Você está na página 1de 7

Sociologia

Max Weber
1 Qual o significado de ação social?

A Ação Social é um conceito que Max Weber coloca para as sociedades humanas e a essa
ação só permanece quando o indivíduo forma uma comunicação com os outros.
O ato de escrever por exemplo. Escrever uma carta com certeza é uma ação social, pois ao
fazê-lo o influente tem esperança que ela vai ser lida por alguém. Sua ação só terá sentido
enquanto abranger outra pessoa.
Contudo, registrar uma poesia, no alcance em que ela envolve apenas a exultação ou a
demonstração das percepções do poeta, não é uma ação social.
Portanto, na visão de Weber, a função do sociólogo é envolver o sentido das ações sociais,
e fazê-lo é descobrir os nexos causais que as determinam.  De tal modo, o objeto da
Sociologia é um fato infinito e para analisá-la é preciso estabelecer tipos ideais, que não
permanecem de fato, mas que dirigem a análise citada.

2 Como a sociedade é constituída?

Max Weber não traz uma teoria universal da sociedade concebida, constituindo que está
mais atormentado com o estudo das ocasiões sociais palpáveis como à suas singularidades.
Além da ação social, que é a demonstração do desempenho externo do indivíduo, trabalha
também o conceito de poder. A sociedade, para Weber, constitui um sistema de poder, que
decorrem todos os níveis da sociedade, desde as relações de classe a governados e
governantes, como nas analogias cotidianas na família ou na empresa. O poder não emana
somente da riqueza e do prestígio, mas também de outras fontes, tais como: a tradição, o
carisma ou o conhecimento técnico-racional.
Enfim, para Weber a sociedade pode ser constituída a partir do conjunto das ações
individuais. Estas são todo tipo de ação que o indivíduo faz, orientando-se pela ação de
outros. Só existe ação social, quando o indivíduo tenta estabelecer algum tipo de
comunicação, a partir de suas ações com os demais.

3 Quais tipos de ação social existem? Explique


Os tipos ideais convêm como exemplos e a partir deles a citada infinidade pode ser
sintetizada em quatro ações fundamentais, a saber:

1. Ação social racional com relação a fins, na qual a ação é estritamente racional. Toma-se
um fim e este é, então, racionalmente catado. Há a escolha dos melhores meios para se
realizar um fim. Exemplo: Em um mundo heterogêneo, a estratificação social é um
problema generalizado, visto que em tantos lugares, muitas pessoas se mantêm indiferentes
à desigualdade de classes.
2. Ação social racional com relação a valores, na qual não é o fim que orienta a ação, mas
o valor seja este ético, religioso, político ou estético. Exemplo: A motivação pode estar
intimamente ligada às crenças, à política, à ética e às religiões.
3. Ação social afetiva, em que o comportamento é movido por sentimentos Exemplo:
orgulho, vingança, loucura, paixão, inveja, medo,
4. Ação social tradicional, que tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos
arraigados. Exemplo: Habito de mexer no celular todo dia.
Os dois últimos são irracionais.

4 Porque a burocratização se instalou no mundo moderno?

Além do mais, dentro da armação administrativa, o carregador da função burocrática, isto


é, o funcionário do serviço público, seria qualificado pelo “senso do dever”, pela “lealdade
ao Estado” e pelo anseio à estabilidade financeira e à construção de uma carreira no
interior da máquina administrativa, cujos direitos seriam plenamente assegurados por essa
mesma máquina. 
 Weber assegurou que o ingresso em um cargo burocrático “é considerado como a
concordância de uma obrigação específica de administração fiel, em troca de uma
experiência segura”. É crucial para a natureza específica da lealdade moderna no cargo
que, no tipo puro, ele não estabeleça uma relação pessoal […]. A lealdade moderna é
dedicada a finalidades impessoais e funcionais 
Para Weber, a impessoalidade e imparcialidade seriam atribuições importantíssimas do
funcionário públicas e igualmente garantidoras da eficiência e do pleno funcionamento da
máquina administrativa. O modelo de Estado burocrático competente que Weber tinha em
mente era o de Frederico II da Prússia (1712-1786), que se considerava ele próprio (o
monarca) o “primeiro funcionário do Estado”. 
 
A despeito do tipo puro de funcionário burocrático que Weber aponta, sabe-se que dentro
do fato administrativo de vários Estados Nacionais ao redor do mundo, a eficiência
burocrática é praticamente utópica, haja vista que a racionalidade da administração
transforma muito de convênio com a cultura de determinado povo. No caso do Brasil, por
exemplo, a burocracia é praticamente parecida de ineficiência, e não de eficiência. Os
declínios e as dificuldades geradas pela máquina pública de administração são antigos e
notórios. Isso se deve em grande parte à noção patrimonialista que cresceu no Brasil a
respeito da “coisa pública”, que é enfrentada por muitas pessoas como extensão de sua
vida privada, como posse pessoal. 

5 Quais tipos de dominação existem, de um exemplo de cada uma.

Racional-Legal: origina-se de regras, estatutos e leis sancionadas pela Sociedade ou


Organização. Tais regras definem a quem obedecer e até quando obedecer, tornando
possível a aceitação, por parte dos subordinados, de um superior devido uma consciência
de que este tem direito de dar ordens, ou seja, reconhecem que a Autoridade está no cargo
ocupado e não na pessoa que o ocupa, que só pode exercer a Dominação dentro dos limites
estabelecidos pelo cargo ocupado. Exemplo: é a sociedade patriarcal, onde o patriarca
manda nos demais por ser o mais velho e, teoricamente, a maior autoridade de hábitos.

Tradicional: tem como base de legitimação, e de escolha de quem a exercerá, as tradições


e costumes de uma dada sociedade, personificando as instituições enraizadas no seio desta
sociedade na figura do líder. Acredita na santidade das ordenações e dos poderes
senhoriais, em um "estatuto" existente desde o principio, com o poder emanando da
dignidade própria, santificada pela tradição, do líder, de forma fiel. Exemplo: Brasil um
exemplo deste tipo de dominação.

Carismática: etimologicamente, é aquela apoiada na devoção a um senhor e a seus dotes


sobrenaturais (carisma). A influência só é possíveis devidas qualidades pessoais, tais como
faculdades mágicas, revelações, heroísmo e poder intelectual ou de oratória, com depósito
de confiança em alguém que é visto como um herói, santo, salvador ou exemplo de vida,
extinguindo-se quando há perda de credibilidade ou quando as virtudes que geravam tal
influência sofrem desgaste, em outras palavras, a Dominação só dura enquanto há carisma.
Nesta, quem ordena é visto como líder e os dominados são considerados apóstolos,
discípulos, pupilos, seguidores, fãs, etc. Exemplo: fascismo, que se baseia na ideia de um
líder que é superior à todos os outros homens.
Georg Simmel
Como se faz a sociedade?

Para Georg Simmel a sociedade é produto das interações entre os indivíduos (concebidos
como atores sociais). Dentro dessa perspectiva, o conceito de sociedade também muda,
pois, na concepção corrente, uma sociedade é uma unidade que está limitada a um
determinado território ou localidade.
A sociedade, logo que Georg Simmel comprova, emerge a partir do desenvolvimento de
uma complexa rede de interação entre indivíduos, estimulada por diversas motivações
como paixão e desejo, que são exemplos do que esse berlinense atribui como representados
das matérias e conteúdos da vida social. Portanto, no interior, a sociedade se decorre de um
complexo de ações e reações, desenvolvidas no cotidiano das diferentes formas e
conteúdos das relações sociais.
Prontamente, a sociedade é situada como o fruto das manifestações de contato social, no
alcance em que “os indivíduos estão ligados uns aos outros pela influência mútua que
exercem entre si pela determinação recíproca que exercem uns sobre os outros”

Como se forma a individualidade?

Dentre os clássicos, Georg Simmel foi o que mais se preocupou em construir uma teoria
sociológica do individualismo que lida tanto com as concepções ideológicas sobre a
individualidade na modernidade (tipos de individualismo) como com a relação entre
fenômenos tipicamente modernos tais como a economia monetária, a divisão social do
trabalho, a ampliação e cruzamento dos círculos sociais, e a individualidade.
Simmel foi um dos primeiros sociólogos a adotar uma perspectiva relacional do social –
buscando superar a dicotomia entre indivíduo e sociedade –, o que lhe permitiu pensar a
individualidade como um fenômeno, ligado às mudanças no padrão de relações sociais,
que caracteriza a modernização da sociedade. Desse modo, o autor desponta como uma
importante referência teórica para a então emergente sociologia do indivíduo.

Porque a vida na metrópole promove a liberdade?

Em um clássico exame denominado “A metrópole e a vida mental”, Georg Simmel (1973


[1903]) sugere uma verificação que penetre no sentido da vida moderna e que possa dar
conta das requisições do modo de vida metropolitano. Para isso, o autor adota um percurso
em que procura distinguir as especificidades da vida na metrópole e de suas decorrências,
tendo como um dos eixos principais de análise as aperfeiçoa como a personalidade se nos
acomoda adequações às forças externas nas grandes cidades e as condições psicológicas
que as metrópoles criam. Ao contrário da condição primitiva de luta contra a natureza, o
ponto essencial do modo de vida moderno seria, de acordo com Simmel, uma articulação
entre interior e exterior, individual e supra individual. Assim, um dos problemas centrais
da vida moderna estaria circunscrito no conflito entre indivíduo e sociedade. Para Simmel,
seria necessário, portanto, averiguar o tipo de individualidade que a cidade grande estimula
e constitui.
Um dos pontos essenciais em sua perspectiva parte do princípio que a base psicológica do
tipo metropolitano de individualidade consiste em uma intensificação dos estímulos
nervosos, decorrência da alteração ininterrupta e busca entre os estímulos exteriores e
interiores.

O que é intensificação dos estímulos nervosos?

A intensificação da vida nervosa é uma das muitos atributos da vida no mundo


contemporâneo, que é apontada por publicidades e incitações sensoriais (visuais, sonoros,
olfativos) que inventam com que os habitantes das cidades operem em um "registro
especial", de modo que a vida psíquica é bem acelerada e os sujeitos precisam se adaptar a
um ambiente que muda em ritmo alucinante.
Um exemplo disto é o fato de ser tão comum hoje dividir a atenção com distintas tarefas ao
mesmo tempo, ou como acessar documentos e observar telas é parte principal da nossa
vida contemporânea.

Qual o significado de atitude blasé?

O termo "atitude blasé" foi avaliado pelo estudioso George Simmel e proporcionado pela
primeira vez em um livro chamado "The Metropolis and Mental Life". Ele fazia uma
crítica entre o comportamento da sociedade rural x urbana, contendo este como
fundamental foco. Segundo ele: Viver na cidade, um está fixamente rodeado de muito mais
pessoas, eventos e alterações, do que se poderia achar em campo. Isto resulta excitação
constante em pessoas que estão sendo levados a um estado onde eles não são mais
apropriados de reagir a cada uma das às coisas exclusivas que acontece com eles
individualmente, em vez disso, eles desenvolvem um fresco, forma, distantes
intelectualizado de observar as coisas ao seu redor:. "a atitude blasé" Ser blasé os resguarda
de se sentir sobrecarregado pela estimulação leal, mas por outro lado, com o tempo, uma
vez que reduz tudo à sua volta a um estado de igualdade indiferente, eles próprios são
fatalmente atraídos para a mesma emoção de indiferença, consequentemente e inutilidade.
Enfim, a essência do comportamento blasé é a indiferença demonstrada no caso da
distinção entre as coisas. Além disso, Simmel descreve o indivíduo blasé como sendo
"incapaz de reagir a novos estímulos com as energias adequadas".

Você também pode gostar