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ÍNDICE
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. VI
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. VI
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS ...................................................................... VII
DECLARAÇÃO DE HONRA .............................................................................................. VIII
DEDICATÓRIA ....................................................................................................................... IX
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. X
RESUMO ................................................................................................................................. XI
ABSTRACT ........................................................................................................................... XII
CAPITULO I: CONTEXTO DE ESTUDO ............................................................................. 13
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 13
1.2. Enquadramento territorial .......................................................................................... 14
1.3. Problematização e problema ...................................................................................... 16
1.4. Titulo e tema .............................................................................................................. 17
1.5. Justificativa ................................................................................................................ 18
1.6. Objectivos do trabalho ............................................................................................... 19
1.6.1. Geral ................................................................................................................... 19
1.6.2. Específicos .......................................................................................................... 19
1.7. Hipóteses .................................................................................................................... 19
CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................. 20
2. REDES DE INFRA-ESTRUTURAS URBANA .............................................................. 20
2.1. Subsistema da rede de infra-estrutura verde .................................................................. 21
2.2. Subsistema da rede habitacional ................................................................................ 22
2.3. Subsistema de rede de transporte e comunicação ...................................................... 22
2.4. Subsistema da rede de distribuição de electricidade .................................................. 23
2.5. Subsistema de saneamento e gestão de resíduos sólidos ........................................... 23
2.6. Subsistema da rede de distribuição de água (RDA)................................................... 23
2.6.1. Tipos de Rede de distribuição de água ............................................................... 24
2.6.2. Configuração das redes de distribuição de água ................................................. 24
2.7. Subsistema viário ....................................................................................................... 25
2.7.1. Desempenho de rede ........................................................................................... 25
2.7.2. Subsistema da rede de drenagem viária .............................................................. 26
2.8. O software de levantamento de dados mWater .......................................................... 27
CAPITULO III: METODOLOGIA .......................................................................................... 28
IV
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Gráfico da acessibilidade ao sistema viário em Chamanculo C.............................. 37
Gráfico 2: Gráfico de vulnerabilidade de inundações no Chamanculo C. ............................... 40
Gráfico 3: Gráfico da água utilizada no Chamanculo C. .......................................................... 41
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Quadro resumo das vias que fazem a malha urbana viária....................................... 25
Tabela 2: Quadro resumo da ocupação do solo do bairro Chamanculo C. .............................. 35
Tabela 3: Quadro da classificação das vias colectoras existentes. ........................................... 36
Tabela 4:Quadro de características das valas existentes e suas dimensões .............................. 38
Tabela 5: Quadro de materiais usados nas condutas da adutora............................................... 43
Tabela 6: Quadro resumo de PT's instalados. ........................................................................... 44
Tabela 7: Quadro de parte dos materiais eléctricos usados. ..................................................... 45
Tabela 8: Quadro de vias com iluminação pública................................................................... 45
Tabela 9: Quadro de locais instalados para contentores de lixo. .............................................. 46
VII
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Gusmão Chicatsane Guite, declaro por minha honra que esta Monografia é da
minha autoria, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente
mencionadas no texto e na bibliografia final. A mesma resultou de uma pesquisa levada a
cabo no bairro de Chamanculo C, em coordenação com os supervisores.
Declaro ainda que esta monografia não foi defendida ou publicada dentro da
Universidade Pedagógica Maputo nem em nenhuma outra instituição, tanto de ensino como
de pesquisa.
DEDICATÓRIA
Dedico com maior profundidade aos meus pais de sangue e criação, Chicatsane
Atanásio J. Guite e Atélia José Bié.
Dedico também a minha família em geral e no particular aos meus irmãos de sangue,
Anísia Chicatsane Guite, Octávio Chicatsane Guite e Biúty Adelina C. Guite.
X
AGRADECIMENTOS
É para os supervisores Eng. Gorka Solana Arteche e Eng. Fernando Namburete que
dirijo em primeiro lugar, os meus agradecimentos pela orientação desta monografia científica
e pelos ensinamentos, disponibilidade e amizade demonstrados, que foram fundamentais para
o desenvolvimento deste trabalho.
Quero assinalar também o apoio que me foi dispensado pelas seguintes instituições,
nomeadamente a ASF Moçambique- Arquitectos sem Fronteira, Águas da região de Maputo,
a secretaria do bairro de Chamanculo C e EDM central-electricidade de Moçambique, nelas
agradecendo aos vários funcionários que se mostraram disponíveis para ceder informação
necessária ao desenvolvimento deste trabalho.
Quero expressar um profundo agradecimento aos meus pais, Chicatsane Atanásio J.
Guite e Atélia José Bié, pela forma como sempre me apoiaram e incentivaram ao longo da
vida, sem nunca desistir de mim. Sem eles não teria bases para me tornar no homem que hoje
me tornei.
A toda a minha família, especialmente aos meus irmãos, Anísia, Octávio, e Biúty, pelo
carinho, paciência e compreensão que demonstraram ter ao longo destes anos.
Aos colegas e amigos, nomeadamente o Juvêncio e Nilton, pelo apoio prestado.
Finalmente gostaria de expressar o meu agradecimento a todos colegas e amigos que fiz na
antiga UP Maxixe, pelo apoio prestado ao longo desta caminhada.
XI
RESUMO
ABSTRACT
This work was based on the analysis of the demand for the infrastructure network in
the Chamanculo C neighborhood, with greater emphasis on four (4) subsystems, the housing
network, rainwater drainage, water distribution and the road network subsystem, depending
on the housing complexity existing in Chamanculo C. An infrastructure network challenged
by the narrowing of roads, topography in the form of a hydrographic basin and recurrence in
the siltation of its channels, with this part of the network subsystems was chosen with greater
focus on those that guarantee the conditions of neighborhood solubility, where the highest
urban development indexes and indicators are identified. Several actions, or interventions,
have been implemented in the urban environment of Chamanculo C in order to circumvent the
problems caused by this type of occupation, from the removal of informal settlements to the
current urbanizations, with this the network reveals to be complex due to the density factor
and historical-cultural value. In order to analyze the demand for the network installed in
Chamanculo C, the characteristics of the network installed, negative points to the network,
percentages of land occupation, the implemented projects were surveyed and compared with
percápita data, interviews were carried out. institutions that protect the subsystems and
residents of the neighborhood, as well as relying on standards, on software such as m-water to
collect various technical data. The results obtained were satisfactory where it was possible to
add more information to the performed analyses, topography of the area that occupies the
neighborhood in the shape of a basin, a housing subsystem with 99 parcels for each 1ha
framed in a residential area of high density and historical use. cultural, road and rainwater
drainage subsystem with 7% of the occupied area of the neighborhood with channels
conditioned to persistent cleaning for the drainage of rainwater avoiding flooding, and the
water distribution network ensuring comfort and minimum slopes being subject to the
availability of water in the Umbeluze basin. However, it is concluded that the neighborhood's
infrastructure network does not meet the current demand, with the exception of two
subsystems of the public network managed by EDM and Águas da Região de Maputo.
Keywords: capacity, demand, installed network.
13
1. INTRODUÇÃO
1.5. Justificativa
1.6.1. Geral
1.6.2. Específicos
1.7. Hipóteses
A infra-estrutura verde também tem como preocupação a união dos aspectos urbanos e
ambientais, de modo que adoptem tecnologias práticas, que se adaptem aos projectos das
cidades, proporcionando menor consumo de energia, diminuição na emissão de gases de
efeito estufa, evitando a sedimentação de rios e lagos, protegendo e aumentando a
biodiversidade, diminuindo a poluição das águas, do ar e do solo, integrando os modais,
acessibilidades, saneamento ao bem-estar ambiental, processo e ciclos naturais, e a
identificação de um povo por meio da cidade (VASCONCELLOS, 2015).
Infra-estrutura verde num meio urbano consolidado consiste em uma rede
multifuncional verde-azul (vegetação - sistemas hídrico/drenagem) que incorpora o retrofit
(renovação) e adaptação da infra-estrutura existente. Um dos exemplos de execução e
utilização da infra-estrutura verde é a cidade de Freiburg no sul da Alemanha, onde foi
construído uma conexão ao lado do rio para ciclistas e pedestres ao longo de 9,5 quilómetros
de extensão urbana. Para sua construção foram utilizadas duas escalas: a urbana e a local. A
escala urbana é caracterizada por uma rede de conservação de áreas agrícolas que permeiam a
cidade, e na escala local é realizado um trabalho com os proprietários para preservar e integrar
o plano com a paisagem (HERZOG & ROSA, 2010).
22
Informalidade urbana pode ser entendida como “um conjunto de irregularidades ou (a)
regularidades”, uma condição geral que transita e se desdobra entre as formas urbanas, a
economia e as interacções sociais (OJEDA et al., 2020).
Como o relatório (UN-HABITAT Moçambique 2018) demonstra: Moradia adequada
refere-se a mais do que uma estrutura. Uma estrutura adequada engloba acesso a serviços
básicos, infra-estrutura, espaços públicos, oportunidades económicas e sociais, garante posse
a terra, e outros aspectos.
A habitação não pode ser analisada à margem de outros elementos como as
dinâmicas urbanas e territoriais, o mercado de emprego, as estruturas e rendimentos
familiares, os investimentos, etc. A sua análise não pode ser reduzida a uma mera
relação de desequilíbrio entre a oferta e a procura. Esta questão é muito mais complexa, pois a
habitação possuí um conjunto de dimensões que lhe conferem a sua própria identidade e a sua
própria função social, na sociedade em que está integrada (PEIXOTO, 2000).
Enfatizando estes posicionamentos a rede habitacional, é o conjunto de elementos que
garantem a protecção de famílias contra intempéries, sem descurar outros componentes ao seu
redor, como as infra-estruturas de apoio, equipamentos que a função social.
Com o tempo as redes de energia são sistemas complexos, integrados e com uma
interacção sensível entre fontes de geração, sistemas de rede e as demandas de energia”
(LOPES et al, 2015).
As redes de distribuição primárias compõem as subestações de distribuição e podem
ser tanto aéreas como subterrâneas, sendo as redes aéreas de uso mais difundido, pelo seu
menor custo, e as redes subterrâneas são aplicadas em áreas de maior densidade de carga,
como por exemplo a zona central de uma metrópole.
Para Nobre et al (2012) as redes têm diferentes configurações devido à disposição das
condutas principais e ao sentido de escoamento nas tubagens, desta forma, podem ser
classificadas como ramificadas, malhadas ou mistas.
Rede ramificada- O abastecimento neste tipo de rede é feito a partir de uma conduta
principal, alimentada por um reservatório ou estação elevatória, e a distribuição é feita
directamente para as condutas secundárias.
Rede Malhada -As redes malhadas são compostas por condutas principais que
formam anéis ou blocos, de modo a ser possível abastecer qualquer ponto do sistema por mais
de um caminho. Este tipo de rede permite maior flexibilidade operacional para atender a
demanda e facilidades com a sua manutenção, com pouca interrupção no fornecimento de
água. Este traçado também tem vantagens em relação à qualidade da água, pois o escoamento
da água pode ocorrer nos dois sentidos da tubagem, além de não haver formação de pontas
mortas.
Rede Mista- Esse tipo de rede predomina em vários sistemas de abastecimento de
água e ele é composto pela associação de redes ramificadas com rede malhada.
25
Segundo Board (1988) citado por oliveira (2012), a modelagem da malha viária de
uma região que se deseja estudar, é um dos aspectos mais importantes dentro do chamado
modelo de quatro etapas, comummente empregado em planeamento de transportes. A
representação do sistema para o estudo dos fluxos de veículos deve incluir as ruas, avenidas,
vias expressas (freeways) e rodovias que compõem a malha viária regional.
Tabela 1: Quadro resumo das vias que fazem a malha urbana viária.
Fonte: Adaptado pelo autor, (2021) a partir de Amaral, (2018).
VIAS QUE CONSTITUEM A MALHA VIÁRIA URBANA
Ord.
Classificação Função Operacionalidade
Expressas ou de trânsito Deslocamento de longa
01 100 Km/h
rápido distância
02 Arteriais Ligação entre bairros 60 Km/h
03 Colectoras Circulação nos bairros 40 Km/h
04 Locais Acesso as moradias 30 Km/h
3.1.1. População
3.1.2. Amostra
A análise dos dados será feita, sempre que possível, de forma comparativa. Os
métodos clássicos e os indicadores já desenvolvidos foram utilizados como referencial para
verificar a adequação do método proposto.
Será feita análise e interpretações de mapas e dados documentados. Para os dados
numéricos e quantitativos ira se usar o Excel para a sistematização de dados para análise por
meio de tabelas e ou gráficos e o uso de modelos matemáticos de cálculos para casos isolados.
Os guiões metodológicos para a comparação, normas e regulamentos de áreas urbanas
usados em Moçambicana serão usados para estabelecer comparação entre o estado actual
existente com o recomendado na norma.
Na rede de drenagem viária, analisam-se dados dos caudais admissíveis pela rede
executada recentemente em função do que acontece na realidade vivida no bairro, revisão e
interpretação do projecto elaborado e executado.
Calculadas percentagens das áreas ocupadas por ruas principais tendo em conta a
extensão e a largura das estradas: sido encontrado 10ha equivalentes a 7% da área total
ocupados pelas ruas principais do bairro.
Encontrado 7% como sendo percentagem de ocupação do solo para vias principais, de
seguida comparadas com os dados normativos da política de ordenamento territorial que
afirma que 25% da área total de um bairro devera ser ocupada pelo sistema viário e de
drenagem, a rede viária do bairro Chamanculo C não cumpre com o disposto no regulamento
e não responde a demanda que lhe for submetida.
Para a drenagem viária, Chamanculo C não tem condições favoráveis para drenagem
pluvial por gravidade, quer pelas cotas do terreno em forma de bacia e a natureza das suas
linhas de água (vide Anexo C), quer pelas condicionantes que o cercam, como avenidas
importantes, construções consolidadas e obras realizadas recentemente. Boa parte de seus
canais é aberta, podendo ser fechados em alguma extensão ou vala específica, como descreve
a tabela que se segue.
38
Figura 3- Resultados dos cálculos com CIS do PPU – Bacia K (a azul os troços sobrecarregados)
considerando o aumento das dimensões das valetas da Av. de Moçambique.
Fonte: CONSULTEC (2016).
39
Cerca de 6% do comprimento dos colectores e 70% das valas não obedecem aos
critérios de inclinação mínima regulamentadas, por condicionalismos da envolvente onde
descarregam as águas da bacia, exigindo uma limpeza mais persistente, facto que não
acontece como se vê na figura 4, enquanto permanecerem muitas áreas não revestidas
(impermeabilizadas ou ajardinadas). Cuja alteração não se torna fácil ou é improvável admiti-
lo, facto este confrontado e auscultado, apontando que parte significativa das ruas e parcelas
ainda sofrem inundações.
Rede em malha, pra ver o mapa de distribuição (vide anexo A), desafiadora por
factores ligados a condições do bairro, ramais e condutas feitas em ruas estreitas e as vezes de
difícil acesso. As fugas de água podem chegar a 45 bilhões de metros cúbicos em todo o
mundo (CHINI e STILLWELL, 2018 ). Realidade verificada na rede de distribuição do
bairro de Chamanculo C, ocasionados por diversos factos a destacar o tipo de escoamento
existente na rede (sob pressão), roubos e vandalização da rede.
Nas principais cidades Moçambicanas, os canais de abastecimento e os reservatórios
têm mais de 40 anos e a sua manutenção é deficiente. Muitas condutas rompem-se, perdendo-
se, deste modo, água potável (MAPOTE, 2013).
O sistema de abastecimento de água às cidades de Maputo, Matola e município de
Boane compreende: O sistema de Umbelúzi, constituído pela captação, estação de tratamento
de água (ETA), condutas adutoras, estações elevatórias, centros distribuidores (Boane, Belo
Horizonte, Matola Rio, Matola, Machava, Tsalala, Chamanculo, Alto Maé, Maxaquene e
Laulane) e respectivas redes de distribuição.
41
A distribuição de água no bairro é feita 10 h/dia de acordo com dados obtidos no CD,
devido a escassez de água verificada na principal fonte de captação, a bacia do Umbelúzi.
A população de Chamanculo C predomina o uso da água da rede pública fornecida
pela, águas da região de Maputo, que beneficia-se de melhorias e manutenção frequentes em
suas condutas e equipamentos, trocando os demais obsoletos por novos em PVC.
42
Figura 5- Ilustração de parte do material usado nas ligações domésticas (tubos em PVC).
Fonte: Autor (2021).
ainda que o consumo mensal de energia de cada residência de Maputo aumentou em 80Kwh,
comparativamente ao ano de 2016, que de acordo com a EDM (2016), o consumo mensal de
cada residência era de 171 Kwh. (CHAPALA et al, 2020).
Gestão e recolha de resíduos sólidos – A recolha de resíduos sólidos é feito por meio
de carinhos de mão, vulgarmente chamado “txovas” devido a acessibilidade nas parcelas, os
moradores deste bairro fazem o armazenamento do lixo e o comité do bairro faz a recolha
para os contentores dois (2) dias por semana.
ASSCODECHE, entidade contratada pelo CMCM para a recolha do lixo, faz a gestão
do lixo a partir dos contentores (três locais com contentores com capacidade de seis metros
cúbicos por cada contentor), até ao destino final (lixeira).
Capacidades - 1contentor tem uma capacidade de 6m3 que são recolhidos duas vezes
ao dia perfazendo uma capacidade de 72 m3 dia.
Sendo que a recolha é feita diariamente em uma semana o volume de armazenamento e de
504 m3.
O volume produzido a nível do bairro tendo em conta as características do bairro com
dualidade urbana evidente.
Volumes por lote 0.3 m3, semana 3.700 parcelas perfazem 1.110m3.
É visível e foi constatado que a capacidade dos contentores não responde a demanda
de lixo que o bairro produz.
Ao longo das principais vias existentes no bairro são encontradas árvores equidistantes
a 200m com excepção da via limítrofe, Av. de trabalho que tem um espaçamento inferior a
200m. Os principais pontos verdes do bairro estão ao longo das vias principais, praças e o
campo de cape-cape. Com base no mapa residencial pra ver em (Anexo E), calculou-se a área
que compreende a infra-estrutura verde tendo sido encontrada uma percentagem de ocupação
de espaços verdes de menos de 1% da área total do bairro de Chamanculo C.
Malha viária a ocupar 25% da área total do bairro, com vias terciárias com
12m de largura, vias secundarias de circulação de autocarros (14-16m), vias primárias
superiores a 19m;
Criação de parcelas com dimensões mínimas urbanas, 15 metros de largura por
30 metros comprimento em zonas habitacionais horizontais;
Criação de parcelas com crescimento vertical para construção de edifícios de
até cinco (5) pisos;
Desenvolvimento e criação de sistemas fotovoltaicos como nova tecnologia
para a rede eléctrica;
Uso de parâmetros urbanísticos para a implantação dos edifícios em cada
parcela, afastamentos mínimos, frontal cinco metros e lateral três metros caso;
Restruturar a rede de drenagem pluvial e a rede de esgoto passando para a
gestão pública com a criação de valas cobertas;
Reestruturar a rede de distribuição de água;
Instalar pontos fixos de acesso ao transporte, dinamização da rede de
transporte a nível interno do bairro á bairros circunvizinhos;
Instalação de sistemas fotovoltaicos, como uma fonte limpa de produção de
electricidade, para todo subsistema habitacional e equipamentos sociais.
50
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
5.1. Conclusão
Quando iniciou-se o trabalho de pesquisa, constatou-se que nos últimos anos havia
uma evolução na melhora das infra-estruturas de Chamanculo C, infra-estrutura instalada num
bairro histórico e com uma malha habitacional densa e não ordenada, e que por isso era
importante fazer a análise da capacidade da rede de infra-estruturas do bairro, face a
densidade habitacional em Chamanculo C.
Constata-se que o objectivo geral foi atendido, porque efectivamente o trabalho
conseguiu analisar a dinâmica da rede de Infra-estruturas instalada no bairro de Chamanculo
C face a densidade habitacional, uma rede que tem verificado alterações, em função das
necessidades de demanda á rede, com a implementação de novos projectos técnicos e
ordenamento territorial.
Sendo objectivos específicos iniciais, listar e caracterizar diferentes subsistemas da
rede de infra-estruturas, esta foi atendida porque foram identificados e caracterizados os
subsistemas usuais e demandados no bairro. Da rede viária e habitacional que é dual, com
ruas estreitas e densamente habitado, subsistema da rede de distribuição de água com sua rede
em malha e sob pressão, rede de drenagem pluvial com canais semiabertos ao longo das
principais ruas e avenidas com topografia do bairro em forma de bacia facilitando a
ocorrência de inundações, rede da infra-estrutura verde, rede de distribuição de electricidade,
saneamento, transporte e comunicações.
Em um segundo momento, verificar a capacidade de quatro (4) redes de infra-
estruturas (distribuição de água, habitação, drenagem e rede viária), atendidas, a rede
habitacional com 76 quarteirões a demandar 112ha da área total, uma RDA com capacidades
de acima de 3.700 consumidores, uma rede viária com área de ocupação de solo de 7%, e uma
rede de drenagem fluvial com cerca de 6% do comprimento dos seus colectores e 70% das
valas não obedecendo aos critérios de inclinação mínima, por condicionalismos da envolvente
onde descarregam as águas da bacia, exigindo uma limpeza mais persistente.
Para o último momento dos objectivos específicos, estabelecer uma comparação entre
a capacidade existente e os dados per cápita na rede instalada no Chamanculo C, as
capacidades instaladas nas diferentes redes analisadas com destaque para o habitacional com
parcelas de menos de 100 m2 instalado, sendo 250 m2 per cápita, viário e drenagem pluvial
sendo de 7% instalado e 25% per cápita, RDA com inclinações mínimas dependendo das
51
condições dos materiais nas adutoras, consumos limitados em 12h/dia, sendo o per cápita
24h/dia, sendo condicionado pela disponibilidade de água na bacia de Umbelúzi.
A pesquisa partiu da hipótese de que a rede instalada no bairro responde a demanda
habitacional existente, outra a não responder e ou a responder parcialmente. Durante o
trabalho constatou-se que dentre as quatro (4) redes analisadas, a RDA como infra-estrutura,
responde a demanda em função a demanda do número de consumidores, a drenagem pluvial
condicionada a limpezas constantes de seus canais que não é feita regularmente, e os demais
subsistemas a não responderem a demanda existente. Confirmando a hipótese de que a rede
instalada responde parcialmente a demanda habitacional existente.
Para proposta para a melhoria da rede de infra-estruturas do Chamanculo C de modo a
garantir que todas redes respondam a demanda existente, propõe-se a criação de um
instrumento de ordenamento territorial como o PP, com previsões de reassentamentos de
modo a garantir um atalhamento de raiz e com padrões urbanos, exigidos. O que possibilitara
a implementação de novos projectos sustentáveis (sistemas fotovoltaicos), dimensionamento
de novas redes de drenagem pluvial em uma rede viária com 12m a 16m de largura em suas
vias, nova RDA, dentre todos subsistemas necessários para a população.
Diante da metodologia proposta percebe-se que o trabalho podia ter sido realizado
com uma pesquisa mais ampla a nível de projectos dimensionados e implementados, bem
como com uma colecta de dados com uma equipe maior. Diante a limitação de tempo e
limitação geográfica só foi possível colectar dados em uma amostra de cinco (5) quarteirões
usando softwares e equipamentos específicos para o estudo, com limitações em aceder a
alguns lotes habitacionais e disponibilidade de projectos implementados pelas entidades
responsáveis para cada subsistema.
52
5.2. Recomendações
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ANEXOS