos, estes podem ser dispostos fisica-
mente, de duas formas, considerando a
posição em que ocuparão em seus res-
pectivos mobiliário. São elas:
(A) corrente e intermediária.
(B) alfabética e numérica.
(C) horizontal e vertical.
(D) acumulação orgânica e coleção.
(E) intermediária e permanente.
Letra c.
Segundo a bibliografia arquivística, os docu-
mentos podem ser arquivados de forma horizon-
tal ou vertical. Corrente, intermediária e perma-
nente (itens A e E) se referem a idades do ciclo
vital, e não a posição em que são arquivados.
Alfabética e numérica (item B) são métodos de
arquivamento e acumulação orgânica e coleção
(item D) se referem à acumulação nos arquivos
e biblioteca, respectivamente.
55. Assinale o item incorreto a respei-
to da microfilmagem de documentos
nos arquivos.
(A) A microfilmagem será feita em equipamen-
tos que garantam a fiel reprodução das in-
formações, sendo permitida a utilização de
qualquer microforma.
(B) A microfilmagem, de qualquer espécie, será
feita sempre em filme original, com o míni-
mo de 180 linhas por milímetro de definição,
garantida a segurança e a qualidade de ima-
gem e de reprodução.
(C) Será obrigatória, para efeito de segurança, a
extração de filme cópia do filme original.
(D) É permitida a utilização de filmes atualizá-
veis, de qualquer tipo, tanto para a con-
fecção do original, como para a extração
de cópias.
(E) O armazenamento do filme original deverá
ser feito em local diferente do seu filme cópia.
Letra d.
O artigo 5º, § 2º do Decreto n. 1.799/1996 afir-
ma: “Fica vedada a utilização de filmes atualizá-
veis, de qualquer tipo, tanto para a confecção
do original, como para a extração de cópias”, o
que torna o item (D) incorreto. Os itens (A), (B),
45
 (C) e (E) apresentam corretamente o que está Note que o problema pede a média entre os me-
previsto nesse Decreto, nos artigos 4º, 5º, 6º § ses de dezembro a março, logo:
1º e 5º § 3º, respectivamente. • Dezembro = 63,86·105
• Janeiro = 77,00·105
Noções de Estatística • Fevereiro = 92,29·105
Thiago Fernando • Março = 105,87·105
• Total de meses = 4
56. O gráfico a seguir mostra o número de
casos confirmados de COVID-19 no Bra- Assim:
sil entre os meses de novembro de 2020 e
março de 2021. Considere que os núme-
ros destacados são todos de ordem 105.

Para saber mais:

Note que, se o problema pedisse a média entre
novembro e março, o resultado seria a letra (A).
Nesse caso, o número total de meses seria 5 e
precisaríamos adicionar o valor computado tam-
bém do mês novembro:

Fonte: https://br.tradingview.com/covid19/

A taxa média de casos confirmados de Como a média pedida foi entre os meses dezem-
COVID-19 no Brasil, no período de dezembro a bro e março, a alternativa correta é a letra (C).
março, é igual a:
(A) 78,894·105 57. Em uma determinada delegacia, a polícia
(B) 81,658·105 civil realizou uma apuração a respeito
(C) 84,755·105 das ocorrências mais frequentes duran-
(D) 76,433·105 te um mês.
(E) 79,989·105

Letra c.
Para resolver o problema, precisamos relem-
brar a fórmula de média.

A porcentagem de ocorrências com 19 ou mais

casos dentro de um mês nessa delegacia é de:
(A) 87,5%
(B) 62,5%

ESCRIVÃO 46
(C) 75%
(D) 37,5% A média e a mediana da taxa de analfa-
(E) 50% betismo entre as regiões do Brasil são,
respectivamente:
Letra b. (A) 7,92 e 3,3.
Para este problema, precisamos lembrar o con- (B) 7,26 e 4,9.
ceito de probabilidade: (C) 7,6 e 7,6.
(D) 7,92 e 4,9.
(E) 6,6 e 4,9.

Letra e.
Os eventos desejados são as ocorrências Primeiro, vamos lembrar a fórmula de média:
com 19 casos ou mais dentro de um mês. As-
sim, há 5 tipos de ocorrências que satisfazem
essa condição:
• homicídio doloso;
• estupro;
• furto de veículo;
• roubo de veículo; Utilizando os dados do problema, temos:
• roubo seguido de morte. • N1 = 3,3
Sabendo que há um total de 8 tipos de ocorrên- • N2 = 3,3
cias nessa delegacia e que 5 dessas ocorrên- • N3 = 4,9
cias têm 19 ou mais casos, temos: • N4 = 7,6
• N5 = 13,9
•N=5
Para saber mais:
A alternativa (D) é complementar ao resultado Assim, temos:
encontrado para o problema. Esta letra seria
verdadeira, caso a pergunta fosse a porcenta-
gem de ocorrências com menos de 19 casos
dentro de um mês.
Perceba que o cálculo da taxa de analfabetis-
58. O gráfico a seguir mostra a taxa de anal- mo do Brasil (6,6%) também foi feito utilizando
fabetismo entre pessoas de 15 anos ou a média entre as 5 regiões.
mais em várias regiões do Brasil.
Agora, para achar o valor da mediana, precisa-
mos colocar as taxas de analfabetismo em or-
dem crescente. Temos:

Dessa forma, há duas possibilidades:

• Número de amostras é par: a mediana será a
média entre os dois valores centrais.
• Número de amostras é ímpar: a mediana é o
próprio valor central.

Como temos 5 regiões brasileiras, um número

ímpar, a mediana será o valor central. Logo, a
Fonte: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/ mediana da taxa de analfabetismo das regiões
populacao/18317-educacao.html
do Brasil é 4,9.

ESCRIVÃO 47
59. A tabela a seguir indica alguns dados cli- • Se o problema pedisse a mediana dos dias
matológicos de Belém/PA entre os meses chuvosos, a resposta seria 19,5 e a letra (A) es-
de janeiro e agosto. taria correta.

60. Durante um simulado com algumas disci-

plinas, Pedro obteve as seguintes notas:

Fonte: https://pt.climate-data.org/america-do-sul/brasil/para/belem-4299/

Pode-se afirmar que a moda da quantidade de

dias chuvosos (d) na cidade de Belém, entre os
meses de janeiro e agosto, foi de:
(A) 19,5.
(B) 20.
(C) 19.
(D) 17,5.
(E) 21.

Letra b. A variância populacional das notas de Pedro é:

O problema pergunta a moda da quantidade de (A) 1,04
dias chuvosos. Portanto, precisamos nos aten- (B) 1,22
tar apenas a esse dado climatológico: (C) 2,26
(D) 0,88
(E) 1,78

Letra a.
Primeiramente, vamos relembrar o cálculo da
variância populacional:
A moda pode ser definida como o valor que
ocorre em maior frequência dentro de um con-
junto de dados. Observe a tabela a seguir.

Assim, para calcular a variância pedida, é ne-

cessário descobrir a média dos valores antes:

Assim, o único número de dias chuvosos que

teve mais de uma ocorrência foi o 20. Logo, a O próximo passo é calcular a diferença entre
letra correta é a (B). cada valor individual e a média encontrada:
Para saber mais: • Matemática: 9 – 8,4 = 0,6
• Se o problema pedisse a média dos dias chu- • Português: 8 - 8,4 = -0,4
vosos, a resposta seria 17,5 e a letra (D) esta- • História: 7 – 8,4 = -1,4
ria correta. • Geografia: 8 – 8,4 = -0,4

ESCRIVÃO 48
• Ciência: 10 – 8,4 = 1,6

Agora, precisamos elevar essas diferenças

ao quadrado:
• Matemática: (0,6)2 = 0,36
• Português: (-0,4)2 = 0,16
• História: (-1,4)2 = 1,96
• Geografia: (-0,4)2 = 0,16
• Ciência: (1,6)2 = 2,56

Por fim, basta aplicar na fórmula:

ESCRIVÃO 49
 DISCURSIVA
JÚNIA ANDRADE

A prova discursiva será avaliada, considerando-se os seguintes aspectos:

1. Atendimento ao tema proposto – 2,00 pontos
2. Conhecimento técnico-científico sobre a matéria – 5,00 pontos
3. Clareza de argumentação/senso crítico em relação ao tema proposto na questão – 1,5 ponto
4. Utilização adequada da Língua Portuguesa – 1,5 ponto

O candidato terá sua Prova Discursiva – Estudo de Caso avaliada com nota 0 (zero) em caso de:
a) não atender ao tema da questão;
b) manuscrever em letra ilegível;
c) apresentar acentuada desestruturação na organização textual ou atentar contra o pudor;
d) redigir seu texto a lápis, ou à tinta em cor diferente de azul ou preta;
e) apresentar identificação, em local indevido, de qualquer natureza (nome parcial, nome completo, outro
nome qualquer, número(s), letra(s), sinais, desenhos ou códigos).

O candidato disporá de, no mínimo, 15 (quinze) linhas e, no máximo, 30 (trinta) linhas para elaborar a res-
posta da questão.

ESCRIVÃO 50
 DISCURSIVA – QUESTÃO

Considere o seguinte caso fático:

Atualmente, em mais de uma dezena de Estados da Federação, policiais militares lavram Termo Circuns-
tanciado de Ocorrência (TCO). Em março de 2020, o plenário do STF reconheceu que TCO lavrado pela
polícia militar não é inconstitucional.
Sabendo-se que TCO é uma das formas de investigação preliminar, explique por que uma polícia não
judiciária como a Polícia Militar pode proceder a uma TCO, mas não pode proceder a um Inquérito Policial.
Em seu texto, também explique o que significa o Inquérito Policial ter como características aparentemente
opostas a dispensabilidade e a obrigatoriedade. Por fim, discorra sobre a abrangência do sigilo do Inquérito
Policial, considerando a possibilidade ou não de o defensor ter acesso ao conjunto probatório.

Correção:

1. Atendimento ao tema proposto – 2,00 pontos

2. Conhecimento técnico-científico sobre a matéria – 5,00 pontos
3. Clareza de argumentação/senso crítico em relação ao tema proposto na questão – 1,5 ponto
4. Utilização adequada da Língua Portuguesa – 1,5 ponto

ESCRIVÃO 51
 Gabarito

Correção:

Atendimento ao tema proposto – 2,00 pontos

O aluno deverá, em toda a discursiva, tratar apenas dos assuntos propostos.
Extração de pontos: a cada erro, extrair – 0.25 ponto

Conhecimento técnico-científico sobre a matéria – 5,00 pontos

O aluno deverá se basear na legislação acerca do assunto.

Clareza de argumentação/senso crítico em relação ao tema proposto na questão – 1,5 ponto

Clareza – o aluno deverá escrever de forma ordenada, a fim de cumprir o requisito de clareza.
Senso Crítico – o aluno deverá emitir alguma opinião (não em primeira pessoa), mas expor, por exemplo,
uma situação em que ele mencione, com senso crítico, aspectos relacionados ao tema.
Extração de pontos – por cada conceito técnico desprovido de fundamentação, perde-se 0,5 ponto por
falta de clareza ou de senso crítico.

Utilização adequada da Língua Portuguesa – 1,5 ponto

Cada erro gramatical gerará a perda de 0.1 ponto.
Todavia, erros de coesão levarão à perda de 0.15 ponto.

Valor da Discursiva: 10 pontos

Nota obtida:

Padrão de Resposta

1. Porque uma polícia não judiciária como a Polícia Militar pode proceder a uma TCO, mas não pode pro-
ceder a um Inquérito Policial.
O Termo Circunstanciado de Ocorrência é aplicado aos casos de apuração das contravenções ou das
infrações de menor potencial ofensivo, ou seja, as infrações previstas no art. 61 da Lei dos Juizados Espe-
ciais: “(...) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois)
anos, cumulada ou não com multa.” Já o Inquérito Policial tem como objeto de apuração infrações cuja
apuração exige mais complexidade em virtude de não serem de menor potencial ofensivo.

2. O Inquérito Policial e suas características aparentemente opostas: a dispensabilidade e a obrigatoriedade.

O Inquérito Policial pode ser dispensável, porque existem outros meios de apuração prévia como as
CPIs, que funcionam também como forma de colher indícios de materialidade e de autoria de um crime.
Além disso, o art. 27 do CPP autoriza que qualquer pessoa do povo possa provocar a iniciativa do Ministé-
rio Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato
e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção, ou seja, trata-se de uma forma de
dispensabilidade do Inquérito Policial. Por outro lado, a instauração do Inquérito Policial é obrigatória, ou
seja, se a autoridade policial tiver conhecimento da prática da infração penal, ela deverá instaurar o Inqué-
rito Policial de ofício, nos termos do art. 5º, inciso I, do CPP, ressalvados os casos de ação penal pública
condicionada ou de ação penal privada (CPP, art. 5º, §§ 4º e 5º), as quais dependem de representação ou
de requerimento nos termos da lei.

3. A abrangência do sigilo do Inquérito Policial, considerando a possibilidade ou não de o defensor ter

acesso ao conjunto probatório. O sigilo do Inquérito Policial é necessário, segundo o CPP, art. 20, para a
elucidação dos fatos. Todavia, nos termos da Súmula Vinculante n. 14, o defensor terá acesso somente
aos fatos já documentados. Em outras palavras, não cabe o acesso às diligências que estiverem em curso.

ESCRIVÃO 52