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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CÁCERES

FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS

CURSO DE DIREITO

Acadêmico: Gabriel Augusto Penha Silva de


Souza
Curso: Direito.
Disciplina: Direito Constitucional I
Professor: Expedito Figueiredo.

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CURSO DE DIREITO

sumario
INTRODUÇÃO: .......................................................................................................................................... 4
SEMANA 6 ................................................................................................................................................ 5
FICHA 1 – AULA 21 ............................................................................................................................... 5
FICHA 2 – AULA 22 ............................................................................................................................... 6
FICHA 3 – AULA 23 ............................................................................................................................... 7
FICHA 4 – AULA 24 ............................................................................................................................... 8
SEMANA 7. ............................................................................................................................................... 9
FICHA 5 - AULA 25 ................................................................................................................................ 9
FICHA 6 – AULA 26 ............................................................................................................................. 10
FICHA 7 – AULA 27 ............................................................................................................................ 11
FICHA 8 – AULA 28 ............................................................................................................................. 12
SEMANA 8. ............................................................................................................................................. 13
FICHA 9 - AULA 29 .............................................................................................................................. 13
FICHA 10 – AULA 30 ........................................................................................................................... 14
FICHA 11 – AULA 31 ........................................................................................................................... 15
FICHA 12 – AULA 32 ........................................................................................................................... 16
SEMANA 9. ............................................................................................................................................. 17
FICHA 13 - AULA 33 ............................................................................................................................ 17
FICHA 14 – AULA 34 ........................................................................................................................... 18
FICHA 15 – AULA 35 ........................................................................................................................... 19
FICHA 16 – AULA 36 ........................................................................................................................... 20
SEMANA 10 ............................................................................................................................................ 21
FICHA 17 - AULA 37 ............................................................................................................................ 21
FICHA 18 – AULA 38 ........................................................................................................................... 22
CONCLUSÃO: .......................................................................................................................................... 23
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REFERÊNCIAS: ......................................................................................................................................... 24

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CURSO DE DIREITO

INTRODUÇÃO:
Dado o inquestionável valor do estudo do Direito Constitucional para a formação de um
jurista contemporâneo, que não apenas busca aplicar a lei, mas também a interpretar, levando
em consideração sua função social, princípios e objetivos, é justificável o uso da obra do autor
Pedro Lenza “Direito Constitucional esquematizado”, que se concentra principalmente na
preparação para concursos e aos alunos da graduação. Nesse contexto, a elaboração de um
fichamento de citação desempenha um papel fundamental para compreendermos de uma forma
mais didática um assunto tão importante, que servirá como base para o estudo de todas as outras
áreas do direito, visto que todas elas são, em última instancia extensões do Direito
Constitucional. Dessa forma, abordaremos s seguintes temas: EFICÁCIA E
APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS; Normas constitucionais de
eficácia contida; Classificação de Maria Helena Diniz; EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS
NORMAS CONSTITUCIONAIS III; Normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais
e o gradualismo oficial das normas constitucionais; Eficácia e aplicabilidade na jurisprudência
do STF; CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: Noções preliminares; Constituição de
1988; Inconstitucionalidade formal por violação a pressupostos objetivos do ato normativo;
MOMENTOS DE CONTROLE: Controle prévio ou preventivo realizado pelo legislativo;
Controle posterior ou repressivo; Sistemas e vias de controle judicial: Controle difuso; Ação
direta de inconstitucionalidade – ADI; Ação direta de inconstitucionalidade – ADI; Arguição de
descumprimento de preceito fundamental – ADPF; Ação direta de inconstitucionalidade por
omissão – ADO; Representação interventiva – IF; Representação interventiva Estadual – ADI
interventiva Estadual; Controle de constitucionalidade nos Estados membros I; Controle de
constitucionalidade dos Estados membros II.

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SEMANA 6
DIA 11/09/2023
FICHA 1 – AULA 21
EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS: Normas
constitucionais de eficácia contida (p.447 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ As normas constitucionais de eficácia contida ou prospectiva têm aplicabilidade direta e


imediata, mas possivelmente não integral `` (LENZA, 2022, P 447)

´´A restrição de referidas normas constitucionais pode-se concretizar não só através de lei
infraconstitucional, mas, também, em outras situações, pela incidência de normas da própria
Constituição, desde que ocorram certos pressupostos de fato, por exemplo, a decretação do
estado de defesa ou de sítio, limitando diversos direitos (arts. 136, § 1.º, e 139 da CF/88). ``
(LENZA, 2022, P 448)

´´ As normas constitucionais que asseguram o direito de greve também devem ser analisadas.
A Constituição de 1988 manteve o direito de greve para os trabalhadores em geral (art. 9.º) e,
pela primeira vez, fez expressa previsão desse direito para os servidores públicos (art. 37, VII).
(LENZA, 2022, P 449)

´´[...] apesar de sua aplicabilidade plena. Segundo Temer, referidas normas “são aquelas que
têm aplicabilidade imediata, integral, plena, mas que podem ter reduzido seu alcance pela
atividade do legislador infraconstitucional”. (LENZA, 2022, P 450)

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FICHA 2 – AULA 22
EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS: Classificação de
Maria Helena Diniz. (p. 455 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´[...] classifica as normas constitucionais (segundo a sua eficácia) em: normas supereficazes
ou com eficácia absoluta; normas de eficácia plena; normas com eficácia relativa restringível;
normas com eficácia relativa complementável ou dependente de complementação legislativa``
(LENZA, 2022, P 455)

´´Normas supereficazes ou com eficácia absoluta: são intangíveis, não podendo ser
emendadas. Contêm uma força paralisante total de qualquer legislação que, explícita ou
implicitamente, vier a contrariá-las. `` (LENZA, 2022, P 456)

´´ Normas com eficácia plena: contêm “... todos os elementos imprescindíveis para que haja a
possibilidade da produção imediata dos efeitos previstos, já que, apesar de suscetíveis de
emenda, não requerem normação subconstitucional subsequente. `` (LENZA, 2022, P 456)

´´ Normas com eficácia relativa restringível: correspondem às normas de eficácia contida na


classificação exposta de José Afonso da Silva, com preferência para a nomenclatura proposta
por Michel Temer (eficácia redutível ou restringível) `` (LENZA, 2022, P 456)

´´Normas com eficácia relativa complementável ou dependente de complementação


legislativa: dependem de lei complementar ou ordinária para o exercício do direito ou
benefício consagrado. “Sua possibilidade de produzir efeitos é mediata, pois, enquanto não for
promulgada aquela lei complementar ou ordinária, não produzirão efeitos positivos, mas terão
eficácia paralisante de efeitos de normas precedentes incompatíveis e impeditivas de qualquer
conduta contrária ao que estabelecerem.” (LENZA, 2022, P 457)

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FICHA 3 – AULA 23
EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS III: Normas
definidoras dos direitos e garantias fundamentais e o gradualismo oficial das normas
constitucionais. (p. 459 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais, de acordo com o art. 5.º, §
1.º, da CF/88, têm aplicação imediata. `` (LENZA, 2022, P 459)

´´ O termo “aplicação” não se confunde com “aplicabilidade”, na teoria de José Afonso da


Silva, que entende, como visto, terem as normas de eficácia plena e contida “aplicabilidade”
direta e imediata, e as de eficácia limitada, aplicabilidade mediata ou indireta. `` (LENZA,
2022, P 459)

´´[...] A regra é que as normas definidoras de direitos e garantias individuais (direitos de 1.ª
dimensão, acrescente-se) sejam de aplicabilidade imediata. Mas aquelas definidoras de
direitos sociais, culturais e econômicos (direitos de 2.ª dimensão, acrescente-se) nem sempre
o são, porque não raro dependem de providências ulteriores que lhes completem a eficácia e
possibilitem sua aplicação. `` (LENZA, 2022, P 460)

´´ Como exemplo de norma definidora de direito e garantia fundamental que depende de lei,
podemos citar o direito de greve dos servidores públicos, previsto no art. 37, VII.`` (LENZA,
2022, P 460)

´´ José Afonso da Silva explica: “em primeiro lugar, significa que elas são aplicáveis até onde
possam, até onde as instituições ofereçam condições para seu atendimento. Em segundo
lugar, significa que o Poder Judiciário, sendo invocado a propósito de uma situação concreta
nelas garantida. `` (LENZA, 2022, P 460)

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FICHA 4 – AULA 24
EFICÁCIA E APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS IV: Eficácia e
aplicabilidade na jurisprudência do STF. (p. 462 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ Qualquer outro entendimento geraria o mais nefasto sentimento de frustração e desprestígio


aos direitos fundamentais, reduzindo a importante conquista do MI a um nada. `` (LENZA,
2022, P 460)

“Há um escalonamento na intangibilidade e nos efeitos dos preceitos constitucionais... Todas


têm juridicidade, mas seria uma utopia considerar que têm a mesma eficácia, pois o seu grau
eficácia é variável. Logo, não há norma constitucional destituída de eficácia. Todas as
disposições constitucionais têm a.`` (LENZA, 2022, P 460)

´´ Dado o objetivo do presente estudo, acreditamos interessante esquematizar importantes


julgados do STF definindo a eficácia e aplicabilidade de algumas normas da Constituição —
o que, certamente, facilitará para as provas e concursos —, bem como para o nosso ilustre e
nobre professor trabalhar os precedentes em sala de aula com os alunos (cases), remetendo-os
para a plataforma. `` (LENZA, 2022, P 460)

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SEMANA 7.

DIA 18/09/2023

FICHA 5 - AULA 25
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: Noções preliminares. (p. 466 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ Como requisitos fundamentais e essenciais para o controle, lembramos a existência de uma


Constituição rígida e a atribuição de competência a um órgão para resolver os problemas de
constitucionalidade, órgão esse que variará de acordo com o sistema de controle adotado. ``
(LENZA, 2022, P 466)

´´ A ideia de controle, então, emanada da rigidez, pressupõe a noção de um escalonamento


normativo, ocupando a Constituição o grau máximo na aludida relação hierárquica,
caracterizando-se como norma de validade para os demais atos normativos do sistema. ``
(LENZA, 2022, P 466)

´´[...] s. É, enfim, a lei suprema do Estado, pois é nela que se encontram a própria estruturação
deste e a organização de seus órgãos; é nela que se acham as normas fundamentais de Estado,
e só nisso se notará sua superioridade em relação às demais normas jurídicas. `` (LENZA,
2022, P 467)

´´[...] s a incompatibilidade vertical resolve-se em favor das normas de grau mais elevado, que
funcionam como fundamento de validade das inferiores. `` (LENZA, 2022, P 467)

´´ A Constituição está, pois, no ápice da pirâmide, orientando e “iluminando” os demais atos


infraconstitucionais. `` (LENZA, 2022, P 467)

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FICHA 6 – AULA 26
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE II: Constituição de 1988. (p. 486 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ Em relação ao controle concentrado em âmbito federal, ampliou a legitimação para a


propositura da representação de inconstitucionalidade, acabando com o monopólio do
Procurador Geral da República. `` (LENZA, 2022, P 486)

´´ Estabeleceu-se, também, a possibilidade de controle de constitucionalidade das omissões


legislativas, seja de forma concentrada (ações diretas de inconstitucionalidade por omissão
— ADO, nos termos do art. 103, § 2.º), seja de modo incidental, pelo controle difuso
(mandado de injunção — MI, na dicção do art. 5.º, LXXI — sobre a evolução da utilização
do mandado de injunção, cf.`` (LENZA, 2022, P 487)

´´ Posteriormente, a EC n. 3/93 estabeleceu a ação declaratória de constitucionalidade


(ADC)37 e renumerou o parágrafo único do art. 102 da CF/88, transformando-o em § 1.º,
mantendo a redação original da previsão da ADPF, nos seguintes termos: “a arguição de
descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo
Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. `` (LENZA, 2022, P 487)

´´ Enfim, a EC n. 45/2004 (Reforma do Judiciário) ampliou a legitimação ativa para o


ajuizamento da ADC (ação declaratória de constitucionalidade), igualando aos legitimados
da ADI (ação direta de inconstitucionalidade), alinhados no art. 103, e estendeu o efeito
vinculante, que era previsto de maneira expressa somente para a ADC, agora, também (apesar
do que já dizia o art. 28, parágrafo único, da Lei n. 9.868/99 e da jurisprudência do STF),
para a ADI. `` (LENZA, 2022, P 488)

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FICHA 7 – AULA 27

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE III: Inconstitucionalidade formal por


violação a pressupostos objetivos do ato normativo. (p. 493 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ Segundo Canotilho, “hoje, põe-se seriamente em dúvida se certos elementos


tradicionalmente não reentrantes no processo legislativo não poderão ocasionar vícios de
inconstitucionalidade. Estamos a referir-nos aos chamados pressupostos,
constitucionalmente considerados como elementos determinantes de competência dos órgãos
legislativos em relação a certas matérias (pressupostos objectivos). `` (LENZA, 2022, P 493)

´´ Exemplificando, o autor lembra o art. 229, 2.º, da Constituição portuguesa, que determina
a audiência obrigatória, pelos órgãos de soberania, dos órgãos do governo regional, quanto a
questões relativas às regiões autônomas, sob pena de faltar um pressuposto para o exercício
da competência e, assim, caracterizar-se irregularidade do ato. `` (LENZA, 2022, P 494)

´´ a audiência e participação obrigatórias “... são elementos externos ao procedimento de


formação das leis...”, e a sua falta gera a inconstitucionalidade formal, já que os pressupostos
do ato legislativo devem ser entendidos como “elementos vinculados do ato legislativo. ``
(LENZA, 2022, P 494)

´´ a “... lei estadual dispondo sobre a criação de novo Município, ainda que regularmente
votada e sancionada, mas sem observar o pressuposto referido, estará maculada por
inafastável vício de inconstitucionalidade formal. `` (LENZA, 2022, P 494)

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FICHA 8 – AULA 28
MOMENTOS DE CONTROLE: Controle prévio ou preventivo realizado pelo legislativo.
(p. 503 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.
´´ O legislativo verificará, através de suas comissões de constituição e justiça, se o projeto de
lei, que poderá virar lei, contém algum vício a ensejar a inconstitucionalidade. `` (LENZA,
2022, P 504)

´´ De acordo com o art. 32, IV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o controle
será realizado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (vide Res. da CD n.
20, de 2004 — DCD, de 18.03.2004, Suplemento, p. 3), enquanto no Senado Federal o
controle será exercido pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania — CCJ. ``
(LENZA, 2022, P 504)

´´Michel Temer observa que tal controle nem sempre se verifica em relação a todos os
projetos de atos normativos, citando a sua inocorrência, por exemplo, sobre projetos de
medidas provisórias, resoluções dos Tribunais e decretos. `` (LENZA, 2022, P 504)

´´ O § 2.º do art. 101 do Regimento Interno do Senado Federal53 dispõe que, em se tratando
de inconstitucionalidade parcial, a Comissão poderá oferecer emenda corrigindo o vício. No
entanto, a regra geral é a do seu § 1.º, ao estabelecer que, quando a Comissão emitir parecer
pela inconstitucionalidade e injuridicidade de qualquer proposição, será esta considerada
rejeitada e arquivada definitivamente, por despacho do Presidente do Senado. `` (LENZA,
2022, P 504)

´´ Da mesma forma, o art. 54, I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados54


estabelece que será “terminativo o parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de
Cidadania, quanto à constitucionalidade ou juridicidade da matéria. `` (LENZA, 2022, P 505)

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SEMANA 8.
DIA 25/09/2023

FICHA 9 - AULA 29
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE V: Controle posterior ou repressivo. (p. 512
-)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.
´´ O controle posterior ou repressivo será realizado sobre a lei, e não mais sobre o projeto de
lei, como ocorre no controle preventivo. `` (LENZA, 2022, P 512)

´´ Vale dizer, os órgãos de controle verificarão se a lei, ou ato normativo, ou qualquer ato com
indiscutível caráter normativo, possuem um vício formal (produzido durante o processo de
sua formação), ou se possuem um vício em seu conteúdo, qual seja, um vício material.
Mencionados órgãos variam de acordo com o sistema de controle adotado pelo Estado,
podendo ser político, jurisdicional ou híbrido. `` (LENZA, 2022, P 513)

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FICHA 10 – AULA 30
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE VI. Sistemas e vias de controle judicial:
Controle difuso. (p. 530 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.
´´ Pode-se, assim, afirmar que a noção e a ideia de controle difuso de constitucionalidade,
historicamente, devem-se ao famoso caso julgado pelo Juiz John Marshall da Suprema Corte
norte-americana, que, apreciando o precedente Marbury v. Madison, em 1803, decidiu que,
havendo conflito entre a aplicação de uma lei em um caso concreto e a Constituição, deve
prevalecer a Constituição, por ser hierarquicamente superior. `` (LENZA, 2022, P 532)

´´ O controle difuso, repressivo, ou posterior, é também chamado de controle pela via de


exceção ou defesa, ou controle aberto, sendo realizado por qualquer juízo ou tribunal do
Poder Judiciário. Quando dizemos qualquer juízo ou tribunal, devem ser observadas, é claro,
as regras de competência processual, a serem estudadas no processo civil. `` (LENZA, 2022,
P 532)

´´ O controle difuso verifica-se em um caso concreto, e a declaração de inconstitucionalidade


dá-se de forma incidental (incidenter tantum), prejudicialmente ao exame do mérito. ``
(LENZA, 2022, P 532)

´´ Pede-se algo ao juízo, fundamentando-se na inconstitucionalidade de uma lei ou ato


normativo, ou seja, a alegação de inconstitucionalidade será a causa de pedir processual. ``
(LENZA, 2022, P 532)

´´ No tribunal competente, distribuído o processo para turma, câmara ou seção (depende da


organização interna do tribunal a ser estabelecida em seu regimento interno), arguida, em
controle difuso, a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator,
após ouvir o Ministério Público e as partes, submeterá a questão ao referido órgão fracionário
ao qual competir o conhecimento do processo. `` (LENZA, 2022, P 532)

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FICHA 11 – AULA 31
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE VII: Ação direta de inconstitucionalidade –
ADI. (p. 648 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.
´´ As partes legítimas para propositura da ação de inconstitucionalidade de leis ou atos
normativos estaduais ou municipais, contestados em face da CE perante o TJ local, serão
especificadas em cada Constituição Estadual. O art. 125, § 2.º, CF/88, veda, no âmbito
estadual, a atribuição da legitimação a um único órgão. `` (LENZA, 2022, P 648)

´´ Quanto aos legitimados, o STF prescreve que alguns devem demonstrar interesse na
aludida representação, em relação à sua finalidade institucional. Todos os membros acima
citados são neutros ou universais, possuidores de legitimação ativa universal, ou seja, não
precisam demonstrar a pertinência temática, exceto os dos incisos IV — Mesa de Assembleia
Legislativa de Estado (e, como vimos, também a Mesa da Câmara Legislativa); V —
Governador de Estado (também o Governador do DF) e IX — confederação sindical ou
entidade de classe de âmbito nacional, que são autores interessados ou especiais, ou seja,
devem demonstrar o interesse na propositura da ação relacionado à sua finalidade
institucional.`` (LENZA, 2022, P 649)

´´ Nesse sentido, o Min. Barroso destacou estudo empírico: “um levantamento sobre as ações
diretas de inconstitucionalidade apreciadas pelo Supremo Tribunal Federal, no período de
1988 a 2012, constatou que a maioria das ações diretas que versam sobre direitos
fundamentais referem-se a interesses corporativos de servidores públicos, advogados
públicos, magistrados, membros do Ministério Público etc.`` (LENZA, 2022, P 653)

´´ Assim, limitar as entidades de classe às categorias econômicas e políticas significa valer-


se do controle de constitucionalidade para preservar interesses de grupos que dispõem de
força política e frustrar o acesso à jurisdição constitucional justamente pelos grupos que mais
precisam dela. `` (LENZA, 2022, P 653)

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FICHA 12 – AULA 32
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE VIII: Ação declaratória de
constitucionalidade – ADC. (p. 718 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ A ação declaratória de constitucionalidade foi introduzida no ordenamento jurídico


brasileiro pela Emenda Constitucional n. 3, de 17.03.1993 (DOU de 18.03.1993), com a
alteração da redação do art. 102, I, “a”, e acréscimo do § 2.º ao art. 102, bem como do § 4.º
ao art. 103, tendo sido regulamentado o seu processo e julgamento pela Lei n. 9.868/99. ``
(LENZA, 2022, P. 719)

´´ Busca-se por meio dessa ação declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo
federal. Indaga-se: mas toda lei não se presume constitucional? Sim, no entanto, o que existe
é uma presunção relativa (juris tantum) de toda lei ser constitucional. `` (LENZA, 2022, P.
719)

´´ Em síntese, a ADC busca afastar o nefasto quadro de insegurança jurídica ou incerteza


sobre a validade ou aplicação de lei ou ato normativo federal, preservando a ordem jurídica
constitucional. `` (LENZA, 2022, P 720)

´´ O objeto da referida ação é lei ou ato normativo federal. Frise-se: somente lei ou ato
normativo federal, diferentemente do que ocorre com a ADI genérica, cujo objeto engloba,
também, a lei ou ato normativo estadual (cf. art. 102, § 2.º). `` (LENZA, 2022, P 720)

´´ O procedimento na ADC é praticamente o mesmo seguido na ADI genérica. `` (LENZA,


2022, P 720)

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SEMANA 9.
DIA 02/10/2023

FICHA 13 - AULA 33
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE IX: Arguição de descumprimento de preceito
fundamental – ADPF. (p. 725 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ O § 1.º do art. 102 da CF/88 estabelece que a arguição de descumprimento de preceito


fundamental, decorrente da CF/88, será apreciada pelo STF, na forma da lei. `` (LENZA,
2022, P 725)

´´ Cabe salientar que, antes do advento da Lei n. 9.882/99, o STF decidiu que o art. 102, §
1.º, da CF/88 materializava norma constitucional de eficácia limitada, ou seja, enquanto não
houvesse lei descrevendo a forma da nova ação constitucional, a Suprema Corte não poderia
apreciá-la. `` (LENZA, 2022, P 726)

´´ A arguição de descumprimento de preceito fundamental será cabível, nos termos da lei em


comento, seja na modalidade de arguição autônoma (direta), seja na hipótese de arguição
incidental. `` (LENZA, 2022, P 726)

´´ O art. 1.º, caput, da Lei n. 9.882/99 disciplinou a hipótese de arguição autônoma, tendo por
objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. ``
(LENZA, 2022, P 726)

´´[...] conforme anotou o Min. Gilmar Mendes, a revogação da lei ou do ato normativo
editado antes do novo ordenamento jurídico e objeto da demanda “não impede o exame da
matéria em sede de ADPF, porque o que se postula nessa ação é a declaração de ilegitimidade
ou de não recepção da norma pela ordem constitucional superveniente. `` (LENZA, 2022, P
727)

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FICHA 14 – AULA 34
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE X: Ação direta de inconstitucionalidade por
omissão – ADO. (p. 741)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ Trata-se de inovação da CF/88, inspirada no art. 283 da Constituição portuguesa. O que se


busca com a ADO é combater uma “doença”, chamada pela doutrina de “síndrome de
inefetividade das normas constitucionais; `` (LENZA, 2022, P 741)

´´ O art. 103, § 2.º, da CF/88 determina que, declarada a inconstitucionalidade por omissão
de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao poder competente
para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para
fazê-lo em trinta dias. O que se busca é tornar efetiva norma constitucional destituída de
efetividade, ou seja, somente as normas constitucionais de eficácia limitada. `` (LENZA,
2022, P 742)

´´ A omissão poderá ser total (absoluta) ou parcial: total, quando não houver o cumprimento
do dever de normatizar, editando medida para tornar efetiva a norma constitucional; parcial,
quando houver a normatização infraconstitucional, porém, de forma insuficiente. `` (LENZA,
2022, P 742)

´´ O art. 103, § 2.º, fala em “omissão de medida” para tornar efetiva norma constitucional em
razão de omissão de qualquer dos Poderes ou de órgão administrativo. `` (LENZA, 2022, P
743)

´´ A omissão, então, pode ser do Poder Legislativo, do Poder Executivo (atos secundários de
caráter geral, como regulamentos, instruções, resoluções etc.), ou do próprio Judiciário (por
exemplo, a omissão em regulamentar algum aspecto processual em seu Regimento Interno).
`` (LENZA, 2022, P 744)

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FICHA 15 – AULA 35
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE XI: Representação interventiva – IF. (p. 765
-)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ O art. 18, caput, da CF/88 estabelece que a organização político administrativa da


República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos. Vale dizer, como regra geral, nenhum ente federativo deverá
intervir em qualquer outro. `` (LENZA, 2022, P 765)

´´A representação interventiva, que surgiu, conforme visto, com a Constituição de 1934,
apresenta-se como um dos pressupostos para a decretação da intervenção federal, ou estadual,
pelos Chefes do Executivo, nas hipóteses contempladas na CF/88.229 Assim, reforce-se,
nessa modalidade de procedimento, quem decreta a intervenção não é o Judiciário, mas o
Chefe do Poder Executivo. `` (LENZA, 2022, P 766)

´´ O Judiciário exerce, assim, um controle da ordem constitucional tendo em vista o caso


concreto que lhe é submetido à análise. `` (LENZA, 2022, P 766)

´´O Judiciário não nulifica o ato, mas apenas verifica se estão presentes os pressupostos para
a futura decretação da intervenção pelo Chefe do Executivo. `` (LENZA, 2022, P 766)

´´ Nessa linha, destacamos, para exemplificar, pedido de intervenção em razão de ato


governamental a sugerir suposto “esquema de corrupção”, preservado, segundo o pedido
formulado, por omissão das autoridades locais.233 Estamos nos referindo à IF 5.17. ``
(LENZA, 2022, P 766)

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FICHA 16 – AULA 36
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE XII: Representação interventiva Estadual –
ADI interventiva Estadual. (p. 780 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ O processo da representação interventiva estadual está regulamentado na Lei n. 5.778/72,


que, em seu art. 1.º, caput, estabelece que o processo e o julgamento das representações
interventivas estaduais em Municípios regulam-se, no que for aplicável, pela Lei n. 4.337/64,
excetuado o seu art. 6.º (que tinha a seguinte redação: “só caberão embargos, que se
processarão na forma da legislação em vigor, quando, na decisão, forem 3 (três) ou mais os
votos divergentes”).`` (LENZA, 2022, P 780)

´´ O art. 35, IV, da CF/88, por sua vez, dispõe que a intervenção estadual, a ser decretada pelo
Governador de Estado, dependerá de provimento pelo TJ local de representação para
assegurar a observância de princípios indicados na CE, ou para prover a execução de lei, de
ordem ou de decisão judicial. As regras vêm previstas nas Constituições estaduais e nos
regimentos internos dos tribunais locais, devendo, em essência, por simetria, seguir o modelo
federal. `` (LENZA, 2022, P 781)

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SEMANA 10.

DIA 09/10/2023

FICHA 17 - AULA 37
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE XIII: Controle de constitucionalidade nos
Estados membros I. (p. 783 -)
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ Nos termos do art. 125, § 2.º, da CF/88, cabe aos Estados a instituição de representação de
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da
Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. ``
(LENZA, 2022, P 783)

´´ Pelo princípio da simetria, muito embora o art. 125, § 2.º, tenha fixado somente a
possibilidade de instituição de representação de inconstitucionalidade (que corresponderia à
ADI), parece-nos perfeitamente possível que, desde que respeitadas as regras da CF/88, se
implementem os demais meios de controle, quais sejam, além do controle difuso, as ações de
controle concentrado originariamente no TJ local, destacando-se: a já mencionada
representação de inconstitucionalidade, a ADC, a ADPF, a ADO e a IF — representação
interventiva (ADI interventiva estadual).`` (LENZA, 2022, P 783)

´´ A teor do art. 125, § 2.º, da CF/88, o controle abstrato estadual terá por objeto
exclusivamente leis ou atos normativos estaduais ou municipais. `` (LENZA, 2022, P 783)

´´Pode-se afirmar, assim, que o TJ local nunca julgará, em controle concentrado e abstrato,
lei federal. Ou, em outras palavras, as leis federais só poderão ser objeto de controle abstrato
perante o STF. Ou, ainda, o STF não julgará em ADI lei municipal perante a CF (só por meio
de ADPF, como visto, ou, excepcionalmente, nas hipóteses de RE de normas de reprodução
obrigatória, conforme desenvolvido no item 6.8.6). `` (LENZA, 2022, P 783)

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FICHA 18 – AULA 38
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE XIV: Controle de constitucionalidade dos
Estados membros II
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

´´ Outrossim, no precedente citado (ADI 558-9-MC), em julgamento de medida cautelar, o


STF entendeu como constitucional o art. 162 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro,
com o seguinte teor: “Art. 162. A representação de inconstitucionalidade de leis ou de atos
normativos estaduais ou municipais, em face desta Constituição, pode ser proposta pelo
Governador do Estado, pela Mesa, por Comissão Permanente ou pelos membros da
Assembleia Legislativa, pelo Procurador-Geral da Justiça, pelo Procurador-Geral do Estado,
pelo Procurador-Geral da Defensoria Pública, Defensor Público Geral do Estado, por Prefeito
Municipal, por Mesa de Câmara de Vereadores, pelo Conselho Seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil, por partido político com representação na Assembleia Legislativa ou
em Câmara de Vereadores, e por federação sindical ou entidade de classe de âmbito
estadual.`` (LENZA, 2022, P 785)

´´ Cumprindo a literalidade da regra do art. 125, § 2.º, deverá ser observada a proibição de se
estabelecer a legitimação para agir a um único órgão. Contudo, entendemos conveniente que
se faça, ao menos, mas podendo ser ampliada, uma simetria estrita com o art. 103, conforme
tabela anterior. `` (LENZA, 2022, P 785)

´´ A grande dificuldade, portanto, é saber a amplitude e autonomia para o exercício dessa


capacidade de auto-organização e, assim, identificar as normas de reprodução obrigatória da
Constituição Federal (e, por isso, nos exatos parâmetros fixados, sem possibilidade de
abertura), distinguindo-as daquelas que se encontram dentro de um campo de liberdade
normativa dos Estados-Membros e que, se “copiarem” as disposições da Constituição
Federal, o farão por mera liberalidade, pois podem fixar um sentido distinto.`` (LENZA,
2022, P 786)

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CONCLUSÃO:
O livro “O direito Constitucional Esquematizado” de Pedro Lenza apresenta uma didática eficaz
ao abordar o Direito Constitucional de forma clara e acessível, auxiliando na assimilação do
conteúdo de maneira objetiva. Através desse fichamento, foi possível absorver informações
cruciais sobre o conteúdo, a relevância do estudo da Constituição, sua evolução ao logo dos
séculos, e também aprimorar as habilidades de leitura e interpretação. Este livro proporciona
aos estudantes de Direito e futuros candidatos a concursos a oportunidade de praticar os tópicos
abordados por meio de questões bem elaboradas, o que é extremamente valioso. Nos primeiros
capítulos, o autor enfatiza a importância da Constituição como um Instrumento para conter o
poder arbitrário, garantir direitos fundamentais aos cidadãos e afastar a opressão do antigo
regime. Além disso, ele discute o direito do povo de escolher seus representantes de maneira
indireta, conforme previsto na lei, visto que o povo é o detentor do poder, e seu exercício ocorre
por meio do voto. Lenza também explora o sentido jurídico, fazendo referência ao jurista e
filósofo austríaco Hans Kelsen, situando a Constituição no mundo do dever ser, enfatizando a
necessidade de seguir as leis e a vontade racional, em contraste com as leis naturais. Em resumo,
este livro desempenha um papel fundamental na compreensão do Direito constitucional e em
áreas que se baseiam nele, proporcionando compreender conceitos e abordagens na esfera
jurídica.

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REFERÊNCIAS:
LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo. Editora Saraiva 2022.

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