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ÍNDICE
AGRADECIMENTOS....................................................................................................... VI
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................... 79
APÊNDICES ...................................................................................................................... 81
APÊNDICE III - E: Ensaio de Determinação do Peso Específico (AF III) .......................... 100
APÊNDICE VII - A: Ensaio de Resistência à Flexão do Pavê aos 7 Dias (PP I - AF III & PP II
- AF III) ............................................................................................................................. 112
APÊNDICE VII - B: Ensaio de Resistência à Flexão do Pavê aos 28 Dias (PP I - AF III & PP
II - AF III) ......................................................................................................................... 113
APÊNDICE VIII - A: Ensaio de Capacidade de Absorção de Água do Pavê aos 7 Dias (PP I -
AF III & PP II - AF III)...................................................................................................... 114
APÊNDICE VIII - B: Ensaio de Capacidade de Absorção de Água do Pavê aos 28 Dias (PP I -
AF III & PP II - AF III)...................................................................................................... 115
ANEXO I: NP 197-1:2012 Cap. 7 - Requisitos Mecânicos e Físicos Para Cimentos ........... 117
ANEXO III: SABS 1058:1985 - Requisitos Para Resistência à Compressão de Pavês ........ 119
ANEXO IV: NP 1338:2009 Cap. 5 - Requisitos Para Capacidade de Absorção de Água de Pavês
.......................................................................................................................................... 121
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, que iluminou o meu caminho durante esta jornada e me deu
forças e saúde para superar todas dificuldades e obstáculos.
Aos meus pais, Manuel Virgílio Coreia Berimbau e Adélia Alfredo Miambo Berimbau, e
irmãos, Sindy Miambo, Kayl Berimbau e Sindy Berimbau, pelo amor, incentivo e apoio
incondicional desde os primeiros passos.
Ao Instituto Superior de Transportes e Comunicações (ISUTC), pela oportunidade concedida
pois hoje vislumbro um horizonte superior, e também pela recepção com todas as condições
necessárias para me proporcionar dias de aprendizagem muito ricos.
A todos Docentes da instituição que acompanharam a minha jornada nestes 4 anos, e com toda
paciência e sabedoria proporcionaram todos os recursos e ferramentas para a minha evolução
dia após dia proporcionando também, não apenas o conhecimento racional, assim como a
manifestação do carácter e efectividade da educação como profissional.
Ao meu supervisor, Eng. Carlos Cumbane, pelo suporte no pouco e precioso tempo que lhe
coube, pelas correcções, orientações, incentivos e pelo empenho dedicado à elaboração deste
trabalho.
Ao Eng. Santos Cuinica, pelo apoio e acompanhamento durante a realização do trabalho.
Ao Eng. Augusto Mariano, pelo paciente trabalho de revisão e redação.
À Sul Brita, por ter disponibilizado o material para a realização desta obra.
Ao Laboratório de Engenharia de Moçambique (LEM) e ao corpo técnico que me deu
assistência, pela recepção e auxílio na realização de cada fase dos ensaios para o cumprimento
do trabalho.
Aos meus amigos e amigas, em especial Wilson Buque, companheiros desta jornada e irmãos
na amizade que fizeram parte da minha formação e que vão, com certeza, continuar presentes
em minha vida.
E a todos que, directa ou indirectamente, fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigado.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais e família, especialmente ao meu avô Firmino Fernandes
Berimbau (em memória), que fizeram parte desta caminhada proporcionando-me forças e
incentivos para não desistir e alcançar os meus objectivos, mantendo o foco e derrubando cada
obstáculo.
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Bela Alda Miambo Berimbau declaro por minha honra que o presente Projecto Final do
Curso é exclusivamente de minha autoria, não constituindo cópia de nenhum trabalho realizado
anteriormente e as fontes usadas para a realização do trabalho encontram-se referidas na
bibliografia.
Assinatura: __________________________________
ÍNDICE DE TABELAS
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE GRÁFICOS
AF Areia Fina
ANE Administração Nacional de Estradas
ASTM American Society for Testing and Materials
BA Basalto
BBP Blocos de Betão Pavê
ISUTC Instituto Superior de Transportes e Comunicações
LEM Laboratório de Engenharia de Moçambique
NP Norma Portuguesa
PP Pó de Pedra
RE Reolito
RSD Revestimento Superficial Duplo
RSS Revestimento Superficial Simples
SABS South African Bereau of Standards
SATCC Southern Africa Transport and Communication Commission
TDMA Tráfego Médio Diário Anual
RESUMO
O revestimento em pavê é uma solução de revestimento que vem crescendo no nosso país, pois
a sua aplicação é de fácil manuseio, não necessitando de mão-de-obra especializada.
O ramo de engenharia civil é uma das áreas responsáveis por procurar formas inovadoras de
aplicação de resíduos de diferentes naturezas, contribuindo para a redução da degradação do
meio ambiente. O processo de recauchutagem de pneus, embora seja um método de reciclagem,
não é inteiramente a favor do meio ambiente devido aos resíduos de borracha que produz.
O presente trabalho tem por finalidade verificar a viabilidade técnica do pavê ao adicionar estes
resíduos na sua composição em diferentes proporções (0%, 8%, 12% e 16% de resíduo de
borracha de pneu), substituindo essencialmente o cimento e usando dois tipos de materiais para
cada bloco (“reolito” e “basalto”), e fazer uma análise comparativa na sua resistência à
compressão, flexão e capacidade de absorção de água.
Com a pesquisa verificou-se que com o aumento da percentagem de borracha os resultados
tendem a crescer satisfatoriamente até uma certa percentagem óptima. Notou-se que os blocos
produzidos com o “reolito” não apresentaram resultados aceitáveis para vias urbanas com
volume de tráfego médio aos 28 dias de cura, porém podem ser usados em locais de tráfego
leve como ciclovias, passeios e residências. Em contra partida, os blocos produzidos com o
“basalto” apresentaram resultados muito satisfatórios, reunindo requisitos mecanicamente
exigidos pela norma em vigor para vias urbanas de tráfego médio.
ABSTRACT
The paver block coating is a solution that is growing in our country, because its application is
easy to handle, requiring no specialized labor.
The branch of civil engineering is one of the areas responsible for looking for innovative ways
of applying waste of different natures, contributing to the reduction of the degradation of the
environment.
The process of tire retreading, although it is a recycling method, is not entirely environmentally
friendly due to the rubber waste it produces.
The present work aims to verify the technical feasibility of the paver block by adding these
residues in its composition in different proportions (0%, 8%, 12% and 16% of tire rubber
residue), replacing essentially the cement and using two types of materials for each block
("reolite" and "basalt"), and make a comparative analysis on their resistance to compression,
bending and water absorption capacity.
With the research it was verified that with the increase of the percentage of rubber the results
tend to grow amazingly up to a certain optimum percentage. It was noted that the blocks
produced with the "reolite" did not present acceptable results for urban roads with average
traffic volume at 28 days of curing, but can be used for light traffic routes such as bicycle paths
and sidewalks.
On the other hand, the blocks produced with "basalt" presented very satisfying results, meeting
the requirements mechanically required by the norm in force for urban highways.
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.2.1. Problemática
Um dos maiores problemas nas vias urbanas do nosso país é a falta de manutenção, que
contribui para o fraco desempenho do pavimento, e como consequência o índice de
deformações aumenta cada vez mais. Há necessidade de solucionar este problema de modo a
garantir a acessibilidade e a comodidade de circulação nas vias, factores estes que são
imprescindíveis no desenvolvimento de uma urbe.
Os blocos de betão pavê (BBP) para pavimentos tem como vantagem de estar prontos a serem
aplicados no local da obra, diminuindo a mão-de-obra e tornando a construção mais rápida.
Possuem a facilidade de aplicação, apresentam um custo relativamente mais baixo em relação
ao pavimento asfáltico, a sua aplicação requer mais mão-de-obra humana do que a mecanizada,
entre outras vantagens. Porém, podem ter a desvantagem de possuírem custos de transporte
acrescidos, defeitos de fabrico e facilidade de quebra quando o pavimento é mal executado ou
mesmo quando os blocos são mal fabricados, necessidade de mão-de-obra mecanizada para as
camadas subsequentes, mas não torna a obra onerosa.
1.3. Metodologia
Nesta secção serão apresentados os seguintes elementos: a Abordagem, o Tipo, o Desenho, a
Hipótese, os Métodos, as Tarefas, e a Estrutura do Relatório da Investigação.
1.3.4. Hipótese
As hipóteses da presente pesquisa são:
A adição de fibras de pneu reciclado na composição dos blocos de betão pode melhorar
o desempenho e qualidade do mesmo.
A adição de fibras de pneu reciclado na composição blocos de betão pode reduzir a sua
capacidade de resistência.
A. Quanto à espécie:
Rural: é aquela com os dois extremos localizados fora das áreas urbanas.
Interurbana: é aquela que liga duas áreas urbanas pertencentes ao mesmo município.
1
Termo brasileiro para designar rede de estrada.
B. Quanto à posição:
Segundo a política de estradas em Moçambique, as estradas podem ser não classificadas (todas
aquelas que não constam da lista do sistema de classificação de estradas, incluindo as estradas
municipais) ou classificadas (estradas à qual tenha sido atribuída uma classe), sendo assim elas
podem ser:
Primárias: fazem parte da espinha dorsal da rede de estradas e ligam capitais provinciais
à outras cidades, principais portos e principais postos fronteiriços.
Secundárias: são as que complementam a espinha dorsal da rede de estradas e ligam
estradas primárias à capitais provinciais e portos fluviais, centros económicos de elevada
importância, e outros postos fronteiriços.
Terciárias: são as que estabelecem a ligação entre estradas secundárias a outras estradas
secundárias ou a estradas primárias, sedes distritais, sedes distritais e postos
administrativos, sedes distritais e centros económicos de elevada importância.
Vicinais: são as estradas que estabelecem a ligação entre estradas terciárias, postos
administrativos e postos administrativos e outros centros populacionais.
2.3. Pavimento
Segundo Souza (1980), pavimento é uma estrutura construída após a terraplanagem por meio
de camadas de vários materiais de diferentes características de resistência e deformabilidade.
Esta estrutura assim constituída apresenta um elevado grau de complexidade no que se refere
ao cálculo das tensões e deformações. De forma simplificada pode-se definir o pavimento como
um conjunto de camadas de diferentes materiais selecionados, que permitem a degradação das
cargas desde a superfície até à fundação.
O pavimento é composto por diversas camadas tais como: camada de revestimento ou camada
de desgaste, base, sub-base e fundação. Estas camadas podem distinguir-se pelas funções que
desempenham, a camada superficial (camada de desgaste) e o corpo do pavimento (as restantes
camadas que antecedem a camada do revestimento).
As estruturas dos pavimentos deformam-se progressivamente sob os efeitos da passagem do
tráfego sobre a sua superfície, principalmente veículos pesados. Para que o pavimento
desempenhe adequadamente o seu papel garantindo a circulação dos veículos em devidas
condições de segurança, economia e comodidade, deverá possuir uma estrutura adequada que
garanta as condições dentro dos padrões aceitáveis.
CAMADA FUNÇÃO
Camada
de
Berma Base Regularização Camada
de Desgaste
Sub-base
Aterro/Terreno Natural
Leito do Pavimento
As camadas mais próximas da carga aplicada no pavimento flexível são as que devem possuir
melhor qualidade pois, são as que resistem directamente às acções e consequentes forças do
tráfego e as transmite de forma gradual às camadas inferiores.
A camada de desgaste é a camada superior do pavimento e como tal está em contacto directo
com trafego. A camada de desgaste ou revestimento podem ser em:
Cape Seal;
Otta Seal;
Os revestimentos mais usados são o RSS ou RSD para vias com tráfego baixo, e misturas
asfálticas, geralmente, Betão Betuminoso a Quente para vias de volume de tráfego elevado.
É um pavimento que apresenta uma resistência à tracção razoável, e uma deformabilidade maior
que o rígido e menor que o flexível.
O pavimento semi-rígido pode ser directo quando a camada revestimento é executada sobre
uma base estabilizada com cimento ou, indirecto quando a camada de revestimento é executada
sobre uma base granular e a sub-base estabilizada com cimento.
Solo-cimento;
Solo-cal.
Segundo Branco (2006), os pavimentos semi-rígidos “podem distinguir-se em estruturas
“directas” e estruturas “inversas”. Nas primeiras. As camadas betuminosas apoiam-se
directamente sobre a base estabilizada com ligante hidráulico.”
Laje de Betão
Barra de Transferência
Rega de Impregnação Junta de Dilatação
Reservatório do Selante
Sub-base
Leito do Pavimento
O revestimento deste pavimento pode ser em betão simples, betão armado ou betão pré-
esforçado dependendo da finalidade prevista do pavimento.
Pavimento Pré-esforçado;
São de fácil reparação quando ocorrem assentamentos, nas camadas inferiores, que possa
comprometer a capacidade estrutural do pavimento.
Contenção Lateral
Junta de Areia
Blocos de Betão Pré-fabricadas (Pavê)
Camada de Areia/Assentamento
Base
Sub-base
Leito do Pavimento
a) Leito do Pavimento
b) Sub-base
A sub-base é constituída por material granular, que pode ou não ser tratado com aditivos como
por exemplo, solo tratado com cimento.
Segundo Carvalho (1998), o material da sub-base é definido pelos parâmetros regulamentados,
e a sua espessura é definida em função do tráfego e as condições de suporte da própria camada.
c) Base
d) Camada de Assentamento
e) Camada de Desgaste
a) b)
c) d)
Figura 2.5. - Pavimento em espinha de peixe a 45° (a) e a 90° (b), fileira (c) e em trama (d).
(Fonte: Associação Brasileira de Cimento Portland)
Cruz (2003) recomenda que em áreas para o tráfego de veículos se utilize o arranjo em espinha
de peixe, pois este apresenta maior nível de travamento e, consequentemente, melhor
desempenho estrutural.
f) Contenção Lateral
A contenção lateral garante o confinamento entre as peças evitando a separação das mesmas
quando houver um reajuste efectivo dos blocos (CARAVALHO, 1998). Este confinamento
lateral faz-se por meio de lintéis (é o mais usado) que são peças de betão com durabilidade
equivalente às dos pavês, cuja principal função é de suportar os esforços horizontais.
a) Travamento Horizontal
2
Expressão brasileira que designa pavê.
3
Expressão brasileira que designa Leito do Pavimento.
b) Travamento Vertical
O travamento vertical é definido como a capacidade de cada pavê não se movimentar no sentido
vertical em relação às peças vizinhas. Este travamento desempenha a sua função através de
esforços de cisalhamento absorvidos pelo reajuste da areia nas juntas das peças e através da
capacidade estrutural das camadas inferiores do pavimento (SHACKEL, 1990). Ainda segundo
o mesmo autor este tipo de pavê tem uma geometria complexa (apresentam dimensões maiores),
sendo as mais difíceis de executar e dispendiosas em relação aos pavês com travamento
horizontal.
c) Travamento Rotacional
Cruz (2003) descreve o travamento rotacional como a capacidade do pavê não girar em torno
do seu eixo em qualquer direcção. Desempenha a sua função através da espessura das juntas
entre as peças e consequentemente o confinamento oferecido pelas peças vizinhas.
Este fenómeno, geralmente, é provocado pelo tipo e frequência do tráfego, principalmente nas
áreas de travagem, aceleração e tensões radiais dos pneus. Assim, a sua ocorrência depende
principalmente da natureza das juntas entre os pavês, ou seja, da sua largura e do tipo de areia
(CRUZ, 2003).
d) Travamento Rotacional
É a capacidade que os pavês adquirem para não girar em torno do seu eixo horizontal mantendo
a superfície plana (HALLACK, 1998).
De acordo com o mesmo autor, este fenómeno é raro e pode ser evitado com um bom
confinamento lateral da camada de desgaste e das peças, garantindo juntas com 2.5 a 3.0 mm
de espessura e material adequado de preenchimento das juntas.
Figura 2.7. - Limitação de tráfego: proibição de circulação de veículos com mais de 3.5t.
(Fonte: Autora, 2018)
Quanto ao número de veículos que passa numa determinada secção de uma via, num
determinado período, dá-se o nome de volume de tráfego. Em média, numa via o volume do
tráfego pode variar entre muito leve a muito pesado, conforme ilustra a tabela seguinte.
TRÁFEGO VEÍCULO/VIA/DIA
Muito Leve 0 - 50
Leve 50 - 250
Médio 250 - 500
Médio a Pesado 500 - 1500
Pesado 1500 - 3000
Muito Pesado 3000 +
A tabela apresentada é apenas indicativa para ter-se uma ideia da quantidade de veículos por
dia e por via para cada variação do volume de tráfego.
cada um deles tem a sua composição e qualidade de materiais inseridos no pneu. Como
exemplo, a figura a seguir ilustra como é composta a estrutura interna de um pneu da marca
Michelin (marca conhecida a nível nacional):
Arco de Talão (4): é a parte do pneu que se fixa e ajusta à jante, e nele enrola-se a lona
carcaça. Tem como finalidade de realizar a estanqueidade do pneu e transmitir o binário
motor (potência do motor do veículo) nos esforços de aceleração e travagem.
Flanco (5): é a zona compreendida entre a banda de rolamento e os talões do pneu, e tem
como finalidade suportar a carga e as constantes flexões mecânicas, resistir as ficções e
agressões, e participar na estabilidade e no conforto.
Lonas de Topo (6): é camada constituída por filamentos metálicos revestidos de
borracha, a mesma posiciona-se sobre a carcaça formando uma cintura que garante a
resistência mecânica do pneu à velocidade e à força centrífuga.
Banda de Rolamento (7): é a parte do pneu que está em contacto com o solo e é formada
por uma camada de borracha em que se realizam uma série de ranhuras que dão origem
ao piso ou escultura.
Figura 2.10. - Pneu pronto para receber uma nova camada de banda de rolamento.
(Fonte: GOOD YEAR,2018)
Segundo a página de internet da marca de pneu Good Year, também conhecida a nível nacional,
o processo de recauchutagem compreende fundamentalmente os seguintes passos:
remanescente não revestidas (cerca de 77%). Dos 23% de estradas revestidas da Cidade de
Maputo apenas aproximadamente 3% faz parte das estradas revestidas em BBP.
A Cidade de Maputo esta dividida em 7 distritos urbanos nomeadamente: KaMpfumu (Distrito
N° 1), KaNlhamankulu (Distrito N° 2), KaMaxaquene (Distrito N° 3), KaMavota (Distrito N°
4), KaMubukwana (Distrito N° 5), KaTembe (Distrito N° 6) e KaNhaka (Distrito N° 7). Para
este estudo limitou-se apenas nos 5 primeiros distritos urbanos citados anteriormente.
EXTENSÃO NÃO
DISTRITO Nº DE PAVIMENTADAS
TOTAL PAVIMENTADAS
ESTRADAS
NOME Nº (Km) Km % Km %
KaMpfumo 1 152.2 423 96.7 63.5 55.5 36.5
KaNlhamankulu 2 77.9 216 28.1 36.1 49.8 63.9
KaMaxaquene 3 163.7 543 19.2 11.9 144.3 88.1
KaMavota 4 236.2 547 19.6 8.3 216.6 91.7
KaMubulukwana 5 200.2 511 26.3 13.1 173.9 86.9
TOTAL 830.2 2240 190.1 22.9 640.1 77.1
Os BBP ainda são um tipo de pavimento, sujeito a estudos que dizem respeito ao seu
desempenho até os dias de hoje, como por exemplo: o desgaste, condições de resistência,
qualidade, aplicação, deformação, quebras e a possibilidade de produção dos mesmos com um
outro material de modo a reduzir o uso de cimento que tem-se tornado um recurso cada vez
mais oneroso.
As imagens que se seguem ilustram o estado actual de algumas estradas em BBP existentes na
Cidade de Maputo e, com base na análise visual e nas informações fornecidas pelo Engenheiro
Virgílio do sector de Estradas e Pontes do Conselho Municipal da Cidade de Maputo chegou-
se as seguintes conclusões:
a) b)
c) d)
Figura 3.12. - Rua Mario Coluna (a) - desgaste dos blocos (b), assentamento diferencial (c), depressões
localizadas (d). (Fonte: Autora, 2018)
a) b)
c) d)
Figura 3.13. - Avenida Sebastião Marcos Mabote (a) – desgaste da camada de desgaste (b), assentamento
diferencial dos blocos (c), acúmulo de água no pavimento (d). (Fonte: Autora, 2018)
a) b)
Figura 3.14. - Avenida Cardial Alexandre dos Santos (a), estado actual dos blocos (b).
(Fonte: Autora, 2018)
a) b)
c) d)
Figura 3.15. - Avenida Candido Mondlane (a) – desgaste da camada de revestimento (b), assentamento
diferencial dos pavês (c), depressão localizada (d). (Fonte: Autora, 2018)
a) b)
c)
Figura 3.16. - Prolongamento da Avenida Vlademir Lenine (a) – ligeiro desgaste dos blocos (b) e
depressão localizada (c). (Fonte: Autora, 2018)
a) Preparação do Material
Numa primeira fase prepara-se cada material que entra na composição do BBP, como a areia
fina, areia grossa, sarisca, pó de pedra e o cimento. No processo de preparação peneira-se a
areia fina e grossa para eliminar qualquer impureza e as pedras que as mesmas possam conter.
O BBP produzido possui duas camadas: superior e inferior. A camada superior é constituída
pelos materiais areia fina, areia grossa e cimento, e a camada inferior pelos materiais areia
grossa, pó de pedra e cimento.
Para a produção do BBP existem dois misturadores, um para cada camada. Na primeira
misturadora são colocados todos materiais da camada superior e o mesmo é feito na segunda
misturadora para a camada inferior. Depois de misturado faz-se uma avaliação visual pois a
mistura deve apresentar um aspecto homogéneo antes de ir aos moldes.
a) b)
Figura 3.18. - Processo de mistura dos materiais grossos (a) e finos (b).
(Fonte: Autora, 2018)
Após o processo anterior as misturas são levadas para os moldes onde dá-se forma aos blocos.
Primeiro é adicionada a mistura da parte inferior nos moldes e de seguida a mistura da parte
superior, e para finalizar os moldes são vibrados. A vibração é controlada pelo operador da
máquina. Esta deve ser suficiente para compactar devidamente o bloco evitando quebras ou
fissuras. Após a formação dos blocos, os mesmos saem e faz-se um controle do seu aspecto
visual e das suas dimensões.
b)
a)
Figura 3.19. - Controle de vibração (a) e controle das dimensões do bloco (b).
(Fonte: Autora, 2018)
d) Secagem
Depois que os blocos ganham a sua forma são levados para um pátio onde dá-se o início ao
processo de secagem onde os BBP são deixados ao ar livre por 24h. Após a secagem os blocos
são arrumados e devem ser constantemente regados com água para o processo de cura dos
mesmos.
a) b)
Figura 4.21. - Resíduos de borracha de pneu reciclado (a) e pneus descartados por não apresentar boas
condições de conservação (b). (Fonte: Autora, 2018)
Segundo as pedreiras de Namaacha e Moamba verificou-se através de uma avaliação visual que
os seguintes materiais tem as seguintes designações:
PP I - “Basalto”
PP II - “Reolito”
a) b) c)
Figura 4.22. - Secagem ao ar livre da Areia Fina I (a), Areia Fina II (b) e Areia Fina III (c).
(Fonte: Autora, 2018)
a) b)
Após a peneiração retirou-se cada peneiro e fez-se novamente o processo de peneiração sobre
uma bandeja, sem perder nenhum material, e seguiu-se com a pesagem do material retido.
a) b)
Figura 4.26. - Segunda peneiração do material (a) e pesagem do material retido (b).
(Fonte: Autora, 2018)
Este processo repetiu-se para os restantes 4 materiais, e por fim efetuaram-se os cálculos das
percentagens do inerte retido em cada peneiro. Obtidas estas percentagens seguiu-se o cálculo
das percentagens do inerte que passou em cada um dos peneiros, e a partir destas percentagens
traçou-se a curva granulométrica do inerte (vide as Tabelas 4.8, 4.9, 4.10, 4.11 e 4.12).
a) b)
Conhecido o peso do recipiente sem inerte, fez-se a pesagem a pesagem do molde com o inerte,
onde a superfície, após o preenchimento, deve ser devidamente nivelada usando o varão.
Por fim, seguiu-se os cálculos em que a baridade é dada em Kg/m3, tendo obtido os resultados
apresentados na Tabela 4.13.
Iniciando com as areias, começou-se por pesá-las em três parcelas, 340 g, 345 g e 350 g, de
modo a obter três determinações, e de seguida introduziu-se água no picnómetro até enche-lo e
fez-se a pesagem do frasco com água.
a) b)
Figura 4.29. - Separação da amostra em 340, 345 e 350 g (a), e pesagem do frasco com água (b).
(Fonte: Autora, 2018)
Após a pesagem do frasco com água, retirou-se parte da água e introduziu-se o material no
frasco. De modo que a areia fique totalmente saturada e para que se elimine as bolhas de ar
deve-se mexer as partículas.
a) b)
Figura 4.31. - Introdução da amostra no frasco (a) e mistura das partículas (b).
(Fonte: Autora, 2018)
De seguida voltou-se a encher água no frasco para a posterior pesagem e registo dos pesos. Este
processo repetiu-se para as restantes duas parcelas e, o mesmo foi feito para os restantes
materiais (AF II e AF III). (vide os resultados na Tabela 4.14)
a) b)
Figura 4.30. - Introdução de água no frasco (a) e pesagem do frasco com água e areia (b).
(Fonte: Autora, 2018)
Para as britas iniciou-se com a crivagem do material. Por se tratar de pó de pedra usou-se o
material que fica retido no peneiro n° 4 e de seguida levou-se a amostra à pesagem de modo a
atingir 3 Kg. Após a pesagem mergulhou-se a amostra na água por 24 h, à temperatura ambiente.
a) b) c)
Figura 4.33. - Crivagem do material (a), colocação do material no cesto cilíndrico (b) e emersão do material
na água (c). (Fonte: Autora, 2018)
Após 24 h retirou-se o material e limpou-se a superfície das partículas com uma toalha evitando
a perda da água absorvida. De seguida, lançou-se o material no cesto cilíndrico e pesou-se, e
depois mergulhou-se na água e pesou-se novamente o material submerso.
a) b) c)
Figura 4.32. - Limpeza da superfície das partículas (a), pesagem das partículas saturadas com superfície
seca (b) e pesagem das partículas submersas (c). (Fonte: Autora, 2018)
Para finalizar o ensaio, levou-se o material à estufa a 105 °C por 24 h e pesou-se novamente a
amostra, e finalmente obteve-se os resultados apresentados na Tabela 4.14.
a) b)
Figura 4.34. - Secagem do material na estufa (a), temperatura a 110 °C na estufa (c).
(Fonte: Autora, 2018)
Portanto, assume-se que as fibras podem ajudar na união das partículas, assim sendo, optou-se
por não crivar o material pois com este processo obter-se-ia apenas a parte fina (pó) do mesmo
e descartar-se-iam as fibras.
a) b)
Para a caracterização das fibras de borracha de pneu reciclado recorreu-se as mesmas normas
usadas para caracterização dos inertes. Foram efectuados ensaios de determinação da baridade
e ensaio de determinação do peso específico pelo método do picnómetro. E prosseguiu-se com
os cálculos tendo obtido os resultados apresentados na Tabela 4.13.
a) b)
Figura 4.37. - Determinação da baridade (a) e peso específico das fibras de borracha de pneu (b).
(Fonte: Autora, 2018)
Tendo remanescido a AF II e a AF III optou-se por escolher apenas uma areia para a produção
dos BBP. Portanto, escolheu-se a AF III para dar continuidade ao estudo por apresentar mais
finos na sua granulometria e por ser a mais usada nas fábricas de BBP.
PP I e a AF III;
PP II e a AF III.
a) b)
d)
c)
Figura 4.38. - Pesagem dos BBP (a), colocação do pavê na prensa (b), aplicação da carga sobre o pavê (c)
e pavês após atingirem a rotura (d). (Fonte: Autora, 2018)
a) b)
Figura 4.40. - BBP marcados com as linhas de referência (a) e aplicação da carga sobre o BBP (b).
(Fonte: Autora, 2018)
a) b)
Figura 4.39. - O BBP após atingir a rotura (a) e secção interna do BBP quebrado (b).
(Fonte: Autora, 2018)
a) b)
Figura 4.42. - Secagem dos blocos na estufa por 24h (a) e pesagem do bloco seco (b).
(Fonte: Autora, 2018)
a) b)
Figura 4.41. - Emersão dos blocos no tanque de água por 24h (a) e pesagem do bloco húmido (b).
(Fonte: Autora, 2018)
AREIA FINA I
Peneiros ASTM 3/8" 4 8 15 30 50 100 200 Refugo
Percentagem Passada 100.00 99.56 98.61 97.41 94.85 59.64 7.73 1.16 0.00
AREIA FINA II
Peneiros ASTM 3/8" 4 8 15 30 50 100 200 Refugo
Percentagem Passada 100.00 99.94 99.23 98.29 94.58 53.67 4.75 0.99 0.00
PÓ DE PEDRA I
Peneiros ASTM 3/8" 4 8 15 30 50 100 200 Refugo
Percentagem Passada 100.00 63.24 22.35 5.53 1.30 0.58 0.33 0.21 0.00
PÓ DE PEDRA II
Peneiros ASTM 3/8" 4 8 15 30 50 100 200 Refugo
Percentagem Passada 100.00 71.17 39.32 19.03 8.80 3.61 1.53 0.67 0.00
Através dos gráficos é possível notar que a AF III em relação as outras AF é o material que
contém mais finos. Comparando os PP, verifica-se que o PP II contém mais finos em relação
ao PP I.
Com base nos resultados do ensaio anterior (baridade) e do ensaio de determinação do peso
específico verificou-se que as fibras de borracha apresentam um valor menor em relação aos
outros materiais. A borracha é conhecida como um material impermeável e leve e, através dos
resultados é possível confirmar esta teoria.
É notório também que nas areias, a AF I apresenta uma massa volúmica maior em relação as
outras areias, e nos pós de pedra, o PP II apresenta também uma massa volúmica maior em
relação ao outro PP.
Com base nos resultados verifica-se que os mesmos estão dentro dos resultados esperados, pois
o cimento em análise cumpre com os parâmetros estabelecidos no Quadro 3 da NP EN 197-
1/2012 (Vide o Anexo I) para um cimento CEM II/A-L com classe de resistência de 42.5N,
portanto reúne todos os requisitos físicos e mecânicos, e critérios de conformidade para o seu
uso, de acordo com a norma.
Volumes (Litros) % de
Mistura Cimento
Cimento Água Vazios Inertes Elementos Sólidos do betão (Pc)
PP I - AF III 475.00 147.90 30.00 668.90 822.10 18.64%
PP II - AF III 475.00 147.80 30.00 668.90 822.20 18.64%
PP I - AF III
D 100.00 81.36 100.00
& D/2 48.00 29.36 36.09
PP II - AF III
0.01 0.00 -18.64 -22.91
Módulo de Finura
Mistura Percentagem dos
Inerte da Composição
Inertes
(mm)
PP I 68%
PP I - AF III 3.82
AF III 32%
PP II 78%
PP II - AF III 3.82
AF III 22%
PP I 2440.00 1110.00
0.669
AF III 2650.00 567.31
PP II 2250.00 1174.10
0.669
AF III 2650.00 390.03
O estudo de composição do BBP foi feito de modo a obter o traço das amassaduras de cada
mistura, e com base neste traço incorporar as dosagens das fibras de borracha de pneu reciclado
tendo em conta as variações percentuais previamente estabelecidas.
e todas dimensões dos blocos foram escolhidas em função do especificado na norma South
African Bureau of Standards (SABS) 1058 de 1985.
Os BBP foram produzidos num estaleiro. Com base nas dosagens previamente calculadas
através do traço, expressas em Kg (vide as tabelas 4.27 e 4.28), e com auxílio de uma balança,
fizeram-se as medições dos materiais a incorporar em cada mistura, tendo em conta as variações
percentuais (0%, 8%, 12% e 16%) da adição das fibras de borracha de pneu reciclado em
substituição do cimento, uma vez que que os traços das duas misturas (PP I - AF III e PP II -
AF III) foram determinados com base na curva de referência com cimento.
É importante realçar que para as amassaduras com incorporação das fibras de borracha não
seguiu-se uma sequência lógica.
As imagens que se seguem ilustram sequencialmente uma reportagem fotográfica do processo
de produção.
a) b)
c) d)
Figura 4.44. - Pesagem(a), preparação da mistura (b), mistura dos materiais (c) e colocação da mistura na
máquina (d). (Fonte: Autora, 2018)
a) b)
Figura 4.43. - Compactação dos BBP (a), disposição dos BBP após a produção (b).
(Fonte: Autora, 2018)
No total, foram produzidos 144 blocos, onde 72 correspondem a primeira mistura (PP I – AF
III) e os restantes 72 são da segunda mistura (PP II – AF III). Após 24 h de secagem e constante
rega, levou-se os blocos ao tanque de água.
a) b)
Figura 4.45. - Identificação dos blocos (a) e colocação dos blocos no tanque de água (b).
(Fonte: Autora, 2018)
A. Considerações
Uma das perguntas da investigação é sobre a afinidade entre as fibras de borracha e o cimento
na mistura. Durante a mistura e moldagem dos BBP verificou-se, com base no aspecto visual,
que houve afinidade entre os materiais e as fibras de borracha. Porém acredita-se que a
percentagem de fibras de pneu a incorporar na mistura não deve ser excessiva de modo a criar
homogeneidade entre os materiais.
É importante realçar que não foi usada uma máquina industrial para a produção dos BBP, e
como consequência nem todos BBP foram devidamente compactados, criando alguns defeitos
parentes que podem afectar nos resultados dos ensaios de controlo de qualidade. As imagens
que se seguem ilustram alguns dos defeitos encontrados.
a) b)
c) d)
Figura 4.47. - Falha no preenchimento do molde (a), bloco produzido com excesso de água (b), segregação
do bloco (c) e fissura no bloco (d). (Fonte: Autora, 2018)
Datas Tensão de
Referência Peso
Rotura
Fabrico Ensaio (Kg)
(MPa)
BA 0% 24-03-18 31-03-18 3.4 8.0
RE 0% 24-03-18 31-03-18 3.3 5.7
BA 8% 24-03-18 31-03-18 3.6 15.3
RE 8% 24-03-18 31-03-18 3.3 6.0
BA 12% 24-03-18 31-03-18 4.0 19.0
RE 12% 24-03-18 31-03-18 3.2 5.5
BA 16% 24-03-18 31-03-18 4.2 14.8
RE 16% 24-03-18 31-03-18 3.1 4.7
Os resultados aos 7 dias de cura são apenas indicativos, pois os BBP ainda não atingiram a cura
total que é aos 28 dias. A tendência do betão é de melhorar a sua resistência ao longo do tempo
de cura, portanto admitiu-se que os valores apresentados na tabela acima estavam dentro do
aceitável para 7 dias de cura.
Para uma pré-avaliação concluiu-se, através dos resultados aos 7 dias, que os BBP produzidos
com o PP I (BA) possuem uma resistência elevada em relação aos BBP produzidos com o PP
II (RE).
Para os blocos produzidos com PP I verificou-se um crescimento da tensão de rotura com a
adição das fibras de borracha até 12%, e uma queda aos 16% de fibra de borracha. No entanto,
para os blocos produzidos com PP II, embora a diferença considerável nos resultados, verificou-
se um ligeiro crescimento da tensão de rotura até aos 8%, e uma queda a partir dos 12%.
Datas Tensão de
Referência Peso (Kg) Rotura
Fabrico Ensaio (MPa)
BA 0% 24-03-18 21-04-18 3.5 14.2
RE 0% 24-03-18 21-04-18 3.1 8.2
BA 8% 24-03-18 21-04-18 3.4 19.5
RE 8% 24-03-18 21-04-18 3.3 7.8
BA 12% 24-03-18 21-04-18 4.0 25.2
RE 12% 24-03-18 21-04-18 3.3 11.0
BA 16% 24-03-18 21-04-18 4.1 18.0
RE 16% 24-03-18 21-04-18 3.2 5.3
É notório através do gráfico que os BBP produzidos com PP I ainda apresentam valores maiores
de resistência à compressão em relação aos BBP produzidos com PP II.
Os resultados BBP produzidos com PP I tendem a crescer dos 0 aos 12% e decrescem dos 12
aos 16%. Enquanto os resultados dos BBP produzidos com PP II tendem a decrescer até aos
8%, crescem aos 12% e decrescem novamente aos 16%.
Em contra partida, os BBP produzidos com PP II não satisfazem o mínimo recomendado pela
norma pois apresentam apenas um crescimento ligeiro na sua resistência à compressão.
Datas Tensão de
Referência
Fabrico Ensaio Rotura (MPa)
BA 0% 24-03-18 31-03-18 3.9
RE 0% 24-03-18 31-03-18 0.5
BA 8% 24-03-18 31-03-18 2.0
RE 8% 24-03-18 31-03-18 0.6
BA 12% 24-03-18 31-03-18 4.3
RE 12% 24-03-18 31-03-18 0.6
BA 16% 24-03-18 31-03-18 4.9
RE 16% 24-03-18 31-03-18 0.6
O gráfico a seguir apresenta os resultados de forma sucinta, com base em cada variação
percentual de borracha e tipo de material usado, para melhor interpretação e comparação dos
resultados.
Com base nos resultados, verificou-se que os BBP produzidos com o PP I possuem maior
resistência à flexão em relação aos BBP produzidos com o PP II. Os resultados dos BBP com
PP I tendem a oscilar, pois aos 8% a resistência à flexão decresce em cerca de 1.9 MPa, porém
aos 12% a resistência cresce em cerca de 2.3 MPa, e continua a crescer até aos 16%. Esta
diferença considerável dos resultados pode ser uma consequência da compactação deficiente
durante a produção dos BBP com adição de fibras de borracha de pneu reciclado. Enquanto, os
resultados dos blocos com PP II tendem a manter-se constantes a partir dos 8%.
Datas Tensão de
Referência
Fabrico Ensaio Rotura (MPa)
BA 0% 24-03-18 21-04-18 4.4
RE 0% 24-03-18 21-04-18 1.8
BA 8% 24-03-18 21-04-18 4.8
RE 8% 24-03-18 21-04-18 3.1
BA 12% 24-03-18 21-04-18 5.4
RE 12% 24-03-18 21-04-18 2.3
BA 16% 24-03-18 21-04-18 5.4
RE 16% 24-03-18 21-04-18 1.2
Verifica-se um crescimento dos BBP em termos de resistência à flexão tanto para os BBP
produzidos com PP I como para os BBP produzidos com PP II, podendo verificar de forma
clara no seguinte gráfico:
Para este caso é notório que os BBP produzidos com PP I tem um crescimento dos 0 aos 12%,
e partindo dai tendem a manter a sua resistência até aos 16%, o que não se verificou aos 7 dias
de cura. Para os BBP produzidos com PP II a sua resistência tende a crescer até aos 8% e
decresce dos 8 aos 16%.
Embora o crescimento dos 7 aos 28 dias de cura não tenha sido uniforme para os dois tipos de
BBP, os BBP produzidos com PP I continuam apresentando maior resistência à flexão em
relação aos BBP produzidos com PP II.
Mesmo que não haja um regulamento específico para este ensaio, os resultados dos BBP
produzidos com PP I são satisfatórios tendo como base a resistência à compressão. Enquanto
para os BBP produzidos com PP II os resultados são ligeiramente satisfatórios pois apresentam
em média os mesmos resultados que os BBP produzidos com PP I aos 7 dias, com uma variação
de borracha de 0 à 8%.
Contudo, os BBP produzidos com PP I, no geral, podem resistir à flexão até no máximo 5.4
MPa e no mínimo 1.2 MPa com uma variação de borracha de 0 à 16%, e os BBP produzidos
com PP II podem resistir no máximo 3.1 MPa e no mínimo 1.2 MPa, com a mesma variação
percentual.
BA 0% 24-03-18 6.2%
RE 0% 24-03-18 4.6%
BA 8% 24-03-18 5.5%
RE 8% 24-03-18 2.7%
BA 12% 24-03-18 3.6%
RE 12% 24-03-18 1.4%
BA 16% 24-03-18 4.4%
RE 16% 24-03-18 1.8%
De seguida procede-se um gráfico que apresenta de forma sucinta os resultados para melhor
interpretação dos mesmos.
Com base nos resultados obtidos concluiu-se que os BBP produzidos com PP II são mais
porosos em relação aos blocos produzidos com PP I, ou seja, tem maior capacidade de absorção
de água. Segundo a NP 1338 (2009), os BBP da classe 2 não devem absorver mais de 6% de
água.
Nota-se através do gráfico que os blocos com PP II tendem a reduzir a sua capacidade de
absorção de água até aos 12% de adição de fibras de borracha de pneu reciclado, porém esta
mesma capacidade de absorção tende a crescer aos 16% de adição, e o mesmo acontece com os
BBP produzidos com PP I.
É evidente para os dois tipos de blocos que 12% é a percentagem óptima de adição de fibras de
polímeros pois, a partir dos 12% em diante o gráfico tente a subir, embora não se descarte a
possibilidade de usar as fibras numa percentagem de 16% porque encontra-se também dentro
dos parâmetros aceitáveis pela norma.
Esta comparação de resultados em relação a absorção de água já era prevista na fase de
caracterização dos materiais, pois aquando do ensaio de peso específico do PP I e do PP II
verificou-se que o PP I tem apenas uma capacidade de 2.92% de absorção de água, enquanto o
PP II tem uma capacidade 5% de absorção de água, o que indica que o PP II é mais poroso em
relação ao PP I (vide o Apêndice III - A e B).
Data de Absorção de
Referência
Fabrico Água (%)
BA 0% 24-03-18 5.2%
RE 0% 24-03-18 6.4%
BA 8% 24-03-18 2.9%
RE 8% 24-03-18 6.8%
BA 12% 24-03-18 1.5%
RE 12% 24-03-18 3.4%
BA 16% 24-03-18 1.9%
RE 16% 24-03-18 3.8%
Através dos resultados aos 28 dias verifica-se que, para os dois tipos de BBP, com o aumento
do tempo de cura a capacidade de absorção de água tende a aumentar.
Os BBP produzidos com PP II excederam o mínimo estabelecido pela norma (NP 1338, 2009)
de 6%, para as dosagens de 0 a 8% de fibras de borracha. Porém, a partir da variação percentual
de 8 à 12% a capacidade de absorção de água tende a baixar para 3.4%, e cresce novamente até
aos 16% de borracha para 3.8% de capacidade de absorção de água.
Os BBP produzidos com PP I satisfazem o mínimo estabelecido pela norma em todas suas
variações percentuais de borracha. A sua capacidade de absorção tende a decrescer dos 0 aos
12% de adição de borracha e cresce ligeiramente dos 12 aos 16% de adição de borracha.
Tendo em conta os BBP convencionais (com 0%), verifica-se que estes encontram-se próximos
do limite admissível pela norma em relação aos BBP com adição de fibras de borracha reciclada
(excepto RE 8%).
Os gráficos a seguir apresentam de forma resumida os resultados dos ensaios aos 7 e 28 dias
para melhor compressão.
Gráfico 4.13. - Resumo de resultados do ensaio de resistência à compressão aos 7 e 28 dias de cura.
(Fonte: Autora, 2018)
Gráfico 4.14. - Resumo de resultados do ensaio de resistência à flexão aos 7 e 28 dias de cura.
(Fonte: Autora, 2018)
Gráfico 4.15. - Resumo de resultados do ensaio de capacidade de absorção de água aos 7 e 28 dias de cura.
(Fonte: Autora, 2018)
Partindo da teoria de que quanto menor é a porosidade de uma peça, menor é a quantidade de
água absorvida pela mesma peça e, consequentemente, maior é a sua resistência mecânica
(CRUZ, 2003), pode-se afirmar, com base nos resultados aos 7 e 28 dias que os BBP produzidos
com PP I (BA) mostram esta teoria. Estes BBP apresentam um considerável crescimento em
termos de resistência, tanto a compressão como a flexão, ao longo dos seus dias de cura.
Em contra partida, os BBP produzidos com PP II apresentaram um crescimento considerável
na sua resistência à flexão, e um crescimento ligeiro na sua resistência à compressão, aos 28
dias, em relação aos resultados aos 7 dias (excepto o RE 12% que apresenta um crescimento
em dobro na sua resistência à compressão aos 28 dias).
Aquando do ensaio de absorção de água notou-se que os BBP produzidos com PP I apresentam
uma massa seca maior em relação aos BBP produzidos com PP II, tanto aos 7 como aos 28 dias
de cura.
Verificou-se também que quanto maior é o tempo de cura do BBP menor é a sua massa, pode-
se verificar na tabela seguinte e com mais detalhes nos Apêndices VIII a diferença dos pesos
dos BBP secos e húmidos aos 7 e 28 dias.
Tabela 4.36. - Massa Seca dos BBP aos 7 e 28 dias de cura.
(Fonte: Autora, 2018)
BA 0% 3338 3313
BA 8% 3334 3327
BA 12% 3914 3906
BA 16% 3963 3954
RE 0% 3117 3090
RE 8% 3096 3041
RE 12% 3019 3007
RE 16% 2880 2837
Durante a realização dos ensaios de compressão e flexão notou-se que as fibras de borracha de
pneu reciclado desempenham um papel importante na composição dos BBP, garantindo a união
entre as partículas que compõem o mesmo. Nas imagens seguintes é possível notar que mesmo
após os BBP atingirem a rotura as fibras tendem a manter unidos os fragmentos que resultam
do processo de esmagamento dos BBP. Afirmando que é possível garantir afinidade entre o
cimento e as fibras de borracha.
5.1. Conclusões
O trabalho teve como objectivo analisar de forma experimental o desempenho dos BBP com
adição de fibras de borracha provenientes da recauchutagem de pneus, e com isso, verificar a
viabilidade técnica do estudo. Cada passo do estudo foi baseado em literaturas existentes de
cada fase em análise, e dentro das prescrições normativas.
Após a caracterização dos materiais optou-se por produzir dois tipos de BBP com diferentes
pós de pedra (PP I e PP II), usando o mesmo tipo de areia (AF III), e a mesma variação
percentual de fibras de borracha de pneu reciclado (0%, 8%, 12% e 16%) para cada tipo de
BBP, com uma taxa de cimento CEM II 42.5N de 475 Kg/m3.
Produziu-se BBP com 0% fibras de borrachas (BBP convencional) para servir de objecto de
comparação em relação aos BBP com 8, 12 e 16% de adição de fibras de borracha.
De forma geral concluiu-se que:
todos os materiais que compõem o BBP afectam directamente na sua resistência e o seu
desempenho final, portanto, as fibras de pneu reciclado também são extremamente
importantes para a análise dessa propriedade do BBP.
seus resultados satisfazem os parâmetros exigidos pelas normas, para um BBP a ser usado
numa via urbana com volume de tráfego médio. Tendo atingido, em média, aos 28 dias
de cura, 25.2 MPa no ensaio de compressão, 5.4 MPa no ensaio de flexão e 1.5% de
absorção de água.
os BBP com outras percentagens (8 e 16%) não devem ser descartados pois apresentam
resultados satisfatórios para locais com menos solicitações, como é o caso de ciclovias,
parque de estacionamento, passeios, praças e áreas de lazer, segundo a SABS 1058
(1985). Estes apresentam uma resistência à compressão de 18 e 19.5 MPa, 4.8 e 5.4 MPa
para resistência à flexão e 2.9 e 1.9% de absorção de água, respectivamente.
Pode-se afirmar que, se a taxa de cimento fosse mais elevada em relação a taxa de cimento
usada no presente trabalho de investigação os resultados dos BBP com 8 e 16% podiam ser
maiores. Portanto, seria um ligeiro aumento pois os seus resultados estão perto do mínimo
admissível na norma SABS 1058 (1985) de 20 MPa.
não apresentou bons resultados para o fim a que se destina o presente trabalho de
investigação, tendo atingido no máximo (aos 28 dias de cura) 13.2 MPa para compressão.
em contra partida a sua resistência à flexão é considerável tendo atingido no máximo 3.1
MPa comparando com a resistência à flexão dos BBP produzidos com PP I. Porém, é
possível usar estes BBP em locais com solicitações mais leves, que é o caso de passeio
para pedestres e residências.
Conclui-se que para estes blocos atingirem a resistência pretendida para vias urbanas com
volume de tráfego médio seria necessário uma taxa de cimento muito elevada, sem contar que
o material usado na mistura (PP II) é muito poroso.
5.2. Recomendações
Embora já existam registros de aplicação de pavimentos em BBP na Cidade de Maputo, este é
um assunto ainda por ser desenvolvido e estudado de modo a encontrar soluções óptimas em
termos de economia de execução e produção em relação as soluções comumente usadas.
Os BBP com adição de fibras de borracha de pneu reciclado pode não ser apenas aplicável às
vias urbanas da Cidade de Maputo, mas também em qualquer ponto do país com tráfego médio
ou moderado.
Com base neste trabalho existem vários estudos que podem ser desenvolvidos de modo a
aumentar o conhecimento sobre o tema. De forma a dar continuidade a este estudo recomenda-
se:
Desenvolver um trecho experimental no campo com o BA 12%, numa via urbana com
volume de tráfego médio, para avaliação do comportamento do mesmo.
Desenvolver estudos sobre as reações químicas que ocorrem entre as fibras de borracha
de pneu com o ligante (cimento).
Desenvolver um estudo de viabilidade económica entre um pavimento revestido com
asfalto e outro revestido com BBP modificados com fibras de borracha de pneu reciclado,
mas com mesmas características nas camadas inferiores.
Desenvolver um estudo de viabilidade económica entre a produção de BBP modificados
com fibras de pneu reciclado e BBP convencionais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIBLIOGRAFIA
APÊNDICES
ÍNDICE DE APÊNDICES
APÊNDICE III - E: Ensaio de Determinação do Peso Específico (AF III) .......................... 100
APÊNDICE VII - A: Ensaio de Resistência à Flexão do Pavê aos 7 Dias (PP I - AF III & PP II
- AF III) ............................................................................................................................. 112
APÊNDICE VII - B: Ensaio de Resistência à Flexão do Pavê aos 28 Dias (PP I - AF III & PP
II - AF III) ......................................................................................................................... 113
APÊNDICE VIII - A: Ensaio de Capacidade de Absorção de Água do Pavê aos 7 Dias (PP I -
AF III & PP II - AF III)...................................................................................................... 114
APÊNDICE VIII - B: Ensaio de Capacidade de Absorção de Água do Pavê aos 28 Dias (PP I -
AF III & PP II - AF III)...................................................................................................... 115
PÓ DE PEDRA I
Peso
Peneiros % % Retida %
Retido
ASTM Retida Acum. Passada
(g)
3/8" 0.00 0.00 0.00 100.00
4 128.60 36.76 36.76 63.24
8 143.06 40.89 77.65 22.35
15 58.86 16.82 94.47 5.53
30 14.80 4.23 98.70 1.30
50 2.50 0.72 99.42 0.58
100 0.88 0.25 99.67 0.33
200 0.42 0.12 99.79 0.21
Refugo 0.73 0.21 100.00 0.00
TOTAL 349.85 100.00 - 193.53
PÓ DE PEDRA II
Peso
Peneiros % % Retida %
Retido
ASTM Retida Acum. Passada
(g)
3/8" 0.00 0.00 0.00 100.00
4 100.49 28.83 28.83 71.17
8 110.99 31.85 60.68 39.32
15 70.70 20.29 80.97 19.03
30 35.66 10.23 91.20 8.80
50 18.10 5.19 96.39 3.61
100 7.24 2.08 98.47 1.53
200 3.01 0.86 99.33 0.67
Refugo 2.33 0.67 100.00 0.00
TOTAL 348.51 100.00 - 244.13
AREIA FINA I
Peso
Peneiros % % Retida %
Retido
ASTM Retida Acum. Passada
(g)
3/8" 0.00 0.00 0.00 100.00
4 1.54 0.44 0.44 99.56
8 3.30 0.95 1.39 98.61
15 4.19 1.20 2.59 97.41
30 8.90 2.55 5.15 94.85
50 122.64 35.22 40.36 59.64
100 180.77 51.91 92.27 7.73
200 22.87 6.57 98.84 1.16
Refugo 4.04 1.16 100.00 0.00
TOTAL 348.24 100.00 - 558.95
AREIA FINA II
Peso
Peneiros % % Retida %
Retido
ASTM Retida Acum. Passada
(g)
3/8" 0.00 0.00 0.00 100.00
4 0.20 0.06 0.06 99.94
8 2.48 0.71 0.77 99.23
15 3.26 0.94 1.71 98.29
30 12.89 3.71 5.42 94.58
50 142.09 40.90 46.33 53.67
100 169.94 48.92 95.25 4.75
200 13.07 3.76 99.01 0.99
Refugo 3.44 0.99 100.00 0.00
TOTAL 347.37 100.00 - 551.46
Dimensão Máxima
x
D = d1 +(d1 -d2 )∙ y
28.83 28.83
D = 4.76+(4.76-2.38)∙ 31.85 = 6.9 mm D = 4.76+(4.76-2.38)∙ 31.85 = 6.91 mm
D D
2 = 3.45 mm 2 = 3.46 mm
Onde:
d1 - Abertura em mm do peneiro da malha mais larga que não deixa passar todo o material;
d2 - Abertura em mm do peneiro que em sentido decrescente se segue a d1;
x - Percentagem do inerte retido em d1 (%);
y - Percentagem do inerte compreendido entre d1 e d2 (%);
5 1 5 1
y = 19+17√6.9+ 1-0.75 = 48.02% y = 19+17√6.91+ 1-0.75 = 48.02%
Onde:
A - Coeficiente que depende da trabalhabilidade (Anexo X);
B - Coeficiente que depende da potência de vibração (Anexo X);
R - Raio médio da peça a betonar;
D - Máxima dimensão do inerte.
Quantidade de Cimento
1
Cimento = [20∙(fck +10)]∙ 5
√D
1
Cimento = [20∙(25+10)]∙ 5 = 475,56 Kg/m3 → 475 Kg/m3
√6.91
Onde:
fck - Tensão característica;
0.25 0.002
Iv = 5 + =0.178 m3 /m3 = 178 L
√6.91 1-0.75
Onde:
K, K’ - (Anexo X);
Água da Amassadura
A = (Iv-Vv)∙1000
Onde:
Vv - Volume de Vazios (Anexo X);
Razão A/C
A 147.8
razão A C = Cimento = 475
= 0.3
Onde:
A - Água da Amassadura;
Percentagem de Cimento
Volume do cimento
Pc = Volume dos elementos sólidos do betão
∙100
153.23
Pc= 822.2
∙100=18.64%
Acissas Ordenadas (% )
Mistura
(mm) Curva com cimento Retiradas Pc Restabelecida a %
PP I - AF III D 100.00 81.36 100.00
& D/2 48.00 29.36 36.09
PP II - AF III 0.01 0.00 -18.64 -22.91
MfPP I - AF III = 0.68 ∙ 5.07 + 0.32 ∙ 1.16 MfPP II-AF III = 0.78 ∙ 4.57 + 0.22 ∙ 1.16
AF III = 0.32 ∙ 0.669 ∙ 2650 = 567.31 Kg AF III = 0.22 ∙ 0.669 ∙ 2650 = 390.03 Kg
PP I = 0.68 ∙ 0.669 ∙ 2440 = 1110.0 Kg PP II = 0.78 ∙ 0.669 ∙ 2250 = 1174.10 Kg
Componente Peso (Kg) Bar. (Kg/m³) Volume (m³) Componente Peso (Kg) Bar. (Kg/m³) Volume (m³)
Cimento 475.0 1200.0 0.40 Cimento 475.0 1200.0 0.40
AF III 567.3 1540.0 0.37 AF III 0.0 1540.0 0.00
PP I 1110.0 1370.0 0.81 PP II 0.0 1370.0 0.00
Água 148.0 1000.0 0.15 Água 148.0 1000.0 0.15
TRAÇO 1: 1:2 TRAÇO 1: 1:2
3* L * P
ENTIDADE REQUISITANTE: Estudante do ISUTC f fc * 0.0981
2 *e * a2
OBRA A QUE SE DESTINA: PFC
LOCAL DA COLOCAÇÃO DO BETÃO:……………………………………………………
Referência Data Idade Tensão Tensão de
Nº Nº. Referência L a e P de Rotura
Série Prov. Rotura média
Fabrico Ensaio (Dias) (mm) (mm) (mm) (N) (Kgf/cm²) (Kgf/cm²)
0% 1 Basalto 24.03.18 21.04.18 28 12.00 8.00 10.00 1550 4.28
200 X100X80 2 " 24.03.18 21.04.18 28 12.00 8.00 10.00 1900 5.24 4.41
3 " 24.03.18 21.04.18 28 12.00 8.00 10.00 1350 3.72
0% 4 Reolito 24.03.18 21.04.18 28 12.00 8.00 10.00 350 0.97
200 X100X80 5 " 24.03.18 21.04.18 28 12.00 8.00 10.00 475 1.31 1.82
6 " 24.03.18 21.04.18 28 12.00 8.00 10.00 1150 3.17
ANEXOS
ÍNDICE DE ANEXOS
ANEXO I: NP 197-1:2012 Cap. 7 - Requisitos Mecânicos e Físicos Para Cimentos ........... 117
ANEXO III: SABS 1058:1985 - Requisitos Para Resistência à Compressão de Pavês ........ 119
ANEXO IV: NP 1338:2009 Cap. 5 - Requisitos Para Capacidade de Absorção de Água de Pavês
.......................................................................................................................................... 121