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UD II – TERRENO

As 6. Valor Militar dos Acidentes


do Terreno
CAPACIDADES
a. Identificar os diversos acidentes
do terreno.
b. Identificar o valor militar dos
acidentes do terreno.
c. Empregar o valor militar dos
acidentes do terreno.
SUMÁRIO
I – Introdução
II – Desenvolvimento
1 – Generalidades
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
4 – Valor militar dos acidentes – generalidades
5 – Acidentes do terreno e seu valor militar
III - Conclusão
INTRODUÇÃO

VÍDEO INTRODUÇÃO
SITUAÇÃO PROBLEMA
Você, Asp Cmt do 2° Pel Fuz Selva recebeu a missão
de realizar um assalto a uma localidade ribeirinha que
estava de posse de 1 GC inimigo. Estudando o terreno
você deveria planejar o ataque levando em conta as
prováveis posições inimigas. Analisando a carta quais
seriam as posições defensivas do GC Ini?
SITUAÇÃO PROBLEMA

LOCALIDADE
DESENVOLVIMENTO
1 - Generalidades
● Conhecimento do terreno - necessário a todo
combatente com fins à:
- conhecer o valor militar dos acidentes
- utilizá-lo judiciosamente (acertadamente,
com sensatez)
- ser capaz de a ele referir-se militarmente.
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- altimetria é a parte da Topografia que se
ocupa das formas do terreno

a. Curvas de nível
DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
b. Altitude – altura em relação ao nível do mar
c. De acordo com a altitude média:
- Plano
- Ondulado: 0 – 20m
- Movimentado: 20 – 50m
- Acidentado: 50 – 100m
- Montuoso: 100 – 1000m
- Montanhoso: acima de 1000m
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
d. Cota – número que exprime a altura de um
ponto
e. Comandamento – diz-se que um ponto tem
comandamento sobre outro, quando é mais
alto do que esse outro
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
f. Elevações (partes mais altas)
- Colina: aspecto geral alongado segundo uma
direção
DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Mamelão: encostas mais ou menos
arrendodadas
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DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Garupa: “anca de cavalo”
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Espigão: semelhante a garupa, porém de forma
triangular e alongada
DESENVOLVIMENTO
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Esporão: semelhante a um espigão, cuja
extremidade, após um colo, ergue-se um
cume
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Pico: cume em forma de ponta

CUME ou
CIMO – parte
mais alta
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Agulha: ponta extremamente aguda
DESENVOLVIMENTO

Imagem 1
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Linha de crista ou de cumeada – linha que
corre pela parte mais alta das elevações
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Crista topográfica – linha segundo a qual a
elevação se projeta contra o fundo
- Crista militar – a linha formada pela reunião
dos pontos da maior cota, dos quais se
pode ver e bater com tiros de trajetória
tensa o sopé da elevação
- Encostas ou vertentes – superfícies
interiores de um compartimento do terreno
onde se defrontam forças adversárias
- Sopé, raiz ou frauda – parte mais baixa das
elevações
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria

- Montanha – aglomerado de elevações de


grandes altitudes com mais de 1000m

- Cadeia ou cordilheira – conjunto de montanhas

- Serra – cadeia de pequena extensão


DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Maciço – conjunto de elevações que se
distribuem uniformemente em torno de um
ponto central

- Contrafortes – movimento semelhante a uma


garupa ou espigão lançado por elevações de
grande porte quando mudam de direção

- Planalto – superfície mais ou menos extensa e


regular, em geral ondulada, podendo ser
acidentada
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Maciço
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Depressões
(1) Cuba – depressão isolada e sem
escoamento para as águas;
(2) Ravina e fundo – sulco ou depressão
mais ou menos profunda existente na
encosta de uma elevação; fundo e uma
ravina alongada
(3) Vale – região baixa formada pelo
encontro das vertentes de uma
elevação
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Depressões
DESENVOLVIMENTO
2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Depressões
(4) Garganta – depressão bem
acentuada
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Depressões
(5) Corredor ou desfiladeiro – garganta de
extensão apreciável – desfiladeiro – encostas
íngremes
(6) Grotas e grotões – vales estreitos, profundos
(7) Brecha – garganta formada por rupturas
naturais do terreno
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Depressões
(8) Cortes – depressões artificiais para passagem
de estradas
(9) Colo – depressão suave na linha de crista de
uma elevação
(10) Linha de aguada, de fundo ou talvegue –
serve como coletora e escoadora das águas
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2 – Nomenclatura do terreno – altimetria
- Planície
(1) Planície – grande extensão plana em
regiões de baixa altitude
(2) Pampas, estepes e pradarias – vasta
planície coberta de vegetação rasteira
(3) Várzea – terreno baixo, plano e fértil
(margeia rios)
(4) Baixada – planície existente entre
sopé de grandes elevações e o mar ou
um rio
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
- e a parte da topografia que se ocupa da
representação e projeção horizontal das linhas
naturais e artificiais do terreno.
a. Hidrografia
(1) Curso-d'água
- rio
- ribeirão – menor volume que
o rio, porem mais caudaloso
que um riacho
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
- riacho, ribeiro ou córrego – curso d‘água muito
pequeno e que geralmente da vau em toda sua
extensão
- cabeceira ou nascente – local onde o rio nasce
- bacia – região banhada por um rio e pela rede
de seus afluentes
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
DESENVOLVIMENTO
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
DESENVOLVIMENTO
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
- Afluente – curso que deságua em
um principal
- Leito – sulco cavado pelo rio
DESENVOLVIMENTO
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
- Embocadura, confluência ou foz –
ponto em que o rio lança suas águas em
outro ou no mar
- Margens – partes (2) que servem de
borda
- Jusante – rio abaixo
- Montante – rio acima
- Saco – parte côncava e barrancosa na
curva de um rio (vide figura slide anterior)
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
- Praia – parte convexa
- Vau – parte em que dá passagem a pé,
a cavalo ou em viatura
- Estirão – parte mais ou menos reta de
um rio
- Sangradouros ou corixos – canais que
dão escoamento às águas de lagoas e represas
DESENVOLVIMENTO
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
- Pântanos – depressões que contém
água estagnada e coberta de vegetação
- Alagadiços, charcos ou brejos –
terrenos úmidos e de fraca consistência
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
b. Vegetação
- Floresta – espessa mata que ocupa
espaços imensos do terreno
DESENVOLVIMENTO
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
b. Vegetação
- Mata – aglomeração de árvores
cobrindo uma considerável porção do
terreno, porém muito menor que uma
floresta
DESENVOLVIMENTO
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
b. Vegetação
- Bosque – pequena mata geralmente
permeável a passagem do homem á

DESENVOLVIMENTO
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
b. Vegetação
- Capão – pequeno bosque isolado
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
b. Vegetação
- Capoeira – vegetação que nasce
após uma derrubada
- Pomar – árvores frutíferas
- Macega – vegetação baixa (arbustos)
- Renque – fileira de árvores em linha
simples
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
b. Vegetação
- Campo – terreno limpo e descoberto
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
b. Vegetação
- Clareira – região sem árvore existente
no interior de uma mata, floresta ou bosque
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
b. Vegetação
- Orla – linha exterior – contorno de
vegetação
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
c. Estradas e caminhos
- Entroncamento – quando a
estrada ou caminho que se
une vem de uma direção
geral mais ou menos
perpendicular
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
c. Estradas e caminhos
Entroncamento
DESENVOLVIMENTO
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
c. Estradas e caminhos
- Bifurcação – quando a estrada que se
une parece ir na mesma direção geral que se
segue
DESENVOLVIMENTO
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
c. Estradas e caminhos
- Cruzamento – ponto em que duas es-
tradas se cortam
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3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
c. Estradas e caminhos
- Encruzilhada – quando forma ângulos
retos
DESENVOLVIMENTO
3 – Nomenclatura do terreno – planimetria
c. Estradas e caminhos
- Nó de estrada – ponto
em que várias estradas
se unem
DESENVOLVIMENTO
4 – Valor militar dos acidentes –
generalidades
- Cobertas – acidentes naturais e artificiais
que ocultam o combatente das vistas do inimigo
DESENVOLVIMENTO
4 – Valor militar dos acidentes –
generalidades
- Abrigos – acidentes naturais ou artificiais
que colocam a salvo do fogo e das vistas do
inimigo
DESENVOLVIMENTO

VÍDEO 2
DESENVOLVIMENTO
4 – Valor militar dos acidentes –
generalidades
- Obstáculos – acidentes do terreno que
dificultam ou impedem o movimento ou a
progressão. São naturais ou artificiais
- aumentam de valor quando são batidos
por fogos
DESENVOLVIMENTO
4 – Valor militar dos acidentes –
generalidades
- Ângulos mortos – trechos que fogem
a observação de quem se encontra em
determinada posição
DESENVOLVIMENTO
4 – Valor militar dos acidentes –
generalidades
- Caminhos desenfiados – trechos do
terreno nos quais se pode progredir a
coberto das vistas e, muitas vezes, abrigado
dos fogos inimigos
DESENVOLVIMENTO
4 – Valor militar dos acidentes –
generalidades

- Observatório – acidentes naturais e


artificiais que, devido ao seu comandamento, se
avista uma grande extensão do terreno
DESENVOLVIMENTO
5 – Acidentes do terreno e seu valor militar

- Cada acidente pode apresentar vantagens e


desvantagens para o atacante ou para o defensor.
DESENVOLVIMENTO

VÍDEO 3
DESENVOLVIMENTO
5 – Acidentes do terreno e seu valor militar
a. Elevações
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5 – Acidentes do terreno e seu valor militar
a. Elevações
- bons observatórios e campos de tiro
- há que se observar a existência de
vegetação
- posições defensivas na crista militar
- contra-encosta – importância no apoio
administrativo
DESENVOLVIMENTO
5 – Acidentes do terreno e seu valor militar
b. Ravinas e fundos
- instalação de postos de refúgios e outros
pequenos órgãos de apoio
DESENVOLVIMENTO
5 – Acidentes do terreno e seu valor militar
c. Gargantas, corredores e desfiladeiros
- obstáculos a passagem da tropa (reduzem
sua frente)
- favorável a montagem de emboscadas
DESENVOLVIMENTO
5 – Acidentes do terreno e seu valor militar
d. Vau
- importante para a passagem da tropa
e. Pântanos, charcos e brejos
- obstáculos à passagem
- por isso, servem de reforço a defesa
f. Vegetação
- oferecem cobertura
- obstáculo ao movimento
DESENVOLVIMENTO
5 – Acidentes do terreno e seu valor militar
g. Vegetação
- florestas e matas são sérios obstáculos
- bosques,capões e pomares oferecem
máscaras contra vistas aéreas e terrestres. No
entanto atraem fogo da artilharia inimiga
- Clareiras – criam campo de tiro no interior
da mata. Ponto de referência ligação terra-ar
h. Fazendas, sítios e chácaras – possibilidade
de oferecer conforto a tropa
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5 – Acidentes do terreno e seu valor militar
i. Estradas, trilhas e caminhos
- facilitam e orientam o movimento de tropa e
seus suprimentos
j. Picadas
- apesar de sua construção ser demorada
pode trazer vantagens para o movimento da tropa
a pé
DESENVOLVIMENTO

VÍDEO 4
SITUAÇÃO PROBLEMA

Pos GC
1

Pos GC
2 Pos GC
4
Pos GC
3

LOCALIDADE
POSSÍVEIS SOLUÇÕES
Pos GC 1 – Justificativa: posição de comandamento que domina a via e que possui
caminhos desenfiados a retaguarda

Pos GC 2 – Justificativa: posição que comanda o rio e uma parte da Vila

Pos GC 3 – Justificativa: comanda a principal via e ainda possui casario para a


abrigo e observatório

Pos GC 4 – Justificativa: possibilita dominar o curso d'água e também uma parte


da vila e ainda está coberta por vegetação.
CONCLUSÃO
- Retirada de dúvidas
-

BRASIL!

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