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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

UNIVERSIDADE LÚRIO
Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico Página 1/ 153

Diagnóstico da Situação Actual – Município da Ilha de Moçambique


Bairros de Sanculo • Jembesse • Macaribe • Quirahi • Santo António
DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Tutores:
TOMÁS, Cristóvão - (Dr.)

ALCOLETE, Isequiel – Arqto.

HOUGAARD, Jens – Arqto.

CONSOLO, Rufino – Arqto.

Almeida Paulo I Anssul Khan I Aquino Muataliua I Arone Mecupia I Arsénio Manhique I

Bento Mussuei I Bilton Mazuze I Dario Sengo I Dietman Sambo I Edmilson Macamo I Eliseu Oface I Ezequiel António I

Ganito Saize I Gentil Bernardo I Jacinto Mambace I Leonel Patrício I Miguel Ferreira I Moisés da Costa I Obed Carlitos I

Paulo David I Raúl Correia I Zoya Sattar

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO
ACTUAL

UNIVERSIDADE LÚRIO
Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico
Laboratório IX de Planeamento Físico
Diagnóstico da Situação Actual – Município da Ilha de Moçambique
Bairros de Sanculo • Jembesse • Macaribe • Quirahi • Santo António

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
ÍNDICE
CAPITULO I - CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................................. 11
1.1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................................. 11
1.2. OBJECTIVO .................................................................................................................................................................................... 12
1.2.1. Geral ....................................................................................................................................................................................... 12
1.2.2. Especifico ............................................................................................................................................................................... 12
1.3. METODOLOGIAS............................................................................................................................................................................. 13
1.3.1. Fluxograma dos Softwares usados ........................................................................................................................................ 13
1.4. CONCEITUALIZAÇÃO ...................................................................................................................................................................... 14

CAPITULO II - CONTEXTUALIZAÇÃO ..................................................................................................................... 17


9.1. ENQUADRAMENTO TERRITORIAL .......................................................................................................................................... 17
2.1.1. Localização Territorial ............................................................................................................................................................ 17
2.1.2. Limites .................................................................................................................................................................................... 18
2.1.3. Mapa da Divisão Administrativa ............................................................................................................................................. 18
2.1.4. Bairros por Posto Administrativo ............................................................................................................................................ 19
9.2. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO .............................................................................................................................................. 19
2.1.5. Historial ................................................................................................................................................................................... 19
9.3. ENQUADRAMENTO LEGAL ...................................................................................................................................................... 21
2.1.6. Quadro legal geral .................................................................................................................................................................. 21
2.1.7. ENQUADRAMENTO LEGAL NA ILHA DE MOÇAMBIQUE ................................................................................................... 22

CAPITULO III - CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE (PATRIMÓNIO DO MEIO AMBIENTE E HISTÓRICO) ........ 27


3.1. PATRIMÓNIO DO MEIO AMBIENTE .......................................................................................................................................... 27
3.1.1. Mangais .................................................................................................................................................................................. 27
3.1.2. Praias e dunas ........................................................................................................................................................................ 27
3.1.3. Pântanos ................................................................................................................................................................................ 28
3.1.4. Os embondeiros e as figueiras bravas centenárias de Jembesse e Sanculo ........................................................................ 28
3.1.5. Paisagem Urbana (perfil urbano) ........................................................................................................................................... 29
3.1.6. Cidade Macuti (o bairro de Macuti como património) ............................................................................................................. 29
3.1.7. A casa de Macuti (Casa como património) ............................................................................................................................. 30
3.2. PATRIMÓNIO HISTÓRICO ......................................................................................................................................................... 30
3.2.1. Elementos patrimoniais zona A .............................................................................................................................................. 32
3.2.1.1. Elementos patrimoniais (Monumentos) zona B................................................................................................................. 32
3.2.2. Modelo de ocupação do espaço herdado do povo Suahili ..................................................................................................... 33

CAPITULO IV - USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ....................................................................................................... 35


4.1. TIPOS DE USOS PREDOMINANTES ......................................................................................................................................... 35
4.1.1. Uso habitacional ..................................................................................................................................................................... 35
4.1.2. Uso de Equipamentos Colectivos ........................................................................................................................................... 39
4.1.3. Uso Especial ........................................................................................................................................................................... 41
4.1.4. Uso Industrial .......................................................................................................................................................................... 43
4.1.5. Uso Afecto a Estrutura Ecológica ........................................................................................................................................... 44
4.1.6. Espaços Vazios (Espaço Urbanizável) Continente ................................................................................................................ 46
4.1.7. Espaços Vazios (Espaço Urbanizável) Continente ................................................................................................................ 47

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4.1.8. Uso do solo Geral na Área de intervenção ............................................................................................................................. 48

CAPITULO V - CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA ............................................................................................. 52


5.1. CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO NO MUNICÍPIO/DISTRITO ................................................................... 52
5.1.1. Crescimento da população (1980-2015) ................................................................................................................................ 52
5.1.2. População no município da ilha de moçambique ................................................................................................................... 52
5.1.3. Distribuição da população por bairros .................................................................................................................................... 53
5.1.4. Pirâmide etária gráfica ............................................................................................................................................................ 53
5.1.5. Densidade populacional por bairros ....................................................................................................................................... 54

CAPITULO VI - ACTIVIDADES SOCIO- CULTURAIS E ECONÓMICAS ................................................................. 57


6.1. CARACTERÍSTICAS SOCIOCULTURAIS ................................................................................................................................. 57
6.1.1. Locais onde são desenvolvido as actividades culturais e a vida cotidiana ............................................................................ 57
6.1.2. Arquitectura como característica sociocultural ....................................................................................................................... 59
6.1.3. Principais actividades económicas ......................................................................................................................................... 60

CAPITULO VII - SERVIÇOS, EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURAS URBANAS ............................................. 67


7.1. SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS ................................................................................................................................................. 67
7.1.1. Saúde ..................................................................................................................................................................................... 67
7.1.2. Educação ................................................................................................................................................................................ 67
7.1.3. Abastecimento de Água ......................................................................................................................................................... 68
7.1.4. Energia ................................................................................................................................................................................... 69
7.1.5. Telecomunicação ................................................................................................................................................................... 70
7.1.6. Cemitério ................................................................................................................................................................................ 70
7.1.7. Saneamento ........................................................................................................................................................................... 70
7.1.8. Segurança pública .................................................................................................................................................................. 71
7.1.8.2. Religioso............................................................................................................................................................................ 72
7.1.8.3. Comercio ........................................................................................................................................................................... 73
7.2. INFRA-ESTRUTURAS ................................................................................................................................................................ 74
7.2.1. Rede viária ............................................................................................................................................................................. 74
7.3. MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE ...................................................................................................................................................... 80
7.4. 7.2.2. REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ..................................................................................................................................... 82
7.5. REDE ELÉCTRICA........................................................................................................................................................................... 86
7.6. REDE DE TELECOMUNICAÇÕES ....................................................................................................................................................... 89
7.7. REDE DE DRENAGEM ...................................................................................................................................................................... 89

CAPITULO VIII: ANALISES ....................................................................................................................................... 93


8.1. PATRIMÓNIO DO MEIO AMBIENTE E HISTÓRICO .................................................................................................................. 93
8.1.1. Analises arquictetonicas ......................................................................................................................................................... 93
8.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ................................................................................................................................................... 94
8.2.1. Evolução temporal dos assentamentos na área de estudo .................................................................................................... 94
8.3. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA ....................................................................................................................................... 96
5.1.6. Densidade Habitacional .......................................................................................................................................................... 96
8.4. DINÂMICA DE CRESCIMENTO E ACTIVIDADES SOCIO- ECONÓMICAS .............................................................................. 99
8.4.1. Oferta E Procura Turística Na Zona Do Plano ....................................................................................................................... 99
8.5. SERVIÇOS, EQUIPAMENTOS E INFRA-ESTRUTURAS URBANAS ...................................................................................... 101

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8.5.1. Saúde ................................................................................................................................................................................... 101
8.5.2. Educação .............................................................................................................................................................................. 109
8.5.3. Características gerais das escolas secundárias mais usadas. ............................................................................................ 113
8.5.4. Análise da cobertura espacial dos serviços de educação .................................................................................................... 114
8.5.5. Análise da cobertura espacial de escolas secundárias ........................................................................................................ 116
8.5.6. Análise da cobertura espacial de abastecimento de água ................................................................................................... 119
8.5.7. Saneamento ......................................................................................................................................................................... 122
8.5.8. Análise da cobertura espacial dos sanitários públicos ......................................................................................................... 124
8.5.9. Análise da serventia da rede eléctrica .................................................................................................................................. 125
8.5.10. Análises do comércio informal ........................................................................................................................................ 127
8.5.11. INFRA-ESTRUTURAS .................................................................................................................................................... 128
8.6. CONDICIONANTES NA ÁREA DE INTERVENÇÃO................................................................................................................ 140
8.6.1. Justificação das condicionantes actuais ............................................................................................................................... 142
8.6.2. Problemas: ........................................................................................................................................................................... 143
9.4. PROJECTOS PONTUAIS NA ÁREA DE INTERVENÇÃO ........................................................................................................................ 146
8.6.3. Quadro logico ....................................................................................................................................................................... 147

CAPITULO IX - CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................................ 148


9.1. CONCLUSÃO ................................................................................................................................................................................ 148
9.2. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................................................... 149

BIBLIOGRAFIA ........................................................................................................................................................ 150

ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Limites Administrativos do Distrito da Ilha de Moçambique (FONTE: INE, 2012)...................................... 18
Tabela 2 – Indicação dos Bairros por posto administrativo ........................................................................................ 19
Tabela 3 - Património por categorias e zonas geográficas ......................................................................................... 27
Tabela 4 - Património por categorias e zonas geográficas (Fonte: Turma de Licenciatura 2016) .............................. 31
Tabela 5 - Evolução demográfica Fonte: (Plano de Ordenamento Territorial da Zona de interesse turístico de Lumbo
Sanculo – Nampula) ................................................................................................................................................... 52
Tabela 6 - Distribuição da população por bairro Fonte: (INE) ..................................................................................... 53
Tabela 7 - densidade populacional Fonte: (INE)......................................................................................................... 54
Tabela 8: Densidade Populacional por Bairros ........................................................................................................... 54
Tabela 9 - Evolução das densidades (2007 e 2015) (Fonte INE) ............................................................................... 55
Tabela 10 - Números de actividades comerceiam licenciadas na área de intervenção (Fonte: Turma de Licenciatura
2016) .......................................................................................................................................................................... 62
Tabela 11 - Estabelecimentos hoteleiros e similares Fonte: Plural, com dados fornecidos por Direcção Provincial do
Turismo, Nampula ...................................................................................................................................................... 65
Tabela 12 - Restaurantes Fonte: Plural, com dados fornecidos por Direcção Provincial do Turismo, Nampula ........ 65
Tabela 13 - Cobertura populacional das unidades sanitárias da ilha de Moçambique ............................................... 67
Tabela 14 - Categorização das escolas existentes Fonte: Serviços de Educação e Cultura-Ilha de Moçambique (Fonte:
Direcção distrital de educação) .................................................................................................................................. 67
Tabela 15 - Distribuição das escolas por bairro (Fonte: Direcção distrital de educação) ........................................... 68
Tabela 16 – Quantificação dos fontenários (Fonte-FIPAG, AIAS) .............................................................................. 68
Tabela 17 - Distribuição de cemitérios por bairro (Fonte: CMIM) ............................................................................... 70

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Tabela 18 - Quantidades e localização de equipamentos de segurança (Fonte: PRM) ............................................. 72
Tabela 19 - Distribuição de templos religiosos por bairro (Fonte: CMIM) ................................................................... 72
Tabela 20 - Números de actividades comerciais licenciadas na área de intervenção (Fonte: CMIM) ........................ 73
Tabela 21 - Características dos pontos de atracagem_ Fonte: Turma de Licenciatura 2016 ..................................... 82
Tabela 22: Zonas abastecidas pelo sistema de abastecimento de água Fonte: AIAS, FIPAG 2014)......................... 82
Tabela 23 - Número de Hóspedes. (FONTE: Ministério da cultura e turismo, 2016) .................................................. 99
Tabela 24 - Número de Dormidas Fonte: (Ministério da cultura e turismo, 2016)..................................................... 100
Tabela 25: Estadia média por hóspede Fonte: (MINISTÉRIO DA CULTURA E TURISMO, 2016) .......................... 100
Tabela 26 - Distancia linear entre a centroide da área de intervenção as unidades sanitárias Fonte: (MISAU) ....... 102
Tabela 27 - Distancia linear entre a centroide da área de intervenção as unidades sanitárias Fonte: Turma de
Licenciatura, 2016 .................................................................................................................................................... 102
Tabela 28: Características gerais de escolas primárias mais usadas (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) ........... 112
Tabela 29: Características gerais de escolas secundariam mais usadas (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) ..... 113
Tabela 30: Características de EPC's propostas (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) ............................................ 115
Tabela 31: Coordenada geográfica da escola secundária proposta. (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) ............ 117
Tabela 32: Cobertura espacial da escola proposta................................................................................................... 118
Tabela 33: Análise da cobertura espacial de abastecimento de água ...................................................................... 119
Tabela 34: Consumo médio da população ............................................................................................................... 120
Tabela 35: Coordenadas de fontenárias propostas .................................................................................................. 121
Tabela 36: Constatações e alternativas de melhoramento ....................................................................................... 128
Tabela 37: bairros de origem de viajem.................................................................................................................... 137
Tabela 38: Quantidades de passageiros e cargas marítimo ..................................................................................... 138
Tabela 39: Justificação das condicionantes actuais ................................................................................................. 142
Tabela 40: Projectos pontuais constatados na área em estudo ............................................................................... 146
Tabela 41: Quadro logico ......................................................................................................................................... 147

ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Quantificação percentual do uso do solo na área em estudo ..................................................................... 50
Gráfico 2 - Evolução da população da ilha de Moçambique (1980-2015) (Fonte-INE) ............................................... 52
Gráfico 3 - Pirâmide da distribuição etária da população por sexo Fonte: (INE) ........................................................ 54
Gráfico 4 - Número de Hóspedes Fonte: (Ministério da cultura e turismo, 2016) ....................................................... 99
Gráfico 5 - Numero de dormidas Fonte: (Ministério da cultura e turismo, 2016)....................................................... 100
Gráfico 6 - Estadia média por hóspede Fonte: (MINISTÉRIO DA CULTURA E TURISMO, 2016)........................... 101
Gráfico 7 - Idade dos inqueridos na parte continental_ Fonte: (Turma de Licenciatura, 2016)................................. 103
Gráfico 8 - Grau académico Fonte: Fonte: (Turma de Licenciatura, 2016) ............................................................... 104
Gráfico 9 - ocupação dos inqueridos Fonte: (Turma de Licenciatura, 2016) ............................................................ 104
Gráfico 10 - Renda mensal dos inqueridos Fonte: (Turma de Licenciatura, 2016) ................................................... 105
Gráfico 11 - Unidade sanitária mais usada_(Fonte:Turma de Licenciatura, 2016) ................................................... 105
Gráfico 12 - Grau de satisfação dos utentes (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)................................................. 106
Gráfico 13 - Justificativa da preferência (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) ........................................................ 106
Gráfico 14 - Da análise da correlação entre o grau de satisfação Vs continuação de uso (Fonte: Turma de Licenciatura,
2016) ........................................................................................................................................................................ 107
Gráfico 15: Escolas mais usada (Parte Insular) ........................................................................................................ 110
Gráfico 16: Grau de Satisfação vs. Continuação de uso de escolas (Zona Insular) (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)
................................................................................................................................................................................. 111

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Gráfico 17: Grau de Satisfação vs. Continuação de uso de escolas (Parte Continental) (Fonte: Turma de Licenciatura
2016) ........................................................................................................................................................................ 111
Gráfico 18: Fonte de água Lumbo ............................................................................................................................ 119
Gráfico 19: Fonte de água Ilha ................................................................................................................................. 119
Gráfico 20: Posse de latrinas (parte continental) (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) .......................................... 122
Gráfico 21: Posse de latrinas (parte continental) (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) .......................................... 122
Gráfico 22: Local de fecalismo parte insular (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016 .................................................. 123
Gráfico 23: Local de fecalismo parte continental (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016 ........................................... 123
Gráfico 24: Fluxo Semanal da ponte (14.03 - 20.03) ................................................................................................ 129
Gráfico 25: Fluxo Semanal da ponte (21.03 - 27.03) ................................................................................................ 129
Gráfico 26: Fluxo Horário na N105 (dia 31.03.2016) ................................................................................................ 130
Gráfico 27: Fluxo Horário na Av. 25 de Junho (dia 31.03.2016) ............................................................................... 130
Gráfico 28: Taxa de Fluxo da ponte (29.03.2016) .................................................................................................... 131
Gráfico 29: Relação entre a Distancias e Género..................................................................................................... 134
Gráfico 30: Relação entre a Distancias e Agregado familiar .................................................................................... 134
Gráfico 31: Relação entre a Distancias e Idades ...................................................................................................... 135
Gráfico 32: Relação entre a Distancias e propósito .................................................................................................. 135
Gráfico 33: Relação entre a Distancias e renda ....................................................................................................... 135
Gráfico 34: Horas de produção de viagens .............................................................................................................. 136
Gráfico 35: Balanço de Condicionantes.................................................................................................................... 142
Gráfico 36: Condicionantes actuais .......................................................................................................................... 142

ÍNDICE DE MAPAS
Mapa 1: Enquadramento da Ilha de Moçambique ...................................................................................................... 17
Mapa 2: Limites Administrativos da Ilha de Moçambique ........................................................................................... 18
Mapa 3 - Extrato da Proposta do plano Geral de urbanização do posto administrativo de Lumbo ............................. 23
Mapa 4: Elementos patrimoniais na parte insular ....................................................................................................... 32
Mapa 5: Uso habitacional parte continental ................................................................................................................ 37
Mapa 6: Uso habitacional parte insular....................................................................................................................... 38
Mapa 7: Uso Colectivo parte continental .................................................................................................................... 39
Mapa 8: Uso colectivo parte insular ............................................................................................................................ 40
Mapa 9: Uso especial parte continental ...................................................................................................................... 41
Mapa 10: Uso especial parte insular........................................................................................................................... 42
Mapa 11: Uso industrial parte continental................................................................................................................... 43
Mapa 12: Uso afecto a estrutura ecológica na parte continental ................................................................................ 44
Mapa 13: Uso afecto a estrutura ecológica na parte insular ....................................................................................... 45
Mapa 14: Mapa de Vazios Urbanos............................................................................................................................ 47
Mapa 15: Uso do solo geral parte continental ............................................................................................................ 48
Mapa 16: Uso do solo geral parte insular ................................................................................................................... 49
Mapa 17: Quantificação do uso do solo parte insular ................................................................................................. 50
Mapa 18: Quantificação do uso do solo parte continental .......................................................................................... 50
Mapa 19 - Densidade populacional da Ilha e Lumbo (Fonte-INE) .............................................................................. 55
Mapa 20 - Realizações de actividades culturais e vida cotidiana (Fonte: Turma de Licenciatura 2016) .................... 58
Mapa 21 - Locais de convívio diurno e Nocturno (Fonte: Turma de Licenciatura 2016) ............................................. 59
Mapa 22: Principais pontos Turísticos ........................................................................................................................ 64

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Mapa 23: Rede viária na parte continental ................................................................................................................. 78
Mapa 24: Rede viária na parte insular ........................................................................................................................ 79
Mapa 25: Sistema de abastecimento de água na parte continental ........................................................................... 84
Mapa 26: Sistema de abastecimento de água na parte insular .................................................................................. 85
Mapa 27: Distribuição da rede eléctrica na parte continental ..................................................................................... 87
Mapa 28: Distribuição da rede eléctrica na parte insular ............................................................................................ 88
Mapa 29: Sentido de drenagem das aguas pluviais parte continental ........................................................................ 90
Mapa 30: Sentido de drenagem das aguas pluviais parte insular............................................................................... 91
Mapa 31 - Evolução temporal dos assentamentos na área de estudo parte continental 2005, 2009 e 2014_ Fonte:
(Licenciatura Turma 2016).......................................................................................................................................... 94
Mapa 32 - Evolução temporal dos assentamentos na área de estudo parte insular 2005, 2009 e 2014 _ Fonte:
(Licenciatura Turma 2016).......................................................................................................................................... 95
Mapa 34: Densidade Habitacional a nível do distrito .................................................................................................. 97
Mapa 34: Densidade Habitacional na parte Continental Fonte: INE).......................................................................... 97
Mapa 35: Relação entre a densidade Vs equipamentos ............................................................................................ 98
Mapa 36 - Localização das unidades sanitárias Lumbo ........................................................................................... 102
Mapa 37: Localização das unidades sanitárias Ilha.................................................................................................. 102
Mapa 38 - Análise da cobertura espacial dos centros de Saúde .............................................................................. 108
Mapa 40: Localização das escolas na parte insular ................................................................................................. 110
Mapa 40: Localização das escolas na parte continental ........................................................................................... 110
Mapa 41: Análise da cobertura espacial das escolas primárias na parte insular (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)
................................................................................................................................................................................. 114
Mapa 42: Análise da cobertura espacial das escolas primárias na parte continental (Fonte: Turma de Licenciatura,
2016) ........................................................................................................................................................................ 114
Mapa 43: Proposta de alocação de uma escola na parte continental (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) ........... 115
Mapa 44: Proposta de alocação de uma escola na parte insular (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) ................. 115
Mapa 45: Análise da cobertura espacial das escolas secundárias ........................................................................... 116
Mapa 46: Análise da cobertura espacial das fontenárias Lumbo ............................................................................. 120
Mapa 47: Análise da cobertura espacial das fontenárias Ilha ................................................................................... 120
Mapa 48: Fontenários Propostos a Reabilitação Lumbo .......................................................................................... 122
Mapa 49: Fontenários Propostos a Reabilitação Ilha ............................................................................................... 122
Mapa 50: Localização dos sanitários públicos e pontes de prática de fecalísmo ao céu aberto parte insular .......... 123
Mapa 51: Localização dos sanitários públicos e pontos de prática de fecalísmo ao céu aberto parte continental ... 123
Mapa 52: Cobertura de WC Públicos na parte continental ....................................................................................... 124
Mapa 53: Cobertura de WC Públicos parte insular ................................................................................................... 124
Mapa 54: Localização de sanitários propostos e seu raio de cobertura espacial parte insular................................. 125
Mapa 55: Localização de sanitários propostos e seu raio de cobertura espacial parte continental .......................... 125
Mapa 56: Fluxo Viario ............................................................................................................................................... 131
Mapa 57: Proximidade e Acessibilidade à via, continental ....................................................................................... 132
Mapa 58: Proximidade e Acessibilidade à via, parte insular ..................................................................................... 133
Mapa 59: Mobilidade marítima ................................................................................................................................. 139
Mapa 60: Condicionante parte continental ............................................................................................................... 140
Mapa 61: Condicionante parte insular ...................................................................................................................... 141

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ÍNDICE DE IMAGENS
Imagem 1 Ilustração do projecto da vila do milénio .................................................................................................... 24
Imagem 2: Extracto da Proposta do plano de reordenamento no posto administrativo de Lumbo ............................. 25
Imagem 3: Ocupação nas dunas de Sanculo (Fonte: Turma de Licenciatura 2016) .................................................. 28
Imagem 4: Ilustração das zonas Pântanosas (Fonte: Turma de Licenciatura 2016) .................................................. 28
Imagem 5 – ilustração das figueiras bravas e os embondeiros na parte continental .................................................. 29
Imagem 6: Perfil Panorâmico da Zona A (Fonte: Turma de Licenciatura 2016) ......................................................... 29
Imagem 7: Modelo de ocupação Suahili na parte insular Turma de Licenciatura 2016) ............................................. 33
Imagem 8: Modelo de ocupação Suahili na parte continental Fonte: Turma de Licenciatura 2016) ........................... 33
Imagem 9: Extracto de imagem de alta densidade ..................................................................................................... 36
Imagem 10: Extracto da Media Densidade ................................................................................................................. 36
Imagem 11: Ambiente social Fonte: (Turma de Licenciatura 2016)............................................................................ 57
Imagem 12: Ambiente social e Fecalismo Fonte: (Turma de Licenciatura 2016) ....................................................... 57
Imagem 13: Zona praticada a actividade pesqueira na área de intervenção na parte Insular Fonte: (Turma de
Licenciatura 2016) ...................................................................................................................................................... 61
Imagem 14: Zona praticada a actividade pesqueira na área de intervenção na parte continental Fonte: (Turma de
Licenciatura 2016) ...................................................................................................................................................... 61
Imagem 15: Mercado Nália área de intervenção na parte Insular (Fonte: Turma de Licenciatura 2016) ................... 62
Imagem 16: Mercado no ponto de entrada na área de intervenção no continente (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)
................................................................................................................................................................................... 62
Imagem 17: Wc Públicos (Parte Insular) .................................................................................................................... 71
Imagem 18: Mercado ponto de entrada-Ponte Cais na área de intervenção no continente. Fonte: Turma de
Licenciatura 2016 ....................................................................................................................................................... 73
Imagem 19: Mercado Nália área de intervenção na parte Insular. Fonte: Turma de Licenciatura 2016 ..................... 73
Imagem 20: Bancas ao longo das vias- área de intervenção parte continental Fonte: Turma de Licenciatura 2016 . 73
Imagem 21: Ponto de comércio desordenado, entrada da ilha, na ponte Cais influenciado pela terminal de transporte.
Fonte: (Turma de Licenciatura 2016).......................................................................................................................... 74
Imagem 22: Ponto de comércio desordenado, ponte Cais influenciado pela terminal de transporte. Fonte: Turma de
Licenciatura 2016 ....................................................................................................................................................... 74
Imagem 23: estrada nacional N105 Fonte: (Turma de Licenciatura 2016) ................................................................. 74
Imagem 24: Estrada, Avenida 25 de Junho Fonte: (Turma de Licenciatura 2016) ..................................................... 75
Imagem 25: estrada terciaria Fonte: Turma de Licenciatura 2016 .............................................................................. 75

ÍNDICE DE ESQUEMAS
Não foi encontrada nenhuma entrada do índice de ilustrações.
Esquema 1 - Ilucidação dos softwears usados ........................................................................................................... 13
Esquema 2: Representação do modelo de habitação ................................................................................................ 33
Esquema 4 - Perfil de via pavimentada, estrada nacional N105_ Fonte: Turma de Licenciatura 2016 ...................... 74
Esquema 5 - Perfil de via pavimentada, Avenida 25 de Junho _ Fonte: Turma de Licenciatura 2016 ....................... 75
Esquema 6 - Perfil de via terciaria, no interior dos bairros _ Turma de Licenciatura 2016 ......................................... 75
Esquema 7 - Representação da ponte que liga a ilha do continente_ Fonte: (Turma de Licenciatura 2016) ............. 77
Esquema 8 - A relação de acessibilidade na Av. 25 de Junho_ (Fonte: Turma de Licenciatura 2016) ...................... 80
Esquema 9 - Esquema de sistema de abastecimento de água. Fonte: (AIAS, FIPAG 2014) ..................................... 83

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO I

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
 Introdução
 Objectivos
 Metodologias

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO I - CONSIDERAÇÕES INICIAIS


1.1. Introdução

O ordenamento do território deve traduzir espacialmente o desenvolvimento articulado das políticas económicas,
social, cultural e ecológica da sociedade, tendo por objectivo proporcionar a cada indivíduo um quadro de vida que
assegure a sua realização pessoal num ambiente planeado à escala humana (Gaspar, 1995).

Nos centros urbanos das cidades Moçambicanas muitas são as áreas não planeadas e por isso afligidas por diversos
factores que condicionam os assentamentos informais tais como: ausência de urbanização básica, camadas sociais
com baixos rendimentos, direito de posse da terra ambíguo e inseguro, densidades populacionais elevadas,
condições ambientais impróprias, baixa qualidade das construções, ausência da cultura de conservação do
património urbano, entre outros.

O município da ilha de Moçambique não na foge da problemática urbana que as cidades nacionais enfrentam pois
verificasse a desvalorização do contexto urbano e a despromoção da originalidade da identidade cultural e patrimonial
mundialmente reconhecido. O presente relatório enquadra-se no âmbito da tese da turma de 2016 curso de
licenciatura em arquitectura e planeamento físico, visa analisar a influência do contexto legal, da demografia, o
contexto patrimonial da área, a mobilidade, as infra-estruturas, equipamento, como factores intervenientes na
dinâmica urbana da ilha e especificamente na entrada e saída da ponte que liga a parte continental e insular.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
1.2. Objectivo
1.2.1. Geral
 Reordenamento e requalificação das zonas urbanas da entrada e da saída da ponte que liga a Ilha de
Moçambique ao continente;

1.2.2. Especifico
 Ter base legal e administrativa;
 Salvaguardar o património histórico;
 Assegurar a melhoria da qualidade de vida da população;
 Garantir a cobertura de serviços, equipamentos e infra-estruturas;
 Melhorar a mobilidade, acessibilidade e trânsito.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
1.3. Metodologias
De modo a fazer com que o objectivo que se pretende seja atingido, a elaboração do presente trabalho constitui três
fazes principais e diversas subfases distribuídas em cada uma. E estas fazes são:
FASE I
DIAGNÓSTICO DE SITUAÇÃO ACTUAL:
Recolha de dados primários e secundários;
Integração, Agregação e Sistematização, de informação;

FASE II
ANÁLISES DA SITUAÇÃO ACTUAL:
Análise das características espaciais, socioculturais do município da
Ilha de Moçambique, concretamente nos bairros de Jembesse, Sanculo, Quirahi, Macaribe e Santo António.

FASE III
PROPOSTA (Plano de Requalificação):
Fundamentação e criação de cenários
Mapeamento das soluções propostas;
Regulamentações;

1.3.1. Fluxograma dos Softwares usados

RECOLHA DE DADOS ANÁLISE DE DADOS GRÁFICA COMPILAÇÃO

Dados Primários ArcGIS 10.1

 GPS Garmin Adobe InDesign CC Ms Word 2013


Etrex Venture;
MSC Excel 2013

 Anotações;
 Inquéritos.
SPSS 20.0 ArchiCAD

Adobe Acrobat Pro XI


MSC Excel 2013

ArcGIS 10.1

Dados Secundários

Ficha de levantamento
Esquema 1 - Ilucidação dos softwears usados
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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
1.4. Conceitualização
Para trazer os conceitos abaixo foi possivel com ajuda do Dicionário de Urbanismo
 Acesso:Trecho de via que leva um determinado ponto ou área;
 Aglomerado Urbano: conjunto de zonas urbanas organizadas e próximas entre si;
 Área de Influência:Espaço físico ou cultural, contínuo ou descontínuo sujeito a dominância de uma cidade ou
instituição;
 Área de Protecção: Espaço urbano ou rural que devido a sua característica geográfica merece ser
preservado, com o objectivo de manter no melhor possível a qualidade do meio ambiente;
 Blocos de Talhões: Conjunto de talhões juntos limitado por vias para um pequeno número de famílias;
 Caminho: Qualquer faixa de terreno destinado ao deslocamento de veículos, pessoas ou animais;
 Conectividade: É a correspondência, quanto aos números, natureza e capacidade das ligações estabelecidas ao nível
de transportes e comunicações de um determinado local em relação aos outros aglomerados urbanos e principais
redes;
 Desenho Urbano: É uma disciplina tradicional do urbanismo, instrumentalizada no planeamento das “cidades novas”,
sobretudo no plano de pormenor mas, que também englobava a organização de toda cidade;
 Estrutura Urbana: É a identidade das cidades assim como outras aglomerações, concebida através das avaliações e
análises morfológicas e funcional das mesmas;
 Equipamentos Sociais: qualquer máquina, dispositivo, estrutura, organização, serviço, etc. que serve para dar apoio
a acção dos membros daquela sociedade;
 Gestão do solo: processo de gestão sustentável do uso do solo e ocupação do solo;
 Gestão Urbana: conjunto de políticas públicas concebidas e aplicadas ao nível local, nas quais aborda-se aspectos
amplos sobretudo que visam vitalizar a funcionalidade da mesma;
 Infra-Estruturas: conjunto de elementos estruturais que enquadram e suportam toda uma construção;
 Município: Circunscrição administrativa autónoma do estado, governada por um prefeito e uma câmara de
vereadores; municipalidade, concelho;
 Ordenamento territorial - Conjunto de princípios, diretivas e regras que visam garantir a organização do espaço
nacional;
 Parâmetros urbanísticos ou de uso e ocupação: medidas, valores, coeficientes padronizados para o espaço urbano
ou intervenções urbanísticas.
 Património Cultural: Bem, ou conjunto de bens culturais ou naturais, de valor reconhecido para determinada
localidade, região, país, ou para a humanidade, geralmente protegido;
 Património Histórico - Bem comum de uma sociedade herdada de seus ancestrais, constituídos de artefactos,
documentos, obras locais, etc. considerados de valor histórico;

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
 Planeamento territorial ou geral (Ordenamento do Território) - Trata-se de ordenar o território de uma forma global
ou integral, decompondo-o em unidades mais pequenas segundo critérios de homogeneidade ou funcionalidade;
 Planeamento ambiental - é uma disciplina relativamente recente que visa fundir a prática do planeamento
urbano/regional com os princípios das correntes ambientalistas. O planeamento ambiental diz respeito tanto às áreas
urbanas/metropolitanas como às rurais/naturais. O planeamento ambiental leva em consideração o quadro de
regulamentação ambiental existente aos diferentes níveis;
 Plano de Urbanização: e o plano que pode abranger a totalidade ou apenas uma parte de perímetro do município;
 Plano de Pormenor: É o aplicável, à certas áreas especificas do território municipal;
 Plano Director Municipal: É o plano que abrange todo o território municipal, o qual apresenta uma proposta em síntese
da estratégia de desenvolvimento e ordenamento territorial do mesmo;
 Planeamento Sustentável: Segundo Miguel Amado, é o plano que deve procurar lidar com questões ambientais,
sociais e económicos e as inter-relações que existem entre elas, na expectativa de que os planos não comprometam
o presente que esta se vivendo assim como as relações futuras;
 Servidões: conjunto de restrições de utilidade pública, geralmente assinalados em condicionantes como: protecção de
rodovias, redes gerais de abastecimento, áreas de inundações;
 Sustentabilidade Urbana: São propostas e alternativas tecnológicas, dadas por modelos de planeamento e de
soluções que visam minorar os impactos das actividades urbanas sobre o meio ambiente e no processo de mudanças
climáticas;
 Unidade de Vizinhança: É uma área residencial que dispõe de relativa autonomia com relação às necessidades
quotidianas de consumo de bens e serviços urbanos;
 Urbanização: É o processo de longo prazo, caracterizado pelo aumento da percentagem de população a
viver nas cidades e pelas extensões das áreas urbanas;
 Zonas de Risco: áreas susceptíveis a calamidades naturais como sismos (falhas tectónicas), leitos de cheia
(inumações), orlas costeiras e praias (recuo da costa), encostam (erosão, deslizamentos);
 Zoneamento Ambiental: divisão de um território em zonas, objectivando a preservação e a recuperação do equilíbrio
ecológico do meio ambiente.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO II

CONTEXTUALIZAÇÃO
 Enquadramento Territorial
 Enquadramento Histórico
 Enquadramento Legal

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO II - CONTEXTUALIZAÇÃO
9.1.ENQUADRAMENTO TERRITORIAL
2.1.1. Localização Territorial
A Ilha de Moçambique está localizada na província de Nampula, República de Moçambique, à entrada da Baía de
Mossuril, no Oceano Índico (paralelos 15° 03' 2.55" e 15° 01' 39.45" Sul e os meridianos 40°43'37.14" e 40°44'36.29"
Leste). A ligação da Ilha (com cerca de 1km2) ao Posto Administrativo do Lumbo é feita através de uma ponte com
cerca de 3,5 km, construída na década de 1960, entre 1967/69. A Ilha de Moçambique faz parte do arquipélago
formado por mais duas pequenas Ilhas não habitadas, as Ilhas de Goa e Sena, na parte oriental.

Mapa 1: Enquadramento da Ilha de Moçambique

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2.1.2. Limites
Distrito Distrito de Ilha De Moçambique
Limites Norte Sul Este Oeste
Mossuril Mossuril Oceano Indico Mossuril
Tabela 1 - Limites Administrativos do Distrito da Ilha de Moçambique (FONTE: INE, 2012)

2.1.3. Mapa da Divisão Administrativa

Mapa 2: Limites Administrativos da Ilha de Moçambique

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
Fonte: Plano Geral do Posto administrativo de Lumbo

2.1.4. Bairros por Posto Administrativo


Posto Administrativo Lumbo Ilha de Moçambique
Bairros Jembesse, Sanculo, 16 de junho, Filipe S. Magaia, Museu, Marangonha, Esteu, Areal, Litine, Macaribe
Suio, Massicate, Magoza, Morromone, Gewere, Santo António, Quirahi
Quissona, Namalungo, Nahavara, Tocolo, Tibane 1,
Saua-saua, Namitula, Tocorone, Chilapane, Sancane,
Entete, Ampapa, Namiroto, Tibane 2, Natemba
Total 24 08
Tabela 2 – Indicação dos Bairros por posto administrativo

9.2. ENQUADRAMENTO HISTÓRICO


2.1.5. Historial
A Ilha de Moçambique é cidade que deu o nome ao país e foi a primeira capital até 1822. Devido à sua rica história,
manifestada por um interessante património arquitectónico, a Ilha foi considerada em 1991 pela UNESCO, Património
Mundial da Humanidade.

A antiga cidade portuária, criada a partir do século XVI pela presença colonial portuguesa apresenta-se hoje como
uma herança pós-colonial que inevitavelmente é um destino turístico.

A Ilha, de origem coralina tem cerca de 3.5 km de comprimento e 300 – 400 m de largura e está orientada no sentido
nordeste-sudoeste à entrada da Baía de Mossuril. Tem uma situação geográfica favorável para as comunicações
marítimas, mas condições adversas para a sua habitabilidade; sem água, o clima subequatorial, tem uma temperatura
e humidade anuais elevadas.

Arquitectonicamente, a Ilha está dividida em duas partes, a "cidade de pedra" e a "cidade de Macuti", a primeira com
cerca de 400 edifícios, incluindo os principais monumentos, e a segunda, na metade sul da ilha, com cerca de 1200
casas de construção precária.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

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9.3.ENQUADRAMENTO LEGAL
2.1.6. Quadro legal geral
8.1.1.1. Constituição da república de moçambique
A Constituição da República de Moçambique em vigor foi aprovada pela Assembleia da República a 16 de Novembro
de 2004 (“CRM”). A CRM contém asbases da organização do Estado moçambicano, dentre os quais pode se
encontrar referências aos mecanismos para a defesa e protecção do meioambiente.
8.1.1.2. Legislação Ambiental
A Lei n.º 20/97, de 1 de Outubro, que aprova a Lei do Ambiente (“Lei doAmbiente”) estabelece os princípios básicos
gerais da política ambiental, dentreoutros, a utilização e gestão racionais dos componentes ambientais de forma
apromover a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a valorizar as tradiçõese o saber das comunidades locais.
Com vista na conservação e preservação dosrecursos naturais e na responsabilização dos que criam danos
ambientais nosactos propositados da degradação do ambiente, estabelece certas normas geraisdependentes de
regulamentação complementar.
8.1.1.3. Legislação de Terras
A Lei n.º 19/97, de 1 de Outubro, que aprova a Lei de Terras (“Lei de Terras”ou “LT”), recorrendo-se ao princípio do
domínio público plasmado na CRM,classifica certas áreas como “zonas de protecção total8” e parcial, integrando-
asno âmbito do domínio público do Estado. Esta lei indica igualmente quais as áreasque constituem zonas de
protecção total e parcial.

8.1.1.4. Legislação de Pescas


A Lei n.º 22/2013, de 1 de Novembro, que aprova a Lei de Pescas (“Lei dePescas”) consagra medidas de protecção,
conservação e utilização sustentável dosrecursos biológicos aquáticos nacionais.
8.1.1.5. Legislação das Águas
A Lei n.º 16/91, de 3 de Agosto, que aprova a Lei de Águas (“Lei de Águas”)determina que as águas interiores
constituem o domínio público hídrico doEstado.31 Entre as suas normas, a Lei de Águas determina medidas para
prevençãoe controlo de contaminação das águas, licenciamento de actividades nas zonas deprotecção adjacentes
aos recursos hídricos e regras para autorização de despejode efluentes.
8.1.1.6. Legislação sobre Turismo
A Legislação do Turismo é uma das fontes com especial relevância na relação como regime jurídico das áreas de
conservação. A Lei do Turismo, aprovada pelaLei n.º 4/2004, de 17 de Junho, estabelece o quadro legal para o
fomento eexercício de actividades turísticas. Esta lei determina ainda que as actividadesturísticas devem ser
desenvolvidas respeitando o ambiente e com vista aocrescimento económico sustentável.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
8.1.1.7. Lei da Conservação
Lei n.º 10/88 de 22 de Dezembro Determina a protecção legal dos bens materiais e Imateriaisdo património cultural:
moçambicano.
 Esta Lei aplica-se aos bens do património cultural na posse do Estado, dos organismos de direito público ou
de pessoas singulares ou colectivas, sem prejuízo dos direitos de propriedade que couberem aos respectivos
titulares.
 A presente Lei estende-se a todos os bensculturais que venham a ser descobertos noterritório moçambicano,
nomeadamente no solo,subsolo, leitos de águas interiores e plataformacontinental.
 Os bens culturais de outros países existentes emMoçambique, benefi ciarão da protecção previstana
presente Lei, desde que haja reciprocidade.

2.1.7. ENQUADRAMENTO LEGAL NA ILHA DE MOÇAMBIQUE


8.1.1.8. Distrito da Ilha de Moçambique
O Decreto n.º 11/2005 de 10 de Junho, aprova o Regulamento da Lei n.º 8/2003 dos Órgãos Locais Estatais (LOLE).
Em consonância com a LOLE, o Distrito da Ilha de Moçambique compreende a região insular e o Posto Administrativo
do Lumbo (parte continental), com um Administrador Distrital.

Cujo Governo Distrital da Ilha de Moçambique esta constituído pelos seguintes órgãos:

 Secretaria Distrital;
 Gabinete do Administrador Distrital;
 Serviços Distritais;
 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas;
 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia;
 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social;
 Serviço Distrital de Actividades Económicas;
 Serviço Distrital do Turismo e da Pesca.

8.1.1.9. Conselho Municipal da Ilha de Moçambique


A Lei n.º 2/97, de 18 de fevereiro, institucionaliza as Autarquias como forma de poder local (Artigo 272). A 31 de
Maio de 1997, pela Lei n.º 10/97, foi criado o Conselho Municipal da Ilha deMoçambique, sendo composto pela
parte insular e pelo Posto Administrativo do Lumbo.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
8.1.1.10. Instrumentos Legais a nivel Municipal
Código das Posturas Municipais de 2006: as Posturas sobre o Património Mundial da Ilha de Moçambique são, na
essência, um código de posturas municipais que regem as suas acções de direcção e monitória no território do
Município, nomeadamente no quadro do saneamento, meio ambiente e cemitérios; publicidade, vias públicas,
transporte e trânsito; mercados e actividades económicas; cultura e diversão pública; construção e urbanização;
conservação e restauro do património edificado; impostos, licenças, taxas e multas. O Código das Posturas Municipais
está actualmente em revisão.

Planos existentes
1. Plano Geral do Posto Administrativo de lumbo
Realizado pela:Vocação tecnica, Servicos & consultoria Lda. e Atoz,Consultoria& Servicos Lda
Ano: 2012
Local: Posto administrativo de Lumbo
Implementacão: Não aprovado

Mapa 3 - Extrato da Proposta do plano Geral de urbanização do posto administrativo de Lumbo

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
2. Vila do Millenio - Ilha de Mocambique
Realizado pela: CDS – Centro de Desenvolvimento sustentavel de zonas Rurais,
Ano: 2007, 2008
Local: Sangulo
Implementacão: Aprovado

Imagem 1 Ilustração do projecto da vila do milénio


A Vila do Milénio da Ilha de Moçambique foi instalada no posto administrativo de Lumbo concretamente no bairro de
sangulo, em 2007, no âmbito da promoção e uso de abordagens baseadas na investigação e transmissão de ciência
e tecnologia ao nível das comunidades pobres.
A paralisação da Vila do Milénio de Lumbo deveu-se a falta de fundo para a continuação de investimento.
3. Plano de reordenamento da vila de Lumbo – Ilha de Mocambique
Realizado pela: CDS – Centro de Desenvolvimento sustentavel de zonas Rurais,
Ano: 1999
Local: Namalungo e Muromone
Implementacão: 2013

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Imagem 2: Extracto da Proposta do plano de reordenamento no posto administrativo de Lumbo

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CAPITULO III

CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE (PATRIMÓNIO


DO MEIO AMBIENTE E HISTÓRICO)

 Património do meio ambiente


 Património histórico

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO III - CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE (PATRIMÓNIO DO MEIO


AMBIENTE E HISTÓRICO)
3.1. PATRIMÓNIO DO MEIO AMBIENTE
A paisagem natural que atraiu as comunidades africanas, navegadores e comerciantes estrangeiros ao longo de
séculos, apresenta-se ainda hoje, no seu contexto e cenário (paisagem natural) originais. O reconhecimento
crescente da importância do património natural e paisagístico vem na sequência da tomada de consciência do
valor inquestionável que estas áreas/espaços naturais possuem para a humanidade. Este reconhecimento
manifestou-se, também, na adopção de políticas internacionais e nacionais de conservação da natureza.

Em termos paisagísticos a zona de protecção padece de alguns problemas de poluição, sendo igualmente
preocupante a sua ocupação descontrolada com habitações tradicionais, que já se iniciou na costa, nomeadamente
em Jembesse e Sanculo. A construção de casas de férias e o complexo turístico na duna primária da Cabaceira,
juntamente com o trânsito de veículos e respectivas consequências, poderão vir a provocar perturbações
significativas, com consequências ambientais graves.

Na área de estudo é notável uma variada zona com valor patrimonial especial, desde zonas patrimonial ambiental a
zona patrimonial natural paisagística.

Património por categorias e zonas Tipo de património


geográficas
Parte insular (área da ilha central) Património Natural e Paisagístico
Ilha de Moçambique

Bairro J e m b e s s e ( z o n a de protecção) Património Natural e paisagístico

Bairro Sanculo (zona de protecção) Património Natural e paisagístico


Costa das salinas (zona de protecção) Património Natural ambiental
Tabela 3 - Património por categorias e zonas geográficas

3.1.1. Mangais
O Mangal é um elemento importante na área de estudo, pois responde às peculiaridades ecológicas do litoral, litoral
este caracterizado por solos arenosos sob elevada salinidade.

O Mangal é responsável pelo controle das fortes mudanças no nível freático e sob influência das marés, é ainda
usado como um dos locais de aquisição de material de construção, caso do bambu (lacalaca), e tendo em conta
que é de lá que se produz o sal.

3.1.2. Praias e dunas


Na área de intervenção está-se perante dois tipos de praias: as praias associadas com fundos de lodo arenosos
e as praias associadas com fundos de corais.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
 “Praias associadas com fundos de lodo arenoso: são praias que se encontram na Ponta de Sanculo, com uma elevação
de cerca de 15 m, que termina em encosta íngreme sobre a praia.
E existem algumas plantas de mangal. Este sítio, bastante atractivo, sofre no entanto efeitos da erosão.
Esta zonas consideradas de protecção vem sendo agredida pela acção do homem e actualmente tem-se registado
construções por cima das dunas, não respeitando o afastamento em relação a linha da costa.

Imagem 3: Ocupação nas dunas de Sanculo (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

3.1.3. Pântanos
As zonas pantanosas na área de estudos não são devidamente respeitadas, isto faz com que seja notável sérios
problemas de poluição do meio e proliferação de doenças parasitárias. Ainda na onda dos problemas, há uma escola
que serve a população de toda zona adjacente ao pântano, que pela ma colocação faz com que em períodos chuvosos
a transitabilidade entre a escola e uma parte da população seja problemática.

Imagem 4: Ilustração das zonas Pântanosas (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

3.1.4. Os embondeiros e as figueiras bravas centenárias de Jembesse e Sanculo


A Adansónia Digitate (Embondeiro) é considerada uma árvore especial pelo seu alevedado tempo de vida e outros
factores culturais da tradição africana, não obstante a Figueira Brava leva esta importância também pelo facto de ser
uma planta centenária.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
Existem dois Embondeiros e duas Figueiras bravas bravas nesta zonada área, estes que são tidos como os principais
locais de encontros e reuniões da comunidade. A quanto da ocupação deste espaço, estas árvores foram sendo
usadas para vários fins desde local de culto até a actual função de reuniões comunitárias.

Imagem 5 – ilustração das figueiras bravas e os embondeiros na parte continental

Vinde em anexo 1 a tabela de espécies arbóreas.

3.1.5. Paisagem Urbana (perfil urbano)


A Ilha continental é caracterizada por dois distintos modelos de ocupação, por um lado existe uma construção em
massa de habitações com material tradicional usando técnicas de construção precária, e por outro vem sendo
actualmente usadas as técnicas de construção convencional. Tendo em conta que esta zona cresceu sendo ocupada
de forma desordenada e sem nenhum plano urbano, é notável uma grande diferença no perfil urbano partindo das
fachadas às cérceas, de um modo em que os com mais posse ocupam e constroem as suas habitações mais próximo
as ruas enquanto os com menos posse vão se aproximando as zonas de risco, chegando a ocupar as dunas e os
mangais.

Imagem 6: Perfil Panorâmico da Zona A (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

3.1.6. Cidade Macuti (o bairro de Macuti como património)


A "Cidade de Macuti", nome que provém da predominância de coberturas feitas em palhas de palmeiras, é uma vasta
zona onde vive a maior parte da população da Ilha insular. Os bairros nesta zona foram criados a partir de 1880,
altura em que as antigas pedreiras estavam esgotadas. Sendo assim a população nesta zona cresceu devido a
mudança de economia da Ilha como porto de exportação de produtos das novas plantações no interior do continente.

Actualmente é considerada esta cidade, um autêntico Museu vivo da Ilha de Moçambique.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Figura 1 - Panorama da cidade Macuti Zona B (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

Segundo o observado, há actualmente uma grande substituição do Macuti pelo Macarasse como material de
cobertura. Este factor deve-se ao facto de que o Macuti esteja cada vez mais a escassear-se, obrigando assim a
população deste bairro a optar pelo Macarasse que apesar de ter um menor tempo de vida útil acaba saindo mais
barato.

A localização a este nível (abaixo das águas do mar), deve-se ao facto deste local, ter servido de pedreira da maior
parte do material (areia e pedra) usado na construção da Cidade de Pedra e Cal.

3.1.7. A casa de Macuti (Casa como património)


A casa de Macuti é um modelo de habitação tradicionalmente africana remontada a proveniência Suahili,
desenvolvida de uma forma de construção tradicional usando grandes quantidades de paus de mangal (lacalaca)
pedras de cal, argamassa e reboco de cal ou lama. Estas casas foram construídas com pormenores decorativos
elaborados, inspirados pelo estilo Português e trabalhados por artesãos indianos.

As paredes das casas de Macuti são tradicionalmente feitas de mangal e bambu com pedras, matope, areia e, se
possível, cal, dependendo das condições financeiras do proprietário. Actualmente, o cimento vem sendo usado com
maior frequência para o reboco das casas em detrimento da cal.

O Macuti é feito de folhas de coqueiro atadas num pau de modo que formam telhas de Macuti. A telha é amarada a
estrutura de bambu e mangal.

Podem ainda ser usados outros materiais orgânicos para a cobertura, como o capim e uma folha denominada
Macarasse, porém o Macuti e oferece um longo período de vida útil e uma maior protecção contra as intempéries.

3.2. PATRIMÓNIO HISTÓRICO


A zona envolvente à Ilha (Lumbo, Baía de Mossuril e Cabeceiras) possui vários elementos do património histórico
edificado na forma de edifícios singulares e conjuntos urbanos, quintas e postos fortificados, muralhas, poços,
rampas e cemitérios, que se integram em ambiente rural.

Alguns destes locais históricos encontram-se bem mantidos, como é o caso de:

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
 Cemitério Britânico (com jazigos de soldados vítimas do 1º Guerra Mundial);
 Cemitério Muçulmano (vedado com um grande muro de pedra de coral, que protege túmulos antigos, na
zona do Lumbo).

No entanto, parte significativa do património edificado encontra-se num acelerado estado de degradação, que é
o caso de:

 Conjunto urbano da Vila do Lumbo (Estação de Caminhos de Ferro, Hotel, edifício das Telecomunicações
e diversos armazéns e moradias);
 NA península de Mossuril (antigos postos militares, quintas fortificadas e antigos poços);
 Na Cabaceira Grande (antigo Palácio de Verão do Governador da Ilha de Moçambique, antiga Igreja
considerada a igreja mais antiga da parte continental de Moçambique, com altar em talha dourada
trabalhado em Goa).

No município da Ilha de Moçambique, o Património (histórico, urbano, arquitectónico), se integra no ambiente


natural e paisagístico, As diferentes categorias deste património (área central e zona de protecção) encontram-
se distribuídas, conforme ilustra a tabela a seguir:

Património por categorias e zonas Tipo De Património


geográficas
Ilha de Parte insular (área da ilha central) Património Edificado
Moçam
bique Bairros Sanculo e Jembesse Património Histórico e Edificado

Costa das salinas (zona de protecção) Património Ambiental

Tabela 4 - Património por categorias e zonas geográficas (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

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3.2.1. Elementos patrimoniais zona A
Na parte continental não há presença de elementos patrimoniais credenciados pela UNESCO e a nível nacional.

3.2.1.1. Elementos patrimoniais (Monumentos) zona B

Mapa 4: Elementos patrimoniais na parte insular

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
3.2.2. Modelo de ocupação do espaço herdado do povo Suahili
A forma de como as pessoas ocupam o espaço por vezes de maneira inconsciente e natural, revela uma vasta gama
de hábitos e costumes destas mesmas pessoas, sobretudo no meio rural.

Nesta zona, um factor que chama a atenção é que as pessoas (especialmente no bairro de Jembesse) naturalmente
foram construindo as suas habitações de uma maneira alinhada e linear, deixando uma grande zona central ao longo
da rua de modo que sejam realizadas as relações sociais da comunidade.

Imagem 8: Modelo de ocupação Suahili na parte continental Fonte: Imagem 7: Modelo de ocupação Suahili na parte insular Turma de
Turma de Licenciatura 2016) Licenciatura 2016)

Esquema 2: Representação do modelo de habitação

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO IV
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
 Tipos de usos predominantes
 Área ocupada por uso habitacional
 Área ocupada de uso comercial
 Área ocupada por serviços
 Área ocupada de uso industrial

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO IV - USO E OCUPAÇÃO DO SOLO


4.1.TIPOS DE USOS PREDOMINANTES
Devido a sua localização e as oportunidades que oferece, a área de intervenção concretamente a continental é
destacada por ser uma área do Distrito que apresenta uma maior dinâmica e fluidez pois é a entrada ao património
Mundial não só por ser o lugar mais próximo da Sede do distrito (onde há mais serviços, equipamentos, etc), Há
existência de vários usos solo urbano dentre os quais podem se constatar como principais os seguintes:

 Uso habitacional
 Uso colectivo
 Uso especial
 Uso turístico
 Uso de rede viária
 Uso afecto a estrutura ecológica
 Vazios

4.1.1. Uso habitacional


O Uso habitacional destaca-se por apresentar maior área de ocupação com 9.20 Ha, que corresponde a 4% da área
total na parte continental.

Por ser a área mais próxima da ilha (sede do Distrito) foi nesse lugar onde a população começou a fazer os seus
assentamentos e pela ausência de planos e seus respectivos acompanhamentos a ocupação no geral é desordenada.
Especificamente a parte norte da área em estudo (Bairro de Jembesse) apresenta uma ocupação ligeiramente
ordenada quanto mais próximo da estrada há uma tendência de uso de materiais convencionais. Enquanto as demais
áreas apresenta assentamentos desordenados, onde a maior parte deles são de construção tradicional.

4.1.1.1. Densidade habitacional


É conhecida como densidade habitacional a relação entre o número habitações e a área de ocupação. Esta é
expressa por Hab/ha (habitações por hectares). A densidade vária para cada cidade, Com base em (Trindade 2013),
considera Baixa densidade habitacional de 1-20hab/Há, Media densidade habitacional de 21-60hab/Ha e 60 ou mais
hab/Ha (Alta densidade).

I. Zona Habitacional não planeada de Alta densidade

Esta forma de ocupação habitacional caracteriza-se por apresentar mais 60Hab/ha. É de salientar que pode se
verificar este tipo de assentamento dentro da área de estudo na entrada ao bairro de Jembesse e ao norte do bairo
de Sanculo.

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Características

 Os assentamentos informais ou de crescimento espontâneo;


 Habitações precárias;
 Deficiência de acesso;
 Deficiência no sistema de saneamento básico (Abastecimento de água,
drenagem das águas, esgotos);
 Não existência de parcelas bem definidas;
 Lotes irregulares;
 Densidade de ocupação de +60 hab/ha;
 Insuficiência de infra-estruturas públicas;
Imagem 9: Extracto de imagem de alta
densidade

II. Zona Habitacional não planeada de Media densidade

Esta forma de ocupação habitacional caracteriza-se por apresentar 21-60 Hab/ha. Este tipo de assentamento é o que
mais se verifica na área em estudo no geral todo o bairro de Jembesse e Sanculo tem média densidade com tendência
a alta densidade.

Características
 Os assentamentos informais ou de crescimento espontâneo;
 Habitações precárias;
 Deficiente acesso ao interior;
 Deficiência no sistema de saneamento básico (Abastecimento de água,
drenagem das águas, esgotos);
 Não existência de parcelas bem definidas;
 Densidade de ocupação de 21-60hab/ha;
 Insuficiência de infra-estruturas públicas (Rede de agua energia, ruas)
Imagem 10: Extracto da Media
Densidade

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Mapa 5: Uso habitacional parte continental

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Mapa 6: Uso habitacional parte insular

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4.1.2. Uso de Equipamentos Colectivos
O uso envolve ensino, saúde, mercados e feira, cultura e desporto, religioso, administrativo.

Mapa 7: Uso Colectivo parte continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 8: Uso colectivo parte insular

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4.1.3. Uso Especial
O uso envolve cemitérios, barragens penitenciárias, aeroporto, estalações militares.

Mapa 9: Uso especial parte continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 10: Uso especial parte insular

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
4.1.4. Uso Industrial
O uso industrial envolve estâncias turísticas, no entanto a área de intervenção na parte insular não contem este uso.

Mapa 11: Uso industrial parte continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
4.1.5. Uso Afecto a Estrutura Ecológica
O uso industrial envolve área agrícola, recursos geológicos, domínio hídrico.

Mapa 12: Uso afecto a estrutura ecológica na parte continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 13: Uso afecto a estrutura ecológica na parte insular

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4.1.6. Espaços Vazios (Espaço Urbanizável) Continente

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4.1.7. Espaços Vazios (Espaço Urbanizável) Continente

Mapa 14: Mapa de Vazios Urbanos

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4.1.8. Uso do solo Geral na Área de intervenção

Mapa 15: Uso do solo geral parte continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 16: Uso do solo geral parte insular

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O uso de solo na área em estudo e caracterizada pela distribuição desigual dos serviços e equipamentos. As partes
da área em estudo, são maioritaneamente ocupadas por residências assentes de forma irregular e sem nenhuma
logica estrutural, cenários influenciam negativamente na dinâmica da vida social das comunidades em estudo no
tocante a deslocamentos em grandes percursos de alunos do nível primário, ineficiência de escoamentos de águas
pluviais e residuais, a pressão humana sob a zona insular pela concentração de equipamentos, serviços
oportunidades.

ACTUAL CONTINENTE ACTUAL INSULAR


Classe de uso e cobertura do solo Quantificação Classe de uso e cobertura do solo Quantificação
Uso habitacional 357,143.31 Uso habitacional 80,360.41
Uso especial 333.1
Uso especial 5,678.40
Uso Industrial 6,488.50
Uso Colectivo 9,796.400
Uso Colectivo 19,413.23
Uso Afecto a Estrutura Ecológica 98,562.50 Uso Afecto a Estrutura Ecológica 17,343.95
Vazios (espaço urbanizável) 88,279.40 Espaço ocupado por vias 15,020.10
Espaço ocupado por vias 12,673.19
Mapa 17: Quantificação do uso do solo parte insular

Mapa 18: Quantificação do uso do solo parte continental

Gráfico 1: Quantificação percentual do uso do solo na área em estudo

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO V

CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA
 População no município da ilha de moçambique
 Distribuição da população por bairros
 Estrutura etária
 Densidade populacional

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO V - CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA


5.1.CRESCIMENTO E DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO NO MUNICÍPIO/DISTRITO
5.1.1. Crescimento da população (1980-2015)
Os dados demográficos de 1980 a 2015 há proporção da população urbana em relação à população total aumenta
continuamente de 1980 a 1997, sendo de 22,6% em 1980, de 21,4% em 1991 e 35,1% em 1997. Contra partida,
verifica-se uma redução do número da população no período 1997 a 2007 motivada pela busca de melhores
condições e oportunidades e de acordo com as projecções de 2015, o cenário de crescimento volta a registrar-se na
ordem de 10.57%.

Evolução da população da ilha de moç. (1980-2015)


60000 55197
Número da População

48839
50000 42407
38100 39863
40000 34713
30152
26112 27518
30000 23315
20000 14889 13350 15334
11988
10000 6837

0
1980 1991 1997 2007 2015
Anos
Ilha Lumbo Total

Gráfico 2 - Evolução da população da ilha de Moçambique (1980-2015) (Fonte-INE)

5.1.2. População no município da ilha de moçambique


De acordo com o INE e a respectiva projecção de 2015, o distrito da Ilha de Moçambique possui um total de 55.197
habitantes, dos quais 28.246 são mulheres, sendo a parte continental a mais populosa com 39.865 habitantes (72,4%)
na parte Continental e 15.332 (27,6%) a residirem na parte Insular. Mais de 95% da população professa a religião
muçulmana, devido a primeira influência Árabe obtida e a língua predominante é Nahara, da variante Emakwa,
resultante das línguas Árabe, Suahili e Emakwa (INE, 2012).

UNIDADE TERRITORIAL POPULAÇÃO VARIAÇÃO TAXA ANUAL DE


1997 2007 2015 1997-2007 CRESCIMENTO (%)
Município da Ilha de 42.407 48.063 55.197 5.656 1,4
Moçambique
Província Nampula 2.975.747 3.985.285 1.009.538 3,3
Tabela 5 - Evolução demográfica Fonte: (Plano de Ordenamento Territorial da Zona de interesse turístico de Lumbo Sanculo – Nampula)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
5.1.3. Distribuição da população por bairros
No que concerne, a distribuição da população na Parte Insular faz-se de uma forma mais homogénea, constituindo
Litine o bairro com maior quantitativo populacional (3.787habitantes) em oposição ao bairro Marangonha, com 1.023
habitantes. Já na Parte Continental, verifica-se uma distribuição bastante díspersa, variando entre os 5.527
habitantes, no bairro Djembesse, e os 203, em Tibane 2.

PARTE INSULAR N da Pop PARTE CONTINENTAL


Litine 3787 JEMBESSE 5527 Saua-saua 986
Museu 3582 SANCULO 4434 Natemba 944
Esteu 1879 Tocolo 3451 Namilungo 921
Areal 1790 16 de Junho 3328 Chilapane 881
MACARIBE 1595 Macicate 3021 Tocorone 874
SANTO ANTÓNIO 1325 Ampite 2088 Filipe dos Santos 819
Marangonha 1253 Muromone 1697 Tipane1 785
Quiarhi 1178 Suio 1410 Namuitula 638
Entete 1301 Namiroto 636
Quissona 1184 Sangane 505
Gewerre 1115 Nahavara 448
Nacoza 1089 Tiabene 2 203
Ampapa 1055
Total 15136 Total 39340
Tabela 6 - Distribuição da população por bairro Fonte: (INE)

5.1.4. Pirâmide etária gráfica


No que se refere a estrutura etária da população do distrito da ilha de moçambique nota-se um número elevado de
mulheres na faixa dos 15 anoas a 44 anos com mais discrepância entre as faixas de 15 a 35 que é compreendida por
jovens isso faz sentido, pois com o inquérito feito e observação directa também a um aspecto a se ter em conta as
mulheres tem assumido responsabilidades muito cedo comparativamente aos homens, o gráfico abaixo ilustra como
se encontra distribuído a população pelo género e idade.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Idade

Nº de Hab.

Gráfico 3 - Pirâmide da distribuição etária da população por sexo Fonte: (INE)

5.1.5. Densidade populacional por bairros


Tabela 7 - densidade populacional Fonte: (INE)

Generalizando, a densidade populacional no Município da Ilha de Moçambique é de cerca de 245 habitantes por km²
e no Posto Administrativo de Lumbo a densidade é de 177 habitantes por km² enquanto Posto administrativo Ilha-
sede que é de 14.602 hab/Km2 pois a sua superfície é de 1km2. Mas densidade do distrito é de 245 hab/Km2 esta
densidade é inferior comparativamente com a densidade da parte insular isso devesse primeiro por ser uma ilha (Não há espaço
para onde crescer) e a relação desfasada que há entre o número da populacional e a superficie (Projecção do INE para 2015).
Os dados preliminares do III Censo Geral da População e Habitação realizado em 2007 indica que a população total
do Município da Ilha de Moçambique era 48.063 habitantes, vivendo em 11.386 agregados familiares. Isto compara
com 42.407 habitantes em 10.464 agregados familiares no CENSO de 1997 (INE, 2012).

Densidade (hab/Km2) Densidade (hab/Km2)


2007 2015
Distrito da ilha de Moçambique 213 245
Tabela 8: Densidade Populacional por Bairros

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 19 - Densidade populacional da Ilha e Lumbo (Fonte-INE)

POPULAÇÃO, SUPERFÍCIE E DENSIDADE. POPULAÇÃO. POR POSTOS ADMINISTRATIVOS, 2015


Postos Administrativos Pop. Sup. Ter. (Km2) Densidade (hab/Km2)
Total 55,197 226 14,779
POSTO ADMINISTRATIVO DE LUMBO 39,865 224.95 177
Povoado do Lumbo 20,134 --------- ---------
Povodo de Ampapa 19,731 --------- ---------
POSTO ADMINISTRATIVO ILHA-SEDE 15,332 1.05 14,602
Povoado do Macaripe 10,058 --------- --------
Povoado da Museu 5,274 --------- --------
Tabela 9 - Evolução das densidades (2007 e 2015) (Fonte INE)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO VI

DINÂMICA DE CRESCIMENTO E ACTIVIDADES


SOCIO- ECONÓMICAS
 Agricultura
 Pesca
 Indústria
 Comércio
 Comércio informal
 Turismo

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

 Comercio
CAPITULO VI - ACTIVIDADES SOCIO- CULTURAIS E ECONÓMICAS
6.1.CARACTERÍSTICAS SOCIOCULTURAIS
 A vida social deste povo é caracterizado pela relação de interdependência na variedade das actividades que
cada família desenvolve.
 O ambiente social e caracterizada pela exposição dos hábitos e costumes ao longo das vias que ao mesmo
tempo servem de espaços sociais.

Imagem 11: Ambiente social Fonte: (Turma de Licenciatura 2016) Imagem 12: Ambiente social e Fecalismo Fonte: (Turma de
Licenciatura 2016)

Culturalmente, o povo da área de intervenção esta organizado em clubes, grupos culturais e religiosos, sendo estas
organizações responsáveis pela disseminação de mensagens de boas praticas ao nível da saúde comunitária,
conduta individual e colectiva no ambiente social, a promoção e expansão da cultura macua alem fronteira não
obstante, estas práticas culturais constituem ou fazem um papel muito importante na orientação da população local,
registando-se melhorias nas condutas sociais como por exemplo ao abando da pratica do fecalismo ao céu aberto,
resultado dos ensinamentos nas musicas do tufo e grupos sociais de jovens dedicados a higiene e limpeza da cidade.
Fonte oral (Sr’s Muhinte e Atumane Mussa) secretários dos bairros na área de intervenção.

6.1.1. Locais onde são desenvolvido as actividades culturais e a vida cotidiana


1. Posto administrativo do Lumbo, em frente do posto.
2. Posto Administrativo da Ilha, nas praças.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 20 - Realizações de actividades culturais e vida cotidiana (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

Percebe que há uma tendência da população alocar-se ao redor dos equipamentos bem como ao longo das infra-
estruturas tal comportamento pode estar associado a necessidade da população fazer uso dos serviços e das
oportunidades que estes criam, bem pelo facto destes equipamentos, e infra-estruturas funcionarem como polos de
atracão em função dos benefícios que estes trazem.

Ou seja na área de intervenção pode se perceber este fenómeno a medida que nos aproximamos da estrada 105
junto a entrada da Ilha a população tende a alocar ao longo desta via devido as oportunidades de comércio que são
desenvolvida das ao longo desta este núcleo acaba funcionando como um centro comercial, com circulação de
veículos, estacionamento e cargas e descargas; separação das zonas de peões e de veículos, de tal forma que a rua
acaba sendo concebida como superfície mista tornando-se num grande polo de atracão com potencialidades de atrair
novos investimentos.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 21 - Locais de convívio diurno e Nocturno (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

6.1.2. Arquitectura como característica sociocultural

O estilo de uma época, de um lugar, de um determinado artista, depende, de muitos factores, dentre eles, religiosos,
geográficos, económicos, políticos, tecnológico. (Sigfrid Giedion)
As técnicas construtivas tradicionais na Ilha de Moçambique assumem a sua maior expressão nas casas de Macuti -
construção de pau-a-pique com cobertura de folhas de palmeira secas e trançadas.
O tecto é feito em mangal ou bambú, enquanto as paredes exteriores constituídas por uma fileira de estacarias de
madeira cravadas no chão espaçadas de 50 cm e reforçadas com canas de bambú atadas horizontalmente com
cordel de sisal ou fibras vegetais, são rebocadas com argamassa de cal ou barro em ambas as faces e posteriormente
caiadas com cal pigmentada (Jopela, 2003)
As casas de Macuti conjuntamente com o conhecimento das técnicas de construção constituem parte significativa da
história da Ilha de Moçambique, e estão associados ao património arquitectónico Suaíli.
Um dado importante é que o estilo arquitectónico destas construções estão associados a vários factores tal como:

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
 A cultura- na medida que são construídas para responder com as práticas de convívios sociais ao longo das
ruas;
 Económicos- porque evidentemente a população tem e sempre teve renda baixa para adquirir materiais
convencionais registando-se alguns casos com esta tendência;
 Políticos- na medida em que se trata de um património histórico da humanidade, tecnológico- pela
continuidade de uso de técnicas de cobertura ate mesmo nas casas cobertas de chapas;
 Geográficos- disponibilidade dos materiais de cobertura e paredes nas zonas adjacentes…

6.1.3. Principais actividades económicas


As actividades da população são marcadas pelo sector primário da economia principalmente a pesca artesanal, a
agricultura familiar e comercio informal que de forma directa dão sustento a população. Estas actividades baseadas
na exploração dos recursos naturais apesar da sua importância na vida económica da população, não são suficientes
para o desenvolvimento económico do distrito. Ademais, de acordo com os dados estatísticos um dos principais
constrangimentos para o desenvolvimento na Ilha está ligada a fraca base económica da população e o baixo nível
de emprego formal, de escolarização em particular da mulher.

A ilha desempenha um papel significativo na sua região como centro de concentração de meios de produção e
comercialização do pescado pois é a partir dela que se exerce a maior parte das actividades de pesca e
comercialização do peixe, através do sector informal para o consumo local e externo (Nampula, Monapo).

6.1.3.1. Agricultura
A produção agrícola e praticada em algumas zonas da parte continental onde quase todas famílias têm machambas
incluindo pelo menos 10% das famílias da parte insular (INE- estatística económica). Porem as áreas de cultivo são
pequenas variando de 0,25- 0.5 Ha, sendo a mandioca, o milho, o amendoim, o feijão, as culturas principais para o
consumo doméstico.

6.1.3.2. Pesca
A ilha desempenha um papel significativo na sua região como centro de concentração de meios de produção e
comercialização do pescado pois é a partir dela que se exerce a maio parte das actividades de pesca e
comercialização do peixe, através do sector informal para o consumo local e externo (Nampula, Monapo).

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Imagem 13: Zona praticada a actividade pesqueira na área de Imagem 14: Zona praticada a actividade pesqueira na área de
intervenção na parte Insular Fonte: (Turma de Licenciatura 2016) intervenção na parte continental Fonte: (Turma de Licenciatura
2016)

6.1.3.3. Indústria
Actualmente o sector industrial conta com alguns hotéis, as salinas comerciais e pequenas industrias de
processamento de produtos agrícolas (moagens) (Indústria e comercio- ilha de Moç.). Existem na ilha antigas fábricas
de caju, e sisal porem a de caju encontra-se fechada e a de sisal em regime muito reduzido do seu volume de
desfibramento devido ao semi abandono desta cultura afectando desta forma a economia da região.

6.1.3.4. Comércio
No sector terciário a população serve-se de centro comerciais e de prestação de serviços. Na zona insular, o comercio
integra armazéns e lojas retalhistas, mercados e barracas ao passo que na zona continental, são apenas barracas e
mercados informais que abastecem a população em produtos necessários chegados de Nampula, Nacala, Mogingual
e outros centros urbanos com os quais o distrito tem tido relação de interdependência económica, social e cultural.

O informal domina a pratica da actividade comercial na área de intervenção, uma actividade praticada ao longo das
vias da parte insular com principal destaque para cruzamentos da Av.25 de Junho com a Travessa do forno, do
Matadouro e de Santo António, onde há um maior fluxo no período nocturno e nos dias de feira (segunda e quinta
feira), e na parte continental é exercida influenciado pela terminal de transportes e o ponto de atracagem dos
pescadores, proliferando-se em uma expancao linear, a mesma e exercida na entrada da ponte cais de acesso a ilha
Moçambique manchando de que maneira o portal de entrada do património mundial da humanidade, onde neste local
são comercializados diferentes tipos de produtos como alimentares, vestuário, peças de veiculo. A alocação de novos
mercados não tem sido a solução para tal problema, visto que verificasse um abandono dos mercados em detrimento
das praias, por parte dos comerciantes como e o caso dos mercados Nalia e do Celeiro que se encontram num estado
de total abandono.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Imagem 16: Mercado no ponto de entrada na área de intervenção no Imagem 15: Mercado Nália área de intervenção na parte Insular
continente (Fonte: Turma de Licenciatura 2016) (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

No seu todo o comércio na área e intervenção integra armazéns, lojas, retalhistas, mercados e barracas sendo
essencialmente estes dois últimos que abastecem as comunidades da parte Continental em produtos de primeira
necessidade. A pesca, embora de baixo rendimento por via do recurso a métodos e utensílios de baixa captura
representa uma actividade expressiva quer na Parte Insular, bem como na Continental, a comercialização do marisco
envolve diferentes personagens desde o pescado, comerciante grossista ao retalhista onde geralmente a troca
comercial vai acontecendo ao longo das praias.

Zona Continental Zona Insular


Mercado 1 3
Feira 1 1
Loja 4 4
Barracas 79 124
Restaurante 0 10
Tabela 10 - Números de actividades comerceiam licenciadas na área de intervenção (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

6.1.3.5. Turismo
O turismo é considerado uma actividade importante na Cidade da Ilha de Moçambique. Os dados do relatório do
Governo do Distrito da Ilha de Moçambique 2015 indicam que o sector emprega um total de 222 trabalhadores.

6.1.3.5.1. Actividades turísticas


Actividades promovidas pela APETUR

 Festival Cultural, (Danças, música, artesanato, desporto, gastronomia, teatro, palestras, divulgações
culturais locais);
 Feira de culinária Tzoziva (gastronomia, artesanato exposição de fotos da Ilha da Evolução,

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
Exposição de capulana);
 Cursos de formação (inglês básico, empreendedorismo e qualidade, gestão de empresas de hotelaria e
turismo);

Porém, existem as principais actividades turísticas realizadas na Ilha de Moçambique, que são:

 As feiras gastronómicas: Estas que são realizadas três vezes por ano e tem o principal intuito de beneficiar
a comunidade, ou seja estas procuram alavancar pequenos negociantes locais, (caso especifico da FEIRA
TSOZIVA);

 Os festivais culturais: Eventos que são organizados durante o ano, com o maior objectivo de unir os
diferentes tipos culturais existentes na Ilha e arredores;

 A escala dos navios: Esta não é feita com maior frequência mas traz muitos turistas de uma única vez, a
título de exemplo para este ano já visitaram a Ilha de Moçambique cerca de 4200 turistas vindos de três (3)
navios.
Em tempos era feito o festival BALUARTE, que consistia em trazer outras culturas de outras partes do pais e do
mundo de modo a trocar pareceres com a Ilha de Moçambique, neste caso participava a ilha de Zanzibar na Tanzânia
e a de Maiote da Espanha, porém actualmente o BALUARTE já não se tem verificado, tendo ficado como plano a
criação da FEIRA DO PEIXE e o ONHIPITE FESTIVAL (este que irá envolver a Ilha da Reunião, as Ilhas Maurícias
e a Ilha de Maiote), com o mesmo âmbito que o Baluarte.

Quanto ao PROJECTO ARCO NORTE, este foi um programa de vários projectos, que não chegaram a ser realizados.

É ainda de grande importância citar que existe uma época quase morta para o turismo na Ilha de Moçambique, neste
caso que é a partir da segunda quinzena do mês de Janeiro ate ao início do mês de Junho, tendo assim o turismo
uma maior inclusão a partir dos meados de Junho ate a primeira quinzena de Janeiro.

Os principais polos de atracção são os principais Monumentos, Estátua de Vasco da Gama, Estátua de Luís de
Camões, rua dos arcos, Capitania, Escola de Artes e Ofícios, Edifício do Conselho Municipal da Ilha de Moçambique,

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
Crematório Hindu, Ponte-Cais e a Cidade de Macuti, o museu, a fortaleza, as praias, o ambiente urbano da cidade
de pedra e cal, os restaurantes com comida tradicional, as actividades culturais da população da cidade de Macuti.

Mapa 22: Principais pontos Turísticos

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

6.1.3.5.2. Oferta e procura turística Na zona do plano


Segundo (MINISTÉRIO DA CULTURA E TURISMO, 2016), existem licenciados nos distritos da Ilha e de Mossuril um total
de 35 estabelecimentos, com 411 camas (Quadro 2). A grande maioria (89% dos estabelecimentos e 75% das camas)
situa-se no distrito da Ilha de Moçambique. Dos trinta e um estabelecimentos desse distrito, apenas um se situa na
parte continental (Casuarina Camping), estando os restantes trinta situados na Ilha insular.

Hospedagem

Estabelecimentos hoteleiros Ilha de Moçambique Area de intervenção


Estabel. Quartos Camas Estabel. Quartos Camas
TOTAL 31 195 308 1 5 17
Tabela 11 - Estabelecimentos hoteleiros e similares Fonte: Plural, com dados fornecidos por Direcção Provincial do Turismo, Nampula

Em termos de classificação, conclui-se que existe um baixo nível de qualificação da oferta. Efetivamente, a quase
totalidade dos estabelecimentos aparece com a designação Casa de Hóspedes e Aluguer de Quartos, tendo essas
tipologias uma capacidade média baixa, da ordem das 10,3 camas por estabelecimento.

Alimentação
A distribuição geográfica da restauração acompanha aproximadamente a da hotelaria. Existem 21 estabelecimentos
licenciados no distrito da Ilha de Moçambique.
Restaurantes Ilha de Moçambique Área de intervenção
Estabel. Lugares Estabel. Lugares

TOTAL 21 1.524 1 21
Tabela 12 - Restaurantes Fonte: Plural, com dados fornecidos por Direcção Provincial do Turismo, Nampula

A figura mostra a distribuição dos estabelecimentos turísticos e de restauração existentes e licenciados nos distritos da Ilha
e de Mossuril e em que é visível a concentração na Ilha de Moçambique.

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CAPITULO VII

SERVIÇOS, EQUIPAMENTOS E INFRA-ESTRUTURAS


URBANAS
 Serviços e equipamentos públicos
 Infra-estruturas

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO VII - SERVIÇOS, EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURAS URBANAS


7.1.SERVIÇOS E EQUIPAMENTOS
7.1.1. Saúde
O Distrito da ilha de Moçambique conta com 5 unidades sanitárias, destacando o primeiro hospital do Pais (Centro
de Saúde da Ilha), que actualmente se encontra em estado de degradação, e com a paralisação de alguns serviços
como a de enfermaria de surgia, bem como ao bloco operatório aliado a falta de pessoal técnico, o hospital passou a
centro de saúde do tipo A. Destaca-se também, o centro de saúde de Sangane que beneficiou-se de uma reabilitação
recente levada a cabo pelos padres o que faz deste o centro de saúde que se apresentasse em melhores condições
de conservação.
No de U.S-Ilha de Nomes das U.S Localização
Moçambique (Bairro)
C S-Ilha de Moçambique Museu
5 Unidades de CS-Lumbo Murromone
sanitárias CS-Massicate Massicate
CS-Sangane Sangane
CS-Apampa Apampa
Tabela 13 - Cobertura populacional das unidades sanitárias da ilha de Moçambique

Fonte: Diploma Ministerial n⁰127/ 2002, MISAU; Imprensa Nacional de Moçambique, Maputo, 2002

7.1.2. Educação
Os Serviços da Educação no Distrito da ilha de Moçambique não vem acompanhando o crescimento populacional,
factor que contribui para as sobre lotações das escolas tanto primárias e secundárias. No seu todo o distrito conta
com 18 estabelecimentos de ensino com universo de 15.255 alunos e 498 professores, que leccionam da 1ᵃ à 12ᵃ
classes, incluindo 1 escola do ensino técnico profissional.

No de Categoria das Escolas No de Escolas/categoria


Escolas

Escolas primárias do 1º Grau, que leccionam de 1ª 7


18 a 5ª classe
Escolas Escolas primárias do 1º Grau, que leccionam de 1ª
a 7ª classe 8
Escolas Secundarias Gerais 2
Escolas Profissionais 1
Tabela 14 - Categorização das escolas existentes Fonte: Serviços de Educação e Cultura-Ilha de Moçambique (Fonte: Direcção distrital de
educação)

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BAIRROS EP1 EPC ESG PROFISSIONAL


Museu 2 1 1 1
Jembesse 0 1 0 0
Namalungo 0 0 1 0
Morromone 0 1 0 0
Tabela 15 - Distribuição das escolas por bairro (Fonte: Direcção distrital de educação)

Nota: Os equipamentos escolares da tabela supra identificada contem apenas escolas usadas pelos populares
residentes na área de intervenção.

7.1.3. Abastecimento de Água


O distrito despõe de abastecimento de água à população por fontanários, poços, agua canalisada, onde 41.0% da
população depende de poços tradicionais e apenas 1.7% dela tem agua canalisada nos quintais contudo estes
números revelam uma fraca capacidade financeira da população local e na área de intervenção.

7.1.3.1. Distribuição de Fontenários


Tendo em conta que uma boa parte da população não se beneficia de torneira nas suas residências foi constatado a
distribuição das fontenárias ao longo dos bairros. E água é fornecida das 5h as 19hs por dia, excepto Tocolo que é
feito por seccionamento, por dias alternados.

No Total de No de Fontenários do limite Operacional Não operacional


Fontenários da área a intervir
Zona continental 39 8 4 4
Zona insular 7 7 6 1
Total 46 12 10 5
Tabela 16 – Quantificação dos fontenários (Fonte-FIPAG, AIAS)

7.1.3.1.1. Fontenários
Após a última renovação do sistema, a zona Insular e continental passaram a ter 47 fontenários públicos, das quais
17 foram renovadas e 28 construídas para além da rede que abastece a zona urbanizada onde existem principalmente
ligações domiciliares.

Fonte: Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento (AIAS), 2014

7.1.3.1.2. Poços
Na zona insular, existem numerosos poços, cuja água, salubre, serve para vários usos domésticos, tais como limpeza,
lavagem de roupa, higiene pessoal e cozinha. Em princípio não é água própria para o consumo, por ser salubre (500

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
a 1500 mg/lt.), e tem casas de banho, com dreno evacuam as urinas para o exíguo espaço livre entre casas, onde
também se encontram os poços. No entanto esta água é também ocasionalmente consumida pelos moradores na
falta de outra.

Os poços, que têm água todo o ano, constituem uma importante fonte de abastecimento de água nos bairros de
Macuti, em complemento do sistema de água canalizada.

Para este tipo de poço não existe entidade responsável, tratando-se de poços na sua maioria privados e situados em
espaços privativos. Alguns dos poços estão localizados em lugares públicos e semipúblicos, e a sua limpeza parece
ser deficiente.

Fonte: Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento (AIAS), 2014

7.1.3.1.3. Cisternas
As principais cisternas da Ilha eram as da Fortaleza, do Hospital, da Ponta da Ilha, do Museu, da Escola Secundária
e as situadas nalgumas praças públicas. Nos bairros de Macuti existiam algumas cisternas grandes, hoje fora de uso.
Neste momento, ainda fornecem água à população as cisternas da Fortaleza, e duma Praça Pública equipada com
uma bomba manual.

Em resumo, a situação de abastecimento de água na Ilha, sem ser extremamente crítica, não deixa de ser
preocupante, apesar de existirem recursos hídricos variados. Nenhuma das fontes de água existentes e disponíveis
está bem aproveitada: nem a água do rio Monapo, devido às deficiências do sistema, e as dificuldades económicas
estruturais da Empresa de Águas, nem a água subterrânea, devido à falta de programa extensivo e completo de
cobertura com poços melhorados, nem a água de chuva, que foi outrora a principal e melhor fonte de abastecimento
de água à Ilha.

Assim, a maioria da população da zona continental consome água em condições impróprias, e grande parte da
população da Ilha sofre de restrições na quantidade da água, e as vezes consome água com qualidade deficiente.

Fonte: Administração de Infra-estruturas de Água e Saneamento (AIAS), 2014

7.1.4. Energia
O distrito recebe a energia eléctrica de Cahora Bassa dando a possibilidade de cobertura de pelo menos 8 bairros da
zona continental e todos outros da zona insular. Contudo dados estatísticos revelam que 73.21% da população da
zona de intervenção beneficia da cobertura eléctrica e quase 95% da população na zona insular despõe também
desta recurso energético e os restantes 5% no insular serve-se de petróleo e velas para iluminação doméstica
nocturna.

7.1.4.1. Energia eléctrica


O fornecimento de energia e a partir da subestação de Monapo e termina na pequena subestação do Lumbo
(continente) através de uma linha de transporte de 33kv, onde a mesma e reduzida a 10kv a partir de uma estacão

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
transformadora. O distrito conta com um total de 17 PTs, onde 5 são de influência direita para a zona de intervenção,
destes 3 localizam-se na zona insular e 2 na zona continental.

A gestão da energia eléctrica esta sob gestão da EDM, e a taxa do pagamento do consumo e feito a partir do sistema
pré pago (Credelec) e o convencional; o distrito conta com um total de 3 postos de cobrança e venda de credelec da
EDM, onde o posto central localiza-se na zona insular e os 2 restantes na zona continental, de salientar que na área
de intervenção encontram-se apenas 2 postos de venda de credelec por parte de alguns comerciantes, isso é, faz
com que os consumidores do sistema convencional tenham de percorrer aproximadamente a 3 km para o pagamento
das suas taxas de consumo mensal.

7.1.5. Telecomunicação
O serviço telefónico da Ilha de Moçambique e gerido pela TDM à partir de uma central telefónica localizada na zona
insular. O campo de ação de Antena (PDS) das TDM, abrange todo Distrito incluindo os distrito de Angoche, e
Mussuril, Com um raio de 60km plano, cuja qualidade do sistema de comunicação e influenciado na localização dos
equipamentos isto e não deve existir barreiras como montanhas e rios visto que estas concorrem para a redução do
seu raio para 50 km. (Senhor SAIDE-representante da DTM-Ilha de Moçambique.). No que diz respeito aos órgãos
de informação o distrito conta com uma Rádio comunitária; O sinal aberto da TVM, RM. E RTP e correios.

7.1.6. Cemitério
No que se refere aos cemitérios na zona insular conta com um total de 3, dois quais 2 Muçulmanos e 1 cristão, ambos
fechados por estarem lotados.

Na zona continental Importa referir que quase em todos bairros podemos encontrar cemitérios familiares
irregularmente distribuídos, outros fechados e outros em funcionamento. No entanto, podemos destacar o cemitério
municipal que é de uso comum. Salientar que não foi possível localizar os cemitérios familiares dos dois bairros no
continente apesar de constatar-se 3 cemitério num dos bairros da área de intervenção-Bairro Sáculo.

No Total de Cemitérios Bairros Cemitérios Tipo


Murromone 3 Familiar, Indiano
Namalungo 4 Familiar
14 Cemitérios 16 de Junho 3 Familiar
Sanculo 3 Familiar, Árabe, Municipal
Filipe S. Magaia 1 Familiar
Tabela 17 - Distribuição de cemitérios por bairro (Fonte: CMIM)

7.1.7. Saneamento
O sistema de recolha de resíduos sólidos urbanos, na parte insular do município, principalmente na “Cidade de
Macuti”, é de parada fixa por sistema de “apito”, tendo uma boa adesão por parte da população embora alguma
registar-se em algumas situações a deposição do lixo ao longo da marginal da costa no bairro de Santo António. No
restante território insular e na zona continental, existem pontos de deposição no chão, onde a remoção dos resíduos
sólidos, do chão para o atrelado, é feita com o auxílio de pás. Em todos os mercados formais os resíduos sólidos são
recolhidos diariamente, excepto aos fins-de-semana. Por outro lado, na área de intervenção na insular, pela demora

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
de recolha dos resíduos por parte do CMIM, a população deposita em local impróprio, nos charcos e baixas
(Continente), bem como na berma da praia no bairro de Quirahi e Santo Antonio.Com esta atitude poluem a praia e
charcos, correndo riscos de contrair doenças provocados pela proliferação do lixo.

Nenhum dos mercados possui contentores de resíduos sólidos. Algumas escolas possuem no seu interior uma
pequena lixeira onde fazem a deposição dos resíduos, as outras com pouco espaço físico para o fazer no seu interior,
depositam os resíduos sólidos urbanos produzidos no ponto de deposição mais próximo.

Os resíduos hospitalares, de acordo com a informação recolhida, são separados internamente, sendo efetuada a
queima a céu aberto de alguns resíduos (resíduos contaminados) os restantes são depositados no ponto de recolha
mais próximo do hospital. Os resíduos sólidos urbanos depois de recolhidos são transportados e posteriormente
depositados numa lixeira, localizada na zona continental do Lumbo, a cerca de 6 Km da Ilha, com uma área bastante
reduzida.

7.1.7.1. Águas Residuais Domésticas


Não existe nenhum sistema de drenagem de águas residuais domésticas quer na zona Insular quer no Continente do
Município da Ilha de Moçambique. A eliminação dos dejectos humanos é feita “in site”, por meio de fossas sépticas
em algumas das zonas urbanizadas, onde foram construídas casas de banhos públicos e por meio de latrinas ou por
“fecalismo a céu aberto”, assumindo este uma maior expressividade no continente. Particularmente na zona de
intervenção com base a ilustração dos gráficos a baixo.

Imagem 17: Wc Públicos (Parte Insular)

7.1.8. Segurança pública


7.1.8.1. Policia
A segurança no Distrito e garantida pela PRM (Policia da República de Moçambique) com o comando localizado na
parte insular do Distrito.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
Categoria Quantidades Localização
Comando Distrital 1 Bairro Museu
Postos de Controlo 2 Entrada e saída de ponde cais
Esquadras 1 Bairro Morrumone
Penitenciarias 1 Bairro Museu
Corpo de salvação pública 0 Não existe
Tabela 18 - Quantidades e localização de equipamentos de segurança (Fonte: PRM)

O distrito não despõe do corpo de salvação pública o que leva a crer que em caso de incêndio, tenha que se recorrer
aos bombeiros do vizinho distrito de Nacala, quanto ao pronto-socorro o mesmo e feito nas unidades sanitárias.
Salienta-se que a zona de intervenção seja a parte continental (Bairro Jembesse e Sanculo) assim como a parte
insular (Quirahi, santo António, Macaribi e Unidade), recorrem ao comando distrital localizado no núcleo urbano caso
haja necessidade.

7.1.8.2. Religioso
No que tange aos equipamentos religiosos e de referir que a Ilha de Moçambique, tem uma população
maioritariamente muçulmana. O Posto Administrativo de Lumbo, conta actualmente com 25 templos religiosos, 21
mesquitas e 4 igrejas; e a parte insular conta com 4 igrejas e 7 mesquitas.

Para a área de intervenção contem:

Área de Intervenção Bairros Mesquita Igrejas


Zona continental Jembesse 2 0
Sanculo 2 0
Zona Insular Quirahi 2 0
Santo António 1 1
Macaribi 0 0
Unidade 0 0
Total 6 Bairros 7 1
Tabela 19 - Distribuição de templos religiosos por bairro (Fonte: CMIM)

De acordo com a ilustração, dos mapa acima, na zona insular grande parte dos templos estão localizados na cidade
de macuti onde localiza-se a maior parte de concentração de massas. Acredita-se ser um factor influente na educação
ética, moral e cívica e cultural dos indivíduos da sociedade para a inserção urbana, uma vez que nos países como
Brasil a preferia torna-se alvos de proliferação de crimes, o que na área de intervenção é cauteloso nestes aspectos
verificando-se o mesmo especto na zona continental.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
7.1.8.3. Comercio
O informal domina a pratica da actividade comercial na área de intervenção, uma actividade praticada ao longo das
vias da parte insular com principal destaque para cruzamentos da Av.25 de Junho com a Travessa do forno, do
Matadouro e de Santo António, onde há um maior fluxo no período nocturno e nos dias de feira (segunda e quinta
feira), e na parte continental é exercida influenciado pela terminal de transportes e o ponto de atracagem dos
pescadores, proliferando-se em uma expancao linear, a mesma e exercida na entrada da ponte cais de acesso a ilha
Moçambique manchando de que maneira o portal de entrada do património mundial da humanidade, onde neste local
são comercializados diferentes tipos de produtos como alimentares, vestuário, peças de veiculo. A alocação de novos
mercados não tem sido a solução para tal problema, visto que verificasse um abandono dos mercados em detrimento
das praias, por parte dos comerciantes como e o caso dos mercados Nalia e do Celeiro que se encontram num estado
de total abandono.

Imagem 18: Mercado ponto de entrada- Imagem 19: Mercado Nália área de Imagem 20: Bancas ao longo das vias-
Ponte Cais na área de intervenção no intervenção na parte Insular. Fonte: Turma de área de intervenção parte continental
continente. Fonte: Turma de Licenciatura Licenciatura 2016 Fonte: Turma de Licenciatura 2016
2016 No seu todo o comércio na área e
intervenção integra armazéns, lojas, retalhistas, mercados e barracas sendo essencialmente estes dois últimos que
abastecem as comunidades da parte Continental em produtos de primeira necessidade. A pesca, embora de baixo
rendimento por via do recurso a métodos e utensílios de baixa captura representa uma actividade expressiva quer na
Parte Insular, bem como na Continental, a comercialização do marisco envolve diferentes personagens desde o
pescado, comerciante grossista ao retalhista onde geralmente a troca comercial vai acontecendo ao longo das praias.

Zona Continental Zona Insular


Mercado 1 3
Feira 1 1
Loja 4 4
Barracas 79 124
Restaurante 0 10

Tabela 20 - Números de actividades comerciais licenciadas na área de intervenção (Fonte: CMIM)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
00

Imagem 22: Ponto de comércio desordenado, ponte Cais influenciado Imagem 21: Ponto de comércio desordenado, entrada da ilha, na
pela terminal de transporte. Fonte: Turma de Licenciatura 2016 ponte Cais influenciado pela terminal de transporte. Fonte:
(Turma de Licenciatura 2016)

O comercio neste ponto da área de intervenção, (Entrada da ilha), faz-se sentir com maior intensidade, no período
nocturno que diurno, criando uma atracão de concentração de vendedores de diferentes produtos, acredita-se pelo
facto de ser um ponto estratégico na transição da ilha insular ao continente, visto que maior parte de funcionário
moradores na ilha insular ao seu regresso dos seus postos de trabalho passam por la e por essa razão há facilidades
de acontecer as trocas comerciais entres si sem percorrem longas distancias para aceder um mercado. Para além de
a influência da terminal de transporte, o produto pesqueiro a grosso das embarcações é de maior influencia uma vez
que só chega a partir das 16h e o comprador retalhista fica a espera para revender neste local.

7.2.INFRA-ESTRUTURAS
7.2.1. Rede viária
7.2.1.1. Via primaria
A zona de intervenção é atravessada por 873,50ml de estrada asfaltada (EN 105), essa é o elo de ligação do distrito
da ilha de Moçambique com os restantes distritos da região. Esta via possui 6.6m de largura e não estão definidos
espaços para circulação de peões.

Imagem 23: estrada nacional N105 Fonte: Esquema 3 - Perfil de via pavimentada, estrada nacional N105_ Fonte: Turma de
(Turma de Licenciatura 2016) Licenciatura 2016

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
7.2.1.2. Via secundaria
As vias secundárias na área de intervenção dispõem de duas características, pavimentadas e não pavimentadas
com cerca de 2114,10 ml de estradas pavimentadas fazem parte destas as três vias estruturais da parte insular, e
com cerca de 2028,85 ml de vias não pavimentadas, que se localizam na zona continental.

Imagem 24: Estrada, Avenida 25 de Junho Esquema 4 - Perfil de via pavimentada, Avenida 25 de Junho _ Fonte: Turma de
Fonte: (Turma de Licenciatura 2016) Licenciatura 2016

7.2.1.3. Via terciaria


A área de intervenção possuem vias terciárias com características similares das vias secundárias, uma revestida com
380,59ml que é via que faz limite da área de intervenção na parte insular no sentido norte e 88,9ml de vias na zona
continental.

Imagem 25: estrada terciaria Fonte: Turma de Esquema 5 - Perfil de via terciaria, no interior
Licenciatura 2016 dos bairros _ Turma de Licenciatura 2016

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
7.2.1.4. Zona de transição entre o continente e a parte insular
Nesta estrada, circulam para além das viaturas particulares e de camiões que transportam vários bens produzidos e
comercializados na região, veículos semi-colectivos pertencentes ao sector privado. O principal problema de
comunicação neste importante eixo rodoviário, é o estado da ponte que liga a Ilha ao continente, embora tenha sido
feita uma reabilitação parcial, a ponte continua um constrangimento à comunicação em virtude da sua largura muita
reduzida, com poucos lugares onde as viaturas indo dos dois sentidos podem cruzar. É de sublinhar que a ponte,
para além de ser o elo de ligação rodoviária Ilha-continente, é portadora das redes principais das tubulações de
abastecimento de água e electricidade, o que reforça bastante a sua importância para os Ilhéus (CMCIM, 2013).

Figura 2 - Ponte de ligação da ilha para continente_ Fonte: Turma de Licenciatura 2016

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Esquema 6 - Representação da ponte que liga a ilha do continente_ Fonte: (Turma de Licenciatura 2016)

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Mapa 23: Rede viária na parte continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 24: Rede viária na parte insular

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
7.3. Mobilidade e Acessibilidade
Na área de intervenção, concretamente na parte insular do Município da Ilha de Moçambique, foram identificadas
várias habitações que apresentam barreiras ao acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Um dos
factores que contribuem para a falta de acessibilidade é a inexistência de rampas. Mesmo onde o acesso se dá
através das escadas não seguem as dimensões básicas. E a zona continental várias habitações têm deficiência em
aceder a via devido a sua localização.

Esquema 7 - A relação de acessibilidade na Av. 25 de Junho_ (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
Nos dois polos da área de intervenção (continente e zona insular), nota-se uma difícil acessibilidade das casas que
não são adjacentes às vias. Isto deve-se a proliferação das construções desordenadas e deficiência do sistema viário.

7.3.1.1. 7.2.2.1. Mobilidade marítima


7.3.1.1.1. 7.2.2.1.1. Ligação Marítima
O sistema de transporte marítimo de passageiros e carga entre a Ilha e vários pontos da costa, como são os casos
de Mossuril, Matibane e Lunga é garantido através de embarcações geralmente constituídos por lanchas do tipo
tradicional movidas a vela e canoas de pesca. Dos pontos de embarque, a ponte cais da zona insular da ilha é que
encontra-se em bom estado, equipados com elementos que oferecem protecção aos utentes. Para estas
embarcações os embarques e desembarques são feitos por improviso em diversos pontos das praias, uma vez que
a antiga ponte-cais que existia no Lumbo está destruída por falta de manutenção.

Para os transportes marítimos, as rotas configuram-se da seguinte forma:

7.3.1.1.2. 7.2.2.1.2. Rotas Diárias


Durante o período da manhã, as embarcações de carga e passageiro deslocam-se do distrito de Mossuril para as
praias da zona continental, e para a ponte cais, na zona insular da ilha de Moçambique.

Ao meio dia, os deslocamentos são no sentido contrário, isto é, para a parte continental, concretamente para a ponte
cais do Lumbo e para o distrito de Mossuril.

7.3.1.1.3. 7.2.2.1.3. Rotas Intermitentes


Nas Segundas, quintas e sexta-feira, as embarcações deslocam-se da Ilha (insular), para baia de Lunga e Matibane.

7.3.1.2. 7.2.2.2. Acessibilidade marítima


No que diz respeito ao acesso por via marítima, todos os pontos de atracagem exceptuando a ponte cais, não contam
com as condições confortáveis para aceder as embarcações ou para exercer a desembarcação.
Ponte Cais Celeiro P. Atracagem continental
Dispositivo de Ancoragem SIM NÃO NÃO
eque SIM NÃO NÃO
Degrau ate o plano da água SIM NÃO NÃO

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
Tabela 21 - Características dos pontos de atracagem_ Fonte: Turma de Licenciatura 2016

Figura 3 - Ilustração dos pontos de atracagem_ Turma


de Licenciatura 2016

7.4.7.2.2. Rede de Abastecimento de água


O Município da Ilha desde os anos 60, tem um sistema de abastecimento de água canalizada, a partir de furos feitos
no aquífero do Rio Monapo. Este sistema sofreu alterações e renovações nos anos 80, 90 e 2014. A última renovação,
no ano 2014, permitiu melhorar a vida da população, aumentando para 43% de população servida.

Este sistema tem as seguintes componentes:


 Rede com 90.5km de extensão, em que 48.5km é da rede de distribuição domiciliária.
 Um depósito elevado a 2,4 km da captação, de 18 m de altura, a partir do qual a água abastece o sistema da
Ilha por gravidade.
 Dois depósitos enterrados à entrada da Ilha, com 170m3 cada, nos quais foram colocadas bombas novas em
1994.
 Um depósito elevado de 100m3 no Campo de S, Gabriel.
 Dois depósitos enterrados na Ilha, com capacidade de 500m3 em 2014;
 Um depósito elevado em Sanculo;
 Um depósito enterrado em Lumbo, com 250m3, construído em 2014;
Fonte: Administração de infra-estruturas de Água e Saneamento (AIAS), 2014& FIPAG.

Zonas Abastecidas Pelo Sistema


Zona Continental Zona Insular
Jembesse, Filipe S. Magaia, Sanculo, Muromone, Nacoza, Bairro 16 de Junho
Namilungo Tocolo,
Tabela 22: Zonas abastecidas pelo sistema de abastecimento de água Fonte: AIAS, FIPAG 2014)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
Para além do sistema de abastecimento de água proveniente do Continente, é também abastecida a zona insular por
cisternas que captam as águas da chuva. Estas cisternas, edificadas no século XIX, eram a principal fonte de
abastecimento de água na época. Hoje em dia a maioria das cisternas está em ruinas, mantendo-se em uso apenas
as cisternas da Fortaleza, do Palácio S. Paulo e da Praça da Capitania.

7.4.1.1. 7.2.2.1. Distribuição


A água é distribuída, no continente e na ilha, abrangendo aos 6 bairros do limite da área de intervenção
nomeadamente Bairro de Sáculo e Jembesse na parte continental, Quirahi, Macaribe, Santo António e Unidade na
parte Insular por meio de redes locais de distribuição.

Esquema 8 - Esquema de sistema de abastecimento de água. Fonte: (AIAS, FIPAG 2014)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 25: Sistema de abastecimento de água na parte continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 26: Sistema de abastecimento de água na parte insular

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
7.5. Rede Eléctrica
No posto administrativo de Lumbo no bairro de Jembesse encontra-se instalada uma mini subestação, que contem
um transformador de baixada que faz a transformação da tensão de 33kv para 11kv. Deste ponto sai uma linha
subterrânea que transporta para a parte insular. A linha de distribuição para os PT’s é toda subterrânea, e estes
transformam a para 160-300 KVA

No bairro Museu a distribuição para as habitações e feita por cabos subterrâneos, esta rede tem mais de 30 anos
(1939) e actualmente não funciona devidamente. A cidade de Macute a distribuição da energia eléctrica é feita por
cabos dorsais aéreos.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 27: Distribuição da rede eléctrica na parte continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 28: Distribuição da rede eléctrica na parte insular

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
7.6. Rede de Telecomunicações
O Distrito conta com 3 redes de telefonia móvel, nomeadamente: Vodacom, Mcel e Movitel, de salientar que a antenas
de distribuição destas estas sob gestão das TDM onde a Mcel e a maior benificiária com 70% no gerenciamento bem
como na manutenção.

7.7. Rede de drenagem


Actualmente, apenas a parte insular do município dispõe de um sistema de drenagem, de águas pluviais, que integra
algumas ruas da “Cidade de Macuti”, valas a céu aberto, alguns colectores enterrados, um sistema elevatório e uma
bacia de infiltração de águas pluviais. Todo este sistema de drenagem encontra-se inoperante devido a avarias das
bombas e entupimento dos ramais, provocando inundações nas zonas que serve. A drenagem das águas pluviais,
da “Cidade de Pedra e Cal” da zona insular, foi historicamente concebida para ser feita por uma drenagem de
superfície através das ruas e travessas ligadas à praia. Este sistema apresenta-se inoperante por estar parcialmente
obstruído por deposição de resíduos domésticos, entulho de obras etc.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 29: Sentido de drenagem das aguas pluviais parte continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

Mapa 30: Sentido de drenagem das águas pluviais parte insular

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO VIII

ANALISES
 Caracterização do ambiente (património do meio ambiente e histórico)
 Uso e ocupação do solo
 Caracterização demográfica
 Dinâmica de crescimento e actividades socio- económicas
 Serviços, equipamentos e infra-estruturas urbanas

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA

CAPITULO VIII: ANALISES


8.1. PATRIMÓNIO DO MEIO AMBIENTE E HISTÓRICO
8.1.1. Analises arquictetonicas
8.1.1.1. Paisagem Urbana
Factor interessante nesta que é a principal rua de entrada a este património é que a ocupação é feita de dois modos
diferentes. Por um lado da rua, onde ergue-se o antigo paiol, as edificações foram construídas em uma zona alta e a
maioria com o sistema construtivo convencional, enquanto para o outro lado da mesma rua, as habitações encontram-
se em uma zona baixa e feitas com um sistema construtivo tradicional. Acreditando-se desta feita que este factor seja
pelo resultado da valorização deste espaço pela existência de um monumento.

Figura 7 - Edifícios em altura na parte Figura 12 - Habitação convencional na Figura 8 - Habitação convencional
continental parte insular coberta de Macuti

Figura 11 - Habitações em ruinas na parte Figura 6 - Habitação modelo Suahili na parte Figura 5 - Habitação de pau a pique na
insular continental parte continental

Figura 4 - Habitação convencional na parte Figura 9 - Habitação convencional na parte Figura 10 - Habitações na baixa do
insular insular mercado na parte insular

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUA
8.2. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
8.2.1. Evolução temporal dos assentamentos na área de estudo
De acordo com as análises de uso de solo na área da parte continental, verifica-se um crescimento ligeiramente
proporcional desde 2004 a 2009 com uma media 4%, de 2009 a 2015 o aumento reduz na escala de 3%. Contudo
este fenómeno e marcado por uma total desordem urbana na medida que as habitações, equipamentos e outros bens
públicos urbanos não se distribuem espacialmente de forma equitativa de modo que haja o equilíbrio entre os
diferentes pontos urbanos e total ausência de modelos de ordenamento e assentamento urbano adaptado ao estilo
de vida da população.

Ocupação dos assentamentos 2004 Ocupação dos assentamentos 2009 Ocupação dos assentamentos 2014

Área Ocupada
8% Área Ocupada Área Ocupada
15%
Área não Ocupada
Área não Ocupada 12% Área não Ocupada

92% 85%

88%

Mapa 31 - Evolução temporal dos assentamentos na área de estudo parte continental 2005, 2009 e 2014_ Fonte: (Licenciatura Turma 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Mapa 32 - Evolução temporal dos assentamentos na área de estudo parte insular 2005, 2009 e 2014 _ Fonte: (Licenciatura Turma 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.3. CARACTERIZAÇÃO DEMOGRÁFICA


Em análise da distribuição da população no espaço da área de intervenção, chega-nos a percepção de que os
mercados, pontos de transporte público e infra-estrutura são elementos que catalisam a decisão dos assentamentos
avaliando pela proximidade.

5.1.6. Densidade Habitacional


Para a obtenção das densidades habitacionais usou-se a base de (Trindade, 2013), que considera:

 Zona de baixa densidade, aquela a qual o número de casas por hectare parte de 1 a 20 hab;
 Zona de média densidade, aquela a qual o número de casas por hectare parte de 21 a 60 hab;
 Zona de alta densidade, aquela a qual o número de casas por hectare é maior que 60 hab.

Assim sendo, e segundo o seguinte cálculo:

hab número de habitações


Densidade habitacional ( ) =
ha área (ha)
Como densidade do Distrito (Distrito este que é dominado por assentamentos informais), igual a 0.7 ≈ 1 habitação/ha
tratando-se de edifícios. Este bairro encontra-se dividido em quatro zonas de densidades diferentes:

 Sendo a primeira de alta densidade, esta que se localiza mais a o Este do distrito, concretamente nos bairros
de Jenbesse e Sangulo sendo estes os bairros mais próximos a ilha, justificando-se assim o padrão de ocupação
pois tem uma facilidade de aceder os serviços, equipamentos da ilha de Moçambique, possui uma área de 11ha
onde 10ha esta localizado no bairro de (Jembesse e Sangulo) e tem como média 72 habitações/há no geral.
 Em seguida vem a zona de média densidade, localizada maioritariamente próxima a rede de infraestrutura viária
e mais um pouco para o centro e o norte do distrito possuindo uma área de 171 ha, com a média igual a 32
habitações/ha.
 Para a zona de baixa densidade, localizada maioritariamente sul do distrito mas também a uma distribuição dos
pequenos agrupamentos rurais, perfazendo uma área de 9173 ha e tem como média 6 habitações/ha.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

 Ainda neste bairro pode-se identificar a quarta zona, uma vasta área de cerca de 18456 ha não ocupada por
habitações, nesta zona a densidade habitacional é igual a zero.

Mapa 34: Densidade Habitacional a nível do distrito Mapa 34: Densidade Habitacional na parte Continental Fonte: INE)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Mapa 35: Relação entre a densidade Vs equipamentos

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Percebe que há uma tendência da população alocar-se ao redor dos equipamentos bem como ao longo das infra-
estruturas tal comportamento pode estar associado a necessidade da população fazer uso dos serviços e das
oportunidades que estes criam, bem pelo facto destes equipamentos, e infra-estruturas funcionarem como polos de
atracão em função dos benefícios que estes trazem.

Ou seja na área de intervenção pode se perceber este fenómeno a medida que nos aproximamos da estrada 105
junto a entrada da Ilha a população tende a alocar ao longo desta via devido as oportunidades de comércio que são
desenvolvida das ao longo desta este núcleo acaba funcionando como um centro comercial, com circulação de
veículos, estacionamento e cargas e descargas; separação das zonas de peões e de veículos, de tal forma que a
rua acaba sendo concebida como superfície mista tornando-se num grande polo de atracão com potencialidades de
atrair novos investimentos.

8.4. DINÂMICA DE CRESCIMENTO E ACTIVIDADES SOCIO- ECONÓMICAS


8.4.1. Oferta E Procura Turística Na Zona Do Plano
Segundo (MINISTÉRIO DA CULTURA E TURISMO, 2016), existem licenciados nos distritos da Ilha e de Mossuril um total
de 35 estabelecimentos, com 411 camas (Quadro 2). A grande maioria (89% dos estabelecimentos e 75% das camas)
situa-se no distrito da Ilha de Moçambique. Dos trinta e um estabelecimentos desse distrito, apenas um se situa na
parte continental (Casuarina Camping), estando os restantes trinta situados na Ilha insular.

No que se refere à procura nos últimos 10 anos, segundo (MINISTÉRIO DA CULTURA E TURISMO, 2016). Permitem nos
constatar que:

Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Nacionais 2.748 3.046 5.103 5.886 6.759 6.593 8.902 17.400 15.886 12.173
Estrangeiros 1.931 2.330 1.303 3.223 3.501 3.963 4.375 8.238 10.263 10.547
Total 4.679 5.376 6.406 9.109 10.260 10.556 13.277 25.638 26.149 22.720
Tabela 23 - Número de Hóspedes. (FONTE: Ministério da cultura e turismo, 2016)

Total
30,000
25,000
Número de Hóspedes

20,000
15,000
10,000
5,000
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Anos

Gráfico 4 - Número de Hóspedes Fonte: (Ministério da cultura e turismo, 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

O número de hóspedes cresceu de forma moderada e regular entre 2005 e 2011, teve depois um crescimento muito
elevado nos anos de 2012 e 2013, tendo depois decaído em 2014; este movimento acompanha de perto o que se verificou
a nível nacional.
Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Nacionais 2.978 3.811 4.849 8.774 11.118 12.653 13.546 22.225 20.725 14.061
Estrangeiros 1.932 2.414 2.060 5.079 4.721 5.821 6.127 14.837 13.450 11.968
Total 4.910 6.225 6.909 13.853 15.839 18.474 19.673 37.062 34.175 26.029
Tabela 24 - Número de Dormidas Fonte: (Ministério da cultura e turismo, 2016)

Total
40,000.0
35,000.0
Número de Dormidas

30,000.0
25,000.0
20,000.0
15,000.0
10,000.0
5,000.0
0.0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Anos

Gráfico 5 - Numero de dormidas Fonte: (Ministério da cultura e turismo, 2016)

O mesmo relativamente ao número de dormidas, com a agravante de a queda de 2013 para 2014 ter sido muito mais
acentuada;
Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Nacionais 1,1 1,3 1,0 1,5 1,6 1,9 1,5 1,3 1,3 1,2
Estrangeiros 1,0 1,0 1,6 1,6 1,3 1,5 1,4 1,8 1,3 1,1
Total 1,0 1,2 1,1 1,5 1,5 1,8 1,5 1,4 1,3 1,1
Tabela 25: Estadia média por hóspede Fonte: (MINISTÉRIO DA CULTURA E TURISMO, 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Total
2 1.8

Estadia média por hóspede


1.8
1.6 1.5 1.5 1.5
1.4
1.4 1.3
1.2
1.2 1.1 1.1
1
1
0.8
0.6
0.4
0.2
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Anos

Gráfico 6 - Estadia média por hóspede Fonte: (MINISTÉRIO DA CULTURA E TURISMO, 2016)

A estadia média por hóspede começou com 1,0 noites em 2015, para atingir um pico de 1,8 em 2010, tendo desde então
caído de forma constante, para 1,1 em 2014.

8.5. SERVIÇOS, EQUIPAMENTOS E INFRA-ESTRUTURAS URBANAS


8.5.1. Saúde
Para o equipamento de saúde na parte insular esta localizado na zona central, concretamente na cidade pedra e
cal, respeitando o princípio de equidade na deslocação dos utentes, embora notar-se a maior concentração da
população na cidade Macuti. Diferentemente da zona continental em que os equipamentos foram alocados
respeitando o princípio de efectividade.

US próxima Da área de Intervenção (Continente) Distancias-lineares percorridas


Área de intervenção-CS de Lumbo 3,5km
Área de Intervenção-CS de Massicate 2,9km
Área de Intervenção-CS de Ilha de Moçambique 4,2km

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Tabela 26 - Distancia linear entre a centroide da área de intervenção as unidades sanitárias Fonte: (MISAU)

Mapa 36 - Localização das unidades sanitárias Lumbo Mapa 37: Localização das unidades sanitárias Ilha

8.5.1.1. Constatação
Para o equipamento de saúde na parte insular esta localizado na zona central, concretamente na cidade pedra e
cal, respeitando o princípio de equidade na deslocação dos utentes, embora notar-se a maior concentração da
população na cidade Macuti. Diferentemente da zona continental em que os equipamentos foram alocados
respeitando o princípio de efectividade.

US próxima Da área de Intervenção (Continente) Distancias-lineares percorridas


Área de intervenção-CS de Lumbo 3,5km
Área de Intervenção-CS de Massicate 2,9km
Área de Intervenção-CS de Ilha de Moçambique 4,2km
Tabela 27 - Distancia linear entre a centroide da área de intervenção as unidades sanitárias Fonte: Turma de Licenciatura, 2016

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.1.2. Características socio económicas dos utentes


Género

Gráfico 1: Género (zona continental) Gráfico 2: Género (zona Insular) Fonte: (Turma de Licenciatura,
2016)
Fonte: (Turma de Licenciatura, 2016)

Para o continente a população inquerida e A população inquerida para a zona insular e maioritariamente
maioritariamente masculina com cerca de 66%. feminina com cerca de 52%.

Idade

Gráfico 7 - Idade dos inqueridos na parte


continental_ Fonte: (Turma de Licenciatura, 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

74% Dos utentes inqueridos são adultos com idades No continente 50 % dos inqueridos são jovens com idades
compreendidas entre os 30 a 59 anos. compreendidas entre os 18 a 29 anos

Grau Académico
No que concerne ao nível de escolaridade 46 % dos A parte continental dos inqueridos 50% tem o nível
inqueridos tem o nível primário. secundário.

Gráfico 8 - Grau académico Fonte: Fonte: (Turma de


Licenciatura, 2016)

Ocupação

Gráfico 9 - ocupação dos inqueridos Fonte: (Turma de


Licenciatura, 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Com a conclusão do nível secundário, dos inqueridos 48% O mesmo acontece para a parte continental onde a pesca
optam por ganhar a vida através da pesca aliada a falta de com 36% e uma das actividades mais praticadas seguida do
emprego. comércio com 26 % como fonte de emprego.

Rendimento

Gráfico 10 - Renda mensal dos inqueridos Fonte: (Turma de Licenciatura, 2016)

Dos inqueridos no continente 67% aufere um salário em volta do salário mínimo, o que significa que os utentes têm
capacidades para pagar os serviços públicos de saúde tendo em conta que em Moçambique saúde e gratuita.
Na zona insular 46% dos inqueridos auferem um salário abaixo do salário mínimo facto motivado pela ocupação destes.

Ilações

De forma específica, a população da área de intervenção parte insular, caracteriza-se com um grau Socioeconómico
baixo comparativamente os que vivem no continente. Neste sentido conclui-se que grande parte de famílias
sobrevive da pesca resultado da consequência de falta de emprego + recorrem a comercialização de mariscos como
parte de solução para suprir as necessidades básicas das suas famílias no caso de educação, saúde e alimentação.

8.5.1.3. Análise de serventia

Gráfico 11 - Unidade sanitária mais


usada_(Fonte:Turma de Licenciatura, 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Gráfico 12 - Grau de satisfação dos utentes (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)

Cerca de 68% dos utentes estão satisfeitos com os Cerca de 68% dos utentes consideram como aceitável os
serviços de saúde, algo que pode ser motivado com serviços de saúde, de salientar que a proximidade do centro
o facto de esta ser a unidade mais próxima da não tem sido o factor motivador do uso do serviço, por
população ilhe-a. exemplo 64 % da população inquerida no continente usa o
centro de saúde da ilha Moçambique porque existe uma rota
de transporte que passa pela unidade sanitária.

Justificativa

Gráfico 13 - Justificativa da preferência (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Cerca de 50% das decisões para a escolha da O acesso ao transporte faz com que o centro da ilha seja o
unidade sanitária são influenciadas pelo facto de ser mais preferido pela população do continente com cerca de
a única unidade sanitária na ilha, e a proximidade fica 37%. a proximidade e o melhor atendimento também tem
em segundo plano com cerca de 22 %. influencia nesta preferência com cerca de 23 %.

Grau de Satisfação Vs. Continuação de Uso

Gráfico 14 - Da análise da correlação entre o grau de satisfação Vs continuação de uso (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)

Ilações

Na parte insular verifica-se que 100% da amostra Na parte continental 100% dos que tem como classificação
obtida que tem como grau de satisfação BOM optaria PÉSSIMO, por mais que tivesse condições de usar outras US
pela continuação do uso da unidade sanitária ainda assim não o faria por questões hábito, pois optariam por
existente, diferentemente dos 100% dos que tem continuar a usar a mesma, mas sugeriam algumas melhorias
MAU como grau de satisfação optaria pelo uso de como: reformas, bani cão da corrupção e outros.
uma outra Unidade sanitária se tivesse condições
financeira para tal.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.1.4. Análise da cobertura espacial


Em termos legais toda a área de intervenção apresenta-se completamente coberta pelos serviços de saúde
considerando o raio de 4000m considerado pelo decreto 27/2007 da MISAU.

Mapa 38 - Análise da cobertura espacial dos centros de Saúde

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

A area de intervencao (Continente) e servida O centro de saude da Ilha de Mocambique cobre 100%
directamente pelos centros de saude de lumbo, da populacao da area de intervencao( Bairro de Santo
Massicate onde dos 100.000hab recomendados pela António, Macaribe, e Unidade) onde para a toda
MISAU, para os seus campos de acção, apenas cobre populacao ilhae a este esta a 38 % das suas
63% da população, incluindo os 100% dos utentes da capacidades pre estabelecidas pela MISAU.
área de intervenção ( Bairro de Jembesse e Saunculo

Ilações

Depois de efectuadas análises de cobertura, aplicou-se o princípio de equidade para minimizar a máxima distância
para aceder aos serviços. Deste modo o raciocínio aplicado no GIS foi de verificar quais são os “centróides” com
alta densidade populacional cujos utentes viajam mais de 4000m metros para encontrar a unidade sanitária mais
próxima (Distância> 4000m). Nesta operação nenhum “centroide” foi seleccionado.

Com estas análises, chega-se a conclusão que olhando rigorosamente para a área de intervenção na parte insular,
bem como a continental não necessitamos de alocar uma nova unidade sanitária, visto que todas as habitações
estão dentro dos parâmetros estabelecidos, mas com vista a minimizar a distancia a aceder as unidades sanitária
na parte continental propõem-se a implementação de uma rota de transporte semicolectivo por onde foi identificada
a via mais rápida a partir da centroide da área de intervenção um exercício feito a partir no ArcGis para alem desta
recomenda-se algumas melhorias fora do âmbito do planeamento físico que passariam pela reabilitação da morgue
(CS da Ilha de Moçambique), bem como ao nível da categoria da unidade sanitária no aumento de alguns serviços
com vista a responder a demanda.

8.5.2. Educação
Constatação

Na parte insular os equipamentos de ensino na sua totalidade estão localizados na cidade pedra e cal por vezes as
salas de aulas funcionam em edifícios improvisados, com um raio de acção próximo uma da outra principalmente as
que leccionam o nível primário e segundo grau, abrangendo uma memória de massas, embora grande parte de
utentes deste equipamento saem da cidade de Macuti.

Acredita-se que este facto resulta de falta de Reprogramação na alocação dos equipamentos uma vez que na era
colonial os equipamentos beneficiava a classe nobre que lá habitavam, isolando os indígenas na cidade Macuti.

Na zona continental, os equipamentos de ensino localizam-se a mais a nordeste, incluindo a EPC de Jembesse,
localizada na área de intervenção, por sinal a única escola que suporta os dois bairros da área de intervenção
particularmente o de Jembesse e Sanculo, que na sua maioria evacua os alunos após o término da 7ª classe para
as escolas Secundaria da Ilha e a Escola Secundaria de Murromone-lumbo, esta que dista da concentração de
massas populares que 80% dos estudantes da mesma são provenientes dos bairro de Jembesse, sanculo e os 20%
em de bairros arredores

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Mapa 40: Localização das escolas na parte continental Mapa 40: Localização das escolas na parte insular

.
8.5.2.1. Análise de serventia
8.5.2.1.1. Proximidade entre demanda e oferta
Na área de intervenção (Quirahi, santo António, Macaribe e unidade-Parte insular) não despõe de escola, mais
existem 3 escolas primárias, 1 ESG, 1 localizadas no núcleo urbano (bairro Museu) o que faz com que maior parte
dos alunos emigram para lá a procura dos serviços. Diferentemente da parte continental que a área de intervenção
possui 1 escola Primaria que constitui uma opção única.

8.5.2.1.2. Frequências de uso de escolas Para as escolas localizadas na área de intervenção


parte continental a EPC de Jembesse tem maior
atractividade, suportando o próprio bairro de
Jembesse e Sanculo.

Para as escolas localizadas na parte insular na área


de intervenção, a EPC 16 de Junho tem maior
atractividade em relação a EPC de Josina Machel, a
EPC 25 de Junho e a escola secundaria da Ilha, este
facto leva ao grupo a concluir que existe grande parte
de crianças ainda com idade escolar do nível primário
e segundo grau, deslocando para a zona urbana a
Gráfico 15: Escolas mais usada (Parte Insular) procura deste serviço.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

A escolha da escola por parte de um encarregado para o educando poder frequentar é maioritariamente
influenciada pela sua proximidade e o nível a frequentar.

Gráfico 17: Grau de Satisfação vs. Continuação de uso de


Gráfico 16: Grau de Satisfação vs. Continuação de uso de
escolas (Parte Continental) (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)
escolas (Zona Insular) (Fonte: Turma de Licenciatura 2016)

Na zona continental, para área de intervenção Na zona Insular, para área de intervenção, cerca de
cerca de 42,11% dos pais ainda preferem manter 100% dos pais ainda preferem manter seus filhos na
seus filhos na mesma escola (EPC de Jembesse), mesma escola (EPC 16 de Junho), pela proximidade
apesar de reclamarem mas condições do ambiente
construído uma vez que boa partes de alunos
estudam de baixo das árvores.

8.5.2.1.3. Ilações
Feitas as analises, conclui-se que na área de intervenção continental, há défice de estabelecimentos de ensino do
primeiro grau, onde a EPC de Jembesse é a que absorve 100% dos alunos da área de intervenção, o que concorre
para a existência de turmas por de baixo das árvores, é de salientar que o uso desta é motivada pela proximidade,
onde aliado a este factor os encarregados preferem manter os seus educandos nesta escola. E quando ao ensino
secundário, a escola secundária de Murromone, apesar da sua localização, absorve 80% dos alunos provenientes
da área de intervenção. Para o caso da ilha insular, frequência de uso das escolas é motivado pela proximidade para
o ensino primário e para secundário é pelo facto desta ser única.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.2.1.4. Características gerais das escolas primárias mais usadas


Item Escola Primaria Completa de Escola Primaria Completa de 16 de
Jembesse (Continente) Junho (Parte Insular)
Imagem

Caracterização geral Escola Construída de raiz Estado de conservação: razoável


Estado de conservação: Bom Alvenarias: blocos de cimento
Alvenarias: blocos de cimento Cobertura: laje em betão Armado
Cobertura: chapas metálicas de perfil Acesso: A viatura
IBR. Vedação em blocos de cimento
Acesso: A viatura Com espaço para ampliação vertical
Vedação em rede tubarão em estado de Sem espaço para ampliação horizontal
vandalização por parte de populares;
Sem espaço para ampliação horizontal
Rácio professor aluno Segundo RAMIGE (Director adjunto da
EPC de Jembesse) a escola 3519
Alunos, com 10 salas de aulas, divididos
em 4 turnos, dos quais 3 no período
diurno e 1 no período nocturno. No
período nocturno lecciona 6ª e 7ª classe
com 2 turmas. Em termos de rácio
“professor – aluno”, essa escola conta
em média de 65 alunos em cada sala,
este número de alunos encontra-se a
cima do legislado.
Composição das turmas Tem 55 turmas, de entre as quais 24
turmas estão ao relento
Tabela 28: Características gerais de escolas primárias mais usadas (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.3. Características gerais das escolas secundárias mais usadas.


Item Escola Secundária de Murromone- Escola Secundária da Ilha de Moçambique
Lumbo
Imagem

Caracterização geral Edifício requalificado para funcionar as


Escola construída de raiz instalações da escola.
Estado de conservação: bom Estado de conservação: Bom
Alvenarias: blocos de cimento Alvenarias: blocos de cimento
Cobertura: chapas metálicas de perfil Cobertura: laje em betão Armado e chapas
IBR. metálicas de perfil IBR.
Acesso: A viatura Acesso: A viatura
Sem vedação Vedação em alvenaria de blocos,
Com espaço para ampliação vertical Sem espaço para ampliação horizontal
Bem como ampliação horizontal

Rácio professor aluno Segundo Sr. Siveleque (Director 1/60 Alunos por cada sala, no universo total
adjunto da escola) a escola, contem de 700 alunos distribuídos em 7 salas
aproximadamente 1210 Alunos, com existentes na própria escola e algumas
12 salas de aulas, divididos em 3 anexas na EP1 25 de Junho
turnos, dos quais 2 no período
diurno e 1 no período nocturno.
Lecciona de 8ª a 12ª classe Em
termos de rácio “professor – aluno”,
essa escola conta em média com 55
alunos em cada sala
Composição das turmas Tem 22 turmas. E com um campo de A escola é Composta por 36 turmas de entre
acção óptimo as quais 21 localizada na própria escola e 15
nas salas anexas. Neste sentido, conclui-se
que a escola esta com campo de acção fora
da capacidade
Tabela 29: Características gerais de escolas secundariam mais usadas (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)

8.5.3.1. Ilações
De modo geral as escolas, da área de intervenção e de influência directa a mesma, apresentam-se em bom estado
de conservação com possibilidades de ampliação algumas delas, temos a destacar a falta de salas de aulas
principalmente a EPC de Jembesse, possuem vedação e acesso automóvel.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.4. Análise da cobertura espacial dos serviços de educação


De acordo com (PRINZ, 1980) as escolas primárias devem ser implantadas dentro de um raio máximo de 700m que
corresponde a 16 minutos de percurso a pé usando a velocidade média de 0,74 m/s, a partir da origem (habitação)
da criança. Para elaboração do mapa de raios de abrangência das escolas primárias, foi empregue 0,74m/s como
velocidade e 16 minutos como o tempo máximo de viagem em 700m a pé sendo esta a distância máxima que uma
Criança deve percorrer para aceder à escola.

Mapa 42: Análise da cobertura espacial das escolas primárias Mapa 41: Análise da cobertura espacial das escolas primárias na
na parte continental (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) parte insular (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)
8.5.4.1. Constatações

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

A EPC de Jembesse cobre 72% da área de Especificamente área de intervenção não é abrangida
intervenção, e 28% esta desfavorecida do perímetro de pelo raio óptimo das escolas primárias apesar delas
raio de cobertura da mesma. cobrirem 85% no seu raio de acção.

8.5.4.2. Ilações
Com estas análises, conclui-se que na parte insular, bem como a continental necessitamos de alocar novos
equipamentos de ensino, visto que 28% das habitações na parte continental e 15 % das habitações na parte insular
estão fora do parâmetros pré estabelecidos, e com vista a minimizar a distância a aceder aos estabelecimentos de
ensino na parte continental bem como na insular propõem-se a alocação de dois equipamentos de ensino do tipo
EP2 em locais com as coordenadas da tabela abaixo:

Coordenadas dos Pontos Propostos X Y


Continente 40°41'41.98"L 15° 2'13.80"S
Zona Insular 40°43'43.52"L 15° 2'40.04"S
Tabela 30: Características de EPC's propostas (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)

A alocação destas escolas e baseada em um exercício no ArcGis, identificando o local a partir de centroide da zona
desfavorecida com máxima demanda, apoiando-se do princípio de Equidade.

Mapa 43: Proposta de alocação de uma escola na parte Mapa 44: Proposta de alocação de uma escola na parte insular
continental (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016) (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.5. Análise da cobertura espacial de escolas secundárias


Segundo (Austadas & HCM citado por SECO et all 2008) a velocidade media de uma peão caminhando normalmente
é de 1.2m/s ; e para aceder a um equipamento de ensino secundário localizado a uma distancia de 4000 m que e o
raio de abrangência de uma escola de nível secundário (segundo a Dir. Distrital de Educação da Ilha de Moçambique)
o mesmo gasta um tempo estimado em 55,6 minutos.

8.5.5.1. Constatação
Das análises efectuadas constatou-se que a área de intervenção, na parte continental não e coberta pelo raio de
acção da escola da Escola Secundaria de Murromone, apesar de 80% dos estudantes da mesma serem
provenientes dos bairros da área de intervenção diferentemente da parte insular visto que a escola secundária da
ilha, cobre 100% da área de intervenção.

Mapa 45: Análise da cobertura espacial das escolas secundárias

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.5.2. Ilações
Das análises feitas conclui-se que a para minimizar a distância a aceder escola propõem-se a alocação de uma
escola de nível secundário geral onde a partir de um exercício no ArcGis, foi identificando a centroide da zona
desfavorecida com vista a maximizar a demanda, apoiando-se do princípio de Equidade. O ponto identificado
localiza-se fora do limite da área de intervenção mas o mesmo cobre 100% a área de intervenção com as seguintes
coordenadas.

Coordenadas dos Pontos Propostos X y


Escola secundaria proposta 40°41'8.79"L 15° 2'37.35"S
Tabela 31: Coordenada geográfica da escola secundária proposta. (Fonte: Turma de Licenciatura, 2016)

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Tabela 32: Cobertura espacial da escola proposta

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.6. Análise da cobertura espacial de abastecimento de água


Autor Raio máximo de Acção Campo de ação Recomendado
Recomendado 1Fontenario/Habitantes
PRINZ, 1990 (Urbanismo-Projecto Urbano 1) Não especificado pelo autor
500m
MICOA, 2006 (Manual de Técnicas de Não Especificado pelo autor
Planeamento Físico em Moçambique 1km
FIPAG, AIAS, 2016 (Ilha de Moçambique) -
dados recolhidos no na visita de 300m 300hab.
levantamento.
Tabela 33: Análise da cobertura espacial de abastecimento de água

Gráfico 18: Fonte de água Lumbo Gráfico 19: Fonte de água Ilha

Na parte continental é verifica-se a cobertura ótima no Na parte insular a área de intervenção, cerca de
fornecimento da água, simplesmente verifica-se 60% 51,85% tem acesso a água fornecida pela rede pública
recorrendo a torneiras do vizinho uma vez que não tem através das torneiras individuais, e 24, 07% tem acesso
a ligação domiciliária, justificando-se de altas taxas de a água potável através de fontenários públicos, 16,67%
pagamento da mesma. da população recorrem a torneiras da vizinhança e
7,41% da população tem como fonte de água os poços
tradicionais correndo riscos para saúde uma vez que
esta fonte não e segura

8.5.6.1. Consumo actual


Segundo (TOMAZ, 2000) citado pelo manual de Norma Técnica Sabesp NTS 181, estabelece a previsão do consumo
diário de água para residências uma média de 150l/dia, que corresponde uma média de 0,15m 3/dia.

Para a área de intervenção constata-se:

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Área de intervenção Agregado No de bidões/dia (Por Litros/dia (Por m3/dia(Por


(Dados levantados) Familiar Agregado) agregado) agregado)
Media Media Media
Zona Continental 6 4 80L 0,8m3
(Sanculo, Jembesse)
Zona Insular (Quirahi, 8 6 120L 0,12m3
santo António, Macaribe e
Unidade)
Tabela 34: Consumo médio da população

Mapa 46: Análise da cobertura espacial das fontenárias Lumbo Mapa 47: Análise da cobertura espacial das fontenárias Ilha

8.5.6.2. Constatação
A distribuição dos fontanários foi feita a maximizar a oferta versos demanda, uma vez localizarem-se nas zonas de
maior concentração populacional, em particular na zona insular. Onde na área de intervenção é feita a distribuição
uma da outra variando de 100 a 300 metros correspondendo a 7min gastos numa velocidade normal caminhando a
pé, há também registo de algumas áreas na parte continental sem cobertura de água potável através de fontenárias.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Na área de Intervenção (Continente) 83% da população Para área de intervenção (Insular), 100% da população
esta coberta da rede de distribuição de água. esta coberta pelo raio e campo de ação da rede.

8.5.6.3. Ilações
Das análises feitas conclui-se que não necessitamos de alocar novas fontenárias na área de intervenção ambas as
partes, mas com a reabilitação das fontenárias avariadas na área de intervenção da parte continental suprimos as
necessidades da população ora não abrangida. A mancha verde do mapa a baixo representa a cobertura das
fontenárias priorizadas para a sua reabilitação, onde estás tem as seguintes coordenadas:

Localização por bairro X (Longitude) Y (Latitude


Jembesse 40°41'37.41"L 15° 2'43.42"S
Sanculo 40°41'40.36"L 15° 2'18.39"S
Tabela 35: Coordenadas de fontenárias propostas

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Mapa 48: Fontenários Propostos a Reabilitação Lumbo Mapa 49: Fontenários Propostos a Reabilitação Ilha

8.5.7. Saneamento
8.5.7.1. Águas Residuais Domésticas
8.5.7.1.1. Análise de cobertura dos WC’s Públicos:

Gráfico 21: Posse de latrinas (parte continental) (Fonte: Gráfico 20: Posse de latrinas (parte continental) (Fonte:
Turma de Licenciatura, 2016) Turma de Licenciatura, 2016)

Na parte continental (área de intervenção) 51,79% das Na Parte Insular (área de intervenção) 51,79% das
pessoas inqueridas, possuem latrinas, e 48,21% e não pessoas inqueridas, possuem latrinas, e 48,21% e não
possuem. possuem.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Gráfico 23: Local de fecalismo parte continental (Fonte:


Turma de Licenciatura, 2016 Gráfico 22: Local de fecalismo parte insular (Fonte:
Turma de Licenciatura, 2016

8.5.7.1.2. Constatação:
A parte continental da área de intervenção, dispõe apenas de um wc público que localiza-se no mercado do peixe
que até a data da visita () não foi inaugurado e que o raio de acção deste não responde a demanda populacional; a
parte insular da área de intervenção não dispõe de wc’s públicos onde parte da população que não dispõe latrinas
em suas casas recorre as praias ou a sanitários mais próximos.

Mapa 51: Localização dos sanitários públicos e pontos de Mapa 50: Localização dos sanitários públicos e pontes de prática
prática de fecalísmo ao céu aberto parte continental de fecalísmo ao céu aberto parte insular

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.8. Análise da cobertura espacial dos sanitários públicos

Cerca de 63% da área de intervenção no continente, Para área de intervenção na parte insular, 57% da
não esta coberta, apenas 37% é coberta pela WC população esta coberta pelo raio de acção das WC’s e
localizado no mercado do peixe no bairro de Sanculo. 43% não; este factor faz com que estes recorram a
locais alternativos com principal destaque as praias.

Mapa 52: Cobertura de WC Públicos na parte continental Mapa 53: Cobertura de WC Públicos parte insular

8.5.8.1. Ilações
Feitas as analises, concluísse que ambas as partes da área de intervenção, há défice de saneamento em particular
para os dejectos de excreção humana visto que os WC’s existentes não são suficientes. Com vista a minimizar, o

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

problema do fecalismo ao céu aberto, propõe-se a alocação de mais 4 sanitários públicos em pontos considerados
críticos desta prática.

Mapa 55: Localização de sanitários propostos e seu raio de Mapa 54: Localização de sanitários propostos e seu raio de
cobertura espacial parte continental cobertura espacial parte insular

8.5.9. Análise da serventia da rede eléctrica

Das pessoas enqueridas na área de intervenção- Bairro Na zona insular os Bairros de Quirahi, macaribe,
Jembesse e sáculo, 73,21% da polução tem a cobertura santo António e Unidade, 94,44% da polução tem a
da electricidade e 26,79% não tem a energia em casa, isto cobertura da electricidade e apenas 5.56% não tem a

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

que influencia nas diferentes maneiras de vivência entre energia em casa, isto que também influencia nas
eles, onde os que não tem recorrem diariamente fontes diferentes maneiras de vivência entre eles, onde os
alternativos tais como, velas, candeeiros. que não tem recorrem diariamente fontes alternativos
tais como, velas, candeeiros.

8.5.9.1. Energia eléctrica vs Renda

Na zona continental dos inqueridos, verifica-se que 73% Na parte insular dos inqueridos,(Bairro de Quirahi,
da populacao que tem energia electrica em casa, tem Santo Antonio e Unidade), verifica-se que 66% da
como renda mensal de (1000 a 5000) Mtn, população que não tem energia electrica faz parte da
contrapondo-se 8% dos que não tem, com renda mensal camada social mais pobre. Que tem uma renda mensal
<1000 Mtn <1000 Mtn

8.5.9.2. Ilações
De modo específico, a área de intervenção, esta coberta por este serviço, apesar dos relatos populares na denúncia
de cortes frequentes, e a fraca qualidade da mesma.

8.5.9.3. Recomendações:
A qualidade da energia eléctrica fornecida pela EDM no Distrito da Ilha Moçambique, tem os mesmos
constrangimentos que afectam toda a zona Norte do país, pois esta região é servida apenas por uma única Linha
de Transmissão que parte da Subestação de Songo, em Cahora Bassa e vai até o Norte. Para além do rápido
crescimento do acesso facilitado pelas politicas do governo de Moçambique de aumentar este mesmo acesso,(

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

instalações de baixo custo) bem como a fraca capacidade de manutenção da rede eléctrica no distrito agrava
sobremaneira os problemas de qualidade da energia nos pontos de consumo. Contudo o grupo recomenda:

• O melhoramento da qualidade da energia eléctrica fornecida;

• Expansão da rede visto que a cidade Macuti e mal abastecida;


• Definição de potências para Industrias, e locais habitacionais.
8.5.10. Análises do comércio informal
O comércio informal apresenta duas faces de análise:

8.5.10.1. Comércio informal como solução


Os locais onde praticasse o comércio informal são escolhidos por razões estratégicas de comércio, nestes locais
converge muita demanda ou e de fácil acesso de produtos, esta demanda verificasse mais no final do dia quando
as pessoas voltam dos seus postos de trabalho, para além de ser o período em que os pescadores regressam da
pesca. Tendo em vista a facilidade de comercialização dos produtos as pessoas encontram neste tipo de actividade
comercial a sua fonte de rendimento para suprir as suas necessidades aliado a falta de emprego.

8.5.10.2. Comércio informal como problema:


A falta de observância à legislação sobre mercados periga a vida das pessoas por ausência de condições mínimas
de segurança, bem como a exposição total dos produtos na sua comercialização isto é, comercializa-se sem a
observância das condições básicas de higiene; Em última análise os locais onde se praticam tais actividades com
principal destaque para o portal de entrada da Ilha Moçambique, mancham de que maneira a imagem do património
histórico da humanidade

É necessário que se criem mecanismos para manter as pessoas com fonte de rendimento mas também sem pôr
em causa a saúde, segurança pública e a imagem da ilha.

8.5.10.3. Ilações
Feitas as analises conclui-se que o comércio informal, dá a vida, ao meio urbano, a proliferação deste com o principal
destaque para o portal de entrada, vai manchando aquilo que é o património mundial da humanidade. Com vista a
controlar tal crescimento a solução passaria por formalizar tal actividade a partir da definição exacta da tipologia de
bancas bem como as áreas por actividades pratica. Visto que os Estabelecimentos comerciais estão consolidados
torna-se difícil forçar que os agentes económicos ocupem novas áreas possíveis de se alocar um mercado para
além das altas compensações que ter-se-ia incorrer.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.10.4. Constatações e alternativas de melhoramento


TIPO DE EQUIPAMENTOS CONSTATAÇÕES ALTERNATIVAS DE
MELHORAMENTO
Sanitários  Boa cobertura espacial dos  Melhorar (fora do âmbito de
Serviços de saúde; planeamento físico)
 Bom grau de Satisfação dos  Outras melhorias seriam a nível
utentes de categoria das unidades
sanitárias da envolvente.
 Implementação de rota de
transporte semicolectivo parte
continental.
Ensino  Fraca Cobertura Espacial dos  Alocação de mais Salas de
serviços de educação; aulas,
 Superlotação das turmas;  Novas escolas
 Razoável grau de satisfação
dos utentes.
Saneamento  Deficiente cobertura espacial  Alocação de novos sanitários
dos sanitários públicos;  Alocação de um sistema de
 Prática do Fecalismo ao céu bombagem a partir de um
aberto; colector geral de águas pluviais
 Falta de valas de drenagem.

Comércio  Ocupação de locais  Formalização do comércio


impróprios para práticas informal;
comerciais;  Criação de tipologias de bancas
 Crescimento desordenado do (Projecto de arquitectura);
comércio.  Definição de áreas de ocupação
por actividades a praticar.
Tabela 36: Constatações e alternativas de melhoramento

8.5.11. INFRA-ESTRUTURAS
8.5.11.1. Transito na ilha de moçambique
8.5.11.1.1. Fluxo de Transito
Para as análises de fluxos de trânsito foram eleitas áreas de estudos que apresentem mais solicitação, ou seja, as
áreas que são sempre recorridas para os deslocamentos normais. Os pontos eleitos são a Estrada Nacional N105,
a Ponte e a Av. 25 de Junho.

8.5.11.1.2. Fluxo de Trânsito Semanal


O gráfico abaixo apresenta o fluxo semanal nos dias 14.03.2016 – 20.03.2016 da ponte que liga a parte continental
e a parte insular do Município da Ilha de Moçambique.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Esta semana fora caracterizada com a rotina normal dos residentes e não residentes da Ilha, em que o Domingo
caracteriza-se como o dia em que entram e saem mais pessoas pois os não residentes da Ilha optam em voltar às
suas habitações para o início da semana laboral e os residentes destinam o dia para visitas familiares ou lazer fora
da parte insular.

Gráfico 24: Fluxo Semanal da ponte (14.03 - 20.03)

O gráfico abaixo representa o fluxo semanal nos dias 21.03.2016 – 27.03.2016) da ponte que liga a parte continental
e a parte insular do Município da Ilha de Moçambique. Esta semana fora caracterizada por eventos culturais, e o
Município foi solicitado em demasia no final de semana, atingindo assim o seu pico máximo semanal no sábado, isto
devido a várias entradas ocorridas em função da actividade cultural (Feira gastronómica).

Gráfico 25: Fluxo Semanal da ponte (21.03 - 27.03)

8.5.11.1.3. Taxa de Fluxo horário


O gráfico abaixo apresenta o fluxo horário no dia 31.03.2016 (11:35 – 12:35) da Estrada Nacional EN105 (parte
continental) do Município da Ilha de Moçambique. Verifica-se que há mais motociclos e viaturas exercendo o
movimento de saída, tendo em consideração ao horário, pode-se concluir que as saídas são motivadas pela procura
de serviços e oportunidades diversas (Mesquita, Função Pública em Lumbo, Escola, etc).

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Gráfico 26: Fluxo Horário na N105 (dia 31.03.2016)

O gráfico abaixo apresenta o fluxo horário no dia 31.03.2016 (14:55 – 15:55) na Av. 25 de Junho (parte insular) do
Município da Ilha de Moçambique. Verifica-se que há mais motociclos exercendo o movimento de saída, tendo em
consideração ao horário, pode-se concluir que as saídas são motivadas pelo término das actividades laborais,
relembrando que grande parte da população optou em se assentar na parte continental do Município.

Gráfico 27: Fluxo Horário na Av. 25 de Junho (dia 31.03.2016)

8.5.11.1.4. Taxa de Fluxo


A taxa de fluxo analisada na Ilha de Moçambique, concretamente na ponte foi no intervalo de 15 a 15 minutos, em
que notou-se uma variação não superior à 5 viaturas, isto porque a ponte apresenta apenas uma faixa de rodagem
e pelo facto de que os munícipes Ilhéus optam pelo uso de outros meios de transportes.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Gráfico 28: Taxa de Fluxo da ponte (29.03.2016)

Mapa 56: Fluxo Viario

8.5.11.2. Acessibilidade: Assentamentos com Vias


Nos dois polos da área de intervenção (continente e zona insular), nota-se uma difícil acessibilidade das casas que
não são adjacentes às vias. Isto deve-se a proliferação das construções desordenadas e deficiência do sistema
viário.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Mapa 57: Proximidade e Acessibilidade à via, continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Mapa 58: Proximidade e Acessibilidade à via, parte insular

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.11.3. Mobilidade
8.5.11.3.1. Características Sócio económica

Relação entre Distancias e Géneros

No que se refere a relação entre o Género e as


Distancias Percorridas constata-se facilmente a partir
do gráfico que as distancias mais longas são
percorridas quase de igual modo por viajantes tanto
masculino como Feminino mais também percebesse
do que quanto a frequência de viagens existem mais
Homens a realizarem viagens.

Gráfico 29: Relação entre a Distancias e Género

Relação entre Distancias e Agregado Familiar

No que se refere a relação entre Agregado familiar e


Distancias Percorrida constata-se facilmente a partir do
gráfico que as distâncias mais longas são percorridas
quase de igual modo por viajantes tanto de agregado
familiar de um a cinco assim como de seis a dez
membros, isso deve-se ao facto de que no agregado de
(1-5) mesmo que existam famílias em boas condições
económicas, este agregado é maioritariamente
composto por famílias de até cinco membros com baixo
poder financeiro.

Gráfico 30: Relação entre a Distancias e Agregado familiar

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Relação entre Distancias e Idades

No que se refere a relação entre Idade e Distâncias por


viagem constatou-se que as distancias mais longas, são mais
percorridas por pessoas em idade activa, de 21 a 40 anos,
ou seja, Viajantes que se dedicam a alguma actividade
remunerável Pesca, Comercio.

Gráfico 31: Relação entre a Distancias e Idades

Relação entre Distancias e Propósitos

No que se refere a relação entre Propósito e Distâncias por


viagem constatou-se que as distancias mais longas, são
percorridas com o propósito outros e este também é o
propósito mais frequenta pelo facto de estar incluindo
regresso a casa como um dos elementos deste propósito.

Gráfico 32: Relação entre a Distancias e propósito

Relação entre Distancias e Renda

O gráfico mostra que as distâncias mais longas são


percorridas por viajantes sem renda e os de baixa
renda, isto é, os que auferem no máximo até dois
salários mínimos, esse acontecimento pode ser
ligado ao facto de que estes façam mais viagens a
procura de fontes de renda. E percebesse também
que existem pessoas com 3 - 4 salários mínimos a
realizar viagens até mais de 6km, isso deve-se
principalmente ao facto da localização das suas
fontes de renda.
Gráfico 33: Relação entre a Distancias e renda

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Produção de Viagem Hora de Partida

O Historiógrafa mostra três horas de pico registadas


durante o dia. Percebe-se que das 6 as 7horas
regista-se um pico, por este período ser para muitos
a hora de partida ou mesmo inicio para as diversas
actividades para os funcionários e para os
estudantes a hora de início das actividades
académicas.

Das 12 as 13 horas regista-se um pico, saliente, pode


ser pelo facto de existirem muitas pessoas fazendo
viagens, assumindo que boa parte prefira passar o
períododo almoço nas suas casas ou em local de
culto, para o caso de muitos estudantes essa e a
hora da saída da escola e também a hora de partida
Gráfico 34: Horas de produção de viagens
de casa para a escola.

8.5.11.3.2. Propósitos
De acordo com o gráfico acima apresentado “Relação entre Distancias e Propósitos” constatou-se que as distâncias
mais longas, são percorridas com o propósito outros pelo facto de estar incluso o regresso a casa e ir a mesquita
também como um dos elementos deste proposito, mas para além deste propósito, trabalhar é um dos factores que
também leva grande parte da população a produzir viagens.

De acordo com a tabela, verificou-se que existe um número destacado de pessoas do bairro de Sanculo que produz
viagens a fim de ir trabalhar, isto devido a falta de oportunidades de trabalho no bairro de origem, em contra partida
o bairro de Macaribe conta com grande parte da população desempregada, dai que produz menos viagens com o
propósito trabalhar.

Verificou-se também que em Macaribe produz-se menos viagens com o propósito outros pelo facto de existir local
de culto, local de lazer que motiva a permanecia das pessoas no bairro, diferentemente do bairro de Djembesse que
não possui locais de culto e lazer impulsionando assim a saída das pessoas.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

BAIRRO DE ORIGEM * PROPÓSITO


Count
PROPÓSITO
Trabalhar Estudar Compras Lazer Outros Total
BAIRRO DE ORIGEM Djembesse 16 3 5 12 39 75
Sanculo 32 2 7 4 29 74
Quirahi 7 3 1 1 17 29
Museu 2 0 1 2 48 53
Santo António 6 2 1 7 11 27
Areal 1 1 0 0 4 6
Lumbo 0 0 0 0 17 17
Massicate 0 0 0 0 1 1
Macaribe 1 3 1 4 7 16
Lithini 2 0 0 1 8 11
Ponta da Ilha 0 0 0 0 2 2
16 de Junho 0 0 0 0 2 2
Maragonha 0 0 0 0 2 2
Tibane 0 0 0 0 1 1
Oceano 0 0 0 0 6 6
Muromone 0 0 0 0 2 2
Paquela 0 0 0 0 1 1
Fora da Ilha 0 0 0 0 6 6
Total 67 14 16 31 203 331
Tabela 37: bairros de origem de viajem

Vinde em anexo 2 tabela de bairros de origem e destino.

Vinde em anexo 3 o mapa de análise de propósitos de viagens

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.5.11.3.3. Mobilidade Marítima


Quantidades de passageiros e cargas marítimo

Com a tabela abaixo constata-se que há uma variação entre o movimento de passageiros e cargas. A semana 1 (de
17 a 23 de Março) foi uma semana normal, com grandes quantidades de carga movimentadas.

Na semana seguinte (de 24 a 30 de Março) surgiu um aumento significativo de passageiros em movimentos


marítimos, isto deve-se ao evento cultural ocorrido, o que impulsionou movimentos relacionados ao turismo.

Época Quantidade Media Diária


Passageiros Carga Passageiros Carga
Semana 1 – 17.03 a 23.03 504 11458 Kg 72 1637 Kg
Semana 2 – 24.03 a 30.03 629 9569 Kg 90 1367 Kg
Tabela 38: Quantidades de passageiros e cargas marítimo

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Mapa 59: Mobilidade marítima

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.6. CONDICIONANTES NA ÁREA DE INTERVENÇÃO

Mapa 60: Condicionante parte continental

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Mapa 61: Condicionante parte insular

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.6.1. Justificação das condicionantes actuais


Segundo o Capítulo II, artigo 8 da Lei de Terras, constituem Zonas de Protecção Parcial:

 Os terrenos ocupados pelas estradas, com uma faixa confinante de 30 metros para as estradas primárias.
 Os terrenos ocupados pelas linhas media tensão, com uma faixa confinante de 50 metros de cada lado do eixo da
via;
 Os cursos de água numa faixa confinante de 30m de cada lado a partir do eixo;
 As áreas Húmidas Susceptíveis à Inundações, numa faixa confinante de 15m;
 100 Metros de extensão a partir da orla marítima;

ITEM Condicionantes Área em m2 Área em ha


01 Orla marítima 290274.644 29,02
02 Faixa de estrada 45.297,70 4,50
03 Cabos de media tensão 273685.107 27,40
04 Área alagada 69.859,60 7,00
05 Central eléctrica 1.810,90 0,18
05 Área total da área de intervenção 869685.7 87,00
Tabela 39: Justificação das condicionantes actuais

Orla marítima
10.26%
0.27%
Faixa de estrada
Area de
42.63% Cabos de media tensão condicionant
43.91% es
40.19% Área alagada
56.09%
Area total da
zona de
6.65% Central eléctrica intervenção

Gráfico 35: Balanço de Condicionantes


Gráfico 36: Condicionantes actuais

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.6.2. Problemas:
Património

1. Substituição do Macuti por chapa de Zinco e Macarasse (Zona Insular);


2. Existência de construções abandonadas no espaço patrimonial (Bomba, Mercado, Habitação);
3. Mudança da tipologia/características da habitação;

Meio ambiente

Problemas:

1. Construção de habitações em zonas de protecção (dunas, pântanos);


2. Poluição dos solos e das águas;
3. Desaparecimento da vegetação natural nas zonas de Mangal;

Recreação

Problemas:

1. Défice de espaços públicos para prática de actividades recreativas no continente;


2. Falta de locais apropriados de prática de desporto na Ilha (na zona em estudo);

Turismo

Problemas:

1. Fraco agenciamento turístico;


2. Fraca oferta de locais de hospedagem da zona insular em épocas festivas;

Características Demográficas

Problemas:

1. Crescimento populacional não acompanhado de planos de gestão urbana;

Não acompanhamento e implementação dos planos elaborados.

Problemas:
1. Ocupação desordenada que culmina em assentamentos informais;

Integração Legal

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Problemas:
1. Assentamentos não Zonas de protecção Parcial;

Integração Administrativa

Problemas:
1. Concentração de serviços administrativos na zona distante da população localizada na área de estudo;

Transito

Problemas:

1. Congestionamento de viaturas em épocas festivas;

Mobilidade e Acessibilidade

Problemas:

1. Acessibilidade não favorável as habitações distantes a rede de infra-estruturas existentes;

2. Pressão das vias na zona insular;

Infra-estruturas

Problemas:

1. Vias de acesso com patologias;


2. Vias pedonais com Secções reduzidas;
3. Abundancia de postes não convencionais (paus inadequados) e cabos em teias;
4. A rede de abastecimento de água não chega a todas casas;
5. Inexistência de valas de drenagem;
6. Fraca capacidade da infra-estrutura viária;

Sanitários

Problemas:

1. Mau Estado de conservação do centro de saúde da ilha;


2. Falta de alguns serviços (bloco operatório, Raio-X);
3. Falta de rota de transportes públicos aos centros de saúde localizados no continente;

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

Ensino

Problemas:

 Fraca Cobertura Espacial dos serviços de educação;


 Superlotação das turmas da EPC de Jembesse;

Saneamento

Problemas:

1. Deficiente cobertura espacial dos sanitários públicos;


2. Prática do Fecalismo ao céu aberto;
3. Défice de valas de drenagem;
4. Falta de contentores de depósito de resíduos na zona continental;

Comercio

Problemas:

1. Ocupação de locais impróprios para prática de comércio informal;


2. Crescimento desordenado de estabelecimentos comerceia na parte continental:

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

9.4.Projectos pontuais na Área de Intervenção


01 Escola EP2
02 Sanitários Públicos
03 Requalificação do centro de Saúde
04 Parque de Estacionamento publica
05 Tipologia de bancas
06 Tipologia de Habitação
07 Parque ecológico
08 Water Front
09 Estâncias Turísticas
10 Pontos de atracagem no continente
11 Bombeiros
12 Paragem para transporte público
13 Instalação desportiva
14 Centro Cultural
15 Terminal de Transporte Publico
16 Requalificação dos edifícios abandonados de Sanculo
17 Parque infantil
18 Centro Comercial
19 Acessibilidade condicionada
20 Parque de Recreação
21 Posto policial
Tabela 40: Projectos pontuais constatados na área em estudo

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

8.6.3. Quadro logico

ITEM SITUAÇÃO ACTUAL SITUAÇÃO PROPOSTA EFEITOS DA PROPOSTA


Positivos Negativos
Património (ambiental e - Existência de edifícios abandonadas no espaço patrimonial (Bomba, Mercado, Habitações); - Alocação de um centro cultural no paiol, agenciamento turístico - Auto sustentabilidade dos edifícios tornando-os mais atractivos; - Substituição da cobertura de 3 -5 anos.
histórico) - Existência de monumentos com possibilidade de serem utilizados (Paiol, Igreja e Fortim) nas bombas e escola no mercado; - Recuperação da tipologia construtiva original e protecção do
- Mudança de material de cobertura classificado como património por outros (de Macuti para - Plantio de palmeiras na machamba JFS, para obtenção do património;
chapas de ferro zincado e mascarasse) Macuti;
Arborização das vias de acesso.
Uso do solo - Existência de habitações em zonas de protecção (dunas, pântanos); - Reassentamento das habitações localizadas nas zonas de - Segurança da população; - Mau impacto social no processo da
- Inexistência de serviços administrativos na zona de Intervenção protecção parcial, usando as mesmas zonas para construção de - Melhoria da estética urbana e protecção ambiental; remoção de algumas construções no
- Insuficiência de espaços públicos para prática de actividades recreativas; parques de recreação, lazer e desporto; - Criação de focos de concentração de população para actividades processo de reassentamento.
- Existência de habitações desordenadas - Descentralização dos serviços urbanos administrativos lúdicas
- Existência de espaço para expansão Municipais para os edifícios em pisos no bairro de Sanculo; - Menos pressão da rede viária na zona insular;

Serviços - Existência de 5 fontanários avariados, 4 no continente 1 na zona insular - Reabilitação dos fontanários não funcionais; - Diminuição das distâncias percorridas para obtenção do líquido
- Cortes frequentes e baixa qualidade de corrente eléctrica devido o aumento de ligações - Alocação de mais 3 PTs, 2 no continente e 1 na zona insular com precioso;
domiciliárias; capacidade de 350kva - Melhoria na qualidade de energia fornecida;
- Deficiente cobertura espacial dos sanitários públicos e fraca gestão de resíduos sólidos; - Uso de outros meios de fornecimento de energia (painéis - Restrição do fecalismo ao céu aberto;
- Fraca cobertura espacial dos equipamentos de educação solares, energia eólica, biomassa);
- Boa cobertura espacial dos equipamentos de saúde;
Equipamentos - Falta de locais de deposição de resíduos sólidos; - Alocação de 6 contentores para deposição dos resíduos sólidos - Segurança da saúde populacional;
- Escolas com insuficiência de salas de aulas nos ensinos primários como secundários; na zona continental; - Higiene ambiental;
- Falta de parques de estacionamento; - Alocação de 2 novas escolas 1 secundaria no continente e 1 - Menores distâncias percorridas para aceder a instituições de ensino;
primaria na zona insular;
- Alocação de 3 novos sanitários; 2 na parte continental e 1 na
parte insular
Infra-estruturas - Habitações sem acesso às infra-estruturas de água; - Acréscimo das condutas de distribuição domiciliária - Maior segurança na via pública;
- Inexistência de valas de drenagem; acompanhadas pelas vias de acesso propostas; - Disponibilidade de água em quantidade e qualidade suficiente;
- Rede de abastecimento de água reabilitada; - Abertura de vias de acesso com sistema integral de infra- - Melhoria do saneamento das áreas inundáveis;
estruturas (abastecimento de agua iluminação publica e valas de
drenagem).
Segurança pública - Inexistência de posto policial na zona de intervenção; - Alocação de 1 posto policial na zona continental e um posto de - Segurança e bem-estar da população.
- Inexistência de serviços de salvação pública; serviços de salvação pública - Inovação na tecnologia para energia sustentável (Painéis
- Insuficiência de iluminação pública nas ruas; - Alocação de postes de Iluminação pública em vias fotovoltaicos)
Públicas (energia fornecida por painéis solares);

Mobilidade, acessibilidade - Inexistência de rota de transportes públicos aos centros de saúde localizados no continente; - Definição de novas rotas de transporte público; - Facilidade de acesso ao transporte público; - Incremento do tráfego de veículos no
- Existência de vias revestidas (3 em pavê e 1 em asfalto) e não revestidas; - Criação de áreas de estacionamento público; - Criação de novas rotas de transporte atravessando o bairro; interior do bairro sendo necessário a
- Insuficiência de vias terciarias no continente; - Execução de revestimentos das bordas em caso de vias - Maior facilidade de circulação dentro do bairro; adopção de dispositivos especiais de
- Inexistência de rampas para acessibilidade condicionada; asfaltadas, execução de abaulamento transversal, valetas e - Diminuição do fluxo (congestionamento) em épocas festivas; protecção dos peões pois o bairro é
sanjas; - Habitações com acesso a estrada; maioritariamente residencial.
- Redimensionamento de vias e percursos pedonais; - Facilidade na circulação dos utentes com acessibilidade condicionada;
- Execução de rampas, melhoramento das escadas existentes,
melhoria da conexão entre as vias e os passeios.
Turismo - Existência de praias monumentos e comércio para atracão turístico; - Criação de rotas turísticas; - Melhoria da economia;
- Inexistência de agenciamento turístico; - Criação de estâncias turísticas na zona continental. - Zona mais atractiva;
- Insuficiência de locais de hospedagem da zona insular;
Actividades Económicas - Existência de estabelecimentos comerciais desordenados, - Ordenamento do mercado e criação de tipologias de bancas; - Facilidade no acesso dos produtos de primeira necessidade;
- Forte comercialização de produtos pesqueiros; - Requalificação do mercado de peixe - Potencialização da actividade comercial;
- Existência de 2 mercados - Segurança pública;
Tabela 41: Quadro logico

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

CAPITULO IX - CONSIDERAÇÕES FINAIS


9.1. Conclusão
Após o levantamento da situação actual, constatou-se que o uso de solo predominante na área de intervenção é
habitacional com uma característica homogenia desordenada de casas construídas de material precário com
seguintes problemas: Falta de drenagem de águas pluviais e residuais; Fraca gestão de resíduas sólidos nos
assentamentos que não estão localizados junto a rua; Deficiente cobertura espacial dos sanitários públicos; Maior
parte da população da área de intervenção não tem acesso a água canalizada; a população localizada no continente
com ma cobertura em equipamentos e serviços.

A área de intervenção tem um potencial de espaço urbanizável para alocação de equipamentos e serviços que fazem
falta a população local. Assim sendo, após análise desenvolvida chegou-se a conclusão que há uma tendência da
população alocar-se ao redor dos equipamentos bem como ao longo das infra-estruturas tal comportamento pode
estar associado a necessidade da população fazer uso dos serviços e das oportunidades que estes criam, bem pelo
facto destes equipamentos, e infra-estruturas funcionarem como polos de atracão em função dos benefícios que
estes trazem.

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ACTUAL

9.2. Referencias Bibliográficas


Legislação moçambicana:

10.
11. Constituição da República de Moçambique de 2004;
12. Lei n.º 4/2004, de 17 de Junho, que aprova a Lei do Turismo;
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17. Lei n.º 7/97 de 31 de Maio de 1997. Estabelece o regime jurídico da tutela administrativa do Estado a que estão
sujeitas as autarquias locais, publicada na 1ª série do b.r. nº 22 de 31 de Maio de 1997.

18. Lei n.º 11/97 de 31 de Maio de 1997. Define e estabelece o regime jurídico-legal das finanças e do património
das autarquias, publicada na 1ª série do b.r. nº 22 de 31 de Maio de 1997.

19. Lei 3/2008, de 2 de Maio. Regulamento da Lei dos Órgãos Locais do Estado, -publicada na 1ª série do b.r. n°
18 de 30 de abril de 2008.

20. Lei nº 19/97, de 1 de Outubro. Lei de Terras, publicada na 1ª série do b.r. n° 40 de 7 de Outubro de 1997.

21. Decreto nº 23/2008 de 1 de Julho. Aprova o Regulamento da Lei de Ordenamento doTerritório, publicada na 1ª
série do b.r. nº 26 de 1 de Julho de 2008.

22. Decreto nº 33/2006 de 30 de Agosto de 2007. Estabelece o quadro de transferência de funções e competências
dos órgãos do Estado para as autarquias Locais, publicada na 1ª série do b.r. nº 35 de 30 de agosto de 2007.

23. Decreto nº 60/2006 de 26 de Dezembro, Aprova o Regulamento do Solo Urbano, publicada na 1ª série do b.r.
nº 51 de 26 de Dezembro de 2006.

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