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1.

Razões pelas quais o conceito de cultura é essencial para a sociologia

O conceito de cultura acaba por assumir diversas razões enquanto aspecto fundamental da
sociologia. A cultura é fundamental e está em constante mutação nas diferentes sociedades e
grupos, visto que estes podem ter diferentes fatores culturais que influenciam e estruturam os
seus processos de mudança social.
Quando os sociólogos abordam o conceito de cultura, referem-se aos aspetos das sociedades
humanas que são apreendidos e não herdados geneticamente. Esses elementos culturais são
partilhados pelos membros da sociedade e tornam possível a entreajuda e a comunicação entre
eles.

“Tudo aquilo que o homem faz e pensa é cultura”, ou seja, a história do Homem e da Sociedade
deve-se à cultura, visto que este precisou de construir instrumentos que fizessem com que esteEsta frase
fosse capaz de subsistir. No entanto, as manifestações culturais permitem ao sociólogo está estranha
compreender a diversidade humana na medida em que cada sociedade tem a sua própria
cultura, que inclui valores, crenças, normas, tradições, linguagem e outros elementos
distintivos. O estudo da cultura ajuda a entender como as sociedades diferem umas das outras e
como os indivíduos dentro delas se relacionam com esses elementos culturais.
A cultura molda o comportamento humano, logo, as normas culturais influenciam a maneira
estuda
como os indivíduos agem, interagem e se relacionam entre si. A sociologia examina como a
cultura influencia a formação de identidades individuais, papéis e estruturas sociais. Assim, a
cultura acaba por assumir uma natureza estrutural, pois o que sedimenta as sociedades é a
estruturação delas. Quem disse isto?

Desde logo, a cultura é um dos principais mecanismos pelos quais os seres humanos
comunicam, compartilham significados e constroem sistemas de crenças e valores,Jácriando
tinhas referido atrás
relações com outros indivíduos que se identificam com os mesmos valores e práticas.

Para além disso, a cultura também desempenha um papel crucial na formação da identidade
individual e coletiva dos indivíduos. Contribui para a construção da identidade pessoal de cada
indivíduo fornecendo-lhes uma noção de pertença a uma determinada sociedade ou grupo
social. Também através da cultura é possível o indivíduo se identificar com certos valores,
crenças e práticas, ou seja, aquilo que nos diferencia de outros grupos e sociedades. Quem disse isto?

A cultura também influencia a maneira como o indivíduo entende o mundo e se relaciona com o com os
outro. Molda as percepções, atitudes e comportamentos de um indivíduo e afeta a forma como outros
este interpreta e responde a eventos sociais, políticos e económicos. A compreensão da cultura
é, portanto, fundamental para entender as dinâmicas sociais, os padrões de interação e os
conflitos entre indivíduos e grupos.

A cultura urbana é fundamental nesta análise devido às suas características específicas, refere-
se ao conjunto de expressões, práticas, comportamentos, estilos de vida, valores e identidades
que se desenvolvem nas áreas urbanas. É moldada pela dinâmica e diversidade presentes nas
cidades e influencia tanto a forma como as pessoas interagem no espaço urbano quanto a
maneira como se identificam e se expressam. Falaram nas aulas em cultura urbana?
Em suma, o conceito de cultura é crucial para a sociologia, visto que nos permite entender como
os seres humanos constroem significados, como formam identidades, como se organizam bem
como a cultura molda as diversas interações sociais.

2. Quais os contributos do sociólogo Erving Goffman para o estudo da interação social?

A sociologia estuda as sociedades modernas tendo como referência as sociedades pré-


de estudo
modernas, no entanto o objeto são as sociedades modernas, ou seja, quando falamos de
interação social estamos a falar de interação social neste grupo de sociedades.
Primeiramente, o conceito de desatenção civil, é algo que ocorre nas sociedades modernas e
particularmente significativo nos contextos urbanos. É necessário na nossa vida quotidiana não
estarmos envolvidos e afetados com tudo o que se passa à nossa volta por isso há coisas que
estão presentes no nosso quotidianoea que assistimos, mas não intervimos diretamente, assim,
a não atenção ao que se passa num contexto de interação, ou de potencial interação, Goffman
chamou ao conceito, desatenção civil.
Esta desatenção civil é um conceito que é inspirado na teoria de Simmel, o sociólogo alemão,
considerado clássico, o pai do interacionismo, porque foi dos clássicos ,aquele que disse
, que o
objeto da sociologia deve ser a interação social. Simmel defendia que na vida urbana das Mas que frase... :(
grandes metrópoles ocorria aquilo chamava de uma atitude “Baslé”, quer dizer indiferença em
relação àquilo que nos rodeia, “Blasé” quer dizer despreocupado/ descontraído. Se não fosse a
desatenção civil e o conceito “Blasé” não conseguiríamos viver porque estaríamos Não dei Simmel e não
permanentemente a receber estímulos dos mais diversos. sei o que é esse Baslé -
e está muito repetido
Assim, surge o conceito de interação focalizada e desfocalizada, a desatenção civil, acima
referido,a ocorre quando há interação desfocalizada, quer dizer que não chega a haver
propriamente interação, por exemplo, quando um individuo vai a alguma aula, não vai interagir
com as 40 pessoas que estão ali presentes, mas essas pessoas fazem, incontestavelmente, parte
desse quadro de interação. A interação focalizada ocorre diretamente, entre dois ou mais
indivíduos, por exemplo, nessa mesma aula há pessoas que conversam, ou por exemplo têm
interações com o professor. Exemplo dado em aula?
O modelo dramatúrgico, Goffman adota um modelo dramatúrgico, baseado nas metáforas com
origem nos termos do teatro, a ideia de que há na interação focalizada ou na interação em geral
um palco, os bastidores, projetores, marcadores onde os atores que são os indivíduos, que
representam um papel, uma identidade, em princípio tentam criar uma boa imagem quando
está em causa a construção de uma determinada identidade, que muitas vezes é a identidade
pretendida e não a verdadeira.

Os indivíduos tendem a agir de uma forma no palco e de outra nos bastidores. A ideia de foco e
da projeção, focam determinados aspetos e desfocam outros. Os marcadores que são colocados
para a interação, influenciando-a diretamente, por exemplo a decoração de onde se vai
desenrolar a peça é criado em função da interação que vai ocorrer naquele contexto.
Ou seja, a interação para Goffman é um jogo ou uma peça de teatro, em que os indivíduos estão
permanentemente a representar.

Goffman defende a ideia de três estatutos. O estatuto primordial é aquele que imediatamente
está presente numa interação social. Por exemplo, duas pessoas entram em interação e mesmo
sem reparar, veem se o outro individuo tem um determinado estatuto primordial, se tem ou
não tem determinada característica física, se é homem ou se é mulher, se é branco ou se é
negro. É onde ocorrem os processos de estigmatização dos indivíduos e marginalização de
desvio construído, portanto a ideia de desvio social em Goffman surge da interação. Portanto há
algumas características desse estatuto primordial, que os indivíduos procuram ocultar, pois
julgam que isso vai desvalorizar a imagem que o outro vai construir de si próprio. No entanto, o
indivíduo pode procurar ocultar somente em alguns contextos, pois uma característica pode ser
valorizada ou desvalorizada, dependendo do contexto que se enquadra.

O conceito de estatuto atribuído é aquele mais próprio das sociedades pré-modernas, é um


estatuto herdado das gerações anteriores, através do nascimento, pertencendo assim a uma
determinada classe e estatuto social.

Estatuto alcançado, só pode ser alcançado em função da própria ação individual, procura de
alcançar determinado estatuto que não estaria concebido à partida.
(Conclusão)

3. Os principais contributos da sociologia para uma análise do desvio social também por
antagonismo a outras teorias explicativas do problema do desvio.

Existiram teorias biológicas e psicológicas que contrapuseram à sociologia. Essas teorias


procuravam explicar o desvio social a partir de razões, genéticas, ou razões fisiológicas,
determinadas teorias, que, fazendo uma análise estatística dos casos de desvio social
constatavam se “cientificamente”, que determinado tipo de fisionomia eram indicadores que
aqueles indivíduos seriam desviantes, os interacionistas consideravam desviante aquilo que as
sociedades posteriormente rotulam como desviante, incluindo indivíduos com determinado tipo
de características. O desvio não é as características que determinado individuo tem mas sim a
classificação dessas características como desviantes, sendo esta a perspectiva interacionista
Durkheim, com a sua teoria da anomia, ideia do desvio que surge de determinados contextos
anómicos. Este, considerava que determinados contextos de mudança social rápida e profunda
como aconteceu na industrialização e globalização das sociedades, fez criar em muitos
contextos situações anómicas, de desordem moral, o que motivou a situações de desvio, por
exemplo, o crescimento de taxas de suicídio, o crescimento de destruturação familiar ou até o
crescimento da criminalidade.
Merton, dizia que era possível utilizar o conceito de anomia, mas uma anomia individual, ou
seja, o estudo do próprio individuo num contexto social que é exigente na obtenção de sucesso
individual, como é o caso da sociedade Norte Americana. Merton, observava a criação de
situações de anomia nos indivíduos que procuram atingir esse sucesso e não conseguem porque
todas as sociedades são desiguais e têm oportunidades desiguais, por isso uns conseguem e
outros não conseguem isso é um fator criador de desvio social, ou neste caso, individual.
que pode estar na origem
Não percebo esta frase inicial

O contributo da escola de Chicago, sobre as subculturas desviantes, durante uma parte do


princípio do século XX, a sociologia urbana norte americana, usou essas mesmas teorias para
estudar subculturas desviantes. A questão fundamental é que nessas subculturas aquilo que a
sociedade, em geral, considera desviante para essas subculturas não é visto como desviante. E
por isso, esses quadros de desvio são considerados como exemplos a seguir, por exemplo,
subculturas de gangues e máfias em que as pessoas são socializadas para a ideia de que há
determinadas práticas a serem cometidas são positivas e valorizadas.
(Conclusão) consideradas positivas e valorizadas

4. O que é sociologicamente um grupo social quando é nós podemos falar de um grupo social
como ele é entendido para a sociologia

A sociologia não considera grupos sociais como sendo uma construção individual em
determinado contexto, Merton, considerou o que era fundamental para a existência de um
grupo, seria preciso que um grupo de indivíduos que interagem de forma prolongada no tempo,
estruturada, desempenhando papeis, tendo algum tipo de ligação/relação entre si, partilhem de
um conjunto de atributos que lhes permite ter um sentimento de pertença ao grupo.

Existem dois tipos de grupos sociais, o primário, que é um grupo social cujas relações são
essencialmente relações do tipo primário, onde prevalece o predomínio do afeto e da
proximidade social, por exemplo, as relações familiares. Um grupo social cujas relações são
essencialmente relações do tipo secundário, é composto por um número elevado de membros,
cujas relações são afetivamente neutras e cordiais. Neste tipo de grupo as relações entre o
indivíduo e os outros membros do grupo são de tipo instrumental, por exemplo, as
organizações.

Estes dois tipos de grupos sociais podem interagir entre si, por exemplo, a nossa turma é um
grupo social secundário, porque as pessoas estão todas aqui com um objetivo comum de fazer o
curso, razões de natureza instrumental, relacionam se em função disso. Só que dentro deste
tipo secundário, primeiramente não havia grupos primários, mas à medida que o as aulas e as
semanas vão decorrendo, vão se começando a constituir grupos primários, ou de amigos.

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