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Aula 01 - Prof° Camila Rodrigues

preparatório para IFRS/IFSUL 


 
Apostila de Geografia  
 
 
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professora: Camila Rodrigues 

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1. FORMAS DE ORIENTAÇÃO
O ser humano sempre precisou de referências para se orientar no espaço
geográfico: um rio, um morro, uma igreja, um edifício, à direita, à esquerda, acima, abaixo,
etc. Mas para ter referências um pouco mais precisas inventou os ​pontos cardeais e
colaterais ​e com isso deu origem a Rosa dos Ventos, como mostra a figura abaixo.
​→ ​As setas maiores (​N, S, L e O​) são chamadas de ​pontos
cardeais.
→ ​As setas menores (​NO, NE, SO e SE​) são chamados de
pontos colaterais.
Obs.: ​No padrão norte-americano ​O (oeste) equivale a ​W
(west), e ​L​ (leste) equivale a ​E​ (East).
→ A rosa dos ventos possibilita encontrar a direção de
qualquer ponto da linha do horizonte (numa abrangência de
360°). O nome foi criado na época da Expansão Marítima
(século XV) por navegadores do mar Mediterrâneo em
associação aos ventos que impulsionavam suas
embarcações.

Lembro que a bússola está associada à rosa dos ventos e permite encontrar
rumos em mapas, desde que tanto o mapa quanto a bússola estejam com a direção norte
apontada corretamente.
A bússola é um instrumento com formato de relógio,
possuindo uma rosa dos ventos no interior e uma agulha
imantada, no lugar dos ponteiros, que aponta sempre para
o norte, assim como mostra a figura abaixo.

→ ​A bússola foi inventada pelos chineses.

→ A partir do nal do século XV, a bússola foi instrumento


fundamental para orientar os marinheiros durante as Grandes Navegações.

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Com o avanço tecnológico, hoje em dia é muito mais preciso se orientar pelo GPS.
Mas a pergunta que não sai de nossas cabeças: ​se alguém não dispõe de uma bússola
nem de um aparelho GPS, é possível se orientar de forma aproximada no espaço?

→ ​Sim, é possível orientar-se de forma aproximada apenas considerando a posição solar ou a


posição das estrelas.

1.1. Forma de Orientação pelo Sol

→ ​Esse método se baseia em estendermos nossa mão direita (braço direito) na direção do nascer
do sol, apontando, assim, para a direção leste ou oriental; o braço esquerdo esticado,
consequentemente, se prolongará na direção oposta, oeste ou ocidental; e a nossa fronte estará
voltada para o norte, na direção setentrional ou boreal. Finalmente, as costas indicarão a direção
do sul, meridional, ou ainda, austral. A representaçãodos pontos cardeais se faz por leste (E ou L);
oeste (W ou O); norte (N); e sul (S).

1.2. Forma de Orientação pelo Cruzeiro do Sul (estrelas)

Além da orientação pelo Sol é possível orientar-se também pelas estrelas tendo
como referência o famoso ​“Cruzeiro do Sul”.
Seus braços são formados por quatro estrelas de primeira grandeza. Catalogada
por Ptolomeu, o Cruzeiro do Sul é um excelente relógio, pois a linha formada por suas
estrelas Rubídea e Magalhães (seu braço mais extenso) giram em torno do polo em
aproximadamente 24 horas. Esse braço mais extenso serve também para identificar o
Polo Sul, situado a uma distância de 3,5 vezes a longitude da própria constelação.
Observe a imagem abaixo para facilitar a compreensão.

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2. COORDENADAS
As coordenadas podem ser divididas em ​geográficas​ ou ​alfanuméricas​.

2.1. Coordenadas Geográficas


O globo é dividido por uma rede de linhas imaginárias que permitem localizar
qualquer ponto em sua superfície. Essas linhas determinam dois tipos de coordenadas: a
latitude e a ​longitude​, que em ​conjunto são chamadas de ​coordenadas geográficas.
As coordenadas geográficas são ​medidas em graus e funcionam como uma espécie de
endereço.
A ​linha do equador corresponde ao círculo máximo da esfera , traçado num plano
perpendicular ao eixo terrestre,o e determina a divisão do globo em dois hemisférios: o
norte e o ​sul​. A partir do equador, podemos traçar círculos paralelos que, à medida que
se afastam para o norte ou para o sul, diminuem de diâmetro. A ​latitude é a distância em
graus desses círculos, chamados paralelos, em relação ao equador e varia de 0º a 90º
tanto para ​norte (N)​ quanto para ​sul (S)​.
Conhecer apenas a latitude de um ponto, porém, não é suficiente para localizá-lo.
É necessária uma segunda coordenada que nos permita localizar um determinado ponto.
Para determinar a segunda coordenada , a ​longitude​, foram traçadas linhas que cruzam
os paralelos perpendicularmente. Essas linhas, que também cruzam o Equador, são
denominadas ​meridianos.
Como referência, convencionou-se internacionalmente adotar como meridiano 0º o
que passa pelo Observatório Astronômico de Greenwich, o famoso ​Meridiano de

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Greenwich. ​Esses meridianos dividem a Terra em dois hemisférios: ​ocidental​, a oeste de
Greenwich, e ​oriental , a leste. Essa distância é a ​longitude ​e varia de 0º a 180º tanto
para ​leste​ (E) quanto para ​oeste​ (W ).

QUADRO RESUMO

Latitude:
→ tem como referência ​“Linha do Equador”​;
→ ​divide entre hemisfério norte e sul;
→ ​S (sul) → ou “-” (negativo);
→ N(norte) → ou “+” (positivo);
→ ​varia de 0° a 90°.

​Longitude:
→ tem como referência ​“Meridiano de Greenwich”​;
→ ​divide entre hemisfério ocidental (oeste, O ou W) e oriental (leste, L ou E);
→ ​O/W (oeste) → ou “-” (negativo);
→ L/E (leste) → ou “+” (positivo);
→ ​varia de 0° a 180°.

→ O ​trópico de Câncer (Norte) e o ​trópico de Capricórnio ​(Sul) são linhas imaginárias


situadas à latitude aproximada de ​23° N e de ​23° S​, respectivamente. Os ​círculos
polares ​também são linhas imaginárias situadas à latitude aproximada de ​66° N e de
66°S​.

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Observe o mapa abaixo, ​de acordo com as suas latitudes e longitudes, podemos,
então, descrever as coordenadas geográficas de cada um deles, indicando os seus
hemisférios ​(Norte: N. Sul: S. Leste: E. Oeste: W).

Exemplos de latitude e longitude:

Ponto A​: Longitude: 90º ou 90ºE

Latitude: -20º ou 20ºS Ponto D​:

Longitude: -60º ou 60ºW Latitude: 0º

Ponto B​: Longitude: 0º

Latitude: -40º ou 40ºS Ponto E​:

Longitude: 0º Latitude: 40º ou 40ºN

Ponto C​: Longitude: 120º ou 120ºE

Latitude: -20º ou 20ºS

2.2. Coordenadas Alfanuméricas


Podemos também utilizar as
coordenadas ​alfanuméricas para localizarmos algo
em um mapa ou em uma planta . Elas não são tão
precisas como as coordenadas geográficas, mas
auxiliam na localização de elementos da paisagem ,
como uma rua , uma praça, um teatro. São
representadas por um número e uma letra, assim
como mostra a figura abaixo.

Anotações:​_______________________ _________________________________
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Ei! Está cansado? Levante um pouquinho, beba uma água, faça alguns alongamentos.
Isso facilita a oxigenação do cérebro, fazendo com que melhore o seu rendimento nos
estudos.

3. FUSOS HORÁRIOS

Por causa do movimento de rotação da Terra, em um mesmo momento, diferentes


pontos longitudinais da superfície do planeta têm horários diversos. Para adotar um
sistema internacional de marcação do tempo foram criados os fusos horários.
Dividindo-se os 360 graus da esfera terrestre pelas 24 horas de duração aproximada do
movimento de rotação, resultam em 15 graus. Portanto, a cada 15 graus que a Terra gira,
passa-se uma hora, e cada uma dessas 24 divisões recebe o nome de fuso horário.

QUADRO RESUMO

→ Globo Terrestre equivale a 360°;

→ Dia possui 24h;

→ dividindo ( 360° / 24h):


obtemos: que a cada 15° equivale a 1h
→ 15° = 1h

3.1 Fusos horários brasileiros

O fuso referencial para a determinação das horas é o Greenwich, cujo centro é 0°.
A hora determinada pelo fuso de Greenwich recebe o nome de GMT. ​A Terra realiza seu
movimento de rotação girando de oeste para leste em torno do seu próprio eixo, por esse
motivo os fusos a leste de Greenwich (marco inicial) têm as horas adiantadas (+); já os
fusos situados a oeste do meridiano inicial têm as horas atrasadas (-).

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Note que só há dois fusos no território continental: ​–3h em relação a Greenwich (o
horário de Brasília, a Hora Ocial do Brasil) e ​–4h​; o fuso ​–2h é exclusivo de ilhas
oceânicas​, como Fernando de Noronha, assim como demonstra a imagem abaixo.

4. REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA
Em um mapa, os elementos que compõem o espaço geográfico são representados
por pontos, linhas, texturas, cores e textos, ou seja , são usados símbolos próprios da
Cartografia. Seu objetivo fundamental é permitir o registro e a localização dos elementos
cartografados e facilitar a orientação no espaço geográfico. Portanto, qualquer mapa será
sempre uma simplificação da realidade para atender a o interesse do usuário. Além das
coordenadas geográcas ou alfanuméricas (localização) e da indicação do norte
(orientação), um ​mapa precisa te​r :
• ​título​, que nos informa quais são os fenômenos representados;
• ​legenda​, que nos mostra o signicado dos símbolos utilizados;
• ​escala​, que indica a proporção entre a representação e a realidade e permite
calcular as distâncias no terreno a partir de medidas feitas no mapa.

4.1 Escala e Representações cartográficas

1°​ -​ Escala cartográfica​ é DIFERENTE ​de ​Escala Geográfica​;


2° - Escala cartográfica ​dene a escala de representação, ou seja , indica a
relação entre o tamanho dos objetos representados na planta, carta ou mapa e o tamanho

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deles na realidade. ​É a escala que indica o quanto um determinado espaço geográfico foi
reduzido para “caber” no local em que ele foi confeccionado em forma de material gráfico.
3° - Escala Geográfica ​dene a escala da análise geográca , o recorte espacial.
Uma análise do espaço geográco pode ser feita em escala local , estadual, regional,
nacional, continental ou mundial .
Existem duas formas diferentes de representar a escala: a escala numérica e a
escala gráfica. A numérica, como o próprio nome diz, é utilizada basicamente por
números. Já a escala gráfica utiliza-se basicamente de uma esquematização.
Escala numérica​: ​Escala gráfica:

Quando a escala numérica não possui a medida indicada (cm, m, km) em sua
notação, significa, por convenção, que ela está em centímetros. Caso contrário, essa
unidade de medida precisa ser apontada.
Vamos pensar assim, todo mapa é uma visão aérea sobre o determinado espaço.
Dessa forma, para saber se uma escala é grande ou pequena, ou se ela é maior do que
outra, é preciso entender que a escala nada mais é do que o nível de aproximação da
visão aérea do mapa. Outra forma é observar a escala numérica, é lembrar que ela se
trata de uma divisão. Assim, quanto menor for esse denominador, maior será a escala.
A escala gráfica ​possui o mérito de aumentar e reduzir juntamente ao mapa.
Assim, se eu transferir um mapa que estava em um papel menor para um pôster grande,
a escala continuará correta, o que não aconteceria com a escala numérica, que, nesse
caso, teria de ser recalculada.
Para realizar o cálculo da escala basta lembrar que a escala é a relação (divisão)
entre a área do mapa ​(d)​ e a área real ​(D)​, assim temos a seguinte fórmula:
E=d/D
Representações em ​escala pequena mostram áreas muito extensas, com poucos
detalhes, e são geralmente chamadas de ​mapas​; já representações em ​escala grande
ou média mostram áreas menores, porém com maior grau de detalhamento, e são
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chamadas de ​cartas​. Representações em ​escalas muito grandes e com alto grau de
detalhamento são chamadas de ​plantas​.

Planta – a planta é um caso particular de carta.


A representação se restringe a uma área muito
limitada e a escala é grande, consequentemente
o número de detalhes é bem maior. É muito
utilizada para representar casas e moradias em
geral, ou como mostra a figura, bairros, parques
e empreendimentos. “Carta que representa uma
área de extensão sucientemente restrita para
que a sua curvatura não precise ser levada em
consideração, e que, em consequência, a escala
possa ser considerada constante.”

Carta (características):
• representação plana;
• escala média ou grande;
• desdobramento em folhas articuladas de
maneira sistemática;
• limites das folhas constituídos por linhas
convencionais, destinada à avaliação precisa de
direções, distâncias e localização de pontos,
áreas e detalhes.
Da mesma forma que da conceituação de mapa, pode-se generalizar:
“Carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos
articiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em
folhas delimitadas por linhas convencionais – paralelos e meridianos – com a nalidade
de possibilitar a avaliação de particularidades, com grau de precisão compatível com a
escala.”

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Mapa (características):
• representação plana;
• geralmente em escala pequena;
• área delimitada por acidentes naturais
(bacias, planaltos, chapadas, etc.), [limites]
político-administrativos;
• destinação à ns temáticos, culturais ou
ilustrativos.
A partir dessas características pode-se
generalizar o conceito:
“Mapa é a representação no plano,
normalmente em escala pequena, dos aspectos geográcos, naturais, culturais e articiais
de uma área tomada na superfície de uma gura planetária, delimitada por elementos
físicos, político-administrativos, destinada aos mais variados usos temáticos, culturais e
ilustrativos.”

4.2 Representação da paisagem


O globo é uma das formas de representação da Terra. Para ter a representação
Terra por inteiro e de forma plana, onde apareçam todos os continentes e oceanos, os
cartógrafos produziram o planisfério ou mapa-múndi.
O planisfério pode ser político, físico ou temático.
O planisfério político contém os países do mundo e seus limites territoriais.
O planisfério físico tem informações, principalmente sobre o relevo e hidrografia.
O planisfério temático pode conter qualquer tipo de informação, como clima,
vegetação, economia, população etc.
Quando se faz a representação da Terra, com a transposição da esfera para o
plano, usa-se o recurso cartográfico da ​projeção​.

4.3 Projeções Cartográficas


A projeção mais conhecida é a cilíndrica. É como se o globo representando a Terra
fosse envolvido por um cilindro de papel, no qual ficassem projetados os contornos desse
globo. Nesse caso, os paralelos e meridianos ficam retos e paralelos entre si. Vale
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destacar que além da projeção cilíndrica tem-se a projeção cônica e a projeção plana ou
azimutal.

Projeção plana ou azimutal: corresponde à projeção em que a superfície terrestre é


projetada sobre um plano tocante. O ponto tocante ao plano normalmente representa ou o
polo norte ou o polo sul. Nessa projeção, os paralelos e meridianos são projetados
formando círculos concêntricos. Essa projeção pode ser de três tipos: polar, equatorial e
oblíqua. É normalmente utilizada para representar áreas menores.

Projeção cônica​: corresponde à projeção em que a superfície terrestre é projetada sobre


um cone tocante. Assim, para planificar a área esférica, a base utilizada é um cone.
Nessa projeção, os meridianos convergem para os polos e os paralelos formam arcos
concêntricos. Assim, as deformações aumentam conforme há o afastamento do paralelo
que se encontra em contato com o cone. Esse tipo de projeção é normalmente utilizado
para representar regiões continentais.

Projeção cilíndrica​: corresponde à projeção cuja superfície esférica terrestre é projetada


sobre um cilindro tocante. Assim, para planificar a área esférica, a base utilizada é um

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cilindro. Normalmente, as regiões polares nessa projeção são representadas com
exagero. Esse tipo de projeção geralmente é utilizado para representar o globo como um
todo, como o mapa-múndi.

4.3.1 Propriedades

Projeção conforme: ​são as projeções em que há o cruzamento de paralelos e


meridianos em ângulos retos. Nesse tipo de projeção, os ângulos são conservados e as
áreas apresentam deformações.

Projeção equivalente: são as projeções que apresentam bastante deformidade em torno


de um ponto devido à variação da escala. Nesse tipo de projeção, há conservação das
áreas e distorção dos ângulos.

Projeção equidistante: são as projeções que não apresentam deformidades lineares, ou


seja, as distâncias estarão condizentes com a realidade apenas em uma direção. Nesse
tipo de projeção, preserva as distâncias, mas deforma as áreas e os ângulos.

Projeção afilática: são as projeções que não preservam forma, ângulo, distância ou área,
ou seja, não há conservação das propriedades. Porém, nesse tipo de projeção, há
minimização das deformações em conjunto.

As projeções cilíndricas que devemos reconhecer são a de Mercator e a de Peters.


A projeção de ​Mercator utiliza um sistema que reproduz com muita fidelidade os
contornos dos continentes, porém apresenta grandes distorções dos tamanhos.

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É possível notar, por exemplo, que a Groelândia, no mapa, está basicamente do


mesmo tamanho do Brasil, sendo que, na verdade, sua área é quatro vezes menor. A
Europa, por sua vez, também possui um tamanho exagerado, enquanto a África torna-se
bastante reduzida. Por esse motivo, o seu uso só é recomendado em cartas náuticas ou
para representações que possuam uma escala muito grande (áreas muito pequenas).

Já a projeção de ​Peters traz grande fidelidade de proporção entre os tamanhos


dos continentes e oceanos, entretanto os contornos dos continentes perdem
detalhamentos, apresentando-se muito alongados no hemisfério Sul e achatados no
hemisfério Norte.
Há certa polêmica em torno dessa projeção, uma vez que, além de proposições
técnicas, ela também apresenta um cunho político, por ampliar as áreas dos países do
sul, cuja maioria dos países é subdesenvolvida, e diminuir as áreas dos países do norte,
de maioria desenvolvida. Além disso, nesse planisfério, a África é colocada no centro do
mapa, ao contrário da projeção de Mercator, em que a Europa encontrava-se no centro.
Observe a imagem a seguir.

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Bom, depois de alguns tópicos chegou a hora de praticar! Mas primeiro, te sugiro
que levante um pouquinho, se alongue e depois volte para fazer os exercícios.

Exercitando:

1. Nas produções cartográficas, a função da rosa dos ventos e a função da


escala gráfica são, respectivamente:
A) expressar a proporção entre o desenho e o real e indicar rumos.
B) localizar um ponto no mapa e indicar a direção a ser seguida.
C) indicar a direção Norte e localizar um ponto no mapa.
D) localizar uma feição representada e indicar a dimensão de uma feição.
E) indicar a orientação e expressar a proporção entre o desenho e o real.

2. Sobre a posição de lugares e orientação no globo terrestre, assinale o que for


correto.
( ) O conjunto de linhas imaginárias, no qual se incluem os meridianos e paralelos,
servem para localizar um ponto ou um acidente geográfico na superfície terrestre e a esse
conjunto denomina-se coordenadas geográficas.
( ) A distância em graus entre um paralelo e o meridiano de Greenwich determina a
longitude de um lugar.
( ) A distância em graus de um lugar qualquer da Terra até a linha do equador é
denominada de latitude e varia de 0º a 90º para o norte e para o sul do equador.

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( ) Para a orientação sobre a superfície terrestre utiliza-se a rosa dos ventos, figura onde
estão assinaladas todas as direções determinadas pelos pontos cardeais, colaterais e
subcolaterais, sendo que os pontos subcolaterais determinam as direções nordeste,
sudeste, sudoeste e noroeste.

3. Em um mapa de escala não citada, a distância entre A e B corresponde a 20 cm.


Sabendo que essa distância no terreno corresponde a 100 km, assinale a escala do
mapa:
a) E = 1:5.000.000
b) E = 1:500.000
c) E = 1:50.000
d) E = 1:5.000
e) E = 1:500

4. Observe o mapa múndi abaixo e responda:


a) Quais são as coordenadas geográficas dos pontos A, B e
C?_____________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
b) Em que hemisférios estão localizados esses pontos?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
c) Se na longitude 0º os relógios marcam 14h, que horas são nos pontos A, B e
C?____________________________________________________________________
______________________________________________________________________

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5. Leia o texto e assinale a alternativa correta:

MAGNOLI, Demétrio. ​Geografia para o Ensino Médio​. 5ª ed. São Paulo: Atual, 2008. p.16.

Sobre a ​Projeção de Mercator,​ podemos afirmar que:

a) trata-se de uma projeção ​cilíndrica​, caracterizada por ser do tipo ​equivalente​, que
mantém a proporção das áreas dos continentes e, em contrapartida, sacrifica suas
formas.

b) trata-se de uma projeção ​cilíndrica​, caracterizada por ser do tipo ​semelhante​, que
mantém a forma das áreas dos continentes e altera a proporção das áreas representadas.

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c) trata-se de uma projeção ​cilíndrica​, caracterizada por ser do tipo ​anafilática​, que não
mantém nem a forma e nem a área dos continentes e oceanos, mas que minimiza as
alterações.

d) trata-se de uma projeção ​cônica​, caracterizada por ser do tipo ​equivalente​, que
mantém a proporção das áreas dos continentes e, em contrapartida, sacrifica suas
formas.

e) trata-se de uma projeção ​cônica​, caracterizada por ser do tipo ​semelhante​, que
mantém a forma das áreas dos continentes e altera a proporção das áreas representadas.

6. Sobre as projeções cartográficas, é correto afirmar que:

a) são meios de se representar o espaço terrestre, havendo uma possibilidade ainda não
encontrada de não realizar distorções da forma ou das áreas da superfície.

b) são formas de representar a Terra em uma superfície de iguais características externas


(forma, tamanho e área)

c) são formas de representar a Terra, que é esférica, em um plano. Por conta disso,
sempre haverá distorções.

d) dividem-se apenas em projeções planas e projeções polares.

e) graças às distorções, não podem ser utilizadas para representar a superfície dos
continentes da Terra, apenas os oceanos.

7. Observe a tirinha abaixo:

BILL, watterson. Calvin e Haroldo: Yukon ho! São Paulo: Conrad, 2008

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Na tirinha, Calvin e o tigre Haroldo usam um globo terrestre para orientar sua viagem da
Califórnia, nos Estados Unidos, para o território do Yukon, no extremo norte do Canadá.
Considerando as áreas de origem e destino da viagem pretendida, nota-se que o tigre
comete um erro de interpretação no último quadrinho.

Esse erro mostra que Haroldo não sabe que o globo terrestre é elaborado com base no
seguinte elemento da linguagem cartográfica:

a) escala pequena

b) projeção azimutal

c) técnica de anamorfose

d) convenção equidistante

e) projeção cônica

8. Observe com atenção o mapa abaixo

O planisfério foi elaborado cartograficamente por meio da Projeção de Gall-Peters,


concebida inicialmente por James Gall no final do século XIX e retomada por Arno Peters
a partir da metade do século seguinte, cujo contexto político-econômico fortemente o
influenciou para o desenvolvimento desse mapa.

Assinale a alternativa cuja característica corresponde ao mapa de Gall-Peters:

a) Trata-se de uma projeção equivalente que objetiva representar um retrato mais ou


menos fiel do tamanho das áreas, o que faz a África e a América do Sul ganharem mais
destaque do que quando representadas na Projeção de Mercator.

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b) Corresponde a uma projeção do tipo cônica, que distorce as áreas situadas nas baixas
latitudes e torna mais fiel a representação das regiões de média e elevada latitudes.

c) É uma projeção cuja principal qualidade está no respeito às formas dos continentes,
procurando representá-las com fidelidade, ao contrário das áreas que são mostradas de
maneira desigual, sendo maiores próximas aos polos e reduzidas na faixa intertropical.

d) A disposição perpendicular da rede de paralelos e meridianos nesse mapa revela que a


projeção de Gall-Peters é do tipo azimutal ou polar.

e) Peters, que retomou a elaboração dessa projeção durante o período da “Guerra Fria”,
procurou ressaltar no mapa, a partir da representação das dimensões das áreas, a
superioridade dos Estados Unidos sobre as demais porções do globo.

9. ​Em um modelo esférico, a latitude é medida em graus do arco da circunferência


de um meridiano, tendo o centro do planeta como vértice. Já longitude é a medida
em graus do arco da circunferência de um paralelo, tendo o centro do planeta como
seu vértice. Sabendo que a determinação das coordenadas geográficas baseia-se
no princípio da medida da circunferência, podemos concluir que

a) a longitude pode ir de 0° no Equador a 180°nos Polos Norte e Sul.

b) a latitude pode ir de 0° em Greenwich a 90° a leste e a oeste.

c) a longitude pode ir de 0° no Equador a 180° a leste e a oeste.

d) a latitude pode ir de 0° no Equador a 90° nos Polos Norte e Sul.

e) a latitude pode ir de 0°em Greenwich a 180°nos Polos Norte e Sul.

10. Correlacione os elementos às suas respectivas definições. Em seguida, assinale


a alternativa correta:

(1) Latitude

(2) Longitude

(3) Paralelo

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(4) Meridiano

( ) Linhas imaginárias traçadas horizontalmente ao eixo principal da Terra no sentido


leste-oeste.

( ) Distância em graus de qualquer ponto da superfície terrestre em relação à Linha do


Equador.

( ) Linhas imaginárias traçadas verticalmente no sentido norte-sul.

( ) Distância em graus de qualquer ponto da superfície em relação ao Meridiano de


Greenwich.

a) 3,1,4,2

b) 1,2,3,4

c) 2,1,3,4

d) 3,4,1,2

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