Aluno Gedeão Jorge Profº. Pablo A última tarefa do semestre consiste apenas nas 3 questões da página 57, no item "Reflexão e Revisão".
Questões:
1. Analise cada uma das perspectivas da Sociologia clássica e aponte as
diferenças entre Durkheim, Marx e Weber sobre o tema. R – Durkheim reconhece na sociedade conjuntos de fenômenos que poderiam ser compreendidos separadamente da consciência dos indivíduos nos quais se manifestavam e por meio dos quais eram representados. Seus conceitos eram específicos, fundamentados na sociologia tais como: coesão, divisão do trabalho e fato social. Marx a sociedade existe porque é vivenciada e compreendida por indivíduos racionais que tornam suas decisões conforme sua história e cultura. Uma vez que só é possível observar esses indivíduos, ou a ação consciente deles, para Marx isso é ação social. Para Marx os fatos sociais por si só não tem valor. A sociedade é moldada pelo conjunto de decisões de muitos indivíduos, que reconhecem essas regras, atribui-lhes sentido e manifestam as razões para obedecer e elas de forma consciente. “os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem e, sim limitados pelas condições materiais e históricas de sua existência”. Por isso, não é possível afirmar que os indivíduos tem primazia sobre a sociedade ou o contrário, pois sua ação na vida social, assim como a estrutura na qual estão inseridos, é resultado de determinada situação histórico-social. Para Marx as transformações sociais é a relação de conflito entre as forças sociais, ou seja, entre as classes sociais antagônicas. Weber diferentemente de Durkheim, Weber não achava que a sociedade era algo exterior e superior aos indivíduos. Para ele, a sociedade deveria ser analisada com base no conjunto das ações subjetivas e individuais, ou seja, todas nossas ações estão inseridas em um contexto social e histórico que qualifica todas as ações individuais.
2. Fato social, ação social e classe social são conceitos fundamentais na
Sociologia. Escreva um texto dizendo de que maneira eles contribuem para explicar a relação entre indivíduo e sociedade. R – A sociedade determina os indivíduos como evidenciam – quando as crianças brincam em casa de escola, o tempo vai passando e ela não vê o momento dela ir para a escola, ela desconhece esse ambiente, acha que o é o mesmo ambiente das brincadeiras, mas o primeiro dia de aula já tem contato com as regras, que irão além do direito a obrigação determinada pelo sistema. Agora a criança já não está individualizada, agora ela vive o coletivo, que é a sociedade estudantil. Estamos em uma nova rotina cotidiana, a ação é diferente, a maneira de se vestir, a forma de falar, o comportamento em sala, que não é uma escolha individual, são regras estabelecidas socialmente. A sociedade é como resultados. A sociedade é moldada pelo conjunto de decisões de muitos indivíduos, que reconhecem essas regras, atribui-lhes sentido e manifestam as razões para obedecer a elas de forma consciente. No entanto, nem todas as decisões tomadas por vários indivíduos ao mesmo tempo são exemplos de ação social. Para serem vistas como unidade mínima de análise da sociologia, é necessário que tenham relação com aquelas tomadas pelos demais indivíduos. A sociedade e os indivíduos são expressão das contradições de classes e determinam-se reciprocamente de acordo com os limites estabelecidos pelas condições materiais de existência em dado período histórico. Desta forma, a Sociologia estuda as relações entre os indivíduos e a sociedade. 3. Qual é a argumentação dos autores contemporâneos que justifica uma reordenação da discussão clássica entre indivíduo e sociedade? R. A relação entre o indivíduo e a sociedade na Sociologia contemporânea esta´, assim como a Sociologia clássica, relacionada à experiência social de nossa época e articula as diferentes percepções sobre o papel e os limites da ação individual. Na Sociologia contemporânea é o esforço para construir uma teoria capaz de interpretar o indivíduo e a sociedade como partes inseparáveis da mesma realidade. O sociólogo Giddens defende que os agentes (indivíduos) são influenciados pelas estruturas em seu cotidiano ao mesmo tempo em que recriam essas mesmas estruturas mediante um processo de reflexão sobre sua própria prática. O sociólogo Sennett relata que a valorização da ação individual diante das regulações coletivas deve ser percebida como parte da construção de uma sociedade de consumo que trouxe consequências profundas ao modo como o individuo enfrentou as transformações ocorridas nas ultimas décadas. Ele menciona a sociedade contemporânea em um duplo movimento. O primeiro deles valoriza a sociedade em sua esfera pública e é marcado pela criação de regras coletivas que permitem a convivência entre indivíduos e grupos de tradições e formações distintas. O segundo movimento caracterizado pela valorização progressiva da esfera pessoal, que aos poucos substitui o domínio da esfera pública, resulta, atualmente, na perda da conexão dos indivíduos com a coletividade, dificultando que suas ações visem um horizonte comum.