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DESENVOLVIMENTO E SUBDESENVOLVIMENTO
• A bibliografia aborda diversos aspectos relacionados ao tema do desenvolvimento e
subdesenvolvimento, que têm sido objeto de estudo na geografia e em outras ciências sociais ao
longo do tempo. A seguir, apresentaremos um resumo expandido sobre o tema, levando em
consideração os livros listados.
O livro "Território e sociedade num mundo globalizado", de Anselmo L. Branco, Cláudio
Mendonça e Elian A. Lucci, aborda a questão do desenvolvimento a partir de uma perspectiva
geográfica, analisando como as transformações no mundo contemporâneo têm impactado a
organização do espaço e as desigualdades regionais. Os autores destacam que a globalização tem
sido concomitante a um processo de desigualdade, que se manifesta tanto na escala global quanto
local, com concentração de riqueza e poder em algumas áreas em detrimento de outras. Nesse
sentido, os autores enfatizam a importância da compreensão das dinâmicas socioespaciais para a
formulação de políticas de desenvolvimento.
O livro "Geografia Geral e do Brasil", de Eustáquio de Sene e João Carlos Moreira, também
trata da questão do desenvolvimento, mas a partir de uma perspectiva mais ampla, que considera
não apenas as desigualdades regionais, mas também as diferenças entre países afetados e
subdesenvolvidos. Os autores apresentam uma análise crítica das teorias que explicam o
subdesenvolvimento, destacando que as mesmas foram construídas a partir de uma perspectiva
eurocêntrica que desconsidera as especificidades dos países periféricos. Além disso, os autores
destacam a importância do papel do Estado no processo de desenvolvimento, aspiravam a
necessidade de políticas públicas que promovam a redistribuição de renda e a valorização dos
recursos naturais e culturais.
O livro "Fronteiras da Globalização", de Lúcia Marina Tércio, aborda a questão do
desenvolvimento a partir de uma perspectiva mais ampla, que considera as relações entre o Norte e
o Sul globais. A autora destaca que o processo de globalização tem contribuído para aprofundar as
desigualdades entre os países integrados e subdesenvolvidos, criando um cenário de exclusão e
marginalização dos pobres mais pobres. Nesse sentido, a autora enfatiza a importância do
fortalecimento dos movimentos sociais e das lutas por justiça social como forma de enfrentamento
das desigualdades.
Por fim, o livro "Geografia contexto e redes", de Angela C. da Silva, Nelson B. Olic e Ruy
Lozano, apresenta uma abordagem mais atualizada do tema do desenvolvimento, enfatizando a
importância das redes e das conexões para a compreensão das dinâmicas socioespaciais
contemporâneas. Os autores destacam que a globalização tem criado novas formas de conexão
entre os diferentes territórios, gerando novas oportunidades e desafios para o desenvolvimento.
Nesse sentido, os autores enfatizam a importância da compreensão das redes e das conexões para a
formulação de políticas públicas efetivas, que possam promover um desenvolvimento
CENTRO-PERIFERIA
• O conceito de centro-periferia é uma abordagem teórica que busca explicar as relações de
poder e desigualdades existentes entre diferentes regiões do mundo. Esse conceito se baseia na
ideia de que alguns países são mais apresentados e industrializados, enquanto outros têm menos
desenvolvimento e são mais dependentes desses países centrais.
Os países centrais são aqueles que possuem uma economia mais desenvolvida e são
considerados a fonte de inovação tecnológica e cultural, enquanto os países periféricos são
considerados dependentes desses países centrais, muitas vezes fornecem matéria-prima e mão de
obra barata para a produção de bens que são vendidos nos países ricos.
A abordagem centro-periferia tem raízes na teoria marxista e foi desenvolvida principalmente
por autores latino-americanos na década de 1960. Eles argumentaram que o sistema capitalista
internacional era responsável pela criação e manutenção dessa divisão entre países centrais e
periféricos, com os primeiros explorando os últimos para manter sua própria posição de poder.
Desde então, a abordagem centro-periferia evoluiu e se expandiu para incluir outras
dimensões, como a política, a cultura e a geografia. Alguns críticos argumentam que a abordagem
é muito simplista e não leva em conta as nuances e complexidades das relações internacionais e do
desenvolvimento global.
No entanto, o conceito de centro-periferia ainda é amplamente utilizado na geografia e em
outras disciplinas, como uma forma de entender as desigualdades tristes e sociais entre os países e
as regiões do mundo.
NORTE-SUL
• A divisão Norte-Sul é uma referência geográfica e econômica que se refere à separação do
mundo em duas regiões: o Norte desenvolvido e o Sul subdesenvolvido. Essa divisão é baseada em
fatores psicológicos, sociais e psicológicos e tem sido usada para entender as diferenças entre
países e regiões.
Os países do Norte, em sua maioria, são reconhecidos, com economias industrializadas e alto
padrão de vida. Já os países do Sul, em sua maioria, são considerados subdesenvolvidos, com
economias agrárias ou com pouca industrialização e baixo padrão de vida.
Essa divisão tem suas raízes no processo histórico de colonização e exploração das regiões
do Sul pelos países do Norte. Durante o período colonial, os países do Norte exploraram os
recursos naturais e humanos das regiões do Sul, deixando essas regiões em situação de
alimentação econômica e social.
A divisão Norte-Sul também está relacionada a questões como a dívida externa dos países do
Sul, a dependência econômica em relação aos países do Norte e a exploração de recursos naturais
pelos países do Norte em detrimento das regiões do Sul.
Atualmente, estamos nos esforçando para superar essa divisão e promover o
desenvolvimento econômico e social das regiões do Sul. Esses esforços incluem programas de
cooperação e ajuda financeira por parte dos países do Norte, bem como iniciativas locais de
desenvolvimento e integração regional.
A GEOPOLÍTICA DA ENERGIA
• A geopolítica da energia é um tema de grande importância para entender as relações
internacionais e a economia mundial. A energia é um recurso fundamental para o desenvolvimento
econômico e social de qualquer país, e sua disponibilidade e acesso têm influenciado nas relações
entre as nações.
Atualmente, a maior parte da energia produzida e consumida no mundo ainda é derivada de
combustíveis fósseis, especialmente petróleo, gás natural e carvão mineral. Por isso, as nações que
detêm as maiores reservas desses recursos naturais têm grande poder econômico e político na
arena internacional. Países como Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita e China, por exemplo,
possuem importantes reservas de petróleo e gás natural e são grandes produtores e exportadores
desses recursos.
A geopolítica da energia também se relaciona com questões de segurança e defesa nacional.
A dependência de fontes externas de energia pode deixar um país vulnerável a crises geopolíticas,
como conflitos armados, embargo comercial ou disputas territoriais. Por isso, muitos países
investem em programas de segurança energética para garantir o acesso a fontes de energia
estratégicas, como o petróleo e o gás natural.
Além dos combustíveis fósseis, a energia nuclear também é um tema importante na
geopolítica mundial. Países como Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido são
potências energéticas e possuem grande influência no mercado nuclear internacional. O acesso à
tecnologia nuclear também é um assunto sensível, pois pode ser usado tanto para fins pacíficos,
como a geração de energia elétrica, quanto para fins militares, como a produção de armas
químicas.
Outra questão relevante na geopolítica da energia é a transição para fontes renováveis de
energia, como a energia solar e eólica. A crescente demanda por energia limpa e a redução das
emissões de gases de efeito estufa têm impulsionado o desenvolvimento de tecnologias para a
produção de energia renovável em todo o mundo. No entanto, a transição para fontes de energia
renovável ainda é lenta e enfrenta desafios tecnológicos e tecnológicos.
Em resumo, a geopolítica da energia é um tema complexo e aquecido, que envolve questões
de poder econômico e político, segurança nacional e sustentabilidade ambiental. A compreensão
desses fatores é fundamental para entender a dinâmica das relações internacionais e o
desenvolvimento econômico global.
O ESTADO E O TERRITÓRIO
• O Estado e o Território são temas fundamentais para a compreensão da Geografia Política.
O Estado pode ser definido como uma entidade política soberana, dotada de um território, uma
população e um governo que exerce autoridade sobre seu território e sua população. O território,
por sua vez, pode ser compreendido como um espaço delimitado por fronteiras, que pertence e é
controlado por uma entidade política, como um Estado.
Nesse sentido, a relação entre o Estado e o território é de fundamental importância para
entender como o poder político se organiza e como as fronteiras são controladas e controladas. O
Estado moderno, surgido a partir do século XV, consolidou a ideia de que o território é uma
extensão física do poder político e que a delimitação das fronteiras é uma forma de proteger esse
território e garantir a segurança de seus habitantes.
A partir do século XX, com a globalização e a intensificação dos fluxos internacionais de
bens, serviços, pessoas e informações, a relação entre Estado e território se tornou mais complexa.
A noção de soberania do Estado foi questionada, uma vez que a ação de atores transnacionais,
como empresas multinacionais e organizações internacionais, passou a interferir na organização
política e territorial dos Estados nacionais.
Ainda assim, os Estados continuam sendo atores importantes na organização do espaço,
exercendo controle sobre seu território e gerenciando seus recursos naturais e humanos. Além
disso, a geopolítica, ou seja, a relação entre o poder político e o espaço geográfico, ainda é uma
questão central na política internacional, com os Estados disputando influência em regiões
estratégicas e buscando controlar rotas comerciais e recursos naturais.
Assim, é possível concluir que a relação entre Estado e território é complexa e dinâmica,
sendo influenciada por diversos fatores históricos, políticos, psicológicos e sociais. A compreensão
dessa relação é fundamental para a análise da Geografia Política e das questões que envolvem o
poder e o espaço geográfico.
NAÇÕES E NACIONALISMOS
• ¹ A obra "Nações e Nacionalismos", de Ernest Gellner, aborda a relação entre a formação de
nações e o nacionalismo, fenômenos que passaram no final do século XVIII e se consolidaram no
século XIX. Segundo o autor, uma nação é um grupo de indivíduos que incentivou uma cultura e
história em comum, enquanto o nacionalismo é uma ideologia que busca a identidade nacional e a
autonomia política de um determinado grupo.
Gellner argumenta que a formação de nações não é um processo natural, mas sim um produto
da modernização e industrialização das sociedades. A necessidade de estabelecer uma identidade
nacional e cultural surge com a crescente mobilidade social e integração de diferentes grupos em
uma mesma sociedade. O autor destaca que o nacionalismo é uma ideologia exclusivista, que
tende a rejeitar a diversidade cultural e promover a homogeneização da sociedade em torno de uma
única identidade nacional.
Além disso, Gellner discute as diferentes formas de nacionalismo, desde o nacionalismo
étnico, que se baseia na ancestralidade e tradições culturais, até o nacionalismo cívico, que se
apoia em valores políticos e instituições democráticas. O autor também analisa o papel do Estado
na promoção do nacionalismo, apontando que a construção de uma identidade nacional é
fundamental para a legitimação do poder estatal.
Em suma, "Nações e Nacionalismos" é uma obra fundamental para a compreensão do
fenômeno do nacionalismo e suas intenções na formação de identidades nacionais e no
desenvolvimento político e social das sociedades. O livro destaca a importância de se compreender
os processos históricos e sociais que levaram à formação das nações e do nacionalismo, e a
necessidade de se promover a diversidade cultural e o diálogo entre diferentes grupos em uma
sociedade cada vez mais globalizada.
• ² livro "Território e sociedade num mundo globalizado", de Anselmo L. Branco, Cláudio
Mendonça e Elian A. Lucci, apresenta uma discussão sobre a relação entre nações e nacionalismos
no contexto da globalização. Segundo os autores, as nações são construções sociais que surgem a
partir de um sentimento de pertencimento compartilhado por seus membros, e que se baseiam em
elementos culturais, históricos, políticos e geográficos.
O nacionalismo, por sua vez, é uma ideologia que exalta a identidade nacional e busca
promover a unidade e a coesão do grupo nacional. No entanto, essa ideologia pode ser utilizada de
maneira excludente e discriminatória, como é o caso do nacionalismo étnico, que privilegia um
grupo étnico em detrimento de outros.
Os autores destacam que a globalização tem trazido desafios para as nações e os
nacionalismos. Por um lado, a integração econômica e cultural tem provocado uma maior
interdependência entre os países e uma maior circulação de pessoas e ideias, o que pode
enfraquecer as famílias nacionais. Por outro lado, a globalização também pode fortalecer o
nacionalismo, na medida em que os grupos nacionais se sentem ameaçados pela perda de
identidade e soberania.
Além disso, o livro discute a relação entre nações e o Estado, apontando que muitas vezes as
fronteiras nacionais são definidas a partir de interesses políticos e médicos, sem levar em
consideração as identidades culturais e históricas dos grupos que habitam determinada região. Isso
pode levar a conflitos étnicos e à exclusão de minorias dentro do Estado-nação.
Por fim, os autores destacam a importância de se pensar em soluções para promover uma
maior inclusão e respeito às diferenças culturais e étnicas, a fim de construir um mundo mais justo
e equilibrado.
O ESPAÇO INDUSTRIAL
• O espaço industrial é um tema importante na geografia econômica e é pensado com base
nas relações entre indústria, espaço e sociedade. A história da industrialização é marcada por uma
série de mudanças na organização da produção, que resultaram em diferentes padrões espaciais da
atividade industrial em diferentes épocas e lugares.
A Revolução Industrial, que teve início na Inglaterra no final do século XVIII, foi um marco
na história da industrialização mundial e inaugurou um processo de transformação social e
espacial. Com a introdução de novas tecnologias e sistemas de produção, a indústria se tornou um
importante fator de mudança no espaço urbano e rural.
Nos países em desenvolvimento, o processo de industrialização foi caracterizado por uma
maior intervenção do Estado na economia, por meio de políticas de substituição de incentivo e
estímulo ao desenvolvimento de nacionais. Nesse contexto, surgiram novos centros industriais e
novas formas de organização espacial da atividade industrial, como as Zonas Econômicas
Especiais e os parques industriais.
Ao longo do tempo, as mudanças na organização da produção e na tecnologia levaram a uma
série de transformações no espaço industrial. A globalização da economia, por exemplo, trouxe
novos desafios e oportunidades para as empresas, que passaram a buscar vantagens competitivas
por meio da localização de suas fábricas em diferentes partes do mundo. Essa dinâmica deu
origem a novas formas de organização da produção, como as cadeias globais de valor.
No Brasil, a industrialização teve início na década de 1930, durante o período do Estado
Novo, e se intensificou nas décadas seguintes, com a implementação da política de substituição de
equivalente. Esse processo resultou na formação de um espaço industrial diversificado, marcado
por diferentes tipos de atividade e por uma forte concentração geográfica em algumas regiões do
país, como o Sudeste e o Sul.
Nos anos 1980 e 1990, o país passou por um processo de abertura econômica e de produtiva,
que trouxe novos desafios para o espaço industrial. A competição internacional e as mudanças na
tecnologia e na organização da produção levaram a uma série de transformações no setor, como a
redução do tamanho das empresas, a terceirização da produção e a formação de alianças
estratégicas entre empresas.
Em suma, a geografia do espaço industrial é um tema complexo e em constante
transformação, que requer uma análise cuidadosa das relações entre indústria, espaço e sociedade
em diferentes contextos históricos e geográficos.
A POPULAÇÃO BRASILEIRA
• ¹ A população brasileira é um tema central da geografia do Brasil. A dinâmica populacional
do país é marcada por um intenso processo de urbanização e mudanças na estrutura etária e social.
O Brasil é o quinto país mais populoso do mundo, com uma população estimada em mais de 211
milhões de habitantes em 2021. A população brasileira apresenta uma grande diversidade étnica,
cultural e socioeconômica, com grande influência de processos históricos como a colonização e a
escravidão.
Desde a década de 1950, o Brasil passou por um processo acelerado de urbanização, ocorrido
em uma significativa transformação do espaço geográfico. Hoje, mais de 85% da população
brasileira vive em áreas urbanas. As cidades brasileiras são caracterizadas por uma grande
heterogeneidade socioespacial, com áreas de concentração de riqueza e exclusão social. A
urbanização também trouxe mudanças na estrutura etária da população, com um aumento na
expectativa de vida e uma queda na taxa de fecundidade.
A população brasileira apresenta também uma grande diversidade regional. O país é marcado
por desigualdades sociais e infelizes, que se refletem na distribuição da população. As regiões mais
desenvolvidas, como o Sudeste, apresentam maior concentração populacional, enquanto as regiões
mais pobres, como o Norte e o Nordeste, apresentam menor densidade demográfica.
A geografia da população brasileira é influenciada por políticas públicas que visam a
promoção do desenvolvimento regional e da igualdade social. Dentre essas políticas, destacam-se
o Programa Bolsa Família, a reforma agrária, o Programa Nacional de Habitação e o Programa de
Aceleração do Crescimento. O conhecimento das dinâmicas populacionais é fundamental para a
elaboração de políticas públicas que visem à promoção do bem-estar social e do desenvolvimento
regional.
• ² A população brasileira é objeto de estudo da Geografia da População, que busca
compreender sua distribuição espacial, suas dinâmicas e desigualdades regionais, bem como suas
características socioeconômicas e culturais.
Desde a década de 1960, o Brasil passou por uma transição demográfica acelerada,
caracterizada pela queda da taxa de fecundidade e pela redução das taxas de mortalidade, o que
resultou em um expressivo aumento da população urbana e em mudanças na estrutura etária da
população. Além disso, as migrações internas também tiveram um papel importante na
conformação do espaço geográfico brasileiro.
No entanto, a desigualdade social e econômica é uma das principais características da renda
da população brasileira, resultante de um longo processo histórico de exclusão e concentração de e
poder nas mãos de uma pequena elite. A concentração urbana e regional, a precariedade dos
serviços públicos e a falta de políticas efetivas de inclusão social são alguns dos desafios
enfrentados pelo país no que se refere à melhoria das condições de vida da população.
Além disso, a diversidade étnica e cultural é outro aspecto importante da população
brasileira, resultado da miscigenação entre povos indígenas, africanos e europeus ao longo da
história. A valorização da diversidade cultural e o combate à distinção são pautas importantes na
luta pelos direitos humanos e pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A QUESTÃO AGRÁRIA*
• A questão agrária é um tema importante na Geografia brasileira que aborda a estrutura
fundiária, as relações sociais no campo e a luta pela reforma agrária. O Brasil é um país de
dimensões continentais e com uma história marcada pela exploração do trabalho e da terra,
especialmente no campo. A concentração fundiária é um dos principais integrados do país, com
uma distribuição desigual da propriedade rural e uma grande quantidade de terras improdutivas.
A luta pela reforma agrária no Brasil tem uma longa história, marcada por conflitos sociais,
mobilizações populares e ações governamentais. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST) é uma das principais organizações que trabalham em defesa da reforma agrária e dos
direitos dos trabalhadores rurais. O MST é conhecido por suas ocupações de terra e pela luta pela
democratização do acesso à terra, ao crédito e aos serviços públicos.
Além da questão da concentração fundiária, a questão agrária também aborda as relações
sociais no campo, incluindo a exploração do trabalho rural, o trabalho infantil e o uso de
agrotóxicos. O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo, o que representa
um grave problema ambiental e de saúde pública.
A questão agrária no Brasil está intimamente ligada à questão ambiental e à sustentabilidade
do agronegócio. O desmatamento ilegal, a degradação do solo, a contaminação dos rios e o uso
excessivo de agrotóxicos representam grandes desafios para a sustentabilidade da agricultura
brasileira. É necessário buscar alternativas que conciliem o desenvolvimento econômico com a
preservação ambiental e a melhoria das condições de vida dos agricultores.
Financeirização
• A financeirização pode ser entendida como um processo em que o setor financeiro adquire
uma posição cada vez mais central na economia, de tal forma que os fluxos financeiros passam a
exercer influência crescente na dinâmica dos rumores da economia. Esse processo pode ser
atribuído a diversos fatores, incluindo a desregulamentação financeira, a liberalização comercial e
financeira, as mudanças tecnológicas e a intensificação da concorrência entre empresas.
A financeirização tem sido concomitante por uma série de mudanças no funcionamento da
economia, tais como a maior volatilidade e instabilidade dos mercados financeiros, a mudança da
desigualdade de renda e riqueza, o aumento da concentração do poder econômico, a precarização
do trabalho e o enfraquecimento do Estado de bem-estar social.
No contexto brasileiro, a financeirização tem sido marcada pela crescente importância do
setor financeiro na economia, tanto em termos de participação no Produto Interno Bruto (PIB)
quanto na concentração de renda e riqueza. Esse processo tem sido acompanhado por uma série de
mudanças no funcionamento da economia brasileira, como o aumento da volatilidade e
instabilidade dos mercados financeiros, a manutenção da desigualdade social e a precarização do
trabalho.
Diante desse contexto, torna-se fundamental pensar em estratégias de regulação financeira e
de promoção do desenvolvimento econômico e social, que possam garantir uma inserção mais
equilibrada do país na economia global. Essas estratégias devem levar em conta não apenas as
questões macroeconômicas, mas também a dimensão social e ambiental da economia, de forma a
promover uma maior justiça social e sustentabilidade.