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PLANO DE MOBILIDADE
URBANA DO POSTO
ADMINISMO DE NAMICOPO
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

GRUPO VI
Edgar Gomes
Heriberto Chissico
Laurinda Mapisse
Marcos Vasco
Ussumane dos Santos

PLANO DE MOBILIDADE DO POSTO


ADMINISTRATIVO DE NAMICOPO

UNIVERSIDADE LÚRIO
FACULDADE DE ARQUITECTURA E PLANEAMENTO FÍSICO

4º ANO, VII SEMESTRE


TEORIA DE MOBILIDADE E PLANEAMENTO DE TRANSPORTES

DOCENTES:
Arq. Abílio Arrissane
Arq. António de Amurane
Arq. Gentil Bernardo

NAMPULA, JULHO DE 2020


ÍNDICE

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES INICIAIS ........................................................................................................................... 2

1.1 Introdução ................................................................................................................................................... 2

1.2 Objectivo Geral ....................................................................................................................................... 3

1.3 Objectivos Específicos ........................................................................................................................... 3

1.4 Processo Metodológico ........................................................................................................................ 3

1.4.1 Fase 1: Pesquisa bibliográfica...................................................................................................... 3

1.4.2 Fase 2: Revisão de planos de mobilidade urbana ................................................................ 3

1.4.3 Fase 3: Levantamento de dados relativos à mobilidade ..................................................... 4

1.4.4 Fase 4: Análise dos dados levantados...................................................................................... 4

1.4.5 Fase 5: Elaboração da proposta do plano de mobilidade ................................................. 4

1.5 Esquema do Processo Metodológico ............................................................................................... 4

1.6 Conceitos Gerais ..................................................................................................................................... 5

CAPÍTULO II – PADRÕES DE VIAGEM .......................................................................................................................... 6

2.1 Enquadramento Geográfico ................................................................................................................ 6

2.2 Demografia .............................................................................................................................................. 7

2.3 Actividades Socioeconómicas ............................................................................................................. 9

2.3.1 Comércio e serviços ...................................................................................................................... 9

2.4 Equipamentos e serviços sociais ........................................................................................................ 9

2.5 Uso do Solo ........................................................................................................................................... 10

2.6 Polos Geradores de Viagens ............................................................................................................. 12

2.6.1 Problemas causados pelos polos geradores de viagem ................................................... 12

2.7 Modos de Transportes à Nível do Posto ....................................................................................... 15


Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

2.7.1 Transporte Ferroviário ................................................................................................................ 15

2.7.2 Transporte Rodoviário ................................................................................................................ 15

2.7.2.1 Transporte Público Colectivo ........................................................................................... 15

2.7.2.2 Áreas de Estacionamentos ................................................................................................ 16

2.7.2.3 Transporte Aéreo (Aeroportos) ....................................................................................... 16

CAPÍTULO III – DIAGNÓSTICO MULTIMODAL NO POSTO ADMINISTRATIVO DE NAMICOPO ................... 19

3.1 Relacções Entre o Uso do Solo e a Rede de Transporte ........................................................... 19

3.2 Analise das Infra-estruturas viárias .................................................................................................. 21

3.2.1 Rede viária ..................................................................................................................................... 21

3.2.2 Perfil das vias................................................................................................................................. 21

3.2.2.1 Perfil da EN1 .......................................................................................................................... 22

3.2.2.2 Perfil da Rua Don Manuel Pinto Vieira Nº 6001 .......................................................... 22

3.2.3 Condicionantes Naturais ............................................................................................................ 23

3.2.4 Condicionantes Legais ................................................................................................................ 23

3.2.5 Logística Urbana .......................................................................................................................... 25

3.2.6 Análise das Deslocacções à Nível do Posto.......................................................................... 27

3.2.7 Análise do transporte (público e individual no P.A). .......................................................... 28

3.2.7.1 Transporte Publico - oferta............................................................................................... 29

3.2.7.2 Transporte Colectivo – Procura ....................................................................................... 30

3.2.7.3 Transporte Individual – Oferta ......................................................................................... 30

3.2.8 Pontos de Comércio ao Longo da Via................................................................................... 31

3.3 Análise da Problemática ..................................................................................................................... 33

3.3.1 Caracterização dos Problemas de Mobilidade Urbana ..................................................... 33

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.3.2 Árvore de Problemas .................................................................................................................. 36

3.3.3 Análise FOFA ................................................................................................................................. 37

3.3.4 Matriz FOFA .................................................................................................................................. 38

3.3.5 Matriz Estrutural ........................................................................................................................... 39

3.3.5.1 Sumário da matriz estrutural ............................................................................................40

CAPÍTULO IV – PROPOSTA DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA DO P.A. NAMICOPO ........................... 44

4.1 Objectivos do Plano ............................................................................................................................44

4.2 Metas do Plano .....................................................................................................................................45

4.3 Horizonte Temporal ............................................................................................................................45

4.4 Geração de Conceitos ........................................................................................................................45

4.4.1 Avaliação e Selecção do Conceito ..........................................................................................48

4.4.2 Directrizes e acções gerais para atender às premissas de mobilidade activa .............48

4.4.3 Constituintes das Vias propostas: ............................................................................................49

4.5 Proposta do Plano de Mobilidade...................................................................................................49

4.5.1 Perfil da EN1 / EN8 ...................................................................................................................... 51

4.5.2 Perfil da Rua da França .............................................................................................................. 52

4.5.3 Perfil da Ferrovia .......................................................................................................................... 53

4.5.4 Perfil das Vias Estruturantes ...................................................................................................... 53

4.5.5 Estratégias para integração dos transportes multimodais no Posto .............................54

4.5.5.1 Transporte colectivo ...........................................................................................................54

4.5.5.2 Transporte individual privado .......................................................................................... 55

4.5.5.3 Transporte pedonal ............................................................................................................ 55

4.5.5.4 Transporte de carga ........................................................................................................... 57

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

4.5.5.5 Estacionamentos .................................................................................................................. 59

4.6 Quadro sumário de efeitos da proposta ....................................................................................... 61

4.7 Planos e Instrumentos de Acção...................................................................................................... 61

4.7.1 Introdução ..................................................................................................................................... 61

4.7.2 Programa de Execução .............................................................................................................. 61

4.7.3 Faseamento de execução das obras ...................................................................................... 62

4.7.4 Estratégia de Implantação e Cronograma ............................................................................ 62

CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES FINAIS .......................................................................................................................... 68

5.1 Conclusão ............................................................................................................................................... 68

CAPÍTULO VI - BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................... 71

6.1 Referências Bibliográficas ................................................................................................................... 71

CAPÍTULO VII – ANEXOS .............................................................................................................................................. 73

ÍNDICE DE ILUSTRACÇÕES

Ilustração 1 – Mapas de Enquadramento ......................................................................................................... 6

Ilustração 2 – Carta de Densidade Habitacional ............................................................................................ 8

Ilustração 3 – Carta de Uso do Solo ................................................................................................................. 11

Ilustração 4 – Carta de Polos Geradores de Viagem .................................................................................. 14

Ilustração 5 – Via Férrea (à esquerda), Local de Transição da Ferrovia (à direita).............................. 15

Ilustração 6 - Aeroporto A nível da área de estudos (à esquerda), Localização do aeroporto em


relação a área ........................................................................................................................................................ 16

Ilustração 7 – Carta de Rotas de Transporte (Individual e Colectivo) ..................................................... 17

Ilustração 8 – Carta de Uso do Solo e Sistema de Transportes ............................................................... 19

Ilustração 9 – Perfil da EN1 (actual) .................................................................................................................. 22

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

Ilustração 10 – Perfil da Rua ............................................................................................................................... 22

Ilustração 11 – Carta de Condicionantes ......................................................................................................... 23

Ilustração 12 - Esquema de Logística Urbana ............................................................................................... 25

Ilustração 13 - Carta de Densidade Viária ...................................................................................................... 27

Ilustração 14 – Rotas de Transporte Público e Semi-Colectivo ................................................................ 29

Ilustração 15 – Demanda por Transporte Colectivo .................................................................................... 30

Ilustração 16 – Oferta do Transporte Individual ........................................................................................... 31

Ilustração 17 – Carta de Origem e Destino dos Fazedores de Viagens ................................................. 32

Ilustração 18 – Árvore de Problemas ............................................................................................................... 36

Ilustração 19 – Análise FOFA .............................................................................................................................. 37

Ilustração 20 – Área de influência “A” .............................................................................................................40

Ilustração 21 - Área de influência “B”............................................................................................................... 41

Ilustração 22 - Área de influência “C”..............................................................................................................42

Ilustração 23 – Cenário de desenvolvimento 1 .............................................................................................46

Ilustração 24 – Cenário de desenvolvimento 2 ............................................................................................ 47

Ilustração 25 - Cenário de desenvolvimento 3 .............................................................................................48

Ilustração 26 – Perfil da EN1 (Proposta) .......................................................................................................... 51

Ilustração 27 – Maquetização da proposta do peril da EN1 ..................................................................... 51

Ilustração 28 – Perfil da Rua da França (Proposta) ...................................................................................... 52

Ilustração 29 – Maquetização da proposta para paragens de autocarros ........................................... 52

Ilustração 30 – Perfil da Ferrovia (proposta).................................................................................................. 53

Ilustração 31 - Proposta de melhoria das vias estruturantes..................................................................... 53

Ilustração 32 - Proposta de pontos de paragem para os Transportes Públicos .................................54

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

Ilustração 33 – Carta de Rede viária e Roas de Transporte ...................................................................... 56

Ilustração 34 – Esquema de mobilidade da proposta ................................................................................ 57

Ilustração 35 – Carta de Logística Urbana ..................................................................................................... 58

Ilustração 36 – Carta de Rede de Etacionamentos ...................................................................................... 60

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Dados Populacionais do PA de Namicopo por bairro ............................................................. 7

Tabela 2 - Equipamentos e Serviços existentes em Namicopo ................................................................. 9

Tabela 3 – Distribuição dos Usos do Solo...................................................................................................... 10

Tabela 4 – Problemas causados pelos Polos Geradores de Viagens ..................................................... 12

Tabela 5 – Logística Urbana............................................................................................................................... 25

Tabela 6 – Frequências de deslocacções ....................................................................................................... 28

Tabela 7 – Quantificação da Rede Viária ....................................................................................................... 31

Tabela 8 - Índices de aderência aos diferentes modos de transporte ................................................... 35

Tabela 9 – Matriz FOFA ...................................................................................................................................... 38

Tabela 10 – Matriz Estrutural.............................................................................................................................. 39

Tabela 11 - Índices de aderência aos diferentes modos de transporte .................................................. 61

Tabela 12 - Programa de melhorias de infra-estrutura para transporte público ................................ 63

Tabela 13 - Programa de implementação da Infra-estrutura para modos transportes suaves....... 63

Tabela 14 - Programa de melhorias dos transportes particulares ...........................................................64

Tabela 15 - Política de estacionamento ..........................................................................................................64

Tabela 16 - Programa da logística.................................................................................................................... 65

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Esquema do Processo Metodológico .......................................................................................... 4

Gráfico 2 - Percentagem da População do P:A de Namicopo por Géneros ......................................... 7

Gráfico 3 - População do PA de Namicopo por bairro e Género ............................................................ 7

Gráfico 4 – Esquema de Deslocacções ........................................................................................................... 28

Gráfico 5 - Fluxo de tráfico de transporte Colectivos nas horas de pico .............................................. 29

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ABREVIATURAS

PAN – Posto Administrativo de Namicopo

PMU – Plano de Mobilidade Urbana

INE – Instituto Nacional de Estatísticas

CMCN – Conselho Municipal da Cidade de Nampula

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES INICIAIS

1.1 Introdução

Com o rápido crescimento e expansão das nossas cidades, tem-se registado crescentes
dificuldades e problemas na questão da mobilidade urbana, resultando na redução da capacidade
das pessoas se moverem com qualidade nas mesmas. E actualmente, tem-se pensado mais na
mobilidade como um atributo essencial à cidade, pois é através seu contributo que garante-se a
melhoria de vida das populacções, tanto economicamente como socialmente.

Pensar a mobilidade urbana é, portanto, pensar sobre como se organizam os usos e a ocupação
do Posto administrativo de Namicopo em simultâneo com a melhor forma de garantir a
deslocação e acesso das pessoas e bens ao que a cidade oferece (instituições diversas, locais de
lazer, entre outros), e não apenas nos meios de transporte e o trânsito.

E para que se chegue à esse objectivo, o poder público deve se comprometer, elaborando um
plano de mobilidade urbana para a área em questão. Um Plano de Mobilidade Urbana é um
conjunto de directrizes pensadas para melhorar o deslocamento sustentável de pessoas e bens
em uma cidade, visando alcançar resultados positivos na qualidade de vida dos habitantes. Ou,
um Plano de Mobilidade Urbana é um documento técnico-gerencial que consolida o processo de
planeamento das acções de governo para a gestão integrada de todo o sistema de mobilidade
urbana do município.

Portanto, determinado pelo anseio da resolução dos problemas de mobilidade e de


potencialização da área, o presente trabalho realizado no âmbito académico da Cadeira de Teoria
de Mobilidade e Planeamento de Transportes, pretende-se fazer o estudo do Posto Administrativo
de Namicopo e solucionar os problemas no contexto da mobilidade urbana.

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

1.2 Objectivo Geral

 Elaborar uma Proposta de Plano de Mobilidade Urbana para o Posto Administrativo de


Namicopo.

1.3 Objectivos Específicos

 Estudar o Padrão de Viagens da área em estudo.


 Caracterizar o sistema multimodal de transportes do P.A.N.
 Propor um Plano de Mobilidade para a área em estudo.

1.4 Processo Metodológico

A pesquisa elaboração do plano compreende as cinco etapas descritas, nomeadamente:

 Fase 1: Pesquisa bibliográfica


 Fase 2: Revisão de planos de mobilidade urbana
 Fase 3: Levantamento de dados relativos à mobilidade
 Fase 4: Análise dos dados levantados
 Fase 5: Elaboração da proposta do plano de mobilidade

1.4.1 Fase 1: Pesquisa bibliográfica

Esta fase consiste na pesquisa e revisão de literaturas com informacções relevantes na questão de
mobilidade urbana.

1.4.2 Fase 2: Revisão de planos de mobilidade urbana

Esta fase consistiu na procura por planos de mobilidade anteriormente trabalhados na área e em
outras áreas, como forma de analisar características como a estrutura do documento, as análises,
e as soluções para os problemas nas áreas em estudo.

Para a obtenção dos documentos, foram usadas fontes como Google e base de dados de anos

anteriores da Cadeira em questão.

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

1.4.3 Fase 3: Levantamento de dados relativos à mobilidade

Nesta etapa, com base em documentos legais e dados secundários, levantam-se os dados relativos
à:

 Uso do Solo (dados secundários)


 Dados demográficos e socioeconómicos (INE)
 Padrões de mobilidade (dados secundários)
 Condicionantes (documentos de campo)

1.4.4 Fase 4: Análise dos dados levantados

Esta fase consiste na análise dos dados anteriormente seleccionados e organizados, de modo a
constituir bases para a elaboração da proposta do plano de mobilidade da área em questão.

1.4.5 Fase 5: Elaboração da proposta do plano de mobilidade

Esta fase consiste na compilação de todas as análises feitas no trabalho, formulação de estratégias
e soluções de mobilidade para a área.

1.5 Esquema do Processo Metodológico

Gráfico 1 – Esquema do Processo Metodológico

Fase 2: Fase 3: Fase 5:


Fase 4:
Fase 1: Revisão dos Levantamento Elaboração da
Análise dos
Pesquisa Planos de de Dados Proposta do
Dados
Bibliográfica Mobilidade Relativos à Plano de
Levantados
Urbana Mobilidade Mobilidade

Fonte: do Autor

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

1.6 Conceitos Gerais

Acessibilidade – é entendida como a possibilidade e facilidade de se atingir um determinado


destino desejado.

Mobilidade – é a capacidade inerente de um indivíduo de se movimentar no espaço.

Modos de Transporte – os modos de transporte podem ser motorizados ou não. São modos não
motorizados a circulação de pessoas, veículos de tracção humana e animal. São modos
motorizados os transportes colectivos, veículos leves sobre trilhos, veículos leves sobre pneus,
comboios, metrôs, automóveis e motocicletas.

Polos Geradores de Viagens ou Tráfego – são empreendimentos que têm como característica
gerar um grande número de viagens, motorizadas ou não, e consequentemente, produzir um
impacto significativo na vizinhança, na região ou na cidade. Podem ser empreendimentos públicos
(equipamentos urbanos de saúde e educação) ou privados (supermercados, shoppings, indústrias).

Sistema de Mobilidade Urbana – é o conjunto organizado e coordenado dos modos de transporte,


de serviços e de infra-estruturas que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no território
do município.

Sistema Viário Estrutural – é formado pelo conjunto de vias principais que recebem os maiores
deslocamentos ou são utilizadas pelas maiores quantidades de fluxos.

Transporte Urbano – é o conjunto dos modos e serviços de transporte público e privados usados
para o deslocamento de pessoas e cargas nas cidades.

Veículo – é todo e qualquer meio de transporte existente, motorizado ou não.

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PADRÕES DE VIAGEM
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

CAPÍTULO II – PADRÕES DE VIAGEM

2.1 Enquadramento Geográfico

O Município de Nampula, circundado pelo distrito de Nampula, possui uma área de 428 km2 (42,804
ha) com 6 Postos Administrativos (PA) e 18 Bairros. O Posto Administrativo de Namicopo com 6,872
ha de superfície é composto por dois bairros (Namicopo e Mutava-Rex) e ocupa todo o Nordeste da
cidade de Nampula. Possui como limites a Norte à localidade de Saua-Saua (Distrito de Rapale), a Sul
o PAM de Muhala, a Este o PA de Anchilo no Distrito de Nampula; A Oeste o PAM de Napipine. É por
este que entra na cidade o eixo rodoviário e ferroviário que vem do porto de Nacala.

Ilustração 1 – Mapas de Enquadramento

À Nível da Província À Nível do Distrito À Nível do Posto Admin.

À Nível do Área de Intervenção

Fonte: do Autor

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

2.2 Demografia

Segundo o (INE-Instituto Nacional de Estatística, 2017) A sua população está estimada em 81,807
mil habitantes. A população esta distribuída no meio físico urbano e rural. A população é
maioritariamente feminina, onde, Para cada 100 mulheres há 93,5 homens.

Tabela 1 - Dados Populacionais do PA de Namicopo por bairro

Unidade N° de População Indivíduos


Territorial Agregados por família
Familiar Masculino Feminino Total (Media)

B. Namicopo 8488 24445 26482 50927 6


B. Mutava-Rex 5147 14823 16057 30880 6
P.A Namicopo 13635 39268 42539 81807 6

Fonte: (INE-Instituto Nacional de Estatística, 2017)

Gráfico 3 - População do PA de Namicopo por bairro Gráfico 3 - Percentagem da População do P:A de


e Género Namicopo por Géneros

26482
24445
52%

14823 16057
48%

MASCULINO FEMENINO

B. Namicopo B. Mutava-Rex Homens mulheres

Fonte: (INE-Instituto Nacional de Estatística, 2017) Fonte: (INE-Instituto Nacional de Estatística, 2017)

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Ilustração 2 – Carta de Densidade Habitacional

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2.3 Actividades Socioeconómicas

2.3.1 Comércio e serviços

Na área de intervenção verifica-se a predominância do sector informal, com um índice moderado,


visto que recentemente foi encerrado o mercado da Padaria Nampula e os comerciantes
deslocados para uma nova área. No entanto, pode-se verificar também a existência do sector
formal, com armazéns e lojas ao longo da Av. Trabalho.

2.4 Equipamentos e serviços sociais

A área de estudos apresenta vários tipos de uso e serviço que impulsionam o deslocamento da
população que vive nesta área, podendo ser considerados como polos geradores de viagem, de
acordo com a tabela abaixo:

Tabela 2 - Equipamentos e Serviços existentes em Namicopo

Posto Administrativo Tipos de Equipamentos e Serviços Equipamentos e Serviços

Instituições de ensino Escolas, institutos

Saúde Centro de saúde, farmácia

Equipamentos religiosos Mesquitas e igrejas

Equipamentos de uso especial Cemitérios


Namicopo

Equipamentos industriais Fabricas

Segurança pública Postos policiais

Bancos, Bombas de combustível.,


Equipamentos comerciais
aeroporto

Fonte: UniLúrio - FAPF, Turma de 2019

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2.5 Uso do Solo

O posto administrativo de Namicopo apresenta vários tipos de uso a tabela abaixo ilustra os usos em
que a maior parte a agrícola.

Tabela 3 – Distribuição dos Usos do Solo

DESIGNAÇÃO ÁREA PERCENTAGEM

F. Montanhosa 276.80ha 8%

Área alagável 424.03ha 12%

Agro-pecuária 14.55ha 0%

Agrícola 1871.11ha 51%

Zona Habitacional 151.51ha 4%

Área De Verde De Protecção E


698.44ha 19%
Enquadramento

Equipamentos Especiais 69.89ha 2%

Industria 30.55ha 1%

Zona Habitacional de
90.30ha 3%
Densidade Rural

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 20191

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Ilustração 3 – Carta de Uso do Solo

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2.6 Polos Geradores de Viagens

Os pólos geradores de viagem são empreendimentos de grande porte que atraem ou produzem
grande número de viagens, causando reflexos negativos na circulação viária em seu entorno
imediato e em certos casos prejudicando a acessibilidade de toda a região além de agravar as
condições de segurança de veículos e peões. (TAVARES, 2011).

Especificamente na área de Namicopo, podem ser encontrados alguns equipamentos públicos


que podem ter um impacto significativo no que tange ao percentual de viagens efectuadas no
local e seu entorno, a citar: escolas primárias, centro de saúde, escola técnica e mercados.

2.6.1 Problemas causados pelos polos geradores de viagem

Os Pólos Geradores de Viagens produzem diversos tipos de impactos no meio em que estão
inseridos, podendo estes serem positivos ou negativos. Além disso, ocorrem sob diversos aspectos
não somente sob a óptica da circulação viária.

Tabela 4 – Problemas causados pelos Polos Geradores de Viagens

ÁREA DE IMPACTO DESCRIÇÃO

- Aumento de fluxo de veículos;


- Demanda por transporte publico;
- Aumento de tempo de viagem;

Mobilidade - Congestionamento;
- Conflito de trafego;
- Estacionamento;

- Número de acidentes;

- Alteração do valor dos solos e dos imoveis;


- Níveis de emprego e renda
Socio – Economico - Fiscais;

-Custos de viagens;

-Alteracções: No uso do solo e dos imoveis


Uso do Solo
(Actividades);

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- Na ocupação do solo e Densidade;

- Paisagem Urbana e Património natural e cultural;

- Ecossistema;
Socio – Ambiental
- Nível do ruido;
- Vibração e iluminação.

Fonte: UniLúrio FAPF, Turma de 2019

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Ilustração 4 – Carta de Polos Geradores de Viagem

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2.7 Modos de Transportes à Nível do Posto

No que tange aos modos de transportes existentes na área em questão podem-se destacar os
seguintes (ferroviário, rodoviário e aéreo), em que o mais destacado para o plano por a apresentar
uma série de características positivas, tais como (flexibilidade e disponibilidade).

2.7.1 Transporte Ferroviário

A área de intervenção é atravessada tangencialmente pela linha férrea num troço de 0.39 Km. Por
ser um dos mais adequado para o transporte de grandes cargas, pela capacidade de fazer grandes
distancias e pelo baixo custo por unidade de peso comparando com o transporte rodoviário.

Ilustração 5 – Via Férrea (à esquerda), Local de Transição da Ferrovia (à direita)

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 2019

2.7.2 Transporte Rodoviário

Por ter uma boa dinâmica, o sistema de transporte rodoviário têm contribuído no desenvolvimento
económico local e da área envolvente. Pelo desequilíbrio socioeconómico da população residente
da área o transporte usado frequentemente é o público, ou seja, nem todos possuem viaturas
particulares para efectuar suas viagens.

2.7.2.1 Transporte Público Colectivo

A Existência dos transporte público do Concelho Municipal de Nampula (TPN) e de transportes


semicolectivos vulgos “Chapas” beneficiam a população do distrito.

De acordo com o levantamento feito, há défice na gestão dos transportes públicos ao longo do
percurso no interior da área, tendo em conta a disponibilidade deste tipo de transporte e por
factores como a criminalidade. Questões relacionadas com a fraca fiscalização e gestão dos
serviços de transportes públicos são destacados como um dos grandes problemas deste serviço.

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15
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

2.7.2.2 Áreas de Estacionamentos

Tendo em conta nos usos da área a necessidade de espaços com a função de estacionamento e
notável, tornando-se em um problema pela inexistência desses espaços e contribuindo no
condicionamento do fluxo viário nas horas de ponta. Encontrando-se somente espaços e não
planeados para estacionamentos usados de forma ilegal, desta forma foram descritos tipos de
espaços usados para estacionar com base no tempo e a necessidade do utente.

2.7.2.3 Transporte Aéreo (Aeroportos)

No âmbito estratégico dos transportes aéreo tem como a principal função o desenvolvimento
económico turístico da região assim como do país.

O transporte aéreo tem a grande vantagem de não exigir infra-estruturas em todo percurso, e por
isso se mostra preferido sobre todos os outros no que toca ao transporte de pessoas e pequenas
cargas para longas distâncias, sobretudo para trajectos internacionais.

Ilustração 6 - Aeroporto A nível da área de estudos (à esquerda), Localização do aeroporto em relação a área

de estudos (à direita)

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 2019

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CARTA DE ROTAS DE TRANSPORTE (INDIVIDUAL E COLECTIVO)

Ilustração 7 – Carta de Rotas de Transporte (Individual e Colectivo)

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DIAGNÓSTICO MULTIMODAL
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

CAPÍTULO III – DIAGNÓSTICO MULTIMODAL NO POSTO ADMINISTRATIVO DE


NAMICOPO

3.1 Relacções Entre o Uso do Solo e a Rede de Transporte

Segundo (BARBOSA, 2016) as áreas urbanizadas devem ser servidas por uma rede de percursos
pedonais acessíveis, que proporcionem o acesso seguro e confortável das pessoas com
mobilidade condicionada a todos os pontos relevantes da sua estrutura activa, nomeadamente:

 Lotes construídos;
 Equipamentos colectivos;
 Espaços públicos de recreio e lazer;
 Espaços de estacionamento de viaturas;
 Locais de paragem temporária de viaturas para entrada/saída de passageiros;
 Paragens de transportes públicos.

Esta rede acessível deve ser continua e coerente, abranger toda a área urbanizada e estar
articulada com as actividades e funções urbanas realizadas tanto no solo público como no solo
privado. O que não tem - se verificado em alguns pontos na área de estudos elementos como:

 Rampas na via pública;


 Estrutura e organização dos passeios;
 Faixas de travessias;
 Sinalização vertical e horizontal.

Ilustração 8 – Carta de Uso do Solo e Sistema de Transportes

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19
Habitações
32% Abrangidas pelos
sistemas de
transporte (500m
68% Habitações não
abrangidas

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20
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.2 Analise das Infra-estruturas viárias

3.2.1 Rede viária

A nível do posto administrativo, destacam-se uma via de grande circulação para transportes semi-
colectivos de passageiros e de carga nomeadamente:

 A ENº 1 que passa tangencialmente na área com uma extensão de 12.41km, fazendo
conexão entre o centro da cidade e o lado oeste da cidade.
 Rua Don Manuel Pinto Vieira Nº 6001, a rua da frança que serve de ligação entre a área
em questão e o bairro de karupeia que é usada como como via alternativa.

Com base nessas vias de maior uso, podemos destacar as vias estruturantes que permitem o
acesso interno, servindo de elementos de distribuição ou de colecta do fluxo que em alguns casos
encontram-se interrompidas ou obstruídas nas áreas em expansão.

3.2.2 Perfil das vias

O perfil das vias é caracterizada por ser de dois sentidos, com largura variando de 12m á 16m na
maioria das vias porém, atende no que concerne a capacidade de atendimento a todo tipo de
viatura bem como as logística urbana, as principais deficiências estruturais de influência directa e
indirecta a ocorrência de problema de mobilidade são:

 Os serviços localizados nos entornos laterais da via que influenciam na macrocefalia viária
dificultando a mobilidade adequada de veículos e pessoas.
 Característica viária de ser demasiada rectilínea contribuindo no conforto psicológico de
conduzir a altas velocidades
 Falta de sinalização vertical e horizontal em face de divisão de faixas de rodagem bem
como sentido viário, contribuindo para inversão de sentido em zonas de risco, bem como

na dificuldade de identificar sentido de marcha na via.


 Falta de asfaltagem em algumas vias da área de estudos.

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21
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.2.2.1 Perfil da EN1

Ilustração 9 – Perfil da EN1 (actual)

Fonte: do Autor

3.2.2.2 Perfil da Rua Don Manuel Pinto Vieira Nº 6001

Ilustração 10 – Perfil da Rua

Fonte: do Autor

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17%
Principais

Coletoras

83%

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24
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.2.3 Condicionantes Naturais

No que diz respeito as condicionantes naturais na área, existe uma pendente natural no sentido
Este-Oeste (Mutava-Rex -> Namicopo). As zonas baixas são de destacar devido aos cursos de
água que atravessam os bairros de Namicopo (6), Mutava Rex (6). Também podem ser observadas
formacções rochosas em alguns pontos no bairro de Mutava-Rex nas UCs Namuatho B e Nahene,
assim como a existência de algumas lagoas no bairro de Mutava Rex.

3.2.4 Condicionantes Legais

As condicionantes legais existentes na área de estudo são a ferrovia que toca em alguns pontos
da área e o aeroporto que limita ate um certo ponto na elaboração de rotas de transporte ao
longo do posto administrativo devido ao cone de aterragem.

Ilustração 11 – Carta de Condicionantes

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24
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.2.5 Logística Urbana

As principais zonas geradoras de trafego de mercadoria na avenida do trabalho assim como em


alguns pontos do P.A de Namicopo são caracterizados por uma concentração de serviços
comerciais, actualmente podem ser encontrados edifícios comerciais desde lojas, armazéns, entre
outros. Esta via é a única que dissolve o trafego de outros postos administrativos, por isso,
desenvolve problemas de mobilidade ao longo da via nos dias laborais por se querer aceder outras
zonas urbanas e pelo facto desses espaços serem gerados tráfegos de mercadoria, aspectos como
esses influenciam de forma directa na ocorrência de acidente de viação.

De acordo com a tabela abaixo pode se perceber actividades logísticas Urbana a nível da área de
intervenção.

Tabela 5 – Logística Urbana

ACTIVIDADES LOGÍSTICAS ÁREAS RESPONSÁVEIS PELA LOGÍSTICA URBANA

Transporte Produção

Estoque Marketing, finanças e produção

Processamento de Pedidos Finanças e vendas

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 2019

Ilustração 12 - Esquema de Logística Urbana

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 2019

Fonte: do Autor

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25
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

Outro aspecto da logística urbana que influência na ocorrência de problemas de mobilidade na


área de intervenção é a rede viária envolvente que faz entroncamento ou cruzamento em quase
todas as zonas de tráfego, tornando difícil poder aceder os diferentes serviços urbanos sem
depender das vias principais.
Ilustração 13 - Carta de Densidade Viária

Fonte: do Autor

3.2.6 Análise das Deslocacções à Nível do Posto

A área em questão é caracterizada pelo seu papel importante, visto que é um dos pontos onde a
maior parte das vias do posto, assim como as vias importantes dos outros bairros adjacentes vão
desaguar ao longo da sua extensão, podendo se observar a travessia de diferentes tipos de
veículos desde aos ligeiros ate aos pesados de passageiros e de carga, é com esse conceito que
traduz nos diversos motivos das deslocacções que são: Casa-trabalho; Casa- escola; Transporte
de mercadorias e Lazer entre outros.

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27
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

Tabela 6 – Frequências de deslocacções

MOTIVO DAS DESLOCACÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Trabalho 56 56%

Escola 30 30%

Transporte de Mercadorias 10 10%

Lazer / outros 4 4%

Total 100 100%

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 2019

Gráfico 4 – Esquema de Deslocacções

Trabalho
P.A de Escola
Namicopo Transporte de mercadoria P.A Central
Lazer/Outros

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 2019

3.2.7 Análise do transporte (público e individual no P.A).

O transporte publico é tido como vantajoso e acessivelmente económico aos bolsos do cidadão
e também eficientes, em contrapartida nos deparamos com o transporte individual que é
confortável rápido e eficiente mas não acessível a qualquer cidadão e não económico, devido assa
diversidade de transportes e por não existir outras vias carráveis alternativa que dê acesso aos
outros postos administrativos, nota-se uma quantidade excessiva de transportes a desaguarem
apenas nas vias principais e isso faz com que haja congestionamentos e como consequência disso
alguns automobilistas tentam fazer ultrapassagens irregulares provocando assim diversos tipos de
acidentes.

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

Gráfico 5 - Fluxo de tráfico de transporte Colectivos nas horas de pico

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 2019

3.2.7.1 Transporte Publico - oferta

O posto administrativo de Namicopo partilha duas rotas de transporte público e semicolectivo.


Uma rota pela avenida Av. Do trabalho e outra pela rua do bispo estas rotas apresentam paragens
irregulares e falta de estacionamento.

O sistema de transportadores de passageiros na área de intervenção é caracterizado pela


desordem, este aspecto contribui negativamente na questão da logística urbana. O tipo de

veículos que executam a actividade de transporte de passageiros contribui para o acréscimo da


desordem na exploração das rotas pelos operadores públicos e privados.

Ilustração 14 – Rotas de Transporte Público e Semi-Colectivo

Rota Namicopo / Muhaivire Rota Polígono / Rex

Fonte: do Autor

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.2.7.2 Transporte Colectivo – Procura

A procura pelos serviços de transportes públicos é evidente principalmente a zona este da área
de Intervenção onde não existe alguma rota de transporte que ajude no deslocamento de pessoas
e bens. Por esse factor a população do posto administrativo opta pelo uso táxi-mota ou caminham
a pé até ao seu destino ou origem.

Ilustração 15 – Demanda por Transporte Colectivo

Área crítica de procura


por Transporte

Público / Semi-
Colectivo
Área crítica de Procura

por Transporte
Público,
Estacionamento e
Paragens
Área crítica de Procura
por Transporte
Público,

Estacionamento e
Paragens

Fonte: do Autor

3.2.7.3 Transporte Individual – Oferta

O nível de oferta para o transporte individual apresenta várias características. A rede viária dos
bairros é constituída maioritariamente por percursos pedonais, existem também vias estruturantes
como a via municipal Nº 6001 (Rua Don Manuel Pinto Vieira Nº 6001) e uma estrada primária, a
EN8 em que estas são asfaltadas e ainda temos a Rua Nº 6023 que do acesso as artérias do bairro
de Namicopo, Rua Nº 6019 e esta acede ao aviário da GETT Lda no bairro de Mutava-Rex.

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

Tabela 7 – Quantificação da Rede Viária

Hierarquização das Vias Extensão linear Percentagem

Principais 18.105366 17%

Colectoras 86.366712 87%

Total 104.472078 100%

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 2019

Ilustração 16 – Oferta do Transporte Individual

Rua Don Manuel Pinto

Vieira Nº 6001: com médio EN1: via com alto fluxo viário,

fluxo viário, facilidade de facilidade de acesso ao Posto

acesso ao posto Administrativo.

Administrativo

Fonte: do Autor

3.2.8 Pontos de Comércio ao Longo da Via

Os mercados localizados ao longo da via caracterizam-se na sua maior parte pela informalidade,
e por esses motivos não dispõem de infra-estruturas ou mecanismos de protecção como: muro
de vedação dos mesmos, sinais de trânsito, afastamentos em relação a via entre outros, é por essa
razão que estes locais são vulneráveis a problemas relacionados com a mobilidade. Outro factor
importante verificado no P.A é a existência de diversos estabelecimentos comerciais e armazéns
estes são também o pretexto do congestionamento nas vias.

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Ilustração 17 – Carta de Origem e Destino dos Fazedores de Viagens

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32
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.3 Análise da Problemática

3.3.1 Caracterização dos Problemas de Mobilidade Urbana

De maneira geral, a paisagem urbana apresenta-se pouco valorizada em função da ausência de


planeamento e controle do uso e ocupação do solo, o que acaba por deixar que o desenho da
cidade seja resultante exclusivamente de forças de mercado. A nível do Posto Administrativo de
Namicopo não é diferente, pois da significativa presença do comércio informal e ocupação
desordenada retém o espaço que seria usado para um adequado sistema viário, o que ajudaria a
na mobilidade local e potencializar, facilitando o acesso de pessoas, veículos e bens em fins
diversos.

Portanto, tendo em conta as condições e opções de transporte a nível do posto administrativo,


tem-se como principais problemas os seguintes:

a) Sobrecarga do espaço viário

Geradas por áreas comercias que tendem a usar a via para manuseamento de cargas o
que entra em conflito com o fluxo viário normal da área. Deste modo, para além de
colocarem-se em risco (por ocuparem as ruas), diminuem a eficiência da rede viária,
causando congestionamento.

b) Congestionamento

Vias com dimensões reduzidas para o rápido escoamento de trafego em alguns pontos
toda área e Oferta insuficiente de espaços destinados a operacções de cargas e descargas;
Nos passeios são observados diversos conflitos relacionados à acessibilidade, circulação e
apropriação do espaço urbano, entre pedestres, usuários do transporte colectivo,
proprietários das lojas e barracas/bancas, que disputam o mesmo espaço para realizarem

suas actividades.

c) Falta de paragens seguras ao longo das vias

Nota-se a ausência de planeamento de estacionamentos e bolsas de estacionamento


adequada para passageiros que usam os transportes públicos, sendo obrigadas a
repousarem em passeios ou bermas de estradas, expostos à todos os riscos. As paragens

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33
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

existentes funcionam apenas como pontos intermédios com a localização de terminais que
movimentam considerável número de passageiros e manuseiam um volume significativo
de bens e mercadorias.

d) Oferta reduzida nas alternativas de mobilidade

A falta e a má qualidade do transporte público para atender o excesso de passageiros que


dependem de transportes públicos estimulam o uso do transporte individual, o que
aumenta os níveis de congestionamento e poluição.

e) Poluição nas Bermas das estradas

Devido à ausência de um sistema eficiente de depósito/recolha de resíduos sólidos


equipados com PEV’s (contentores de lixo), grande parte dos resíduos sólidos gerados pela
população local é depositado nas ruas ou acumulados em espaços próximos às vias de
circulação.

f) Má Condição das vias Estruturantes

As vias apresenta-se inadequadas para o devido funcionamento de um sistema de


transportes público, com dimensões irregulares ao longo do seu curso; Falta de
Sombreamento ao longo das vias;

g) A ausência de planeamento e controle que ordenem o uso e ocupação do solo

Acaba por deixar que o desenho da cidade seja resultante exclusivamente de forças de
mercado, que tendem a investir nas áreas de maior atractividade, frequentemente com
graves impactos ambientais e sobre o sistema de circulação local. O uso ampliado do
automóvel estimula no médio prazo a expansão urbana e a dispersão das actividades,
favorecendo o surgimento e fortalecimento de outras centralidades, elevando o consumo

de energia e criando grandes diferenças de acessibilidade às actividades.

As condições de transporte dos passageiros à nível do posto ainda não são satisfatórias nem
sequer para atender as deslocacções quotidianas à nível interno, sendo apenas amenizada pelo
uso dos moto-táxi ou transporte pedonal, que se mostra como o transporte mais eficiente nas
deslocacções no interior do bairro devido à facilidade de locomoção nas vias que lá se encontram.

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

Analisando o sistema de transporte na óptica dos utentes, há uma maior preferência para o
transporte pedonal, apesar de este possuir uma inconveniência (em alguns casos) devido às
distâncias percorridas ou segurança (dependendo do horário) conforme demonstra a tabela
abaixo referente à aderência aos modos de transporte.

Tabela 8 - Índices de aderência aos diferentes modos de transporte

Modo Aderência Acessibilidade Destino Rendimentos

Interior do Posto
Pedonal Alta Razoável Baixo
/ Vizinhança

Interior do Posto
Bicicleta Baixa Razoável Baixo à Médio
/ Vizinhança

Motociclo Média Razoável Variados Médio à Alto

Moto-táxi Alta Razoável Variados Médio à Alto

Táxi Baixa Má Variados Alto

Transp. Individual Baixa Má Variados Alto

Transp. Colectivo Alta Má Variados Alto

Fonte: do Autor

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.3.2 Árvore de Problemas

Ilustração 18 – Árvore de Problemas

Fonte: do Autor

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.3.3 Análise FOFA


Ilustração 19 – Análise FOFA

Fonte: do Autor

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo
3.3.4 Matriz FOFA
Tabela 9 – Matriz FOFA

Fonte: do Autor

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo
3.3.5 Matriz Estrutural
Tabela 10 – Matriz Estrutural

Fonte: do Autor

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.3.5.1 Sumário da matriz estrutural

Através da matriz anteriormente ilustrada, podem ser destacadas três áreas de influência na área
de intervenção que surgem através do cruzamento entre dados da análise interna e externa dos
pontos negativos e positivos do Posto Administrativo.

3.3.5.1.1 Área de influência “A”

Esta área surge do cruzamento dos pontos positivos internos (Forças) com potencialidades
(oportunidades) e ameaças da análise externa, e a sua abrangência não indica grandes
sobressaltos que possam condicionar o bom funcionamento do plano, sendo qualificado como
nível médio de influência na execução do plano. Pois são questões que podem ser resolvidas com
soluções “relativamente” menos complexas como:

 Instalação de parques de estacionamentos;


 Implantação de rotas de transporte que contem com a acessibilidade nas zonas mais ao
interior da área de estudo;
 Remoção de algumas habitações que se encontrem dentre da servidão da ferrovia.

Ilustração 20 – Área de influência “A”

Fonte: do Autor

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

3.3.5.1.2 Área de influência “B”

Semelhantemente ao caso supracitado, esta área apresenta pontos relativamente simples de


solucionar, sendo qualificado como nível baixo de influência na execução do plano. A área surge
do cruzamento dos pontos positivos críticos internos (fraquezas) com potencialidades
(oportunidades) da análise externa, e a sua abrangência não indica grandes sobressaltos que
possam condicionar o bom funcionamento do plano.

Ilustração 21 - Área de influência “B”

Fonte: do Autor

3.3.5.1.3 Área de influência “C”

Esta área é qualificada como nível alto de influência na execução do plano, pois mostra-se como
a área com factores que podem condicionar a execução / efectividade do plano. Esta área surge
da relação das potencialidades (oportunidades) e pontos críticos (ameaças) da análise externa, e
a sua abrangência indica inconveniências relacionadas com a devida gestão de resíduos sólidos, e
planeamento do sistema de transportes, que é o ponto focal deste estudo.

Os problemas mais críticos que se podem encontrar nesta área são de nível macro, a citar:

 Fraca cobertura da rede de transportes públicos;


 Inexistência de áreas de estacionamento Público;
 Falta de Planeamento Sistemático da Rede de Transportes;

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

 Ineficiência da recolha de resíduos sólidos por parte das autoridades Municipais;


 Crescente uso do transporte individual em detrimento do transporte público;
 Muitos congestionamentos devido à sobrecarga das vias colectoras;
 Insuficiência de veículos usados como transportes semi-colectivos de passageiros.

Portanto, devido ao nível de abrangência, é o ponto no qual se terá maior foco pois é através da
resolução dos problemas desta área que se garante a efectividade e funcionalidade das outras
áreas como consequência. A resolução dos mesmos segue no capítulo da proposta do plano.

Ilustração 22 - Área de influência “C”

Fonte: do Autor

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

PROPOSTA DO PLANO

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Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

CAPÍTULO IV – PROPOSTA DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA DO P.A. NAMICOPO

Pretende-se inicialmente definir os objectivos, princípios e directrizes que deverão servir de base
para que o P.A de Namicopo, consiga redireccionar as suas acções de forma a criar um ambiente
urbano adequado para os padrões actuais de sustentabilidade para o deslocamento de pessoas
e de cargas.

4.1 Objectivos do Plano

a) Hierarquização da rede viária (principal, secundária, local, ciclovia e pedonal);


b) Melhorar a imagem urbana do P.A de Namicopo garantindo a estruturação,
sombreamento e segurança das vias;
c) Garantir a Acessibilidade aos empregos, escolas, residências, comércio e serviços, assim
como o Estacionamento para todos locais necessários;

d) Proporcionar a boa qualidade do ambiente, em particular no que se refere à qualidade


do ar e ao ruído;
e) Adequar a um ambiente melhor e confortável no âmbito da mobilidade através da
arborização e adopção de ciclovias para redução da poluição urbana por parte dos
transportes;
f) Segurança das deslocações, sobretudo no que se refere às zonas residenciais, à
circulação de peões e aos acessos às escolas.
g) Melhorar a localização das infraestruturas, como as linhas de alta tensão, aquedutos,
sistemas de drenagem de águas superficiais e de todo e qualquer outro sistema ou
infra-estrutura para uso público e interesse colectivo;
h) Incluir os princípios de separação de sistemas de tráfego, na estruturação viária geral e
local;
i) Criação de meios que vão reduzir o impacto ambiental, causado pela acção humana
como o comércio informal ao longo das vias;
j) Melhoria das faixas de rodagem e passeios, assim como nos espaços públicos e a sua
afectação aos diferentes modos e funções;

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44
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

k) Sinalização de pontos de conflito e criação de mecanismos que reduzam superlotações


nestas zonas;
l) Adopção de estacão logística com vista a reduzir o fluxo de viaturas nas vias principais
existentes;
m) Garantir que na implementação do plano as entidades de diversas classes e os
munícipes deverão contribuir para conseguir se articular de forma participativa para
reduzir as desigualdades sociais, garantir a acessibilidade, optimizar os deslocamentos
de pessoas e bens;
n) Construção de travessias adequadas (viadutos, pontes, etc.) para aliviar o fluxo de
viaturas que se fazem sentir nas horas de pico;

4.2 Metas do Plano

 Melhorar todas as infraestruturas nas áreas urbanizadas e urbanizáveis;


 Colocação de rotas e terminais rodoviárias em local que possa interligar os dois (2) bairros
e outros sem passar pelo centro da cidade;
 Eliminar a circulação por meio de percursos pedonais nos assentamentos informais, através
do redimensionamento destes percursos de forma a permitir um maior e melhor acesso as
parcelas por parte dos residentes.

4.3 Horizonte Temporal

O plano de mobilidade em questão terá um período de 10 anos, para que estes sejam alcançados
os objectivos, tendo como início o ano de 2020 com o horizonte temporal até 2030.

4.4 Geração de Conceitos

A geração de conceitos aqui apresentados, foram através dos estudos dos Sistemas de Mobilidade

Urbana e são orientados por um conjunto de directrizes. Para cada um desses sistemas, foram
propostas diversas acções que pretendem enfrentar e superar os problemas identificados na fase
de diagnósticos, organizados em Directrizes e Acções.

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45
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

1º Conceito:

Este prevê a facilitação de comunicação ente os postos administrativos adjacentes, estes que fazem
limite com a área. Cuja proposta é a expansão da rota de transporte já existente semicolectivo,
alargamento de dois pontos em que um fica na Rua Don Manuel Pinto Vieira Nº 6001 e o outro ponto
Localiza – se entre na Estrada Nacional Nº8.

Ilustração 23 – Cenário de desenvolvimento 1

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 2019

2º Conceito:

O segundo cenário tem como foco potencializar o sistema de transporte individual e semicolectivo de
passageiros. Cuja proposta prevê a disposição de espaços para estacionamentos de viaturas, de modo
a reduzir os problemas presentes ao longa das vias estruturantes.

Este prevê também proposta de duas vias principais que terão como objectivo reduzir o fluxo de
viaturas pesadas na EN8.

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46
Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de Namicopo

Ilustração 24 – Cenário de desenvolvimento 2

Fonte: UniLúrio – FAPF, Turma de 2019

3º Conceito:

O terceiro cenário tem como foco potencializar o sistema de transporte pedonal e o transporte
colectivo de passageiros. Cuja proposta prevê a disposição de espaços para estacionamentos de
viaturas, de modo a reduzir os problemas de obstrução nas vias estruturantes. O transporte individual
privado está incluso na proposta, no entanto, serão priorizadas acções para o incentivo do transporte
colectivo de forma descongestionar as vias por sobrecarga de viaturas.

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Ilustração 25 - Cenário de desenvolvimento 3

Fonte: do Autor

4.4.1 Avaliação e Selecção do Conceito

Os Conceitos tal como as propostas compreendem diversos tipos de medidas, desde


investimentos na ampliação ou melhoria da infra-estrutura viária ou de equipamentos, ou na
melhoria dos serviços, passando por modificações na legislação, adequações na estrutura de
gestão pública, entre outros.

A selecção do conceito preconiza a união dos dois conceitos, adicionando questões em falta, tal

como arborização, sistema de esgotos, e os demais aspectos. Garantindo deste modo o


desenvolvimento do posto com base nas melhorias.

4.4.2 Directrizes e acções gerais para atender às premissas de mobilidade activa

 Desenvolver acções e programas voltados à conscientização da população quanto à importância


das adaptações de acessibilidade, padronização na construção e manutenção das calçadas;

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 Atender a necessidade de circulação de todos os pedestres, independentemente de suas condições

de mobilidade, conforme legislação sobre acessibilidade;


 Adaptar gradativamente os espaços de uso público municipal e garantir que novos equipamentos
atendam às condições estabelecidas na legislação de acessibilidade;

 Desenvolver acções voltadas à eliminação de barreiras físicas que possam representar bloqueios à

circulação dos pedestres e riscos à integridade física e estabelecer critérios para a implantação de
mobiliário urbano nas calçadas e espaços públicos;
 Promover a remodelagem da área, de modo a atingir os atributos desejados de conforto e

segurança para os deslocamentos a pé;

 Desenvolver um sistema de sinalização para deslocamentos não-motorizados ou a pé;


 Implantar políticas públicas de comunicação e eventos para o fomento ao uso dos modais não-
motorizados;

 Prover segurança aos deslocamentos não motorizados;

 Criação de áreas de estacionamento de bicicletas com o objectivo de conectar os polos geradores


de tráfego e estacões intermodais.

4.4.3 Constituintes das Vias propostas:

a) Faixas de rodagem de dois sentidos;


b) Canteiro central com arbustos de 0,50 m de raio de copa e 1,20 de altura;
c) Arborização nas laterais das vias ou nos passeios;
d) Sumidouros de canalização para os canais dos túneis;
e) Valas de drenagem;
f) Candeeiros de iluminação pública centralizados nos canteiros;
g) Candeeiros nas laterais das vias vicinais;
h) Túneis nas laterais das vias para redes técnicas como o caso de águas pluviais, residuais,
água potável, fibra óptica, gás e demais infraestruturas.

4.5 Proposta do Plano de Mobilidade

O Plano de Mobilidade do P.A Namicopo, apresenta as seguintes propostas para concretizar,


faseadamente, a curto prazo (2020-2022) e a médio/longo prazo (2030):

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 Definição de um conceito multimodal de deslocações, que integra todos os modos de


transporte, considerando outros objectivos urbanos como a valorização dos espaço
público, o ambiente e a segurança;
 Inserção de um Transporte Público como ponto de partida para estruturar o P.A Namicopo
ao nível dos transportes Alternativos;
 Reestruturação da rede de transporte colectivo rodoviário, permitindo ligar rapidamente
as zonas residenciais a outros meios de transporte, melhorando a mobilidade em
transportes públicos no P.A;
 Hierarquização da rede viária, para concentrar o tráfego nos eixos com mais capacidade e
aliviar as zonas possíveis concentrações;
 Integração de modos suaves (bicicleta e peões), que devem ter uma rede estruturada;
 Implementação de uma política de estacionamento que favoreça os residentes e utentes
de curta duração, elimine ou diminua os utentes de longa duração e o estacionamento
ilegal no espaço;
 Definição de uma estratégia de regulação para que haja articulação entre o Transporte
Público e outros modos de transporte e controlo do acesso do transporte individual ao
centro da Cidade.

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4.5.1 Perfil da EN1 / EN8

Ilustração 26 – Perfil da EN1 (Proposta)

Fonte: do Autor

Ilustração 27 – Maquetização da proposta do peril da EN1

Fonte: do Autor

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4.5.2 Perfil da Rua da França

Ilustração 28 – Perfil da Rua da França (Proposta)

Fonte: do Autor

Ilustração 29 – Maquetização da proposta para paragens de autocarros

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4.5.3 Perfil da Ferrovia

Ilustração 30 – Perfil da Ferrovia (proposta)

Fonte: do Autor

4.5.4 Perfil das Vias Estruturantes

Ilustração 31 - Proposta de melhoria das vias estruturantes

Fonte: do Autor

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Ilustração 32 - Proposta de pontos de paragem para os Transportes Públicos

Fonte: do Autor

4.5.5 Estratégias para integração dos transportes multimodais no Posto

4.5.5.1 Transporte colectivo

A lógica do sistema de transporte proposto consiste na formulação de prestação de serviços que


aumente a eficiência dos veículos e reduza os custos do transporte. Parte-se do pressuposto de
melhorar o nível de serviço oferecido aos utentes do sistema de transporte colectivo do Posto,
aumentando a acessibilidade e conexão entre os pontos da área de intervenção, transitando
essencialmente nas vias estruturantes.

Apresenta-se ainda, sugestões de atendimentos por transporte semi-colectivo (vulgo chapa 100)
para áreas actualmente não abrangidas pelo transporte colectivo de passageiros, este que terá o
seu trajecto nas vias terciárias propostas.

Portanto, para a implantação gradual de elementos do sistema são propostos:

 Faixas exclusivas/preferenciais para transportes públicos nos projectos de requalificação


dos eixos estruturantes, considerando a ideia de migração gradual para o sistema;

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 Sistema de informações de rotas, que será composto por mapas impressos e anexados nas
paragens de autocarros, deste modo facilita o acesso a tal informação ao qualquer
momento.

4.5.5.2 Transporte individual privado

O objectivo central do transporte individual privado é diminuir a participação do transporte


individual privado e diminuir o índice de acidentes.

Portanto, para a implantação gradual de elementos do sistema são propostos:

 Reduzir a necessidade de deslocamentos rotineiros de carros e motos, em especial à área


central;
 Diminuir o índice de acidentes, através da implantação.

4.5.5.3 Transporte pedonal

O objectivo central do transporte pedonal é incentivar os deslocamentos no interior do posto,


deste modo contribui-se para a questão ambiental com a redução de índice CO2 expelido.

Portanto, para a implantação gradual de elementos do sistema são propostos:

 Desenvolver o projecto de requalificação urbana na área de intervenção – na área central


e nos eixos de estruturação do transporte – com ênfase no tratamento dos espaços
públicos, privilegiando os deslocamentos a pé;

Desenvolver projectos de sinalização em pontos de travessia – cruzamentos, meio de quadra e


nas proximidades dos pontos de autocarros – e acessos aos parques e praças, com faixas de
pedestres, incluindo iluminação pedonal, sinalização táctil ou sonora para pedestres com
deficiência visual e possibilidade de aumentar tempo de travessia para pedestres idosos, com
deficiência ou mobilidade reduzida.

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Ilustração 33 – Carta de Rede viária e Roas de Transporte

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4.5.5.4 Transporte de carga

O objectivo central desta proposta é reduzir o impacto do transporte de carga sobre a circulação
viária na EN1, com foco em reduzir o impacto do transporte de carga sobre a circulação viária.

Portanto, para a implantação gradual de elementos do sistema são propostos:

 Buscar alternativas viárias de forma a reduzir ou eliminar o tráfego de passagem de cargas


nas áreas de maior densidade urbana;
 Disciplinar o tráfego intra-urbano de cargas, reduzindo ou proibindo o tráfego de veículos
de grande porte em áreas centrais.

Ilustração 34 – Esquema de mobilidade da proposta

Fonte: do Autor

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Ilustração 35 – Carta de Logística Urbana

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4.5.5.5 Estacionamentos

O objectivo central desta proposta é reduzir o impacto do transporte de carga sobre a circulação
viária na EN1, com foco em reduzir o impacto do transporte de carga sobre a circulação viária.

Portanto, para a implantação gradual de elementos do sistema são propostos:

 Buscar alternativas viárias de forma a reduzir ou eliminar o tráfego de passagem de cargas


nas áreas de maior densidade urbana;
 Disciplinar o tráfego intra-urbano de cargas, reduzindo ou proibindo o tráfego de veículos
de grande porte em áreas centrais.

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Ilustração 36 – Carta de Rede de Etacionamentos

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4.6 Quadro sumário de efeitos da proposta

Tabela 11 - Índices de aderência aos diferentes modos de transporte

Modo Acessibilidade Destino Rendimentos

Interior do Posto /
Pedonal Boa Médio à Alto
Vizinhança

Motociclo Boa Variados Médio à Alto

Moto-táxi Boa Variados Médio à Alto

Táxi Boa Variados Alto

Transp. Individual Boa Variados Alto

Transp. Colectivo Boa Variados Alto

Fonte: do Autor

4.7 Planos e Instrumentos de Acção

4.7.1 Introdução

Este documento apresenta o Programa de Execução do Plano de Mobilidade Urbana do Posto


Administrativo de Namicopo, indicando o faseamento das intervenções municipais. As principais
intervenções associadas à implementação do PlanMob decorrem das opções estratégicas
assinaladas na fundamentação das opções tomadas (propostas).

4.7.2 Programa de Execução

Com o presente programa pretende-se, não só identificar o processo de planeamento das acções
físicas e estratégicas a desenvolver, através da apresentação de uma síntese das propostas do
Plano, mas também, e sobretudo, o modo como executar o PlanMob - P.A. Namicopo. Para tal,
apresenta-se de para o programa de execução, o faseamento, as actividades, os intervenientes e
a periodicidade (vigência) do plano.

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4.7.3 Faseamento de execução das obras

As intervenções assinaladas na proposta do PlanMob – P.A. Namicopo, são previstas para sua a
implementação num intervalo curto/médio/longo prazo de 10 anos. Para o adequado
funcionamento dos elementos propostos, devem-se efectuar de acordo com o que se mostre
como indispensável para o desenvolvimento da área.

4.7.4 Estratégia de Implantação e Cronograma

A tabela a baixo indica o programa de intervenções na infra-estrutura de mobilidade que ajudará


no monitoramento

 CT – Curto prazo – até 2022;


 MD – médio prazo – até 2025;
 LG – longo prazo – de 2026 - 2030.

As intervenções estão organizadas segundo os objectivos presentes nos estudos e análises feitas
que são:

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Tabela 12 - Programa de melhorias de infra-estrutura para transporte público

TEMPO
PROGRAMA DE MELHORIAS DE INFRA-ESTRUTURA PARA TRANSPORTE PÚBLICO
CT MD LG

Definição de um conceito multimodal de deslocações, que integra todos os modos de transporte, considerando outros objectivos urbanos como a valorização dos espaço público, o ambiente e a
OBJECTIVOS
segurança, potenciar as condições para o uso dos transportes públicos nas deslocações, minimizando os efeitos da utilização do transporte individual;

ACÇÕES

Criação de pontos de paragens para os transportes públicos e criação de novas rotas para o interior da área; X X

Implementar um sistema flexível de Transporte Colectivo Rodoviário nos territórios de baixa procura; X

Apresentar os horários em todas as paragens de Transporte Colectivo Rodoviário; X X

Reestruturação da rede de transporte colectivo rodoviário, permitindo ligar rapidamente as zonas residenciais a outros meios de transporte, melhorando a
X X
mobilidade em transportes públicos no P.A;

Melhorar as condições de conforto e acessibilidade das paragens. X X X

Fonte: do Autor

Tabela 13 - Programa de implementação da Infra-estrutura para modos transportes suaves

TEMPO
PROGRAMA DE MELHORIAS DE INFRA-ESTRUTURA PARA MODOS TRANSPORTES SUAVES
CT MD LG

Disponibilizar infra-estrutura pedonal universal, contínua e articulada com os restantes modos de transporte, com um bom sistema de iluminação, tendo por base princípios de minimização das
OBJECTIVOS
distâncias de percurso e cumprindo as larguras mínimas definidas por lei.

ACÇÕES

Alocação de calçadas, cruzamentos, mobiliário e equipamentos urbanos para a movimentação de pedestres ao longo do posto administrativo para que seja
X X
mais atractivo e seguro;

Aumentar a segurança e conforto dos atravessamentos pedonais: X X X

Requalificação dos passeios de modo a atender as necessidades pedonais. X

Fonte: do Autor

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Tabela 14 - Programa de melhorias dos transportes particulares

TEMPO
PROGRAMA PARA MELHORIA DA TRANSPORTES PARTICULARES
CT MD LG

Diminuir uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano;

OBJECTIVOS Diminuir o tráfego de atravessamento de automóveis, processo no qual a aplicação de vias de sentido único tem um papel fundamental, através do aumento das distâncias de viagem, assim como o
estabelecimento de anéis viários;

ACÇÕES

Implementar novas vias; X X

Definir uma nova hierarquia viária; X X X

Criar lugares de estacionamento para cargas e descargas; X X

Aplicar medidas de acalmia de tráfego; X

Promoção dos modos sustentáveis de transporte. X X X

Fonte: do Autor

Tabela 15 - Política de estacionamento

TEMPO
PROGRAMA PARA MELHORIA DE POLÍTICA DE ESTACIONAMENTO
CT MD LG

OBJECTIVOS Implementação de uma política de estacionamento que favoreça os residentes e utentes de curta duração, elimine ou diminua os utentes de longa duração e o estacionamento ilegal no espaço;

ACÇÕES

Elaboração de plano de gestão de oferta de estacionamento incluindo necessidades de redução e aumento de vagas por área ao longo das zonas residências e
X X
comerciais;

Criar parques de estacionamento nas entradas do perímetro urbano (dissuasores da entrada de automóveis na cidade); X X

Criar lugares de estacionamento para cargas e descargas X X

Implementar zonas de estacionamento com tarifas diferenciadas e Criar mecanismos que possibilitem a redução do estacionamento ilegal; X

Reforçar o papel do estacionamento de duração limitada; X X

Fonte: do Autor

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Tabela 16 - Programa da logística

TEMPO
PROGRAMA DE MELHORIA DA LOGÍSTICA
CT MD LG

Diminuir as vantagens do uso do automóvel e racionalização do seu uso reduzindo os constrangimentos de tráfego e melhorando a qualidade do ambiente urbano;

OBJECTIVOS Contribuir para a diminuição da interferência das operações de cargas e descargas com a circulação de pessoas e em espaços que se pretendem de total prioridade ao peão;

Promover um sistema de estacionamento que contribua para a inversão da actual tendência de repartição modal.

ACÇÕES

Restringir os horários em que os veículos pesados podem circular nas zonas mais centrais da cidade; X X

Regulamentar as cargas e descargas; X X


Fonte: do Autor

Fonte: do Autor

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DISPOSIÇÕES FINAIS

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CAPÍTULO V – DISPOSIÇÕES FINAIS

5.1 Conclusão

O principal objectivo deste trabalho foi de elaborar um Plano de Mobilidade Urbana para o posto
Administrativo de Namicopo, Sua orientação prevê a construção de uma cidade com
acessibilidade universal, igualdade no acesso e à qualidade do sistema de mobilidade urbana, a
fim de garantir a todos o direito de usufruir das oportunidades e facilidades que a cidade oferece.
A construção dessa cidade mais humana segura e ambientalmente saudável para o benefício da
população requer esforços contínuos da administração municipal.

As propostas apresentadas neste plano envolvem acções de curto médio e longo prazos, e
reflectem os diferentes tempos de maturação de cada tipo de intervenção previstas. Tal actividade,
foi possível por meio da disponibilização de informações necessárias, com auxílio de Imagem

satélite e referências bibliográficas com o objectivo de levantar dados na área em estudo para
posterior elaboração do presente documento.

Ao longo da elaboração do trabalho o grupo pode perceber que, a área de estudo em questão
“Posto Administrativo de Namicopo” apresenta sérios problemas ligados a mobilidade devido a
deficiência das infraestruturas e sistema de transporte, congestionamentos; conflitos entre
diferentes modos de transportes; redução na segurança para pedestres; eliminação de parte de
áreas verdes visando ampliar espaços para circulação e estacionamentos de veículos; aumento no
número de acidentes de trânsito e nos níveis de poluição sonora e do ar. Tais impactos
comprometem, de alguma forma, a sustentabilidade urbana, a mobilidade, a acessibilidade, e o
conforto espacial e ambiental, causando queda na qualidade de vida citadina.

A elaboração e posterior implantação do Plano de Mobilidade Urbana do Posto Administrativo de


Namicopo representa um primeiro avanço em relação ao cenário actualmente observado no local.
Deve-se considerar a continuidade deste processo de planeamento com a finalidade de
acompanhar a evolução da dinâmica urbana por meio do aperfeiçoamento das ferramentas de
planeamento nele estabelecidas e sua adequação às novas realidades a serem conformadas em
cenários futuros, permitindo sua efectividade no embasamento da tomada de decisões.

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O segredo do sucesso na implementação de qualquer plano reside na capacidade de iniciativa e


de criatividade da mente humana que por sua vez deve estar predisposta a aceitar o desafio de
transformar o sonho em realidade.

De qualquer forma, considera-se que os objectivos propostos para este trabalho foram alcançados
e esperamos que possa garantir um bom rendimento.

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BIBLIOGRAFIA

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CAPÍTULO VI - BIBLIOGRAFIA

6.1 Referências Bibliográficas

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CAPÍTULO VII – ANEXOS

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