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Aula 04 - Jurisdição
Conceito: Dizer o direito nos casos concretos apresentado ao judiciário. É o poder - dever de
dizer o direito no caso concreto de forma a resolver de forma definitiva e trazer a pacificação
judicial.
Características da Jurisdição
a) Substitutividade:
O juiz substitui a vontade das partes pela vontade do ordenamento jurídico ou da lei,
b) Inércia:
As partes que devem procurar o judiciário para solucionar os seus conflitos.
c) Definitividade:
Princípios da Jurisdição
1. Investidura:
Jurisdição sendo investida por um juiz togado.
3. Indelegabilidade
O juiz não pode atribuir a função que seria sua para outro poder.
4. Inevitabilidade
Vinculação das partes no que for decidido pelo juiz. A decisão é inevitável, devendo
respeitar referida decisão.
5. Inafastabilidade
Previsto na CF 5º, XXXV. a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
ou ameaça a direito;
6. Juiz Natural
A CF proíbe a criação de Tribunal de Exceção. Ninguém será processado senão pela
autoridade competente. São garantias fundamentais importantes. Não pode escolher o
juiz para sua causa.
7. Unicidade
A jurisdição é UNA. Não é divisível e cindível.
Art. 13, CPC: A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras,
ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções ou acordos
internacionais de que o Brasil seja parte.
Art. 15, CPC: Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou
administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e
subsidiariamente
Art. 14, CPC. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos
processos em curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurídicas
consolidadas sob a vigência da norma revogada.
Aula 07 - Ação
A ação é o próprio direito material que o sujeito quer defender. A ação, a rigor, seria
uma reação do próprio direito material, quando violado. O direito de ação e o direito
material seriam, na prática, a mesma coisa. Quem tem o direito material carrega
consigo, automaticamente, o direito de ação para tutelá-lo.
c) Teoria Abstrata
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha,
em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
Art. 317. Antes de proferir decisão sem resolução de mérito, o juiz deverá conceder à
parte oportunidade para, se possível, corrigir o vício.
Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for
favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos termos do art. 485
[extinção sem resolução do mérito].
- O STJ adota a teoria da asserção. O juiz vai analisar as condições na ação apenas nas
alegações do autor.
* Intervenção de terceiros
Sujeitos Secundários
Art. 149. São auxiliares da Justiça, além de outros cujas atribuições sejam
determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de
secretaria, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o
tradutor, o mediador, o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e
o regulador de avarias.
Sujeitos Especiais
Aula 11 - Juiz
Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como
membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do
Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim,
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente,
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de
emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços;
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
Não há preclusão (É hipótese de Ação Há preclusão para a parte mas não para o
Rescisória. Art. 966, II. juiz. Art. 145, § 1º.
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de
iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que
subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou
companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de
declarar suas razões.
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do
arguido.
STJ
Ementa: “O impedimento previsto no art. 134, III, do CPC/1973 (Art. 144, II, CPC/15)
demanda que o juiz, quando da atuação em outra instância, tenha praticado atos de cunho
decisório. Não padece de nulidade o julgamento da Apelação do qual tenha participado
Desembargador que, como juiz de primeiro grau de jurisdição, não praticou atos
caracterizados como sentença ou decisão”. (STJ-2ª Turma, REsp 1.834.544/AM, rel. Min.
Herman Benjamin, j. 01.10.2019, não conheceram, v.u., DJe 11.10.2019)
Ementa: “O reconhecimento da suspeição, por implicar o afastamento do juiz natural da
causa, exige a comprovação de imparcialidade do julgador para apreciar o litígio, sendo
insuficientes meras conjecturas (arts. 144 e 145 do CPC/2015). Precedentes”. (STJ-2ª Seção,
AgInt na ExSusp 195/DF, rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 26.06.2019,negaram
provimento, v.u., DJe 01.07.2019)
AÇÃO RESCISÓRIA
Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
Art. 146. No prazo de 15 (quinze) dias, a contar do conhecimento do fato, a parte alegará o
impedimento ou a suspeição, em petição específica dirigida ao juiz do processo, na qual
indicará o fundamento da recusa, podendo instruí-la com documentos em que se fundar a
alegação e com rol de testemunhas.
II.- com efeito suspensivo, o processo permanecerá suspenso até o julgamento do incidente.
§ 3º Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for
recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal.
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(...)
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§ 3º Enquanto não for declarado o efeito em que é recebido o incidente ou quando este for
recebido com efeito suspensivo, a tutela de urgência será requerida ao substituto legal.
§ 4º Verificando que a alegação de impedimento ou de suspeição é improcedente, o tribunal
rejeitála-á.
Art. 147. Quando 2 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha
reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede
que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autos ao seu
substituto legal.
§ 3º Nos tribunais, a arguição a que se refere o § 1º será disciplinada pelo regimento interno.
O MP poderá atuar como parte (176) ou como Fiscal da Ordem Jurídica (Custus Juris, 178).
O MP é legitimado ativo para instaurar o incidente de desconsideração da personalidade
jurídica, no entanto, conforme Enunciado 123 do FPPC:
É desnecessária a intervenção do MP, como fiscal da ordem jurídica, no IDPJ, salvo nos
casos em que deva intervir obrigatoriamente, previstos no art. 178.
Aulas PDF
Conceito: Os auxiliares da justiça são todos os sujeitos, serventuários do Estado ou não, que
têm atribuições predefinidas relacionadas a atos processuais, podendo essas atribuições
consistirem na prática autêntica do ato (Ex.: o perito realizando a perícia) ou em
atividades-meio do ato (Ex.: o escrivão quando mantém os autos dos processos sob sua
guarda).
Base legal:
Art. 149, CPC. São auxiliares da justiça, além de outros cujas atribuições sejam
determinadas pelas normas de organização judiciária, o escrivão, o chefe de secretaria, o
oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador, o intérprete, o tradutor, o mediador,
o conciliador judicial, o partidor, o distribuidor, o contabilista e o regulador de avarias.
Dentre os servidores da unidade judiciária, um deles é nomeado pelo juiz para ser o Chefe de
Secretaria. Este servidor específico terá poder hierárquico e disciplinar sobre os demais,
além das demais atribuições legais e regulamentares do cargo.
Já os Oficiais de Justiça
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Aula 19 - Da Gratuidade de Justiça
Súmula 481, STJ. Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins
lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem
a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o
pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos.
Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na
réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por
terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos
autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso.
Parágrafo único. Revogado o benefício, a parte arcará com as despesas processuais que tiver
deixado de adiantar e pagará, em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a título de multa,
que será revertida em benefício da Fazenda Pública estadual ou federal e poderá ser inscrita
em dívida ativa.
Aula 20 - Honorários Advocatícios
Prof. Mozart Borba
Princípio da Causalidade
Princípio da Sucumbência
Consequência da causalidade.
§ 2º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre
o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo,
sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
Aula 24 - Competência
Prof. Lídia Marangon
Art. 44. CPC. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal , a competência
é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação especial, pelas normas
de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas constituições dos Estados.
Perpetuação da Jurisdição
EXCEÇÕES
Classificação da Competência
a) Relativa
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias,
intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na
Constituição Federal e nos processos que envolvam:
Parágrafo único. A incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público
nas causas em que atuar.A incompetência é relativa quando tratamos da violação de
regras de fixação de competência em razão do território ou do valor da causa.
Nesses casos, como estamos tratando de interesse das partes, admite-se certa
flexibilização e o juízo que era incompetente pode tornar-se competente.
NÃO!
Súmula 33, STJ. A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício.
b) Absoluta
Mesmo que a incompetência absoluta não seja alegada pelo réu em preliminar de
contestação, ela pode ser reconhecida de ofício pelo juiz ou alegada em qualquer
outro momento pelas partes. Se o processo correr no juízo incompetente até o trânsito
em julgado, este é nulo, sendo cabível a ação rescisória.
Art. 64. § 3º CPC. Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão
remetidos ao juízo competente.
E os atos que foram praticados pelo Juízo incompetente? O que acontece com
eles?
Natureza absoluta.
Art. 291 CPC. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo
econômico imediatamente aferível.
Foro Comum
Domicílio do réu
Art. 46 do CPC. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens
móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no
foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será
proposta em qualquer foro.
É o da situação da coisa
Art. 47. CPC. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o
foro de situação da coisa.
§ 1º O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o
litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e
demarcação de terras e de nunciação de obra nova.
III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
É do último domicílio
Art. 49. CPC. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de seu último
domicílio, também competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o
cumprimento de disposições testamentárias.
Art. 50.CPC. A ação em que o incapaz for réu será proposta no foro de domicílio de
seu representante ou assistente.
Parágrafo único. Se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no
de situação da coisa ou no Distrito Federal.
Art. 52. CPC. É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja
autor Estado ou o Distrito Federal.
Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser
proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que
originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente
federado.
Ações de Alimentos
Domicílio do Alimentando
III. do lugar:
a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios.
Aula 27 - Competência IV
Prof. Lídia Marangon
Autarquias Federais