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Teorias Sociológicas
Contemporâneas
falar das teorias sociológicas contemporâneas
implica contextualizar as linhas ou tendência de
debate que marcam esta na actualidade. São
abordagens actuais que nos ajudam a ler os
factos sociais das sociedades contemporâneas a
luz de novos fenómenos que vão ocorrendo
nestas e que as anteriores teorias teriam de certo
modo dificuldades em explicar, pelo que estas se
mostram como uma alternativa ao fenómeno.
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A Teoria Funcionalista
O funcionalismo é uma teoria sociológica que
procura explicar fenômenos sociais
realizando o papel das instituições na
sociedade. Se uma determinada mudança
social promove equilíbrio harmonioso é
considerado funcional.
No entanto, se este elemento promove o
oposto a essa harmonia e continuação do
sistema da sociedade, então é disfuncional e
não tem nenhum efeito.
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É um ramo da antropologia e das ciências
sociais que procura explicar aspectos da
sociedade por instituições e duas conseqüências
para a sociedade como um todo. É uma corrente
sociológica associada à obra de Émile Durkhein.
Ainda há quem diga que a sociedade é um
organismo vivo, onde casa parte tem uma
função. A Teoria está ligada a pensadores como:
Robert Merton, Talcot Parsons, Charles Darwin
(Criador da teoria da evolução), Francis Galton
(que incentivava homens e mulheres com testes
de inteligência alto, a casar-se para assim gerar
filhos brilhantes, e assim criar uma raça humana
talentosa). 4
Teoria Voluntarista da Acção
Esta teoria foi exposta por Talcott Parsons em
forma de comentários as obras de pensadores
economistas e sociólogos tais como: Marshall,
Durkheim, Pareto e Weber. Parsons, analisou
criticamente os pensamentos destes autores e a
partir daqui formulou a sua teoria voluntarista da
acção, considerando que toda acção humana não
se resume a uma resposta a um determinado
estímulo (tal como defendiam os behavioristas) mais
pelo contrário como uma acção dotada de sentido
para o próprio indivíduo, e que este sentido pode ser
diferente daquele atribuído por quem observa. 5
A sociedade era para este autor um sistema
que se estrutura a partir da diferenciação e
interdependência simultaneamente. Como
sistema, a sociedade teria uma estrutura que
seria a parte estável, que permanece além das
mudanças; e a função seria o aspecto
integrador e dinâmico do próprio sistema.
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Teorias Sociológicas da Interacção Social
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A interação social é o resultado de
constante relacionamento entre indivíduos
através de contato e comunicação.
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TEORIA INTERACIONISMO
SIMBÓLICO DE GEORGE
MEAD
Este pensador tem a particularidade de começar
a sua teoria se opondo ao behaviorismo e para
tal faz uma clara distinção entre formas de
comportamento dos infra-humanos (que se refere
aos animais irracionais e crianças) e formas de
comportamento humanos
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O elemento fundamental e determinante para
esta distinção está na linguagem, que é vista
como expressão da capacidade reflexiva dos
indivíduos. Segundo Mead “a pessoa tem um
carácter distinto do organismo fisiológico
propriamente dito.
A pessoa é algo que possui desenvolvimento:
não está inicialmente presente no nascimento,
mas surge nos processos da experiência e das
actividades sociais, quer dizer, desenvolve-se na
sequência das suas relações.
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Mead opera a partir de três conceitos fundamentais:
Mind,
Self e
Society.
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Socialização significa aprendizagem ou
educação, no sentido mais amplo da palavra,
aprendizagem essa que começa na primeira
infância e só termina com a morte doa pessoa.
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Na perspectiva de Mead a Socialização dava –se
em três fases distintas sendo a primeira fase a
mais primitiva da construção do self e
caracteriza pela imitação de papéis sociais, em
que a criança busca imitar as pessoas que lhes
são próxima e normalmente são o pais.
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Teoria Dramatúrgica do
Quotidiano de Erving Goffman
Este pensador apresenta uma perspectiva
relativamente diferente de Mead, pois que ele busca
ver como é que se organiza a experiência do
quotidiano, ou seja, o modo como um actor social
pode colocar na sua mente em termos de experiência
e não da organização da sociedade.
Isto não implica dizer de modo algum que Goffman
ignore as dimensões macroestruturas da sociedade,
mais pelo contrário, que seu objectivo era pura e
simplesmente analisar a estrutura de relação entre
dois ou mais indivíduos num situação de co-presença
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física.
Assim, ele diz que existem níveis do palco onde
decorre a fachada/encenação, nomeadamente o
front que é conjunto de elementos que permite a
quem assiste a peça/cena identificar concretamente
a acção, que dependem dos adereços pessoais para
identificação da personagem, a aparência que tem a
ver com postura, tipo de roupa, etc. que indica
claramente o estatuto social da personagem e os
modos que mostram o tipo de papel que actor irá
desempenhar
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Em segundo lugar encontramos settings que
são as características físicas do cenário que
serve para sustentar a credibilidade dos
adereços pessoais.
Quer dizer, se o cenário de encenação sugere
uma igreja, é suposto que pelo modo de estarem
vestidos e agir, se possa reconhecer nos actores
um padre, acólito, e crentes.
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b) O indivíduo que implícita ou explicitamente
pretende ter certas categorias sociais deverá
comportar-se na realidade de acordo com aquilo
que diz ser.
c) O indivíduo tem sempre um conhecimento
tácito das normas e das regras que regem uma
determinada situação social.
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E por último o encontro social que resulta de uma
situação em que sem que os indivíduos a tenham
previsto se reparam mutuamente, tal como
acontece num autocarro.
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É a partir do estigma que algumas pessoas são
ou não consideradas normais ou patológicas,
quer seja pelo tipo de comportamentos (ser
homossexual, alcoólatra, drogado, maluco
etc.), traços físicos (ser cego, anão, deficiente
físico, etc.) e aspectos sociais como a religião
nacionalidade, etc; que servem de condição
para que as pessoas sejam ou não aceites em
determinados meios sociais. Isto acontece não
porque o estigma (o traço em si) seja ou tenha
algo de errado, mais sim pelo facto de que a
socialmente ele é assim visto em cada
sociedade.
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Porem, um estigma pode servir para juntar os
indivíduos portadores deste traço por se
considerarem excluídos em relação a uma outra
maioria numa certa sociedade.
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Desigualdades Sociais
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Teoria de Classes Sociais e
Estratificação Social
Teorias sobre as classes sociais e
estratificação,sendo que estas vem desde já
há bastante tempo, tendo como traço comum
o facto de inspiram-se em Marx, que como
sabemos é uma das referências
incontornáveis na Sociologia, que na sua
abordagem a volta da sociedade defendia
que esta se encontrava dividida em classes
sociais.
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A Teoria Marxista
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Estas classes apesar de se relacionar entre si,
possuíam uma relação eminentemente
conflituosa
Nesta processo de produção em que estas
classes se relacionavam havia uma que
explorava e domina a outra, e que esta
domínio resultava da posse dos meios de
produção. A burguesia era a classe que
possuía meios de produção e por conseguinte
explorava o proletariado que apenas detinha a
mão-de-obra. Assim, a burguesia era a classe
dominante e o proletariado a dominada.
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Teoria Neomarxista
Esta teoria tem seu fundamento em Marx, com a
particularidade de possuir dois grandes
objectivos nomeadamente resolver algumas
das lacunas contidas na abordagem de Marx
que tem a ver como dificuldades resultantes dos
critérios objectivos de identificação de
classes sociais por um lado, e por outro trazer
e situar teoricamente alguns dos aspectos
novos trazidos pelo século XX para
identificação de classes nas sociedades
contemporâneas 34
Esta teoria diz que para o autor não era
apenas a posse dos meios de produção
que permitiam a identificação de classes,
mais também aspectos tais como a
ideologia e política ajudam a identificar as
classes sociais. Apesar de existirem outros
aspectos que interferem na determinação
de classes sociais, era efectivamente a
economia o factor determinante
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Neomarxista consideram que nas
sociedades contemporâneas a
determinação de classes sociais tem a ver
com factores mistos tais como a
economia (processo de produção), os
aspectos políticos e ideológicos que
perfazem a chamada super estrutura.
Portanto, segundo estes autores por
vezes o aspecto político e ideológico
isoladamente permitiam por si só
determinar a existência de classes
sociais.
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Teoria Funcionalista da
Estratificação
Esta teoria tem como seu
pressuposto básico que a
desigualdade social é algo que se
encontra enraizado na sociedade,
de tal modo que não existe uma
sociedade que possa sobreviver
em perfeitas condições de
igualdade entre os seus membros
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As desigualdades sociais seriam
úteis e necessárias uma vez que
permitiam uma interdependência
entre os indivíduos e por
conseguinte esta garantiria o
dinamismo e integração dos
indivíduos. Portanto, ao invés de ser
um mal a desigualdade social era útil
e necessária
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A sociedade comporta profissões com uma
importância funcional diferente, sendo que
existem profissões mais e menos importantes,
para além de que só determinadas pessoas
possuíam aptidões para desempenhar certas
actividades
Assim, é no seu funcionamento normal que a
sociedade vai se estratificando ou criando
desigualdades sociais, uma vez que ela confere
importância diferencial aos indivíduos que
ocupam determinados cargos e assim
criam-se desigualdades
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Estes autores definem então a
estratificação social como sendo um
“conjunto de recompensas
diferenciais. São os diferentes
recursos, materiais ou simbólicos que
as sociedades atribuem aos indivíduos
em função da posição que ocupam ,
que os vai situar na escala de
estratificação e configurar o
mecanismo de desigualdades.”(Ferreira,
ibidem; 354).
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Processo de Mobilidade
Social
Por tudo quanto foi aqui dito a volta da
mobilidade entanto que processo social,
convém então definir este, podendo ser
visto como a passagem de um indivíduo
ou grupo de uma posição social para
outra, dentro de uma constelação de
grupos e estratos sociais, e que tanto
pode ser ascendente ou descendente
na sociedade.
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