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Existência Validade Desenvolvimento

Demanda (pedido Possível Formal – Juiz Capaz Subjetivo -


competente (medida da
formulado pelo autor); Demanda Apta (Arts.
jurisdição) e Imparcial,
Vinculado ao princípio 282, 295, etc...) não Impedido e não
Suspeito;
da inércia; lembre-se
que “perecido o objeto, Possível Material –
perecido o direito”; Demanda Original (Art.
471 do C.P.C.)
Partes Parte capaz =
legitimidade para o
processo (Capacidade
Processual:
- Ser parte
(personalidade
processual);
- Estar em Juízo
(habilitação).
- Postulatória
Juiz capaz objetivo Juiz Capaz Subjetivo -
competente (medida
da jurisdição) e
Imparcial, não
Impedido e não
Suspeito

Juiz exerce jurisdição


Autor exerce direito de ação
Réu exerce direito de defesa
CAPACIDADE PROCESSUAL
 Capacidade de Ser Parte – Pessoas e Entes
 Ser vivo nascido de mulher
 Ente – (nascituro, massa falida, espólio, condomínio e sociedade
sem personalidade jurídica)

 Capacidade de Estar em Juízo – Legitimidade Ad Processum.


 Art. 70; Art. 71; Art. 72; Art. 73 do CPC
 Representação Pessoal = SEMPRE FOI POR PREPOSIÇÃO
 O Novo CPC não fala mais sobre PREPOSIÇÃO para
Representação Pessoal de Pessoa Física. Nem para Audiência de
Mediação/Conciliação, tampouco para Depoimento Pessoal.
 Mas criou uma nova forma de Representação Pessoal – para
recebimento de citação.

 Capacidade Postulatória – Representação Técnica por Advogado.


 É a capacidade conferida pela lei aos advogados para praticar atos
processuais em juízo, sob pena de nulidade do processo, de acordo com
os artigos 1º e 3º da Lei 8.906/94. As pessoas não advogadas
precisam, portanto, integrar a sua incapacidade postulatória,
nomeando um representante judicial: o advogado.
 Art. 103, CPC - A parte será representada em juízo por advogado
regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
Parágrafo único. É lícito à parte postular em causa própria quando tiver
habilitação legal.
 Procuração Ad Judicia - é a procuração feita para pelo cliente para o
advogado;
 Procuração Ad Negotia - é uma procuração extrajudicial, distinta
daquela dada para utilização em juízo, através da qual se outorgam
poderes para administração de negócios. O modelo não é usado
exclusivamente para advogados e sim para outorgar poderes a
qualquer pessoa civilmente capaz.
 Outras modalidades de procuração
 Caução de Ratificação (Caução de Rato) - É um termo assinado
pelo advogado, compromissando-se a apresentar a procuração;
sob pena de haverem sido inexistentes os atos praticados por ele.
Usada para ingressar em juízo para intentar ação ou contestá-la em
casos não urgentes. Deve conter a explicação e motivo do pedido.
 Um cliente está em viagem e retornará em uma semana, porém
necessita de que seu advogado o represente nesse período,
assim faz um caução de rato.
 Apud Acta - modalidade de procuração ad judicia não prevista em
lei, mas aceita pelo costume. É a outorga dos poderes do
mandato judicial na vara na qual corre o processo, na presença do
Juiz, sendo lavrada por termo nos autos.
 Art. 104. O advogado não será admitido a postular em juízo sem
procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição,
ou para praticar ato considerado urgente.
§ 1º Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá,
independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de
15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do
juiz.
§ 2º O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente
àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado
pelas despesas e por perdas e danos.

 INCAPACIDADE SUBJETIVA
 Art. 144. Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas
funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito,
funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento
como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido
decisão;
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado
ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou
qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até
o terceiro grau, inclusive;
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou
companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de
pessoa jurídica parte no processo; ...
 Art. 145. Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus
advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa
antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das
partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para
atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu
cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o
terceiro grau, inclusive;
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das
partes.
§ 1o Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem
necessidade de declarar suas razões.
§ 2o Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta
aceitação do arguido.
Conceito e características da ação
 Conceito de ação:
 Ação seria o direito ao exercício da atividade jurisdicional (ou o
poder de exigir esse exercício). Invocar esse direito significa
provocar a jurisdição (que é inerte), que se exerce através de um
complexo de atos denominado processo.
 art. 5º, XXXV, CF - a lei não excluirá da apreciação do Poder
Judiciário lesão ou ameaça a direito;
 é tanto um direito do autor quanto do réu; isso porque ambos têm
direito a uma resposta do judiciário.
 Características:
 Direito público: porque se exige do Estado a adequada prestação
jurisdicional.
 Direito de ação é exercido contra o Estado em face do réu;
 Subjetivo: é um direito que pertence a cada cidadão de recorrer ao
Poder Judiciário diante de uma pretensão insatisfeita.
 Strito Sensu – Surge com a lesão ao direito – gera prescrição;
 Direito Potestativo – São direitos que obrigam sem que possa
haver protesto da outra parte (ex: divórcio) – gera a decadência;
 Direito dever/poder
1 - Direito Subjetivo Relativo - inter partes - entre as partes - o direito
é oponível apenas entre as partes da relação jurídica (ex: direito ao
crédito)
2 - Direito Subjetivo Absoluto - ergo omnes - ergo omnes - contra
todos impõem-se à generalidade das pessoas (ex: direito à vida) -
todos têm que respeitar (não são direitos de todos no sentido em
que todos são titulares);
 Autônomo: o direito de ação é diferente do direito material que a
parte defende através do processo. Isso significa que mesmo se ao
final do processo, mesmo que o juiz conclua que a parte não tem o
direito pleiteado, ainda assim terá exercido o direito de ação.
 Abstrato: independe do resultado do processo - pouco importa se a decisão
judicial será de amparo ou desamparo à pretensão de quem exerce o direito de ação, ou seja,
independe do resultado do processo, se o pedido será julgado procedente ou improcedente.
Elementos da ação
 Elementos da ação: são elementos que identificam a demanda.
 Art. 337, CPC - Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se reproduz
ação anteriormente ajuizada.
§ 2º Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas partes, a
mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
§ 4º Há coisa julgada quando se repete ação que já foi decidida por
decisão transitada em julgado.
§ 5º Excetuadas a convenção de arbitragem e a incompetência relativa, o
juiz conhecerá de ofício das matérias enumeradas neste artigo.
§ 6º A ausência de alegação da existência de convenção de arbitragem, na
forma prevista neste Capítulo, implica aceitação da jurisdição estatal e
renúncia ao juízo arbitral.

 Parte: é aquela que pede a prestação da tutela jurisdicional (autor) e


aquele contra o qual essa prestação é dirigida (réu);
 Pode haver processo sem autor ou sem réu?
 Sim, sem autor – juiz provoca o judiciário de ofício, no processo
de inventário por exemplo.
 Sim, sem réu é o caso do divórcio consensual em que ambas as
partes consensualmente querem o divórcio; é o caso também da
investigação de paternidade contra o suposto pai já falecido
(não pode ser parte) que não deixou herdeiros (sem inventário),
ação sem réu.
 Causa de pedir = (Fato + Fundamentação jurídica):
 FATOS: Causa de Pedir Remota - acontecimentos com relevância
jurídica sobre os quais incide a norma.
 Remota - acontecimentos com relevância jurídica sobre os quais
incide a norma.
 FUNDAMENTOS JURÍDICOS: Causa de Pedir Próxima - menção ao
direito aplicável aos fatos e que denota a possibilidade jurídica do
pedido.
 Próxima - menção ao direito aplicável aos fatos e que denota a
possibilidade jurídica do pedido.
 Obs.: Fundamentação jurídica ≠ Fundamentação legal
 Fundamento jurídico está intimamente ligado a ideia de fato
jurídico (liga o fato ao pedido ou a fundamentação legal) e
fundamento legal à ideia de categorização normativa (é a lei
que encaixa).

 Teoria da Substanciação: é a teoria adotada no Brasil, segundo a qual


somente os fatos vinculam o juiz no julgamento (causa de pedir
remota). Os fundamentos jurídicos não (jura novit curia = o juiz
conhece o direito, independe da fundamentação jurídica e decidirá
muitas vezes de ofício).

 Pedido: é a pretensão do autor frente ao Estado-juiz


 Pedido mediato (bem da vida – aquilo que se pretende obter)
 Pedido imediato (provimento jurisdicional)
 Ação Condenatória – solicita uma prestação a ser cumprida pelo
réu.
 Ação Declaratória – a parte pede a declaração sobre a existência
ou inexistência de uma relação jurídica – investigação de
paternidade;
 Ação Constitutiva – cria, modifica ou extingue uma relação
jurídica – divórcio;
 Constitutiva negativa (desfaz) e positiva (cria).
Condições da ação
 São condições da ação:
 Possibilidade jurídica do pedido: consiste na permissão, em tese, do
acolhimento do pedido, ou seja, o ordenamento jurídico deve permitir o
pedido. Exemplos: reintegração de posse de um terreno na lua =
juridicamente impossível; cobrar dívidas de jogo = objeto ilícito (art.
814, C.C.).
 Interesse de agir (ou interesse processual): Surge quando a parte,
para evitar um prejuízo, tiver necessidade de ingressar em juízo com
uma demanda.
 Interesse processual ≠ interesse jurídico:
 Interesse processual está relacionado à necessidade e utilidade
do processo para satisfazer uma pretensão, o interesse jurídico
está mais relacionado à existência de um direito substancial que é
protegido pela lei.

 Requisitos da ação:
 Necessidade: consiste na impossibilidade de obter a satisfação do
direito sem a intervenção do Estado.
 Adequação: o provimento solicitado deve ser apto a corrigir o
prejuízo sofrido.
 (a doutrina diverge se é requisito, pois o juiz pode mandar
corrigir);
 Utilidade: o provimento pleiteado deverá ser útil para a solução do
litígio.

 Legitimidade “ad causam”: quem é o titular do direito subjetivo?


 Legitimidade ativa: a própria pessoa que se diz titular do direito
subjetivo material cuja tutela está pedindo. (autor)
 Legitimidade passiva: é demandado apenas aquele que seja titular
da obrigação correspondente. (réu)

Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando
autorizado pelo ordenamento jurídico. (SUBSTITUTO PROCESSUAL)
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá
intervir como assistente litisconsorcial.
 Norma cogente e norma dispositiva
 Cogente – são obrigatórias e estabelecem um limite até onde se pode ir.
 proibição do trabalho infantil
 Dispositiva - são aquelas que os indivíduos podem escolher seguir ou
não.
 escolha do regime de bens em um casamento

 Obrigações (revisão)
 Dar (pagar)
 Fazer
 Entregar

 Evolução das obrigações


 Tutela ressarcitória = Perdas e danos = ressarcimento
 Tutela específica = Ressarcimento + Sequestro de verba pública
 Contempte of court (desacato ao tribunal) = gera Ressarcimento +
Sequestro de verba pública, crime de desobediência e multa ao
Estado e aos Secretários da saúde, por exemplo.

 Ação ≠ processo
 Ação – o veículo
 Processo – é a estrada, o meio, o caminho...
Visto isso, lembre-se que é possível mais de uma ação (mais de um
veículo) em um mesmo processo (em uma mesma estrada).

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