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DIREITO
INTERNACIONAL
Professora Germana Pinheiro

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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

CONCEITO – O Direito Internacional Público é o ramo do Direito que visa regular


as relações internacionais e a tutelar temas de interesse internacional,
norteando a convivência entre os membros da sociedade internacional, que
passam assim, a ser também sujeitos de direito internacional público.

SOCIEDADE INTERNACIONAL – A sociedade internacional apoia-se na vontade


objetiva dos Estados, nos costumes e nos princípios gerais de direito
internacional público, que disciplinam os interesses políticos e econômicos dos
sujeitos de direito internacional público. A soberania é compartilhada quando o
Estado é criado e passa a fazer parte da Sociedade Internacional. Da mesma
forma, a vontade isolada sucumbe quando o Estado aceita fazer parte de uma
Organização Internacional e se submeter às regras que regem tal organização.

Sobre o fundamento da sociedade internacional, a doutrina jusnaturalista, hoje


predominante, afirma que existe uma ordem jurídica internacional acima dos
Estados e que o indivíduo só se realiza em sociedade, a sociedade internacional
sendo a sua forma mais ampla.

SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO – A sociedade internacional é


composta por entes que possuem direitos e deveres outorgados pela ordem
jurídica internacional. Nessa linha, são sujeitos de DIPu com plena
personalidade internacional: os Estados e as Organizações Internacionais.

Mais controversa é a personalidade internacional das Coletividades Não


Estatais (ONGs) e dos Indivíduos. E inegável que os indivíduos têm direitos e
deveres internacionais individuais, podendo, inclusive, ser réus em processos
perante o Tribunal Penal Internacional. Algumas ONGs (Cruz Vermelha, Green
Peace e Comitê Olímpico Internacional), já alcançaram expressão e
representatividade internacionais que lhes atribui, na nossa opinião, uma
personalidade internacional limitada.

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TRATADOS INTERNACIONAIS

Tratado é todo acordo formal concluído entre pessoas jurídicas de direito


internacional público, e destinado a produzir efeitos jurídicos, consignado num
instrumento único, quer em dois ou mais instrumentos conexos, e
independentemente da nomenclatura que receba (tratado, carta, protocolo,
acordo e etc.). O tratado é um acordo formal: ele precisa da forma solene e
escrita.

PARTES – Em todo tratado, são os Estados soberanos e as Organizações


Internacionais. Carecem de capacidade para celebrar tratados, os indivíduos, as
ONGs e as empresas privadas, pouco importando sua dimensão econômica e
sua eventual multinacionalidade.

COMPETÊNCIA – Os competentes à assinatura dos tratados são os chefes de


Estado e de Governo. O ministro das relações exteriores possui a presunção de
ser plenipotenciário (plenos poderes para representar seu país na missão
diplomática para o qual foi designado, podendo assinar acordos ou realizar
negócios em nome do país que o enviou) e prescinde da apresentação de carta
de plenos poderes. Da mesma forma, os chefes de missões diplomática
(embaixador ou o encarregado de negócios), mas apenas para a negociação de
tratados bilaterais entre o Estado acreditante e o Estado acreditado. Outros
membros do Executivo, normalmente diplomatas ou ministros de outras áreas,
devem demonstrar a plenipotência, de modo amplo ou limitado, por meio da
apresentação da carta de plenos poderes expedida pelo chefe de Estado ou de
Governo.

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FONTES DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

I. Costume Internacional - A norma jurídica costumeira, resulta de "uma prática


geral aceita como sendo o direito". É a prática, ou seja, a ação ou a omissão
(modo de proceder ante determinado quadro de fato), repetida ao longo do
tempo, de um Estado ou Organização Internacional. Deve ser um costume
reconhecido de forma geral pela Sociedade Internacional. Não há desnível
hierárquico entre normas costumeiras e normas convencionais. Um tratado é
idôneo para derrogar, entre as partes celebrantes, certa norma costumeira. De
igual modo, pode o costume derrogar a norma expressa em tratado. O costume
pode ser observado, geralmente, a partir da jurisprudência e da doutrina
internacionais.

PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO –

De acordo com o Estatuto da Conste Internacional de Justiça refere-se aos


princípios gerais de direito reconhecidos pelas nações civilizadas. Ficam assim
excluídas apenas as sociedades primitivas que não organizadas sob a forma
estatal. Os princípios decorrem do consentimento perceptivo dos Estados e não
de seu consentimento criativo, que gera as demais fontes. Os princípios fluem
de modo absolutamente natural e inexorável do pensamento humano, não
havendo como situá-los nas categorias de tratado ou de costume. Suas regras
são, ainda, de caráter mais geral e abstrato que as das demais fontes. São
princípios gerais do Direito Internacional Público: boa-fé; não agressão; solução
pacífica dos litígios entre Estados; autodeterminação dos povos; coexistência
pacífica; desarmamento; proibição da propaganda de guerra; pacta sunt
servanda; lex posterior derogat priori; nemo plus juris transferre potest quam
ipse habet; contraditório; responsabilidade; e condenação do abuso de direito.

I. Jurisprudência e Doutrina – não são formas de expressão do Direito, mas


instrumentos úteis ao seu correto entendimento e aplicação. A jurisprudência
internacional é o conjunto das sentenças e pareceres proferidos pelos tribunais
internacionais, e as sentenças proferidas pelos tribunais arbitrais
internacionais. As decisões judiciárias nacionais não compõem a jurisprudência
internacional.

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II. A analogia e equidade - não são normas jurídicas nem instrumentos de sua
interpretação, mas métodos de raciocínio para compensar, seja a inexistência
da norma, seja sua evidente falta de préstimo para proporcionar um deslinde
justo ao caso concreto. O uso da analogia consiste em fazer valer, para
determinada situação de fato, a norma jurídica concebida para aplicar-se a uma
situação semelhante, na falta de regra que se ajuste ao exato contorno do caso
concreto. A equidade pode operar tanto na hipótese de insuficiência da norma
de direito positivo aplicável, quanto naquela em que a norma, embora bastante,
traz ao caso concreto uma solução inaceitável de acordo com o senso de justiça
do julgador.

III. Decisões da Organizações Internacionais - tende-se a considerar seus atos


decisórios como fontes do direito internacional público, na medida que criam
direitos e obrigações no âmbito de sua atuação. As decisões procedimentais
obrigam a totalidade dos membros da OI, ainda que adotadas por órgão sem
representação do conjunto, ou por votação não unânime em plenário. No que
concerne as decisões sobre matérias substanciais e mais relevantes, estas só
obrigam todos os membros quando tomadas por unanimidade, e, se
majoritárias, obrigam apenas aqueles que votaram com a maioria.

IV. Atos unilaterais dos Estados na medida em que criam direitos e deveres
internacionais - é o caso das normas em que cada Estado determina,
observados os limites próprios, a extensão de seu mar territorial ou de sua zona
econômica exclusiva, o regime de seus portos, ou ainda a franquia de suas
águas interiores à navegação estrangeira.

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RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL

• A responsabilidade internacional do Estado é o instituto jurídico em virtude


do qual o Estado a que é imputado um ato ilícito segundo o direito
internacional deve uma reparação ao Estado contra o qual este ato foi
cometido. Ou seja, a responsabilidade internacional do Estado decorre de
uma transgressão a norma jurídica internacional, bem como a incidência de
uma conduta de natureza dolosa ou culposa do autor, ensejando, assim, a
discussão sobre a responsabilidade subjetiva e a objetiva.

▪ Pela subjetiva, além do descumprimento de uma norma ou


obrigação jurídica internacional por parte de um Estado, deve
este também ter agido com dolo ou culpa para que seja
considerado responsável no plano internacional.

▪ No que tange à responsabilidade objetiva do Estado, está é


constituída pelo descumprimento de uma obrigação jurídica
internacional independentemente da existência de culpa ou
dolo, garantindo, portanto, maior segurança jurídica no campo
das relações internacionais.

Sem embargo, a respeito das divergências doutrinarias acerca da matéria, têm-


se apresentado as seguintes condições para que se verifique a responsabilidade
do Estado no plano internacional.

a) Violação de uma regra jurídica de caráter internacional;

b) Que a transgressão da regra ocasione um dano;

c) Que a ofensa seja imputável ao Estado.

Para se configurar um dever de reparação de dano no Direito Internacional, é


necessária a ocorrência dos seguintes elementos:

a) Um comportamento em violação de um dever internacional, sempre


imputável a um ou mais Estados, denominado ilícito internacional,
consistente numa ação ou omissão;

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b) A existência de um dano físico ou moral, causado a outros Estados,


sua integridade territorial ou a bens a estes pertencentes ou, ainda, a
pessoas ou propriedade dos nacionais destes;

c) Um nexo de causalidade normativa entre dano e ilícito, o qual institui


um dever de reparar o seu autor e cria ao ofendido um direito subjetivo
de exigir uma reparação.

Para que se possa recorrer à proteção diplomática é a da necessidade de um


vínculo de nacionalidade efetiva entre o indivíduo lesado e o Estado reclamante.

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ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS

Trata-se de uma sociedade entre Estados, constituída através de um tratado,


com a finalidade de buscar interesses comuns através de uma permanente
cooperação entre seus membros. Elas têm autonomia e constituem uma
personalidade jurídica de DIPu diferente daquelas de seus Estados-membros.

Podem ser classificadas em:

I. Natureza política.

Seu traço fundamental está no caráter político-diplomático de suas atividades.


Seu objetivo primordial é a manutenção da paz e da segurança internacionais.

Ex: ONU e OEA.

II. Cooperação técnica.

Descartam a interferência em assuntos de natureza política e restringem-se


unicamente a aproximar posições e tomar iniciativas conjuntas em áreas
específicas. Cuidam de problemas que só podem ser enfrentados com a ação do
coletivo internacional.

Ex: OMS, OIT, FAO

III. Jurisdicionais.

Visam solucionar conflitos entre os Estados-membros, como a CIJ, CIDH e o TPI.

A forma mais comum de aprovação das decisões das OIs é a maioria, embora
algumas OIs adotem o sistema da unanimidade ou do consenso. Existem
diferentes regras de Maioria que podem servir para classificar as OIs:

a) Quantitativa: considera-se cada Estado como um voto, estipulando-


se diversos quóruns.

b) Qualitativa: voto ponderado – diferencia os membros segundo


critérios próprios a cada organização internacional. Os critérios

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podem ser: a população, o PIB ou as cotas que cada um possui (FMI,


BID, BIRD).

c) Mista: dupla maioria - quantitativa e qualitativa. Ex. Conselho de


Segurança da ONU, que para tomar uma decisão, precisa de 2/3 dos
votos dos membros, dentro dos quais devem, obrigatoriamente, estar
os votos dos cinco membros permanentes. O voto contrário de um
destes veta a decisão.

Enquanto a sua estrutura orgânica, possuem: Assembleia Geral, Secretaria e


Conselhos Permanentes.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU

• Sede em Nova York.

• Fundada em 24/10/1945, na Califórnia.

• Constituída pela ideia de uma organização para a paz. A Carta da ONU entrou
em vigor em 24/10/45, inspirada na ideia de um governo mundial, com as
finalidades básicas de manter a paz entre os Estados, mobilizar a
comunidade internacional para deter uma agressão e promover o respeito
aos direitos humanos.

• Sua estrutura é composta por Assembleia Geral, Secretariado, Conselho


Econômico e Social e Conselho de Segurança.

CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA – CIJ

• Com sede em Haia (Holanda), é o principal órgão judiciário da ONU,


obedecendo seu funcionamento ao que estipula seu Estatuto - ECIJ, que
é parte integrante da Carta da ONU.

• A Corte Internacional de Justiça, de funcionamento permanente, se


compõe de 15 juízes, com mandatos de 9 anos (podendo ser Reeleitos,
escolhidos conjuntamente pela Assembleia Geral e pelo Conselho de
Segurança, em lista de nomes apresentada pelos Estados e eleito o
magistrado que obtenha a maioria de votos nos dois órgãos da ONU, não
podendo figurar dois juízes do mesmo Estado. Seus julgamentos são
tomados em sessão plenária, com a presença de no mínimo 9 juízes.
Além disso, a pedido das partes, a Corte Internacional de Justiça poderá

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formar câmara especial com 5 juízes para resolver sumariamente a


questão proposta.

• Apenas o Estado pode postular qualquer ação ou consulta perante a


Corte Internacional de Justiça, estes deverão ser membros da ONU ou
Estados não membros da ONU autorizados pela Assembleia Geral e
Conselho de Segurança a tornar-se parte do ECIJ. As Organizações
Internacionais, os indivíduos e a empresas privadas não tem acesso
direto à CIJ, devendo requerer o endosso ao seu Estado.

• A competência da Corte Internacional de Justiça é convencional. Na


jurisdição da Corte Internacional de Justiça, a solução está subordinada
à postulação das partes, de modo que se elas quiserem resolver suas
rusgas por arbitragem, não haverá qualquer interferência da Corte
Internacional de Justiça. Os Estados podem comprometer-se
antecipadamente a aceitar a jurisdição geral da Corte Internacional de
Justiça ou a jurisdição em determinadas matérias, seja por meio de
tratados ou convenções que estipulem o recurso à Corte Internacional de
Justiça, ou por meio de uma declaração especial nesse sentido. A
competência da Corte Internacional de Justiça se estende a todas as
questões jurídicas internacionais (nunca políticas) a ela submetidas
pelos Estados (artigo 36§ 2º do ECIJ).

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL – TPI

• O Tribunal Penal Internacional não julga crimes cometidos antes de sua


instalação ou da adesão de um Estado e respeita a tipificação prevista no
Tratado de Roma. Assim sendo, o julgamento só poderá se dar com fatos
descritos no Tratado. Em seu estatuto afirma que o Tribunal Penal
Internacional foi criado para reprimir os principais tipos de crimes
cometidos ao longo das guerras do século XX, para evitar impunidade e
a repetição dos mesmos.

• Sua competência se dará diante dos seguintes crimes: crimes de


genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra, e crimes de
agressão (ameaça ou ruptura da paz internacional).

• São órgãos do Tribunal Penal Internacional: a Presidência, a Seção de


Recursos, a Seção de julgamento em primeiro grau, a Seção de instrução,
o Gabinete do Procurador e a Secretaria. Forma o Tribunal Penal
Internacional um colégio de 18 juízes indicados pelos Estados integrantes
do mesmo e cuja eleição é realizada pela Assembleia dos Estados-
membros.

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• Enquanto aos procedimentos, O inquérito é instaurado pelo Procurador


com os dados fáticos que chegarem a seu conhecimento e tramitará pela
Seção de instrução, podendo ela determinar a detenção ou o
comparecimento em juízo. Faz apreciação prévia da admissibilidade da
acusação e designa-se audiência de instrução, quando as provas serão
realizadas. A Seção de julgamento, em sessão pública, decidirá por
maioria. Das decisões do Tribunal Penal Internacional, caberá recurso
para a Seção de recurso e revisão.

• A execução das penas será feita pelo Estado indicado pelo TPI,
ressalvada a não indicação e não aceitação, quando, então, a execução
se fará no Estado anfitrião (Holanda). Podendo ser elas de prisão
perpétua, prisão detentiva até o máximo de 30 anos, multa e perda dos
produtos do crime.

ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS - OEA

• 1ª Conferência Internacional dos Estados Americanos de Washington, de


outubro de 1889 a abril de 1890. Duração longa devido a problemas internos
e à guerra de fronteiras entre Chile, Bolívia e Peru. Quando a guerra acabou
decidiu-se instalar a União Panamericana, cuja sede ficaria em Washington.
Aí está o embrião da OEA.

• Segunda Conferência Interamericana para a Manutenção da Paz e


Segurança Continental de Petrópolis, em 1947. Assinatura do TIAR (Tratado
Interamericano de Assistência Recíproca), conhecido como Tratado do Rio,
em que se estabeleceu que o ataque contra qualquer Estado signatário
implicaria em socorro imediato de todas as outras Nações americanas.

• A 9ª Conferência Internacional dos Estados Americanos de Bogotá, em 1948,


transformou a União Panamericana em Organização dos Estados
Americanos, amoldando o tratado original (1889) para as realidades atuais
do pós-guerra. Foi condenado também o comunismo internacional,
declarando-o incompatível com a tradicional liberdade americana.

O SISTEMA INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS

• Proíbe a violações aos direitos humanos pelos Estados-Membros.


Somente os Estados têm capacidade de participar de julgamentos junto
à Corte Interamericana de Direitos Humanos. Demais sujeitos de DIPu
podem recorrer à Comissão Interamericana de Direitos Humanos que
poderá entrar com a ação em seu nome.

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• O Sistema Internacional de Direitos Humanos é composto por dois


órgãos:

· Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CmIDH), órgão da


OEA.

· Corte Interamericana de Direitos Humanos (CrIDH), OI autônoma.

• A CmIDH é o órgão da OEA responsável por investigar e monitor as


violações aos direitos humanos nos continentes americanos.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE COMÉRCIO – OMC

• A OMC sucedeu ao GATT na regulação do comércio mundial, tendo sido o


principal resultado da Rodada Uruguai. Ainda que ela não seja imune às
pressões advindas dos principais atores internacionais, sua existência é de
vital importância para países como o Brasil que dependem de um sistema
de normas para defender seus interesses. Os países em desenvolvimento
são hoje a grande maioria dos Membros desta Organização e só cabe a eles
fazer valer os seus interesses, já que as decisões na OMC são tomadas por
consenso.

• Para a vigilância do cumprimento das normas contidas nos vários acordos


que regem o sistema multilateral de comércio, a OMC conta com um
poderoso instrumento que é o Entendimento para Solução de Controvérsias.
O Brasil mesmo já obteve várias vitórias no Órgão de Solução de
Controvérsias da OMC, como no caso do painel da gasolina, contra os
Estados Unidos, e os mais recentes painéis do açúcar contra a Comunidade
Européia e do algodão contra os Estados Unidos.

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CONVENÇÕES, TRATADOS E PACTOS


INTERNACIONAIS
• São acordos celebrados entre sujeitos de Direito Internacional – Estados e
organizações internacionais – que visam, em princípio, a prossecução de
interesses comuns e produzem efeitos jurídicos entre as partes
contratantes. Desde sempre que os Estados estabelecem relações entre si
para partilhar objetivos comuns ou garantir a não-ingerência nos seus
assuntos internos. Elas podem assumir duas grandes modalidades: o
estabelecimento de relações diplomáticas bilaterais ou multilaterais e a
participação comum em organizações internacionais.

• São várias as designações utilizadas para qualificar as Convenções


Internacionais.

• Entre as mais correntes incluem-se os tratados, as atas (resultantes de


conferências entre governos para tratar assuntos delimitados, cf. Ato Único
Europeu, Ata geral da Conferência de Helsínquia), as convenções, os
estatutos, as cartas, pactos ou constituições (para tratados que criam
organizações internacionais, cf. Carta das Nações Unidas, Pacto de
Varsóvia).

• Três tratados internacionais estão na origem da criação das Comunidades


Europeias: o Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço
(CECA, 1951), o Tratado de Roma que cria a então denominada Comunidade
Económica Europeia (CEE, 1957), e o Tratado que institui a Comunidade
Europeia da Energia Atómica (Euratom, 1957). Foram os três celebrados
entre os seis Estados fundadores – França, Alemanha, Itália, Bélgica,
Holanda e Luxemburgo. Praticamente todas as sucessivas revisões
assumiram a forma de Tratado Internacional – Maastricht (1992),
Amesterdão (1997), Nice (2001) e o Tratadode Lisboa (2007) –, exceto o Ato
Único Europeu (1986).

• O tratado internacional que cria uma organização internacional constitui o


seu direito originário, isto é, contém as regras estruturantes a que o direito
posterior criado por essa organização deverá obedecer. É neste sentido que
ao conjunto das regras contidas nos Tratados de Roma e Maastricht, com as
alterações introduzidas pelas sucessivas revisões, se dá muitas vezes o
nome de «Constituição». Isso significa os próprios princípios constitutivos
das entidades por eles criadas – Comunidade Europeia e União Europeia.
Esses princípios como que lhes conferem um título para atuar, tanto no

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plano interno como internacional. No caso da União Europeia, as normas de


natureza «constitucional» incluem, entre outras, a definição dos seus
objetivos, as normas relativas à criação e funcionamento dos seus órgãos, a
repartição de competências, tanto no interior da UE como entre esta e os
Estados-Membros, bem como os mecanismos de garantia do cumprimento
efetivo das suas regras.

COMO SE APROVA UM TRATATO? –

• O art. 49, I, da Constituição Federal dispõe ser da competência exclusiva do


Congresso Nacional "resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou
atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao
patrimônio nacional". Combinado com o art. 84, VIII, este dispositivo forma a
base constitucional da apreciação legislativa dos tratados celebrados pelo
Brasil.

• O alcance da obrigatoriedade da apreciação legislativa é controverso na


doutrina e na prática. Há juristas e agentes públicos que a entendem
obrigatória para todos os tratados concluídos pelo país. Há os que
interpretam o art. 49, I, como exigindo a aprovação legislativa apenas dos
tratados que acarretem encargos ao patrimônio nacional.

• O Congresso Nacional aprova o tratado por meio de decreto legislativo,


sendo este emitido pelo Presidente do Senado, que preside a Mesa do
Congresso Nacional.

• O tratado jamais se sobrepõe à Constituição Federal: os tratados estão


sujeitos, no Brasil, ao controle de constitucionalidade e podem ser, portanto,
declarados inconstitucionais. Em caso de conflito entre a lei fundamental
brasileira e o princípio pacta sunt servanda, prevalece a Constituição
Federal. Até mesmo que disso resulte um ilícito internacional e a
responsabilidade internacional do Estado brasileiro.

• Em regra geral, a promulgação, e a subsequente publicação, incorporam o


tratado ao direito interno brasileiro, colocando-o no mesmo nível da lei
ordinária. No caso de conflito entre tratado e legislação infraconstitucional,
considera-se o tratado, para todos os fins e efeitos, como se fosse lei
ordinária: prevalece o texto mais recente – lex posterior derogat priori; se a
lei for mais recente, prevalece sobre o tratado, mesmo que disso resulte a
responsabilidade internacional do Brasil. O tema foi pacificado por decisão
do STF em 1978.

• Excepcionalmente, os tratados e convenções internacionais aprovados na


forma do art. 5º, § 3º da Constituição Federal (isso é, que versarem sobre

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direitos humanos e forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional,


em dois turnos, por três-quintos dos votos dos respectivos membros) serão
equiparados às emendas constitucionais. Serão, portanto, hierarquicamente
superiores às leis ordinárias.

PACTO DE SÃO JOSÉ DA COSTA RICA –

• A Convenção Americana de Direitos Humanos, popularmente conhecida


como Pacto de São José da Costa Rica é um tratado celebrado pelos
integrantes da Organização de Estados Americanos (OEA), adotada e aberta
à assinatura durante a Conferência Especializada Interamericana sobre
Direitos Humanos, em San José da Costa Rica, em 22 de novembro de 1969 e
tendo entrado em vigor a 18 de julho de 1978, com a ratificação do décimo
primeiro instrumento, de iniciativa de Granada.

• O documento tem um total de 81 artigos, incluindo as disposições


transitórias, e tem como objetivo estabelecer os direitos fundamentais da
pessoa humana, como o direito à vida, à liberdade, à dignidade, à integridade
pessoal e moral, à educação, entre outros similares. A convenção proíbe
ainda a escravidão e a servidão humana, trata das garantias judiciais, da
liberdade de consciência e religião, de pensamento e expressão, bem como
da liberdade de associação e da proteção a família.

• O objetivo da constituição deste tratado internacional é a busca da


consolidação entre os países americanos de um regime de liberdade pessoal
e de justiça social, fundado no respeito aos direitos humanos essenciais,
independentemente do país onde a pessoa viva ou tenha nascido. O pacto
tem influência marcante da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que
compreende o ideal do ser humano livre, isento do temor e da miséria e sob
condições que lhe permitam gozar dos seus direitos econômicos, sociais e
culturais, bem como dos seus direitos civis e políticos.

• Um dos principais legados do Pacto de São José é sem dúvida a criação do


sistema Comissão Interamericana de Direitos Humanos/Corte
Interamericana de Direitos Humanos, destinada a avaliar casos de violação
dos direitos humanos ocorridos em países que integram a Organização dos
Estados Americanos (OEA), que reconheçam sua competência. Quando
ocorre um abuso referente à matéria de Direitos Humanos em qualquer um
dos países, e o governo deste permaneça inerte, é dada a oportunidade ao
ofendido de fazer sua denúncia à comissão, que levará o caso à corte, para
que seja julgado.

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• O documento só seria ratificado pelo Brasil em 25 de setembro de 1992,


sendo que esta passou a ter validade no ordenamento interno a partir do
Decreto 678 de 6 de novembro de 1992. Com a promulgação da Emenda
Constitucional número 45 de 2004 (que trata da reforma do Judiciário), os
tratados cujo teor trate de questões de direitos humanos passaram a vigorar
de imediato e a ser equiparados às normas constitucionais, devendo ser
aprovados por um quorum de três quintos dos votos na Câmara dos
Deputados e no Senado Federal, em dois turnos em cada casa.

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LEI DE MIGRAÇÃO – LEI 13.445/17


• A nova Lei de Migração substitui o Estatuto do Estrangeiro e define os
direitos e deveres "do migrante e do visitante, regula a sua entrada e estada
no País e estabelece princípios e diretrizes para as políticas públicas para o
emigrante".

• Considerada inovadora e um avanço em relação ao Estatuto, criado em 1980,


ainda durante a ditadura militar, a nova legislação não considera mais o
imigrante uma ameaça à segurança nacional e, segundo especialistas,
pauta-se pelos direitos humanos.

• A atual legislação traz um grande avanço que é a criação do visto


humanitário. Esse tipo de visto irá atender demandas específicas, como dos
apátridas e daqueles que chegam ao Brasil em razão, por exemplo, de
situações de desastres ambientais, conflitos armados e violação dos direitos
humanos.

• A Lei de Migração entrou em vigor na mesma data da publicação do Decreto


nº 9.199, que regulamenta diversos pontos da legislação e garante a sua
aplicação. O normativo é resultado de uma série de debates entre os
diversos órgãos envolvidos direta e indiretamente na questão migratória no
Brasil e no exterior (Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério do
Trabalho, Ministério das Relações Exteriores e Polícia Federal), além de
representantes da sociedade civil e de organismos internacionais. No
Decreto foram detalhadas questões práticas da Lei, como os requisitos para
cada tipo de visto, a disciplina do procedimento de reconhecimento da
apátrida e a consequente naturalização facilitada, os requisitos para
obtenção da residência e outros procedimentos administrativos, como
extradição.

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CONVENÇÃO DE GENEBRA
• Convenção de Genebra é nome dado a um conjunto de Tratados celebrados
em Genebra, na Suíça, que versam sobre Direito Humanitário Internacional.
Seu idealizador foi o filantropo suíço Henri Dunant, como resposta à
necessidade de regulação dos Direito Humanos em tempos de guerra,
situação presenciada por Dunant durante a Batalha de Solferino, na Itália.

• O que normalmente chamamos de Convenção de Genebra é um conjunto de


4 convenções realizadas entre 1864 a 1949. Em resumo, essas convenções
estipulam direitos e deveres em tempos de guerra. É uam iniciativa marcada
pelo ineditismo e se constitui como base dos direitos humanos
internacionais.

PRIMEIRA CONVENÇÃO DE GENEBRA (1863)

Criou a Cruz vermelha, órgão responsável pelo socorro em tempos e locais de


guerra, tanto a civis quanto a militares. Versou sobre problemas sanitários,
respeito e cuidado de militares feridos ou doentes (1864) a garantia de proteção
a hospitais e ambulâncias e instituiu a simbologia da cruz vermelha. Sua
aplicabilidade pôde ser constatada já nos campos de batalha da na Primeira
Guerra Mundial.

SEGUNDA CONVENÇÃO DE GENEBRA (1906)

Reforçou as medidas da Primeira Convenção, estendendo-as às forças navais.

TERCEIRA CONVENÇÃO DE GENEBRA (1929)

Versou sobre Prisioneiros de Guerra colaborando para a definição do termo.


Assim, ficava definido que “prisioneiro de guerra” era o indivíduo pego em época
de guerra, sendo civil ou militar. As medidas dessa convenção permitiram
também a entrada da Cruz Vermelha em prisões de guerra e comunicação com
prisioneiros sem barreiras. Além disso instaurou a obrigação de tratar
prisioneiros humanamente, proibiu tortura, pressão física e psicológica e
tratamentos desumanos.

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Também pela Terceira Convenção, são instituídas obrigações sanitárias para


com os prisioneiros, garantindo-lhes condições dignas de higiene e
alimentação, além do respeito à religião do prisioneiro, aos seus rituais e
liberdade de professar a fé.

QUARTA CONVENÇÃO DE GENEBRA (1949)

Determinou a proteção dos civis em períodos de guerra, uma preocupação


antiga. Esta Quarta Convenção simboliza as outras, tornando-se um marco.
Determina a proibição do sequestro, da utilização de prisioneiros como escudos
humanos, bem como a proibição de agressão física e aos bens dos civis. Outro
ponto importante é a proibição de punições coletivas que pudessem ser
aplicadas em períodos de guerra.

Mesmo com o grande avanço representado pela criação e aplicação dessas leis,
as determinações da Convenção tiveram que ser ampliadas através de
protocolos para contemplar diferentes problemas e nuances do direito
internacional e da prática da guerra, que sofreu mudanças grandes e rápidas ao
longo do século XX.

Após 2005, as Convenções de Genebra permanecem com a configuração


apresentada, sendo parte do Direito Internacional e do esforço da humanidade
em caminhar em direção à regulação, diminuição ou mesmo erradicação da
guerra como solução para as disputas entre os seres humanas e suas
estruturas de organização.

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REFÚGIO E ASILO

REFÚGIO –

▪ O refúgio é concedido ao imigrante por fundado temor de perseguição por


motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões
políticas. Enquanto tramita um processo de refúgio, pedidos de expulsão
ou extradição ficam em suspensos. O refúgio tem diretrizes globais
definidas e possui regulação pelo organismo internacional ACNUR - Alto
Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. No Brasil, a
matéria é regulada pela Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997, que criou o
Comitê Nacional para os Refugiados – CONARE, e pela Convenção das
Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados, de 28 de julho de 1951.

ASILO –

▪ Quanto aos pedidos de asilo, esses estão previstos na Constituição


Federal, no artigo 4º, que coloca o asilo político como um dos pilares que
rege as relações internacionais. Não existe uma lei específica para tratar
os casos de asilo, que é avaliado diretamente pela Presidência da
República.
▪ No caso do asilo, as garantias são dadas apenas após a concessão. Antes
disso, a pessoa que estiver em território nacional estará em situação de
ilegalidade. O asilo pode ser de dois tipos: diplomático – quando o
requerente está em país estrangeiro e pede asilo à embaixada brasileira
- ou territorial – quando o requerente está em território nacional. Se
concedido, o requerente estará ao abrigo do Estado brasileiro, com as
garantias devidas.
▪ O conceito jurídico de asilo na América Latina é originário do Tratado de
Direito Penal Internacional de Montevidéu, de 1889, que dedica um
capítulo ao tema. Inúmeras outras convenções ocorreram no continente

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sobre o asilo, tal como a Convenção sobre Asilo assinada na VI


Conferência Pan-americana de Havana, em 1928, dentre outras. O asilo
diplomático, assim, é instituto característico da América Latina.

QUESTÕES PARA TREINO:

1) Em 14 de dezembro de 2009, o Brasil promulgou a Convenção de Viena sobre


o Direito dos Tratados de 1969, por meio do Decreto nº 7.030. A Convenção
codificou as principais regras a respeito da conclusão, entrada em vigor,
interpretação e extinção de tratados internacionais. Tendo por base os
dispositivos da Convenção, assinale a afirmativa correta.

A) Para os fins da Convenção, “tratado” significa qualquer acordo


internacional concluído por escrito entre Estados e/ou organizações
internacionais.

B) Os Estados são soberanos para formular reservas,


independentemente do que disponha o tratado.

C) Um Estado não poderá invocar o seu direito interno para justificar o


descumprimento de obrigações assumidas em um tratado internacional
devidamente internalizado.

D) Os tratados que conflitem com uma norma imperativa de Direito


Internacional geral têm sua execução suspensa até que norma ulterior
de Direito Internacional geral da mesma natureza derrogue a norma
imperativa com eles conflitante.

2) Henrique e Ruth se casaram no Brasil e se mudaram para a Holanda, onde


permaneceram por quase 4 anos. Após um período difícil, o casal, que não tem
filhos, nem bens, decide, de comum acordo, se divorciar e Ruth pretende
retornar ao Brasil. Com relação à dissolução do casamento, assinale a
afirmativa correta.

A) O divórcio só poderá ser requerido no Brasil, eis que o casamento foi


realizado no Brasil.

B) O divórcio, se efetivado na Holanda, precisa ser reconhecido e


homologado perante o STJ para que tenha validade no Brasil.

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C) O divórcio consensual pode ser reconhecido no Brasil sem que seja


necessário proceder à homologação.

D) Para requerer o divórcio no Brasil, o casal deverá, primeiramente,


voltar a residir no país.

3) Existem disputas sobre parcelas de territórios entre países da América


Latina. O Brasil e o Uruguai, por exemplo, possuem uma disputa em torno da
chamada “ilha brasileira”, na foz do Rio Uruguai. Na hipótese de o Uruguai vir a
reivindicar formalmente esse território, questionando a divisa estabelecida no
tratado internacional de 1851, assinale a opção que indica o tribunal
internacional ao qual ele deveria endereçar o pleito.

A) Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul.

B) Corte Internacional de Justiça.

C) Tribunal Penal Internacional.

D) Tribunal Internacional do Direito do Mar.

4) Um ex-funcionário de uma agência de inteligência israelense está de


passagem pelo Brasil e toma conhecimento de que chegou ao Supremo Tribunal
Federal um pedido de extradição solicitado pelo governo de Israel, país com o
qual o Brasil não possui tratado de extradição. Receoso de ser preso, por estar
respondendo em Israel por crime de extorsão, ele pula o muro do consulado da
Venezuela no Rio de Janeiro e solicita proteção diplomática a esse país. Nesse
caso,

A) pode pedir asilo diplomático e terá direito a salvo-conduto para o país


que o acolheu.

B) é cabível o asilo territorial, porque o consulado é território do Estado


estrangeiro.

C) não se pode pedir asilo, e o STF não autorizará a extradição, por


ausência de tratado.

D) o asilo diplomático não pode ser concedido, pois não é cabível em


consulado.

5) Victor, após divorciar-se no Brasil, transferiu seu domicílio para os Estados


Unidos. Os dois filhos brasileiros de sua primeira união continuaram vivendo no

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Brasil. Victor contraiu novo matrimônio nos Estados Unidos com uma cidadã
norte-americana e, alguns anos depois, vem a falecer nos Estados Unidos,
deixando um imóvel e aplicações financeiras nesse país. A regra de conexão do
direito brasileiro estabelece que a sucessão de Victor será regida

A) pela lei brasileira, em razão da nacionalidade brasileira do de cujus.

B) pela lei brasileira, porque o de cujus tem dois filhos brasileiros.

C) pela lei norte-americana, em razão do último domicílio do de cujus.

D) pela lei norte-americana, em razão do local da situação dos bens a


serem partilhados.

6) O mecanismo de solução de controvérsias atualmente em vigor no âmbito da


Organização Mundial do Comércio (OMC) foi instituído em 1994 por meio do
Entendimento Relativo às Normas e Procedimentos sobre Solução de
Controvérsias, constantes do Tratado de Marrakesh, e vincula todos os
membros da organização. A respeito do funcionamento desse mecanismo,
assinale a afirmativa correta.

A) Uma vez acionado o mecanismo de solução de controvérsias, os


Estados em disputa ficam impedidos de recorrer a formas pacíficas de
solução de seus litígios, tais como bons ofícios, conciliação e mediação.

B) A decisão, por consenso, acerca da adoção de um relatório produzido


pelo grupo especial, integra o rol de competências do Órgão de Solução
de Controvérsias, ainda que as partes em controvérsia escolham não
apelar ao Órgão Permanente de Apelação.

C) As recomendações e decisões do Órgão de Solução de Controvérsias


poderão implicar a diminuição ou o aumento dos direitos e das
obrigações dos Estados, conforme estabelecido nos acordos firmados no
âmbito da OMC.

D) As partes em controvérsia e os terceiros interessados que tenham


sido ouvidos pelo grupo especial poderão recorrer do relatório do grupo
especial ao Órgão Permanente de Apelação.

GABARITO

1) C 2) C 3) B 4) D 5) C 6) B

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PARABÉNS PELO EMPENHO!!!

BONS ESTUDOS E QUE O PRÓPRIO CRISTO JESUS ILUMINE


A TODOS!!!

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