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A TRILOGIA ESTRUTURAL DO
DIREITO PROCESSUAL
Ação:
• É o meio de se provocar a tutela jurisdicional.
• É direito público subjetivo de acionar a jurisdição (direito de ação).
• O direito de ação é público, porque se dirige contra o Estado-juízo.
• Resulta da incidência de diversas normas constitucionais, como os
princípios da inafastabilidade da jurisdição e do devido processo legal.
• É subjetivo, porque o ordenamento jurídico faculta àquele lesado em
seu direito pedir a manifestação do Estado (provocar a tutela
jurisdicional) para solucionar o litígio, dizendo qual é o direito de cada
uma das partes no caso concreto.
• Uma vez provocada, atua no sentido de, em caráter
definitivo, compor litígios ou simplesmente realizar direitos
materiais previamente acertados, o que inclui a função de
acautelar os direitos a serem definidos ou realizados,
substituindo, para tanto, a vontade das pessoas ou entes
envolvidos no conflito.
Teoria da Ação
• 1. Imanentista ou Civilista
• a ação é imanente (aderida) ao direito material controvertido, de forma que a
jurisdição só pode ser acionada se houver o direito postulado. Não é direito
autônomo.
• a ação seria o próprio direito material violado em estado de reação.
• não há ação sem direito material;
• não há direito sem ação;
• a ação segue a natureza do direito material alegado.
• Através dessa teoria, uma ação de cobrança só poderia ser manejada se não
pairasse dúvida sobre o crédito do autor.
Teoria da Ação
• 2. Teoria da ação como direito autônomo e concreto:
a ação é autônoma, mas só existe quando a sentença for favorável (ação consiste
no direito à sentença favorável). O direito à ação só é possível quando existir o
direito material.
• Teoria da ação como direito autônomo e abstrato:
além de autônomo, o direito de agir é independente do reconhecimento do direito
material. Ação, então, passou a ser entendida como o direito público subjetivo a
um pronunciamento judicial, seja favorável ou desfavorável. Basta que o autor
invoque um hipotético direito que mereça proteção para que o Estado fique
obrigado a pronunciar-se.
Teoria da Ação
• 3. Teoria Eclética:
• o direito de ação não está vinculado a uma sentença favorável (teoria concreta),
mas também não é completamente independente do direito material (teoria
abstrata).
A ação é condicionada, porque ela só existe quando o autor tem direito a um
julgamento de mérito, seja favorável ou desfavorável, mas o direito ao julgamento
de mérito só ocorre depois de preenchidos os pressupostos processuais e as
condições da ação.
Atualmente, tem a sua aplicação mitigada pela doutrina majoritária.
Condições da Ação - CPC/2015
O CPC/2015 não faz mais referencias as condições da ação. Requisitos de
admissibilidade.
legitimidade ad causam e o interesse processual são requisitos processuais
necessários à concretização da tutela de mérito – são questões que devem anteceder
ao exame do mérito. requisitos necessários para validar a relação processual em seu
todo e para se chegar a uma decisão de mérito.
A legitimidade ad causam é a qualidade para estar em juízo como demandante ou
demandado em relação a determinado conflito trazido ao exame do juiz. Ela depende
sempre de uma concreta relação entre o sujeito e a causa e se traduz na relevância
que o resultado desta virá a ter sobre a esfera de direitos do autor, seja para favorecê-
la ou para restringi-la". Já o interesse de agir refere-se à utilidade que o processo
judicial pode trazer ao demandante.
Elementos da Ação - CPC/2015
• 3. Elementos subjetivos e objetivos – identificam as ações
• Causa de pedir: são os fatos e fundamentos jurídicos do pedido (não é
fundamento legal).
• Subdivide-se a causa de pedir em causa remota, que se relaciona com o fato, e
causa próxima, que se relaciona com as consequências jurídicas desse fato.
• Ex. O abalroamento culposo (colisão), numa ação de reparação de danos por
acidente de veículos, constitui a causa remota (fato); já as consequências
jurídicas desse fato (obrigação de indenizar com base nos arts. 186, 187 e 927 do
CC) caracterizam a causa próxima.
• teoria da substanciação: causa de pedir = fatos+ relação jurídica.
• Pedido: é a conclusão da exposição dos fatos e fundamentos jurídicos constantes na
petição inicial; é o resultado da valoração do fato pela norma jurídica –, a qual constitui a
pretensão material formulada ao Estado-juízo.
• Ex. ação de cobrança, a condenação constitui o pedido imediato (relaciona-se com o direito
processual), ao passo que o recebimento do crédito constitui o pedido mediato (relaciona-
se com o direito substancial).
• O pedido há de ser certo (art. 322, CPC) e determinado (art. 324, CPC)
• Pedido certo é pedido expresso –
• Exceção: referentes aos juros legais, correção monetária e as verbas de
sucumbência, aí incluído os honorários advocatícios (são considerados
implicitamente pedidos).