Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Departamento de Física
Mestrado em Risco de Desastre e Adaptação a Mudanças Climáticas
Módulo: Avaliação do Risco e Necessidades de Adaptação
Exercício II#:
Avaliação do impacto da tempestade Ana em Moçambique
Lasse i
Índice
RESUMO .......................................................................................................................... i
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
Lasse ii
3.6. Demografia de Moçambique............................................................................ 20
Lasse iii
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
Lasse iv
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
Nos últimos 20 anos, tem se observado maior frequência da ocorrência dos eventos
climáticos extremos com maior intensidade, e este cenário, constitui uma ameaça
crescente ao desenvolvimento nacional (Manjoro et al., 2020; Müzell, 2019).
Lasse 1
1.2. Problema de estudo
1.3. Justificativa
Dada a ocorrência dos eventos climáticos com frequência e com maior intensidade em
Moçambique, vários tem sido os desafios para a implementação das políticas que têm
como foco o desenvolvimento sócio-económico do país, havendo necessidade por um
um lado, de recorrer ao Orçamento do Estado para fazer face a estes eventos e por outro
lado, activando uma situação de Emergência, à busca de apoio humanitário, tal como foi
verificado na ocorrência do ciclone IDAI, Kenneth (DTM et al., 2021; Yarnell & Cone,
2019) assim como após a ocorrência do ciclone Ana (ONU, 2022; UNFPA, 2022).
Portanto, para fazer face às calamidades naturais, é importante conhecer as ameaças, as
vulnerabilidades e as capacidades das comunidades afectadas da mitigação e resposta
aos impactos negativos (Hoque et al., 2021; MRNA, 2021; PARPA II, 2006; REACH,
2019). Neste contexto, este relatório visa a avaliar o impacto da tempestade tropical Ana
ocorrido no mês de Janeiro em Moçambique utilizando o GIS.
Lasse 2
1.4. Objectivos
Lasse 3
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com Fink & Speth (1998); Montgomery & Farrell (1993) definem o ciclone
tropical como sendo um sistema de baixa pressão sobre as águas tropicais ou
subtropicais com convecção organizada e uma circulação ciclônica do vento superficial
definida no sentido anti-horário no Hemisfério Norte e no sentido horário no Hemisfério
Sul. Em contraste com os sistemas de baixa pressão de latitude média, que derivam sua
energia de fortes gradientes horizontais de temperatura associados com frentes frias ou
quentes, os ciclones tropicais são conduzidos pelo calor latente liberado pela
condensação de imensas quantidades de vapor de água dentro de suas bandas de chuva
convectivas.
A nomenclatura dos ciclones tropicais envolve vários países da região e é feito sob a
liderança da Organização Mundial da Meteorologia (WMO), sendo que para a região do
Oceano Índico, a nomenclatura dos ciclones foi acordada em 2004 por países da região -
Bangladesh, Índia, Maldivas, Mianmar, Omã, Paquistão, Sri Lanka e Tailândia
(Bennington, 2008; Drishti, 2020).
Lasse 4
Na região do Mar da China e no Oceano Pacífico, os ciclones tropicais são conhecidos
como tufões; nas ilhas das Índias Ocidentais no Mar do Caribe e Oceano Atlântico,
como Furacões; nas terras da Guiné da África Ocidental e sul dos EUA, como
Tornados; no noroeste da Austrália como Willy willies e no Oceano Índico, como
ciclones tropicais (Figura 2.1) (Drishti, 2020).
A formação dos ciclones começa nas regiões de águas quentes equatoriais durante o
verão e tendem a movimentar-se inicialmente para o oeste, depois para o leste em
direcção da latitude (Figura 2.2) (Mathias, 2012).
Lasse 5
Figura 2.2. Áreas de formação e trajectórias típicas de ciclones tropicais em todo o mundo.
Fonte: (UN HABITAT, 2015).
Lasse 6
O desenvolvimento do ciclo dos ciclones tropicais é dividido em três etapas
compreendidas desde a formação e desenvolvimento inicial do ciclone, maturidade total
e fase de decadência do ciclone (Drishti, 2020; UN HABITAT, 2015).
De acordo com Drishti (2020); Jullien (2013), para a formação do ciclone, são
necessárias quatro condições atmosféricas e oceânicas, nomeadamente:
Lasse 7
2.4. Factores que influenciam a intensidade do ciclone tropical
A intensidade dos ciclones perto da superfície é gerada pela velocidade dos ventos que
excedem cerca de 60 km h-1, sendo classificados como severos (furacões sobre o
Oceano Pacífico, Atlântico, Oceano Pacífico Oriental e o Mar Caribe) com velocidades
Lasse 8
de vento iguais ou superiores a 120 km h-1, e Tufões sobre o Oceano Pacífico Norte
Ocidental. Normalmente, os ventos mais forte ocorrem em um anel a algumas dezenas
de quilómetros do centro enquanto que na região próxima ao centro (olho) há uma
calmaria, com ventos leves (Smith, 2006).
O olho é assim chamado porque normalmente está livre de nuvens, excepto talvez perto
da superfície, mas em uma tempestade madura é cercado por um anel de convecção
profunda que se inclina para fora com a altura, denominada nuvem da parede do olho
(Smith, 2006).
De acordo com Zehnder (2019), os ciclones tropicais nos hemisférios norte e sul tendem
a se mover para oeste e lentamente em direcção aos pólos devido a maior influência da
circulação geral da atmosfera da Terra, especificamente pelos ventos alísios, no seu
movimento do leste para oeste (Figura 2.4).
Lasse 9
O segundo factor é a Força de Coriolis, que progressivamente se torna mais forte em
latitudes mais altas, desviando o ciclone tropical em direcção aos pólos, sendo desviado
para a direita no hemisfério Norte (anti-horário) e para esqueda no hemisfério Sul
(sentido horário). Uma vez que um ciclone tropical se move em direcção aos pólos da
alta subtropical , ele começa a se mover para leste sob a influência dos ventos de
latitude média oeste (que sopram em direcção ao leste), passando a ser denominado
ciclone tropical é recursivo (Metoffice, 2021; Zehnder, 2019).
Lasse 10
O canal de Moçambique em particular, constituído pelo Oceano índico entre a ilha do
Madagascar e a porção sudeste do continente africano, mais especificamente, o país de
Moçambique é uma região de complexas dinâmicas e forte variabilidade na extensão de
fenómenos que impactam substancialmente o clima da África oriental e meridional
(Paloschi, 2016).
A sua circulação é dominada pelos vórtices de mesoscala e giros que são geralmente
formados no estreitamento do canal (~16°S) entre as bacias ciclónicas norte e central,
migrando para o sul principalmente ao longo da costa de Moçambique (Schott et al.,
2009; Schouten et al., 2003). Além destes giros do norte, outros são formados no sul de
Madagáscar, entrando no canal de Moçambique, deslocando-se para o norte ao longo da
costa oeste de Madagáscar (Quartly & Srokosz, 2004).
Lasse 11
2.7. Ocorrência de ciclones em Moçambique
O sistema de baixa pressa foi inicialmente formado sobre a costa leste de Madagascar,
e entrou a Moçambique no dia 23 de Janeiro, tendo evoluído para uma tempestade
tropical moderada, chamada Ana, desembarcando no distrito de Angoche, província de
Nampula, no dia 24 Janeiro de 2022 (OCHA, 2022a). No total, a tempestade Ana
afectou sete (07) províncias, nomeadamente Nampula, Cabo Delgado, Zambézia,
Niassa, Tete, Manica e Sofala, onde até o dia 02 de Março de 2022, reportou-se pelo
Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastre (INGD), mais de 185.000
pessoas afectadas e 126.265 hectares de terra, 2.200 famílias deslocadas pela para o
Lasse 12
Malawi, 207 pessoas feridas e 38 pessoas perderam a vida, tendo destruído 11.757 casas
e danificado 26 centros de saúde, 25 sistemas de abastecimento de água, 138 postes de
energia e cerca de 2.275 km de estradas. Além disso, danificou 781 escolas e destruiu
1.608 salas de aula, impactando um total de 209.581 alunos (OCHA, 2022c).
Lasse 13
3. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
Lasse 14
É um país banhado pelo canal de de Moçambique, constituído pelo Oceano índico que
passa entre a ilha do Madagáscar e a porção sudeste do continente africano (Paloschi,
2016).
Lasse 15
3.3. Circulação do vento no canal de Moçambique
O sistema de ventos no canal de Moçambique está dividido em duas partes, sendo pela
região ao sul e ao norte da latitude de 20ºS. Na região norte de 20ºS, os ventos do norte
e do nordeste do sistema de vento e monções do Oceano Índico dominam durante o
verão austral (Outubro a Fevereiro), sendo os ventos neste período geralmente mais
fracos (Lutjeharms, 2007). Entre 20ºS e 25ºS prevalecem os ventos do sul e do sudeste,
ao passo que na parte mais meridional, prevalecem os ventos de leste ao longo do ano
(Figura 3.3) (Mavume et al., 2009; Schott et al., 2009).
Figura 3.3. Campos de tensão de monção do vento dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental
(NCEP) de 1990–1998, climatologia (vectores) e profundidades de 20 CC isotérmicos (Z20) da
Assimilação Simples de Dados do Oceano (SODA) 1992-2001, cor sombreada) para (a) Janeiro, (b)
Junho, (c) Agosto e (d) Novembro.
Lasse 16
com predominância de ventos geralmente do sudeste e a Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) empurrada para o norte, para além do equador, entre as
coordenadas 20ºS e 25ºN (Lutjeharms, 2007).
Lasse 17
3.4. Relevo
Lasse 18
3.5. Uso e Cobertura de terra
Lasse 19
3.6. Demografia de Moçambique
Manica 1945994
Nampula 5758920
Niassa 1810794
Sofala 2259248
Tete 2648941
Zambézia 5164732
Lasse 20
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Material
1
Quanto à população, uma das limitações que tive foi de fazer a projecção da população afectada
utilizando dados do último Censo Populacional de Moçambique (2017).
Lasse 21
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As Províncias de Nampula, Zambézia e Tete, são as que possuem maior área afectada
pela tempestade Ana, facto que pode ser explicado pela localização das províncias no
centro da trajectória e ainda pela localização de Nampula na faixa costeira, local onde o
ciclone apresentava maior intensidade, tendo reduzido em direcção ao interior (OCHA,
2022d; Schouten et al., 2003).
Lasse 22
5.2. Aldeias e Pessoas afectadas pela tempestade Ana
Das sete (07) províncias, cerca de 6462 aldeias estiveram no raio da influência da
tempestade tropical Ana, onde as províncias de Nampula e Zambézia são as que
apresentaram maior número de aldeias afectadas, sendo 2425 e 2346, respectivamente.
Quanto à população, foram afectadas cerca de 5.783.982 pessoas, vivem na área de
influência do ciclone (Figura 5.2).
Lasse 23
5.3. Infra-estruturas afectadas
Estes resultados, podem ser explicados pela área de influência afectada nas duas
províncias, Zambézia e Nampula, as quais foram afectadas em mais de 90% da sua área
total. E ainda, o facto de estar localizadas na região costeira, zona caracterizada por uma
baixa altitude, factor que quanto menor for, maior é impacto causado pelos ciclones
(Lutjeharms, 2007; Schott et al., 2009).
Quantitativamente, foi afectada uma área total de 307271 km2; 783.982 pessoas; 351
hospitais; 21 aeroportos; 989 estradas e 7358 escolas. Tendo se verificado menor registo
na província de Cabo Delgado (Tabela 5.1).
Lasse 24
Tabela 5.1. Infra-estruturas afectadas pela tempestade Ana em Moçambique.
Fonte: O autor.
Lasse 25
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
6.1. Conclusões
6.2. Recomendações
6.2.1. Ao governo:
Este relatório apresenta resultados de população e infra-estruturas
localizadas na área de influência da tempestade Ana, portanto, recomenda-
se às entidades competentes a construção de infra-estruturas adaptadas ao
contexto e resilientes aos eventos climáticos, como é o caso das cheias, e
ainda, recomenda-se o reforço da mobilização da sociedade na redução do
risco aos eventos climáticos;
6.3.2. À Sociedade:
Lasse 26
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Donguy, E.-R., & Piton, B. (1986). The Mozambique channel revisited. Oceanologia
Acta, 14(6), 549–558.
DTM, INGD, & SCM. (2021). Avaliação da recuperação de abrigos na região Centro
de Moçambique (Manica, Sofala, Tete e Zmabézia).
Fink, A. H., & Speth, P. (1998). Tropical cyclones. Naturwissenschaften, 85(10), 482–
493. https://doi.org/10.1007/s001140050536
Gao, S., Zhai, S., Chiu, L. S., & Xia, D. (2016). Satellite air-sea enthalpy flux and
intensity change of tropical cyclones over the western North Pacific. Journal of
Applied Meteorology and Climatology, 55(2), 425–444.
https://doi.org/10.1175/JAMC-D-15-0171.1
Gustafsson, A., & Johansson, M. (2006). An Investigation of nutrient levels along the
Mbuluzi River. Lund University.
Hoque, M. A. A., Pradhan, B., Ahmed, N., Ahmed, B., & Alamri, A. M. (2021).
Cyclone vulnerability assessment of the western coast of Bangladesh. Geomatics,
Natural Hazards and Risk, 12(1), 198–221.
https://doi.org/10.1080/19475705.2020.1867652
Jullien, S. (2013). Ocean response and feedback to tropical cyclones in the South
Pacific: processes and climatology. Umr 5566, 228 pp.
Levitus, S., Antonov, J., & Boyer, T. (2005). Warming of the world ocean, 1955-2003.
Lasse 27
Geophysical Research Letters, 32(2), 1–4. https://doi.org/10.1029/2004GL021592
Li, X., Zhan, R., Wang, Y., & Xu, J. (2021). Factors Controlling Tropical Cyclone
Intensification Over the Marginal Seas of China. Frontiers in Earth Science,
9(December), 1–16. https://doi.org/10.3389/feart.2021.795186
Manjoro, A., Rosse, M. E. G., & Ferreira, P. A. (2020). Desafios de Moçambique Após
os Ciclones IDAI e Kenneth.
Mavume, A., Rydberg, L., Rouault, M., & Lutjeharms, J. (2009). Climatology and
Landfall of Tropical Cyclones in the South- West Indian Ocean. Western Indian
Ocean Journal of Marine Science, 8(1), 15–36.
https://doi.org/10.4314/wiojms.v8i1.56672
Montgomery, M. T., & Farrell, B. F. (1993). Tropical cyclone formation. Journal of the
Atmospheric Sciences, 50(2), 285–310. https://doi.org/10.1175/1520-
0469(1993)050<0285:TCF>2.0.CO;2
Müzell, L. (2019, Março 4). Entenda o ciclone que devastou Moçambique e cameras.
Planeta verde. https://www.rfi.fr/br/africa/20190321-entenda-o-ciclone-que-
devastou-mocambique-e-zimbabue
Lasse 28
OCHA. (2022b). Madagascar, Mozambique, Malawi | Tropical Storm ANA: Flash
Update No. 9. Em United Nations Office for the Coordination of Humanitarian
Affairs (Número 9).
OCHA. (2022c). MOZAMBIQUE - Tropical Storms Ana and Dumako: Flash Update
No . 10 (Número 10).
ONU. (2022, Março 7). Em Moçambique, ONU avalia necessidades com passagem da
tempestade tropical Ana. ONU News, 2–4.
Parker, C., Lynch, A. H., & Arbetter, T. E. (2014). Factors Affecting the Intensity and
Trajectory of Tropical Cyclone Yasi (Febuary 2011). American Geophysical Union,
February, 4313.
PARPA II. (2006). Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta 2006-2009
(PARPA II). 2009(Parpa Ii).
Phillips, H. E., Tandon, A., Furue, R., Hood, R., Ummenhofer, C., Benthuysen, J.,
Menezes, V., Hu, S., Webber, B., Sanchez-Franks, A., Cherian, D., Shroyer, E.,
Feng, M., Wijeskera, H., Chatterjee, A., Yu, L., Hermes, J., Murtugudde, R., Tozuka,
T., … Wiggert, J. (2021). Progress in understanding of Indian Ocean circulation,
variability, air-sea exchange and impacts on biogeochemistry. Ocean Science,
March, 1–109.
Quartly, G. D., & Srokosz, M. A. (2004). Eddies in the southern Mozambique Channel.
Deep-Sea Research Part II: Topical Studies in Oceanography, 51(1–3), 69–83.
https://doi.org/10.1016/j.dsr2.2003.03.001
REACH. (2019). Assessing humanitarian needs after Cyclone Idai proved two things –
the first was the importance of baseline data. Reliefweb, 3–7.
Reynolds, R. W., Smith, T. M., Liu, C., Chelton, D. B., Casey, K. S., & Schlax, M. G.
Lasse 29
(2007). Daily high-resolution-blended analyses for sea surface temperature. Journal
of Climate, 20(22), 5473–5496. https://doi.org/10.1175/2007JCLI1824.1
Schott, F. A., Xie, S.-P., & Mccreary, J. P. (2009). Indian Ocean circulation and climate
variability. Rev. Geophys, 47, 1002. https://doi.org/10.1029/2007RG000245
Schouten, M. W., De Ruijter, W. P. M., Van Leeuwen, P. J., & Ridderinkhof, H. (2003).
Eddies and variability in the Mozambique Channel. Deep-Sea Research Part II:
Topical Studies in Oceanography, 50(12–13), 1987–2003.
https://doi.org/10.1016/S0967-0645(03)00042-0
Ternon, J. F., Roberts, M. J., Morris, T., Hancke, L., & Backeberg, B. (2014). In situ
measured current structures of the eddy field in the Mozambique Channel. Deep-Sea
Research Part II: Topical Studies in Oceanography, 100(January 2013), 10–26.
https://doi.org/10.1016/j.dsr2.2013.10.013
Veiga, A., & Fernandes, P. (2009). Perfil de risco climático de Moçambique. United
States Agency.
Zehnder, J. A. (2019, Março 12). Location and patterns of tropical cyclones. Britannica
Science. https://www.britannica.com/science/tropical-cyclone/Location-and-patterns-
of-tropical-cyclones
Lasse 30