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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

Data: 19.03.2019
Tema: Apresentaçã o do programa curricular da cadeira

Perguntas de avaliaçã o
1- o que sã o fontes de direito?
2- O que é o costume?
3- O que sã o os usos?
4- O facto jurídico?
5- O que é uma situaçã o jurídica?
6- O que é o direito subjectivo?
7- Qual é o contrá rio do direito subjectivo?
8- O que é o direito de crédito?
9- O que é o direito potestativo?
10-Direito subjectivo de propriedade?
11-Direito declarativo?
12-Caso julgado?
13-Litisconsó rcio?
14-Tramitaçã o processual?
Data: 19.03.2019
Tema: Apontamentos de revisã o de conteú do relativo à IED.

A norma jurídica é composta pela previsã o e estatuiçã o.


A previsã o é a priori e a estatuiçã o é a posteriori.
A previsã o contém o modelo ou tipo de um facto.
A estatuiçã o determina as consequências jurídicas que decorrerã o desse
facto se ele se der consequências consistentes fundamentalmente na constituiçã o,
modificaçã o ou extinçã o de poderes ou deveres.
Temos como exemplo o art.º 483 nº1 do C.C.
A violaçã o é o objecto da previsã o; a obrigaçã o de indemnizaçã o é objecto da
estatuiçã o.
O direito objectivo é a norma de agir e o direito subjectivo é a faculdade de
agir.
O direito objectivo está fora e acima dos indivíduos que governa.
O direito subjectivo, porque se insere ou consubstancia neles como sua
prerrogativa.
Fontes de Direito
O modo como as normas jurídicas se revelam e ao processo de criaçã o das
normas chamam-se técnico-jurídico.
Quatro tipos fundamentais de fontes de direito em sentido formal:
1- Lei
2- Costume
3- Jurisprudência
4- Ciência Jurídica
Data: 21.03.2019
Tema: A Ordem Jurídica e o Processo

Artigo 29º da CRA (Remissã o ao art. 2º do Có digo de Processo Civil “CPC”) e


336º do C.C.
Artº’s 334º à 339º C.C (exercício e tutela dos direitos).
Direito de Crédito: é o direito de exigir a outrem o ressarcimento de uma
determinada coisa, ou seja, é um direito Subjectivo.
Direito absoluto ou direito de monopó lio: é o direito de exclusividade de uma
determinada coisa. EX: Direito de Propriedade. (é um direito subjectivo)
Direito Potestativo: é o direito de unilateralmente impor a sua vontade a
outrem com ou sem o seu consentimento, produzindo assim efeitos jurídicos.
(direito subjectivo)
Interesse Difuso: é o interesse que nã o é exercido apenas por uma pessoa,
mas sim por uma colectividade de pessoas. (Direito de Acçã o Popular art. 74º da
CRA).
Obrigaçã o Naturais: sã o obrigaçõ es naturais aquelas que prescrevem, ou seja,
os direitos prescritos nã o podem ser exigidos legalmente.
Processo: é uma palavra originá ria do Latim “Processus” que vem do verbo
procedere que significa: avançar ou prosseguir.
O Processo é uma sequência de actos das partes (autor e réu) e do tribunal,
encadeados de forma a possibilitar a expressã o das suas posiçõ es e a decisã o do
tribunal sobre uma determinada questã o.
Data: 26.03.2019
Tema: Natureza jurídica do Dto. Processual Civil

Instâ ncia: é a relaçã o tripartida entre as partes (autor e réu) e os tribunais


durante a pendência de uma acçã o.

Hetero tutela: significa resolver os litígios por meio dos tribunais.

Princípio do Dispositivo (pedido): quer dizer que o processo está a


disposiçã o das partes, ou seja, a iniciativa do conteú do processual cabe as partes.
(art.º 1 e 3 do CPC, remissã o ao art.º 264 nº1 do CPC). Art.º 661 do CPC
Contestaçã o: é o recurso de defesa apresentado pelo réu.
O juiz deve sempre levar em conta o principio da igualdade, pois ele nã o pode
favorecer nenhuma das partes.
As normas processuais sã o normas de direito pú blico, ou seja, a natureza
jurídica do direito processual é de direito pú blico. Pois, os tribunais estã o dotados
de ius imperii.
O tribunal é um ó rgã o de soberania, que tem uma matriz jurisdicional.
O penhor, é uma garantia real sobre o pagamento de uma divida. Por outro
lado, temos a penhora, que é a apreensã o com ordem judicial de bens executados, ou
seja, o juiz faz um despacho para a concretizaçã o de um determinado litígio.
- Art.º 2 do CPC. (providencia cautelar), é uma acçã o judicial que visa
assegurar a garantia dos particulares.
Tipos de Acçã o* (virá para a prova)
- art.º 4 do CPC (tipos de acçã o ou pedidos)
- Acçã o declarativa, é a participaçã o (declaraçã o) feita pelos particulares
aos tribunais.
o Acçã o de simples apreciaçã o:
 Positiva: vidi art. 1550º do C.C, 1311º do C.C
 Negativa: vem acompanhado com a sentença do juiz, e vem
acompanhado de uma acçã o de execuçã o.
o Acçã o de Condenaçã o: vem sempre a acompanhado de uma
ilicitude. Comporta sempre uma restituiçã o de um determinado
bem de A --->B ou vice-versa, ou seja, resultam sempre de uma
acçã o de simples restituiçã o negativa.
o Acçõ es constitutivas: Nas acçõ es constitutivas o autor pretende
obter, através do Tribunal, um efeito jurídico novo que vai alterar
a esfera jurídica do réu, independentemente da sua vontade.
O efeito jurídico nasce directamente através da decisã o judicial.
Por outras palavras, a sentença cria um novo estado jurídico, pela
modificaçã o ou extinçã o do anterior.
 Ex: A acçã o de divó rcio; investigaçã o de paternidade ou
maternidade; estabelecimento de filiaçã o.
- Acçã o executiva: é o resultado proveniente dos tribunais (juiz), “(nem
sempre)” que permite aos particulares a executar uma determinada
acçã o.

Data: 28.03.2019
Tema: Tipos de Acçõ es
Data: 09.04.2019
Tema: Introduçã o aos Pressupostos Processuais

P1 dia 23 de Abril
P2 dia 28 de Maio
Exame dia 25 de Junho

Os pressupostos processuais podem ser positivos ou negativos

Personalidade judiciá ria, é a susceptibilidade de ser parte em processo ou em


juízo.
Nota: A Personalidade judiciá ria é uma qualidade; e capacidade judiciá ria é
uma quantidade.
Princípio da coincidência: diz-se quem tem personalidade jurídica, tem
igualmente personalidade judiciá ria. (art.º 8 CPC)

Capacidade Jurídica, é a certeza que um individuo tem de exercer os seus


direitos e obrigaçõ es.
Capacidade Jurídica divide-se em duas partes:
1. Capacidade de exercício: exerce o direito e suas obrigaçõ es (art.º 9 CPC)
2. Capacidade de gozo (art. 9º do C.C): significa ter direito, mas esses
direitos podem ou nã o serem exercidos.
EX: contratos celebrados por menores, nã o serã o vá lidos sem um
consentimento dos seus representantes legais. (direitos especiais ou exceçõ es).
Os inabilitados sã o representados pelo curador; enquanto que os interditos
sã o representados pelo tutor.
Data: 11.04.2019
Tema: Continuaçã o (Introduçã o aos Pressupostos Processuais)
- Capacidade Judiciá ria
-
Data: 16.04.2019
Tema: Legitimidade

Legitimidade: é a posiçã o que as partes ocupam numa determinada acçã o. A


legitimidade pode ser singular ou plural.
- Legitimidade Singular*(virá para a prova): quando há um réu e um autor.
- Legitimidade Plural: quando há mais de um autor e mais de um réu.
- Autor (utilidade); Réu (prejuízo).
Litisconsó rcio: é a pluralidade de demandantes ou demandados em um ú nico
processo, ou seja, quando verifica-se a existência de mais de 1 Réu ou Autor.
(legitimidade plural).
Litisconsó rcio activo: é quando há pluridade de autores e apenas um réu.
Litisconsó rcio passivo: é quando há apenas um autor, porém, há vá rios réus.
Litisconsó rcio voluntá rio: é aquele que depende da vontade das partes.
Litisconsó rcio necessá rio (natural): art.º 28 nº2
Art.º 35 CPC (como se confere o mandato judicial)
Art.º 20 CPC (Representaçã o do Estado)
Data: 25.04.2019
Tema: Patrocínio Judiciá rio (art.º 32º do CPC)

Data: 02.05.2019
Tema: A competência dos Tribunais

Os Símbolos da Justiça sã o:
1. Espada, é o símbolo da força, coragem, da ordem e daquilo que a lei dita;
2. Balança, significa o equilíbrio e equidade;
3. Deusa, significa que a Deusa Romana chamada IUSTITIA.

Um dos pressupostos processuais positivos mais importante é a competência


dos tribunais.
Soberania (artigo 3º da CRA) e art. 174º da CRA (soberania dos tribunais).
A jurisdiçã o tem que ver com os vá rios entes ou poderes jurídicos capazes de
analisar ou dirimir determinados litígios.
A competência é a fracçã o (uma parcela) jurisdicional que é repartido e
atribuído a um tribunal específico.
Art.º 115 do CPC (conflito de jurisdiçã o e conflito de competência); art.º 116
do CPC (Regra para resoluçã o dos conflitos) remissã o ao art.º 72 do CPC.
Quando há dois tribunais que declaram a sua incompetência (conflito de
competência), nã o haverá delegaçã o de competência, mas sim será resolvido pelo
tribunal de menor competência, ou seja, pelo tribunal de 1ª instâ ncia. (art.º 116, nº1
do CPC)
Por outro lado, quando há conflito de jurisdiçã o o meio para resoluçã o do
conflito encontrar-se-à no Tribunal Supremo ou nos tribunais de conflito (art.º 116,
nº1 do CPC)

Data: 09.05.2019
Tema: A Tramitaçã o do Processo Ordiná rio

O processo ordiná rio funciona como processo regra, ou seja, os processos


sumá rio e sumaríssimo seguem a forma do processo ordiná rio. (art.º 463 do CPC)
Definiçã o de articulados (art.º 151 do CPC)
Fases do processo Declarató rio Ordiná rio:
1. Fase dos Articulados;
a. Começa com a petiçã o inicial “PI” (art.º 467 do CPC): O autor e o
réu alegam as razõ es de facto e de direito capazes de fundamentar
a respectiva posiçã o que em juízo defendem.
b. A petiçã o inicial é entregue a distribuiçã o geral (art.º 209) para a
distribuiçã o do processo, porém, há actos que nã o carecem de
distribuiçã o (art.º 212 do CPC)
c. Depois é atribuído um nú mero ao processo
d. Há processos que ficam pela petiçã o inicial nos seguintes casos:
i. Mú tuo acordo entre as parte (acordo de transaçã o art.º...
C.C)
ii. Desistência do pedido
iii. Em casos que o Juiz nota irregularidades
e. Depois da P.I teremos a Contestaçã o, que é a resposta do réu
contra a acçã o imposta pelo autor.
f. Depois da PI e da respectiva contestaçã o, dá -se o processo como
concluso, quer dizer que o processo já está a disposiçã o do Juiz,
depois teremos o Despacho Liminar
2. Saneamento e Condensaçã o;
3. Fase de Instruçã o (produçã o de provas);
4. Fase de audiência final;
5. Sentença.

Ler os artigos 467º e ss do CPC e os demais artigos conferenciados na aula.

Data: 14.05.2019
Data: 16.05.2019
Tema: O Despacho Liminar (continuaçã o da aula anterior)

O despacho é liminar porque é feito antes da citaçã o do Réu, quer dizer que o
juiz nã o entendeu as matérias de facto e de direito propostas pelo autor aquando do
seu pedido. Ou seja, o Juiz emite um despacho de indeferimento, ou despacho
aperfeiçoamento na qual o juiz manda o autor corrigir alguns vícios provenientes na
P.I. e deve o mesmo constituir um advogado (art.º 33 e 477 do CPC)
Indeferimento liminar (art.º 474 do CPC).
Pedido (art.º 193 do CPC) é a pretensã o que o autor faz com vista a reposiçã o
de um direito seu que foi violado, porém, a causa de pedir sã o os factos que servem
de fundamento para o pedido.
Em caso de indeferimento liminar por parte do juiz o processo será nulo, e
abrirá uma excepçã o dilató ria (art.º 494 a) CPC), porém, a consequência deste
indeferimento será a absolviçã o do réu da instâ ncia (art.º 288 e 289 do CPC).
Quando há absolviçã o do pedido com fundamento em nulidade, nã o pode o
autor (requerente) demandar outro processo com o mesmo objecto contra o réu.
(excepçã o peremptó ria, art.º 493 e 496 do CPC).
Data: 20.05.2019
Tema: Despacho de Citaçã o (art.º 478 do CPC)

1. O que é a reconvençã o? (art.º 501 do CPC)


R: A reconvençã o é um instituto de Dto. Processual, na qual o réu formula uma
pretensã o contra o autor de uma acçã o, no procedimento comum o réu pode
simultaneamente com a contestaçã o formular uma pretensã o contra o autor da
acçã o. Segundo o artigo 501º do CPC, comungado com as alíneas c) e d) nº1 do art.º
467º do CPC.
2. O que se discute na audiência preparató ria?
3. Qual é o prazo de apresentaçã o da réplica e da tréplica?
DIREITO PROCESSUAL CIVIL II
Data: 07.08.2019
Liçã o nº 5 e 6
Tema: As Fases Anteriores à Sentença como Privilégio Anunciadores do
Processo de Execuçã o.

Se o juiz nã o fixar um prazo para apresentaçã o da contestaçã o, aplica-se a


regra geral sobre o prazo, que é de 5 dias segundo o art.º 153º do CPC.
Em caso de impedimento por questõ es pessoais, aquando do ú ltimo dia para
apresentaçã o de um dos articulados, pode a parte que se viu impedida de apresentar
a sua pretensã o, invocar a figura de um justo impedimento.
Despacho Saneador
Audiência Preparató ria (art.º 508º CPC)
Em casos de audiência preparató ria, o juiz procura que as partes encontrem
um acordo entre ambos (tentativa de conciliaçã o), mesmo que os mesmos nã o
constituam um patrocínio judiciá rio. Porém, a tentativa de conciliaçã o só se
apresenta uma vez. Caso a tentativa de conciliaçã o nã o surtir efeito, levanta-se as
excepçõ es.
Em caso dos advogados que nã o forem acompanhados dos seus constituintes,
e tenham de os representar, devem os mesmo apresentar-se com uma procuraçã o
com poderes especiais (art.º 508, nº 2).
Quando o juiz condena o réu e nã o toma nota sobre as excepçõ es, alegando
conhecer o mérito da causa ou do pedido, abre lugar à um vício de nulidade segundo
o art.º 201º do CPC. Pois ele nã o avaliou a fundo o mérito. Assim sendo, pode a parte
lesada interpor recurso, dentro de um período de 8 dias ú teis segundo o art.º 685
Depois do despacho saneador, abre-se a fase de instruçã o, na qual vai cingir-
se na produçã o de provas daquilo que realmente aconteceu, segundo art.º 341 do
C.C.
Depois da fase da instruçã o, vamos seguir a fase de audiência final, na qual o
juiz já tem provas suficientes para deduzir a sentença, ou seja, dar o veredicto final
do processo.
Na fase da sentença o juiz deve fazer um relató rio sobre como decorreu o
processo, depois fazer a fundamentaçã o da sentença e depois proferir a sua decisã o.
Ver art.º’s 45º e ss e 801º e ss.
Findo a fase de saneamento e condensaçã o, o Juiz para expurgar os vícios
inerentes no processo ele convoca uma “audiência preparató ria”, segundo o art.º
508, nº1; nº3.
A primeira parte da audiência preparató ria é a tentativa de conciliaçã o, pois é
onde o juiz aconselha as partes a encontrarem um acordo.
Como se chama a figura que ocorre nos casos de impedimento por motivo de
força maior em que o autor ou réu nã o consegue apresentar a sua réplica ou tréplica
no dia acordado pelo tribunal?
R: Em caso de impedimento por motivo de força maior, a figura que invoca-se é o
“Justo Impedimento”.
Data: 08.08.2019
Liçã o nº 7 e 8
Tema: Introduçã o ao Processo de Execuçã o

Segundo Eurico Lopes Cardoso, A acçã o executiva é aquela que tem por fim
exigir o cumprimento de uma obrigaçã o estabelecida em título bastante ou a
substituiçã o da prestaçã o respectiva por um valor igual do patrimó nio do devedor.
Art.º 4º, nº 3 do CPC
As acçõ es executivas por via de regra estã o ligadas as acçõ es de condenaçã o.
Nem sempre as acçõ es executivas (título executivo) advêm de uma sentença
condenató ria, porém, existem outras espécies de títulos executivos extra-judiciais
que nã o precisam de uma decisã o judicial para que se execute. Vide art.º 46 do CPC
EX: documentos autênticos, tais como: contratos que celebram-se por forma
de escritura pú blica. Ou também, documentos autenticados (ou seja, aqueles
reconhecidos pelo notá rio). Assim sendo, pula-se a fase do processo declarativo e
dá -se entrada ao tribunal para um processo de execuçã o.
* Aquela acçã o de condenaçã o de visa restituir um titulo de propriedade,
chama-se acçã o de reivindicaçã o de propriedade.
Nota: nã o existe nenhuma execuçã o sem um título executivo
Nota: existem dois tipos de enumeraçõ es, que sã o:
- Enumeraçã o exemplificativa, sã o aquelas que nã o necessitam de estar
estatuídas na lei.
- Enumeraçã o taxativa, sã o aquelas que devem estar taxativamente
estatuídas na lei, ou seja, somente aquelas que estã o plasmadas na lei é
que têm validade.
Porquê que na al. a) do art.º 46 do CPC o legislador diz sentença condenató ria
ao invés de sentença de condenaçã o?
R: é condenató ria e nã o de condenaçã o porque as sentenças de condenaçã o
advêm de uma acçã o de condenaçã o, porém, nas sentenças condenató rias resultam
da execuçã o condenató ria de qualquer tipo de acçã o declarativa
Data: 14.08.2019
Data: 15.08.2019
Liçã o nº 9 e 10
Liçã o nº 11 e 12
Tema: Titulo Executivo
- Casos Prá ticos
- Títulos Executivos Extra-Judiciais

No dia 10 de Outubro de 2016 o Juiz da 4ª secçã o da sala do cível e


administrativo do Tribunal Provincial de Luanda profere uma sentença de
condenaçã o, na qual declara a procedência do pedido de A e consequentemente
condena B no pagamento da quantia de 5.000.000,00 de AKZ, acrescida de juros de
mora à taxa legal, contado desde o dia 18 de Setembro de 2010 até a data da
sentença. Porém, B recusa-se a pagar o montante em dívida alegando que a crise
internacional também assolou o país e que por isso nada mais pode fazer.
Data: 21.08.2019
Liçã o nº 13 e 14
Tema: Resoluçã o de Hipó teses Prá ticas

Em Agosto de 1999, por testamento feito na sua casa em Luanda assinado a


rogo pela sua secretá ria, Fernando que nã o sabia ler nem escrever, deixou vá rios
bens ao seu ú nico sobrinho Gonçalo, de Catete e reconhecia dever 15.000,00 de
kwanzas à Humberto, morador em Mazozo, dívida essa garantida por hipoteca sob a
casa que, no mesmo testamento era deixada à sua secretá ria. Falecido Fernando em
Abril de 2000, Gonçalo aceito a herança em Julho desse ano.
Neste mesmo mês, Humberto propô s acçã o executiva contra Gonçalo,
exigindo pagamento de 15.000,00 de kwanzas.
a. Verifica a existência de título executivo.
R: No presente caso estamos em presença de um testamento cerrado de
acordo ao art.º 2206, nº1 do C.C. Portanto, partindo do pressuposto de que o
conteú do testamentá rio foi autenticado pelo notá rio, logo, satisfaz a segunda parte
alínea b, do art.º 46 do CPC, assim sendo estaremos em presença de um título
executivo extra-judicial, pois aí estamos em presença de uma obrigaçã o, que é a
dívida de 15.000,00 de kwanzas segundo o nº1 do art.º 50º do CPC. Ademais, o nº3,
do art.º 51º estatui que os documentos particulares assinados a rogo gozam de força
executiva em caso de consentimento do rogado, logo a acçã o de execuçã o de
Humberto é legitima.
Data: 22.08.2019
Liçã o nº 15 e 16
Tema: A Legitimidade (art.º 55º do CPC)

Art.º 56º, nº1


Fiança (art.º 627º do C.C): A fiança é uma garantia pessoal.
Patrocínio Judiciá rio (art.º 60º do CPC)
Data: 04.09.2019
Tema: Competência (art.º 90º do CPC)
Data: 11.09.2019
Tema: Pressupostos Intrínsecos da Acçã o Executiva

Para aná lise dos pressupostos intrínsecos devemos ter em atençã o o art.º
802º do CPC, para tal devemos ter em conta a certeza (qualidade) e a exigibilidade
(quantidade).
Investigar*: obrigaçã o genérica, obrigaçã o específica e obrigaçã o alternativa.
Por que motivo é que se diz qua certeza da obrigaçã o nã o é um requisito da
acçã o declarativa de execuçã o? (art.º 813º do CPC)
A obrigaçã o Específica é aquela cujo objecto da prestaçã o é descrito,
individualizada ou concretamente. EX: entrega de determinado automó vel de cor
branca, a restituiçã o de um livro deixado.
As obrigaçõ es genéricas (art.º 539º do C.C) sã o aquelas em que o objecto da
prestaçã o nã o está completamente determinada pelas partes. EX: entrega de 200 kg
de maçã s, porém, nã o se determinou se sã o maçã s vermelhas ou verdes. Ou seja, é
aquela cujo objecto da prestaçã o se encontra determinada apenas pelo seu género.
Para analisarmos a exigibilidade temos de ter em conta os prazos, se a
obrigaçã o vencer entã o será exigível.
Data: 12.09.2019
Tema: As formas de processo no â mbito do processo de execuçã o

Qual é a forma especial no processo de execuçã o? Art.º 1118º do CPC


Despacho de agravo significa recurso, ou seja, tem a ver com os formalismos
do processo
Data: 25.09.2019
Liçã o nº 29 e 30
Tema: Introduçã o ao Estudo da Penhora

Prazo para oposiçã o de embargo (art.º 816º do CPC)


Prazo para contestaçã o no â mbito do processo executivo (art.º 817º, nº2 do
CPC)
Uma vez que o executado tem 10 dias para se opor aos embargos, também o
exequente terá 10 dias para contestar, isso em respeito ao princípio da igualdade.
Quando é que suspende o efeito dos embargos?
R: quando o embargante presta cauçã o, segundo o art.º 818º, nº1 do CPC.
Data: 26.09.2019
Data: 02.10.2019

Liçã o nº 33 e 34
Liçã o nº 35 e 36
Tema: Impenhorabilidade Relativa
- Penhorabilidade Subsidiá ria
- O Caso da Fiança

Search: benefício de excussã o prévia

Penhorabilidade subsidiá ria consiste numa garantia pessoal, ou seja, ataca-se


os bens de terceiro em caso de insuficiência dos bens do executado relativos a
penhora, daí ataca-se os bens do terceiro que se constituiu como fiador. É nisso que
consiste o benefício de excussã o prévia (art.º 638º do C.C).
Data: 10.10.2019
Data: 16.10.2019
Data: 17.10.2019
Liçã o nº 39 e 40
Liçã o nº 41 e 42
Liçã o nº 43 e 44
Tema: Nomeaçã o de Bens à Penhora
- Os meios de oposiçã o à penhora
- Continuaçã o da aula anterior
Data: 24.10.2019
Liçã o nº 47 e 48
Tema: Continuaçã o da resoluçã o do caso prá tico
- Concurso de credores e reclamaçã o de créditos

Em Janeiro de 2000, Antó nio, comerciante e casado com Beatriz desde 1995
e com residência em Luanda, contraiu um empréstimo de 2 000 000,00 AKZ junto
dum Banco de Investimento de Benguela (BIB). Aos juros de 10% ao ano à
amortizar em 10 anos.
Como garantia foi constituída Hipoteca sobre um terreno cito em Luanda,
propriedade de Daniel tio de Antó nio e que estava já arrendada a Carlos desde 1998.
Em Maio de 2004 o BIB intentou contra Antó nio uma acçã o executiva no
tribunal provincial de Luanda, pedindo o pagamento do capital em divida e
respectivos juros.
1. Aprecie a regularidade da acçã o quanto a competência e a exequibilidade
da pretensã o.
R: Quanto a competência, o Tribunal competente será o tribunal provincial de
Benguela, segundo o artigo 94º, pois trata-se de um titulo executivo extra judicial e
nã o provém de uma sentença. Remetendo assim ao artigo 774º do C.C pois trata-se
de uma obrigaçã o de entrega de valores pecuniá rios e a partida deve ser realizada
no domicílio do credor que é em Benguela.
Por outro lado, quanto a exequibilidade devemos analisar os pressupostos
extrínsecos e os pressupostos intrínsecos. No entanto, para analise dos
pressupostos extrínsecos devemos ter em conta à existência de um título executivo.
Destarte, podemos aferir que há existência de um título executivo, segundo o artigo
46º alínea c), porém, para que este título executivo seja exequível, tratando-se um
escrito particular, tem de estar reconhecido pelo notá rio (vide art.º 50º nº1 e 51º,
nº1 do CPC).
Quanto aos pressupostos intrínsecos, o artigo 802º do CPC versa que a obrigaçã o
tem de ser certa e exigível. Portanto, podemos aferir que a obrigaçã o é certa, ou seja,
o objecto da obrigaçã o está determinado, que é a entrega de um valor pecuniá rio.
Porém, a prestaçã o nã o é exigível visto que o prazo para o cumprimento da
obrigaçã o ainda nã o está vencido.
2. Antó nio alegou em oposiçã o a execuçã o que era parte ilegítima por nã o
houverem sido demandados nem Beatriz nem Daniel.
R: O fundamento apresentado por Antó nio nã o tem colhimento, pois Beatriz nã o
figura como devedora no titulo executivo, ou seja, no contrato de mú tuo, vide art.º
55º, nº1 do CPC. Portanto, visto que a acçã o foi somente movida contra Antó nio,
logo ele é parte legítima para ser demandado, porque contra Daniel nã o foi movida
nenhuma acçã o e o Banco nem fez valer a garantia.
3. Analise a admissibilidade da procedência e efeito da oposiçã o deduzida.
R: Houve uma oposiçã o à execuçã o por intermédio de embargos, segundo o artigo
812º do CPC. A execuçã o procederia pois Antó nio nã o prestou cauçã o para que a
execuçã o ficasse suspensa, vide art.º 818º nº1 do CPC.
4. A execuçã o procedeu com a penhora de:
a. Terreno acima referido;
b. Um veículo comercial que Antó nio utiliza ao abrigo de um contrato
de leasing feito com a Luso Leasing S.A;
c. A pensã o de reforma de Daniel de valor inferior ao salá rio mínimo
nacional.
5. Com que fundamento podem Antó nio e Daniel opor-se à penhora,
Data: 30.10.2019
Tema: Hipó tese Prá tica

Alfio é proprietá rio de uma mercearia em Benguela, onde em Janeiro de 2017


mandou instalar um serviço de TV, Internet e Telefone. O serviço era prestado com o
pagamento de 30 mil AKZ mensais e importava um período de fidelizaçã o de 36
meses. Rapidamente Alfio chegou a conclusã o de que tinha demasiadas despesas e
desistiu do serviço da Boa Fone limitada (LDA), logo em Fevereiro de 2016 pagando
ainda este mês.
Em Março de 2019 a Boa Fone LDA, intentou na 1ª secçã o da sala do cível e
Adm do Tribunal Provincial de Benguela uma acçã o executiva contra Alfio e
Margarida (com quem o primeiro é casado em regime de comunhã o de adquirido),
para a liquidaçã o do valor de 1 200 000,00 AKZ correspondente aos restantes juros
de mora até efectivo e integral pagamento.
Apresentou como titulo executivo o contrato de fornecimento de serviço de
TV, internet e telefone celebrado por escrito particular.
A BOA FONE indicou a penhora o automó vel por este utilizado na entrega de
pã o aos seus clientes, adquirido ao regime de reserva de propriedade a Auto Car
LDA.
Alfio e Margarida opuseram-se a execuçã o e a penhora alegando:
a. Falta de titulo executivo;
b. Ilegitimidade de Margarida para acçã o executiva
c. Prescriçã o de créditos invocados pela Boa Fone LDA
d. Ilegalidade das penhoras realizadas
1. Pronuncie-se sobre a admissibilidade e procedência dos fundamentos

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